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CÓDIGO DE CONDUTA PARA A IMPORTAÇÃO E LIBERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE DE AGENTES DE CONTROLE BIOLÓGICO

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MERCOSUL/GMC/RES. N° 53/93

CÓDIGO DE CONDUTA PARA A IMPORTAÇÃO E LIBERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE DE AGENTES DE CONTROLE BIOLÓGICO

TENDO EM VISTA: o Art. 13 do Tratado de Assunção, o Art. 10 da Decisão N° 4/91 do Conselho do Mercado Comum e a Recomendação N° 14/93 do Subgrupo de Trabalho N° 8 "Política Agrícola".

CONSIDERANDO

A proposta de "Código de Conduta para a Introdução e Liberação ao Meio Ambiente de Agentes de Controle Biológico", submetida à consideração pela FAO em seus países membros.

Que os Serviços Nacionais de Sanidade Vegetal dos Estados Partes do MERCOSUL procederam à análise de tal proposta.

Que os Serviços mencionados recomendaram sua adoção ao Código de Conduta antes referido, por não apresentar oposição aos interesses particulares dos Estados, nem ser oposto às legislações fitossanitárias vigentes , e por ser consistente com os princípios quarentenários gerais e específicos aprovados pela Resolução MERCOSUL/GMC/RES. N° 62/92.

O GRUPO MERCADO COMUM RESOLVE:

Art. 1 - Adotar o "Código de Conduta Regional para a Introdução e Liberação ao Meio Ambiente de Agentes de Controle Biológico", que consta em anexo à presente Resolução.

Art. 2 - Solicitar aos Serviços Nacionais de Sanidade Vegetal dos respectivos Estados Partes, a formulação de uma proposta para o MERCOSUL de legislação harmonizada para a introdução e liberação ao meio ambiente de agentes de controle biológico, com base no Código de Conduta antes mencionado.

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ANEXO

CÓDIGO DE CONDUTA PARA A IMPORTAÇÃO E LIBERAÇÃO DOS AGENTES DE CONTROLE BIOLÓGICO

Art. 1. Alcance e objetivos do Código.

1. Este código refere-se à importação de agentes vivos de controle biológico (parasitas, predadores e patógenos) para pesquisa e/ou liberação em campo, incluindo aqueles embalados ou formulados como produtos comerciais. Portanto, incluem-se as formulações de patógenos vivos de uso corrente por possuirem o potencial para sua multiplicação e sua persistência no ambiente. O aparecimento de raças (entidades geneticamente distintas, ainda que não o sejam morfologicamente) de inimigos naturais pode mostrar notáveis diferenças de especificidade e não efetividade e, se são exóticos, cairão nos termos de referência do Código de Conduta.

2. O Código não trata sobre produtos tóxicos de micróbios que não podem reproduzir-se. Como os pesticidas convencionais, estes estão compreendidos no "Código Internacional de Conduta para a Distribuição e o Uso de Pesticidas" (FAO 1990). Ademais, não inclui outras técnicas para o controle de pragas, às vezes classificadas como de "controle biológico", particularmente, métodos autocidas, plantas hospedeiras resistentes, assim como modificadores químicos de comportamento ou outros produtos biológicos modernos. Os últimos mencionados podem ter implicações na segurança mas, devido ao fato de que não podem se reproduzir, estão mais relacionados com o "Código Internacional de Conduta para a Distribuição e o Uso de Pesticidas" (FAO, 1990).

3. Os procedimentos que regem o manuseio e a liberação no meio ambiente de raças de organismos criados artificialmente por engenharia genética (organismos transgênicos ou geneticamente modificados), são freqüentemente examinados pela FAO e por outros programa nacionais. Estes não estão contemplados no Código, embora um organismo transgênico em condições de campo em um país em particular, se incorpore ao Código como um organismo exótico se usado em qualquer outro lugar.

4. Os objetivos do Código são os de estabelecer as responsabilidades e normas de conduta voluntária para todos os organismos públicos e privados relacionados ou que afetam a distribuição e o uso de agentes de controle biológico, particularmente naqueles países onde a legislação nacional para

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regular seu uso seja inexistente ou inadequada.

5. O Código descreve a responsabilidade compartilhada por muitos setores da sociedade, incluindo governos, individualmente ou em agrupações regionais, indústria, comércio e instituições internacionais, de trabalharem juntos para que os benefícios derivados do controle biológico necessário e aceitável sejam atingidos sem efeitos adversos significativos. Com este fim, todas as referências neste código a um governo ou governos serão consideradas para aplicação igualitária a agrupamentos regionais de governos em matérias que se incluam em suas áreas de competência.

6. O código trata da necessidade do esforço cooperativo entre governos de países exportadores e importadores na promoção de práticas que assegurem um uso eficiente e seguro, minimizando os efeitos negativos sobre a saúde e o ambiente, devidos a manuseios e usos inadequados.

7. As entidades mencionadas neste Código incluem organizações internacionais, governos de países importadores e exportadores; institutos de pesquisa, indústria, incluindo produtores e fabricantes, associações comerciais e distribuidores; usuários e organizações com fins públicos, tais como grupos ambientalistas e grupos consumidores.

8. As normas de conduta expostas por este código:

1. Alentarão as práticas de comércio geralmente aceitas e responsáveis. 2. Prestarão assistência aos países que ainda não tenham estabelecido os

controles para regular a qualidade e a conveniência dos agentes de controle biológico necessários nesse país, assegurando o manejo seguro, a avaliação e o uso de tais produtos.

3. Certificar-se-ão de que os agentes de controle biológico sejam usados efetivamente para o melhoramento da agricultura, da saúde humana e animal e da sanidade vegetal.

9. O código será usado dentro do contexto da Convenção Internacional de Proteção Vegetal (FAO, 1991) e de outras convenções e legislações nacionais e internacionais relevantes, como base para que as autoridades governamentais, científicas, produtoras e industriais de agentes de controle biológico, além daqueles relacionados ao comércio e de qualquer cidadão envolvido, possam julgar se suas ações propostas e as de outros constituem práticas aceitáveis.

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Art. 2. Definições

Para os fins deste código, proporcionam-se as seguintes definições:

Agência: Qualquer organização financiada de forma pública ou privada, relacionada com a produção, importação, liberação ou o estabelecimento de agentes de controle biológico.

Antagonista: Organismo competidor que previne o estabelecimento de uma praga (usualmente um agente patogênico), se o hospedeiro ou seu meio ambiente imediato for colonizado antes do ataque dessa praga.

Agente de controle biológico: Um antagonista, competidor ou inimigo natural usado como agente de controle de pragas.

Pesticida biológico: Agente de controle biológico produzido artificialmente, usualmente um agente patogênico, formulado e aplicado para a rápida redução do número de indivíduos-praga para seu controle a longo prazo.

Competidor: Organismo que exclui os indivíduos-praga por concorrência por elementos essenciais (alimentos, espaço) no meio ambiente.

Conservação de agentes de controle biológico: Procedimentos para manter as populações de inimigos naturais preexistentes dentro de um ecossistema de modo a reduzir o número de indivíduos-praga.

Partida: Uma quantidade de um agente de controle biológico enviado de um país a outro, com a devida autorização.

Eco-Região ou Região Ecológica: Uma região (que pode compreender um país, parte de um país ou um grupo de vários países), com fauna, flora, clima similares e, portanto, preocupação similar sobre a introdução de agentes de controle biológico.

Incremento de agente de controle biológico: Para conservação, mas com ênfase no incremento de seu impacto.

Exótico: Macro ou microorganismo não nativo da eco-região ou país particular. Importação: Introdução autorizada de um agente de controle biológico em um país.

Inoculação: Liberação de uma pequena quantidade de um agente de controle biológico, nativo ou exótico.

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Inundação: Liberação massiva de agentes de controle biológico, exóticos ou nativos, produzida artificialmente para alcançar uma rápida redução dos indivíduos-praga, sem poder residual.

Legislação: Qualquer ata, lei, regulação, pauta ou outra ordenança administrativa promulgada por um governo.

Microorganismo: Organismo minúsculo capaz de replicar-se ou reproduzir-se. Inimigo natural: Qualquer macroorganismo ou microorganismo que vive às custas de outro organismo e que pode ajudar a limitar o número de indivíduos-praga. Parasita: Agente de controle biológico que vive dos tecidos de outro organismo. Incluem-se os parasitóides.

Licença (Permiso): Documento oficial que autoriza a importação de uma partida. Praga: Qualquer forma de vida vegetal ou animal prejudicial, ou potencialmente prejudicial, para microorganismos, plantas e produtos vegetais, para a saúde humana ou animal ou a conservação dos hábitats naturais.

Predador: Organismo que captura e se alimenta de outros organismos.

Quarentena: Confinamento de segurança oficialmente prescrito para os estudos necessários dos agentes de controle biológico.

Liberação: Liberação intencional de um agente de controle biológico no ambiente em que este atuará.

Especificidade: Uma medida do grau de relação entre o agente de controle e o hospedeiro, abrangendo desde um desenvolvimento sobre uma espécie ou raça de seu hospedeiro (monófago), até um generalista com muitas espécies hospedeiras ou vários grupos de hospedeiros (polífago).

Raça: Uma população definida de uma espécie, com propriedades biológicas distintas.

Art. 3. Considerações gerais.

3.1. A importação de agentes biológicos para o controle de pragas somente poderá ser levada a cabo com o consentimento do governo do país importador. A organização fitossanitária designada pelos governos, em cumprimento do disposto no Art. 4 da Convenção Internacional de Proteção Fitossanitária (CIPF), terá a faculdade de autorizar a importação e a liberação de agentes de controle biológico.

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Procurar-se-á consultar um grupo de especialistas em controle biológico quando forem propostas novas iniciativas. A FAO e a OMS prestarão assistência na identificação de tais especialistas.

3.2. Os países vizinhos, dentro de uma eco-região, e as organizações regionais competentes, também deverão ser consultados para esclarecer qualquer conflito potencial de interesses que possa surgir entre eles.

3.3. Será possível introduzir agentes de controle biológico somente se espera-se um benefício para a comunidade. A(s) autoridade(s) que conceda(m) a(s) licença(s) de importação de agentes de controle biológico deverá(ão) ter absoluta certeza de que o controle da praga é de interesse público. Para este propósito, a agência que propõe a importação deverá certificar-se de que foi apresentada a declaração de viabilidade. A declaração de viabilidade deve incluir informação da identificação, distribuição mundial e provável origem da praga, avaliação de sua importância e informação sobre inimigos naturais conhecidos e seu uso em outras partes do mundo.

Art. 4. Importação e liberação de agentes de controle biológico.

4.1. Deverá ser estabelecida uma diferença entre importação e liberação de um novo agente de controle biológico. Nos países com facilidades quarentenárias apropriadas, ambas podem ser completamente separadas e requerem aprovação individual, em outros casos, por exemplo, em outras zonas onde foram dados os passos quarentenários necessários, a importação e a liberação podem ser simultâneas e a aprovação da importação deve ser considerada como aprovação para a liberação.

4.1.1. O consentimento de liberação exigirá a remessa de um documento de informação sobre o agente (Referência Art. 4.2.).

4.1.2. A importação submetida à quarentena poderá requerer informação menos detalhada (Referência Art. 4.3.).

2. Informação necessária proposta para a liberação de possíveis agentes de controle biológico:

A agência que leva a cabo a exploração e as pesquisas sobre os possíveis agentes e/ou a agência que maneja o programa de controle deverá(ão) preparar um documento sobre tais ações e submetê-lo à autoridade reguladora, contendo tantas informações como for possível, sobre os seguintes aspectos:

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1. A identificação exata do possível agente ou, quando for necessário, uma caracterização suficiente do agente, para evitar ambigüidades em seu reconhecimento.

2. Um resumo de toda a informação disponível sobre a origem, distribuição biológica, inimigos naturais e impacto em sua área de origem; também, qualquer outro dado apropriado que indique o grau conhecido de especificidade.

3. Um relatório baseado em testes de laboratório e/ou observações de campo e qualquer outro dado apropriado que indique o grau conhecido e provável de especificidade do agente com o hospedeiro. Os experimentos devem estar baseados em procedimentos como os recomendados nas Diretrizes Técnicas da FAO (em preparação) e aprovados pela autoridade reguladora. Entende-se que estes ensaios se referem ao agente e que outros procedimentos diferentes serão aplicados a qualquer aditivo usado na formulação de produtos que contenham agentes de controle biológico, tais como os pesticidas biológicos.

4. Os inimigos naturais ou os contaminadores do possível agente e os procedimentos requeridos para a eliminação de suas colônias de laboratório.

5. Os prováveis riscos para quem estiver manipulando agentes de controle biológico em condições de laboratório e campo, e para a saúde humana e animal.

3. Informação requerida para a importação submetida à quarentena de possíveis agentes de controle biológico.

1. A agência responsável pelas pesquisas sobre o agente e/ou a agência que maneja o programa de controle, deverá(ão) preparar um documento sobre o agente para submetê-lo à autoridade reguladora, o qual incluirá a informação disponível sobre a biologia do agente, a natureza do material proposto para a importação, a segurança da quarentena e a razão para a importação.

Art. 5. Remessa e Procedimentos de Manipulação de agentes de Controle Biológico.

5.1. Todas as condições especificadas na licença de importação deverão ser cumpridas (Referência Art. 7.2.2.).

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5.2. As partidas não serão despachadas antes da obtenção da licença de importação, assim como de qualquer outra documentação exigida. Os pacotes deverão estar apropriadamente rotulados (Referência Art. 9.2.) e a informação adequada devidamente exposta no exterior da embalagem para informar quem a manuseia acerca de seu conteúdo e da forma como deve ser manipulada.

5.3. Deve-se remeter aos receptores a informação prévia com os detalhes completos do itinerário, para minimizar demoras e alertar os oficiais no ponto de entrada.

4. Os países com facilidades quarentenárias adequadas deverão, após o cumprimento das formalidades do porto de entrada, levar as embalagens fechadas à instalação quarentenária para sua inspeção.

Todos os agentes do controle biológico deverão ser examinados em quarentena, antes de passar ao processo seguinte. Todo o material morto, doente ou contaminado, assim como o material estranho e as embalagens, deverão ser esterilizados ou destruídos na quarentena.

5. Os agentes de controle biológico deverão ser cultivados em quarentena por ao menos uma geração, ou pelo período determinado pela autoridade.

6. Em certas situações, os agentes podem passar diretamente à liberação, desde que todos os requerimentos tenham sido cumpridos pelo fornecedor e que o cultivo tenha sido certificado como puro e o agente tenha passado por uma quarentena intermediária autorizada. Nesses casos, será necessário um laboratório de segurança para o exame (ou seja, um quarto fechado com facilidades para esterilização ou passagem por autoclave dos materiais estranhos ou suspeitos).

7. Países sem facilidades quarentenárias seguras deverão considerar a importação através de uma quarentena intermediária adequada em um terceiro país.

Art. 6. Liberação e Avaliação dos Agentes de Controle Biológico.

6.1. Os governos estabelecerão procedimentos de liberação no meio ambiente, os quais:

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1. Se não houver acordo prévio nos termos da licença de importação, considerarão a aprovação para a liberação, após a remessa da informação do agente (referência Art. 4.2.). Nestes casos, poderá ser requerida informação de ensaios adicionais específicos e da condição do material no momento de sua chegada.

2. Deverão documentar o programa de liberação com identificações, origens, dose ou quantidade liberada, datas, localidades e qualquer outro dado relevante para avaliar seus resultados (Ref. Art. 7.2.4.).

3. Planificar antecipadamente a avaliação das liberações a fim de calcular o impacto dos inimigos naturais sobre a praga-objetivo e sobre outros organismos (Referência 7.2.4.).

4. Deverão depositar em coleções apropriadas, especimens certificados, identificados e autorizados, das pragas e dos inimigos naturais envolvidos em um programa de controle biológico, onde estarão disponíveis para referência e estudo. Os especimens certificados deverão ser preservados em todas as etapas do programa, especialmente as amostras do material original recolhido no campo, do material enviado, do material liberado e recuperado do campo logo após sua liberação.

1. As agências fornecedoras dos agentes de controle biológico manterão um ativo interesse no acompanhamento dos produtos até sua chegada ao consumidor final, atualizando suas pesquisas sobre usos principais e a ocorrência de problemas que surjam do uso de seus produtos, fornecendo as bases para as modificações necessárias nos rótulos, embalagens, transportes, instruções de uso e, se for necessário, na formulação e disponibilidade do produto.

Art. 7. Responsabilidades e Requisitos Legais

7.1. Os governos dos países importadores têm responsabilidade total e devem: 7.1.1. Usar poderes específicos ou aprovar a legislação necessária para regular a

importação, distribuição e liberação dos agentes de controle biológico em seus países e tomar providências para sua observância efetiva. Isto pode ser cumprido, particularmente, através da nomeação de especialistas locais e/ou estrangeiros que atuem como corpo consultivo do governo, estabelecendo também, caso apropriado, os serviços educacionais e de assessoramento necessários. Este Código e suas Diretrizes Técnicas de apoio para o uso de agentes de controle biológico devem cumprir-se na medida do possível, levando em consideração as condições locais.

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7.1.2. Com a devida consideração ao problema da praga, serão responsáveis por avaliar a documentação solicitada com relação ao grau de risco aceitável. Se o agente for suficientemente específico com respeito ao hospedeiro, ou se desconhecem-se hospedeiros alternativos no país, a licença poderá ser concedida. Se houver hospedeiros alternativos entre espécies distintas da espécie-objetivo, após consulta às partes interessadas, a decisão se baseará no fato de que a possibilidade de dano às espécies alternativas de valor econômico ou conservacionista seja ou não mais importante para a comunidade que o controle da praga.

7.1.3. Emitir as licenças de importação, estabelecendo as condições a serem cumpridas pelas agências exportadoras e importadoras. Se for apropriado, estas deverão incluir a fonte específica com precauções a tomar contra a inclusão dos inimigos naturais do agente, a exclusão dos contaminadores, a segurança da embalagem e as medidas que permitam a inspeção sem vazamento do conteúdo, ponto de entrada, agência que recebe a partida, condições de abertura da embalagem e instalações nas quais o cultivo deverá ser mantido. (Referência Art. 9).

7.1.4. Proteger os direitos de propriedade sobre o uso dos dados.

7.1.5. Assegurar que a informação sobre a verdadeira importação, liberação e impacto de cada agente particular de controle biológico em cada país, esteja registrada e disponível (Referência Arts. 6 e 10).

7.2. Os governos dos países exportadores devem auxiliar diretamente, na medida de sua capacidade, para:

7.2.1. Prestar assistência técnica a outros países, especialmente àqueles com escassa experiência, aconselhando-os e ajudando-os a avaliar a informação relevante sobre o agente de controle biológico, inclusive sobre aqueles fornecidos por distribuidores comerciais.

7.2.2. Garantir que as regulações do país importador pertencentes ao código e às boas práticas de comércio sejam seguidas na exportação de seus países para os agentes de controle biológico.

Nos países onde não existirem esquemas de regulação, ou onde tais esquemas forem limitados, deve-se seguir as disposições do Código.

7.3. As organizações nacionais e internacionais, os governos e as indústrias de produção de agentes de controle biológico, devem agir em coordenação e unir seus esforços para informar e educar os distribuidores locais de agentes de controle biológico, os agricultores, as organizações de agricultores, as

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associações de trabalhadores rurais e outras partes interessadas, para que estes possam procurar e entender tais informações antes de usar os agentes de controle biológico. Para facilitar este trabalho, os governos, os grupos de interesse público, as organizações internacionais e as indústrias de pesticidas, darão ênfase especial a:

7.3.1. O uso de materiais educativos, sessões de treinamento e cursos e o uso de pesticidas e outros métodos de controle, a fim de proteger e destacar, apropriadamente, o papel dos agentes de controle biológico como parte do manejo integrado de pragas. Estas atividades, incluindo as sessões de treinamento e os cursos, devem ser financiadas.

7.4. Os responsáveis pela produção e pelo fornecimento dos pesticidas biológicos e de outros agentes biológicos para liberação massiva, devem adotar as medidas e assumir as responsabilidades especificadas no Art. 8 deste Código.

Art. 8. Distribuição, Comércio e Publicidade.

8.1. Os produtores, os industriais e os abastecedores de pesticidas biológicos e de outros agentes de controle biológico para liberação massiva devem:

8.1.1. Tomar todas as medidas necessárias para assegurar que os agentes de controle biológico exportados se ajustem às especificações pertinentes da FAO e da OMS, incluindo o "Código Internacional de conduta para Distribuição e Uso de Pesticidas" da FAO, quando for aplicável.

8.1.2. Analisar todos os produtos de controle biológico para avaliar sua segurança como se estipula no Art. 4°.

8.1.3. Certificar-se de que todos os produtos de controle biológico sejam adequadamente analisados em relação a sua eficácia, estabilidade e qualidade.

8.1.4. Comprometer-se para assegurar que os agentes de controle biológico para exportação estejam sujeitos aos mesmos requisitos e standards de qualidade que aqueles aplicados pelo produtor ou pelo fabricante para produtos comparáveis usados no país exportador.

8.1.5. Esforçar-se para garantir que os agentes de controle biológicos sejam comercializados ou comprados através de comerciantes respeitáveis que deverão ser, preferivelmente, membros de uma associação comercial reconhecida.

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8.1.6. Assegurar que as pessoas envolvidas na distribuição e venda de seus próprios agentes de controle biológico estejam adequadamente treinadas, de tal forma que sejam capazes de aconselhar o comprador sobre seu uso eficiente.

8.1.7. Quando surjam problemas, tomar medidas corretivas voluntariamente e, a pedido dos governos, colaborar na procura de soluções para as dificuldades.

8.2. Deverão ser aplicadas as disposições do Art. 11 do "Código Internacional de Conduta para a Distribuição e o Uso de Pesticidas" à publicidade das preparações comerciais dos agentes de controle biológico para sua venda ao público.

Art. 9. Rotulação, Embalagem e Armazenagem.

9.1. Uma partida deve estar acompanhada por um documento apropriado, especificando que o conteúdo está de acordo com as disposições da licença para essa partida.

9.2. As partidas deverão estar claramente rotuladas quanto a seu conteúdo e manuseio, seja em trânsito ou em sua recepção no país de destino. A informação incluirá instruções para os descarregadores e oficiais no ponto de entrada acerca de como deverá ser manuseado o pacote para evitar danos ao seu conteúdo e instruções para o caso em que a embalagem sofra algum dano. Também deverá indicar se pode ser aberta para inspeções aduaneiras, ou se deve passar diretamente à quarentena antes de ser aberta.

9.3. Para a embalagem deverá ser escolhido e utilizado material inerte e seguro, a fim de que possa ser inspecionado sem provocar vazamentos de seu conteúdo. Sempre que for possível, se realizarão todos os esforços para embarcar o material em uma etapa que não requeira hospedeiros vivos durante o transporte.

9.4. As partidas comerciais dos agentes de controle biológico devem trazer também rótulos relacionados com qualquer requerimento aplicável sob o "Código Internacional de Conduta para a Distribuição e Uso de Pesticida", incluindo instruções claras e adequadas sobre o uso do produto.

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viabilidade, além da data de vencimento.

Art. 10. Intercâmbio de Informação.

10.1. Os governos deverão garantir a manutenção de registros de todas as importações e liberações de agentes de controle biológico em seus países, conforme as especificações do Art. 6.1.2.

10.2. Os profissionais deverão ser estimulados a publicar os resultados dos programas de introdução e liberação em publicações científicas internacionalmente disponíveis, e a incluir detalhes de suas avaliações e do impacto econômico e ambiental de seus programas.

10.3. As comunicações deverão ser efetuadas assim que for possível, uma vez que tenham sido realizadas as importações e liberações.

4. As agências implicadas nos programas de controle biológico ou no abastecimento dos agentes de controle ou na formulação de pesticidas biológicos, deverão esforçar-se para manter um intercâmbio de informação livre e honesto, exceto quando a informação estiver sujeita a segredo comercial.

1. Em particular, deverá ser de conhecimento público a informação concernente à segurança e ao impacto ambiental dos agentes de controle biológico.

2. Os abastecedores de agentes de controle biológico deverão fornecer sempre a documentação completa, incluindo informação sobre: identificação e reconhecimento, segurança, possíveis contaminadores, cultivo ou criação e métodos de manipulação, com a remessa dos agentes. 5. Os especimens certificados deverão ser preservados conforme as

especificações do Art. 6.1.4.

Art. 11. Acompanhamento do cumprimento do Código:

11.1. O Código deverá ser publicado e cumprido através da ação de cooperativas dos governos, individualmente ou em agrupamentos regionais, do sistema de organizações e corpos das Nações Unidas, das organizações governamentais internacionais, das agências de pesquisa e implementação

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e da indústria de pesticidas biológicos.

11.2. O Código deverá ser dado a conhecer a todos os envolvidos com o abastecimento, o manuseio, a distribuição, liberação e comercialização dos agentes de controle biológico introduzidos e no controle dessas atividades, de modo que os governos, individualmente ou em agrupamentos regionais, as agências de pesquisa e implementação, a indústria e as instituições internacionais, compreendam suas responsabilidades compartilhadas no trabalho conjunto, assegurando a consecução dos objetivos do Código.

11.3. Todas as partes mencionadas neste Código deverão cumpri-lo e fomentar os princípios e a ética nele expressos, independentemente da capacidade de outras partes de proceder a seu cumprimento. As agências de pesquisa e implementação e a indústria deverão cooperar completamente para o cumprimento do Código e promover os princípios e a ética nele expressos, independentemente da faculdade dos governos de observar o cumprimento do mesmo.

11.4. Independentemente de qualquer medida tomada com respeito à observância deste Código, todas as regras legais pertinentes, sejam legislativas, administrativas, judiciais e ordinárias, relacionadas com a responsabilidade, a proteção do consumidor, a conservação, o controle da contaminação e outras matérias relacionadas, deverão ser estritamente aplicadas.

11.5. As agências governamentais deverão revisar, periodicamente, a relevância e eficácia do código. O Código deverá ser considerado como um texto dinâmico que pode ser atualizado quando assim for requerido, considerando os progressos técnicos, econômicos e sociais.

Referências

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