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TÉCNICAS BÁSICAS: EXAME PARASITOLÓGICO DE SANGUE EXAME PARA- SITOLÓGICO DE SANGUE PARASITOLOGIA

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Academic year: 2021

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EXAME

PARA-SITOLÓGICO

DE SANGUE

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TÉCNICAS BÁSICAS:

EXAME

PARASITOLÓ-GICO DE SANGUE

CONTEÚDO: CÍNTIA MELLO

CURADORIA: CÍNTIA MELLO

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 4 RECOMENDAÇÕES SOBRE A COLETA ... 4 MÉTODOS ... 4

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INTRODUÇÃO

O Exame Parasitológico de Sangue tem a sua importância baseada na possibilidade de detectar diversas formas evolutivas presentes no sangue em circulação e, dessa maneira, diagnosticar os mais varia-dos agentes etiológicos de forma precisa. É um exame que consiste em examinar ao microscópico, uma gota de sangue do pa-ciente, depositada sobre uma lâmina – pro-cesso chamado de Hemoscopia. A partir dessa ação, se pode observar parasitos vivo ou fixados e/ou corados, a partir de técnicas específicas.

RECOMENDAÇÕES SOBRE A

CO-LETA

Os locais mais comumente utilizados para obtenção da gota de sangue são a polpa digital do dedo anular esquerdo e o lóbulo da orelha, pois são regiões onde a camada da pele é mais fina e possuem boa irriga-ção sanguínea.

Após antissepsia adequada com álcool a 70%, utiliza-se material descartável como agulha, estilete, alfinete, para punção local. Em seguida à picadura, se faz compressão da região e a gota de sangue adquirida é depositada sobre a lâmina para posterior aplicação das técnicas e observação da amostra. Ressalta-se que após utilização do álcool, se deve esperar a secagem da

pele para que o produto não entre em con-tato com o sangue e cause a sua hemólise. Após antissepsia adequada com álcool a 70%, utiliza-se material descartável como agulha, estilete, alfinete, para punção local. Em seguida à picadura, se faz compressão da região e a gota de sangue adquirida é depositada sobre a lâmina para posterior aplicação das técnicas e observação da amostra. Ressalta-se que após utilização do álcool, se deve esperar a secagem da pele para que o produto não entre em con-tato com o sangue e cause a sua hemólise.

MÉTODOS

O Exame Parasitológico de Sangue visa a observação do parasito na amostra de sangue e diagnóstico da doença. Para isso, são utilizados, principalmente, métodos: direto (a fresco) e em esfregaços.

Método Direto ou A fresco

No método direto ou a fresco, a gota é co-letada na polpa digital ou lóbulo da orelha ou por punção de sangue venoso colhido com anticoagulante, será depositada no centro da lâmina e será coberta por uma lamínula. Em seguida, esse conjunto (lâ-mina + gota de sangue + lamínula) será ob-servado no microscópio com aumento de 40X, imediatamente após. O objetivo é en-contrar parasitos vivos ou mortos

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5 presentes no sangue, sendo possível

ob-servar os agentes se movimentando. A vantagem do método direto é a melhor sensibilidade em comparação com o mé-todo em esfregaço corado e, sendo assim, será o método de escolha na suspeita de uma infecção aguda. Como desvantagens, é um método que possui a necessidade de repetição ao longo do dia ou por vários dias seguidos - devido ao menor volume da amostra que será analisada - até que o pa-rasito seja detectado ou não. Além disso, não possibilita boa visualização das carac-terísticas morfológicas do agente. Por isso, em casos positivos para a presença de al-guma forma evolutiva, se recomenda fazer as distensões ou esfregaços corados obje-tivando fazer o diagnóstico morfológico di-ferencial da espécie, como nos casos da Malária e os plasmódios causadores. Esfregaços ou Distensões

Existem dois tipos de esfregaços. Cada um desses esfregaços será utilizado conforme o objetivo diagnóstico.

Esfregaço delgado ou gota estirada:

terá maior uso na identificação da forma e da espécie de vários parasitas, ou seja, visa o diagnóstico morfológico. Nesse método, uma gota é depositada na extremidade direita da lâmina e usando outra lâmina na direção oposta e inclinada a 45º, encosta-se a lâmina

inclinada na gota de sangue e se espera que ela se espalhe entre a superfície de contato das lâminas, por capilaridade. Em seguida, a gota será espalhada (“esfregada”) até o final da outra extre-midade, em um movimento rápido e leve. A secagem ocorrerá em tempera-tura ambiente ou em estufa a 36ºC. A vantagem dessa técnica é sua alta Es-pecificidade na caracterização morfoló-gica dos parasitos encontrados, porém é menos sensível que a gota espessa, devido a menor concentração de san-gue. Após o esfregaço, serão aplicadas técnicas de fixação e coloração com Giemsa (solução tampão) ou Leishman (azul de metileno + eosina), conforme indicação.

Esfregaço espesso ou Gota espessa: a

finalidade dessa distensão é realizar o diagnóstico epidemiológico. Tem alta sensibilidade e é muito usada para o di-agnóstico da Malária no Brasil, sendo considerada a técnica padrão-ouro pelo Ministério da Saúde – podendo ser usada para o diagnóstico da filariose, inclusive. Trata-se de um método de enriquecimento, pois utiliza de 3 a 4 gotas que serão depositadas sobre uma lâmina, numa pequena área, pró-ximas umas às outras, e depois reuni-das a fim de formar uma mancha circu-lar de aproximadamente 1 cm de diâ-metro – aumentando a concentração e

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6 área analisadas. Essa amostra ficará

secando de 6 a 36h e, depois, hemoglo-binada (remoção da hemoglobina e da cor avermelhada da amostra), para em seguida, ser corada com Giemsa. Como desvantagem, essa técnica não possi-bilita a caracterização morfológica do parasito.

OUTROS MÉTODOS

Concentração de Hemoparasitos

Creme Leucocitário: Creme

Leucocitá-rio: tem como objetivo concentrar e vi-sualizar formas flageladas presentes no sangue. Nesse método, se utiliza um volume sanguíneo relativamente grande, sendo coletado por punção ve-nosa 10 mL de sangue em um tubo com anticoagulante. Após etapa de centrifugação, haverá separação dos componentes sanguíneos: Plasma no sobrenadante (55% do volume); Faixa estreita de Leucócitos e plaquetas (<1% do volume) – que se denomina “creme leucocitário”; Eritrócitos sedi-mentados (45% do volume). Utilizando uma pipeta bem fina, capilar, essa ca-mada é removida e prepara-se um es-fregaço com a mesma, o qual será fi-xado e corado com Giemsa ou exami-nado a fresco, entre lâmina e lamínula, pela microscopia óptica.

Hemólise e centrifugação: nesta

meto-dologia, se utiliza um volume menor de sangue, 5 mL, que será homogenei-zado com água destilada e uma solução concentrada de NaCl. Essa mistura será centrifugada e o sobrenadante obtido será centrifugado novamente. O sedi-mento final será resgatado e analisado posteriormente por esfregaço.

Hemocultura

É uma técnica mais difícil de ser utilizada, pois requer condi- ções assépticas para coleta e manuseio da amostra de sangue, o que a torna pouco prática nos trabalhos de campo. Porém, é utilizada para cresci-mento em meio específico e detecção de Trypanosoma Cruzi, por exemplo.

Teste do Microhematócrito

Pode ser usado para o diagnóstico da Do-ença de Chagas, onde as formas sanguí-neas do parasito são obtidas a partir da centrifugação do sangue com anticoagu-lante durante 3 minutos, em tubos capila-res. Os protozoários quando presentes fi-carão concentrados acima da camada leu-cocitária e poderão ser visualizados na mi-croscopia. Para melhor observação, o es-fregaço pode ser realizado.

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@jalekoacademicos Jaleko Acadêmicos @grupoJaleko

Sorologia

Os testes imunológicos, também chama-dos de imunoensaios, podem ser utilizachama-dos tanto para o diagnóstico quanto para auxí-lio diagnóstico de diversas doenças, por meio da detecção da reatividade para antí-genos circulantes e anticorpos específicos presentes no sangue. Se pode acompa-nhar o curso da infecção ou determinar a sua natureza (infecção primária ou reinfec-ção). São utilizados métodos de ELISA di-reto e indidi-reto, imunofluorescência, entre outros. Além do soro, podemos utilizar di-retamente as hemácias para os ensaios de hemaglutinação.

Teste molecular (PCR)

A Reação em Cadeia da Polimerase tam-bém pode ser utilizada para detectar o ácido nucleico do parasita presente no sangue periférico do paciente. No entanto, é um método menos acessível pelo seu custo. Possui elevada especificidade e sensibilidade.

Métodos Indiretos (Hemograma)

Os métodos inespecíficos ou indiretos for-necem sinais sugestivos de infecção em curso, tais como: eosinofilia, leucocitose, pancitopenia, etc. Os quais podem ser re-lacionados com a história clínica para dire-cionando de outras metodologias diagnós-ticas.

Referências

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