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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA EXECUTIVA SUBSECRETARIA DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS

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Academic year: 2021

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA EXECUTIVA

SUBSECRETARIA DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS

Processo n.º 23000.013163/2010-38

Interessado: Coordenação-Geral de Compras e Contratos

Assunto: Impugnação ao Edital de Pregão nº 34/2011

Senhor Coordenador Geral,

Trata-se de peça impugnatória impetrada pela empresa PETRONAC DISTRIBUIDORA NACIONAL DE DERIVADOS DE PETRÓLEO E ÁLCOOL LTDA., doravante denominada impugnante, CNPJ 02.123.223/001-71, apresentou em 10/08/2011 via e-mail, às 13h48, impugnação ao Edital do Pregão Eletrônico nº 34/2011, cujo objeto é o Registro de preço para a contratação de empresa especializada em gerenciamento informatizado de combustíveis, envolvendo a implantação, o fornecimento (gasolina, álcool, diesel e gás natural veicular - GNV) com utilização de cartão eletrônico ou magnético, visando a atender os veículos oficiais do Ministério da Educação, como ÓRGÃO GERENCIADOR, e de suas autarquias, como ORGÃOS PARTICIPANTES.

1 – DA SÍNTESE DAS ALEGAÇÕES DA IMPUGNANTE

Assim argumenta a insurgente ”que o presente edital vinculou erroneamente atividades de caráter completamente diferentes, de um lado, a prestação de serviços com utilização de cartão magnético ou micro processado, serviços restritos a empresas que administram cartões de crédito e débito, de outro, a distribuição e venda a granel de álcool (etanol) óleo diesel e gasolina comum, segunda à Agência Nacional de Petróleo – ANP, restritos as distribuidoras de combustíveis”, conforme os seguintes apontamentos:

a) “a gerenciadora do abastecimento acará com o ônus contratual de credenciar postos, sob sua alçada, e ao final, os postos emitirão nota fiscal consolidada de fornecimento de combustíveis juntamente com a taxa de administração das administradoras.”;

b) afronta às disposições legais da Agência Nacional de Petróleo – ANP: Ofício nº 1.815/2010/GAB, 9/07/2011:

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1. “Empresas operadoras de cartão magnético ou micro processado não estão autorizadas pela ANP a realizar as atividades de comercialização e distribuição de combustíveis”

2. “A prestação de serviços por operadora de cartão magnético ou micro processado que inclui o fornecimento de combustíveis entre os serviços, mesmo que seja faturado por emissão de nota fiscal de serviço, implica em comercialização de combustíveis, a qual não se encontra autorizada pela ANP.”

c) a atividade de distribuição de combustíveis automotivos é “exercida por empresa autorizada na forma do inciso XX, art. 6º da Lei nº 9.487, de 06/08/97, e da regulamentação aplicável, ou seja, por distribuidora de combustíveis e TRR – Transportador Revendedor Retalhista, autorizados conforme disposto nas Portarias ANP nº 202/99 e nº 08/07 – respectivamente.”;

d) TC-027409/026/09 – Tribunal de Constas do Estado de São Paulo – parecer do Douto Conselheiro Robson Marinho a suposta economicidade gerada pelos cartões;

e) ausência de processo licitatório; realização de pagamentos aos postos e atuação da administradora do cartão como órgão fiscalizador.

2 – DOS PROCEDIMENTOS ADOTADOS POR ESTE PREGOEIRO

Por tratar-se de assunto referente às especificações técnicas do objeto, este Pregoeiro encaminhou cópia da Impugnação à Coordenação de Contratos, para que a mesma se pronunciasse sobre o pleito, e que nos fornecesse subsídio visando o encaminhamento do documento de resposta a demandante.

2 – DAS JUSTIFICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO

Em função da solicitação do Pregoeiro, a área técnica emitiu o seguinte pronunciamento:

“A respeito da licitude do objeto descrito no edital, o que poderia ferir as normas da ANP, bem assim os apontamentos registrados pela pugnaz, convém reproduzir alguns excertos de uma consulta enfrentada pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, publicada no BDM – Boletim de Direito Municipal – Junho /2010 da Editora NDJ (pp. 421-435):

“Ao invés do método tradicional de licitação, por meio do qual a Administração seleciona apenas um posto para abastecer toda a frota, o sistema de cartão combustível – conforme amplamente anunciado nos informes promocionais das empresas do ramo, na Internet – tem como uma de suas novas características a descentralização do abastecimento da frota, otimizando o controle da despesa e contribuindo para a redução do consumo de combustível. O serviço opera-se por meio do uso de cartões magnéticos

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que permitem abastecer os veículos e máquinas, em qualquer posto da rede conveniada, proporcionando, ainda, o monitoramento diário, on-line, do consumo, além da emissão de relatórios gerenciais e operacionais. Além de a obrigação principal não se restringir à aquisição pura e simples de combustível, a exemplo do que ocorre na licitação tradicional, no sistema de cartão não é a Administração quem contrata o fornecimento com os postos de combustível. A relação que se firma é entre o administrador do cartão e os postos que farão o abastecimento. A empresa atuará na intermediação do abastecimento, responsabilizando-se, ainda, pelas atividades de gestão e controle da frota. Em termos práticos, o administrador do cartão convenia com os postos, e a Administração abastece a frota nos pontos da rede credenciada. A empresa responsabiliza-se pelo pagamento dos abastecimentos, assim como pela implementação do controle gerencial dos respectivos gastos, reembolsando-se, em momento oportuno, junto ao contratante do valor apurado com o consumo efetivo de combustível no período. A Administração pagará ao operador do cartão uma taxa, incidente sobre o total do faturamento do consumo de combustível, a título de contraprestação pelos serviços de gerenciamento e controle. A operacionalização do sistema impõe ao contratado a adoção de diversas providências, dentre as quais: a) disponibilizar o sistema de gestão de frota, na forma especificada pelo contratante; b) assegurar a manutenção de um número mínimo de postos aptos a efetuar o abastecimento, durante o prazo de vigência do contrato; c) informar periodicamente os preços dos combustíveis praticados na rede de pontos conveniados, para fins de acompanhamento e controle por parte do setor competente da Administração, tendo por base a tabela divulgada pela Agência Nacional do Petróleo – ANP ou por outros órgãos oficiais competentes. No sistema de cartão combustível, à similitude do gênero cartão de crédito, estabelece-se uma relação jurídica entre três figuras distintas: o usuário/titular do cartão, que, no caso desta consulta, é a Administração e que fará, portanto, uso do cartão como meio de pagamento no abastecimento da frota; o emissor, no caso, a instituição que administra o cartão e que se responsabiliza junto aos postos revendedores de combustíveis em função dos créditos assumidos pelo titular; e o próprio fornecedor (posto revendedor conveniado), que é o sujeito que fornece o combustível ao titular e se remunera junto ao emissor do cartão (administrador).

[...]

No que tange à primeira indagação, por meio da qual se pretende saber se é necessário licitar o combustível em separado, a resposta nos parece ser negativa. No sistema de cartão, a obrigação principal do contratado constitui-se na prestação de serviços de administração, gerenciamento, controle e fornecimento de cartões

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eletrônicos, com créditos destinados ao abastecimento de combustível da frota, a se efetivar por intermédio de uma rede de pontos de abastecimento interligados ao sistema. Como já dito alhures, na situação aqui explicitada, não é a Administração quem contrata com os postos que irão abastecer a frota e, por decorrência, receberão a remuneração correspondente. A existência de uma rede de postos habilitados, localizados em determinadas áreas, de acordo com as necessidades da Administração, é condição necessária à própria operacionalização do sistema (aceitação do cartão pelo posto e fornecimento do combustível). intenção da Administração na simples compra de combustível. O objeto pretendido compreende as atividades próprias do cartão combustível, com destaque à gestão e controle do abastecimento da frota, encargos estes de responsabilidade do administrador do cartão. De outro giro, poder-se-ia argumentar que a contratação de serviços de cartão combustível não garantiria observância ao princípio da economicidade, haja vista que os postos poderiam repassar todos os custos do convênio para o preço final do litro do combustível, prejudicando a busca da proposta mais vantajosa para a Administração. Todavia, entendemos que essa alegação também não é consistente o bastante para sustentar posição em favor da licitação do combustível separado do citado cartão. O sistema eletrônico de gestão de frota – cartão combustível – opera com base no convênio mantido entre o administrador do cartão e os postos de combustível, os quais são escolhidos dentre aqueles que se comprometem a praticar o preço a vista do litro do combustível na bomba, observado sempre o preço médio de mercado, na respectiva região, divulgado pela tabela da Agência Nacional do Petróleo – ANP ou de outros órgãos oficiais. Afora essa condição, a empresa contratada compromete-se a divulgar, periodicamente, os preços dos combustíveis praticados nos postos da rede conveniada, possibilitando à Administração, através do acompanhamento e do controle a ser exercido sobre os preços, com base na tabela atualizada divulgada pela ANP, ou resultantes de consulta ao mercado, direcionar o abastecimento da frota para os postos que, eventualmente, estiverem vendendo o produto mais barato. Essas vantagens ganham uma maior visibilidade se considerarmos, ainda, que o pagamento a ser efetuado ao administrador do cartão, a título de reembolso pelo consumo de combustível, poderá ser realizado no prazo de até trinta dias, de acordo com a prática observada no mercado. “

Verifica-se assim a impertinência de se alterar o objeto do certame em apreço nos moldes propostos pela PETRONAC DISTRIBUIDORA NACIONAL DE DERIVADOS DE PETRÓLEO E ÁLCOOL LTDA., vez que o pleiteado pela pugnaz se encontra totalmente dissociado do interesse público.

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Vale destacar que, nos termos do edital, todo fornecimento deverá ser efetuado pelos postos de abastecimento devidamente credenciados pela vencedora do certame, com instalações apropriadas e licenciadas segundo às normas aplicáveis à espécie.”

4 – CONCLUSÃO

Diante do exposto acima e com base nas razões apresentadas pela Coordenação de Contratos, proponho a Vossa Senhoria o encaminhamento da peça a Subsecretaria de Assuntos Administrativos, sugerindo o acolhimento da Impugnação apresentada pela empresa PETRONAC DISTRIBUIDORA NACIONAL DE DERIVADOS DE PETRÓLEO E ÁLCOOL LTDA por ser tempestiva, para no mérito, ser INDEFERIDA, conforme parecer da área técnica.

Brasília, 11 de agosto de 2011. Pregoeiro

De acordo.

Encaminhe-se a Subsecretaria de Assuntos Administrativos para deliberação.

Brasília, 11 de agosto de 2011.

Coordenador Geral de Compras e Contratos - Substituto 1. De acordo.

2. Decido pelo INDEFERIMENTO da Impugnação, nos termos das razões apresentadas pela área técnica, por meio do expediente anexo aos autos.

3. Comunique-se à impugnante a decisão tomada, bem como publique-se no site do MEC e COMPRASNET.

Brasília, 11 de agosto de 2011.

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