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2016.1 Rafael da Silva Macedo

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Academic year: 2021

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(1)

BACHARELADO EM ENGENHARIA DE COMPUTAC¸ ˜AO

RAFAEL DA SILVA MAC ˆEDO

SAE INFO: UMA FERRAMENTA COMPUTACIONAL PARA AUX´ILIO NA ASSIST ˆENCIA DE ENFERMAGEM

Feira de Santana 2016

(2)

SAE INFO: uma ferramenta computacional para aux´ılio na

assistˆencia de enfermagem

Trabalho de Conclus˜ao de Curso apresentado ao Curso de Engenharia de Computac¸˜ao da Uni-versidade Estadual de Feira de Santana, como requisito `a obtenc¸˜ao do grau de Bacharel em Engenharia de Computac¸˜ao.

Universidade Estadual de Feira de Santana

Orientador: Prof.

a

Dr.

a

Claudia Pinto Pereira

Coorientador: Prof.

a

Dr.

a

Silvone Santa B´arbara da Silva Santos

Feira de Santana

2016

(3)

SAE INFO: uma ferramenta computacional para aux´ılio na

assistˆencia de enfermagem

Trabalho de Conclus˜ao de Curso apresentado ao Curso de Engenharia de Computac¸˜ao da Uni-versidade Estadual de Feira de Santana, como requisito `a obtenc¸˜ao do grau de Bacharel em Engenharia de Computac¸˜ao.

Prof.aDr.aClaudia Pinto Pereira

Orientador

Prof.aDr.aSilvone Santa B´arbara da Silva

Santos Coorientadora

Prof.oDr. Victor Travassos Sarinho

Universidade Estadual de Feira de Santana

Prof.oEsp. Ricardo Sena Carvalho Universidade Estadual de Feira de Santana

Prof.oMSc. Luciano Marques dos Santos

Universidade Estadual de Feira de Santana

Prof.oMSc. Jamylle Santana da Fonseca

Universidade Estadual de Feira de Santana

Feira de Santana

2016

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Em primeiro lugar, agradec¸o a Deus por me dar forc¸a e sa´ude para encarar as atividades cotidianas sempre com esperanc¸a e otimismo, mesmo nos momentos de grandes dificuldades e cansac¸o f´ısico. A Ele, tamb´em agradec¸o por ter colocado pessoas t˜ao especiais na minha vida, principalmente nesses anos de UEFS, momentos que necessitei muito do carinho, companhei-rismo e compreens˜ao de cada um.

Agradec¸o `a toda a minha fam´ılia, principalmente aos meus pais e meu irm˜ao, por todo o incentivo, apoio e amor incondicional, e por permanecerem sempre ao meu lado. `As minhas av´o e bisav´o por todo carinho e conselhos. `As minhas tias, inclusive Suely que n˜ao pˆode permanecer entre n´os, por todos os momentos que estiveram ao meu lado, proporcionando sentimentos indescrit´ıveis.

`A minha orientadora, Claudia Pinto, pelo suporte, paciˆencia e dedic¸ao, n˜ao s´o na orientac¸˜ao deste trabalho, mas em muitos momentos da minha vida acadˆemica.

`A minha coorientadora, Silvone Santa B´arbara, e `as enfermeiras do grupo da SAE, por todas as contribuic¸˜oes dadas durante a realizac¸˜ao deste trabalho.

Agradec¸o a todos os meus amigos, especialmente a aqueles que estive mais pr´oximo nos ´ultimos anos, companheiros de curso que fizeram parte da minha formac¸˜ao e que v˜ao continuar pra sempre na minha vida. Obrigado por estarem ao meu lado nos momentos de luta e vit´oria.

Ao Hospital Cl´eriston Andrade por ter cedido o espac¸o. `A UEFS, Fapesb e CNPq pelas oportunidades.

(6)

Nos ´ultimos anos, avanc¸os tecnol´ogicos contribu´ıram para a evoluc¸˜ao de diversos processos realizados anteriormente de forma bastante rudimentar. Esta evoluc¸˜ao se deu, principalmente, pelo surgimento das tecnologias de informac¸˜ao e comunicac¸˜ao (TICs), que possibilitaram a informatizac¸˜ao de processos, proporcionando maior agilidade e sistematizac¸˜ao de tais. Dentre as in´umeras ´areas amparadas pelas TICs, a enfermagem n˜ao poderia ficar desassistida. Sendo assim, este trabalho apresenta uma ferramenta computacional que visa contribuir para o avanc¸o nos procedimentos realizados pelos profissionais de enfermagem, principalmente na assistˆencia a indiv´ıduos, descrevendo o desenvolvimento do software SAE-INFO que busca auxiliar profissi-onais de enfermagem na sistematizac¸˜ao da assistˆencia de enfermagem. O objetivo principal do SAE-INFO ´e automatizar o processo de identificac¸˜ao de diagn´osticos e intervenc¸˜oes de enferma-gem a partir de caracter´ısticas do estado de sa´ude de um indiv´ıduo cuidado. Neste trabalho, s˜ao apresentados os resultados das fases de modelagem e desenvolvimento do sistema, bem como a an´alise dos resultados de testes preliminares que visaram a validac¸˜ao da ferramenta constru´ıda.

Palavras-chaves: Sistematizac¸˜ao da Assistˆencia de Enfermagem, SAE, SAE-INFO, Engenharia de Software.

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In the last years, technological advances have contributed to the evolution of several processes previously performed in a very rudimentary form. This evolution was mainly by the appearance of information and communication technologies (ICTs), which allowed the computerization of processes, providing greater agility and systematization of such. Among the many areas supported by ICT, nursing could not stand unassisted. Thus, this work shows a computational tool that aims to contribute to the advancement in the procedures performed by nursing professionals, especially in assisting individuals, describing the development of the SAE-INFO software, which aims to help nursing professionals in the systematization of nursing care. The main objective of SAE-INFO is to automate the process of diagnosis nursing from health characteristics of a careful individual. In this work, the results of the phases of modeling and system development, as well as analyze of the results of preliminary tests aimed at the validation tool built are presented.

(8)

Figura 1 – Processo de enfermagem . . . 17

Figura 2 – Arquitetura Cliente-Servidor . . . 22

Figura 3 – Funcionamento de aplicac¸˜oes Django . . . 23

Figura 4 – Fluxo metodol´ogico . . . 27

Figura 5 – Diagrama de casos de uso para usu´ario comum . . . 35

Figura 6 – Diagrama de casos de uso para usu´ario administrador . . . 36

Figura 7 – Diagrama de atividades para usu´ario comum . . . 52

Figura 8 – Diagrama de atividades para usu´ario administrador . . . 53

Figura 9 – Diagrama conceitual de dados . . . 55

Figura 10 – Arquitetura do software . . . 58

Figura 11 – Tela de login . . . 59

Figura 12 – Tela de cadastro de paciente . . . 60

Figura 13 – Tela de listagem de pacientes . . . 61

Figura 14 – Tela de selec¸˜ao de caracter´ısticas definidoras . . . 61

Figura 15 – Tela de listagem de diagn´osticos e intervenc¸˜oes . . . 62

Figura 16 – Tela de exibic¸˜ao do plano de cuidados . . . 63

Figura 17 – Tela de cadastro de diagn´osticos . . . 63

Figura 18 – Avaliac¸˜ao da usabilidade . . . 65

Figura 19 – Avaliac¸˜ao das funcionalidades . . . 66

(9)

Tabela 1 – Requisitos funcionais do sistema de usu´ario comum . . . 31

Tabela 2 – Requisitos funcionais do sistema administrador . . . 32

Tabela 3 – Requisitos n˜ao funcionais . . . 33

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BVS Biblioteca Virtual em Sa´ude

CAPES Coordenac¸˜ao de Aperfeic¸oamento de Pessoal de N´ıvel Superior CEP Comitˆe de ´etica em pesquisa

COREN Conselho Regional de Enfermagem CSS Cascading Style Sheets

ER Engenharia de Requisitos

HGCA Hospital Geral Cl´eriston Andrade HTML HyperText Markup Language

NANDA North American Nursing Diagnosis Association NIC Nursing Intervention Classification

PE Processo de enfermagem

SAE Sistematizac¸˜ao da assistˆencia de enfermagem SCIELO Scientific Electronic Library Online

SGBD Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados TCC Trabalho de conclus˜ao de curso

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1 INTRODUC¸ ˜AO . . . . 12 1.1 Contextualizac¸˜ao e Justificativa . . . 12 1.2 Objetivos . . . 14 1.2.1 Objetivo geral . . . 14 1.2.2 Objetivos espec´ıficos. . . 14 1.3 Estrutura do documento . . . 14

2 FUNDAMENTAC¸ ˜AO TE ´ORICA . . . . 16

2.1 Processo de enfermagem e Sistematizac¸˜ao da assistˆencia de enfermagem 16 2.2 Dificuldades encontradas pelos profissionais de enfermagem na implementac¸˜ao da SAE . . . 18

2.3 Tecnologias computacionais na sistematizac¸˜ao da assistˆencia de enfer-magem . . . 19 2.4 Tecnologias relacionadas . . . 21 2.4.1 Arquitetura Cliente-Servidor . . . 22 2.4.2 Django Framework . . . 22 3 TRABALHOS CORRELATOS . . . . 25 4 METODOLOGIA . . . . 27 5 MODELAGEM DO SISTEMA . . . . 30 5.1 Requisitos do sistema . . . 30 5.1.1 Requisitos funcionais. . . 31

5.1.2 Requisitos n˜ao funcionais . . . 33

5.2 Diagramas de casos de uso . . . 35

5.2.1 Diagrama de casos de uso para usu´ario comum . . . 35

5.2.2 Diagrama de casos de uso para usu´ario administrador . . . 36

5.3 Descritivo dos casos de uso . . . 36

5.3.1 Casos de uso. . . 36

5.4 Diagrama de atividades . . . 52

5.5 Diagrama de dados . . . 54

5.6 Matriz de rastreabilidade . . . 56

6 IMPLEMENTAC¸ ˜AO DO SISTEMA . . . . 57

(12)

6.2.2 Tela de cadastro de paciente. . . 60

6.2.3 Tela de listagem de pacientes . . . 60

6.2.4 Tela de selec¸˜ao de caracter´ısticas definidoras . . . 61

6.2.5 Tela de listagem de diagn´osticos e intervenc¸˜oes . . . 62

6.2.6 Tela de exibic¸˜ao do plano de cuidados do paciente . . . 62

6.2.7 Tela de cadastro de novo diagn´ostico . . . 63

7 VALIDAC¸ ˜AO DO SAE-INFO . . . . 64

8 CONSIDERAC¸ ˜OES FINAIS . . . . 68

8.1 Trabalhos futuros . . . 69

REFER ˆENCIAS . . . . 70

AP ˆENDICES

74

AP ˆENDICE A – QUESTION ´ARIO . . . . 75

ANEXOS

76

ANEXO A – HIST ´ORICO DE ENFERMAGEM . . . . 77

ANEXO B – EXEMPLO DA ESTRUTURA DA NANDA . . . . 79

ANEXO C – EXEMPLO DA ESTRUTURA DA NIC . . . . 80

(13)

1 Introduc¸˜ao

1.1 Contextualizac¸˜ao e Justificativa

Nos ´ultimos anos, processos de diversas ´areas do conhecimento passaram por transforma-c¸˜oes em busca da inovac¸˜ao ou facilitac¸˜ao da sua consumac¸˜ao, sejam nas mudanc¸as das ferra-mentas utilizadas ou nas estrat´egias adotadas (PEREIRA; SILVA, 2010) e (FERREIRA, 1994). O avanc¸o tecnol´ogico e as Tecnologias da Informac¸˜ao e Comunicac¸˜ao (TICs) tˆem contribu´ıdo para a informatizac¸˜ao de procedimentos desenvolvidos anteriormente com recursos manuais, permitindo a realizac¸˜ao de tais procedimentos com maior organizac¸˜ao, facilidade e rapidez.

No ˆambito da sa´ude, o progresso tecnol´ogico n˜ao poderia ser diferente. Atualmente, encontram-se diversos trabalhos de pesquisa, voltados para o avanc¸o tecnol´ogico no exerc´ıcio do profissional de sa´ude, inclusive os de enfermagem, a fim de obter maior eficiˆencia e efic´acia no processo e, consequentemente, a melhoria da qualidade da sa´ude humana (RANTHUM; FRANCISCO, 2004), (CIRILO et al., 2012) e (SPERANDIO, 2002).

Na enfermagem, a Sistematizac¸˜ao da Assistˆencia de Enfermagem (SAE) visa a organiza-c¸˜ao do Processo de Enfermagem (PE). O PE ´e um instrumento que define etapas inter-relacionadas, com caracter´ısticas bem definidas, para a realizac¸˜ao da assistˆencia de enfermagem ao cliente (paciente). A Associac¸˜ao Norte-Americana de Diagn´osticos de Enfermagem (NANDA) afirma que o processo de enfermagem “descreve como os enfermeiros organizam o atendimento de indiv´ıduos, fam´ılias, grupos e comunidades” (NANDA INTERNACIONAL, 2013, p. 113). Nesse sentido, percebe-se que a SAE ´e um avanc¸o no trabalho do profissional de enfermagem, pois ´e um mecanismo que visa a melhoria e a organizac¸˜ao da assistˆencia de enfermagem ao paciente.

A partir de 2002, no Brasil, a implementac¸˜ao da SAE nas instituic¸˜oes de sa´ude se tornou obrigat´oria devido `a deliberac¸˜ao da Resoluc¸˜ao do Conselho Federal de Enfermagem no 272/2002 (ENFERMAGEM, 2002). Tal resoluc¸˜ao determinou que cabe ao enfermeiro a realizac¸˜ao das etapas da SAE, em instituic¸˜oes de sa´ude p´ublicas ou privadas, que s˜ao: coleta de dados ou hist´orico de enfermagem, diagn´ostico de enfermagem, planejamento de enfermagem, implementac¸˜ao e avaliac¸˜ao ou evoluc¸˜ao de enfermagem (NANDA INTERNACIONAL, 2013).

Apesar da SAE permitir uma evoluc¸˜ao no atendimento ao paciente, a operacionalizac¸˜ao do processo exige o preenchimento, a an´alise e o armazenamento de formul´arios individualizados dos pacientes internados, o que demanda atenc¸˜ao e tempo do profissional de enfermagem, al´em de espac¸os adequados para arquivamento dos dados dos pacientes, diagn´osticos e intervenc¸˜oes realizadas. Al´em disso, os profissionais encontram dificuldades no processo, principalmente em instituic¸˜oes p´ublicas de sa´ude, devido ao grande n´umero de indiv´ıduos internados, o que pode acarretar em diagn´osticos imperfeitos e, consequentemente, em intervenc¸˜oes inadequadas ao

(14)

paciente.

Normalmente, como descrito anteriormente, a pr´atica da SAE exige dos profissionais de enfermagem a utilizac¸˜ao de recursos manuais, tais como formul´arios impressos e materiais de apoio te´orico, demandando grande esforc¸o. Al´em disso, ´e necess´ario o controle e a avaliac¸˜ao do quadro de sa´ude dos pacientes internados. Diante desse contexto, para minimizar as dificuldades, surgem as tecnologias de informac¸˜ao e comunicac¸˜ao, que visam a evoluc¸˜ao na realizac¸˜ao de processos rotineiros de in´umeras ´areas da vida cotidiana, inclusive da enfermagem. As TICs se apresentam como recursos potenciais para a facilitac¸˜ao de procedimentos de responsabilidade do profissional de enfermagem, tais como a sistematizac¸˜ao da assistˆencia de enfermagem, possibilitando ao profissional melhores condic¸˜oes de trabalho e aperfeic¸oamento nos resultados do exerc´ıcio da sua profiss˜ao. Como afirmado por Moura (2015, p. 13),

Uma vez que a SAE seja informatizada, poder´a contribuir para aumentar o potencial e consequentemente para uma operacionalizac¸˜ao r´apida, precisa e completa, resultando na otimizac¸˜ao da disponibilidade para atividades assisten-ciais, assim como para coordenar os processos que envolvem essa prestac¸˜ao do cuidado.

Com isso, esse trabalho de conclus˜ao de curso (TCC) objetiva a construc¸˜ao de um software, a fim de intermediar e colaborar com a sistematizac¸˜ao de assistˆencia de enfermagem, informatizando as suas etapas e facilitando a inserc¸˜ao, a an´alise e a busca por dados de pacientes. O trabalho surgiu pela necessidade de dar continuidade a um trabalho de mestrado profissional em enfermagem, da Universidade Estadual de Feira de Santana (MOURA, 2015), que propˆos a construc¸˜ao de um software para a sistematizac¸˜ao da assistˆencia de enfermagem em uma unidade de cuidados semi-intensivos. Neste, a autora sugere a construc¸˜ao de um software para facilitar a execuc¸˜ao da SAE com base nos diagn´osticos mais frequentes na unidade de estabilizac¸˜ao do Hospital Geral Cl´eriston Andrade, mas, em se tratando do sistema, apenas idealizou algumas telas, n˜ao concretizando a sua construc¸˜ao.

Desta forma, esse TCC vem, exatamente, desenvolver o software proposto por Moura (2015), desde a sua concepc¸˜ao, levantamento e an´alise de requisitos, at´e a sua efetiva implementa-c¸˜ao, atendendo a uma demanda gerada inicialmente pelo projeto de extens˜ao intitulado “Implantac¸˜ao da Sistematizac¸˜ao de Enfermagem no Hospital Geral Cl´eriston Andrade” (SANTOS, 2012), coordenado pela coorientadora deste TCC, que atender´a a unidade de estabilizac¸˜ao do Hospital Geral Cl´eriston Andrade (HGCA), hospital escola desta instituic¸˜ao de ensino.

(15)

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo geral

Diante do contexto explanado anteriormente, este trabalho tem como objetivo principal a construc¸˜ao de um software voltado para a informatizac¸˜ao da sistematizac¸˜ao da assistˆencia de enfermagem, visando principalmente a simplificac¸˜ao do processo de enfermagem.

1.2.2 Objetivos espec´ıficos

• Identificar dificuldades do profissional de enfermagem na implementac¸˜ao da SAE; • Identificar softwares semelhantes j´a existentes, suas caracter´ısticas, funcionalidades e

deficiˆencias;

• Levantar os requisitos necess´arios para o desenvolvimento de um software para a SAE; • Modelar o software, a fim de atender as necessidades dos profissionais de enfermagem; • Testar e validar o software para a SAE, com um grupo de enfermeiras.

1.3 Estrutura do documento

Este documento est´a dividido em 7 cap´ıtulos, al´em da introduc¸˜ao, dentre eles: fundamenta-c¸˜ao te´orica, trabalhos correlatos, metodologia, modelagem do sistema, implementafundamenta-c¸˜ao do sistema, validac¸˜ao do sistema e considerac¸˜oes finais.

O cap´ıtulo 2, fundamentac¸˜ao te´orica, aborda a descric¸˜ao das principais tem´aticas en-volvidas e necess´arias para a realizac¸˜ao do projeto, tais como: Processo de enfermagem e Sistematizac¸˜ao da assistˆencia de enfermagem, Tecnologias computacionais na SAE, al´em dos aspectos tecnol´ogicos relacionados ao projeto.

O cap´ıtulo de trabalhos correlatos (3) apresenta alguns trabalhos relacionados principal-mente a SAE e software, evidenciando seus objetivos, possibilidades e limitac¸˜oes.

No cap´ıtulo 4 (metodologia), s˜ao descritas as etapas que comp˜oem o trabalho (i.e. revis˜ao bibliogr´afica, an´alise e desenvolvimento e testes e discuss˜ao de resultados), bem como o detalhamento das mesmas.

O cap´ıtulo 5 apresenta resultados da fase de modelagem do sistema, dente eles: a especificac¸˜ao dos requisitos e os diagramas de modelagem do sistema.

O cap´ıtulo 6 retrata a etapa do desenvolvimento do software, apresentando suas funcio-nalidades e descrevendo cada atividade realizada.

(16)

O cap´ıtulo 7 apresenta detalhes da fase de validac¸˜ao do software desenvolvido, incluindo a realizac¸˜ao de testes com a ferramenta SAE-INFO e os resultados das aplicac¸˜oes de question´arios. Por fim, o cap´ıtulo 8 aponta as considerac¸˜oes finais acerca deste trabalho, assim como as perpectivas para a evoluc¸˜ao do software desenvolvido.

(17)

2 Fundamentac¸˜ao Te´orica

Este cap´ıtulo descreve os aspectos te´oricos envolvidos neste trabalho e se divide em trˆes sec¸˜oes. A primeira sec¸˜ao apresenta as definic¸˜oes do processo de enfermagem e da sistematizac¸˜ao da assistˆencia de enfermagem, al´em do detalhamento de suas fases. A segunda explicita a importˆancia da utilizac¸˜ao de recursos computacionais no exerc´ıcio da profiss˜ao de enfermagem, bem como os aspectos relevantes na informatizac¸˜ao da sistematizac¸˜ao de enfermagem. Por fim, a terceira sec¸˜ao trata das tecnologias a serem utilizadas neste trabalho e dos recursos necess´arios para o desenvolvimento de um software web com este prop´osito.

2.1 Processo de enfermagem e Sistematizac¸˜ao da assistˆencia

de enfermagem

O processo de enfermagem ´e uma estrat´egia metodol´ogica espec´ıfica para o exerc´ıcio do profissional de enfermagem, que contribui para a organizac¸˜ao e regulamentac¸˜ao das ac¸˜oes relacionadas `a prestac¸˜ao de cuidados ao indiv´ıduo/fam´ılia, ou seja, visa `a sistematizac¸˜ao da assistˆencia de enfermagem. O processo de enfermagem ´e definido por Horta (1979, p. 35) como “a dinˆamica das ac¸˜oes sistematizadas e inter-relacionadas, visando a assistˆencia ao ser humano.

Caracteriza-se pelo inter-relacionamento e dinamismo de suas fases ou passos”. Estas fases ou passos do processo citados pela autora se dividem em cinco; s˜ao elas: (1) hist´orico de enfermagem, (2) diagn´ostico de enfermagem, (3) planejamento de enfermagem, (4) implementac¸˜ao e (5) avaliac¸˜ao ou evoluc¸˜ao de enfermagem.

As etapas da SAE s˜ao inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes, al´em de cada uma possuir caracter´ısticas bem definidas. O ideal ´e que tais etapas sejam desenvolvidas se-quencialmente e frequentemente enquanto o paciente estiver sob observac¸˜ao do profissional de enfermagem, obedecendo ao ciclo esquematizado na Figura 1. Para tanto, a pr´atica da SAE deve se iniciar pelo hist´orico de enfermagem (fase 1), que ´e realizado no momento em que o paciente se apresenta na unidade de sa´ude, e prosseguir com a execuc¸˜ao das etapas seguintes.

(18)

Figura 1: Processo de enfermagem

Fonte: Pr´oprio autor, 2016.

O hist´orico de enfermagem, a fase inicial, ´e respons´avel pela coleta de informac¸˜oes pessoais do paciente que possibilitem a avaliac¸˜ao do seu estado de sa´ude. Segundo Mendes (2009b, p.7), esta etapa, tamb´em conhecida como investigac¸˜ao ou coleta de dados, “consiste na reuni˜ao sistem´atica e deliberada de dados para determinar o estado atual e do passado do cliente com relac¸˜ao ao estado da sua sa´ude, estado funcional e para a avaliac¸˜ao do seu padr˜ao de enfrentamento de problemas [...]”. Sperandio e ´Evora (2005, p.939) definem o hist´orico de enfermagem com “um roteiro sistematizado para o levantamento de dados do ser humano que s˜ao significativos para o enfermeiro e que tornam poss´ıvel a identificac¸˜ao de seus problemas”. A realizac¸˜ao pr´evia desta fase ´e fundamental para a concretizac¸˜ao das demais etapas, pois ap´os o levantamento do hist´orico do paciente, s˜ao identificadas caracter´ısticas definidoras da condic¸˜ao de sa´ude do paciente, as quais s˜ao respons´aveis pela classificac¸˜ao dos poss´ıveis diagn´osticos de enfermagem (pr´oxima etapa) e, consequentemente, das intervec¸˜oes de enfermagem. Pode-se entender como caracter´ısticas definidoras aspectos que descrevem o estado de sa´ude do paciente. J´a os diagn´osticos de enfermagem s˜ao complicac¸˜oes de sa´ude constatadas a partir de um conjunto de caracter´ısticas definidoras, e as intervec¸˜oes de enfermagem s˜ao as ac¸˜oes que devem ser executadas a fim de minimizar ou eliminar os problemas gerados pelos diagn´osticos identificados (MENEZES, 2013 apud TANNURE; PINHEIRO, 2010).

A fase de diagn´ostico de enfermagem consiste no levantamento de poss´ıveis diagn´osticos relacionados `as caracter´ısticas definidoras do indiv´ıduo cuidado. Nesse sentido, pode considerar a fase de diagn´ostico como:

(19)

complexo, habilidades cognitivas, experiˆencia e conhecimento cient´ıfico, no qual o enfermeiro faz julgamentos e interpretac¸˜oes sobre os dados objetivos e subjetivos do paciente. (NEGREIROS et al., 2007, p.41).

Atrav´es desses julgamentos e interpretac¸˜oes, o enfermeiro deve fazer o levantamento das intervenc¸˜oes a serem realizadas no paciente. Desta forma, a etapa de diagn´osticos “constitui a base para a selec¸˜ao das intervenc¸˜oes de enfermagem para alcanc¸ar resultados pelos quais o enfermeiro ´e respons´avel” (NANDA INTERNACIONAL, 2013, p. 588). O levantamento das intervenc¸˜oes de enfermagem caracteriza a terceira etapa do processo de enfermagem (Planejamento de enfermagem), na qual ´e confeccionado o plano de cuidados do paciente. Moura (2015, p. 23) define as intervenc¸˜oes de enfermagem como “um conjunto de atividades a serem executadas nos tratamentos de enfermagem, e s˜ao planejadas em resposta a um diagn´ostico de enfermagem pr´e-estabelecido [...]”.

As etapas de diagn´osticos e planejamento de enfermagem s˜ao realizadas, pelos profis-sionais de enfermagem, utilizando taxonomias pr´e-definidas entre caracter´ısticas definidoras, diagn´osticos de enfermagem e intervenc¸˜oes ou prescric¸˜oes de enfermagem. Taxonomias co-mumente utilizadas s˜ao a estabelecida pela North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), que elenca uma s´erie de diagn´osticos de enfermagem com suas respectivas carac-ter´ısticas definidoras, e a Nursing Intervention Classification (NIC) que classifica intervenc¸˜oes de enfermagem relacionadas aos diagn´osticos descritos pela NANDA. A quarta fase, implementac¸˜ao, trata-se da realizac¸˜ao das intervenc¸˜oes de enfermagem estabelecidas na fase anterior. Nesta fase, o profissional de enfermagem deve executar as atividades descritas no plano de cuidados de cada paciente.

Por fim, na etapa final do processo, a fase de evoluc¸˜ao de enfermagem, o profissional deve avaliar a situac¸˜ao de sa´ude do paciente e descrever observac¸˜oes sobre o seu comportamento durante a assistˆencia. Al´em disso, o enfermeiro deve analisar as intervenc¸˜oes prescritas e implementadas ao indiv´ıduo cuidado. Segundo Sperandio e ´Evora (2005, p. 939), “a evoluc¸˜ao de enfermagem consiste no relato di´ario das mudanc¸as sucessivas que ocorrem no ser humano, enquanto estiver sob assistˆencia profissional. Pela evoluc¸˜ao, ´e poss´ıvel avaliar a resposta do ser humano `a assistˆencia de enfermagem implementada”. Isto pode acarretar em mudanc¸as no plano de cuidados, por´em “estas mudanc¸as visam melhorar a assistˆencia de enfermagem prestada ao cliente e conseq¨uentemente elevar o n´ıvel de atendimento em qualidade e quantidade” (HORTA, 1979, p. 68).

2.2 Dificuldades encontradas pelos profissionais de enfermagem

na implementac¸˜ao da SAE

Muitas s˜ao as dificuldades encontradas pelos profissionais na efetiva pr´atica da sistematiza-c¸˜ao da assistˆencia de enfermagem. Hermida et al. (2004) e Backes e Schwartz (2008) apresentam

(20)

em seus trabalhos as principais dificuldades e as consequˆencias destas na assistˆencia ao paciente. Dentre as dificuldades elencadas por Hermida et al. (2004), destacam-se a necessidade de apro-fundamento te´orico e falta de pr´atica (1), a descontinuidade da implementac¸˜ao da assistˆencia entre turnos (2), a n˜ao checagem dos cuidados na prescric¸˜ao (3) e a dificuldade de elaborar a prescric¸˜ao de enfermagem (4). Por outro lado, Backes e Schwartz (2008, p. 186) enfatizam que as principais dificuldades est˜ao relacionadas `a “sobrecarga de trabalho associada aos desvios da func¸˜ao e, ainda, ao n´umero insuficiente de profissionais para o desempenho da atividade.”.

As dificuldades listadas pelos autores tamb´em foram identificadas na execuc¸˜ao deste trabalho, atrav´es de relatos de profissionais que lidam com a pr´atica da sistematizac¸˜ao de enfermagem em hospitais da rede p´ublica de sa´ude que. Al´em das dificuldades elencadas, os profissionais da rede p´ublica de sa´ude vivenciam a sobrecarga de trabalho devido ao grande n´umero de pacientes atendidos nos postos de atendimento.

2.3 Tecnologias computacionais na sistematizac¸˜ao da assistˆencia

de enfermagem

Os avanc¸os tecnol´ogicos trazem consigo diversas vantagens `a sociedade, principalmente devido `a disseminac¸˜ao do uso do computador, ferramenta que, com o aux´ılio da rede mundial de computadores, a internet, permite a realizac¸˜ao de in´umeras atividades cotidianas de forma facilitada e eficiente. Com o surgimento do computador, a execuc¸˜ao de processos, anteriormente realizados pelo homem de forma manual e com lentid˜ao, foi amparada por esta potencial ferramenta que possibilita o progresso, no que diz respeito, principalmente, ao tempo necess´ario e a qualidade dos resultados obtidos. Segundo Sperandio e ´Evora (2005, p. 939), “os recursos computacionais s˜ao desenvolvidos para incrementar a produtividade e a qualidade nas atividades desenvolvidas por v´arios profissionais”.

Segundo Evora (1995, p. 3), “podemos observar que os avanc¸os tecnol´ogicos criaram mudanc¸as em v´arias ´areas da vida moderna, uma vez que todas as organizac¸˜oes utilizam alguma forma de tecnologia, para executar suas operac¸˜oes e realizar suas tarefas”. Percebe-se, pela afirmac¸˜ao da autora, que o computador e suas aplicac¸˜oes est˜ao inseridos em diversas ´areas de atuac¸˜ao, entre elas a sa´ude. Quando se voltam para a sa´ude, os recursos oferecidos pelos avanc¸os tecnol´ogicos englobam todo o ˆambito, desde o aux´ılio ao ensino e a pesquisa em sa´ude, at´e a informatizac¸˜ao de formul´arios de pacientes e realizac¸˜ao de exames.

H´a algum tempo, o processo de assistˆencia ao paciente em unidades hospitalares era realizado integralmente de forma manual. Uma grande contribuic¸˜ao do advento do computador e de tecnologias computacionais em geral foi a substituic¸˜ao de prontu´arios manuais por digitais, trazendo consigo diversas vantagens, entre elas: acesso mais veloz ao hist´orico do paciente, acesso simultˆaneo por diversos profissionais de sa´ude, disponibilidade remota, entre outras

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(PATR´ICIO et al., 2011). Al´em desta, outras contribuic¸˜oes significativas do avanc¸o tecnol´ogico est˜ao localizadas nos equipamentos para realizac¸˜ao de exames m´edicos, os quais permitem a consumac¸˜ao mais efetiva, confi´avel e veloz na an´alise dos resultados.

Com todo o progresso possibilitado pelos avanc¸os tecnol´ogicos, o processo de enfer-magem n˜ao pode se manter distanciado e ainda utilizando recursos manuais que demandam de grande tempo para manipulac¸˜ao e espac¸o para arquivamento. Como afirmado por Marin (1995, p. IX),

A enfermagem n˜ao pode ficar `a margem de todo este processo de desenvolvi-mento tecnol´ogico. Precisa conhecer suas potencialidades e possibilidades de uso, para poder discernir a capacidade que oferecem e melhor saber aplic´a-los em sua ´area de atuac¸˜ao.

Evora (2007, p. 14) reforc¸a que “´e importante que o enfermeiro compreenda como a tecnologia da informac¸˜ao pode modificar o seu trabalho di´ario, e como usufruir de seus benef´ıcios para criar novas oportunidades e ocupar seu espac¸o frente aos processos de mudanc¸a”. Portanto, o profissional de enfermagem deve adaptar-se a era tecnol´ogica e adotar a utilizac¸˜ao de instru-mentos que facilitem o seu trabalho, al´em de proporcionar ao indiv´ıduo uma assistˆencia mais r´apida e efetiva, principalmente no que diz respeito `a realizac¸˜ao de procedimentos adequados.

Quando se volta para a enfermagem, o uso de tecnologias da informac¸˜ao e comunicac¸˜ao pode apoiar os profissionais na execuc¸˜ao de suas atribuic¸˜oes de uma forma mais objetiva, de modo que alcance uma organizac¸˜ao na assistˆencia aos pacientes e, consequentemente, seja poss´ıvel obter um controle de qualidade adequado. O exerc´ıcio da enfermagem requer que o profissional receba, processe, interprete, transmita, implemente e documente informac¸˜oes originadas de diversas fontes, tais como pacientes e m´edicos, podendo acarretar na acumulac¸˜ao de tarefas e em preju´ızos na qualidade do seu trabalho. Portanto, o computador auxilia o enfermeiro a organizar e administrar esta sobrecarga de informac¸˜oes (EVORA, 1995).

A aplicac¸˜ao de recursos tecnol´ogicos na enfermagem se tornou instrumento de pesquisa e, com isso, surgiu o termo Inform´atica em Enfermagem que ´e definido por Graves e Corcoran (1989 apud MARIN, 1995, p. 7) como:

[...] a ´area que combina ciˆencia da computac¸˜ao, ciˆencia da informac¸˜ao e ciˆencia da enfermagem para assistir na administrac¸˜ao e processamento de dados, de informac¸˜ao e de conhecimento para suporte da pr´atica de enfermagem na prestac¸˜ao da assistˆencia.

O termo inform´atica em enfermagem engloba recursos computacionais, entre eles as tecnologias de informac¸˜ao e comunicac¸˜ao, que sejam empregados no ensino, pesquisa ou exerc´ıcio profissional de enfermagem.

Na assistˆencia de enfermagem ao indiv´ıduo/fam´ılia, al´em de outros benef´ıcios, os objetos provenientes da tecnologia da informac¸˜ao podem contribuir `a sistematizac¸˜ao da assistˆencia

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de enfermagem. Visto que geralmente este procedimento ´e executado de forma manual, as aplicac¸˜oes computacionais s˜ao uma possibilidade para auxiliar na administrac¸˜ao do processo em sua totalidade, principalmente na substituic¸˜ao de formul´arios manuais por digitais e na identificac¸˜ao de diagn´osticos e intervenc¸˜oes. Para Rossetti e Morales (2007, p. 125),

[...] ´e cada vez mais intensa a percepc¸˜ao de que a tecnologia de informac¸˜ao e comunicac¸˜ao n˜ao pode ser dissociada de qualquer atividade, como importante instrumento de apoio `a incorporac¸˜ao do conhecimento como principal agregador de valor aos produtos, processos e servic¸os entregues pelas organizac¸˜oes aos seus clientes.

Portanto, a informatizac¸˜ao da SAE ´e um procedimento que busca a evoluc¸˜ao na implemen-tac¸˜ao do processo de enfermagem em unidades hospitalares. Desta forma, a informatizac¸˜ao do processo, bem como a execuc¸˜ao de suas fases e os respectivos procedimentos, como detalhados na sec¸˜ao 2.1, tornam-se capazes de oferecer `a pessoa assistida intervenc¸˜oes pertinentes, al´em de minimizar as dificuldades vivenciadas pelos enfermeiros, principalmente relacionadas `a sobrecarga de trabalho.

2.4 Tecnologias relacionadas

Como detalhado na sec¸˜ao 2.2, a utilizac¸˜ao de ferramentas computacionais oriundas do avanc¸o tecnol´ogico s˜ao potenciais alternativas para a evoluc¸˜ao em diversas ´areas, principalmente para a facilitac¸˜ao na execuc¸˜ao de procedimentos anteriormente realizados de forma manual. As contribuic¸˜oes possibilitadas por tais s˜ao, na maioria das vezes, alcanc¸adas atrav´es do de-senvolvimento de software. Para Pressman (2006, p. 2), software pode ser definido como um transformador de informac¸˜ao, visto que:

[...] ele transforma dados pessoais [...] de modo que os dados possam ser mais ´uteis em um determinado contexto; organiza informac¸˜oes comerciais para melhorar a competitividade; fornece um portal para as redes de informac¸˜ao no ˆambito mundial (por exemplo, a internet) e proporciona os meios para obter informac¸˜ao em todas as suas formas.

Atualmente, o desenvolvimento de software ´e amparado pela engenharia de software que ´e definida por Sommerville (2003, p. 5) como “uma disciplina que se ocupa de todos os aspectos da produc¸˜ao de software, desde os est´agios iniciais de especificac¸˜ao do sistema at´e a manutenc¸˜ao desse sistema”. Segundo Falbo (2005, p. 1), a engenharia de software “trata de aspectos relacionados ao estabelecimento de processos, m´etodos, t´ecnicas, ferramentas e ambi-entes de suporte ao desenvolvimento de software”. Assim sendo, esta sec¸˜ao objetiva descrever as principais t´ecnicas e ferramentas utilizadas neste trabalho, especialmente `as relacionadas ao desenvolvimento do software, entre elas: a arquitetura cliente-servidor e o framework utilizado no projeto, o Django.

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2.4.1 Arquitetura Cliente-Servidor

Atualmente, ´e muito comum a construc¸˜ao de aplicac¸˜oes de computadores para a plata-forma web, principalmente pela facilidade de utilizac¸˜ao e por n˜ao exigir uma dependˆencia direta com as configurac¸˜oes dos sistemas de software e hardware das m´aquinas dos usu´arios finais. A maioria destes softwares web ´e implementada utilizando a arquitetura cliente-servidor, na qual a aplicac¸˜ao ´e armazenada, juntamente com a base de dados, em um computador central chamado de servidor, que disponibiliza o acesso `as aplicac¸˜oes hospedadas e seus respectivos dados aos computadores clientes. Braganc¸a (1998, p. 3) define a arquitetura cliente-servidor como “uma relac¸˜ao entre processos que est˜ao a correr em m´aquinas diferentes. O processo servidor ´e o fornecedor dos servic¸os. O cliente ´e o consumidor de servic¸os”. Esta definic¸˜ao ´e ilustrada na Figura 2.

Figura 2: Arquitetura Cliente-Servidor

Fonte: Pr´oprio autor, 2016.

Na ilustrac¸˜ao da Figura 2, o computador central representa o servidor e os demais repre-sentam os clientes. As setas bidirecionais demonstram que, nesta arquitetura, as comunicac¸˜oes s˜ao realizadas apenas entre uma m´aquina cliente e o servidor. Fileto (2006, p. 2) conceitua os servidores como aqueles que “oferecem servic¸os a processos usu´arios, ou seja, executam a tarefa solicitada e enviam uma resposta ao cliente que se traduz nos dados solicitados”, e os clientes como os que “solicitam um determinado servic¸o, atrav´es do envio de uma mensagem ao servidor. Enquanto o processo servidor est´a trabalhando a solicitac¸˜ao, o cliente est´a livre para realizar outras tarefas”. Desta forma, esta arquitetura se apresenta como uma excelente alternativa de arquitetura a ser utilizada em sistemas modernos de computadores, principalmente pela possibilidade do servidor atender `as requisic¸˜oes de diversos clientes ao mesmo tempo.

2.4.2 Django Framework

Um dos princ´ıpios estabelecidos pela engenharia de software ´e a reutilizac¸˜ao de c´odigos-fonte. Com o intuito de preservar este princ´ıpio e consequentemente proporcionar uma evoluc¸˜ao

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no processo de desenvolvimento de software, surgem os frameworks. Alvim (2010, p.12) afirma que “um framework ´e um conjunto de classes que colaboram entre si de modo a prover um reuso abrangente de grandes blocos de comportamento”. Na mesma vertente, Santos e Carvalho (2015, p. 3) sustentam que “os frameworks ajudam bastante as comunidades de desenvolvimento de software porque j´a trazem, prontas e encapsuladas, muitas coisas que s˜ao muito trabalhosas de implementar do zero e que precisa ser refeita”. Com isso, o mercado atual de desenvolvimento de software disp˜oe de in´umeros frameworks com caracter´ısticas pr´oprias, entre eles o framework web Django (PROJETO-DJANGO, 2016).

O projeto Django foi criado em 2003 e ´e desenvolvido por uma fundac¸˜ao sem fins lucrativos, a Software Foundation Django. O framework ´e baseado na linguagem de programac¸˜ao Python e em padr˜oes de programac¸˜ao orientada a objetos (COMUNIDADE BRASILEIRA DE DJANGO, 2016). Este framework ´e totalmente gratuito e c´odigo aberto e visa, principalmente, o desenvolvimento r´apido de aplicac¸˜oes web com alto desempenho e design simples (PROJETO-DJANGO, 2016).

Aplicac¸˜oes desenvolvidas utilizando o Django atendem a estrutura b´asica de sistemas web, principalmente no que diz respeito `a necessidade de um navegador/browser para acesso ao site, bem como a utilizac¸˜ao de linguagens como o HTML (HyperText Markup Language) e, se necess´ario, do CSS (Cascading Style Sheets) para customizac¸˜ao das interfaces. Por´em, o Django faz uso da linguagem de programac¸˜ao Python como parte fundamental de suas aplicac¸˜oes. O funcionamento de sistemas desenvolvidos com Django ´e expl´ıcito na Figura 3, que apresenta o fluxo de acesso aos sistemas Django e seus correspondentes dados.

Figura 3: Funcionamento de aplicac¸˜oes Django

Fonte: (BRAND ˜AO, 2009, p. 14)

A Figura 3 ilustra o funcionamento das aplicac¸˜oes web desenvolvidas com o framework Django. Nesta, ´e poss´ıvel visualizar que o site ´e acessado a partir de um navegador de internet. O site ´e feito com Django utilizando a linguagem de programac¸˜ao Python. Atrav´es do Django, a aplicac¸˜ao faz acesso ao banco de dados e a arquivos locais para retornar ao navegador as funcionalidades e informac¸˜oes da aplicac¸˜ao acessada (BRAND ˜AO, 2009)

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O Django, al´em de possuir in´umeras caracter´ısticas particulares, ´e baseado na linguagem de programac¸˜ao Python, que est´a entre as linguagens mais requisitadas pelo mercado atual de desenvolvimento de software. O Python ´e uma linguagem que pode ser utilizada para resoluc¸˜ao de diversos tipos de problemas, provavelmente pela sua compatibilidade com as plataformas web e mobile, al´em de “provˆe acesso a uma ampla variedade de frameworks e bibliotecas que agilizam muito o desenvolvimento” (COMUNIDADE PYTHON BRASIL, 2016).

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3 Trabalhos correlatos

Este cap´ıtulo apresenta aspectos sobre o estado da arte cient´ıfica relacionado `as tem´aticas envolvidas neste trabalho, principalmente sobre a utilizac¸˜ao de softwares na sistematizac¸˜ao da assistˆencia de enfermagem. Para o desenvolvimento deste cap´ıtulo, foram realizadas buscas em bases de dados muito importantes, dentre elas: o Portal de Peri´odicos da CAPES, a Bibli-oteca Virtual em Sa´ude Brasil (BVS) e a SCIELO (Scientific Electronic Library Online). As pesquisas foram realizadas no mˆes de Julho de 2016 utilizando descritores de busca que contˆem termos chaves deste trabalho, tais como: SAE e tecnologia da informac¸˜ao, SAE e software, Sistema computacional para SAE, dentre outros. Moura (2015), autora que propˆos o software implementado nesse TCC, realizou este mesmo procedimento, por´em utilizando outras bases de dados e descritores de busca diferentes. A ideia principal da autora foi apresentar a conjuntura da ´epoca referente a trabalhos correlatos, por´em enfatizando na enfermagem, visto que estava desenvolvendo um trabalho de mestrado profissional nesta ´area. J´a o trabalho atual objetiva apresentar a situac¸˜ao no ˆambito da computac¸˜ao aplicada `a enfermagem, mais especificamente sobre softwares aplicados na SAE.

Como resultado das pesquisas realizadas, obteve-se uma quantidade razo´avel de trabalhos. Por exemplo, na busca realizada utilizando o termo ’SAE e software’, nas bases da BVS e CAPES, obteve-se, respectivamente, 12 e 784 trabalhos. Por´em, embora as bases de dados sejam totalmente confiantes e permitam a busca de forma avanc¸ada, foi necess´aria a realizac¸˜ao de uma an´alise manual, mais detalhada, para averiguac¸˜ao da real correlac¸˜ao entre os resultados obtidos e as palavras-chaves utilizadas. Esta t´ecnica foi escolhida devido `a obtenc¸˜ao de trabalhos que n˜ao possu´ıam nenhuma relac¸˜ao com as tem´aticas, ou possu´ıam relac¸˜ao apenas com um dos termos do descritor utilizado. Ao final do processo de busca por trabalhos correlatos, percebe-se que grande parte dos materiais encontrados s˜ao frutos de trabalhos desenvolvidos por pessoas especializadas em enfermagem que, em muitos casos, prop˜oe a construc¸˜ao de um software para a SAE ou avaliam a sua aplicabilidade na rotina dos profissionais de enfermagem, mas n˜ao o implementam de fato.

Durante a pesquisa bibliogr´afica na base de dados dos peri´odicos da CAPES, utilizando o descritor ”SAE e tecnologia da informac¸˜ao”, obteve-se um total de 25 (vinte e cinco) trabalhos retornados, por´em, ap´os a an´alise manual, observou-se que apenas 1 (um) destes trabalhos possu´ıa total relac¸˜ao com o termo de busca utilizado. Este trabalho intitulado por ”Avaliac¸˜ao da contribuic¸˜ao do sistema informatizado em enfermagem para o enfermeiro e sua aplicabilidade no ponto de cuidado do paciente”(PALOMO, 2009) ´e fruto de um trabalho de doutorado desenvolvido na faculdade de medicina da Universidade de S˜ao Paulo (USP). Este ´e um dos trabalhos que possui maior correlac¸˜ao com esse TCC, visto que tamb´em trata de um sistema

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computacional para aplicac¸˜ao na SAE com especializac¸˜ao em cardiologia, que foi implementado pela equipe do setor de inform´atica do Instituto do Corac¸˜ao do Hospital das Cl´ınicas da USP. Por´em, o objetivo principal desse trabalho foi avaliar a utilizac¸˜ao desse m´odulo incorporado ao sistema j´a existente no Instituto de Cardiologia.

Outro trabalho encontrado que ´e importante citar ´e nomeado de ”Sistematizac¸˜ao da assistˆencia de enfermagem: proposta de um software - prot´otipo”(SPERANDIO, 2002). Este tamb´em ´e produto de um doutorado desenvolvido na USP que tamb´em visou a proposta de um software para aplicac¸˜ao na SAE. O software detalhado neste trabalho realiza a identificac¸˜ao de intervenc¸˜oes de enfermagem para determinado sintoma do indiv´ıduo cuidado (semelhante a este TCC), por´em n˜ao foi poss´ıvel constatar se faz a utilizac¸˜ao das taxonomias como a NANDA e a NIC para indicac¸˜ao dos poss´ıveis diagn´osticos e intervenc¸˜oes de enfermagem.

O trabalho “Uso de sistema especialista no aux´ılio ao diagn´ostico por meio de escalas de apoio `a enfermagem” visou a utilizac¸˜ao de uma ferramenta computacional para auxiliar os profissionais de enfermagem na implementac¸˜ao da SAE. O software citado neste trabalho faz a utilizac¸˜ao de escalas, Glasgow e Braden, que avaliam respectivamente “a capacidade de o paciente abrir os olhos, comunicar-se verbalmente e obedecer a comandos verbais essenciais para a mensurac¸˜ao do n´ıvel de consciˆencia do paciente”e “o risco do paciente vir a adquirir feridas denominadas ´ulcera de press˜ao durante seu per´ıodo de tratamento”(FARIAS; SASSI; SOARES, 2014). Por´em, mesmo se tratando de um software a ser utilizado na SAE, n˜ao ´e explanada a relac¸˜ao do software no processo de identificac¸˜ao de diagn´osticos e prescric¸˜oes de enfermagem. Como explanado anteriormente, ´e poss´ıvel observar que h´a diversos trabalhos nesta ´area, por´em, com a busca bibliogr´afica executada, n˜ao foi poss´ıvel identificar uma proposta de software com foco na identificac¸˜ao, atrav´es da utilizac¸˜ao de taxonomias, de diagn´osticos e intervenc¸˜oes de enfermagem a partir das caracter´ısticas do estado de sa´ude do paciente. Portanto, o desenvolvimento deste trabalho de conclus˜ao de curso ´e importante, pois, al´em da construc¸˜ao do software a ser utilizado na pr´atica da SAE focado na automatizac¸˜ao da identificac¸˜ao de diagn´osticos e intervenc¸˜oes, objetiva a sua aplicac¸˜ao em um hospital de grande porte situado em Feira de Santana - Bahia (HGCA).

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4 Metodologia

Devido ao objetivo geral do trabalho ser o desenvolvimento de um software voltado para o aux´ılio de profissionais de enfermagem no exerc´ıcio da sua profiss˜ao, o projeto em quest˜ao ´e de car´ater explorat´orio descritivo, permitindo que o respons´avel pela construc¸˜ao do software se familiarize com as tem´aticas envolvidas no projeto (Computac¸˜ao e Enfermagem) e assuntos correlacionados, al´em do levantamento de opini˜oes de profissionais e estudantes de enfermagem. Segundo Gil (2002, p. 41), pesquisas explorat´orias “tˆem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torn´a-lo mais expl´ıcito ou a constituir hip´oteses”. Gil (2002, p. 42) tamb´em afirma que pesquisas descritivas ”tˆem como objetivo primordial a descric¸˜ao das caracter´ısticas de determinada populac¸˜ao ou fenˆomeno ou, ent˜ao, o estabelecimento de relac¸˜oes entre vari´aveis”.

O processo de desenvolvimento deste trabalho se divide basicamente em quatro etapas: (1) pesquisa e revis˜ao bibliogr´afica, (2) levantamento e an´alise de requisitos, (3) desenvolvimento/ implementac¸˜ao e (4) testes e discuss˜ao dos resultados. Tais etapas n˜ao foram, necessariamente, realizadas nesta ordem, ou seja, em alguns momentos, as etapas foram repetidas durante a construc¸˜ao do trabalho, justificando a escolha pelo desenvolvimento incremental/iterativo. No modelo de desenvolvimento incremental, as funcionalidades do sistema s˜ao identificadas e classificadas levando em considerac¸˜ao a sua relevˆancia ao projeto e, posteriormente, ´e definida uma s´erie de est´agios de entregas parciais das funcionalidades do sistema, obedecendo ao n´ıvel de prioridade de cada uma (SOMMERVILLE, 2003).

Figura 4: Fluxo metodol´ogico

Fonte: Pr´oprio autor, 2016.

Com a an´alise da Figura 4, ´e percept´ıvel que o fluxo metodol´ogico do trabalho possui uma sequˆencia que abrange as quatro etapas do processo de desenvolvimento.

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Na fase 1, foram realizados levantamentos bibliogr´aficos das tem´aticas envolvidas no projeto para, desta forma, obter o nivelamento com as ´areas de conhecimento de interesse, tais como, processo de enfermagem, sistematizac¸˜ao da assistˆencia de enfermagem e engenharia de software. Al´em disso, nesta fase, foram identificados trabalhos semelhantes j´a realizados, juntamente com seus aspectos positivos e negativos, a fim de se obter, ao final, um produto diferenciado, eficaz na sistematizac¸˜ao da assistˆencia de enfermagem e que atenda as necessidades do cliente, neste caso, o corpo de enfermagem participante do projeto de extens˜ao supracitado (SANTOS, 2012).

Na fase 2, foi realizado o levantamento e definic¸˜ao das tecnologias utilizadas no projeto, al´em da modelagem e desenvolvimento do sistema; na etapa de modelagem, foram feitos o levantamento de requisitos e a construc¸˜ao de diagramas de modelagem de software. Para tanto, foi necess´aria a coleta de dados, atrav´es de documentos j´a utilizados ou previstos, entre eles a dissertac¸˜ao de Moura (2015) e o Anexo A; al´em de entrevistas e reuni˜oes com as enfermeiras envolvidas no projeto de extens˜ao, para a realizac¸˜ao do levantamento e an´alise dos requisitos requeridos. Durante o processo de an´alise e modelagem, aconteceram reuni˜oes com o cliente para validac¸˜ao dos requisitos e modelos apresentados. Na reuni˜ao priorizada `a apresentac¸˜ao dos requisitos, duas enfermeiras estiveram presentes e puderam expˆor suas opini˜oes, as quais contribu´ıram amplamente para o desfecho da listagem dos requisitos funcionais. Al´em destas reuni˜oes, foi realizada uma visita ao Hospital Estadual da Crianc¸a em Feira de Santana para entendimento do funcionamento do sistema utilizado na unidade. Nesta visita, foi poss´ıvel perceber a diversidade entre o SAE-INFO e o sistema utilizado no hospital que apenas digitaliza formul´arios para a implementac¸˜ao da SAE, n˜ao havendo nenhuma automatizac¸˜ao do processo.

Na etapa de desenvolvimento (fase 3), al´em da preparac¸˜ao do ambiente de desenvolvi-mento, foi implementado o software, propriamente dito. Na fase posterior `a implementac¸˜ao, fase 4, foram realizados testes com a ferramenta desenvolvida, com pessoas da ´area de enfermagem, com o intuito de alcanc¸ar um retorno avaliativo do trabalho realizado. Ainda nesta etapa, foi constru´ıdo e aplicado um question´ario como forma de organizac¸˜ao das opini˜oes obtidas na aplicac¸˜ao dos testes.

Na elaborac¸˜ao do question´ario, foram utilizados trˆes aspectos de avaliac¸˜ao: (1) usa-bilidade, (2) funcionalidades e (3) confiabilidade. Esses crit´erios foram selecionados devido `a possibilidade de avaliac¸˜ao profunda do software, desde a facilidade de sua utilizac¸˜ao at´e a seguranc¸a de utilizar as funcionalidades da forma correta, passando pela qualidade de suas funcionalidades. O crit´erio de usabilidade permite a avaliac¸˜ao da interac¸˜ao da interface diante dos seus usu´arios (FERREIRA, 2002 apud PRATES; BARBOSA, 1993). O crit´erio funcionali-dades, tamb´em chamado de utilidade, ”se refere ao quanto um sistema oferece o conjunto de funcionalidades necess´arias para os usu´arios realizarem suas tarefas”(PRATES; BARBOSA, 2003, p. 5). J´a o crit´erio confiabilidade visa a avaliac¸˜ao da possibilidade de surgimento de falhas durante a utilizac¸˜ao do software, ou seja, ´e ”a probabilidade do sistema funcionar sem ocorrˆencia

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de falhas”(MENDES, 2009a, p. 1).

Os questionamentos realizados foram agrupados com relac¸˜ao aos aspectos de avaliac¸˜ao para facilitac¸˜ao no momento da an´alise dos resultados. Para as respostas, foi utilizado o padr˜ao definido pela escala Likert (LLAURAD´o, 2015) que estabelece um conjunto com cinco al-ternativas: (1) discordo totalmente, (2) discordo parcialmente, (3) indiferente, (4) concordo parcialmente e (5) concordo fortemente. Al´em dos questionamentos, para cada grupo de per-guntas, foi disponibilizado um campo aberto, possibilitando ao participante da pesquisa expˆor sugest˜oes e/ou observac¸˜oes. A princ´ıpio, a pesquisa desenvolvida ´e de car´ater qualitativo, ou seja, busca analisar a qualidade do software a partir da percepc¸˜ao do cliente, tentando relacionar os dados coletados atrav´es dos question´arios a fim de apurar os seus significados (APPOLIN ´ARIO, 2006). Futuramente, objetiva-se o aprimoramento da validac¸˜ao do software, desenvolvendo uma pesquisa qualitativa-quantitativa com a ampliac¸˜ao da amostra de sujeitos participantes e, consequentemente, a obtenc¸˜ao de resultados mais consider´aveis.

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5 Modelagem do sistema

Neste cap´ıtulo, s˜ao apresentados resultados obtidos durante a etapa de modelagem do software, desde a definic¸˜ao de requisitos at´e a construc¸˜ao dos diagramas de modelagem do software SAE-INFO.

5.1 Requisitos do sistema

Requisitos s˜ao as caracter´ısticas ou restric¸˜oes que um sistema deve possuir. O principal objetivo da listagem de requisitos ´e descrever as necessidades do cliente e transform´a-las em funcionalides do sistema. O levantamento de requisitos ´e realizado pela Engenharia de Requisitos (ER), que ´e definida por Pressman (2006) como uma atividade da engenharia de software que busca auxiliar os desenvolvedores de software a obter uma interpretac¸˜ao melhor do problema que precisam resolver. Os requisitos de software s˜ao geralmente classificados em funcionais e n˜ao funcionais. Sommerville (2003, p. 83) define os requisitos funcionais como “declarac¸˜oes de func¸˜oes que o sistema deve fornecer, como o sistema deve reagir a entradas espec´ıficas e como deve se comportar em determinadas situac¸˜oes”, e os n˜ao funcionais como “restric¸˜oes sobre os servic¸os ou as func¸˜oes oferecidas pelo sistema.”

Nesta sec¸˜ao, s˜ao apresentados os requisitos do sistema SAE-INFO desenvolvido neste TCC. Os requisitos listados foram obtidos a partir do trabalho de Moura (2015) e atrav´es de reuni˜oes com um grupo de enfermeiras, que ´e caracterizado como o cliente deste projeto. Tais requisitos s˜ao agrupados em requisitos funcionais (Tabelas 1 e 2) e n˜ao funcionais (Tabela 3). Os requisitos funcionais s˜ao categorizados em requisitos do sistema para os usu´arios comuns (enfermeiros) e em requisitos para o usu´ario administrador. Vale salientar que os usu´arios administradores tamb´em possuem privil´egios para desempenhar as funcionalidades listadas pelos requisitos funcionais para usu´arios comuns. Os requisitos s˜ao listados com um c´odigo de identificac¸˜ao (ID), o t´ıtulo do requisito e uma breve descric¸˜ao, al´em de possu´ırem uma classificac¸˜ao de prioridade, a qual define a sua importˆancia para o correto funcionamento do sistema. A prioridade dos requisitos obedece a seguinte ordem: essencial, importante e desej´avel. Os requisitos essenciais s˜ao fundamentais para o correto funcionamento do sistema; os requisitos importantes s˜ao significativos para o funcionamento do sistema, por´em as suas inexistˆencias n˜ao impedem o funcionamento do software; j´a os requisitos desej´aveis representam as funcionalidades adicionais.

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5.1.1 Requisitos funcionais

Tabela 1: Requisitos funcionais do sistema de usu´ario comum

ID Requisito Descric¸˜ao Prioridade

RFC01 Realizar login

O sistema deve permitir que usu´arios previamente cadastrados acessem o mesmo

mediante inserc¸˜ao de login (n´umero do COREN) e senha. Essencial RFC02 Cadastrar hist´orico de paciente

O sistema deve permitir o cadastro do hist´orico de um paciente mediante inserc¸˜ao

dos dados relacionados `a identificac¸˜ao, entrevista e exame f´ısico.

Essencial

RFC03

Selecionar caracter´ısticas

definidoras

O sistema deve permitir a selec¸˜ao das caracter´ısticas definidores relacionadas ao

estado de sa´ude do paciente.

Essencial

RFC04

Visualizar poss´ıveis diagn´osticos

O sistema deve exibir os poss´ıveis diagn´osticos identificados a partir das caracter´ısticas definidoras selecionadas

previamente. Essencial RFC05 Selecionar poss´ıveis diagn´osticos

O sistema deve permitir a selec¸˜ao dos

poss´ıveis diagn´osticos identificados. Essencial

RFC06

Selecionar devidas intervenc¸˜oes

O sistema deve permitir a selec¸˜ao das

intervenc¸˜oes adequadas ao paciente. Essencial

RFC07 Aprazar

intervenc¸˜oes

O sistema deve permitir a inserc¸˜ao do aprazamento para as intervenc¸˜oes

selecionadas. Essencial RFC08 Definir intervenc¸˜oes realizadas

O sistema deve permitir que o usu´ario defina intervenc¸˜oes como realizadas para um

determinado paciente.

Essencial

RFC09 Visualizar plano de cuidados

O sistema deve permitir a visualizac¸˜ao do plano de cuidados para um determinado paciente, contendo informac¸˜oes pessoais,

diagn´osticos e intervenc¸˜oes com seus devidos aprazamentos.

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RFC10

Visualizar hist´orico de enfermagem do

paciente

O sistema deve permitir que o usu´ario visualize o hist´orico de enfermagem para

determinado paciente.

Essencial

RFC11 Avaliar o risco de ´ulcera por press˜ao

O sistema deve permitir a avaliac¸˜ao do risco de ´ulcera por press˜ao utilizando a escala de

Braden.

Desej´avel

RFC12 Editar o hist´orico do paciente

O sistema deve permitir que sejam feitas alterac¸˜oes no hist´orico de enfermagem de

determinado paciente previamente cadastrado.

Essencial

RFC13 Listar pacientes internados

O sistema deve permitir que o usu´ario liste os

pacientes internados na unidade hospitalar. Importante

RFC14 Definir a alta do paciente

O sistema deve permitir a definic¸˜ao de alta do paciente, retirando-o da lista de pacientes

internados na unidade. Os pacientes em alta devem permanecer cadastrados no sistema,

por´em n˜ao devem ser listados juntos aos pacientes internados.

Essencial

RFC15 Cadastrar paciente

O sistema deve permitir que um usu´ario cadastre novos pacientes. Os pacientes cadastrados ser˜ao listados como pacientes

internados.

Essencial

Tabela 2: Requisitos funcionais do sistema administrador

ID Requisito Descric¸˜ao Prioridade

RFA01 Cadastrar usu´ario

O sistema deve permitir ao usu´ario administrador o cadastro de novos usu´arios

mediante inserc¸˜ao de dados pessoais.

Essencial

RFA02 Excluir conta de usu´ario

O sistema deve permitir a exclus˜ao de uma conta de usu´ario existente, assim que

necess´ario. Importante RFA03 Cadastrar caracter´ısticas definidoras

O sistema deve permitir ao usu´ario administrador o cadastro de caracter´ısticas

definidoras, a serem relacionadas a diagn´osticos, mediante inserc¸˜ao de uma

descric¸˜ao da caracter´ıstica.

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RFA04

Cadastrar intervenc¸˜oes de

enfermagem

O sistema deve permitir ao usu´ario administrador o cadastro de intervenc¸˜oes de

enfermagem, a serem relacionadas a diagn´osticos, mediante inserc¸˜ao de uma

descric¸˜ao da intervenc¸˜ao. Essencial RFA05 Cadastrar diagn´osticos de enfermagem

O sistema deve permitir ao usu´ario administrador o cadastro de novos diagn´osticos de enfermagem a partir da inserc¸˜ao de um t´ıtulo, breve descric¸˜ao, al´em

da selec¸˜ao das caracter´ısticas definidoras e intervenc¸˜oes relacionadas previamente

cadastradas. Essencial RFA06 Editar/Excluir caracter´ısticas definidoras

O sistema deve permitir ao usu´ario administrador a edic¸˜ao e exclus˜ao de caracter´ısticas definidoras previamente

cadastradas. Importante RFA07 Editar/Excluir intervenc¸˜oes de enfermagem

O sistema deve permitir ao usu´ario administrador a edic¸˜ao e exclus˜ao de intervenc¸˜oes de enfermagem previamente

cadastradas. Importante RFA08 Editar/Excluir diagn´osticos de enfermagem

O sistema deve permitir ao usu´ario administrador a edic¸˜ao e exclus˜ao dos diagn´osticos de enfermagem previamente

cadastrados.

Importante

5.1.2 Requisitos n˜ao funcionais

Tabela 3: Requisitos n˜ao funcionais

ID Requisito Descric¸˜ao Prioridade

RNF01 Portabilidade O sistema deve ser compat´ıvel com pelo

menos uma plataforma, a plataforma web. Essencial RNF02 Facilidade de uso O sistema deve possuir funcionalidades

intuitivas e f´aceis de manipular. Essencial

RNF03 Desempenho

O sistema deve possuir o tempo de resposta m´ınimo poss´ıvel. Um bom tempo de resposta

est´a entre 0,5 e 5 segundos.

(35)

RNF04 Sincronizac¸˜ao dos dados

O sistema deve possuir base de dados consistente, evitando a perda e duplicac¸˜ao

desnecess´aria de informac¸˜oes.

Essencial

RNF05 Disponibilidade

O sistema deve estar dispon´ıvel para utilizac¸˜ao pelos enfermeiros durante 24

horas por dia.

Essencial

RFN06 Seguranc¸a

Apenas os usu´arios cadastrados no sistema poder˜ao ter acesso aos dados, bem como as funcionalidades de admistrador s´o devem ser

disponibilizadas para usu´arios com este perfil.

(36)

5.2 Diagramas de casos de uso

Nesta sec¸˜ao, s˜ao apresentados os diagramas de casos de uso dos dois grupos de usu´arios do sistema: usu´arios comuns (enfermeiros) e administradores. Segundo Pressman (2006), um caso de uso relata a forma como um determinado usu´ario interage com o sistema perante um conjunto de situac¸˜oes. Portanto, os diagramas (Figuras 5 e 6) apresentam as principais funcionalidades do sistema SAE-INFO do ponto de vista dos seus usu´arios. Vale salientar, como ilustado na Figura 5 com a utilizac¸˜ao de uma relac¸˜ao de heranc¸a entre o ator administrador e enfermeiro, que o usu´ario administrador possui privil´egios para executar as mesmas ac¸˜oes que o usu´ario comum (enfermeiro). Pressman (2006) define os atores como as pessoas ou dispositivos que realizam ac¸˜oes quando o sistema est´a em execuc¸˜ao. Desta forma, nos diagramas, foram definidos trˆes atores para o sistema, os quais s˜ao: Enfermeiro(a), Administrador e Sistema.

5.2.1 Diagrama de casos de uso para usu´ario comum

Figura 5: Diagrama de casos de uso para usu´ario comum

(37)

5.2.2 Diagrama de casos de uso para usu´ario administrador

Figura 6: Diagrama de casos de uso para usu´ario administrador

Fonte: Pr´oprio autor, 2016.

5.3 Descritivo dos casos de uso

Esta sec¸˜ao apresenta o descritivo dos casos de uso ilustrados nos diagramas da sec¸˜ao anterior. Para cada caso de uso, s˜ao listados: uma descric¸˜ao sucinta, os atores envolvidos, pr´e-condic¸˜oes, p´os-pr´e-condic¸˜oes, pontos de extens˜ao, o fluxo principal e o fluxo alternativo.

5.3.1 Casos de uso

1. Realizar login - C01 Descric¸˜ao sucinta:

Este caso de uso especifica a ac¸˜ao que um usu´ario executa no sistema com o objetivo de se conectar (autenticar) ao mesmo. Apenas usu´arios cadastrados podem se autenticar no

(38)

sistema. O usu´ario deve fornecer o seu n´umero do COREN e senha. Ap´os a validac¸˜ao, o usu´ario torna-se apto a realizar operac¸˜oes no sistema.

Atores:

Usu´ario comum e administrador. Pr´e-condic¸˜oes:

a) Usu´ario deve estar cadastrado no sistema. P´os-condic¸˜oes:

a) O sistema deve permitir acesso ao usu´ario logado `as suas funcionalidades. Pontos de Extens˜ao:

a) N˜ao se aplica. Fluxo principal:

Passo Descric¸˜ao

1 Usu´ario acessa o sistema

2 Sistema solicita n´umero do COREN e senha 3 O usu´ario informa n´umero do COREN e senha

4 O sistema valida os dados

5 O sistema permite acesso ao mesmo

6 O sistema habilita as funcionalidades permitidas ao tipo de usu´ario

Fluxo alternativo:

a) Usu´ario n˜ao cadastrado no sistema ou dados informados est˜ao incorretos: i. Sistema retorna mensagem de erro;

ii. Sistema retorna ao passo 2. 2. Listar pacientes internados - C02

Descric¸˜ao sucinta:

Este caso de uso especifica a ac¸˜ao de o usu´ario visualizar a listagem de todos os pacientes cadastrados no sistema. Com a listagem, o usu´ario poder´a realizar diversas ac¸˜oes sobre um paciente.

Atores:

Usu´ario comum e administrador. Pr´e-condic¸˜oes:

(39)

P´os-condic¸˜oes:

a) O sistema deve permitir ac¸˜oes (editar, deletar, visualizar relat´orios, aplicar SAE, entre outras) sobre os pacientes.

Pontos de Extens˜ao: a) N˜ao se aplica. Fluxo principal:

Passo Descric¸˜ao

1 Usu´ario seleciona opc¸˜ao que ’Listar pacientes’

2 Sistema disponibiliza uma lista com os pacientes cadastrados 3 O sistema permite a realizac¸˜ao de ac¸˜oes sobre determidado paciente

Fluxo alternativo:

a) Nenhum paciente est´a cadastrado no sistema:

i. Sistema retorna mensagem de alerta informando que n˜ao h´a nenhum paciente cadastrado.

3. Cadastrar hist´orico do paciente - C03 Descric¸˜ao sucinta:

Este caso de uso especifica a ac¸˜ao de o usu´ario preencher o formul´ario do hist´orico de enfermagem contendo do estado de sa´ude para um paciente.

Atores:

Usu´ario comum e administrador. Pr´e-condic¸˜oes:

a) Usu´ario deve estar logado no sistema. b) Paciente deve estar previamente cadastrado. P´os-condic¸˜oes:

a) O sistema deve armazenar um novo hist´orico para o paciente. Pontos de Extens˜ao:

(40)

Fluxo principal:

Passo Descric¸˜ao

1 Usu´ario seleciona opc¸˜ao ’Adicionar hist´orico de enfermagem’ 2 O usu´ario seleciona o paciente para o qual deseja cadastrar o novo

hist´orico de enfermagem

3 O usu´ario informa os dados do hist´orico de enfermagem do paciente 4 O sistema armazena todas as informac¸˜oes no banco de dados 5 O sistema exibe a lista de pacientes cadastrados no sistema

Fluxo alternativo:

a) Usu´ario n˜ao informa todos os campos obrigat´orios:

i. Sistema retorna mensagem de alerta informando que n˜ao foram preenchidos todos os campos obrigat´orios.

4. Realizar etapas de diagn´ostico e planejamento de enfermagem - C04 Descric¸˜ao sucinta:

Este caso de uso especifica a ac¸˜ao de o usu´ario informar as caracter´ısticas definidoras de um paciente e o sistema gerar os poss´ıveis diagn´osticos e intervenc¸˜oes de enfermagem para tal. Ap´os a gerac¸˜ao dos diagn´osticos e intervenc¸˜oes de enfermagem, o usu´ario deve escolher os itens que se ad´equam ao estado de sa´ude do paciente. Al´em disso, para cada intervenc¸˜ao, o usu´ario deve informar o seu aprazamento.

Atores:

Usu´ario comum e administrador. Pr´e-condic¸˜oes:

a) Usu´ario deve estar logado no sistema. b) O paciente deve estar cadastrado no sistema. P´os-condic¸˜oes:

a) O sistema deve armazenar os diagn´osticos e intervenc¸˜oes selecionadas pelo usu´ario no plano de cuidados do paciente, bem como os aprazamentos.

Pontos de Extens˜ao: a) N˜ao se aplica.

(41)

Fluxo principal:

Passo Descric¸˜ao

1 Usu´ario seleciona opc¸˜ao ’Aplicar etapas de diagn´ostico e planejamento’ 2 O sistema disponibiliza a lista de caracter´ısticas definidoras 3 O usu´ario seleciona as caracter´ısticas definidoras relacionadas ao

paciente

4

O sistema gera e disponibiliza uma lista de diagn´osticos e suas intervenc¸˜oes de enfermagem relacionadas `as caracter´ısticas informadas pelo usu´ario. A definic¸˜ao de um poss´ıvel diagn´ostico est´a condicionada

`a selec¸˜ao de pelo menos duas das caracter´ısticas que o define. 5 O usu´ario seleciona os diagn´osticos e intervenc¸˜oes que julga como

adequadas ao paciente

6

O usu´ario informa um aprazamento para cada intervenc¸˜ao selecionada. O aprazamento consiste na definic¸˜ao da data e hor´ario de in´ıcio da realizac¸˜ao da intervenc¸˜ao, bem como o periodicidade de sua execuc¸˜ao 7 O sistema armazena as informac¸˜oes no plano de cuidados do paciente

Fluxo alternativo:

a) Usu´ario n˜ao informa todos os campos obrigat´orios:

i. Sistema retorna mensagem de alerta informando que n˜ao foram informados todos os campos obrigat´orios.

b) Sistema n˜ao identifica nenhum diagn´ostico:

i. Sistema retorna mensagem de alerta informando que n˜ao foram identificados diagn´osticos para as caracter´ısticas definidoras informadas.

5. Editar hist´orico de enfermagem - C05 Descric¸˜ao sucinta:

Este caso de uso especifica a ac¸˜ao de o usu´ario editar as informac¸˜oes contidas no hist´orico de enfermagem do paciente previamente cadastrado.

Atores:

Usu´ario comum e administrador. Pr´e-condic¸˜oes:

a) Usu´ario deve estar logado no sistema. b) O paciente deve estar cadastrado no sistema. P´os-condic¸˜oes:

(42)

Pontos de Extens˜ao: a) N˜ao se aplica. Fluxo principal:

Passo Descric¸˜ao

1 Usu´ario seleciona opc¸˜ao ’Listar pacientes’

2 O sistema disponibiliza a lista de pacientes cadastrados no sistema

3 O usu´ario seleciona um paciente

4 O usu´ario seleciona a opc¸˜ao ’Editar hist´orico de enfermagem’ 5 O sistema retorna uma tela com as informac¸˜oes previamentes

cadastradas do paciente selecionado 6 O usu´ario edita as informac¸˜oes necess´arias

7 O sistema atualiza os dados do hist´orico do paciente selecionado

Fluxo alternativo:

a) Usu´ario n˜ao seleciona paciente:

i. Sistema retorna mensagem de alerta informando que deve selecionar um paci-ente.

6. Consultar relat´orios de paciente - C06 Descric¸˜ao sucinta:

Este caso de uso especifica a ac¸˜ao de o usu´ario visualizar relat´orios de um determinado paciente. Entre os relat´orios dispon´ıveis, encontram-se o hist´orico de enfermagem e o plano de cuidados.

Atores:

Usu´ario comum e administrador. Pr´e-condic¸˜oes:

a) Usu´ario deve estar logado no sistema. b) O paciente deve estar cadastrado no sistema. P´os-condic¸˜oes:

a) N˜ao se aplica. Pontos de Extens˜ao:

a) N˜ao se aplica. Fluxo principal:

(43)

Passo Descric¸˜ao

1 Usu´ario seleciona opc¸˜ao ’Listar pacientes’

2 O sistema disponibiliza a lista de pacientes cadastrados no sistema

3 O usu´ario seleciona um paciente

4

O usu´ario seleciona uma das opc¸˜oes de visualizar relat´orios, como, por exemplo, visualizar hist´orico de enfermagem e visualizar plano de

cuidados

5 O sistema retorna o respectivo relat´orio contendo as informac¸˜oes do paciente selecionado

Fluxo alternativo:

a) Usu´ario n˜ao seleciona nenhum paciente:

i. Sistema retorna mensagem de alerta informando que deve selecionar um paci-ente.

7. Definir alta do paciente - C07 Descric¸˜ao sucinta:

Este caso de uso especifica a ac¸˜ao de o usu´ario informar que um paciente obteve alta, ou seja n˜ao estar´a mais internado na unidade de sa´ude.

Atores:

Usu´ario comum e administrador. Pr´e-condic¸˜oes:

a) Usu´ario deve estar logado no sistema. b) O paciente deve estar cadastrado no sistema. P´os-condic¸˜oes:

a) O paciente selecionado deve ser removido da lista de pacientes. Pontos de Extens˜ao:

a) N˜ao se aplica. Fluxo principal:

Passo Descric¸˜ao

1 Usu´ario seleciona opc¸˜ao ’Listar pacientes’

2 O sistema disponibiliza a lista de pacientes cadastrados no sistema

(44)

4 O usu´ario seleciona opc¸˜ao ’Definir alta do paciente’ 5 O sistema remove o paciente selecionado da lista de pacientes e o

adiciona na lista de pacientes em alta

Fluxo alternativo:

a) Usu´ario n˜ao seleciona nenhum paciente:

i. Sistema retorna mensagem de alerta informando que deve selecionar um paci-ente.

8. Avaliar risco de ´ulcera por press˜ao - C08 Descric¸˜ao sucinta:

Este caso de uso especifica a ac¸˜ao da aplicac¸˜ao da escala de Braden para determinado paciente.

Atores:

Usu´ario comum e administrador. Pr´e-condic¸˜oes:

a) Usu´ario deve estar logado no sistema. b) O paciente deve estar cadastrado no sistema. P´os-condic¸˜oes:

a) O sistema deve armazenar o resultado encontrado com a aplicac¸˜ao da escala de Braden no plano de cuidados do paciente.

Pontos de Extens˜ao: a) N˜ao se aplica. Fluxo principal:

Passo Descric¸˜ao

1 Usu´ario seleciona opc¸˜ao ’Listar pacientes’

2 O sistema disponibiliza a lista de pacientes cadastrados no sistema

3 O usu´ario seleciona um paciente

4 O usu´ario seleciona opc¸˜ao ’Aplicar Braden’ 5 O usu´ario preenche os campos obrigat´orios 6 O sistema realiza os c´alculos necess´arios

Referências

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