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AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

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Academic year: 2021

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AVALIAÇÃO

EXTERNA

DAS

ESCOLAS

2016-2017

A

GRUPAMENTO DE

E

SCOLAS DE

G

RÂNDOLA

RESPOSTA AO CONTRADITÓRIO

A

NÁLISE DO

C

ONTRADITÓRIO

A equipa de avaliação externa procedeu à análise do contraditório apresentado pelo Agrupamento de Escolas de Grândola, na sequência da intervenção realizada entre 25 e 28 de outubro de 2016, o qual mereceu a sua atenção, sendo de registar as apreciações que seguidamente se discriminam.

1. Relativamente à "Caracterização do Agrupamento":

1.1. A designação da unidade de apoio especializado utilizada no projeto de relatório é a oficial, conforme se pode verificar na informação publicitada no site da Direção-Geral da Educação relativa às Unidades de Apoio Especializado para a Educação de Alunos com Multideficiência e Surdocegueira Congénita (Artigo 26.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro), Região Alentejo, Ano Letivo 2016-2017. Assim, no Agrupamento de Escolas de Grândola, mais precisamente na Escola Básica D. Jorge de Lencastre, funciona uma unidade com a designação referida.

1.2. O número de alunos do 3.º ciclo do ensino básico indicado no projeto de relatório é de 424, num total de 20 turmas, ao que acresce uma turma com 15 alunos num curso vocacional dos 2.º e 3.º ciclos. Estes dados estão de acordo com a informação constante do ficheiro Dados de contexto 2016-2017, a qual foi validada pela diretora e reiterada em mensagem veiculada à equipa de avaliação por correio eletrónico, em 02-11-2016, aquando da intervenção no Agrupamento.

2. Em relação aos "Resultados":

2.1. O agravamento nos resultados da disciplina de português no 6.º ano de escolaridade, referido no projeto de relatório, respeita à comparação dos dados observados desde o ano letivo de 2012-2013. O foco da análise não incide especificamente sobre o diferencial, como indicado no contraditório, e, consequentemente mantém-se a asserção "no 6.º ano, os resultados de português registam uma tendência de agravamento nos anos letivos de 2013-2014 e 2014-2015, com valores aquém dos esperados".

2.2. Quanto ao exposto no contraditório, visando a distinção entre as avaliações externas de português e de matemática do 9.º ano, o conteúdo do projeto de relatório pode ser alterado de forma a tornar-se mais preciso no que concerne às "oscilações", embora a apreciação global não sofra modificação.

2.3. O juízo formulado no projeto de relatório, na página 3, Resultados Académicos, "Efetivamente, nos anos letivos em análise, o Agrupamento apresenta valores das variáveis de contexto desfavoráveis e os resultados observados situam-se globalmente aquém dos valores esperados", mantém-se inalterado, uma vez que, reportando-se ao triénio e a todos os níveis de ensino, não contém qualquer incorreção e reflete o balanço global dos dados veiculados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência nos documentos relativos aos Modelos para comparação estatística dos resultados académicos em escolas

de contexto análogo, referentes ao triénio de 2012-2013 a 2014-2015.

2.4. A equipa de avaliação, no decurso da intervenção, cumpriu escrupulosamente a metodologia definida para a atividade Avaliação Externa das Escolas. Tal como preconizado, recolheu, com recurso às diferentes fontes, informação precisa e relevante para fundamentar todos os juízos avaliativos constantes do projeto de relatório, a qual foi triangulada, de modo a garantir que as referências

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efetuadas refletissem a realidade do Agrupamento. Assim, quanto à participação dos alunos, em momento algum foi veiculado à equipa de avaliação que os do 2.º ciclo não participavam nas reuniões de conselho de turma. Acresce que o artigo 50.º, número 1, alínea ii) do regulamento interno preconiza que o "delegado ou subdelegado de turma" são elementos que compõem o conselho de turma, sem que seja mencionada qualquer exceção. Em consequência, procede-se à retificação indicada no contraditório, o que confere ainda maior relevância à asserção constante do projeto de relatório de que "a sua participação é muito reduzida".

2.5. No que concerne ao tratamento de dados relativos à indisciplina, constata-se que os juízos formulados na página 4, Resultados Sociais, do projeto de relatório estão corretos ("tanto no 2.º como no 3.º ciclo, o número de ordens de saída da sala de aula aplicadas aos alunos, diminuiu do ano letivo de 2014-2015 para 2015-2016", "aumentou o número de outras medidas disciplinares corretivas e sancionatórias" e "Nos cursos vocacionais, registou-se um decréscimo no número de medidas disciplinares").

As diferenças assinaladas no contraditório decorrem de gralhas e/ou imprecisões no número de ocorrências indicadas, mas não modificam os juízos avaliativos. Verifica-se que os valores referidos no contraditório também não são inteiramente coincidentes com os constantes dos relatórios do

Departamento de Monitorização, Avaliação e Desenvolvimento Organizacional (DMADO), como é o caso

do número de ordens de saída da sala de aula aplicadas. O relatório do DMADO de 2014-2015, na página 21, aponta 149 ocorrências no 3.º ciclo, enquanto o de 2015-2016 refere 157, sem explicitar a respetiva alteração ou atualização. Ainda, a título de exemplo, as medidas disciplinares corretivas e sancionatórias aplicadas no 2.º ciclo têm uma gralha no projeto de relatório, dado que, na página 4, onde se lê "16-289" deveria ler-se "16-25" (e não "16-28", como se refere no contraditório), considerando os dados indicados na página 3, do relatório do DMADO de 2015-2016. Face ao exposto, a equipa de avaliação entende manter a redação do projeto de relatório, eliminando os valores numéricos.

Sublinha-se igualmente que o projeto de relatório faz alusão "(...) à necessidade de se proceder a uma reflexão sobre a eficácia das estratégias já iniciadas (...)" e não às implementadas no presente ano letivo, uma vez que, à data da intervenção, dado o pouco tempo decorrido, as mesmas ainda não tinham produzido resultados mensuráveis.

2.6. O contraditório assinala como incorreção a percentagem de alunos do 2.º ciclo, alvo de medidas disciplinares, que tiveram sucesso deficitário, aspeto que se confirma na página 8, do relatório do DMADO de 2015-2016. Procede-se à respetiva retificação no projeto de relatório, o que reforça, como indicado na página 4 do mesmo "(...) a necessidade de se proceder a uma reflexão sobre a eficácia das estratégias já implementadas, sem descurar a sua relação com as metodologias de ensino privilegiadas em sala de aula, com vista à melhoria das atitudes, dos comportamentos e dos resultados."

3. Em relação à "Prestação do serviço educativo":

3.1. No que se respeita ao campo de análise Planeamento e Articulação, página 6 do projeto de relatório, a referência a "hábitos de trabalho individual e de colaboração informal e não sistemática" é justa e reflete a realidade do Agrupamento, o que é confirmado a páginas 3 e 4 do contraditório (considera-se

que, efetivamente, no 3.º ciclo e no ensino secundário prevalecem hábitos de trabalho de colaboração informal). Acresce que, nos 1.º e 2.º parágrafos do mesmo campo de análise, é feita particular menção ao

trabalho desenvolvido neste âmbito pela educação pré-escolar e pelo 1.º ciclo do ensino básico, pelo que não colhe o exposto no contraditório.

3.2. Quanto à diferenciação pedagógica, dado que as evidências recolhidas sustentam o juízo formulado pela equipa de avaliação, mantém-se sem alteração o conteúdo do projeto de relatório, na página 6,

Práticas de Ensino "(...) está pouco generalizada a implementação de práticas de diferenciação

pedagógica em sala de aula, com recurso à diversificação das estratégias de ensino e à aprendizagem cooperativa, de modo a reforçar a autonomia e o sucesso dos alunos". No que respeita ao alegado no

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contraditório "ao nível do 1.º ciclo estas [práticas de diferenciação pedagógica] são realizadas com frequência, nomeadamente nos grupos constituídos por alunos de diferentes anos de escolaridade", apenas se esclarece que são diferentes os currículos. Assim, tal como identificado no projeto de relatório, considera-se que o Agrupamento deve investir na formação e no desenvolvimento profissional dos docentes neste âmbito.

3.3. Aceita-se a inexatidão a que o contraditório se refere sobre a entidade parceira do Agrupamento para a oferta do ensino artístico especializado da música em regime articulado, embora se esclareça que não sendo a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense – Música Velha, como indicado no projeto de relatório, também não é precisa a designação "Escola de Artes de Sines", como mencionado no contraditório, mas sim "Escola das Artes do Alentejo Litoral".

3.4. Em relação às tecnologias de informação e comunicação, o projeto de relatório salvaguarda o constrangimento que se prende com o acesso e com a desigualdade em termos de quantidade e de grau de funcionalidade, aspeto que como é óbvio reflete "um constrangimento não imputável aos docentes", tal como aludido no contraditório. Porém, mantém-se como juízo avaliativo fundamentado nas evidências recolhidas que "(...) é reduzida a sua utilização nos processos de ensino e de aprendizagem, sendo, na generalidade, limitada à projeção/reprodução de conteúdos dos manuais escolares".

3.5. O contraditório não apresenta fundamentos que contrariem o que é dito no projeto de relatório a respeito da "inexistência de um mecanismo de observação e de acompanhamento das práticas letivas em sala de aula" e quando pretende esclarecer que (...) este está a ser iniciado no âmbito do PNPSE,

havendo referência a este objetivo no Projeto Educativo 2015-2018, nada lhe acrescenta, uma vez que

esta informação já está contemplada na página 7 do projeto de relatório. 4. Em relação à "Liderança e Gestão":

4.1. O projeto de relatório não refere que a dificuldade na divulgação das atividades das associações de pais e encarregados de educação do Agrupamento se deva a indisponibilidade de qualquer das partes. Reitera-se que as mesmas são pouco interventivas e que esta permanece uma questão não resolvida. 4.2. Quanto às lideranças intermédias, o contraditório aponta como sendo positivo o funcionamento conjunto (...) dos Conselhos Pedagógicos das duas unidades agregadas, o que na sequência das diversas

incidências que ocorreram no período em apreciação, possibilitou uma reflexão e um conhecimento mais alargado e abrangente da unidade entretanto constituída. Contudo, a equipa, com base na informação

recolhida nas entrevistas, nos documentos analisados e na inexistência das melhorias necessárias e anteriormente assinaladas, mantém o juízo formulado no projeto de relatório que aprecia este facto enquanto inibidor da superação dos pontos fracos mencionados nas avaliações externas anteriores, designadamente no que respeita à prestação do serviço educativo e com reflexos nos resultados.

4.3. À exceção do número de elementos que constituem atualmente a equipa do DMADO, nada mais colhe no alegado no contraditório sobre a autoavaliação do Agrupamento. Apesar de diferentes grupos, em vários momentos, terem procedido à recolha e tratamento de alguns dados (resultados académicos e ocorrências de natureza disciplinar, por exemplo), as evidências recolhidas demonstram que o trabalho desenvolvido não se reveste da intencionalidade, sistematicidade e rigor necessários a um efetivo processo de autoavaliação, de modo a devolver ao Agrupamento uma visão fiável e integrada do seu funcionamento, permitindo, assim, a melhoria da prestação do serviço educativo e dos resultados. Também não se compreende a referência no contraditório ao "Relatório de Apoios Educativos", uma vez que no projeto de relatório, página 8, Monitorização e Avaliação do Ensino e das Aprendizagens, já se tinha dado nota de "(...) um relatório de 2013-2014, relativo ao aproveitamento dos estudantes dos 7.º, 8.º e 9.º anos apoiados na escola secundária (...)". Efetivamente, o Agrupamento não procedeu, no triénio de 2013-2014 a 2015-2016, ao levantamento nem ao tratamento desses dados para todos os anos de

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escolaridade, o que foi confirmado pela impossibilidade de a diretora remeter à equipa de avaliação as taxas de sucesso dos alunos com dificuldades de aprendizagem apoiados. Também este exemplo demonstra que "as práticas são descontinuadas".

C

ONCLUSÃO

Face ao exposto, a equipa entende não se justificar qualquer alteração aos juízos avaliativos formulados no projeto de relatório nem, por conseguinte, às classificações atribuídas nos domínios.

Contudo, tendo por referência os pontos de análise do contraditório anteriormente desenvolvidos, no texto do projeto de relatório serão efetuadas as seguintes retificações:

2.2. Na página 3, Resultados Académicos, onde constava "O 9.º ano apresenta oscilações nos resultados obtidos nas avaliações externas de português e de matemática, ao longo do triénio em apreciação, mas os valores observados estão acima dos esperados em 2014-2015", passou a constar "Ao longo do triénio em apreciação, o 9.º ano apresenta oscilações nos resultados obtidos nas avaliações externas de matemática. Em português, os valores observados estão acima dos esperados, à exceção do ano letivo de 2012-2013".

2.4. Na página 4, Resultados Sociais, onde constava "(...) a sua participação é muito reduzida e, embora os mesmos, no que respeita aos 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário, estejam presentes nas reuniões de conselho de turma, (...)", passa a constar "(...) a sua participação é muito reduzida e, embora os mesmos, no que respeita ao 3.º ciclo e ensino secundário, estejam presentes nas reuniões de conselho de turma, (...)".

2.5. Na página 4, Resultados Sociais, onde constava "Constatou-se que, tanto no 2.º como no 3.º ciclo, o número de ordens de saída da sala de aula aplicadas aos alunos, diminuiu do ano letivo de 2014-2015 para 2015-2016 (277-184 e 149-146, respetivamente). Em contrapartida, aumentou o número de outras medidas disciplinares corretivas e sancionatórias, designadamente a realização de tarefas e atividades, a repreensão registada e a suspensão (16-289 e 8-16, respetivamente). Nos cursos vocacionais, registou-se um decréscimo no número de medidas disciplinares, tanto nas ordens de saída da sala de aula (71-24) como nas outras medidas disciplinares corretivas e sancionatórias (22-3)", passou a constar "Constatou-se que, tanto no 2.º como no 3.º ciclo, o número de ordens de saída da sala de aula aplicadas aos alunos diminuiu do ano letivo de 2014-2015 para 2015-2016. Em contrapartida, aumentou o número de outras medidas disciplinares corretivas e sancionatórias, designadamente a realização de tarefas e atividades, a repreensão registada e a suspensão. Nos cursos vocacionais, registou-se um decréscimo no número de medidas disciplinares, tanto nas ordens de saída da sala de aula, como nas outras medidas disciplinares corretivas e sancionatórias."

2.6. Na página 4, Resultados Sociais, onde constava "(...) no 2.º ciclo, 25% dos que foram alvo de medidas disciplinares tiveram insucesso e 25% obtiveram um sucesso deficitário (...)", passou a constar "(...) no 2.º ciclo, 25% dos que foram alvo de medidas disciplinares tiveram insucesso e 50% obtiveram um sucesso deficitário (...)".

3.3. Na página 7, Práticas de Ensino, onde constava "Concretiza-se, sobretudo, na oferta do ensino artístico especializado da música em regime articulado (em parceria com a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense – Música Velha)", passou a constar "Concretiza-se, sobretudo, na oferta do ensino artístico especializado da música em regime articulado (em parceria com a Escola das Artes do Alentejo Litoral)".

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4.3. Na página 11, Autoavaliação e Melhoria, onde constava "Esta equipa é constituída apenas por docentes, sendo que dos dez elementos que a compõem (...)", passou a constar "Esta equipa é constituída apenas por docentes, sendo que dos sete elementos que a compõem (...)".

Área Territorial de Inspeção do Sul 20-07-2017

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