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BLOG DE APOIO AO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL DE MACAÉ

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Academic year: 2021

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MACAÉ – FUNEMAC

FACULDADE PROFESSOR MIGUEL ÂNGELO DA SILVA SANTOS – FeMASS PROJETO DE EXTENSÃO

BLOG DE APOIO AO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

DE MACAÉ

POR:

Prof. Me. Daniele Cristina Pereira Passos

MACAÉ 2015

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1. INTRODUÇÃO

O mundo tem passado por várias transformações em curtos períodos de tempo, principalmente no século XX, quando foi criada a maioria das invenções que revolucionaram o estilo de vida das pessoas. Geralmente, essas invenções são frutos de inovação, de algo inédito ou de uma nova visão de como utilizar coisas já existentes, mas que ninguém antes ousou olhar de outra maneira. Por trás dessas invenções, existem pessoas ou equipes de pessoas com características especiais que são visionárias, questionam, arriscam, querem algo diferente, fazem acontecer e empreendem. O desenvolvimento do empreendedorismo tem sido enfatizado nos meios acadêmico e empresarial como fundamental para o desenvolvimento econômico dos países (GEM 2000, 2001, 2002), como forma de fomentar a inovação (DRUCKER, 2002) e como alternativa ao desemprego para aqueles que estão em busca de alternativas de trabalho. Geralmente, relaciona-se o termo à criação de novas empresas que começam pequenas, sem muita estrutura, e, aos poucos, vão tomando forma, algumas chegando ao sucesso (DORNELAS, 2003).

Segundo Dornelas (2003), empreendedorismo significa fazer algo novo, diferente, mudar a situação atual e buscar, de forma incessante, novas oportunidades de negócio, tendo como foco a inovação e a criação de valor. As definições para empreendedorismo são várias, mas sua essência se resume em fazer diferente, empregar os recursos disponíveis de forma criativa, assumir riscos calculados, buscar oportunidades e inovar.

Schumpeter (1982) definiu o empreendedor como indivíduo que inova e aproveita oportunidades de negócios. Essencialmente, a inovação é o elemento primordial de todo o pensamento schumpeteriano. Entre empreendedorismo e inovação estabelece-se uma relação, por assim dizer, de simbiose.

Timmons (1994) considera os empreendedores exímios identificadores de oportunidades, aqueles que são capazes de criar e de construir uma visão sem ter uma referência prévia, isto é, são capazes de partir do nada. O empreendedorismo é um ato comportamental, humano, de criatividade. Eles assumem riscos calculados, tentam entender seu ambiente e controlar o

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máximo de fatores possíveis para que seu empreendimento dê certo. Para isso, os empreendedores utilizam sua habilidade de persuasão para formar uma equipe de pessoas com conhecimentos complementares, as quais buscarão implementar e gerenciar um novo negócio ou projeto empresarial para capitalizar sobre a oportunidade identificada.

Os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidos e admirados, referenciados e imitados, querem deixar um legado. Uma vez que os empreendedores estão revolucionando o mundo, seu comportamento e o próprio processo empreendedor devem ser estudados e entendidos.

Assim, com o objetivo de multiplicar a atitude empreendedora formal no Brasil, foi sancionada a lei complementar 128 de 19 de dezembro de 2008 que cria a figura do Microempreendedor Individual (MEI). O MEI é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Tal instrumento normativo é um passo importante no combate à informalidade, e no processo de desenvolvimento da economia brasileira com efeitos em todo o território nacional.

O advento do MEI permitiu que pequenos empreendedores, informal, até então, tivessem acesso aos benefícios da formalidade: emissão de notas fiscais e programas de crédito, por exemplo. Nesse cenário a internet se tornou uma ferramenta essencial e unificadora de serviços púbicos. Na realidade o grande alcance da internet nos dias atuais causou uma revolução, não só no acesso à serviços (interação de serviços) e informações públicas (consulta de informações), mas, principalmente, na forma de se relacionar e interagir com o mundo; ter acesso à informações sejam notícias, pesquisas acadêmicas, de mercado, cursos e treinamentos, ter acesso virtual à acervo de museus e muitas outras atividades que as gerações anteriores nunca imaginaram ser possíveis à distância.

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Gráfico 1: consultas de informações e de interações de serviços disponíveis para todos os públicos na primeira página dos portais de governo dos estados e distrito federal (2012).

Fonte: Pesquisa sobre o uso das tecnologias da informação e comunicação no setor público brasileiro - 2013. Comitê Gestor da Internet no Brasil (www.cgi.br).

A ferramenta blog ganhou enorme destaque na última década com o desenvolvimento do que foi chamado de Web 2.0, um conjunto de atitudes e tecnologias que proporcionaram a qualquer pessoa o poder de produzir e expor conteúdo na internet, suas opiniões e impressões sobre assuntos diversos. A Web 2.0 causou mudanças profundas e irreversíveis no modo de se fazer marketing, política e jornalismo, por exemplo, além de alterar a dinâmica de muitas outras áreas do conhecimento e de atividades cotidianas.

Segundo a pesquisa sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no Brasil de 2013, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (disponível em www.cgi.br), entre as atividades ligadas à busca de informações e transações online, a mais realizada é a procura por informações sobre produtos e serviços, com 65%. A pesquisa tamb[em levantou dados sobre o uso da internet por nichos (localização geográfica no território nacional, sexo, grau de instrução faixa etária e classe social), conforme pode ser visto no gráfico abaixo.

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Gráfico 2: Proporção de usuários de internet. Percentual sobre total da população.

Fonte: Pesquisa sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no Brasil – 2013. Comitê Gestor da Internet no Brasil (www.cgi.br).

2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo geral

Criar um blog como uma ferramenta de apoio às atividades do Microempreendedor Individual de Macaé.

2.1. Objetivos específicos

 Integrar ainda mais a universidade à comunidade, levando conteúdo acadêmico para a realidade dos negócios dos Microempreendedores Individuais de Macaé.

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 Elaborar um blog com conteúdo de apoio ao Microempreendedor Individual de Macaé com linguagem simplificada; informações sobre controle financeiro e análise de mercado, por exemplo, que possibilitariam o aumento das chances de sucesso da empresa.

 Estimular a atitude empreendedora na cidade de Macaé, fortalecendo e fomentando a capacidade administrativa do MEI.

 Esclarecer dúvidas do Microempreendedor Individual de Macaé.

3. JUSTIFICATIVA

Segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2010), que é o maior estudo contínuo sobre empreendedorismo no mundo, dentre os 17 países do G20 pesquisados, o Brasil é o país com a maior Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA). Segundo essa pesquisa e considerando uma população adulta de 120 milhões de pessoas, há cerca de 21 milhões de brasileiros desempenhando atividades empreendedoras. Em números absolutos, o Brasil só perde para a China, que possui 131,7 milhões de pessoas à frente de atividades empreendedoras (com uma TEA de 14,4%). A taxa TEA mostra a proporção de pessoas na faixa etária entre 18 e 64 anos que exercem atividade empreendedora com menos de 42 meses de operação efetiva do negócio (GRECO, 2010).

A Lei Complementar n.º 128, de 19/12/2008, criou a figura do microempreendedor individual - MEI, com o intuito de transformar o trabalhador informal em Empreendedor Individual. Segundo o Portal do Empreendedor, o MEI é a pessoa que trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário, atingindo um faturamento anual máximo de R$ 60 mil, que não é sócio de outras empresas e que pode ter um empregado registrado recebendo um salário mínimo ou o piso da categoria.

Com essa lei o trabalhador informal passou a poder ter registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), a ser enquadrado no regime de tributação Simples Nacional no qual fica isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, COFINS, IPI e CSLL). A formalização também permite que o empreendedor possua conta bancária, tenha acesso a linhas de crédito,

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emissão de notas fiscais, isenção de taxas de registro, emissão de alvará, dentre outros benefícios.

Gráfico 3: Número acumulado de MEI (julho/2009 a abril/ 2012, em milhões.).

Fonte: SEBRAE, 2014.

O gáfico 3, apresenta o número de microempreendedores individuais cadastrados entre o momento em que a lei do MEI entrou em vigor (01/07/2009) até março de 2012, e mostra um crescimento expressivo, o que sugere que essa lei possa ser um fator motivador da opção pela formalidade.

Sendo assim, a pesquisa de extensão aqui apresentada busca colaborar com o desenvolvimento econômico da cidade de Macaé, uma vez que o incentivo governamental para a formalidade dos microempreendedores já existe. Haja vista que ainda assim, maiores esclarecimentos sejam necessários, não só sobre a legislação, mas sobre a função gestor-administrador necessária ao MEI para levar seu negócio à prosperidade e vida longa, figurando como mais um fator incentivado atividade empreendedora na região.

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4. METODOLOGIA

Até meados de 2000, a elaboração de sites estava restrita a um número reduzido de profissionais especializados que dominavam as ferramentas específicas para tal. Assim, para a maioria dos internautas só havia a possibilidade de acessar os conteúdos das páginas na Internet. Essa fase é considerada como a Web 1.0.

Com advento da Web 2.0, a situação se transforma, pois passa a existir a possibilidade de todos produzirem conteúdo personalizado e dispô-lo com facilidade para acesso público. Lista de fóruns, enciclopédias colaborativas e blogs são algumas das modalidades de sites encontrados na rede atualmente e que denotam a propriedade colaborativa da Web 2.0 e proporcionam uma “convergência de indivíduos em redes sociais, pelo uso de novos meios e pela junção ou conexão de idéias, textos e outros conteúdos informativos de opinião” (VARELA, 2007, p.54).

Dentre os sites de Redes Sociais mais utilizados, destacam-se os blogs. O termo “blog” é uma adaptação de “weblog” e foi utilizado primeiramente, em 1997, por Jorn Barger, e representa arquivo na web, ou seja, “web” + “log”. Os primeiros weblogs, assim, apenas listavam e divulgavam links interessantes na web. Em quase nada eram diferenciados de um site comum da web 1.0. A mudança fundamental ocorreu com o surgimento das ferramentas de publicação.

Com o advento desses recursos, tornou-se possível a rápida disseminação de informações por meio dos blogs. Orihuela (2007) expõe que a essência de um blog é a publicação de pequenas porções de conteúdo (posts), em ordem cronológica inversa (com as mais recentes em destaque). Cada atualização possui um endereço URL permanente, o que facilita sua conexão a partir de sites externos.

As atualizações podem ser arquivadas cronologicamente (por dias, meses e anos) e tematicamente (por categorias) e é possível ainda ter um buscador interno para tornar sua localização mais fácil. Outra característica dos blogs é que os mesmos disponibilizam uma seleção de conexões (blogroll) que reúne os sites lidos ou pelo menos recomendados pelo autor e alguma referência pessoal (about) que, com o título e a descrição do blog, ajudam o leitor a situá-la. Por meio dessas características, os blogs tem sido utilizados para distintos fins (cultural,

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jornalístico, pesquisa, político, entretenimento) e, com isso, contribuído para diversificação da sociabilidade.

Assim, este trabalho almeja elaborar um blog como ferramenta de apoio aos Microempreendedores de Macaé. Inicialmente pretende-se fazer uma pesquisa bibliográfica, com leitura e análise de textos relevantes ao tema proposto, e após tal revisão bibliográfica, será elaborada a página do blog com matérias de interesse do público escolhido, com adequação linguagem e conteúdo ao meio de publicação e também aos leitores.

A próxima etapa trata da divulgação da página aos microempreendedores através de visitas a organizações que tratam do tema pesquisado dando suporte presencial ao MEI, além de esclarecimentos importantes diretamente aos Microempreendedor Individual (MEI).

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DOLABELA, F. Empreendedorismo, uma forma de ser: saiba o que são empreendedores individuais e empreendedores coletivos. Brasília: Aed, 2003.

DRUCKER, P. F. Inovação e espírito empreendedor: Práticas e Princípios. São Paulo: Pioneira, 2002.

GEM – Global Entrepreneurship Monitor Executive Report. 2010.

GRECO, S. M. S. S. Empreendedorismo no Brasil 2010. Curitiba: IBQP, 2010.

MORRIS, M.; KURATKO, D. F. Corporate entrepreneurship. Orlando: Harcout College Publishers, 2002.

ORIHUELA, José Luis. Blogs e blogosfera: o meio e a comunidade. In: ORDUÑA, O. I. R (et al.). Blogs: revolucionando os meios de comunicação. Trad. Vértice Translate. São Paulo: Thomson Learning, 2007.

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SCHUMPETER, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1982.

VARELA, J. Jornalismo participativo: o jornalismo 3.0. In: ORDUÑA, O. I. R (et al.). Blogs: revolucionando os meios de comunicação. Trad. Vértice Translate. São Paulo: Thomson Learning, 2007.

ZAGO, Gabriela (2008). Dos blogs aos microblogs: aspectos históricos, formatos e características. In: Biblioteca On-Line de Ciências da Comunicação. Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/zago-gabriela-dos-blogs-aos-microblogs.pdf. Acesso em: 14 out. 2011.

6. CRONOGRAMA

Atividades/ período Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro

Pesquisa bibliográfica. X X

Criação do blog. X

Postagem de matérias e entrevistas. X X

Divulgação do blog para os

Microempreendedores. X X X

Esclarecimentos ao

Microempreendedor. X X X

Elaboração do relatório final e

Apresentação. X

7. EQUIPE DE DESENVOLVIMENTO

A pesquisa proposta exigirá equipe com três integrantes, conforme segue:

 1 Professor orientador

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