Artes da Saúde
Curso de Monitores de Tai Chi Chuan
Monitor Nível II – L4 M I
Autor: Nelson Barroso
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Índice
PREFÁCIO ... 26
1.2. Continuação da Descrição dos Movimentos da 3ª Parte da Forma Yang (85 Movimento) - Sequência 53 à Sequência 59 ... 27
1.2.7. (seq. 53) Acariciar a Cauda do Pavão (Lam Que Wei) ... 27
1.2.8. (seq. 54) Chicote de Um Braço Só (Dan Bian) ... 31
1.2.9. (seq. 55) Acariciar as Nuvens (Yun Shou) ... 33
1.2.10. (seq. 56) Chicote de Um Braço Só (Dan Bian) ... 35
1.2.11. (seq. 57) A Serpente Entra na Cova (Xia She) ... 37
1.2.12. (seq. 58) Galo Dourado Sustenta-se numa Só Perna (Jin Ji Du Li) ... 38
1.2.13. (seq. 59) Recuar para Expulsar o Macaco (Dao Nian Hou) ... 39
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Prefácio
As lições 3, 4, 5 e 6 do Módulo I do Curso de Monitores de Tai Chi Chuan Nível II respeitam à descrição dos movimentos da 3ª Parte da Forma Yang (85 Movimentos), os quais são enumerados e descritos sequencialmente. A lição 3 do Módulo I apresenta as sequências compreendidas entre a sequência 47 e a sequência 52, a
lição 4 do Módulo I inclui as sequências que decorrem da sequência 53 à sequência 59, a lição 5 do Módulo I descreve as sequências enumeradas de 60 à
sequência 74 e por fim, a lição 6 do Módulo I aborda as restantes sequências da forma Yang que se desenvolvem desde a sequência 75 à sequência 85. Relembro que a 1ª Parte e a 2ª Parte da Forma Yang (85 Movimentos) foram abordadas no Curso de Monitores Nível I, respectivamente, na lição 4 do Módulo I e nas lições 5 e 6 do Módulo II.
Este caderno foi elaborado visando dar continuidade ao caderno da lição nº 3 Módulo I deste curso, pelo que a numeração das páginas seguintes e a
enumeração dos itens constantes nas mesmas foram estabelecidos nessa perspectiva. Assim, poderão realizar o arquivo sequencial da informação, facilitando o estudo das matérias desenvolvidas. Esta metodologia será adoptada nas lições seguintes sempre que as matérias de estudo estejam interligadas.
Nelson Barroso
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1.2.
Continuação da Descrição dos Movimentos da 3ª Parte da Forma
Yang (85 Movimento) - Sequência 53 à Sequência 59
1.2.7. (seq. 53) Acariciar a Cauda do Pavão (Lam Que Wei)
Este movimento é feito após concluir a última fase do movimento “A Bela Dama Trabalha aos Quatro Cantos” e nesse momento o peso do corpo está sobre a perna direita, pelo que para executar Lam Que Wei primeiro transita-se o peso do corpo para a perna esquerda. Assim, afunda-se ainda mais o peso na perna direita e eleva-se a perna esquerda avançando e colocando o pé esquerdo no solo de modo a executar a postura She Gung Bu (vide L1 MI NII). Para executar She Gung Bu rode o calcanhar esquerdo (45º) no sentido anti-horário; para continuar a execução de Lam Que Wei rode ao mesmo tempo (ombros e cabeça na postura anterior, de modo a torcer ligeiramente a parte superior do corpo) e afaste as mãos; a palma da mão esquerda inclinada obliquamente para cima e a palma da mão direita virada para baixo; o olhar direcciona-se ligeiramente para a diagonal direita.
Notas Importantes
O movimento dos olhos, da cabeça e da cintura é feito em sincronia e de forma natural.
No início deste movimento a deslocação do pé direito deve ser efectuada lentamente e de forma natural e suave.
A cintura tem um papel fundamental, sendo o eixo que controla todos os movimentos.
Manter o corpo erecto, sem inclinar para a frente ou para os lados; a coluna deve estar direita.
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Na postura do arco, o joelho da perna que conduz o movimento não deve ultrapassar a ponta do pé; o peso deve estar distribuído por toda a área da sola do pé; o joelho da perna vazia não deve “bloquear” ou seja a perna não deve estender completamente, mantendo-se relaxada.
2ª Fase – Peng, Lu, Ji, An
a) Peng (Segurar) - Elevar o pé direito e mover ligeiramente para a esquerda;
simultaneamente a mão direita desloca-se circularmente no sentido horário para a frente do corpo; avançar com o pé direito um passo para a frente transferindo o peso do corpo para a perna direita; simultaneamente a palma da mão esquerda executa uma rotação no sentido anti-horário avançando para se aproximar da palma da mão direita (palmas voltadas uma para a outra); no decorrer destes movimentos a cintura move-se no sentido anti-horário.
b) Lu (Desviar) – A perna direita na postura do arco, enquanto a cintura roda no
sentido anti-horário; a mão direita desloca-se na frente do corpo na diagonal no sentido superior (palma da mão obliquamente virada para dentro); a palma da mão esquerda segue a mão direita; a mão esquerda não toca no pulso da mão direita, mas aproxima-se; o corpo mantém-se alinhado para a frente e os olhos olham para a frente; o pé direito mantém-se virado para a frente e o pé esquerdo mantém o ângulo da posição anterior; Seguidamente, roda-se a cintura no sentido contrário e transfere-se o peso da perna direita para a esquerda que flecte, enquanto a direita estende ligeiramente; Os joelhos devem estar alinhados com os pés e devem manter-se os dedos do pé direito bem assentes no solo; ao mesmo tempo e mantendo a posição dos pés, as mãos rodam (palmas ficam na posição contrária à que tinham anteriormente); a
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mão esquerda desce diagonalmente até ao nível da cintura e afastada cerca de duas mãos desta; a mão direita acompanha o movimento da mão esquerda e mantém-se na frente do corpo ligeiramente em hiperflexão (dedos apontam para cima) e a ponta dos dedos na direcção do nariz; neste movimento as mãos executam a energia Lu.
Notas Importantes
O movimento dos olhos, da cabeça e da cintura é feito em sincronia e de forma natural.
Definir bem a diferenciação do sólido/vazio entre as pernas.
No início deste movimento a deslocação do pé direito deve ser efectuada lentamente e de forma natural e suave.
A cintura tem um papel fundamental, sendo o eixo que controla todos os movimentos.
Quando uma parte do corpo se movimenta, todas as partes têm que se mover de forma harmoniosa; quando uma parte do corpo acaba o movimento, todas as partes também concluem os respectivos movimentos.
Manter o corpo erecto, sem inclinar para a frente ou para os lados; a coluna deve estar direita.
Os braços devem estar “redondos” e nunca em extensão total; cotovelos apontando para o solo.
Na postura do arco, o joelho da perna que conduz o movimento não deve ultrapassar a ponta do pé; o peso deve estar distribuído por toda a área da sola do pé; o joelho da perna vazia não deve “bloquear” ou seja a perna não deve estender completamente, mantendo-se relaxada.
c) Ji (Aderir) – No seguimento do movimento Lu desloca-se o corpo para a frente
transferindo-se o peso novamente para a perna direita; os pés mantêm-se fixos e ao mesmo tempo roda-se a palma da mão esquerda para o solo e a palma
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direita roda na direcção do corpo; as mãos deslocam-se aproximando-se (a esquerda sobe e a direita desce) e a palma esquerda pressiona a área anterior do pulso do braço direito, assinalando-se que nesta pressão o polegar esquerdo envolve a parte inferior do antebraço direito.
Notas Importantes
Manter os braços redondos e evitar aproximar as mãos do peito.
O movimento de avançar com as mãos é consequência da transferência do peso da perna esquerda para a direita, com a rotação simultânea da cintura. Isto significa que não são as mãos que avançam, mas sim o corpo e logo as mãos.
O joelho direito não deve ultrapassar o alinhamento com a ponta do pé direito.
Não estender os braços, nem flectir demasiado os braços; A palma da mão esquerda pressiona suavemente o pulso direito ou pode apenas aproximar-se; a pressão da palma esquerda é efectuada alinhando essa mão com o eixo vertical do corpo.
d) An (Pressionar) – Este movimento divide-se em duas fases, a primeira efectua
o movimento “separar” e a segunda fase o movimento “empurrar”.
1ª Fase - No seguimento da última fase de Ji, transfere-se o peso novamente
para a perna esquerda e a cintura roda no sentido anti-horário. Ao mesmo tempo, a mão esquerda afasta-se do pulso direito, ambas as mãos separam-se e rodam com a palma na direcção do solo e os braços, ligeiramente estendidos, estão aproximadamente ao nível dos ombros; ao concluir a transferência de peso, o corpo “senta-se” na perna esquerda e as mãos concluem a sua deslocação a cerca de 25 cm do peito (mãos afastam-se, dedos apontando obliquamente para cima).
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2ª Fase – Movimento de empurrar que se inicia transferindo novamente o pesodo corpo para a perna direita e simultaneamente as mãos empurram para a frente acompanhando o movimento do tronco que avança; as mãos aproximam-se e estão “sentadas” (hiperflexão dos pulsos), palmas viradas para a frente e ligeiramente inclinadas uma para a outra. A perna esquerda estende natural e relaxadamente; o joelho direito não deve ultrapassar a ponta do pé; a cabeça deve estar erecta e o olhar dirige-se para a frente.
Notas Importantes
Relaxar a cintura; corpo direito, sem inclinar para a frente, nem para trás.
Os ombros e os cotovelos devem estar relaxados e respeitar a força da gravidade, pois somente no estado de relaxamento o corpo pode actuar no sentido da gravidade e enraizar. O relaxamento possibilita a flexibilidade dos membros, pelo que no movimento de retroceder se os ombros e os cotovelos estiverem relaxados, estes permitem a obtenção de um movimento fluido. Este princípio, também, se aplica na fase de empurrar. Não se devem pressionar os cotovelos contra o tronco, mesmo que ligeiramente.
O movimento desenhado na retirada e no avançar dos braços não deve ser exagerado, pois se tal ocorrer não existirá potência na aplicação marcial.
1.2.8. (seq. 54) Chicote de Um Braço Só (Dan Bian)
1ª Fase – Inicia-se o movimento com o peso na perna direita, permanecendo na
postura do arco (pernas). O calcanhar direito roda 135º no sentido anti-horário, mantendo o peso no pé que roda, e simultaneamente roda-se a cintura, afunda-se o peso na perna direita; e ambas as mãos deslocam-se num movimento elíptico
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horário, e as palmas das mãos estão ligeiramente inclinadas para cima; o movimento das mãos efectua-se da direita para a esquerda regressando para o lado direito do corpo e a cintura roda simultaneamente no sentido oposto.
2ª Fase – A mão direita forma um “gancho” (flecte-se internamente o pulso e juntam-se
os cinco dedos); simultaneamente a palma da mão esquerda roda, virando na direcção do centro do peito; ao mesmo tempo eleva-se o pé esquerdo. Rode a cintura para a esquerda e avance com a perna esquerda assentando o calcanhar esquerdo no solo e depois todo o pé, iniciando a transferência para a perna esquerda do peso do corpo; em acto simultâneo e coordenado, o braço esquerdo abre e a mão esquerda roda no sentido anti-horário; a mão esquerda “senta-se” sobre o pulso respectivo e a palma
está virada para a frente, expressando a postura “boca do tigre”. Os olhos seguem o
movimento e a direcção da mão esquerda. A transferência do peso do corpo é feita em sincronia com o movimento da mão esquerda e conclui-se no final da postura da mão; entretanto a mão direita em “gancho” afasta-se ligeiramente para trás. O tronco fica virado num ângulo aproximado de 45º para a direita, relativamente à linha central vertical do corpo; e a anca não está virada para a frente, apresentando uma abertura de 70º aproximadamente.
Notas Importantes
No movimento de rotação elíptico das mãos (1ª fase), a deslocação é efectuada pela cintura e não pelas mãos, pois a cintura é o eixo que comanda e gera o movimento.
Quando a mão direita forma o “gancho”, o ombro deve estar relaxado e o cotovelo deve apontar para o solo; o braço não está bloqueado (não estende completamente), pelo que quer o ombro, quer o cotovelo devem relaxar para que o membro esteja flexível.
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Na conclusão da postura Dan Bian o pulso direito deve estar ligeiramente mais elevado que o ombro direito.
As pernas estão na “postura do arco”, sendo a perna esquerda que conduz o arco e a perna posterior (direita) a corda do arco. Deve enraizar-se no pé dianteiro (esquerdo) e pressionar o calcanhar do pé direito no solo.
O eixo do corpo deve estar alinhado e o calcanhar esquerdo deve estar posicionado subtilmente, suportando o peso do corpo de forma flutuante.
Os movimentos delineados no Dan Bian devem ser efectuados no mesmo nível de altura, pelo que se deve evitar em absoluto oscilações na altura, aquando da deslocação do corpo, as quais não fortalecerão a perna que suporta o peso do corpo.
1.2.9. (seq. 55) Acariciar as Nuvens (Yun Shou)
O movimento de rotação da cintura e de ascensão das mãos e os passos descritos na 2ª e 3ª fases deste item repetem-se cinco vezes.
1ª Fase - Rodar sobre o calcanhar esquerdo 90º para a direita, promovendo o
movimento com a rotação para a direita da cintura; as palmas das mãos seguem o movimento da cintura; o pé esquerdo aponta para a frente e a cintura roda ligeiramente para a esquerda; a mão esquerda roda para dentro (antebraço) e faz um ligeiro movimento circular para a esquerda novamente; o peso do corpo centra-se na perna esquerda; ao mesmo tempo a mão direita desfaz a mão de gancho e num movimento circular no sentido horário passa pela frente da anca direita;
2ª Fase – Passo para a esquerda com o pé direito: eleva-se o joelho e o pé direitos de
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solo aproximando-se do pé esquerdo (aproximadamente meia distância e de modo a que os pés se mantenham paralelos); a mão direita continua a desenhar um círculo no sentido horário, ascendendo agora, enquanto a mão esquerda descende circularmente no sentido anti-horário.
3ª Fase – Passo lateral para a esquerda com o pé esquerdo (dedos do pé assentam
no solo em primeiro lugar), enquanto a mão direita descende e se move em frente das ancas num movimento circular, e simultaneamente, a mão esquerda ascende e move-se na frente do peito superior. Quando a mão esquerda começa a afundar a palma da mão direita deve começar a elevar-se.
Notas Importantes
Comummente o movimento denomina-se “Acariciar as Nuvens”, mas a tradução literal do livro de Fu Sheng Yuan seria “Mover as Mãos como Nuvens em Movimento”.
No Movimento “Acariciar as Nuvens” o corpo desloca-se em Kai Dang Bu (vide L1 MI NII). Os pés devem estar posicionados paralelamente um ao outro, sobre a mesma linha horizontal, a uma distância equivalente à largura dos ombros. A deslocação é efectuada alternando o peso do corpo entre uma perna e outra, sendo que o peso do corpo em Kai Dang Bu está colocado apenas sobre uma perna. No decorrer do movimento “Mover as Mãos como Nuvens” o peso do corpo é continuamente repartido, evidenciando os conceitos de “cheio/sólido/yang” e “vazio/yin”. Quando o pé de uma perna assenta no solo aponta sempre para a frente (a ponta dos dedos toca primeiro o solo e só depois o calcanhar) e simultaneamente o pé da outra perna eleva-se, mas o movimento de elevar o pé é inverso, uma vez que é o calcanhar que se levanta primeiro e somente depois a ponta do pé.
O movimento das mãos é simétrico, ascendem e descendem alternadamente. O movimento de rotação dos braços e das mãos é comandado pela cintura; os braços permanecem redondos, e deve evitar-se que fiquem tensos. Os braços não devem estar nem muito afastados do corpo, nem muito
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próximos. As mãos devem estar suficientemente firmes para que se executem as energias Peng e Cai, mas sem que fiquem rígidas. Os movimentos devem ser fluidos e contínuos.
A mão descendente fá-lo num movimento como se “escavasse” ao chegar ao nível das ancas.
O olhar segue o movimento da mão que se eleva e mantém-se no topo.
Relaxar os ombros e garantir que as palmas das mãos estão voltadas para dentro na direcção do corpo.
Quando a cintura roda para a direita o peso é transferido para a direita e quando roda para a esquerda o peso do corpo é transferido para a esquerda; o movimento de elevação dos pés, também, acompanha a cintura ou seja, ao rodar a cintura para a direita eleva-se o pé esquerdo e ao rodar a cintura para a esquerda, o pé esquerdo desloca-se lateralmente para a esquerda e o pé direito eleva-se em eleva-seguida.
Devem afastar-se as coxas uma da outra, para que as pernas, também, se apresentem redondas.
Os passos, quer com o pé esquerdo, quer com o pé direito, são sempre efectuados lateralmente para a esquerda e os pés devem estar sempre paralelos; é a ponta do pé que toca primeiro o solo. Os passos não devem ser demasiado amplos, nem demasiado estreitos. A transferência de peso do corpo deve coincidir com o movimento dos pés.
1.2.10. (seq. 56) Chicote de Um Braço Só (Dan Bian)
1ª Fase – Inicia-se o movimento com o peso na perna direita, permanecendo na
postura do arco (pernas). O calcanhar direito roda 135º no sentido anti-horário, mantendo o peso no pé que roda, e simultaneamente roda-se a cintura, afunda-se o peso na perna direita; e ambas as mãos deslocam-se num movimento elíptico anti-horário, e as palmas das mãos estão ligeiramente inclinadas para cima; o movimento das mãos efectua-se da direita para a esquerda regressando para o lado direito do corpo e a cintura roda simultaneamente no sentido oposto.
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2ª Fase – A mão direita forma um “gancho” (flecte-se internamente o pulso e juntam-seos cinco dedos); simultaneamente a palma da mão esquerda roda, virando na direcção do centro do peito; ao mesmo tempo eleva-se o pé esquerdo. Rode a cintura para a esquerda e avance com a perna esquerda assentando o calcanhar esquerdo no solo e depois todo o pé, iniciando a transferência para a perna esquerda do peso do corpo; em acto simultâneo e coordenado, o braço esquerdo abre e a mão esquerda roda no sentido anti-horário; a mão esquerda “senta-se” sobre o pulso respectivo e a palma
está virada para a frente, expressando a postura “boca do tigre”. Os olhos seguem o
movimento e a direcção da mão esquerda. A transferência do peso do corpo é feita em sincronia com o movimento da mão esquerda e conclui-se no final da postura da mão; entretanto a mão direita em “gancho” afasta-se ligeiramente para trás. O tronco fica virado num ângulo aproximado de 45º para a direita, relativamente à linha central vertical do corpo; e a anca não está virada para a frente, apresentando uma abertura de 70º aproximadamente.
Notas Importantes
No movimento de rotação elíptico das mãos (1ª fase), a deslocação é efectuada pela cintura e não pelas mãos, pois a cintura é o eixo que comanda e gera o movimento.
Quando a mão direita forma o “gancho”, o ombro deve estar relaxado e o cotovelo deve apontar para o solo; o braço não está bloqueado (não estende completamente), pelo que quer o ombro, quer o cotovelo devem relaxar para que o membro esteja flexível.
Na conclusão da postura Dan Bian o pulso direito deve estar ligeiramente mais elevado que o ombro direito.
As pernas estão na “postura do arco”, sendo a perna esquerda que conduz o arco e a perna posterior (direita) a corda do arco. Deve enraizar-se no pé dianteiro (esquerdo) e pressionar o calcanhar do pé direito no solo.
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O eixo do corpo deve estar alinhado e o calcanhar esquerdo deve estar posicionado subtilmente, suportando o peso do corpo de forma flutuante.
Os movimentos delineados no Dan Bian devem ser efectuados no mesmo nível de altura, pelo que se deve evitar em absoluto oscilações na altura, aquando da deslocação do corpo, as quais não fortalecerão a perna que suporta o peso do corpo.
1.2.11. (seq. 57) A Serpente Entra na Cova (Xia She)
1ª Fase - No seguimento da postura de Dan Bian, com o peso na perna esquerda;
roda-se no sentido horário o calcanhar direito cerca de 90º (a ponta do pé apresenta no final uma rotação de 135º relativamente à direcção do pé dianteiro) e transfere-se o peso do corpo para a perna direita, afundando-se o corpo na perna direita e baixando bastante o corpo; na sequência da rotação da cintura para a direita, o tronco, também, roda, e a mão esquerda acompanha o retrocesso do cotovelo direito que aponta para o solo; os dedos da mão apontam em frente e a palma esquerda está voltada para a lateral direita; o braço esquerdo desloca-se para trás de forma circular com a rotação do tronco e logo dos ombros e a mão direita mantém-se na postura de “gancho”. No final do movimento expressa-se a postura Pu Bu (vide L1 M I NII deste curso).
2ª Fase – Roda-se o calcanhar esquerdo no sentido anti-horário cerca de 45º e
transfere-se o peso do corpo para a perna esquerda; simultaneamente a mão esquerda inicia um movimento circular descendo inicialmente e depois elevando-se; Na fase final da transferência do peso a perna esquerda está flectida e a direita estendida, mas relaxada; o braço direito desce e a mão direita relaxa.
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Evitar inclinar o corpo para a frente.
Não permitir que as costas ou o peito sobressaiam.
A cintura deve ser usada para fazer recuar a mão esquerda.
A anca não deve tocar o calcanhar direito quando o corpo afunda (baixa).
A perna esquerda não deve estar totalmente estirada.
Apesar do olhar seguir o movimento da mão esquerda, não se deve inclinar a cabeça, nem olhar para o solo.
Deve expressar-se bem a diferenciação entre a perna sólida e a perna vazia, aquando da transferência de peso do corpo da perna direita para a perna esquerda (fase final do movimento “serpente entra na cova”).
1.2.12. (seq. 58) Galo Dourado Sustenta-se numa Só Perna (Jin Ji Du Li)
1ª Fase - Na sequência do final do movimento “serpente entra na cova” e na
continuação da transferência do peso para a perna esquerda, a mão desce e recua ficando ao nível da lateral da anca esquerda, “sentando-se” (flexão do pulso, palma virada para o solo e dedos apontando para a frente); simultaneamente, eleva-se o joelho direito e a mão direita (braço direito flecte e o cotovelo aponta para o solo), até que o joelho esteja ligeiramente mais elevado que o nível superior da anca; os dedos do pé direito apontam naturalmente para o solo (o pé estende e inclina). A mão direita
flecte e “senta-se” (dedos apontam para cima) e a palma da mão fica ligeiramente
virada para a esquerda; o cotovelo direito fica por cima e próximo do joelho da perna direita, apontando para o solo.
2ª Fase – Afundar o corpo na perna esquerda, flectindo esta e simultaneamente,
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diagonalmente ao pé esquerdo e atrás deste; flectir a perna direita e sentar o corpo firmemente, transferindo o peso para esta perna; continuar o movimento elevando o joelho esquerdo; a mão esquerda eleva-se e a mão direita desce, procedendo de forma a delinear os movimentos das mãos e do pé que se eleva descritos na 1ª fase, mas de forma simétrica.
Notas Importantes
A alternância entre os movimentos “serpente entra na cova “ e “galo dourado sustenta-se numa só perna” deve ser fluida e contínua no que respeita à transicção do movimento de elevação da perna direita para o movimento de elevação da perna esquerda, tendo em atenção que não deve transparecer de forma alguma uma quebra no movimento, e que não se devem efectuar movimentos bruscos, pois o movimento deve ter o mesmo ritmo e logo desenvolver-se lenta e elegantemente.
Deve assegurar-se que a postura é estável e firme.
Ao efectuar a elevação do pé, deve evitar-se arrastar o pé que está recuado, bem como se deve evitar levantar abruptamente o pé.
1.2.13. (seq. 59) Recuar para Expulsar o Macaco (Dao Nian Hou)
Este movimento repete-se cinco vezes, para o lado direito inicialmente, alternando com o movimento simétrico para o lado esquerdo: três vezes para o lado direito como a seguir descrito e duas vezes para o lado esquerdo executando os movimentos simétricos aos que são desenvolvidos ao recuar para o lado direito
Expulsar o Macaco para o Lado Direito
1ª Fase - Mantendo e acentuando o peso do corpo sobre a perna direita, rodar a
cintura no sentido horário; simultaneamente, desenhar um meio círculo com a mão direita no sentido posterior (de baixo para cima e palma da mão voltada para cima) e ao concluir meio círculo a palma da mão direita está voltada para a frente e os olhos
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olham na sua direcção; rodar o antebraço e consequentemente o pulso e palma da mão direita rodam cerca de 90º no sentido anti-horário; flectir o braço direito aproximando a palma da mão direita da orelha direita e ao mesmo tempo elevar o pé esquerdo e afastar a perna esquerda do corpo; rodar a cintura no sentido anti-horário de modo a virar o tronco para a frente;
2ª Fase - Colocar o pé esquerdo na retaguarda e no solo (dedos do pé tocam o solo
antes do respectivo calcanhar) e avançar com a palma da mão direita; olhando em frente. Nesta fase o peso do corpo é transferido para a perna esquerda e a perna direita está relaxada e somente o calcanhar do pé direito toca o solo, pois os dedos do pé direito estão ligeiramente levantados. Ao rodar a cintura a mão direita avança para a frente e a mão esquerda recua para trás, vindo descansar junto da anca esquerda (palma da mão voltada para cima). O corpo deve inclinar ligeiramente para a esquerda, não devendo estar completamente voltado para a frente. A palma da mão direita deve estar alinhada com a linha média vertical do peito e sentada sobre o respectivo pulso.
Expulsar o Macaco para o Lado Esquerdo
1ª Fase - Mantendo o peso do corpo sobre a perna esquerda, rodar a cintura no
sentido anti-horário; simultaneamente desenhar um meio círculo com a mão esquerda no sentido posterior (de baixo para cima e palma da mão voltada para cima) e ao concluir meio círculo a palma está voltada para a frente e os olhos olham na sua direcção; rodar o antebraço e consequentemente o pulso e palma da mão rodam cerca de 90º no sentido horário; flectir o braço esquerdo aproximando a palma da mão da
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orelha esquerda e ao mesmo tempo elevar o pé direito e afastar a perna direita do corpo; rodar a cintura no sentido horário de modo a virar o tronco para a frente;
2ª Fase - Colocar o pé direito na retaguarda e no solo (dedos do pé tocam o solo
antes do respectivo calcanhar) e avançar com a palma da mão esquerda; olhando em frente. Nesta fase o peso do corpo é transferido para a perna direita e a perna esquerda está relaxada e somente o calcanhar do pé esquerdo toca o solo, pois os dedos do pé estão ligeiramente levantados. Ao rodar a cintura a mão esquerda avança para a frente e a mão direita recua para trás, vindo descansar junto da anca direita (palma da mão voltada para cima). O corpo deve inclinar ligeiramente para a direita não devendo estar completamente voltado para a frente. A palma da mão esquerda deve estar alinhada com a linha média vertical do peito e sentada sobre o respectivo pulso.
Notas Importantes
Quando se executa o movimento “Recuar para Expulsar o Macaco” após sair do movimento do “Galo Dourado Sobre uma Só Perna” este inicia afundando o peso sobre a perna direita que flecte e descendo a perna esquerda sem que esta toque o solo, para em seguida a deslocar para trás e recuar um passo.
Ao recuar com o pé esquerdo ou direito, a deslocação deve ser feita firmemente sem oscilação.
Manter os ombros relaxados.
Manter o mesmo nível de altura dos ombros ao executar os movimentos de forma alternada, de modo a impedir qualquer tipo de desequilíbrio relativamente ao eixo vertical do corpo.
A cintura deve rodar naturalmente, sem exagerar o movimento de rotação. O corpo não deve ficar totalmente virado para a frente na conclusão da postura, devendo apresentar um ligeiro ângulo para uma das laterais consoante o movimento se processe para a direita ou para a esquerda.
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Os movimentos devem ser harmoniosos e coordenados, fluidos e contínuos. Ambas as mãos se devem movimentar no mesmo ritmo, sem que se estendam demasiado os braços que devem apresentar-se arredondados.