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Intervenções farmacêuticas em um hospital de alta complexidade do Rio de Janeiro

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

FACULDADE DE FARMÁCIA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

RESIDÊNCIA EM FARMÁCIA HOSPITALAR

VIVIANE C. S. TORQUATRO ROCHA

INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS EM UM HOSPITAL DE ALTA

COMPLEXIDADE DO RIO DE JANEIRO

Niterói 2012

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VIVIANE C. S. TORQUATRO ROCHA

INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS EM UM HOSPITAL DE ALTA

COMPLEXIDADE DO RIO DE JANEIRO

Monografia apresentada ao curso de Residência em Farmácia Hospitalar da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial de obtenção do título de especialista em Farmácia Hospitalar. Área de Concentração: Farmácia Hospitalar.

Orientadora: Prof

a

Dr

a

Carla Valéria Vieira Guilarduci Ferraz

Niterói 2012

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VIVIANE C. S. TORQUATRO ROCHA

INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS EM UM HOSPITAL DE ALTA

COMPLEXIDADE DO RIO DE JANEIRO

Monografia apresentada ao curso de Residência em Farmácia Hospitalar da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial de obtenção do título de especialista em Farmácia Hospitalar. Área de Concentração: Farmácia Hospitalar.

Aprovada em 09 de maio de 2012.

BANCA EXAMINADORA

Profa Dra Carla Valéria Vieira Guilarduci Ferraz

UFF

Prof. MSc. Ranieri Carvalho Camuzi UFF

MSc. Thaísa Amorim Nogueira

NITERÓI 2012

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AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me concedido essa oportunidade.

Ao meu filho Bernardo, o bem mais precioso que possuo. Perdoe-me pelos momentos em que estive ausente. Mamãe te ama muito.

Ao meu marido pelo apoio, incentivo e companheirismo. Te amo.

A minha mãe e ao meu irmão por tudo o que já fizeram por mim. Vocês moram no meu coração.

A minha sogra Darcy, que durante a residência cuidou do meu filho com toda dedicação e carinho.

As minhas amigas de residência, Luana e Michele, que me proporcionaram muitos momentos felizes e tornaram a realização desse trabalho possível.

Aos residentes que me antecederam, Natália, Flávio e Aline, e as minhas sucessoras, Phâmylla, Michele Flávia e Marina. Aprendi muito com todos vocês.

Aos farmacêuticos e funcionários da farmácia do Hospital Federal de Bonsucesso, por todos os ensinamentos, em especial a farmacêutica Cíntia, pelos conselhos, amizade e por ser a grande idealizadora desse projeto.

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RESUMO

Intervenção farmacêutica é um ato planejado, documentado e realizado junto ao usuário e profissionais de saúde, visando resolver ou prevenir problemas que interferem ou que podem interferir na farmacoterapia. Este trabalho teve como objetivo quantificar e classificar as intervenções farmacêuticas realizadas em um hospital de alta complexidade do Rio de Janeiro, identificando os grupos farmacológicos envolvidos e a aceitação das intervenções pela equipe médica. Foi realizado um estudo retrospectivo descritivo de quatro meses de duração. Três farmacêuticas residentes estiveram presentes em seis unidades de internação do hospital, onde participaram de rounds, analisaram as prescrições e prontuários dos pacientes e fizeram intervenções quando necessárias. As intervenções farmacêuticas foram registradas em um formulário próprio do Serviço de Farmácia que permitiu a obtenção de dados como o tipo e a descrição da intervenção, o medicamento envolvido e a adesão pelos médicos. Ao longo dos quatro meses do estudo, foram realizadas 238 intervenções, com 92,71% de aceitação pela equipe médica. As intervenções farmacêuticas do tipo Substituto terapêutico foram as mais frequentes, correspondendo a 54,6% do número total de intervenções realizadas. Os medicamentos envolvidos nas intervenções foram agrupados segundo a sua classificação anatômica e o Grupo B (Sangue e Sistema Hematológico), foi o responsável pelo maior número de intervenções, com 40%. As intervenções farmacêuticas foram importantes na melhoria da qualidade e segurança do tratamento farmacológico dos pacientes. Para que as atividades da Farmácia Clínica possam ser bem desenvolvidas, o Serviço de Farmácia precisa estar estruturado, principalmente quanto à seleção, programação e aquisição de medicamentos.

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ABSTRACT

Pharmaceutical intervention is an act planned, documented and carried out among users and health professionals in order to solve or prevent problems that interfere or may interfere with pharmacotherapy. This study aimed to quantify and classify the pharmaceutical interventions performed in a hospital of high complexity of the Rio de Janeiro, identifying the groups involved pharmacological interventions and acceptance by the medical team. We conducted a retrospective descriptive study of four months. Three residents pharmaceutical were present in six units of the hospital, where they participated in rounds, analyzed the prescriptions and medical records of patients and intervened when necessary. Pharmaceutical interventions were recorded in a proper form of the Pharmacy Service that allowed the collection of data as the type and description of intervention, the drug involved and adherence by physicians. Over the four months of the study, 238 interventions were performed, with 92.71% acceptance by the medical team. Pharmaceutical interventions like replacement therapy were the most frequent, accounting for 54.6% of the total number of interventions. The drugs involved in the interventions were grouped according to their anatomical classification and Group B (Blood and Hematological System), was responsible for the increased number of interventions, with 40%. Pharmaceutical interventions were important in improving the quality and safety of pharmacological treatment o patients. For de activities of Clinical Pharmacy may be well developed, the Pharmacy Service must be structured, particularly regarding the selection, planning and procurement of drugs.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

PRECISA REVER TODA A NUMERAÇÃO DE PÁGINAS

Tabela 1- Distribuição das intervenções farmacêuticas pelas clínicas estudadas. f. 26 Tabela 2- Motivos que originaram as intervenções farmacêuticas. f. 28

Tabela 3- Medicamentos envolvidos nas intervenções farmacêuticas. f. 30 Figura 1- Frequência dos tipos de intervenção nos quatro meses de estudo. f. 26 Figura 2- Adesão às intervenções farmacêuticas nos quatro meses de estudo. f. 32 Figura 3- Percentual de intervenções avaliadas aceitas (Sim) e rejeitadas (Não). f. 32

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CAF Central de Abastecimento Farmacêutico CARDIO Cardiologia

CCIH Comissão de Controle de Infecção Hosp italar CFT Comissão de Farmácia e Terapêutica

CTI Centro de Tratamento Intensivo FF Forma Farmacêutica

HFB Hospital Federal de Bonsucesso NEURO Neurocirurgia

OMS Organização Mundial de Saúde

OPAS Organização Pan-Americana de Saúde PNM Política Nacional de Medicamentos

RENAME Relação Nacional de Medicamentos Essenciais SBRAFH Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar

SINITOX Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas SISANTI Sistema de Antibióticos

SUS Sistema Único de Saúde UC Unidade Coronariana

URM Uso Racional de Medicamentos

URO Urologia

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SUMÁRIO

1 REFERENCIAL TEÓRICO, p. 09

1.1 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS, p. 09

1.2 EVOLUÇÃO DAS PRÁTICAS FARMACÊUTICAS, p. 11

1.3 IMPACTO DAS INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE, p. 12

2 JUSTIFICATIVA, p. 15 3 OBJETIVOS, p. 16 3.1 OBJETIVO GERAL, p. 16 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS, p. 16 4 METODOLOGIA, p. 17 4.1 TIPO DE ESTUDO, p. 17 4.2 LOCAL DE ESTUDO, p. 17 4.3 O ESTUDO, p. 18

4.4 REGISTRO DAS INTERVENÇÕES, p. 18

4.5 COMUNICAÇÃO DAS INTERVENÇÕES, p. 20

4.6 AVALIAÇÃO DA ADESÃO ÀS INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS, p. 20

4.7 ANÁLISE DOS DADOS, p. 20

4.8 QUESTÕES ÉTICAS, p. 21

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO, p. 22 5.1 TIPOS DE INTERVENÇÃO, p. 22

5.2 MOTIVOS QUE LEVARAM ÀS INTERVENÇÕES, p. 24 5.3 MEDICAMENTOS ENVOLVIDOS NAS INTERVENÇÕES, p. 26

5.4 ADESÃO ÀS INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS, p. 28

6 CONCLUSÃO, p.31

7 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS, p.32 8 ANEXOS, p. 37

8.1 ANEXO I: FORMULÁRIO INDICADOR DE INTERVENÇÃO E SOLICITAÇÃO FARMACÊUTICA, p. 38

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1. REFERENCIAL TEÓRICO

1.1. Assistência Farmacêutica e Uso Racional de Medicamentos

A Constituição Federal de 1988 representou um marco referencial para as mudanças na área de saúde no Brasil, alterando a situação de desigualdade de acesso da população à assistência ao estabelecer a saúde como “direito de todos e dever do estado”. (BRASIL, 1988).

A concretização dessas mudanças veio através da Lei 8080, de 19 de setembro de 1990, com a instituição do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta lei regulamenta as ações e serviços de saúde em todo o território nacional e, em seu artigo 6o, estabelece como campo de atuação do SUS a “formulação da política de medicamentos (...) de interesse para a saúde (...)”. (BRASIL, 1990).

A Política Nacional de Medicamentos (PNM), publicada em outubro de 1998, apoiada e regulamentada pela Portaria MS 3916, tem como propósito “garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, a promoção do seu uso racional e o acesso da população àqueles considerados essenciais”. (BRASIL, 1998).

A reorientação da Assistência Farmacêutica e a promoção do uso racional de medicamentos aparecem como algumas das diretrizes da PNM. A Assistência Farmacêutica é definida como: “Grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e o controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos”. (BRASIL, 1998).

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O Uso Racional de Medicamentos (URM) é definido na PNM como “o processo que compreende a prescrição apropriada, a disponibilidade oportuna e a preços acessíveis; a dispensação em condições adequadas; e o consumo nas doses indicadas, nos intervalos definidos e no período de tempo indicado de medicamentos eficazes, seguros e de qualidade.” (BRASIL, 1998).

Para promover o Uso Racional de Medicamentos, o Ministério da Saúde mantém uma Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), coordena o Comitê Nacional para Uso Racional de Medicamentos, incentiva o ensino deste conteúdo nos cursos de graduação e pós-graduação e coordena programas que promovem o acesso aos medicamentos em todo o país, além do controle da propaganda de medicamentos. (ANVISA, 2007).

A morbimortalidade relacionada a medicamentos é um relevante problema de saúde pública e um determinante de internações hospitalares. As internações relacionadas a medicamentos podem ser atribuídas a fatores intrínsecos à atividade do fármaco, falhas terapêuticas, não adesão ao tratamento e eventos adversos. (MALHOTRA et al, 2001).

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que 25 a 70% dos gastos em saúde, nos países em desenvolvimento, correspondem a medicamentos, em comparação com menos de 15% nos países desenvolvidos e os gastos hospitalares com medicamentos chegam de 15 a 20% dos seus orçamentos. Além disso, esses dados revelam que 50 a 70% das consultas médicas geram prescrições medicamentosas, 75% das prescrições com antibióticos são errôneas e 50% de todos os medicamentos são usados inadequadamente. (OMS, 1998; OMS, 2001).

No Brasil, os resultados da utilização incorreta dos medicamentos podem ser observados através dos levantamentos sobre intoxicação medicamentosa. Uma pesquisa do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX), ligado à Fundação Oswaldo Cruz – mostrou que, dos quase 107 mil casos registrados de intoxicação humana em 2009, os medicamentos lideraram a lista de principais agentes tóxicos com 21,06% das ocorrências. (SINITOX, 2011).

A prevalência e os custos da morbimortalidade relacionada a medicamentos são de grande relevância para os gestores de sistemas de saúde, pacientes e a sociedade como um todo. (MALHOTA et al, 2001). Sua redução tem um impacto positivo na qualidade de vida do paciente, na segurança do sistema de saúde e na eficiência no uso dos recursos. (MORRIS et al., 2002).

A Organização Mundial de Saúde sugeriu na 47º Assembléia Mundial de Saúde que a profissão farmacêutica seja desenvolvida em todos os níveis que promovam, em colaboração

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com os demais profissionais da saúde, o conceito de assistência farmacêutica como meio de promover o uso racional de medicamentos. (OPAS, 2007)

O farmacêutico pode contribuir para a promoção do URM através da participação na formulação e implantação da política de medicamentos, na elaboração de lista de medicamentos essenciais, formulários e protocolos terapêuticos e ainda na atuação em centros de informação de medicamentos. A dispensação de medicamentos deve ser acompanhada do fornecimento de informações para o cumprimento correto do tratamento e o seguimento farmacoterapêutico deve ser utilizado para detectar problemas relacionados com medicamentos. (MENDES, 2008).

1.2. Evolução das Práticas Farmacêuticas

A atividade farmacêutica passou por três períodos importantes no século XX. O primeiro deles correspondeu ao período tradicional, no qual o farmacêutico era considerado pela sociedade referência em medicamento, sendo responsável não só pela posse e dispensação, como pela produção e manipulação do arsenal terapêutico daquela época. (GOUVEIA, 1999).

No período de transição, com o desenvolvimento da indústria farmacêutica, os farmacêuticos que atuavam na área assistencial, começaram a converte-se em meros dispensadores de produtos industrializados, distanciando-se da equipe de saúde e do paciente, deixando de lado o seu papel de agente de saúde. (HEPLER et al, 1995; GOUVEIA, 1999).

Diante da insatisfação dos profissionais com essa nova forma de atuação, decorrente do desenvolvimento da industrialização de medicamentos, surgiu na década de 60 nos Estados Unidos, um movimento que questionava a formação e atitude do farmacêutico, iniciando o período de desenvolvimento da atenção ao paciente. Nesse período ocorreu a introdução da Farmácia Clínica, que criou mecanismos para corrigir os problemas e permitir que os farmacêuticos participassem da equipe de saúde usando os seus conhecimentos para melhorar o cuidado ao paciente. (HOLLAND et al., 1999).

A Associação Americana dos Farmacêuticos Hospitalares define Farmácia Clínica como: "Ciência da Saúde, cuja responsabilidade é assegurar, mediante a aplicação de conhecimentos e funções relacionados com o cuidado aos pacientes, que o uso de medicamentos seja seguro e apropriado e que necessita de uma educação especializada e/ou um treinamento estruturado". (OMS, 1994).

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A introdução da farmácia clínica modificou a atuação do farmacêutico dentro das unidades hospitalares. Ele passou a integrar a equipe multiprofissional de atenção à saúde, atuando como especialista em medicamentos, discutindo alternativas terapêuticas, interações medicamentosas e reações adversas, trazendo informações sobre formas farmacêuticas, apresentações comerciais, custos e contribuindo para a individualização da terapêutica. Além das atividades voltadas ao medicamento, como a seleção e a aquisição, o farmacêutico passou a desenvolver atividades centradas no paciente, surgindo o desenvolvimento de uma nova atividade, a atenção farmacêutica. (GARCÍA et al., 2002).

O objetivo fundamental dessa nova atividade é alcançar resultados que melhorem a qualidade de vida do paciente e promovam o uso racional de medicamentos, mediante a provisão responsável do tratamento farmacológico. Na atenção farmacêutica o farmacêutico se responsabiliza pela necessidade, segurança e efetividade da farmacoterapia do paciente, intervindo quando necessário.(HEPLER et al., 1990) .

A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) define intervenção farmacêutica como “um ato planejado, documentado e realizado junto ao usuário e profissionais de saúde, que visa resolver ou prevenir problemas que interferem ou que podem interferir na farmacoterapia, sendo parte integrante do processo de acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico”. (OPAS 2002). O termo é usado para denominar todas as ações em que o farmacêutico participa ativamente nas tomadas de decisões, na terapia dos pacientes e também na avaliação dos resultados. (ZUBIOLI, 2000).

As ações do farmacêutico, no modelo de atenção farmacêutica, na maioria das vezes, são atos clínicos individuais. Mas as sistematizações das intervenções farmacêuticas e a troca de informações dentro de um sistema de saúde composto por outros profissionais podem contribuir para um impacto no nível coletivo e na promoção do uso seguro e racional de medicamentos. (OPAS 2002).

Ao farmacêutico moderno são indispensáveis conhecimentos, atitudes e destrezas que permitam ao mesmo integrar-se à equipe de saúde e interagir mais com o paciente e a comunidade, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida no que se refere à otimização da farmacoterapia e o uso racional de medicamentos. (OPAS, 2003).

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O aspecto positivo das intervenções farmacêuticas foi demostrado por Martínez e colaboradores (2000), que avaliaram o impacto clínico e econômico da intervenção farmacêutica relativa a substituição da clindamicina intravenosa pela oral, em um grupo de 473 pacientes.

Carreño e colaboradores (2010) concluíram em estudo realizado na Espanha, cujo objetivo era avaliar os resultados da implementação de um programa de atenção farmacêutica para otimizar o tratamento farmacoterapêutico, que a participação do farmacêutico no cuidado multidisciplinar do paciente contribui para a provisão racional e segura da farmacoterapia.

As intervenções farmacêuticas realizadas no âmbito da nutrição parenteral foram analisadas por um grupo espanhol. Durante o período de estudo, 256 intervenções foram realizadas e foi demonstrado que a integração do farmacêutico na equipe assistencial é um método eficaz para prevenção e resolução de complicações associadas à nutrição parenteral. (SÁNCHEZ, 2010).

A prevalência de problemas relacionados a medicamentos em pacientes hospitalizados foi avaliada por Torner e colaboradores (2003), que concluíram através dos resultados clínicos obtidos que a atenção farmacêutica permite prevenir e resolver esses problemas.

A adequação das doses prescritas a pacientes com disfunção renal foi comparada antes e depois da realização de um programa de intervenção farmacêutica realizado por Arroyo e colaboradores (2009). Os resultados mostraram uma redução estatisticamente significativa na inadequação posológica após a intervenção farmacêutica.

Em Taiwan, Wang e colaboradores (2008) investigaram os efeitos das intervenções farmacêuticas em pacientes renais transplantados. Das cinquenta e cinco intervenções realizadas, 81,8% tiveram importância clínica e o grau de aceitação das intervenções chegou a 97,1%.

Os estudos de intervenção farmacêutica realizados no período de 1970 a 1999 e sua influência no uso de medicamentos em pacientes idosos foram analisados por Romano-Lieber e colaboradores (2002) que observaram que as intervenções, de modo geral, reduziam custos, melhoravam as prescrições e promoviam maior adesão do paciente ao tratamento. Ao final da revisão, concluíram que os estudos sobre o tema são limitados aos países de economia avançada e escassos no Brasil.

Um estudo realizado Ferracini e colaboradores (2011) em um hospital paulista de grande porte demonstrou que, com o aumento do número de farmacêuticos clínicos, o número e os tipos de intervenções farmacêuticas realizadas também aumentaram, representando um impacto positivo na segurança do paciente.

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No Ceará foi verificado que cerca de 1/5 dos pacientes internados nas unidades de transplante hepático e renal necessitaram de intervenção farmacêutica com relação às suas prescrições, tendo estas intervenções uma ampla aceitação por parte dos demais membros da equipe de saúde. (SOUZA et al, 2010).

Os estudos relatados acima mostram um impacto favorável da intervenção farmacêutica sobre a efetividade, a qualidade de vida e os custos assistenciais. Portanto, é importante a realização e a publicação de pesquisas bem delineadas analisando a relevância das intervenções farmacêuticas para os sistemas da saúde.

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2. JUSTIFICATIVA

O principal objetivo da Farmácia Hospitalar é contribuir no processo de cuidado à saúde, visando melhorar a qualidade da assistência prestada ao paciente, promovendo o uso racional de medicamentos e produtos para a saúde. No campo de atuação clínica, o foco da Farmácia Hospitalar e de serviços de saúde deve estar no paciente e no atendimento de suas necessidades. O medicamento e os produtos para a saúde devem ser compreendidos como instrumentos, estando o farmacêutico hospitalar envolvido em todas as fases da terapia medicamentosa. (SBRAFH, 2007).

Estudos internacionais, como os de Carreño e colaboradores (2010), Arroyo e colaboradores (2009) e Martínez e colaboradores (2000), demonstraram diminuições significativas da incidência de erros de medicação e de reações adversas, bem como redução dos custos e desperdício com medicamentos em instituições nas quais os farmacêuticos realizaram intervenções junto ao corpo clínico. De acordo com Romano-Lieber e colaboradores (2002), os estudos sobre intervenções farmacêuticas em países como o Brasil, são escassos.

Para que a Farmácia Hospitalar atinja o seu objetivo principal é importante o desenvolvimento de estudos que produzam informações que sirvam de subsídio para o aprimoramento das atividades farmacêuticas e para o uso racional de medicamentos. Dentre esses estudos estão os que envolvem a análise da prescrição médica, com o objetivo de otimizar a terapia medicamentosa através das intervenções farmacêuticas, contribuindo assim para a melhoria da qualidade da assistência prestada ao paciente.

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3 OBJETIVO

3.1 Objetivo Geral

Analisar as intervenções farmacêuticas realizadas no Hospital Federal de Bonsucesso.

3.2 Objetivos específicos

- Quantificar e classificar as intervenções segundo o tipo de incidência detectada;

- Identificar os grupos farmacológicos mais envolvidos nas intervenções realizadas;

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4 METODOLOGIA

4.1 Tipo de estudo

Trata-se de um estudo retrospectivo descritivo realizado no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), referente ao período de abril a julho de 2011.

4.2 Local de estudo

O Hospital Federal de Bonsucesso, fundado em 1948, é o maior hospital da rede pública do Estado do Rio de Janeiro em volume geral de atendimentos, sendo categorizado como hospital federal com porta hospitalar de emergência e reconhecido como Centro Regional Terciário. É considerado referência em Oftalmologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, atendimento à Gestante de Alto Risco e atendimento de alta complexidade como transplante de rins e fígado. Oferece ainda serviços de clínica médica, dermatologia, hematologia, nefrologia e oncologia, dentre outros, contando com Unidades de Tratamento Intensivo adulto, pediátrico e neonatal. O Hospital conta com mais de 42 mil m² de área construída distribuídos em seis prédios de quatro a sete pavimentos, com aproximadamente 480 leitos. (HFB, 2012).

O Serviço de Farmácia é composto pelos seguintes setores: Farmácia Central de Dispensação de Medicamentos, Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF), Farmácia de Manipulação, Secretaria da Farmácia, Chefia da Farmácia e Farmácia Satélite da Oncologia. Conta atualmente com 28 farmacêuticos e recebe uma média de 420 prescrições diariamente. O sistema de distribuição de medicamentos utilizado é misto, compreendendo o sistema individualizado na maioria das clínicas e o sistema coletivo em algumas clínicas.

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4.3 O estudo

Em 2011, o Serviço de Farmácia do HFB realizou um projeto de implementação da farmácia clínica na instituição, executado pelos farmacêuticos residentes sob supervisão da farmacêutica servidora com experiência anterior, visando a melhoria da assistência ao paciente, a segurança no processo medicamentoso e a integração do farmacêutico à equipe multidisciplinar.

Escolha do local específico da coleta

Critérios de inclusão: clínicas com número pequeno/médio de leitos e que ofereciam serviço especializado.

Critérios de exclusão: clínicas com tempo curto de internação e clínicas pediátricas.

Para realizar o estudo foram escolhidas apenas seis clínicas, devido ao número reduzido de farmacêuticos residentes disponíveis, sendo elas: Centro de Terapia Intensiva (CTI), Neurocirurgia (NEURO), Cardiologia (CARDIO), Unidade Coronariana (UC), Unidade de Transplante Hepático (UTH), e Urologia (URO), que juntas totalizavam 86 leitos. Das clínicas selecionadas todas operavam pelo sistema de distribuição individualizado, com exceção da URO que utilizava o sistema coletivo. As chefias das respectivas clínicas foram contatadas para autorizarem a realização do projeto.

Durante os quatro meses do estudo, as três farmacêuticas do segundo ano de Residência em Farmácia Hospitalar, permaneceram nas unidades selecionadas por 64 dias não consecutivos, em um período de aproximadamente 4 horas diárias, sendo as visitas realizadas uma vez na semana na NEURO e na URO, duas vezes na UC e na UTH e três vezes na CARDIO e no CTI. Cada residente ficou responsável por duas clínicas.

Nas unidades de internação, as farmacêuticas residentes puderam participar dos

rounds, reuniões onde ocorriam discussões entre os profissionais de saúde sobre as evoluções

clínicas dos pacientes, eram analisados os prontuários e as prescrições dos pacientes para conhecer seus dados relevantes e a sua evolução clínica, permitindo-se assim que fossem discutidos aspectos do tratamento com a equipe médica e de enfermagem, e que fossem realizadas intervenções quando necessárias.

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Para o registro quantitativo das intervenções farmacêuticas foi utilizado o formulário do Serviço de Farmácia do HFB, intitulado “Indicador de Intervenção e Solicitação Farmacêutica” (Anexo I), no qual constavam os seguintes tipos de intervenção:

Dose/ Posologia: intervenções realizadas quando a dose ou posologia apresentava-se incorreta (em relação ao Formulário Terapêutico Nacional), omitida ou duplicada ou se houvesse necessidade de ajuste de dose como em casos de uma insuficiência renal, insuficiência hepática, idosos ou obesos.

Substituto terapêutico: intervenções realizadas para o medicamento não padronizado na instituição ou em falta, propondo-se a troca por outro de ação semelhante.

Via de administração/ Forma Farmacêutica: intervenções propostas para a mudança na via de administração ou na forma farmacêutica, por ser mais adequada ao paciente ou por ser a forma farmacêutica disponível na instituição.

Orientações de Preparo / Administração: realizadas para adequação de diluentes dos medicamentosos ou seu volume. Também se incluem nesse tipo, as intervenções relativas ao aprazamento e à estabilidade dos medicamentos.

Suspensão do tratamento: aplicadas a casos de reação alérgica do paciente ao medicamento, tempo de tratamento elevado ou duplicidade terapêutica.

Abaixo de cada tipo de intervenção, existiam duas colunas. Na primeira, marcava-se o número de intervenções realizadas e na segunda, o número de adesões obtidas correspondente àquele tipo de intervenção. Para cada dia utilizava-se um formulário. O registro qualitativo da intervenção, incluindo o fármaco envolvido era feita no campo INTERVENÇÃO do mesmo formulário.

Critério de inclusão: foram avaliadas todas as intervenções realizadas nas unidades de internação selecionadas no período de realização do estudo.

Critério de exclusão: Não foram computadas como intervenção as respostas dadas às solicitações de informação sobre preparo e administração de medicamentos e as alterações

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realizadas no SISANTI (programa de cadastro e controle de tratamentos com antibióticos do hospital).

4.5 Comunicação das intervenções

A comunicação da intervenção foi realizada pessoalmente ao médico prescritor e, na sua ausência, aos médicos plantonistas da unidade. As intervenções do tipo Orientações de Preparo/Administração foram comunicadas também, verbalmente, à equipe de enfermagem de plantão.

4.6 Avaliação da adesão às intervenções

A adesão às intervenções foi verificada através da mudança na prescrição médica, de acordo com as sugestões do farmacêutico.

A adesão relativa às intervenções do tipo Orientação de Preparo/ Administração não foram avaliadas, visto que a equipe de enfermagem não era acompanhada durante o preparo e administração dos mesmos. As intervenções desse tipo eram realizadas antes dessas etapas.

4.7 Análise dos dados

Os dados coletados foram inseridos mensalmente em um banco de dados no software Epi Info, versão 3.5.2. Este banco de dados foi construído com base no formulário de Indicador de Intervenção e Solicitação Farmacêutica (Anexo 1) por uma das farmacêutica residentes envolvidas no projeto. As variáveis utilizadas na construção do banco foram: mês, clínica, tipo de intervenção, adesão e medicamento envolvido.

Os medicamentos envolvidos nas intervenções farmacêuticas foram agrupados de acordo com a classificação Anatomical Therapeutic Chemical (ATC) 1º nível. Essa é a classificação mais utilizada internacionalmente para classificar as substâncias com ação terapêutica. Os fármacos são classificados em diferentes grupos e sub-grupos, chamados de níveis, de acordo com o órgão ou sistema sobre o qual atuam e segundo as suas propriedades químicas, farmacológicas e terapêuticas. O grupo principal (1° nível) é representado por uma

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letra e corresponde ao grupo anatômico. O objetivo foi estabelecer a freqüência dos grupos anatômicos na ocorrência das intervenções e qual o principal tipo de intervenção em cada grupo. A leitura do campo INTERVENÇÃO do formulário, onde havia a descrição da intervenção, permitiu a determinação do motivo que levou à mesma.

4.8 Questões éticas

O trabalho foi desenvolvido respeitando as normas da Resolução 196/96. Os dados coletados não continham informações de pacientes e profissionais envolvidos nas intervenções e, portanto, a confidencialidade e a privacidade dos mesmos foram asseguradas. A realização do estudo foi feita mediante a autorização das chefias das clínicas selecionadas e do serviço de Farmácia do HFB.

O trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Federal de Bonsucesso (CEP-HFB) sob o número: 47/11. (ANEXO II)

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Tipos de intervenção

Durante os quatro meses do estudo, as farmacêuticas residentes permaneceram nas clínicas selecionadas por 64 dias. O total de intervenções realizadas no período de estudo foi de 238, o que corresponde a 3,72 intervenções por dia. Este resultado foi abaixo do encontrado por Campany e colaboradores (1998), que foi de 5,58 intervenções por dia, porém foi superior ao demonstrado por García e colaboradores (2002), de 2,47 intervenções por dia.

As intervenções farmacêuticas do tipo Substituto terapêutico foram as mais frequentes, correspondendo a 54,6% do valor total das intervenções realizadas, seguidas respectivamente pelas do tipo Orientação de preparo e administração (19,3%) e Dose/Posologia (11,3%).

A substituição da enoxaparina pela heparina subcutânea foi responsável por 68,46% das intervenções do tipo Substituto terapêutico. O constante desabastecimento desse medicamento no período foi a causa das intervenções do tipo Substituto Terapêutico serem as mais frequentes.

A Figura 1 mostra a frequência de cada tipo de intervenção farmacêutica (Dose/Posologia, Substituto terapêutico, Via de administração/Forma farmacêutica, Orientação de preparo e administração e Suspensão do tratamento) nos quatro meses estudados.

Nos meses de maio e junho ocorreu uma diminuição das intervenções do tipo Substituto Terapêutico, coincidindo com o período em que houve o abastecimento do estoque de enoxaparina. Em julho, houve novamente desabastecimento desse medicamento, com novo aumento nas intervenções desse tipo.

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Figura 1- Freqûencia dos tipos de intervenção nos quatro meses de estudo

A tabela 1 apresenta a distribuição das intervenções farmacêuticas pelas clínicas estudadas. A CARDIO foi a clínica que apresentou a maior porcentagem de intervenções (32,8%), seguida pela UTH (25,6%) e pela UC (12,6%).

Tabela 1- Distribuição das intervenções farmacêuticas pelas clínicas estudadas

Tipo de intervenção

Clínica Dose/ Orientação de Substituto Suspensão Via de adm./

Posologia preparo e adm. terapêutico do tratamento Forma farmacêutica TOTAL

CARDIO 11 10 55 2 0 78 (32,8%) CTI 1 15 3 0 7 26 (10,9%) NEURO 7 5 9 2 3 26 (10,9%) UC 1 3 22 3 1 30 (12,6%) URO 4 1 8 3 1 17 (7,2%) UTH 3 12 33 3 10 61 (25,6%) Total 27 46 130 13 22 238 (100%)

CARDIO – Cardiologia; CTI – Centro de Terapia Intensiva; NEURO – Neurocirurgia; UC- Unidade Coronariana; URO – Urologia; UTH – Unidade de Transplante Hepático

Em todas as clínicas estudadas, exceto o CTI, o tipo de intervenção farmacêutica mais frequente foi Substituto Terapêutico. No CTI, devido aos rounds serem diários, a interação com a equipe médica foi melhor e a heparina subcutânea passou a ser o fármaco de escolha

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para profilaxia da trombose venosa profunda, não havendo a necessidade de intervenção para a substituição da enoxaparina pela heparina.

O maior número de intervenções no CTI foi do tipo Orientação de Preparo e administração (57,69%). Este fato pode ser explicado pelo frequente uso de medicamentos de administração venosa, que requerem reconstituição e diluição prévia, como os antibióticos.

5.2 Motivos que levaram às intervenções

Os motivos que levaram às intervenções farmacêuticas foram agrupados na Tabela 2, de acordo com cada tipo de intervenção. Dentre as intervenções do tipo Dose/Posologia, as mais comuns foram aquelas em que a dose prescrita estava incorreta em relação a recomendada pelo Formulário Terapêutico Nacional (77,78%), o que está de acordo com García e colaboradores (2002), cujo resultado encontrado em seu estudo foi de 70,59% de dose prescrita incorreta.

Segundo Carreño e colaboradores (2011), o erro de dose foi responsável por 12,75% dos motivos que levaram a problemas relacionados a medicamentos. A prescrição da dose incorreta do medicamento pode tanto fazer com que o efeito esperado não seja alcançado, como também pode provocar o aparecimento de efeitos tóxicos.

As intervenções do tipo Substituto Terapêutico aconteceram principalmente devido à falta do medicamento prescrito na farmácia do hospital (83,08%). Nossos resultados discordam daqueles demonstrados por García e colaboradores (2002) e Campany e colaboradores (1998), nos quais o motivo principal que gerou esse tipo de intervenção foi a prescrição de fármacos não padronizados nas instituições.

O HFB, bem como outros hospitais públicos, sofre hoje com o constante desabastecimento de alguns medicamentos, seja por atraso nos processos de compra ou demanda sazonal. O desabastecimento de determinado medicamento pode levar ao cancelamento ou adiamento dos procedimentos, levando ao aumento dos riscos das enfermidades e também ao prolongamento do tempo de internação, com todas as suas consequências clínicas, sociais e econômicas. (PERINI e colaboradores, 2008).

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Tabela 2- Motivos que originaram as intervenções farmacêuticas

Tipo de intervenção farmacêutica Frequência % % acumulada Dose Dose duplicada 2 7,41 7,41 Dose omitida 4 14,81 22,22 Dose incorreta 21 77,78 100 Total 27 100 Substituto terapêutico

Medicamento não padronizado 22 16,92 16,92

Medicamento em falta 108 83,08 100

Total 130 100

Suspensão do tratamento

Hipersensibilidade 1 7,69 7,69

Duração inadequada 2 15,39 23,08

Condição clínica do paciente 5 38,46 61,54

Duplicidade terapêutica 5 38,46 100

Total 13 100

Via de Adm./Forma Farmacêutica (FF)

Via de adm inadequada 1 4,55 4,55

FF não padronizada 5 22,73 27,28

FF em falta 6 27,27 54,55

FF versus sonda nasoentérica 10 45,45 100

Total 22 100

Orientação de Preparo e Administração

Aprazamento 1 2,17 2,17 Modo de administração 2 4,35 6,52 Estabilidade 8 17,39 23,91 Diluição 35 76,09 100 Total 46 100 TOTAL 238 100

A enoxaparina foi o principal medicamento que esteve em falta no período do estudo, sendo substituída pela heparina, quando aceita pelo médico. Esse problema específico poderia ser resolvido se houvesse, no hospital, um protocolo para a profilaxia da Trombose Venosa Profunda, principal indicação da prescrição da enoxaparina na instituição. Uma vez que a heparina subcutânea também pode ser utilizada a um menor custo, a criação de um protocolo que estabelecesse em quais casos é possível fazer a profilaxia com heparina, preferencialmente à enoxaparina, ajudaria a manter os estoques de enoxaparina mais

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constantes. O projeto de Farmácia Clínica do Serviço de Farmácia prevê a elaboração desse protocolo junto com a equipe médica responsável do hospital.

A duplicidade terapêutica foi responsável por 38,46% dos motivos que levaram às intervenções do tipo Suspensão do tratamento. Os itens duplicados diferiam entre si em frequência ou dose, não justificando, porém, a sua prescrição duas vezes para um mesmo paciente. Este fato pode passar despercebido pela enfermagem, que irá administrar os dois medicamentos prescritos com a mesma finalidade, levando ao aparecimento de efeitos não desejáveis no paciente.

A troca da forma farmacêutica prescrita por outra mais indicada para a administração via sonda nasoentérica foi o principal motivo que levou às intervenções do tipo Via de administração/Forma farmacêutica (45,4%).

Alguns pacientes hospitalizados encontram-se impossibilitados de receber medicamentos por via oral, sendo a administração via sonda nasoentérica uma alternativa. Porém, muitos medicamentos não podem ser triturados ou ter o conteúdo extraído da cápsula por possuírem formulações farmacêuticas especiais e que quando passam pelo processo de trituração ou extração podem sofrer alteração em sua farmacocinética, sendo esta uma complicação para o procedimento. Além desta complicação, podem ocorrer outros problemas como interação fármaco-nutriente, obstrução de sonda, danos ao trato gastrintestinal e risco biológico por potencial carcinogênico. (LIMA et al., 2009).

As trocas da forma farmacêutica prescrita por outra em que houvesse a possibilidade de administração via sonda enteral, foram feitas sob o ponto de vista farmacológico e farmacocinético, visando uma melhor efetividade no tratamento.

As orientações sobre diluição dos medicamentos representaram 76,09% dos motivos que levaram às intervenções do tipo Orientação de preparo e administração. Silva (2009) demonstrou erros envolvendo medicamentos com diluição e/ou tempo de infusão inadequados. Este tipo de erro, se não detectado a tempo, pode levar a lesões no paciente e inclusive ineficácia terapêutica, dependendo da farmacocinética e farmacodinâmica do fármaco.

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A Tabela 3 apresenta os medicamentos envolvidos nas intervenções farmacêuticas realizadas, agrupados e classificados de acordo com a Anatomic Terapeutical Chemical Code (ATC), 1º nível. A utilização dessa classificação mostrou que o grupo responsável pelo maior número de intervenções foi o B (Sangue e Sistema Hematológico), com 40% de todas as intervenções. O grupo C (Sistema Cardiovascular) representou 20,6% e o grupo J (Antiinfecciosos de Uso Sistêmico) representou 15,5% das intervenções. Esses três grupos juntos corresponderam a 76,1% de todas as intervenções realizadas no estudo.

Tabela 3- Medicamentos envolvidos nas intervenções farmacêuticas

Classificação ATC 1º nível Quantidade Frequencia (%) Intervenção principal

B (Sangue e Sistema Hematológico) 95 40 Substituto terapêutico (95,8%)

C (Sistema Cardiovascular) 49 20,6 Substituto terapêutico (44,9%)

J (Antiinfecciosos de Uso Sistêmico) 37 15,5 Orientação de preparo e adm. (64,9%)

A (Trato Alimentar e Metabolismo) 27 11,3 Substituto terapêutico (40,7%)

H (Preparações Hormonais) 7 3 Dose/Posologia (57,14%)

V (Outros) 6 2,5 Orientação de preparo e adm. (100%)

L (Antineoplásicos e Imunomoduladores) 5 2,1 Dose/Posologia (75%)

M (Sistema Músculo-Esquelético) 5 2,1 Dose/Posologia (80%)

P (Produtos Antiparasitários, Inseticidas e Repelentes) 4 1,6 Via de adm./Forma farmacêutica (75%)

R (Sistema Respiratório) 3 1,3 Via de adm./Forma farmacêutica (66,7%)

TOTAL 238 100

-Dados de Carreño e colaboradores (2010) e Torner e colaboradores (2003) demonstram que os Antiinfecciosos de Uso Sistêmico são o principal grupo envolvido nas intervenções farmacêuticas realizadas. Campany e colaboradores (1998) mostraram que os medicamentos do Sistema Cardiovascular e os Antiinfecciosos de Uso Sistêmico representaram 50% de todas as intervenções realizadas em seu estudo.

O fato de a enoxaparina, principal representante do grupo B (Sangue e Sistema Hematológico), ser alvo de constante desabastecimento no hospital, não permitiu que encontrássemos resultados iguais aos estudos de Carreño e colaboradores (2010) e Torner e colaboradores (2003). É importante salientar que o desabastecimento levava à necessidade de se sugerir a substituição da enoxaparina por heparina.

A intervenção do tipo Substituto Terapêutico foi a principal intervenção realizada com os medicamentos dos grupos B (Sangue e Sistema Hematológico), C (Sistema Cardiovascular) e A (Trato Alimentar e Metabolismo), devido ao desabastecimento de enoxaparina, mononitrato de isossorbida, omeprazol e ranitidina serem frequentes no hospital.

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Nos grupos J (Antiinfecciosos de Uso Sistêmico) e V (Outros), a intervenção do tipo Orientação de preparo e administração foi a mais comum. Miasso e colaboradores (2006) identificaram que os profissionais de enfermagem encontram muitos problemas em relação ao preparo e administração de medicamentos enquanto Rodrigues e colaboradores (2010) relataram que o erro de preparo é o principal erro de medicação cometido com os antibióticos.

Durante o período de estudo foi possível observar que as dúvidas quanto ao preparo dos antibióticos para administração são constantes e que o Serviço de Farmácia vem tentando suprir essa carência através da realização de cursos sobre preparo e administração de antibióticos e com a divulgação de uma tabela com informações sobre volume de diluição, diluentes compatíveis, estabilidade, dentre outras informações. Porém, poucos profissionais se interessam pelos cursos e informações, de modo que essa carência permanece nas unidades do hospital.

5.4 Adesão às intervenções farmacêuticas

Das 238 intervenções realizadas, 192 (80,7%) foram dirigidas aos médicos e 46 (19,3%) à equipe de enfermagem. As intervenções realizadas junto à equipe de enfermagem foram as do tipo Orientação de preparo e administração e sua adesão não foi avaliada, visto que acompanhar as atividades da enfermagem não fazia parte do projeto.

A Figura 2 mostra a distribuição da adesão às intervenções farmacêuticas nos quatro meses do estudo. Ao longo dos quatro meses de estudo, 74,8% (n=178) das intervenções foram aceitas, 5,9% (n=14) foram rejeitadas e 19,3% (n=46) não foram avaliadas. Se considerarmos apenas as intervenções que foram avaliadas, o percentual de adesão corresponde a 92,71%. De acordo com Ferracini e colaboradores (2011) os estudos que avaliaram as intervenções farmacêuticas identificaram que a maioria das intervenções (de 92,8% a 99%) foram aceitas pela equipe médica, um resultado semelhante ao que foi obtido no estudo no HFB.

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Figura 2- Adesão às intervenções farmacêuticas nos quatro meses de estudo

A figura 3 mostra os percentuais de intervenções aceitas e rejeitadas ao longo dos quatro meses do estudo, considerando-se apenas as que foram avaliadas. Foi possível observar que ocorreu um aumento das intervenções aceitas e uma diminuição de aproximadamente 10% nas rejeições entre o primeiro e o último mês.

Figura 3- Percentual de intervenções avaliadas aceitas (Sim) e rejeitadas (Não)

Estudos de Grymonpre e colaboradores (1994) revelaram a importância das ações do farmacêutico sobre o prescritor, ao analisar prescrições de nutrição parenteral de pacientes e discutir sobre possíveis inadequações da prescrição.

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Esses estudos evidenciaram que a rejeição, pelo médico, ao apoio do farmacêutico diminuiu quando as ações foram conjuntas, quando ambos faziam parte do mesmo projeto ou da mesma equipe de saúde. Dessa forma, os médicos puderam perceber e avaliar a ação do farmacêutico não como uma ingerência invasiva em sua atividade profissional, mas como um auxílio necessário e pertinente, levando o médico de fato a requerer sua presença e sugestões. (GOMES et al., 2001)

Em nossa experiência, a confiança foi conquistada na medida em que foi sendo observado que as intervenções farmacêuticas estavam baseadas em critérios científicos e realmente promoviam uma melhora da assistência ao paciente e, consequentemente, o número de intervenções aceitas aumentou.

A partir de então, a figura do farmacêutico nas unidades de internação passou a ser vista como um elemento de ajuda e consulta, tornando-se um profissional de referência em relação ao tratamento farmacológico do paciente.

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CONCLUSÃO

Este trabalho teve o propósito de enfatizar a importância das intervenções farmacêuticas na melhoria da qualidade e segurança do tratamento farmacológico dos pacientes assistidos durante o período do estudo. As intervenções evitaram o não atendimento de um item da prescrição, através da substituição terapêutica. A substituição de medicamentos em falta no hospital gerou um consumo maior de outros itens que consequentemente também sofreram desabastecimento devido a esse aumento repentino da demanda.

Através desse fato, percebe-se a importância da articulação das atividades básicas da farmácia, como a seleção, a programação e a aquisição de medicamentos com a farmácia clínica. Para que a farmácia clínica possa existir e cumprir o seu papel de assegurar o uso seguro e apropriado de medicamentos, é preciso que os medicamentos adequados estejam disponíveis nas quantidades necessárias para atender aos pacientes.

A melhora das condições de preparo e administração dos medicamentos e da efetividade do tratamento (realizada através da prescrição de doses corretas e da escolha das formas farmacêuticas mais apropriadas), também foi possível através das intervenções farmacêuticas realizadas.

O trabalho possibilitou ainda o conhecimento dos grupos farmacológicos que carecem de atenção especial, por estarem constantemente envolvidos nas intervenções. O alto índice de aceitação das intervenções por parte da equipe médica demonstrou que a mesma recebeu bem o trabalho do farmacêutico e deu crédito ao conhecimento oferecido por ele. Apesar da adesão às intervenções realizadas junto à equipe de enfermagem não ter sido avaliada, durante o estudo percebeu-se que as orientações de preparo e administração de medicamentos foram bem recebidas.

A análise dos dados e o acompanhamento dos resultados desse trabalho servem como suporte para a efetiva implantação da Farmácia Clínica no Hospital Federal de Bonsucesso.

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Essa implantação encontra dificuldades devido a problemas estruturais, administrativos e de recursos humanos do Serviço de Farmácia, que fizeram com que as atividades da farmácia clínica fossem desenvolvidas apenas por farmacêuticos residentes, que devido a sua permanência temporária no serviço não puderam dar continuidade ao projeto.

Como desdobramentos desse trabalho, podem ser sugeridas:

- Comparação da frequência das intervenções versus a frequência das prescrições;

- Considerações acerca da racionalidade das intervenções e o seu impacto na assistência ao paciente;

- Adequação do formulário de coleta de dados para conter espaço específico para registrar o nome do medicamento envolvido na intervenção e o motivo da intervenção.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Referências

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