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PROJETO DE LEI Nº 134/2014. NOSSO MUNICÍPIO. O PREFEITO MUNICIPAL,

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PROJETO DE LEI Nº 134/2014.

ALTERA A LEI Nº 11.304, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2013, QUE “CRIA O SERVIÇO VOLUNTÁRIO, COM OBJETIVOS CÍVICOS, CULTURAIS, CIENTÍFICOS, EDUCACIONAIS, OU DE ASSISTÊNCIA SOCIAL EM NOSSO MUNICÍPIO”.

O PREFEITO MUNICIPAL,

Faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica alterada a Lei nº 11.304, de 13 de fevereiro de 2013, que passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1º ...

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§ 3º O termo de adesão só poderá ser formalizado após prévia verificação da idoneidade do candidato à prestação de serviço voluntário e da regularidade da sua documentação civil, bem assim da apresentação de atestado médico de saúde física e mental.” (NR)

“Art. 1º-A O serviço voluntário não gera vínculo funcional ou empregatício com o Município de Uberlândia, nem qualquer obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim.”(NR)

“Art. 1º-B Fica vedada a substituição de qualquer categoria profissional, servidor ou empregado público vinculado ao Município de Uberlândia pelo prestador de serviço voluntário.” (NR)

“Art. 1º-C Os órgãos da Administração Pública Municipal Direta, em razão da vedação prevista o artigo anterior, previamente à admissão de prestadores de serviços voluntários, deverão consultar a Secretaria Municipal de Administração quanto à correspondência ou não dos serviços a serem prestados pelos voluntários, por área de

atuação, com qualquer atribuição própria de categoria

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§ 1º Para os fins do disposto no caput deste artigo, a consulta à Secretaria Municipal de Administração deverá ser instruída com a descrição pormenorizada das atividades a serem desenvolvidas pelos prestadores de serviços voluntários.

§ 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica às autarquias e fundações municipais, ficando essas pessoas jurídicas plenamente responsáveis pela estrita observância da vedação prevista no artigo anterior considerando seus respectivos quadros de cargos, funções e empregos públicos.” (NR)

“Art. 1º-D A periodicidade semanal e a duração diária da prestação do serviço voluntário poderão ser livremente ajustadas entre o órgão municipal, autarquias e fundações municipais e o voluntário, de acordo com a conveniência de ambas as partes.” (NR)

“Art. 1º-E A prestação de serviços voluntários terá prazo de duração de até 01 (um) ano, prorrogável por igual e sucessivo período, a critério dos órgãos, autarquias e fundações municipais, ao qual se vincule o serviço, mediante termos aditivos.

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§ 1º O termo de adesão poderá ser unilateralmente rescindido pelas partes, a qualquer tempo, mediante prévia e expressa comunicação.

§ 2º A interrupção ou abandono do serviço voluntário ocorrerá quando o prestador de serviço por qualquer razão não possa manter uma periodicidade ou não queira mais prestar o trabalho voluntário.

§ 3º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior, deverá o prestador de serviço voluntário notificar, por escrito, o órgão municipal, autarquia ou fundação municipal, ao qual se encontre prestando serviços, sob pena de responsabilidade nos termos da lei.”(NR)

“Art. 1º-F São direitos do prestador de serviços voluntários:

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II - receber capacitação e orientações para exercer adequadamente suas atividades;

III - encaminhar sugestões e reclamações ao responsável pelo corpo de voluntários dos órgãos, das autarquias ou fundações municipais, visando ao aperfeiçoamento da prestação dos serviços;

IV - ter à sua disposição, local adequado e seguro para a guarda de seus objetos de uso pessoal.” (NR)

“Art. 1º-G São deveres do prestador de serviços voluntários, dentre outros, sob pena de desligamento:

I - manter comportamento compatível com sua atuação;

II - ser assíduo no desempenho de suas atividades;

III - identificar-se mediante o uso do crachá que lhe for entregue, nas dependências do órgão, autarquia ou fundação

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municipais nas quais exerce suas atividades ou fora delas quando a seu serviço;

IV - tratar com urbanidade o corpo de servidores públicos do órgão, autarquia e fundação municipais nas quais exerce suas atividades, bem assim os demais prestadores de serviços voluntários e o público em geral;

V - exercer suas atividades, conforme previsto no termo de adesão, sempre sob a orientação e coordenação do responsável designado pela direção dos órgãos, autarquias e fundações municipais a que se encontra vinculado;

VI - justificar as ausências nos dias em que estiver escalado para a prestação de serviço voluntário;

VII - reparar danos que por sua culpa ou dolo vier a causar à Administração Pública Municipal, às autarquias e fundações municipais ou a terceiros na execução dos serviços voluntários;

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VIII - respeitar e cumprir as normas legais e regulamentares, bem como observar outras vedações que vierem a ser impostas pelo órgão, autarquia e fundação municipais em que se encontrar prestando serviço voluntário.” (NR)

“Art. 1º-H É vedado ao prestador de serviços voluntários:

I - exercer funções privativas de categoria profissional, servidor público municipal ou empregado público vinculado ao Município de Uberlândia;

II - identificar-se invocando sua condição de voluntário quando não estiver no pleno exercício das atividades voluntárias no órgão, autarquia e fundação municipais a que se vincule;

III - receber, a qualquer título, remuneração ou ressarcimento pelos serviços prestados voluntariamente.” (NR)

“Art. 1º-I Será desligado do exercício de suas atividades o prestador de serviços voluntários que descumprir qualquer das normas previstas nesta Lei.

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Parágrafo único. Fica vedado o reingresso do prestador de serviços voluntários desligado na forma deste artigo.” (NR)

“Art. 1º-J Incumbirá aos órgãos, às autarquias e às fundações municipais, no âmbito de suas respectivas competências, quando vinculadas às áreas de atuação relacionadas no artigo 1º desta Lei, mediante ato próprio:

I - dispor sobre a organização e o gerenciamento do corpo de prestadores de serviços voluntários sob suas respectivas responsabilidades;

II - estabelecer as atividades que poderão ser exercidas voluntariamente, sem que ocorra a substituição de trabalho próprio de qualquer categoria profissional, servidor ou empregado público vinculado ao Município de Uberlândia, observado o disposto no artigo 1º-C desta Lei;

III - fixar, quando for o caso, outros requisitos a serem satisfeitos pelos prestadores de serviço voluntário em razão de

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eventuais especificidades de cada órgão, autarquia ou fundação municipais;

IV - aprovar modelo interno de termo de adesão à prestação de serviço voluntário com conteúdo que contemple o disposto nesta Lei e atenda às suas necessidades específicas.

Parágrafo único. Caberá ainda aos órgãos, autarquias e fundações municipais manter banco de dados atualizado de seus prestadores de serviços voluntários, contendo, no mínimo, nome, qualificação, endereço residencial, data de admissão, atividades desenvolvidas, bem como a data e o motivo da saída do quadro de voluntários.” (NR)

“Art. 1º-K Ao término da prestação dos serviços voluntários, desde que não for inferior ao período de 01 (um) mês, deverá o órgão, autarquia e fundação municipais, a pedido do interessado, emitir declaração de sua participação no serviço voluntário instituído por esta Lei.” (NR)

“Art. 1º-L Cada órgão, autarquia ou fundação municipal que mantenha corpo de prestadores de serviços voluntários deverá

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designar, para coordená-lo, agente público de seu quadro de pessoal, ao qual competirá zelar pelo fiel cumprimento das normas constantes desta Lei, sob pena de responsabilidade funcional.”(NR)

“Art. 2º-A Os órgãos da Administração Pública Municipal Direta, as autarquias e as fundações municipais terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de publicação desta Lei para adequar seu serviço de voluntariado às normas aqui constantes.”(NR)

Art. 2º Ficam acrescidos o § 3º ao art. 1º, os arts. A a 1º-L e o art. 2º-A à 1º-Lei nº 11.304, de 13 de fevereiro de 2013.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Uberlândia, 5 de junho de 2014.

Gilmar Machado Prefeito LRBC/HRG/gcmm / PGM Nº 3.628/2014

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MENSAGEM

Temos a honra de encaminhar a Vossa Excelência, para deliberação por essa Egrégia Câmara, o projeto de lei que “ALTERA A LEI Nº 11.304, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2013, QUE ‘CRIA O

SERVIÇO VOLUNTÁRIO, COM OBJETIVOS CÍVICOS,

CULTURAIS, CIENTÍFICOS, EDUCACIONAIS, OU DE

ASSISTÊNCIA SOCIAL EM NOSSO MUNICÍPIO’”.

O Programa Voluntário, criado pelo Conselho da Comunidade Solidária em 1997, com o objetivo de promover e fortalecer o voluntariado no Brasil define voluntário como o "cidadão que, motivado pelos valores de participação e solidariedade, doa seu tempo, trabalho e talento, de maneira espontânea e não remunerada, para causas de interesse social e comunitário".

Este conceito não difere do difundido pela Organização das Nações Unidas – ONU, para quem voluntário é o "jovem ou o adulto que, devido ao seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social ou outros campos."

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Nos conceitos de voluntários acima transcritos, encontra-se implícita a principal motivação para o exercício do voluntariado: a satisfação do seu executor. O trabalho voluntário gera realização pessoal, bem estar interior advindo do prazer de servir a quem precisa. Funda-se no sentimento de solidariedade e amor ao próximo, na importância de sentir-se socialmente útil.

Não apenas servidores públicos podem desempenhar atividades voltadas ao serviço público, o trabalho voluntário também pode auxiliar nessa função, mas não pode substituir o trabalhador qualificado para o serviço público. A intenção da proposta não é delegar aos voluntários o trabalho que seria de responsabilidade daqueles servidores.

Importante neste momento diferenciar o trabalho voluntário com o vínculo empregatício, pois segundo a legislação brasileira, o vínculo de emprego está caracterizado quando o trabalhador prestar serviços ao empregador em caráter pessoal, de forma contínua, subordinada e mediante remuneração. Diante da definição legal, pode-se dizer que o traço diferencial entre o contrato de emprego e o serviço voluntário reside na ausência de remuneração.

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Ocorre que para a inocorrência do vínculo empregatício, o legislador tornou necessário que o trabalho voluntário seja documentado por intermédio de contrato escrito, que nada mais é que o Termo de Adesão, onde deverão constar expressamente o objeto do trabalho e as condições de seu exercício. Neste diapasão, o Termo de Adesão constitui-se em prova documental da não formalização do vínculo de emprego entre o voluntário e a instituição. O simples acordo tácito ou verbal não produzirá efeitos jurídicos, prevalecendo a relação de emprego.

Portanto conclui-se que o voluntário não substitui o servidor público, nem gera vínculo empregatício. O nível de responsabilidade e a carga horária para a realização das atividades são diferenciadas, orientadas pela Lei Federal nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998 e suas alterações, e pelo Termo de Adesão, que protege o voluntário e a instituição de qualquer vínculo trabalhista.

Sistematizando, percebe-se, então que, são tidas como características do serviço voluntário:

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b) trabalho prestado por pessoa física à entidade pública de qualquer natureza ou instituição privada sem fins lucrativos;

c) existência de termo escrito de adesão, onde conste o objeto e as condições do trabalho a ser realizado.

A exigência de horário, qualidade, desempenho e são fatores de motivação para o voluntário e permitem superar a mentalidade de que o voluntário está prestando um favor. O voluntário não é aquele que trabalha “quando quer”, mas aquele que trabalha “porque quer”.

Numa sociedade complexa como a brasileira, a parceria entre Estado e sociedade é fundamental para enfrentar a exclusão e para consolidar um novo modo de pensar a ação pública estatal: “as parcerias asseguram maior sustentabilidade e legitimidade política à

ação. Introduzem a dimensão da participação conjunta,

possibilitando o encontro de diferentes atores em diferentes estágios de organização, acrescentando conhecimentos, redefinindo focos ...”

O presente projeto, para viabilizar a implantação do Serviço Voluntário no Município, acresce os artigos 1º-A a 1º-L e o

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artigo 2º-A à Lei nº 11.304, de 13 de fevereiro de 2013 que “cria o serviço voluntário, com objetivos cívicos, culturais, científicos, educacionais, ou de assistência social em nosso Município”.

Insta esclarecer que os documentos fiscais exigidos pelo art. 16 da Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000 e suas alterações - Lei de Responsabilidade Fiscal não são necessários, tendo em vista que o Projeto de Lei em tela não contempla criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento de despesa.

Na oportunidade, coloco-me à disposição de Vossa Excelência para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários durante a tramitação do Projeto de Lei anexo, esperando contar com o apoio indispensável para a sua aprovação imediata.

Cordiais saudações.

Gilmar Machado Prefeito LRBC/HRG/gcmm / PGM Nº 3.628/2014

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