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PREVALÊNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DE SANTA MARIA, RS 1

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Academic year: 2021

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PREVALÊNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO DE UMA UNIDADE DE SAÚDE

DE SANTA MARIA, RS

1

WERLANG, Ana Paula Gomes

2

; ALMEIDA, Franciele Rodrigues de

2

; SILVA,

Ruth Mauer da³

¹ Trabalho de Pesquisa _UNIFRA. 3

Acadêmicas do Curso de Nutrição, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, Brasil 5

Professora do Curso de Nutrição, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, Brasil E-mail: anapaulawerlang@hotmail.com; fran_dealmeida@hotmail.com; rutnut@bol.combr.

RESUMO

O aleitamento materno é de grande importância para a saúde da criança principalmente até os primeiros seis meses de vida sendo o único alimento dado a ele como forma de prevenir doenças, alergias e infecções assim como também para a melhor recuperação da mulher após o nascimento e o vínculo mãe-bebê. O presente estudo objetivou identificar a frequência e o período de aleitamento materno exclusivo através de um estudo transversal descritivo, envolvendo 39 mulheres, entre estas as que estão e as que já pararam de amamentar. Verificou-se que 92% das mães amamentaram, destes apenas 20% foi aleitamento materno exclusivo.

Conclui-se com base neste e em outros estudos os benefícios do aleitamento materno, sendo de suma importância programas de incentivo ao aleitamento materno exclusivo e seus benefícios tanto para a criança quanto para a mãe como estratégias de qualidade de vida e no desenvolvimento futuro da criança.

Palavras-chaves: Aleitamento Materno; Incentivo ao Aleitamento Materno; Saúde da Criança.

1. INTRODUÇÃO

É crescente no Brasil o incentivo ao aleitamento materno, pois sabe-se que este é o modo mais natural e seguro de alimentação do recém-nascido, sendo ideal para o crescimento e desenvolvimento do mesmo, influenciando na saúde biológica e emocional entre mãe e filho. O leite Materno possui propriedades imunológicas e nutritivas, oferecendo melhor proteção a antígenos do que leites artificiais, além de não possuir custos (CZECHOWSKI, 2010).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é recomendado que os bebês recebessem amamentação exclusivamente pelo leite materno até os primeiros seis meses de vida (FEIN, 2009). Esta prática de amamentar as crianças exclusivamente durantes este tempo previne 63% das mortes passíveis de ocorrer antes dos cinco anos de vida. Além de trazer benefício para o bebê o ato de amamentar também traz benefícios para a saúde da mulher, estimula a regressão uterina; auxilia no retorno ao peso inicial; previne o câncer de

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ovário, útero e mamas; diminui o risco de a mãe sofrer hemorragia e anemia no pós-parto (RAMOS et.al, 2008).

Pesquisas tem mostrado que o aleitamento materno exclusivo ainda está muito aquém do recomendado no Brasil. Dados da PNDS (2006) apontam que, apesar de 96,4% de todas as mães afirmarem que seus filhos foram amamentados ao menos uma vez, somente 40% dos bebês receberam aleitamento exclusivo até os seis meses de vida (CRUZI, 2010). De acordo com a II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal, realizada em 2008, a prevalência de aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses aumentou em relação aos dados da PNDS em 1%, sendo o resultado de 41% (PEREIRA, 2010). Com isto pode-se constatar que a situação do aleitamento materno está em ascensão, porém ainda longe de atingir as meta (CRUZI, 2010), e novas abordagens devem ser pensadas em nosso país, desenvolvendo ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno (PEREIRA, 2010).

1.1. OBJETIVOS

Diante disso objetivou-se avaliar a prevalência de mães que amamentaram seus filhos, o tempo e o tipo de aleitamento.

2. METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa quantitativa realizada na Unidade de Saúde Floriano

Rocha de Santa Maria – RS, nos períodos de março à julho de 2011. Para o

desenvolvimento deste estudo foi aplicado um questionário que continha questões abertas com grau de escolaridade, renda mensal da família, situação conjugal, tempo de gestação, tipo de parto, se o bebê recebeu aleitamento materno, tipo de aleitamento até os seis meses de idade, pelo que substituía após deixar de ser exclusivo e se teve problemas com amamentação. A classificação quanto ao tipo de aleitamento materno foi feita segundo a OMS (VITOLO, 2009): Aleitamento Materno Exclusivo- Quando a criança recebe somente o leite materno, diretamente da mama ou extraído e nenhum outro líquido ou sólido, com exceção de gotas de xarope de vitaminas, minerais ou medicamentos. Aleitamento Materno

Predominante- Quando o lactante recebe além do leite materno, água e bebidas a base de

água, tais como sucos e chás e soro de reidatração oral. Aleitamento Materno

Complementado- Quando o lactante recebe o leite materno mais alimentos semi-sólidos,

inclusive leite não-humano.

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A amostra foi composta por 39 mães, incluindo aquelas que estão amamentando, as que já amamentaram (mesmo que por um curto período) e as que não amamentaram. Verificou-se com os questionários, em relação ao aleitamento materno exclusivo que, 3% das mães não amamentaram, 10% amamentaram até um mês de vida, 5% amamentou até os 2 meses, 8% amamentou até os 3 meses, 13% amamentou até os 4 meses, 13% amamentou até os 5 meses, 26% amamentou até os 6 meses, 2% amamentou até os 7 meses, 5% amamentou até os 8 meses e 15% amamentou menos que um mês. No momento da entrevista, 20% dos bebês estavam em aleitamento materno exclusivo, 18% em aleitamento materno predominante, 62% em aleitamento materno complementar.

Constatou-se que 56% não tiveram problemas com a amamentação, 13% apresentaram mamilos planos, ausentes ou invertidos, 10% achavam que o bebê tinha fome, 13% dizia ter pouco leite, 5% apresentavam fissuras no peito e 3% não tinha leite.

Quanto às características das entrevistadas 77% eram casadas e 23% solteiras; em relação ao grau de escolaridade, 8% possuíam apenas ensino fundamental, 36% não concluíram o ensino fundamental, 32% concluíram o ensino médio, 21% não concluíram o ensino médio e apenas 3% tinham grau superior; segundo renda mensal da família, 10% possuíam menos que um salário mínimo, 44% um salário mínimo, 23% 2 salários mínimo e 23% acima de 2 salários mínimo.

Com o presente estudo verificou-se que apenas 26% das crianças foram amamentadas até os 6 meses, o que está muito aquém das recomendações internacionais, esses dados mostram-se inferiores ao encontrado na pesquisa realizada na campanha de vacinação de 2006 no município do Rio de Janeiro (PEREIRA, 2010).

Constatou-se que 50% das mães cujo amamentaram seus filhos até os 6 meses de idade possuíam ensino fundamental incompleto, e as 70% destas eram do lar. Com isso pode-se perceber que as mães que deram amamentação exclusiva até os 6 meses de idade, apesar de ter pouco estudo, eram do lar, e tinham tempo para amamentar exclusivamente seus filhos, algumas mães que trabalhavam fora, declaram ter que intercalar o leite materno com o leite de vaca, tornando-o complementar.

Em relação à situação conjugal 70% das mães que amamentaram exclusivamente eram casadas. Um estudo realizado em países da América Latina sinalizou que, no Brasil, a duração do aleitamento materno exclusivo tendia a ser maior quando o pai do bebê morava com a família. Isso significa que deve-se dar maior atenção as mães solteiras (PEREIRA, 2010).

As famílias com renda de apenas um salário mensal, são as que mais amamentam exclusivamente até 6 meses, representando 40% das mães, isso significa que elas utilizaram de um método econômico, pois não requer gastos, além de ser o mais nutritivo.

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As mães que param com a amamentação exclusiva, 50% não substituíram o leite materno apenas acrescentou alimentos sólidos e 40% substituíram por alimentação predominante, pois estas declaravam dar chás quando os bebês tinham cólica e água, pois diziam que eles sentiam sede. Mas sabe-se que o leite é completo e não necessita acrescentar água e que o bebê está arrecém formando o trato intestinal, sendo normal ele ter cólicas (RUBENS, 2005).

Em relação a problemas 90% das mães que amamentaram exclusivamente até os 6 meses não possuiu problemas com amamentação.

6. CONCLUSÃO

Os dados apresentados acima reforçam a já difundida idéia na comunidade científica de que se acumulam as evidências sobre os benefícios da amamentação, tanto para a criança como para a mulher. Apesar de haver uma grande promoção e incentivo ao aleitamento materno nas últimas seis décadas por parte dos profissionais da área da saúde, ainda é pequena a porcentagem de crianças alimentadas exclusivamente até os primeiros meses de vida, prática considerada hoje muito mais um fenômeno social do que um comportamento instintivo.

Sabe-se através de outros estudos que o aleitamento materno deve ser efetivamente recomendado como fonte exclusiva de alimento para o recém-nascido devendo ser mantido até o sexto mês de vida da criança, mas como mostrou-se no respectivo estudo através de um questionário aplicado com as mães entrevistadas que em sua maioria não ocorreu exclusividade do aleitamento materno, considerando-se que 63% delas teriam como prática de alimentação de seus bebês o aleitamento materno complementar antes mesmo de o bebê completar seis meses de vida, o que nos leva a concluir com base neste e em outro estudos o maior risco de infecções, alergias e intolerâncias alimentares. No entanto, é urgente a necessidade de maior adesão dessa prática ainda tão escassa. Maior comprometimento das políticas públicas, ações de profissionais, apoio de seus pares. De toda maneira, permanece o desafio aos acadêmicos e profissionais de saúde pública, já que intervenções nesta área devem observar prioridades de custo e efetividade.

5. REFERÊNCIAS

CRUZ, Suélen Henriques da et al. Orientações sobre amamentação: a vantagem do Programa de Saúde da Família em municípios gaúchos com mais de 100.000 habitantes no âmbito do PROESF. Rev Bras Epidemiol, Rio Grande do Sul. V.13, n.2, p.256-260, 2010.

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CZECHOWSKI, Aliana Eduard; FUJINAGA, Cristina Ide. Seguimento ambulatorial de um grupo de prematuros e a prevalência do aleitamento na alta hospitalar e ao sexto mês de vida: contribuições da fonoaudiologia. Rev. soc. bras. Fonoaudiol. V.15, n.4, p. 572-577, 2010.

FEIN, Sara B.. Aleitamento materno exclusivo para crianças menores de 6 meses. J.

Pediatr. Rio de Jeneiro. V.85, n.3, pp. 181-182, 2009.

PEREIRA, Rosane Siqueira Vasconcellos; et. al. Fatores associados ao aleitamento materno exclusivo: o papel do cuidado na atenção básica. Cad. Saúde Pública. V..26, n.12, p. 2343-2354, 2010.

VITOLO,M.R. Nutrição na gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro, RJ: Rubio, p.119-122, 2008.

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