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ICTR 2004 CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM RESÍDUOS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Costão do Santinho Florianópolis Santa Catarina

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ICTR 2004 – CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM RESÍDUOS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Costão do Santinho – Florianópolis – Santa Catarina

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PRÓXIMA

AVALIAÇÃO DOS CUSTOS X BENEFÍCIOS COM A IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (PGRSS) EM UMA UNIDADE DE HEMODIÁLISE.

Vulmario Mendes Roberta Travagline Gonçalves Renato Bertagna Adelita Oliveira

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AVALIAÇÃO DOS CUSTOS X BENEFÍCIOS

COM A IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO

DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (PGRSS) EM

UMA UNIDADE DE HEMODIÁLISE.

2,3,4,5

Resumo

Objetivo. O objetivo deste trabalho foi analisar os custos e benefícios obtidos

com a implantação do PGRSS(Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde)(1) em uma Unidade de Hemodiálise. Metodologia. Os autores analisaram comparativamente as variações de peso dos resíduos infectantes e recicláveis antes, durante 03, 06 e 09 meses, após implantação do PGRSS. Analisaram também os investimentos infra-estruturais que viabilizaram a implantação do plano. Fizeram uma correlação entre os gastos com resíduos antes do gerenciamento (Tributos Municipais para infectantes e recicláveis) com os benefícios financeiros agregados com segregação, comercialização dos recicláveis e redução do montante dos infectantes. Resultados. Os resultados mostraram que o peso dos resíduos infectantes reduziram em 40 % quando comparamos o período antes da instalação e após instalação. Estas variações se mantiveram nos períodos de 03, 06 e 09 meses. Os recicláveis tiveram um aumento abrupto de produção (400%) quando começaram a ser segregados adequadamente,como mostramos na correlação pré e pós instalação do gerenciamento. Nota-se que mesmo aos 03, 06 e 09 meses o peso dos recicláveis continuou aumentando gradativamente: entre 20% e 30%. Os investimentos financeiros necessários para implantação do plano foram amortizados ao longo de 5.2 meses com os recursos gerados pelo bom gerenciamento dos recicláveis. Estes recursos foram gradativamente compensando os gastos com tributos ao longo de 04 meses. A partir do 5º mês após implantação do PGRSS os recicláveis geraram lucro frente aos gastos comparados. Conclusão. Diante destes resultados, os autores concluiram que a implantação adequada do gerenciamento de resíduos numa Unidade de Diálise mobilizou e envolveu os funcionários da Unidade, permitiu a segregação adequada dos resíduos, agregou qualidade ao serviço e gerou lucros financeiros com a comercialização dos recicláveis.

Palavras Chaves:

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Introdução

No Brasil, como no mundo a situação dos resíduos é emblemática da questão ambiental.

A quantidade de resíduos gerados nas grandes cidades a cada dia, se transformou em um dos mais graves problemas mundiais da atualidade e já enfrenta dificuldades no seu gerenciamento. Dentro deste contexto, os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), apesar de representar apenas 2% destes resíduos, constituem um desafio diferenciado de gerenciamento, não só pelas características de periculosidade, mas pelo fato de que existe sabidamente no seu manejo, um risco potencial de agressão à saúde ocupacional, à saúde pública e o meio ambiente. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, mostrou no seu mais novo recenseamento que somente 14% das prefeituras brasileiras tratam os resíduos de saúde adequadamente(2). Se por um lado, este gerenciamento externo urge definições de responsabilidade pelos órgãos públicos, dentro das instituições de saúde, a situação não é diferente. A precariedade no gerenciamento interno, envolvendo todas as etapas de operacionalização dos resíduos infectantes e outros perigosos, é também observada na precária segregação e no direcionamento responsável dos recicláveis.

A implantação do gerenciamento de resíduos dentro das organizações de saúde, apesar de normatizada há mais de uma década, ainda permanece restrita aos grandes centros urbanos, com experiências e referências ainda pontuais. O investimento para implantação de novas tecnologias ainda encontra resistência dos estabelecimentos às mudanças, bem como, credibilidade de retorno dos investimentos neste setor.

Para que a saúde e meio ambiente possam ser gerenciados com um objetivo integrado é necessário a disponibilização de instrumentos com informações que possam ser avaliadas à luz de resultados capazes de serem mensurados.

Assim, difundir resultados encontrados, bem sucedidos, com geração de renda, não só agrega conhecimento como também incentiva o aparecimento de novas experiências.

Objetivo

O objetivo deste trabalho foi analisar os custos e benefícios obtidos com a

implantação do PGRSS(Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde) em uma Unidade de Hemodiálise. A sua importância reside portanto, em apresentar uma contribuição para uma gestão eficaz e eficiente dos resíduos produzidos em Unidades de Saúde.

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Metodologia

Concomitantemente a implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde (PGRSS) na Clínica de Hemodiálise (Centro de Nefrologia e Hipertensão-CNH de Santo André – São Paulo) estudamos: 1) as variações mensais de peso dos resíduos infectantes e recicláveis antes, durante 03, 06 e 09 meses, após implantação do PGRSS.

2)analisamos os investimentos financeiros que permitiram uma infra-estrutura necessária para a viabilização da implantação do plano, ou seja: aquisição de equipamentos (lixeiras e containeres) obras estruturais (construção de abrigos para resíduos), contratação de recursos humanos para orientação no gerenciamento, incluindo a capacitação de todos os atores envolvidos na implantação.3) Fizemos uma correlação dos gastos – tributos municipais para coleta e tratamento de infectantes e recicláveis – antes e depois da implantação do gerenciamento e correlacionamos com os benefícios financeiros agregados com a segregação: recicláveis comercializados e a redução do montante dos infectantes.

Obs: Consideramos recicláveis os resíduos compostos por: plásticos, papel e papelão não contaminados gerados na Clínica de Hemodiáliase.

Resultados.

Os resultados mostraram: 1) que o peso dos resíduos infectantes, que tiiveram uma média mensal de 584 Kg nos 6 meses que antecederam a implantação do PGRSS, caiu para: 350 Kg imediatamente após a implantação; 335 Kg com 3 meses; e 345 Kg com 6 meses após a implantação do PGRSS. Estas variações se mantiveram nos mesmos patamares nos meses subseqüentes (7º, 8º e 9º mês).

550 570 600 62 0 490 52 0 350 335 345 360 0 100 200 300 400 500 600 700 Peso em Kg

jan/03 mar/03 mai/03 jul/03 set/03 nov/03 jan/04 mar/04

Evolução da Produção de Resíduos Infectantes

Quantidade

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Os recicláveis, antes encaminhados como resíduos infectantes, aumentaram abruptamente em 400% quando o peso mensal foi comparado pré e pós a implantação do PGRSS. Notou-se que mesmo aos 03, 06 e 09 meses o peso dos recicláveis continuou aumentando gradativamente: entre 20% e 30%.

110 95 72 95 120 130 440 510 560 540 0 100 200 300 400 500 600

jan/03 abr/03 jul/03 out/03 jan/04 abr/04 Evolução da Produção de Resíduos

Recicláveis Segregados (Kg)

Quantidade

Figura II

Os investimentos financeiros necessários para implantação do plano foram amortizados ao longo de 5.2 meses com os recursos gerados pelo bom gerenciamento dos recicláveis. Estes recursos foram gradativamente compensando os gastos com tributos ao longo de 04 meses. A partir do 5º mês após implantação do PGRSS os recicláveis geraram lucro frente aos gastos comparados.

Custos dos Tributos Municipais com Resíduos Infectantes

1.215,00 625 680 650 543 0,00 200,00 400,00 600,00 800,00 1.000,00 1.200,00 1.400,00 M-Pré M-Implantação M-3 Meses após M-6 Meses após M-9 Meses após Valor em R$ Figura III

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Comentários e Conclusões

Mesmo considerando que a implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos em Unidades de Saúde é obrigatória e muito bem normatizada desde 1993, são raras as instituições que gerenciam adequadamente. A falta de fiscalização pelos órgãos responsáveis é aliada a falta de investimentos nesta área, considerada pelos administradores como sendo onerosa e incompatível com os benefícios que são obtidos. A educação ambiental, considerada como um instrumento fundamental para mudanças de atitude de um povo, ainda é praticamente inexistente nos setores produtivos, incluindo aí a própria gestão da saúde.

Para que a saúde e meio ambiente possam ser gerenciados com um objetivo integrado é necessário também a disponibilização de instrumentos com informações que possam ser avaliadas à luz de resultados capazes de serem mensurados. Para isso utiliza-se dos conceitos de gestão econômica, avaliando os custos da decisão e confrontando-os com os benefícios gerados pela tomada de decisão. Neste caso em particular, a implantação do PGRSS.

Este estudo mostrou que o gerenciamento adequado de resíduos levou a uma redução do montante de resíduos infectantes produzidos. Podemos concluir desta afirmação que agregamos mais cuidado na segregação dos resíduos, levando conseqüentemente maior proteção aos funcionários, aos pacientes, à comunidade e ao meio ambiente. Por sua vez, houve uma produção bastante aumentada de resíduos recicláveis na Clínica de Hemodiálise. Estes últimos, não só deixaram de ir para os aterros sanitários, como foram comercializados, geraram lucros frente aos tributos municipais que foram revertidos em bonificações sociais. Estes resultados oferecem uma contribuição eficaz e eficiente de gerenciamento de resíduos capazes de responder aos gestores sobre sua viabilidade.

A referência obtida não só agrega conhecimento para a contabilidade ambiental como também incentiva o aparecimento de novas experiências em Unidades de Saúde de grande porte. A indiscutível melhoria da qualidade de serviço prestado, a capacitação dos atores envolvidos, a multiplicação da responsabilidade com as questões ambientais, apesar de não constituírem objetivos deste trabalho, permearam os resultados mensuráveis e constituíram indicadores positivos no contexto maior de Responsabilidade Social.

Bibliografia

1 – CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente. Ministério do Meio Ambiente. Resolução nº 283 de 12/07/01 – Brasília, 2001.

2 – IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Relatório Nacional de Saneamento Básico 2000.

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Abstracts

The authors analysed comparatively the variations of weight of the biological health care waste and recycling items, before, during the first 03, 06 and 09 months, after the introduction of the Management of Health Care Waste in a Haemodialysis Clinic. They analysed the investments that made viable this introduction of the management. They also studied the correlation between the expenses with biological waste before the management (i.e. Municipal taxes for biological and recycling items) and the financial benefits as a result of the segregation, commercialization, and reduction of the amount of biological waste. They concluded that the appropriate introduction of the Management Health Care Waste (MHCW) at a Hemodialysis Unit, mobilized and involved the whole staff , and allowed the proper segregation, added quality to the institution and generated financial profits with the recycling items trade.

Key words

Management....Health Care Waste...Health and Environment

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