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Conceito: Jornada de trabalho é a quantidade de labor (trabalho) diário do empregado.

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Academic year: 2021

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1 JORNADA DE TRABALHO

Conceito: Jornada de trabalho é a quantidade de labor (trabalho) diário do empregado. Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.

§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.

§ 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não tratando-servido por transporte público, o empregador fornecer a condução.

§ 3o Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas de pequeno porte, por meio de acordo ou convenção coletiva, em caso de transporte fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como a forma e a natureza da remuneração.

Jornada de trabalho é o tempo em que o empregado deve prestar serviço ou ficar à disposição do empregador, habitualmente, excluídas as horas extraordinárias.

Limite de jornada:

Há uma jornada normal diária e semanal:

- Art. 7º, XIII, CF: jornada máxima de 8 horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de horas e a redução da jornada por acordo ou convenção coletiva de trabalho.

Com a Reforma Trabalhista, o limite da jornada diária poderá chegar a 12 horas por dia, não mais apenas para algumas profissões com autorização do Ministério do Trabalho, mas qualquer profissão, desde que não ultrapasse o limite de 220 horas semanais. Haverá também o trabalho intermitente, em que o empregado recebe por hora trabalhada, sem uma jornada definida, com respeito ao valor do salário mínimo por hora.

Há possibilidade de as partes acordarem compensação de horas dentro deste limite e não trabalhar durante todos os dias da semana. Assim, o empregado trabalha 8 horas e 48 minutos de segunda-feira a sexta-feira e não trabalha aos sábados, de modo que as 4 horas do sábado sejam distribuídas durante os outros dias úteis da semana.

O banco de horas pode ser acordado por convenção coletiva de trabalho e acordo coletivo de trabalho, ou até mesmo por acordo individual. As horas a mais poderão ser compensadas diretamente até a semana seguinte, e se não compensadas, deverão ser pagas como horas extras no mês seguinte.

Entre 5 e 10 minutos antes e entre 5 e 10 minutos depois, na entrada e na saída, não são consideradas horas extras. Acima deste limite, é hora extra (art. 58, § 1º, CLT e Súmula 366 do TST).

Adicional de no mínimo 50% para o trabalho suplementar (horas extras). Obs.: Proibição de trabalho noturno aos menores de 18 anos.

Leis esparsas e CLT. Exemplo: bancários. Turnos ininterruptos de revezamento

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2 Jornada máxima de 6 horas para os turnos ininterruptos de revezamento, substituindo-se no mesmo posto de trabalho nos horários diurno e noturno. Há um rodízio na prestação do serviço. Não se aplica aos turnos fixos.

Prorrogada até 8 horas, por acordo ou convenção coletiva de trabalho, não recebe hora extra. A alteração de jornada de revezamento pela jornada fixa somente pode acontecer se for em benefício do empregado.

Mas a jornada de 8 horas diárias, em 3 turnos de revezamento, em que o empregado trabalha e se alimenta na empresa, são acordos de mútuo consentimento, mas ilegais. Nestes acordos, não há recebimento destas 2 horas a mais como horas extras.

Outras jornadas:

Jornalista, músico, radialista: 5 horas Bancários: 6 horas, 5 dias por semana Telefonista, ascensorista: 6 horas Motoristas: 7 ou 8 horas

O regime de trabalho em jornada de 12x36 (12 horas de trabalho e 36 horas de descanso), a jornada diferenciada será válida exclusivamente por acordo coletivo. Neste caso, o empregado não fará jus a adicional de hora extra pelo trabalho das 11ª e 12ª horas. A Súmula do TST diz: "É valida, em caráter excepcional, a jornada de 12 horas de trabalho por 36 de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas"

Com a Reforma Trabalhista, o limite da jornada diária poderá chegar a 12 horas por dia, não mais apenas para algumas profissões com autorização do Ministério do Trabalho, mas qualquer profissão, desde que não ultrapasse o limite de 220 horas semanais.

Jornada in itinere:

É considerado como tempo de trabalho efetivo o tempo gasto com transporte fornecido pelo empregador até o local de trabalho e o retorno, quando não exista transporte público. É a condução fornecida pelo empregador para o empregado até o local de trabalho.

Obrigatoriedade de cômputo para o trabalho rural, que não dispõe de serviço público de transporte.

A mera insuficiência de transporte público não é suficiente para a jornada in itinere.

Se há transporte público em parte e parte pela empresa, somente a parte pela empresa é jornada in itinere.

Se ultrapassar o limite de jornada, conta como horas extras.

ME e EPP: podem estipular valor diferente da hora trabalhada (art. 58, § 3º CLT e LC 123/2006).

Deslocamento dentro da empresa: O empregado que passa a portaria e deve ter longa caminhada dentro da empresa até chegar ao seu posto de trabalho, sem nenhum tipo de transporte pela empresa, já contabiliza como jornada de trabalho. Exemplo: marinheiro que sai para pescar, petroleiro que embarca para a plataforma em alto-mar, funcionário da Rede Globo até chegar ao seu ponto de trabalho.

Convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de trabalho pode estabelecer limite de jornada in itinere.

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3 Com a Reforma Trabalhista, não haverá mais a jornada de trabalho in itinere, pois não será mais considerada a jornada de trabalho in itinere, ou seja, não será mais jornada de trabalho o percurso do trabalho para casa e de casa para o trabalho, por nenhum meio, nem mesmo com o fornecimento de transporte pelo empregador, porquenão se considera mais como à disposição do empregador.

Contratação por tempo parcial

Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais.

§ 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral.

§ 2o Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva.

Jornada reduzida: A lei, convenção coletiva, ou as partes, em comum acordo, podem, no ato da admissão do empregado, fixar jornada inferior à normal. A redução legal da jornada deve levar à uma redução proporcional dos salários.

Mas: durante a relação de emprego, não pode reduzir a jornada com a redução de salário, salvo se for do interesse do empregado, como, por exemplo, para cursos ou outros empregos).

Em caso de crise econômica, pela Constituição Federal só pode reduzir a jornada e o salário por meio de acordo coletivo ou convenção coletiva.

Respeita-se o salário mínimo mensal proporcional ou o piso da categoria proporcional.

Regime de tempo parcial: Não há impedimento algum para que o empregado seja contratado em tempo parcial que as partes escolham.

Mas o art. 58-A se refere aos contratos que já existiam em tempo integral ou parcial e que queiram ter a jornada reduzida.

Não se aplica aos contratos anteriores de parcial ou aos futuros de tempo integral que necessitam ser reduzidos. Para estes, se aplica as regras comuns: salário mínimo horário e os demais direitos são proporcionais ao tempo contratado.

Trata-se de uma medida paliativa ao desemprego. Neste caso, deve se alterar por convenção ou acordo coletivo de trabalho.

Obs.: Aos aprendizes não se configura contrato a tempo parcial

Com a Reforma Trabalhista,o regime de trabalho a tempo parcial será não mais até 25 horas, e sim de até 30 horas. A proibição de horas extras no regime de trabalho parcial não vale mais, pois é possível até 06 horas semanais, com o pagamento de no mínimo 50% a mais a hora extra.

Controle de jornada

Estabelecimentos (incluindo matriz e filiais) com mais de 10 empregados, devem fazer controle de jornada.

Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova.

Quando o empregador não cumpre, cabe a ele o ônus da prova das horas extras, prevalecendo a jornada da petição inicial se o empregador não a elidir.

O juiz do trabalho pode considerar os cartões ponto como válidos ou inválidos, diante de outros meios de prova e prova oral.

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4 Com a Reforma Trabalhista, o controle da jornada de trabalho é regulamentado pelo empregador e pode ser acordado entre empregado e empregador.

Classificação da jornada de trabalho: Quanto à duração:

a) Ordinária ou normal – 8 horas diárias e 44 horas semanais, mas com a Reforma Trabalhista, a jornada pode ser de até 12 horas por dia, desde que respeite o máximo de 220 horas por semana.

b) Extraordinária ou suplementar – horas extras Quanto ao período

a) Diurna – entre 5h00 e 22h00 b) Noturna – entre 22h00 e 5h00

c) Mista – parte noturna e parte diurna. Exemplo: das 16h00 às 24h00 d) Em revezamento – semanal ou quinzenalmente

Quanto à condição pessoal do trabalhador:

a) Menor e adulto – menor só pode ter sobrejornada se houver acordo de compensação de horas e no caso de prorrogação de horas por motivo de força maior.

b) Homens e mulheres – não há diferença, a partir da Constituição Federal de 1988. Quanto à remuneração

a) Hora extra, com acordo de prorrogação de horas

b) Sem acréscimo de salário, com acordo de compensação de horas Quanto à rigidez de horário

a) Flexível – sem horário rígido de começo e fim b) Inflexível – com horário rígido de começo e fim Quanto à profissão

a) Normas gerais – 8 horas diárias e 44 horas semanais – com a Reforma Trablhista, o limite é 220 horas mensais, e pode ser de até 12 horas diárias dentro desse limite mensal.

b) Normas especiais – determinadas profissões: - jornalista - 5 horas diárias

- bancário - 6 horas diárias - telefonista - 6 horas diárias

- professor – mesmo estabelecimento - 4 aulas seguidas ou 6 intercaladas - bombeiro – 36 horas semanais, intercaladas em escalas de 12 h x 36 hs. - assistente social – 30 horas semanais

Horas Extras

Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.

§ 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 50% (cinqüenta por cento) superior à da hora normal.

§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.

§ 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao

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5 pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.

§ 4o Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras. Não são contabilizados como horas extras o acréscimo na entrada ou na saída de 5 a 10 minutos.

Havendo dois adicionais, calculam-se separadamente e não um sobre o outro.

Em salários de comissão e mistos, calculam-se as horas extras pela média das comissões. Trabalho em domicílio fica difícil de configurar horas extras. Entre os dois extremos de considerar trabalhando 24 horas ou só nos minutos que prestou serviço (exemplo: celular), o juiz deve adotar a solução justa. Exemplo: aeronauta, quando chamado deve se apresentar em 90 minutos. O celular dificulta a identificação pela generalidade de seu uso.

As horas extras habituais descaracterizam o banco de horas.

Há o sistema de compensação de horas, que pode ser feito por acordo individual ou coletivo, mas neste caso a compensação de horas deve ser feito dentro da mesma semana (em relação às 44 horas semanais, que o empregado pode trabalhar 8horas e 48 minutos de segunda a sexta-feira para não trabalhar aos sábados)

As horas extras são pagas com adicional de 50%, no mínimo.

Para se calcular o valor de uma hora extra, divide-se o salário mensal do empregado por 220 (número de horas trabalhadas no mês no caso de contratos de trabalho de 8 horas diárias) ou 180 (número de horas trabalhadas no caso de contratos de trabalho de 6 horas diárias) e encontra-se o valor de uma hora de trabalho normal. Então, soma-se mais 50% desse valor para se saber o valor de uma hora extra. E, por fim, multiplica-se o valor de uma hora extra pelo número de horas extras trabalhadas.

Proibido para o menor de idade, que só pode fazer hora extra excepcionalmente e se o seu empregador tiver compensação de horas.

Acordo de compensação de horas, por acordo ou convenção coletiva ou acordo individual. Mas se prestadas habitualmente, descaracteriza a compensação e paga horas extras.

Convenções coletivas de trabalho, acordos coletivos de trabalho e regulamentos de empresa: podem estipular adicionais maiores para as horas suplementares e limites menores de jornada.

A habitualidade por pelo menos 1 ano dá direito a indenização correspondente a 1 mês de horas extras suprimidas por ano, ou fração superior a 06 meses (Súmula 291 do TST)

Banco de horas

Não há horas extras se houver banco de horas.

A compensação deve ser analisada com bom senso. Os sábados permitem compensação. Sempre há que se observar o limite fisiológico do ser humano, de 10 horas diárias (exceto os casos de jornada de 12 x 36). A compensação deve ser feita no período de 01 ano. As horas extras de um dia podem ser compensadas com a ausência de outro dia. Sua implantação depende de acordo ou convenção coletiva de trabalho. Após 01 ano, as horas não compensadas serão consideradas horas extras. Mas para a empresa, esta pode reclamar a compensação para o empregado não trabalhar mesmo após o período de 01 ano. Com a rescisão do contrato, as horas não compensadas, deverão ser pagas como horas extras.

O regime de compensação deve obedecer o módulo anual (12 meses). Exige acordo ou convenção coletiva de trabalho.

Máximo de duas horas diárias

Acordo ou negociação coletiva ou acordo individual.

Não pode descontar do salário e o empregado for considerado devedor do empregador, por conta das pontes de feriados. Se houve ponte, foi por liberalidade do empregador.

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6 Com a Reforma Trabalhista, o banco de horas pode ser acordado por convenção coletiva de trabalho e acordo coletivo de trabalho, ou até mesmo por acordo individual. As horas a mais poderão ser compensadas diretamente até a semana seguinte, e se não compensadas, deverão ser pagas como horas extras no mês seguinte, no valor de no mínimo 50% a mais da hora normal.

O regime de trabalho a tempo parcial será não mais até 25 horas, e sim de até 30 horas. A proibição de horas extras no regime de trabalho parcial não vale mais, pois é possível até 06 horas semanais.

Necessidade imperiosa Duas situações:

a) Força maior – acontecimento inevitável, imprevisível, para o qual não concorreu, direta ou indiretamente, o empregador. Exemplo: catástrofe.

b) Serviços inadiáveis, cuja inexecução possa acarretar manifesto prejuízo ao empregador. Ambos os casos devem ser comunicados à DRTE no prazo de 10 dias de sua implantação. a) Não há limite

b) Limite de 12 horas diárias.

Mas, com a Reforma Trabalhista, pode ocorrer jornada normal de até 12 horas por dia, respeitado o limite de 220 horas semanais.

Recuperação do tempo perdido em razão de paralisação da empresa

É a prorrogação de jornada para a reposição de trabalho não realizado em razão da interrupção do trabalho da empresa como um todo.

Maximo de 2 horas diárias em 45 dias ao ano. Mais, só com comunicação à DRTE. Empregados que não têm direito a horas extras

Empregados excluídos deste direito pela CLT:

a) Atividades externas incompatíveis com a fixação de horário. Exemplo: viajantes, vendedores pracistas, motoristas de carga, etc.

Mas se tem que passar todos os dias para pegar a ordem de serviço ou na mesma cidade, aí tem como fixar jornada.

b) Gerentes, diretores e chefes de departamentos – empregado de cargo de confiança com encargos de gestão, padrão remuneratório elevado em comparação aos demais empregados, aquele que admite ou demite em nome do empregador, etc.

Empregados proibidos de fazer horas extras

a) Menor, salvo força maior, e se for imprescindível para a empresa e houver compensação de horas.

b) Cabineiro de elevador (ascensorista)

c) Bancários, só podem excepcionalmente e não pode haver pré-contratação (acordo de prorrogação desde o início).

d) Telefonista, somente em necessidade indeclinável.

Sobreaviso, prontidão, bip, Pager, laptop, celular, tacógrafo, GPS

a) Sobreaviso – regime em que o empregado permanece em casa aguardando ser chamado a qualquer tempo pelo empregador. A hora de sobreaviso deve ser remunerada em 1/3 da hora normal.

b) Prontidão – regime em que o empregado permanece no próprio estabelecimento (ferrovias), aguardando ser chamado. Remunerados com 2/3 da hora normal.

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7 c) Tacógrafo – o empregado utiliza o veículo de propriedade da reclamada, ainda que este

equipamento seja apenas para medir a velocidade do veículo.

d) GPS (rastreador): parece possível o controle da jornada, na medida em que o empregador tem como localizar onde está o veículo e o horário da localização.

e) BIP, telefone celular, iphone, ipod, pager, tablet e laptop: não caracterizam sobreaviso, porque o empregado pode se locomover livremente.

A Lei n.º 12.551/2011 alterou a CLT, permitindo que o trabalho em casa (teletrabalho) ou o uso de celular e email possam ser considerados jornada de trabalho fixas ou horas extras, desde que presentes os requisitos do contrato de trabalho (subordinação, etc.). Entende-se que as chamadas correspondem à disposição do empregado ao empregador, no sentido de receber ordens. Em suma, comprovada a subordinação, além dos outros requisitos, pode-se caracterizar jornada de trabalho normal, e não sobreaviso ou prontidão.

Com a Reforma Trabalhista, há a possibilidade de trabalho remoto, em que o empregado trabalha à distância ou em sua residência, sendo que depende do acordo feito no contrato de trabalho. O empregado que, fora de sua jornada de trabalho norma, for escalado para aguardar ser chamado por celular, a qualquer momento, para trabalhar, está em regime de sobreaviso. Nova redação da Súmula 428 do Tribunal Superior do Trabalho, que trata do regime de sobreaviso, com esse novo entendimento, foi aprovada em setembro de 2012.

A grande mudança nessa Súmula é que não é mais necessário que o mpregado permaneça em casa para que se caracterize o sobreaviso, basta o "estado de disponibilidade", em regime de plantão, para que tenha direito ao benefício. No entanto, o TST deixou claro que apenas o uso do celular, pager ou outro instrumento tecnológico de comunicação fornecido pela empregador não garante ao empregado o recebimento de horas extras nem caracteriza submissão ao regime de sobreaviso.

Uma vez caracterizado o sobreaviso, o trabalhador tem direito a remuneração de um terço do salário-hora multiplicado pelo número de horas que permaneceu à disposição. Se for acionado, recebe hora extra correspondente ao tempo efetivamente trabalhado.

Para garantia de empregado e empregador, o ideal é que conste no contrato de trabalho que o empregado só está obrigado a atender o celular se receber por isso como sobreaviso ou hora extra. Caso contrário, o empregado não está obrigado a atender o celular ou responder o e-mail fora de seu horário de trabalho.

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