AUTOMAÇO E IDENTIFICAÇO RECURSIVA DE PLANTA
DIDÁTICA UTILIZANDO CLP INDUSTRIAL DA
ROCKWELL AUTOMATION
Vi tor Matheus Rodrigues de Carvalho
Brasília, dezembro de 2017
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Fa uldade de Te nologia
TRABALHO DE GRADUAÇO
AUTOMAÇO E IDENTIFICAÇO RECURSIVA DE PLANTA
DIDÁTICA UTILIZANDO CLP INDUSTRIAL DA
ROCKWELL AUTOMATION
Vi tor Matheus Rodrigues de Carvalho
Relatório submetido ao Departamento de Engenharia
Elétri a omo requisito par ial para obtenção
do grau de Engenheiro de Controle e Automação
Ban aExaminadora
Prof. EduardoSto klerTognetti,ENE/UnB
Orientador
Prof. Eugênio Libório Feitosa Fortaleza,
ENM/UnB
Coorientador
Prof.GuilhermeCaribédeCarvalho,ENM/UNB
RODRIGUES DE CARVALHO,VICTOR MATHEUS
Automação e identi ação re ursiva de planta didáti a utilizando CLP industrial da Ro kwell
Automation
[Distrito Federal℄2017.
xi,93p., 210x297 mm(FT/UnB,Engenheiro,Controle eAutomação, 2017). Trabalho de
Gradu-açãoUniversidade deBrasília. Fa uldade de Te nologia.
1. Automação 2. Identi ação de sistemas
3. Mínimos quadradosre ursivo 4. Controle de nível
5. Sistema de quatro tanques 6. Sistemassupervisórios
I.Me atrni a/FT/UnB
REFERÊNCIABIBLIOGRÁFICA
DE CARVALHO, V. M. R., (2017).Automação e identi ação re ursiva de planta didáti a
uti-lizando CLP industrial da Ro kwell Automation. Trabalho de Graduação em Engenharia de
Controle e Automação, Publi ação FT. TG-
n
◦
23/2017
, Fa uldade de Te nologia, Universidade deBrasília,Brasília,DF,93p.CESSO DE DIREITOS
AUTOR: Vi torMatheusRodriguesde Carvalho
TÍTULO DO TRABALHO DE GRADUAÇO: Automação e identi ação re ursiva de planta
didáti autilizando CLPindustrial daRo kwell Automation.
GRAU:Engenheiro de Controle e Automação ANO:2017
É on edida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir ópias deste Trabalho de
Graduaçãoeparaemprestarouvendertais ópiassomenteparapropósitosa adêmi ose ientí os.
Oautorreservaoutros direitosdepubli açãoe nenhumapartedesseTrabalhodeGraduaçãopode
serreproduzida sem autorizaçãopor es ritodo autor.
Vi torMatheusRodriguesde Carvalho
Al. dasA á ias,Qd. 107 Lts. 2-6 ÁguasClaras.
Dedi o este trabalho à minhafamília.
O maior agrade imento que posso dar é para Deus por ter me propor ionado o dom da
vida e do trabalho. Aos meus pais que sempre deram o máximo para prover o melhor a
mim,também tenho innitagratidão. Agradeço tambémao meu querido irmãoViní ius
pelo seu ânimo que ajuda a en ontrar a alegria perante às di uldades. Não poderia
deixar de agrade er à Thaís por todaamizade e apoio,não me deixando esmore er nem
desanimare mefazendoenxergar a importân iadeentregarsempre omelhor.
Agradeço-a também pela ajuda na revisão deste trabalho. Ao Sr. Paulo Pina pela ajuda a mim
on edidana instalaçãodosequipamentosna ban ada. Aos meusgrandesamigos riados
na universidade Carlos,Daniel eFilipeporvosso ompanheirismo e aprendizadoque me
proveram. Ao té ni o daUniversidade deBrasília Céliopela suasempre disposta ajuda.
Por m,mas de formaalguma menos importante, agradeço ao meu orientador,
Profes-sorEduardoSto kler, pela suapa iên ia e dire ionamentos sempre pre isos para que eu
pudesse on luir este trabalho om êxito. Ao professor Eugênio pela sua oorientação e
por ter me on edido os materiais para esse trabalho. Que Deus juntamente om Nossa
Senhora me on eda as graças ne essárias para exer er minha prossão embenefí io do
próximo.
Este trabalho apresenta uma interessante abordagem que explora as interseções entre teoria de
identi açãoe sistemasde ontrole eapli açõesindustriais. Utilizando umaban adadidáti a om
quatro tanques, explorou-se o uso de ontroladores lógi o programáveis (CLP), mais
espe i a-mente o1756-L62 da Ro kwell Automation, pararealização de tarefasqueforam desde alibração
desensoresatéaelaboraçãodeumsistemasupervisório. Primeiramente, realizam-sealgumas
me-lhoriasna ban ada didáti a visando futuras apli ações maisavançadas. Entre asfun ionalidades
desenvolvidas, implementou-se umalgoritmo noCLP para identi ação re ursiva de umpro esso
industrial ara terizado omo sistema de primeira ordem sem atraso baseado no método dos
mí-nimosquadrados re ursivo. Além disso, baseado na sintonia IMC, fez-sea própria ferramenta de
autotunning de ontroladores PID. Como resultados, obteve-se, paraa identi ação noCLP,
or-relaçõesentremodelos de85%oumais, oquefoi onsideradoa eitável. Noquetangeao ontrole,
usandoo modeloeo ontroladorgeradopeloIMC,per ebeu-sesimilaridades entre opro essoreal
e simulado. Todavia, houve dis repân ias quando omparados os sinais dos ontroladores - real
e simulado - para as bombas, bem omo quanto ao omportamento da sub-atuação das bombas
devidoàvariabilidadedosatuadores. Porm,umsistemasupervisório ontemplouapossibilidade
derealizardiversostestesdemodelose omparaçõesentreasintoniaautomáti apropostaeoPID
queestivesse operandona planta.
ABSTRACT
Thiswork presents an interesting approa h thatexplores interse tions between ontrol and
iden-ti ation systems and industrial area. Using a four tanks workben h, a Ro kwell Automation's
Programmable Logi Controller has been explored to perform tasks sin e sensor alibrationuntil
a supervisory system design. Firstly, some improvements were developed aiming future
advan- ed appli ations. Among the features developed, an re ursive identi ation algorithm based on
Re ursive Least Squaresto an industrial pro ess hara terized as a no lag rst-order system was
implemented. Besides that, a PID self-tunning tool based on IMC was done. As results, for
PLC identi ation, the models orrelations was 85% or more. In respe t of level ontrol, using
themodel identied and the ontroller tunned by IMC, some similarities wasnoted between real
and simulated pro ess. However, there are dis repan ies in relation of ontroller signals - real
and simulated -, aswell as thepumps sub-a tuation behaviordue to thevariability of a tuators.
Finally,thesupervisory systemalso has ontemplated thepossibilityto make several model tests
and omparisons between the automati tunning PID proposed and the PID that was operating
1 Introdução... 1
1.1 Contextualização... 1
1.2 Sistema de Quatro Tanques... 1
1.3 Definição do problema ... 2
1.4 Objetivos doprojeto... 3
1.5 Apresentação do manus rito... 3
2 Revisão Bibliográfi a... 4
2.1 Sistemas dinâmi os e Controladores ... 4
2.2 Modelagem do Sistema de Quatro Tanques... 5
2.3 O Controlador Lógi o Programável... 8
2.3.1 Arquitetura do Sistema... 9
2.3.2 Linguagens de Programação do CLP... 11
2.3.3 Ci lo de S an... 16
2.4 Instrumentação de Pro essos ... 17
2.4.1 Sistemas de Medição... 17
2.4.2 Elementos Finais de Controle... 20
2.5 Controle em Tempo Dis reto... 22
2.6 Identifi ação de Sistemas ... 24
2.6.1 Pólos menos signifi ativos ... 24
2.6.2 Resposta ao Degrau... 25
2.6.3 Método de MínimosQuadrados... 25
2.6.4 Método dos Mínimos Quadrados Re ursivo ... 27
2.7 Sintonia de Controladores PID... 29
2.8 Controlador PID Digital ... 30
3 Desenvolvimento... 33
3.1 Introdução ... 33
3.2 Des rição e Melhorias da Ban ada... 33
3.2.1 Controlador Lógi o Programável - Ro kwell... 33
3.2.2 Bombas Diafragma... 36
3.2.3 Sensores de Pressão... 37
3.2.6 Configuração da Ban ada... 40
3.3 Calibração dos Equipamentos... 41
3.3.1 Nível... 41 3.3.2 Vazão... 42 3.3.3 Pla a de Potên ia ... 42 3.4 Controle de Nível... 43 3.4.1 Identifi ação do Pro esso ... 43 3.4.2 Projeto do Controlador... 44 3.5 Sistema Supervisório ... 45 4 Resultados... 46 4.1 Introdução ... 46 4.2 Dados de Calibração... 47 4.2.1 Cál ulo do Nível... 47 4.2.2 Cál ulo da Vazão ... 48 4.2.3 Pla a de potên ia... 48 4.3 Identifi ação do Sistema... 50
4.4 Implementação do Controle de Nível... 54
4.4.1 Controle Tanque 4 - Bomba 1... 54
4.4.2 Controle Tanque 3 - Bomba 2... 58
4.4.3 Controle simultâneo... 62
4.5 Implementação no CLP... 63
4.6 Implementação do Sistema Supervisório... 67
5 Con lusões... 72
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 74
Anexos... 76
I.1 ROTINAS CLP... 77
1.1 Esquemáti oadaptadodeplantalaboratorialdequatrotanquespropostopor
Johans-son, 2000... 2
2.1 Sistema de ontrole emmalha aberta [1 ℄... 5
2.2 Sistema de ontrole emmalha fe hada[1℄... 5
2.3 Esquemáti o onsiderando o omportamento donívelem umdostanques... 6
2.4 P&ID daban ada didáti a omquatro tanques... 7
2.5 Arquitetura geral deumCLP [2℄... 10
2.6 Exemplo de programautilizando linguagem LD[3 ℄... 12
2.7 Exemplo de umblo ode função [3℄... 13
2.8 Exemplo de instruçõesemsequên ia [3℄... 13
2.9 Exemplo de diagramasequen ial[2℄... 15
2.10 Exemplo de diagramasequen ialpara uma máquinade lavar [3 ℄... 15
2.11 Tre ho exemplode ódigoes rito emIL [3℄... 16
2.12 Ci lo de Exe ução doCLP [2 ℄... 16
2.13 Fun ionalidade deSistema de Medição[4 ℄... 17
2.14 Exemplos de extensmetros[4℄... 18
2.15 Ponte deWheatstone om umstraingauge... 20
2.16 Medidor de vazão- tipoturbina... 21
2.17 Operação da bomba diafragma... 22
2.18 Diagrama de blo osde umsistemade ontrole dis reto... 22
3.1 Arquitetura de todo o sistemadaban ada... 34
3.2 Ambiente de programaçãodo LOGIX5000... 35
3.3 Blo o PIDE. ... 36
3.4 Ambiente de desenvolvimento de telasFa toryTalk ViewStudio. ... 37
3.5 Novabomba diafragmainstalada naban ada... 37
3.6 Sensor de pressãoMPVZ5004... 38
3.7 Sensor de VazãoYF-S402... 39
3.8 Pla a de potên ia ini ialmente instalada... 40
3.9 Pla a de potên ia atualmente instalada... 40
3.10 Ban ada didáti a... 41
4.3 Identi açãore ursiva domodelo simulado... 50
4.4 Identi açãore ursiva variando bomba1... 51
4.5 Identi açãore ursiva variando bomba2... 52
4.6 Identi açãore ursiva noCLP xIDENT- Tanque3 sub-atuado (bomba1)... 53
4.7 Identi açãore ursiva noCLP xIDENT- Tanque4 diretamente atuado(bomba1). 53 4.8 Identi açãore ursiva noCLP xIDENT- Tanque3 diretamente atuado(bomba2). 54 4.9 Identi açãore ursiva noCLP xIDENT- Tanque4 sub-atuado (bomba2)... 54
4.10 Conguração dosparâmetros PID parabomba 1... 56
4.11 Controle notanque 4 -Bomba 1... 56
4.12 Erro ontrole no tanque 4(simulado: em verde; real: emazul) -Bomba 1... 57
4.13 Sinal ontrole no tanque4 (simulado: emverde; real: emazul) - Bomba 1... 57
4.14 Níveltanque 3 (simulado: emverde; real: emazul) - Bomba 1... 58
4.15 Conguração dosparâmetros PID parabomba 2... 59
4.16 Controle notanque 3 (referên ia: emazul; nível simulado: emvermelho; nívelreal: em verde)- Bomba 2... 60
4.17 Erro ontrole no tanque 3(simulado: em verde; real: emazul) -Bomba 2... 60
4.18 Sinal ontrole no tanque3 (simulado: emverde; real: emazul) - Bomba 2... 61
4.19 Níveltanque 4 (simulado: emverde; real: emazul) - Bomba 2... 61
4.20 Controle simultâneo... 63
4.21 Erro ontrole simultâneo (simulado: em verde; real: emazul)... 64
4.22 Sinal ontrole simultâneo (simulado: emverde; real: emazul). ... 65
4.23 Rotinas riadas... 66
4.24 Add-ons instru tions riadas... 67
4.25 Telade iní iodo supervisório... 68
4.26 Telade alibração pelosupervisório. ... 68
4.27 Telade identi açãopelosupervisório... 69
4.28 Telade validação domodelo pelo supervisório... 69
4.29 Simulação dosPIDsnomodeloidenti ado. ... 70
4.30 Comparação do PID realno pro esso edo PID propostono modeloidenti ado... 71
1 MainRoutine... 77 2 Filtro passa-baixas... 77 3 IDENTIFICACAO- Página 1... 78 4 IDENTIFICACAO- Página 2... 79 5 IDENTIFICACAO- Página 3... 80 6 IDENTIFICACAO- Página 4... 81 7 MMQR- Página 1... 82 8 MMQR- Página 2... 83 9 Sensores... 83 10 PID B1... 84 11 PID B2... 84
13 Simulação B2... 85
14 Add-onInstru tion - Nível. ... 86
15 Add-onInstru tion - SintoniaIMC. ... 87
16 Add-onInstru tion - Vazão... 88
17 Simulação domodelo dopro esso. ... 88
18 Simulação domodelo doidenti ado... 89
19 S ript do MATLABparaidenti açãore ursiva dopro esso simuladoe real... 90
20 Diagrama para oleta de dadosdo ontrole denívelno tanque 3... 91
21 Diagrama para oleta de dadosdo ontrole denívelno tanque 4... 92
2.1 SistemasDinâmi os: lassi ação [2℄... 4
2.2 Classi ação daslinguagens do CLP[5 ℄... 12
2.3 Instruçõesde Contato segundoIECnorma 61131-3 [5℄... 13
2.4 Instruçõesde Bobina segundonorma IEC61131-3 [5℄... 14
2.5 Sintonia MZpor malha fe hada... 29
2.6 Sintonia MZpor malha aberta... 29
2.7 Sintonia CHRpararespostasem sobrevalor... 30
2.8 Sintonia IMC... 30
3.1 Espe i ação dosmódulosdo CLP... 34
3.2 Cara terísti as té ni asda bomba... 36
3.3 Espe i ações té ni asdo sensordepressão MPVZ5004... 38
3.4 Espe i ações té ni asdo sensordevazão YF-S402... 39
3.5 Algoritmo deimplementação do método demínimos quadradosre ursivo ... 44
4.1 Calibração - Tanque1... 47
4.2 Calibração - Tanque2... 47
4.3 Calibração - Tanque3... 47
4.4 Calibração - Tanque4... 48
4.5 Sensor de Vazão-Bomba 1... 48
4.6 Sensor de Vazão-Bomba 2... 48
4.7 Degrausapli ados na bomba 1e mantendo abomba 2em60%... 51
Símbolos Latinos
A
Área [m
2
℄
V
Vazãovolumétri a outensão [L/s℄[V℄h
Nível [ m℄v
w
Velo idade do uido [m/s
℄g
a eleração gravita ional [m/s
2
℄
a
áreada seção trasnversal ouparâmetro demodeloK
ganhou
sinal [%℄O
saídaI
entradal
omprimento [m℄R
resistên ia [ohm℄e
deformaçãoou função de erroG
fatorgauge oufunção de transferên iab
parâmetro demodeloY
matriz deamostrasJ
função ustoP
período ou ponto deoperaçãoT
tempode amostragemou onstantede tempo [s℄EU
Unidade deengenhariaQ
Vazãovolumétri a [L/min℄τ
onstante de tempoγ
por entagem de vazão∆
Variação entreduasgrandezas similaresρ
resistividadeθ
atraso ou parâmetros deidenti açãoϕ
matriz deregressoresφ
matriz dasamostras dosregressoresξ
erro deestimaçãoλ
onstante de tempo métodoIMCGrupos Adimensionais
ν
oe ientedepoissonZ
transformada Z Subs ritosin
entradaout
saída0
variávelnoponto ini iali
número dotanque ou integralb1
ouB1
bomba1b2
ouB2
bomba2mx
máximomn
mínimoL
longitudinals
saídak
número deamostraM Q
mínimosquadradosp
propor ionalu
ganho quegerou resposta os ilatóriad
derivativoc
ontroladorSobres ritos
·
Variação temporalEDO Equação Diferen ialOrdinária
PID Controlador Propor ional Integral Derivativo
PI Controlador Propor ional Integral
MIMO Múltiplas entradas emúltiplas saídasMultiple In MultipleOut
LARA Laboratóriode Automaçãoe Robóti a daUniversidadede Brasília
CLP Controlador Lógi o Programável
CP Controlador Programável
P&ID Diagrama de Instrumentação e Tubulação (Piping and Instrumentation
Dia-gram/Drawing)
E/S Entradas eSaídas
EPROM memóriaprogramávelapagávelsomentedeleitura(erasableprogrammable
read-onlymemory)
UCP Unidade entral depro essamento
IEC Comissão interna ional de eletroté ni a (International Eletrote hni al
Comis-sion)
LD Ladder
FBD Diagrama de blo o defunções(Fun tion Blo k Diagram)
IL Lista de Instruções(Instru tionList)
ST Texto estruturado (Text Stru utured)
SFC Mapa de Função Sequen iaç(Sequential Flow Chart)
D/A onversor digital-analógi o
A/D onversor analógi o-digital
MZ método Ziegler-Ni hols
CHR método Chien,Hronee Reswi k
IMC Controle por modelointerno (Internal model ontrol)
ident ferramenta de identi ação doMATLAB
IP Proto oloIndustrial (Industrial Proto ol)
PIDE PID aumentado (Enhan ed PID)
OPC OLEpara ontrole de pro essos (OLEfor Pro esso Control)
PWM Modulaçãopor largura depulso (Pulse Width Modulation)
SA sinalalto
SB sinalbaixo
Introdução
1.1 Contextualização
O desejo e um dos prin ipais desaos no setor industrial é a riação de sistemas apazes de
melhorar a e iên ia e e á ia de pro essos. Neste sentido, a Engenharia torna-se protagonista
paraaresoluçãodetaisproblemasdevidoseuaspe to riativo,analíti oera ional, sendoestaárea
umadasmaisimportantes parao desenvolvimento e res imento de umpaís.
Sabendodisso,aEngenhariadeControleeAutomaçãosurge omopoten ialdeinovarnosetor
se undárioda e onomia. Todavia,para queissoefetivamente o orra, éne essário, anteriormente,
que o Engenheiro, desde sua formação a adêmi a, tenha ontato om os diversos equipamentos,
termos, metodologias, té ni as de ontrole e possíveis tendên ias existentes no mer ado. Logo,
torna-se essen ial a existên ia de pesquisas voltadas à práti a om o m de não só auxiliar na
formação deste Engenheiro, mas também de en ontrar estratégias queaumentem a e iên ia dos
projetos de automação em uma indústria. Entre tais estratégias, aliás, en ontra-se o ontrole
automáti odepro essosquevisaaeliminaçãodedistúrbiosexternosnosquaisosistemaseen ontra
e é uma ex elente forma para melhorar os pro essos industriais. A seção 1.2 fará uma breve
apresentação sobre osistemade quatro tanquesutilizado nesse projeto.
1.2 Sistema de Quatro Tanques
Em 2000, Johanssonintroduziuum modelode pro esso didáti o om zero ajustávelque pode
tornar o sistemade fase mínima ou não mínima de a ordo omo arranjo da planta. Além disso,
om tal modelo é possível testar e produzir diversas té ni as de ontrole multi-variável. Dessa
forma,aban adades ritatorna-seumaex elenteferramentaemâmbitoa adêmi oparaessaárea.
Agura1.1- retirada de [7℄- ilustra omodelo proposto.
É possível vislumbrar que, além dos quatro tanques e reservatório, duas bombas atuam no
sistemaenviando vazão paradois tanques de forma ruzada, isto é, uminferior e outrosuperior.
son,2000.
umainteraçãonomodelovistoqueabomba1,porexemplo,atuadiretamentenotanque4,mas,de
formaindireta, atuanotanque3hajavistaqueelabombeiauidoparaotanque1. Amodalidade
de sistema om interação, por sua vez, é espe i ada em [6℄ omo sendo uma das ara terísti as
maispresentesnospro essosindustriais. Logo, onfere-seaestaban adaapossibilidadedegrandes
ontribuições no setor industrial de pro essos. Entre as estratégias de ontrole já desenvolvidas
paraessemodelo,tem-seapli açõesde ontrolepreditivo[8℄,PIdes entralizado[9 ℄, ontrole ótimo
[10℄entreoutros modelos avançados [9℄.
1.3 Denição do problema
Umaplanta didáti a dequatro tanques lo alizadano Laboratório de Automaçãoe Robóti a
-LARAda Universidade de Brasília deve re eber nova instrumentação a m de tornar possível a
implementação de té ni asde ontrole desde lássi asaté asavançadas. Além disso,a onstrução
deferramentas queaumentem a agilidade e e iên ia da metodologia dosprojetosde automação
industriale a falta de material práti o paraalunos interessados no tema sãoaspe tos que devem
O objetivo geral deste projeto onsiste na onstrução de um sistema ompleto de automação
e ontrole utilizando metodologia e equipamentos empregados industrialmente que vão desde a
alibraçãodossensores atéa elaboração desistemasupervisório paraoperaçãoda planta.
A mde al ançar esteobjetivo geral,traçam-seobjetivos espe í ostambém, asaber:
•
Instalação denovainstrumentação na ban adae alibração de tais dispositivos;•
CriaçãoderotinasemControladorLógi oProgramável(CLP) apazesdefazeraidenti ação do sistemas;•
Implementaçãode té ni as de ontrole lássi as apartir do modelo identi ado;•
Criação de sistemasupervisóriopara operação ea ompanhamento dosdadosda planta.1.5 Apresentação do manus rito
No apítulo 2 levantam-se as teorias fundamentais para entendimento do projeto e do tema.
Após,o apítulo3expli itaametodologiaempregadaaolongododesenvolvimento doprojeto. No
apítulo4, osresultados experimentais sãoapresentados omparando-se om o queera esperado.
Porm, o apítulo5trazdis ussõeseanálisesdoresultadoobtidojuntamente omsugestõespara
Revisão Bibliográ a
2.1 Sistemas dinâmi os e Controladores
Umsistema dinâmi oé visto, deforma geral, omo movimentos gerados por forçase energias
equepodemserdes ritospor equaçõesdiferen iaisordinárias (EDO)emqueotempoéavariável
independente,equaçõesadiferenças,algébri ase diferen iaispar iais[2 ℄. Este on eito,apesarde
ter umviés da me âni a lássi a, é estendido também para fenmenos quími os, térmi os, entre
outros,jáque estestambémpossuem modelos des ritospor umaEDO.
A tabela2.1apresenta umresumodossistemas dinâmi os en ontrados. No quetangeàqueles
des ritos pelo tempo, é possível lassi á-los quanto sua linearidade. Em aso positivo, vale a
apli açãodoprin ípio da superposição naanálise dasaída referenteaumaentradamuito embora
a maioria dos sistemas en ontrados serem não-lineares é possível linearizá-los em torno de um
ponto deoperação.
Tabela2.1: SistemasDinâmi os: lassi ação[2℄.
A ionamento Des rição Nomes
EDO navaríaveltempo Contínuos notempo
Tempo
EDO navariáveltempo Dis retosno tempo
Eventos
Álgebra booleana, dioide,
autmatos, redes de Petri
Aeventos dis retos
Nesses sistemas, existem diversas variáveis que os podem os perturbar, alterando o desejado
omportamento deles. Dessa forma,surgea gurado ontrolador queé responsávelpor mantero
pro esso dentrodosrequisitosprevistos.
Umprimeirotipodearquiteturade ontrole sãoossistemasemmalhaaberta. Nessasituação,
o ontrolador re ebe uma variável de referên ia segundo a qual o pro esso deve se adequar e, a
partirdaí, o ontrolador atua sobre o sistema. A gura 2.1 ilustra tal arquitetura. Observe que
distúrbiosestãopresentesnopro essodetalformaqueasaídaaindanãoseráexatamenteamesma
Outro tipode sistemade ontrole éo demalha fe hada,oqual,devido àsuasimpli idade, éo
maisutilizado na indústria [6℄. Neste tipo,o orre uma realimentação do sistemae o erro entre a
variávelde saída e oset point é ontabilizado. Logo, om o ontrolador re ebendo tal parâmetro,
ele atua no sistema para orrigir o erro. Dessa forma, pode-se fazer uso de diversas té ni as de
ontrole para anular aatuação dosdistúrbios. A gura2.2ilustra talarquitetura.
Figura2.2: Sistema de ontrole emmalha fe hada [1℄.
Dentro dos sistemas de malha fe hada diversos tiposde ontrole podem ser sintonizados. Os
lássi os onsistemnaquelesqueestão onsolidadosnaindústriaequeseuusojáfoivalidado. Entre
estesestão: PID, ontrole on-o,feedfoward, as ata. Além desses, tem setornado ada vez mais
frequenteempesquisasa adêmi asousode ontrolesmaisavançados omoopreditivo,inteligentes
(redesneuraise ontrole fuzzy),robusto,adaptativo,nãolineare multivariável (sistemasMIMO
-MultipleIN, Multiple Out).
2.2 Modelagem do Sistema de Quatro Tanques
Osistema omquatrotanquesesquemáti oémostradonagura1.1. Algumasalteraçõesneste
modelo em relaçãoà ban adautilizada serão espe i adas na seção 3. Seguindo o entendimento
dopro esso, fo a-se no omportamento dos tanquesinferiores. Paraisso, é realizada umaanálise
domodelo ilustradona gura2.3.
Levando em onsideração a teoria apresentada por [6℄ e pelo balan eamento de massas do
sistema,tem-se que
˙
V = A ˙h = [f
in
1
+ f
in
2
] − f
out
.
(2.1)emque
V
˙
é o volume armazenado,A
éa área do tanque,˙h
onsiste na taxa de variação do nível douido no tanque,f
in
1
,f
in
bomba2esaída emrazãodaaberturadaválvula. PelaequaçãodeBernoulli ésabidoque,no que
tangealíquidos in ompreensíveis
v
w
=
p2gh
(2.2)emque
v
w
é a velo idade douido eg
a onstante de a eleração gravita ional. Contudo,f
out
= av
w
= ap2gh
(2.3)em que
a
é a área da seção transversal da saída de água do tanque. Linearizando em torno do ponto deoperaçãoh
0
e,sabendo quex = h − h
0
,tem-se quef
out
=
a
2
r 2g
h
0
x.
(2.4)Substituindo2.4 em2.1, on lui-seque
˙
x(t) =
1
A
[f
in
1
(t) + f
in
2
(t)] −
a
A
r
g
2h
0
x(t).
(2.5)É importante ressaltar que no aso dos quatro tanques, omo há a alimentação ruzada, os
níveis dosreservatóriosinferioresserãoafetados pelasduasbombasdea ordo om apor entagem
de vazão dire ionada da respe tiva bomba para ada tanque. Com isso, estabele em-se algumas
mudanças em relação ao esquemáti o da gura 1.1 já visando a estrutura da ban ada didáti a
deste trabalho. Considera-se, agora, a gura2.4, a qual ilustra um diagrama P&ID (Piping and
Instrumentation Diagram/Drawing) - [11℄-, paraprosseguimento da modelagem.
Para fa ilitar o entendimento, utiliza-se a seguinte nomen latura onde
f
in
1
i
fará referên ia àentrada de vazãono tanque
i
provenientede uma bomba, bem omof
in
2
i
será vazãoprovenientedeumtanquesuperiorsobreotanque
i
. Alémdisso,f
out
primeiramenteque,
f
in
21
ef
in
22
serão iguaisàzero jáquenão há tanquessuperioresemrelaçãoaeles. Comisso, es reve-se
f
in
21
f
in
22
f
in
23
f
in
24
=
0
0
f
out
1
f
out
2
(2.6)Estabele endo que a onstante de tempo
τ
seráτ
i
=
A
i
a
i
s
2h
i0
g
(2.7)multipli a-se e divide-sea equação2.4 por
A
i
de formaqueseobtémf
out
i
=
A
i
τ
i
x
i
.
(2.8)
f
in
21
f
in
22
f
in
23
f
in
24
=
0
0
A
1
τ
1
x
1
A
2
τ
2
x
2
.
(2.9)Noquetangeàsvazõesprovenientesdaatuaçãodiretadabomba,tem-sequeestasdependerão
tanto da quantidade de vazão liberada para ada um dos tanques, quanto do sinal apli ado na
bomba. Com isso,
f
in
11
f
in
12
f
in
13
f
in
14
=
(1 − γ
1
)K
b1
u
b1
(1 − γ
2
)K
b2
u
b2
γ
2
K
b2
u
b2
γ
1
K
b1
u
b1
.
(2.10)em que
γ
1
é a por entagem de vazão dire ionada ao tanque 4 em relação ao tanque 1,γ
2
a por entagem de vazãodire ionado ao tanque 3 emrelação ao tanque 2,K
b1
eK
b2
sãoosganhos emrelaçãoaosrespe tivossinaisdabomba1-u
b1
-e bomba2-u
b2
-. Obtidostaisdados,pode-se estruturaruma equaçãono espaço deestados omo a mostradana equação 2.11.˙
x
=
−
1
τ
1
0
0
0
0
−
1
τ
2
0
0
A
1
A
3
τ
1
0
−
1
τ
3
0
0
A
2
A
4
τ
2
0
−
1
τ
4
x
+
(1 − γ
1
)K
b1
A
1
0
0
(1 − γ
2
)K
b2
A
2
0
γ
2
K
b2
A
3
γ
1
K
b1
A
4
0
u
y
=
"
0 0 1 0
0 0 0 1
#
x
(2.11)Por m, a partirdaequação 2.11, hega-se à funçãode transferên iado sistemaexpresso pela
equação2.12.
G(s) =
(1 − γ
1
)τ
3
K
b1
A
3
(τ
1
s + 1)(τ
3
s + 1)
γ
2
τ
3
K
b2
A
3
(τ
3
s + 1)
γ
1
τ
4
K
b1
A
4
(τ
4
s + 1)
(1 − γ
2
)τ
4
K
b2
A
4
(τ
2
s + 1)(τ
4
s + 1)
(2.12)2.3 O Controlador Lógi o Programável
Osprimeirostiposde Controladores Lógi o Programáveis ouCLPssurgiram porvoltade 1968
diante de uma ne essidade dete tada pela General Motors. Este equipamento é riado, então,
fábri adesejasse introduzirmelhorias ourealizar manutenções nalinha deprodução,três grandes
problemassurgiam. Oprimeiro onsistianofatodequeaalteraçãonosistemade ontrolebaseado
emrelésdurava dias podendo ser estendidoa semanas, ou seja, seriatempo de produção perdido
e,no asodaempresa,prejuízo. Osegundoproblemareferia-seàexistên iademuitaação,aqual
o upava muito espaço impli ando que, por vezes, a falhano sistema fosse difí il de ser dete tada
de imediato pelo olaborador. Por m, a última questãorela ionava-se om a ne essidade de um
equipamento apaz de suportar as pesadas ondições fabris (poluição do ar, vibração, umidade,
entre outros).
Diante de tais di uldades apresentadas anteriormente, osCLPs apare eram omo uma
ex e-lente opção, já que onsistiam em um dispositivo digital robusto apaz de ontrolar pro essos e
máquinas,realizar ál ulos omplexos, o upar menos espaço e a falha emum sistemaera melhor
dete tada pela sualógi a de programação. Além disso, tais esquipamentos diminuíram os ustos
de materiaise mão-de-obra, pois om apenas um ontrolador e umoperador erapossívelrealizar
asmudanças desejadasnaslinhasde produção.
A partir da dé ada de 80, os CLPs passam a ser hamados de Controladores Programáveis
(CP).Adiferençaestá na apa idade deste últimode realizar ál ulosde funçõesmais omplexas
[2℄. Entreas ara terísti as dosCPs estão:
•
Conabilidade Opera ional;•
Exe ução defunçõesavançadas;•
Operaçãoe omuni ação emrede;•
Linguagem de programaçãode alto nível.Por padrão, fazer-se-ãoreferên iasa Controladores Programáveise Controladores Lógi o
Pro-gramáveis pelasiglaCLP.
2.3.1 Arquitetura do Sistema
A gura 2.5 ilustra em blo os a arquitetura geral de um CLP. Esta subseçãodestrin hará as
partes mais importantes deste dispositivo, a saber: unidade entral de pro essamento, memória
EPROM, memória imagem e módulos de entrada e saída (E/S). A imagem também ilustra que
a omposição do CLP se dá por partes internas e externas. A primeira refere-se à unidade de
pro essamento ommemóriaeoutros dispositivos. Já asegunda, aosmódulosdeE/S,quepodem
seralterados dependendo daapli ação.
Com a evolução do CLP ao longo dos anos passa a ser possível ustomizar os módulos E/S.
Issogeraexibilidadeaoprojetistadosistemadeautomação,alémdefa ilitaramanutençãotendo
em vista que, se um desses módulos falhar, a simples tro a dos mesmos pode ser realizada sem
UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO - UCP
A UCP onsiste no pro essador em si, uja função está rela ionada om a riação de um
aminho para osdados, a mde que se possa atualizar orretamente oselementos de memória e
exe utaro programadousuário.
MEMÓRIAEPROM
AmemóriaEPROM, ontémosistemaopera ionalquegeren iaasatividadesdoequipamento.
Alémdisso,nelaen ontra-seormware utilizadoparaligar orretamenteoCLPassim omooutros
softwares essen iaisparaofun ionamento destedispositivo. Por tais motivos, essamemória nãoé
a essadapelo usuário.
MEMORIAIMAGEM DA ENTRADA E SAÍDA
As memórias-imagem onsistem simplesmente em um elemento que orresponde à situação
atualdaentrada ousaídadoCLP.Exempli ando, imagina-seummódulodeentradaque ontém
apenas uma entrada om tamanho de 8 bits. Ao apli ar um sinal 24Vd no primeiro bit menos
signi ativo destaentrada,amemória-imagem, queini ialmenteestava omtodososbitszerados,
teráseuúltimo bitagoraem1.
Continuando o mesmo exemplo, supõe-se que foifeita umalógi a de programação a qual em
que a saída gerada foi 10000001. Este valor em binário en ontra-se, ini ialmente, na
memória-imagem da saída que orresponderá exatamente a 24Vd no primeiro bit mais signi ativo e no
MÓDULOS ENTRADA-SAÍDA
Os módulo E/S são elementos externos da arquitetura do CLP que onsistem em terminais
para one tar ossensores, atuadores ou outros dispositivos ne essários no projeto de automação.
No que tange aos módulos de saída, e dependendo da apli ação, existem modos de a ionamento
quais sejam: saída a relé, saída a tria e saída a transistor. As diferenças entre eles estão no
usto,imunidadea transientes naredee navida útildo elemento. Já o módulodeentradapossui
optoisoladoresemque,quandoumsensorfe ha erto ir uito,umdiodoemissordeluzex itaoutro
omponente fazendo omque surja uma orrente interna e, desta maneira, o CLP dete ta que o
sensorfoi a ionadopor algum motivo.
Outro aspe to importante de tais módulos é a forma omo eles são a ionados, ou seja, o
endereçamento. No aso dosCLPs daAllen-Bradley Issoéfeito da seguinte forma:
I : X/Y
ou
O : X/Y.
AprimeiraletraseráoualetraI(doinglês,input)ouO(doinglês,output)que orrespondem
a uma entrada ou saída, respe tivamente. A letra X após os dois pontos é um dígito e indi a
emqual posição no módulode entrada ou saída seen ontra o parâmetro de interesse. Por m, a
letra Y ,que também é umdígito, designa qual bit deseja-se a essar daquela entrada ou saída
espe i ada por X.
2.3.2 Linguagens de Programação do CLP
Tendo em vista o avanço no uso dosCLPs, passou a existir a ne essidade de sepadronizar o
projetodesistemasdeautomação omesteequipamento. Dessaforma,aInternational
Eletrote h-ni al Comission (IEC) publi ou pela primeira vez,em 1993, anorma IEC61131-3 que normaliza
o projeto dosCLPs. Em 2003, uma segunda edição foi lançada. De qualquer forma, este foi um
importantepassoparasedeniremostiposdelinguagemdeprogramaçãosuportadosporumCLP.
Em [5℄,estabele e-se, portanto, in olinguagens: ladder -LD, Diagramade Blo o de Funções
(Fun tion Blo k Diagram - FBD), Lista de Instrução (Instru tion List - IL), Texto Estruturado
(Stru turedText -ST)eMapadeFunçãoSequen ial(SequentialFlowChart -SFCouGRAFCET).
Atabela2.2 apresenta a lassi ação de ada linguagem emdois possíveistipos.
2.3.2.1 Ladder - LD
A linguagem LD assemelha-seaos digramas de relés e ontatos que existiam antes da riação
Classe Linguagens
Lista de Instruções- IL
Textuais
TextoEstruturado - ST
Ladder- LD
Diagrama de Blo o de Função - FBD Grá as
Mapa de Função Sequen ial - SFC
naprogramação dos ontroladores industriais. Basi amente, por ela serumalinguagem grá a, o
programador tem afunção de fazera lógi a desejada por meio da inserçãode ontatos e bobinas
entre dois terminais energizados. A gura 2.6 ilustra um exemplo simples da programação em
ladder. Éimportante ressaltarque asduaslinhasverti aisrepresentam osterminaisenergizados.
Figura2.6: Exemplode programa utilizando linguagem LD[3 ℄.
Ainda, no exemplo da gura2.6, en ontram-se duasinstruçõesbási as: ontato normalmente
aberto (Input) e a bobina (Output). Supondo que a entrada seja um botão normalmente aberto
e a saída, uma lâmpada, é notório que, assim que o primeiro for a ionado a bobina é energizada
e, onsequentemente, a lâmpada ará a esa. A norma IEC 61131-3 estabele e duas tabelas de
instruçõesprin ipais: uma ontendoos ontatos - tabela 2.3- e outraasbobinas - tabela2.4-.
Há deseressaltar quealinguagem LDapresenta aindaoutras instruções,a saber:
temporiza-dores, ontadores, blo os de funções algébri as e operações lógi as. Atrelada às funções bási as,
essajunção permite aelaboração de programasrobustosno quetangeàsegurança - omos
inter-travamentosde sistema- e aprópria automaçãodo pro esso.
2.3.2.2 Diagrama de Blo o de Função - FBD
Outra linguagem amplamente utilizada na programação de CLPs é o FBD. Por ser uma
lin-guagemgrá adealto nível, torna-sesimplesimplementara onguração desejada. Basi amente,
osblo ossão ompostos por elementosdeentrada, umafunçãoe saída, omopodeservisualizado
pelagura2.7.
Além disso, as instruçõesdo FBD podem ser sequen iadas onforme mostrado na gura 2.8.
Nesse exemplo, note que, primeiramente, o blo o ADD realiza a soma das tags WEIGHT1 e
WEIGHT2. Em seguida, o resultado desta operação é en aminhado para um outro blo o uja
função é dividir por dois. Logo, a função riada orresponde ao ál ulo deuma média aritméti a
instru-Contatos Estáti os
Símbolo Nome Des rição
-|
|-Contato normalmente
aberto
O ontato só onduzirá oestado àesquerda se
avariável booleanaasso iada estivera ionada.
Caso ontrário, estanão onduzirá e oestado
à direta permane erá desligado.
-|/|-Contato normalmente
fe hado
O ontato só onduzirá oestado àesquerda se
a variávelbooleanaasso iadanão estiver a ionada.
Caso ontrário, estanão onduzirá e oestado
à direitapermane erádesligado
Contatos Sensíveis à Transição
-|P|-Contato de Transição
Positiva
Oestado da direitaé positivoduranteum i lode s an,
asoo estadoda esquerdaseja verdadeiro
e avariávelbooleana asso iadaestiver a ionada.
-|N|-Contato de Transição
Negativa
Oestado da direitaé positivoduranteum i lode s an,
asoo estadoda esquerdaseja verdadeiro
e a variávelbooleana asso iadaNOestivera ionada.
Figura 2.7: Exemplo deumblo o de função [3℄.
ções omopro essar ara teres,operar om ontadores, temporizadores, omuni ação e ip-ops,
implementarregrasde ontrole,deslo amentoeseleçãodebits, omparadoresentreoutrasfunções
[2℄.
Bobinas Momentâneas
Símbolo Nome Des rição
-()- Bobina
Oestado daesquerda é opiado paraa variável
booleana asso iada.
-(/)- Bobina negativa
Oestado daesquerda é opiado paraa variável
booleanaasso iadade formainversa. Caso o estado da
daesquerda estejaligado, avariávelbooleana ará
em0 evi e-versa.
Bobinas Lat h
-(S)-Bobina Set
(ou lat h)
Quandoa ionada, avariável booleana asso iada
permane eno estado1 atéquea bobina Reset
sejaa ionada.
-(R)-Bobina Reset
(ou unlat h)
Quandoa ionada, avariável booleana asso iada
permane eno estado 0atéque abobinaSet
sejaa ionada.
Bobinas Sensíveis à Transição
-(P)-Bobina deTransição
Positiva
Quandoa ionada, avariávelbooleana
épositivadurante um i lode s anquandoo estado
daesquerda estivermudado de desativado paraativado.
-(N)-Bobina deTransição
Negativa
Quandoa ionada, avariávelbooleana
épositivadurante um i lode s anquandoo estado
da esquerdativermudado de ativadoparadesativado.
2.3.2.3 Mapa de Função Sequen ial - SFC/Graf et
OSFC orresponde auma linguagem de programação grá a para CLP, sendo omposta por
passos e transições. Ela tem grande semelhança om o on eito de máquinas de estados nita
e om as Redes de Petri [2 ℄. Dessa forma, utiliza-se o SFC no ontrole de sequen iamento de
operações, jáque onsiste emumpasso-a-passo do pro esso automáti o. A gura2.9exempli a
tallinguagem.
Osblo osP1,P2eP3sãoospassosdosequen iamento. Em adaumdelesépossívelestabele er
ações quedevem serrealizadas ao hegarno respe tivopasso. No que tangeàstransições, tem-se
queo programasó migrará do passo P1 para o P2 aso a transição T1 seja satisfeita. Omesmo
o orre entre opasso P1 eP3 oma diferençaquea transição aser atendidaé T2.
A m de exempli ar melhor, observe o exemplo de algoritmo para uma máquina de lavar
ilustrado na gura 2.10. Nota-se que ada passo também orresponde a um estado. Com isso,
quandoo usuário pressiona o botão paraini iar a lavagem (evento de transição), o programa vai
paraoprimeiropasso. Dentrodestepasso,porsuavez,éne essáriotomaraaçãodeen herotanque
fazendo omque, nestemomento, o programavápara o segundopasso eassim su essivamente.
Figura2.10: Exemplo de diagramasequen ial paraumamáquinade lavar [3℄.
2.3.2.4 Lista de Instruções - IL
A IL é uma linguagem om menos a eitação de mer ado devido à semelhança om Assembly
no que diz respeito à forma omo são es ritos os ódigos. Como o próprio nome invo a, esta
metodologia deprogramação onsiste emumalista emque ada linha há umainstrução om um
oumaisoperandos [2,3,5℄. A prin ipalutilidade destalinguagemen ontra-se napossibilidade de
algoritmo,a primeira linha arrega valor de A emumregistrador. Em seguida, faz-se a operação
lógi aAND omo valoremBe,por m,guarda-se oresultado emQ.
Figura2.11: Tre ho exemplode ódigoes rito emIL [3 ℄.
2.3.2.5 Texto Estruturado - ST
Em omparação om IL,oSTé umalinguagem textualde maisaltonívelese assemelha om
Pas al [2 , 3℄. Dessaforma,é possíveles reveremumasólinha diversasinstruçõesde a ordo om
ane essidade. Nestalinguagem,aprin ipalvantagem éa riação deloops,elementos ondi ionais,
ea inserçãode ál ulos mais omplexos.
2.3.3 Ci lo de S an
Umaspe toimportante,noquetangeaofun ionamentodosCLPs, onsisteno i lodeexe ução
ous an. Ini ialmente, faz-seuma varredura dosestados deentrada eatualiza amemória-imagem
respe tiva. Feitoisso,o orreopro essamentodoprogramaarmazenadoquando,porm,
atualiza-se a memória-imagem da saída e, onsequentemente, seus respe tivos terminais. Estas tarefas
ontinuamatéque um omando de parara exe uçãosejadado. A gura2.12ilustra este i lo.
2.4.1 Sistemas de Medição
Oobjetivo prin ipal de umsistema de medição onsiste na onstituição de eloentre pro esso
e observador [4℄. No primeiro, en ontra-se ovalor real do parâmetro emquestão, oqual também
é entrada para o sistema de medição. Como saída deste último, está o valor medido que é de
importân iaparaquem o observa. Agura2.13 retiradade [4℄ilustra esta fun ionalidade.
Figura2.13: Fun ionalidade de Sistemade Medição [4℄.
Pode-se deniro blo o do sistemademedição omquatro elementos bási os. Ressalta-se que,
não ne essariamente, todos os omponentes estarão, de fato, presentes no pro edimento de
afe-rição do sinal. O primeiro item, lassi ado omo elemento sensor, geralmente está imerso no
pro esso aptandoa energia do mesmo pararealizar amedição, omo por exemplo umtermopar.
Em seguida, en ontra-se o elemento ondi ionador de sinal uja função onsiste na manipulação
dosinalprovindadoelementosensor, deformaquesejapossívelpro essarosdados. Neste grupo,
estão os ampli adores opera ionais e ponte de wheatstone. Em ter eiro lugar, está o elemento
depro essamento desinal que, omoo próprio nomeinvo a,realiza algumpro edimento nodado
ondi ionado a m de apresentá-lo onvenientemente. Este papel quem o faz, por exemplo, são
os omputadores. Por m, há o elemento de apresentação de dados que é responsável por
tor-nar onhe ida a variável medida para o observador. Neste grupo, existem opções omo displays
alfanuméri os egalvanmetros omes ala.
2.4.1.1 Cara terização Estáti a de Sistemas de Medição
A denição estáti a dossistemas de medição onsiste na imposição de uma entrada sobre os
mesmoseaveri açãodo omportamento dasaídaemregimepermanente. Dentrodessas
ara te-rísti asestãoaquelasque são lassi adas omsistemáti as, asquaispodemserquanti adas por
meiode grá os ou deforma analíti a.
1. Faixa de indi ação - range: orresponde aosvalores mínimo e máximo possíveis da
me-dição;
2. Faixa de operação - span: máxima variação tanto na entrada quanto na saída, ou seja,
valoresmáximos -valoresmínimos;
3. Linha reta ideal: retaquepassapelospontos
(O
mx
, I
mx
)
e(O
mn
, I
mn
)
. Casoestaretanão passe pelaorigem, oelemento de mediçãoé tratado omolinear emtermosde variação;4. Não-linearidade: diferençaentrelinharetaidealereal. Épossíveldeni-laempor entagem
ˆ
N
O
m´
ax
−
O
m´in
×
100%
5. Histerese: asmedições,ao aumentara entrada, sãodiferentesquandosediminuiamesma.
Pode ser denida omo umapor entagem emfunção dofundo de es alae da máxima
mag-nitude de histerese,a saber:
ˆ
H
O
m´
ax
−
O
m´in
×
100%
6. Resolução: orresponde à máximavariação na entrada, oquenão gera nenhuma mudança
na saída do sistema de medição. Pode ser denida omo uma por entagem em função do
fundo de es alaparaentradae talvariação naentrada, a saber:
∆I
R
I
m´
ax
−
I
m´in
×
100%
7. Banda de Erro: feitageralmente pelofabri ante espe i ando a faixa devaloresemquea
mediçãopodeseen ontrare orrespondeaosefeitosdehisterese,não-linearidadeseresolução.
Essassãoas ara terísti as maisimportantes para o desenvolvimento este trabalho. Existem,
ainda,outras, masquenão foramespe i adas, omo: desgaste eenvelhe imento, efeitos
ambien-taise sensibilidade.
2.4.1.2 Medição de Pressão - Efeito Piezoresistivo
Uma das formas de se medir ontinuamente o nível em um tanque é o uso dos sensores de
pressão. Maisespe i amente,explorar-se-ãonestetrabalhoosstraingauges. Noquetangeaoseu
fun ionamento, estes dispositivos eletrni os são baseados na deformação de resistores, os quais
alteramsuaresistên ia de a ordo oma forçaapli adasobre eles.
Figura2.14: Exemplos de extensmetros[4 ℄.
Sabe-seque aresistên ia de umelemento é dadapelaequação
R = ρ
l
em que
ρ
é a resistividade do dispositivo,l
o omprimento do mesmo eA
onsiste na seção transversaldoelemento. Em umstraingauge todososelementos sãoalterados quandosubmetidoàpressãode forma que
∆R =
∂R
∂l
∆l +
∂R
∂A
∆A +
∂R
∂ρ
∆ρ.
(2.14)Assim,aequação 2.14 a
∆R =
ρ
A
∆l −
ρl
A
2
∆A +
l
A
∆ρ.
(2.15)Ao dividir todaa equação por
R
,tem-seque∆R
R
=
ρ
AR
∆l −
ρl
A
2
R
∆A +
l
AR
∆ρ.
(2.16)Substituindoa equação 2.13em2.16 segueque
∆R
R
=
∆l
l
−
∆A
A
+
∆ρ
ρ
.
(2.17)Sabendo que
e
L
orresponde àdeformação longitudinalrelativa,ou seja,e
L
=
∆L
l
(2.18) em[4 ℄,mostra-setambém∆A
A
= −2νe
L
(2.19)emque
ν
éo oe ientedePoissonoqualen ontra-seemumafaixade0,25a0,40. Dessamaneira, substituindoasequações2.18e2.19em2.17 hega-senalmenteaoresultadoexpressopelaequação2.20.
∆R
R
= e
L
+ 2νe
L
+
∆ρ
ρ
∆R
R
= e
L
(1 + 2ν) +
∆ρ
ρ
(2.20)Seguindoa ara terizaçãodosstraingauges, divide-seaequação 2.20peladeformação relativa
e
L
. Assim,G = 1 + 2ν +
∆ρ
ρe
L
em que
G =
∆R
R
e
L
é o fator gauge. Além disso, este termo varia de a ordo om
∆ρ
ρe
L
. Este
elemento orrespondeaoefeitopiezoresistivo queéavariação daresistividadeàmedidaqueo orre
deformação. Agrandevantagemdousodessetipodemediçãoestáno ondi ionamento dosinal. A
gura2.15ilustra umaponte dewheatstone omapenasum strain gauge. Neste aso, areferên ia
[4℄demonstra umarelaçãoaproximadamente linear onforme indi ado pelaequação 2.22.
Eth =
V
s
4
Ge
L
(2.22)Figura2.15: Ponte de Wheatstone omumstrain gauge.
2.4.1.3 Medição de Vazão - Turbina
Omedidordevazão, ujo elemento primário é umaturbina,possuiemsuaestruturaumrotor
oqualé instalado axialmente natubulação. Esserotor possuialetas, asquaissãoelaboradas om
materiaisferromagnéti os. Externamente,háapresençadeumimãpermanente,ouseja,àmedida
queo rotor gira,varia a relutân ia do ir uito magnéti o, induzindo umatensão alternada - pela
leide Faraday -, uja frequên iaé propor ionalà velo idadee, onsequentemente, à vazão.
A m de tornar o sinal de saída do sensor um sinal pulsado, tais dispositivoso ondi ionam
utilizando um disparador de S hmitt. Assim, pode-se al ular a vazão por meio da aferição de
quantospulsoso orremem erto intervalo detempo.
2.4.2 Elementos Finais de Controle
Comoobjetivodeajustarasvariáveisdopro essoquesedeseja ontrolar,atua-senoselementos
que possuem impa to direto no sistema: os elementos nais de ontrole. Entre eles estão as
válvulas e bombas industriais. Como será visto posteriormente, a ban ada didáti a utilizada
neste trabalho não possui válvulas de ontrole atuadas, apenas manual para mudar a dinâmi a
do sistema. Pelo fato de a atuação ser feita diretamente pelo ontrole de bombas, esta seção
(b)Tratamentodosinal
Figura2.16: Medidorde vazão - tipo turbina
2.4.2.1 Bombas
A instalação de bombas é feita em sistemas uja nalidade é deslo ar erto uido para
ou-tras lo alidades, entregando energia inéti a de es oamento. Nesse sentido, alguns parâmetros
ara terizamasbombasde formaque elassejam usadas em ondições orretasde operabilidade.
Oprimeiro dessesparâmetros é a apa idade. Essa ara terísti a onsiste na vazão máxima
-volumétri a ou mássi a - queo atuador onsegue entregar ao sistema. Em seguida, há a pressão
queeladesenvolveentreaentradaesaídadobo al. Emter eirolugaren ontra-sea ara terização
da potên ia, a qual pode ser lassi ada entre edida ou absorvida. Aquela refere-se à potên ia
entregue pelabomba aouidoao passoqueestadene a potên ia entregueao eixo. Por m, uma
bomba também é ara terizada pelo seu rendimento, que é a razão entre potên ia absorvida e
potên ia edida,gerando umvalor adimensional geralmentees rito omopor entagem.
Tais parâmetros, porém, apresentam um viés opera ional da bomba, ou seja, o "o quê". Há
ainda uma segunda lassi ação quanto à forma de transferên ia de energia me âni a para o
uido, isto é, o " omo". Dentro desta lassi ação há dois grandes grupos, a saber: bombas de
deslo amento positivo e bombas inéti as ou entrífugas. Paraeste trabalho,atêm-se àsprimeiras.
Bombas de Deslo amento Positivo
Estasbombaspossuema ara terísti adere eberouidodentrodeuma âmaraeexer ersobre
eleumapressão de formaque sedesloque. Tal pressãopode ser feitade forma ontínua ou
inter-mitente. Nesse sentido, introduz-se duas lassi ações asso iadas à bomba, a saber: alternativas
erotativas.
Noqueserefereàsbombasalternativas,oprin ípiodefun ionamentoestáligadoaoexer í iode
pres-alternativas om diafragma. A gura 2.17 ilustra a operação da bomba diafragma. Ini ialmente,
o diafragma en ontra-se emrepouso- gura2.17a -. A partir do momento em que ela omeça a
operar, varia-se a pressão alternativamente de forma que uma âmara en he em baixa pressão
-gura2.17b - e o uido é expelido em alta pressão- gura 2.17 -. A ontenção e permissão de
passagemé geren iadaporválvulas de retenção queseabrem efe ham.
(a)Bombadiafragmaemrepouso. (b)Bombadiafragmaaspirando. ( )Bombadiafragmaimpulsionando
Figura2.17: Operação dabomba diafragma.
No quediz respeito àsbombas rotativas, o uidonão é maisretido emuma âmara, mas sim
noespaçoentrealetas,dentesoupalhetasdeumrotor. Oseudeslo amentoéforçadopelarotação
deste último omponenteguiando o uido desde a entrada até o bo al de saída. Os rotores mais
omuns sãofeitosde engrenagens, lóbulos,rodasdentadas ouperistálti os.
2.5 Controle em Tempo Dis reto
O ontrole em tempo dis reto é apli ável emsistemas que usam,por exemplo,
mi ro ontrola-doresouoprópriopro essamentodeum omputadorparaexe utarasleisde ontrole. Adiferença
deleparaotempo ontínuoestánofatodeserem oletadasamostrasdopro esso om erta
frequên- ia e, a partir disso, al ular ossinais adequados para serem enviados aos atuadores do sistema.
A gura 2.18 - retirada de [12 ℄ - exempli a um diagrama de blo os om ontrolador em tempo
dis reto. Daí,notoriamente seper ebequealguns elementossãoessen iais omo onversores D/A
eA/Dque fazemo eloentremundo dis reto e ontínuo.
Figura2.18: Diagrama de blo osde umsistemade ontrole dis reto.
da ara terização deumsistemaporumaequação de diferenças omoa 2.23emque
k
representa onúmero da amostra de erto sinal. Lembra-se queeste parâmetro está rela ionado diretamenteomotempode amostragemdosistema. Dessaforma,a transformaçãoparaavariável
z
torna-se imediatapor meio dos on eitosapresentados em[12℄.y[k] + a
1
y[k − 1] + · · · + a
ny
y[k − n
y
] = b
1
u[k − 1] + · · · + b
nu
u[k − nu]
(2.23)Todavia, no quetange a pro essos, muitos dosmodelos estão no domínio deLapla e. Logo, é
interessante quese onstrua umaligaçãoentreomodelonavaríavel
s
(Lapla e)ez
(transformada z). Para isso, onsidera-se um modelo de primeira ordem omo o da equação 2.24. Deseja-seexpressá-lo omo umafunção
G(z)
G(s) =
K
τ s + 1
(2.24)Usandoa teoriaapresentadaem[12℄, sabe-seque
G(z) = (1 − z
−
1
)Z
G(s)
s
(2.25)
emqueo operador
Z
representa justamentea transformada Zdo elemento interno. Assim,segue queG(z) = (1 − z
−
1
)Z
K
τ
s(s +
1
τ
)
.
(2.26)Retirandoa onstantedo numeradore apli andofraçõespar iais,tem-se que
G(z) =
K
τ
(1 − z
−
1
)Z
1
s
−
1
s +
1
τ
.
(2.27)Apli andotransformada Z, hega-se em
G(z) =
K
τ
(1 − z
−
1
)
τ
1 − z
−
1
−
τ
1 − z
−
1
e
−T
τ
(2.28)emque
T
é otempo deamostragem. Multipli ando-seostermos, obtém-seG(z) = K −
K(1 − z
−
1
)
1 − z
−
1
e
−T
τ
.
(2.29)G(z) =
Kz
−
1
(1 − e
−T
τ
)
1 − z
−
1
e
−T
τ
.
(2.30) Simpli ando,G(z) =
b
1
z
−
1
1 + a
1
z
−
1
.
(2.31) em quea
1
= −e
−T
τ
eb
1
= K(1 − e
−T
τ
)
. Tal resultado será importante para traduzir os termos en ontrados naidenti ação domodelo dopro esso parao tempo ontínuo.2.6 Identi ação de Sistemas
Afasedeidenti ação desistemaséimportantíssimaquandosedesejaapli arleisde ontrole.
Issoporqueelamodelarámatemati amenteo omportamentodeles. Algunsestudosjáforamfeitos
visandoaidenti açãodesistemas lineares[13℄. Todavia,amaioriadossistemasexistentesna
na-turezaapresentam omportamentosnão-lineares. Assim,té ni asde linearizaçãoe autilizaçãode
ontrolesavançadoseinteligentes- omovistoem[14, 15℄-permitemqueossistemas lassi ados
omonão-lineares tambémpossamser ontrolados.
Basi amente, existem três formas de semodelar um sistema: modelagem aixa-bran a,
aixa- inzae aixa-preta. Asduasúltimaspartemdeumaabordagemmaisempíri aparasedes obrirem
osparâmetrosquedes revemumsistema. Enquanto a aixa- inzafazusodealguns on eitos
teó-ri osauxiliares paraajudar noestabele imento de modelo, a aixa-pretabus adenir parâmetros
de uma estrutura já onhe ida em que o omportamento do sistema se aproxima. Por m, a
modelagem aixa-bran a faz o uso de on eitos e teorias para estabele er uma relação
matemá-ti a. Assim,quandosedizrespeito àidenti açãodepro essos, usam-segeralmenteté ni as mais
empíri asde modoque aestrutura darelação matemáti a- função de transferên ia- é sabida.
Nestaseção,apresentar-se-ãoalgunsmétodosparaidenti açãodesistemasdentrodo ontexto
daautomaçãode pro essos.
2.6.1 Pólos menos signi ativos
Esse método é usado em modelos de primeira e segunda ordem. Supondo uma função de
transferên ia oma relaçãoexpressapelaequação2.32, usandofraçõespar iaise transformadade
Lapla einversa,ésabidoqueopóloem-50éextremamenterápidoenãoafetaria onsideravelmente,
neste aso, o omportamento sistema. Assim, o que seria um modelo de segunda ordem passa
a ser aproximado por um de primeira ordem. Quando se têm graus maiores do polinmio do
denominador, estaté ni apodeajudar a diminuira ordem dosistema.
G(s) =
K
Diferentemente do aso anterior, identi ar um sistema observando sua resposta ao degrau
onsiste na obtenção de um modelo empíri o, ou seja, a estrutura do modelo já é onhe ida.
Assim, a preo upação neste aso é om a identi ação dos parâmetros da estrutura es olhida.
Considerando,por exemplo,umafunção de transferên iaexpressa naequação 2.33.
G(s) =
K
τ s + 1
e
−
θs
(2.33)
Tem-se que
K
é o ganho do sistema,τ
a onstantede tempo eθ
orresponde a umatraso na resposta. Observando a resposta grá a ao degrau, podem-se determinar esses três parâmetros.Antes, porém, é importante ressaltar que o sistema deve en ontrar-se em malha aberta e a
am-plitude do degrau não deve ser grande o su iente a ponto de não-linearidades ontaminarem a
resposta. Dentrodeste ontexto,alguns métodosutilizadossão: grá o da reta tangenteao ponto
demáxima variação, denição de onstante de tempo, método de broida e método de Sundaresen.
Parao asode sistemasdesegundaordem,háo métododos trêspontos quegeraboasestimativas
oamorte imento daresposta.
Na próxima subseção, ini ia-se a apresentação de formasmatemáti as paraa identi ação de
sistemas.
2.6.3 Método de Mínimos Quadrados
Primeiramente, onsidera-seumafunção emqueamostrasdamesmasão oletadasaolongodo
tempo. pelo fatode a função seen ontrar emtempo dis reto, suaforma será dada pela equação
2.23emque
y[k]
orrespondeàamostra oletadanotempodeamostragemk
. Assim,isolandoy[k]
naequação 2.23, tem-se quey[k] = −a
1
y[k − 1] − · · · − a
ny
y[k − n
y
] + b
1
u[k − 1] + · · · + b
n
u
u[k − n
u
].
(2.34)Dessaforma,estabele em-sedoisvetoresquesãoosregressores eosparâmetrosdomodelo onforme
mostradonasequações2.35e 2.36respe tivamente.
ϕ[k]
T
=
h
−
y[k − 1] . . . y[k − n
y
] u[k − 1] . . . u[k − n
u
]
i
(2.35)θ
T
=
h
a
1
. . . a
ny
b
1
. . . b
nu
i
(2.36)y[k] = ϕ[k]
T
θ
(2.37)Note que a multipli ação matri ial expressa pela equação 2.37 produz exatamente
y[k]
. Neste método, realizam-seN
medidasdey
de talforma a estimar umθ
ˆ
. Deseja-se, portanto, que sejamínimaadiferençaentre
θ
ˆ
eθ
. Paraisso, omoonomeinvo a,ométododosmínimosquadrados minimizaa somado quadrado dosresíduosexpresso porξ
. Sabendo disso,tem-se
y[1]
y[2]
. . .y[N ]
=
ϕ[1]
T
ϕ[2]
T
. . .ϕ[N ]
T
θ
(2.38)oqual podeter suanotaçãosimpli ada por
Y
= φθ.
(2.39) emqueY ∈ ℜ
N
,φ ∈ ℜ
(n)×N
eθ ∈ ℜ
n
.Assim, se
N
for igual ao número de parâmetros a serem estimados,tem-se umsistemade equação omsolução úni a. Logo,seφ
possuiinversasegue queθ
= φ
−
1
Y
.
(2.40)Caso haja mais amostras do que parâmetros, o sistema passa a ser sobredeterminado. Como
φ
deixade seruma matrizquadrada,ela nãopossuiinversa. Todavia, multipli andoa equação2.39emambososlados por
φ
T
tem-se que
φ
T
Y
= φ
T
φθ.
(2.41)Comisso, amatriz
φ
T
φ
passaa serquadrada e, aso possuainversa,segueque
θ
= (φφ
T
)
−
1
φ
T
Y
(2.42)emque
(φφ
T
)
−
1
é hamadade matriz pseudo-inversa.
Apli andoo errodasamostras na equação 2.39, tem-seque
Y
= φ ˆ
θ
+ ξ.
(2.43)Sabendo quea função usto
J
M Q
é dada porJ
M Q
=
N
X
i=0
ξ(i)
2
= ξ
T
ξ,
(2.44)e omo
J
M Q
tem inuên iadasamostras tem-se queJ
M Q
serámínimo aso∂J
M Q
∂ ˆ
θ
= 0.
ˆ
θ
= (φφ
T
)
−
1
φ
T
Y
.
(2.46)2.6.4 Método dos Mínimos Quadrados Re ursivo
Deseja-senesta subseção,demonstrarumalgoritmo parao ál uloiterativodosparâmetrosda
equaçãoa seremidenti ados. Primeiramente, toma-se aequação 2.37 omoponto departida. O
modeloparaesse sistemapode seres rito daseguinte forma:
y[k] = ϕ
k
[k − 1]
T
θ
(2.47)emqueosregressores são al ulados om osdados atéa iteração
k − 1
. Já os parâmetros,devem ser al ulados na iteração atual. Dessa forma e, tomando omo base a equação 2.46, tem-se queosestimadorespodem serrees ritos omo
ˆ
θ
k
=
"
k
X
i=1
ϕ(i − 1)ϕ(i − 1)
T
#
−
1
"
k
X
i=1
ϕ(i − 1)y(i)
#
.
(2.48)Deve-setomarestaequação omobaseporquantoelalevaem onsideraçãoosparâmetrosanteriores
eamostra atual.
Outro parâmetro que deve ser introduzido onsiste na matriz de ovariân ia do estimador
θ
ˆ
k
aserdenotado porP
k
. Por [16 ℄,tem-se queP
k
=
"
k
X
i=1
ϕ(i − 1)ϕ(i − 1)
T
#
−
1
.
(2.49)Tirando-seumtermo do somatório einvertendo a matriz
P
k
,seguequeP
k
−
1
=
"
k−1
X
i=1
ϕ(i − 1)ϕ(i − 1)
T
#
+ ϕ(k − 1)ϕ(k − 1)
T
.
(2.50)Comparandoasequações2.49e 2.50tem-se
P
k
−
1
= P
k
−1
−
1
+ ϕ(k − 1)ϕ(k − 1)
T
.
(2.51)Rees revendo aequação 2.48, obtem-se