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Curso. Nome da Pasta: PPGHIS-HDP Xerox do 4 o andar (Gaúcho) Contato: IH sala Justificativa e objetivos:

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Curso HISTÓRIA SOCIAL DA PROPRIEDADE DA TERRA

Ano: 2/2012 Horário: __________________

Professora Manoela Pedroza Atendimento Individual:__________________

Contato: manoelap@gmail.com IH – sala 206

Nome da Pasta: PPGHIS-HDP Xerox do 4o andar (Gaúcho)

1–Justificativa e objetivos:

Este curso tem por objetivo geral questionar alguns modelos de desenvolvimento histórico aparentemente neutros, mas contaminados de preconceitos.Especificamente, dialogaremos com o direito agrário e com a história agrária para questionar a idéia amplamente disseminada de que a propriedade privada da terra é algo absoluto, a-histórico e símbolo per se da evolução e do progresso. Por isso, começaremos por evitar o uso do termo propriedade como um referente ideal, fetiche, abstrato, e preferiremos o uso da expressão direitos de propriedade, que suscita a questão sócio-histórica de quem os possui e recorda-nos do caráter convencional, plural, aberto e mutante desses direitos.

Aceitando as bases do direito e da ideologia liberais, muitos historiadores e juristas agrários partem do modelo atual de propriedade da terra para analisar direitos de propriedade de outras épocas, e com isso incorrem em alguns lugares comuns. Primeiro, rotulam como encargos, ou como estorvos, os elementos que impediam o gozo absoluto desse bem em tempos passados. Segundo, negam a condição de direitos de propriedade àqueles que desapareceram, sejam os senhoriais ou os comunais, no século XIX. Terceiro, encaram que a propriedade privada da terra, pré-determinada ao sucesso histórico da evolução 'normal' da humanidade, mesmo assim deve ser protegida pelo Estado. Quarto, não se dão conta de que a proteção de alguns direitos concretos de propriedade significou a desproteção de outros, num longo processo histórico que envolveu conflitos entre agentes e interesses de classe distintos. Por último, reforçam a idéia de que a propriedade é definida de forma exclusiva apenas pelas leis e códigos, e que os Estados Nacionais são os únicos responsáveis por seu sucesso ou fracasso. Em síntese, imbuídos da idéia de superioridade da propriedade privada moderna, não conseguem analisar com neutralidade o processo de implantação histórica de novos direitos de propriedade nem a destruição de antigas formas de acesso e gozo de recursos naturais.

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Nesse curso gostaríamos de fornecer aos estudantes algumas ferramentas de análise, dados concretos, resultados de pesquisas recentes ou teorias alternativas para que possam perceber, primeiro, que as condições de realização da propriedade são o resultado de múltiplas facetas da atividade humana, não somente da decisão dos legisladores. Devemos ultrapassar o texto da lei para chegar às relações sociais que conformam os direitos de propriedade, pois, mesmo que não mudem os nomes das coisas e as leis, isso não significa que não haja transformação nas concepções das coisas e no modo de propor e aplicar as leis. Assim, não devem nos interessar somente as condições legais, ou nominais, da propriedade, mas o conjunto de elementos relacionados com as formas diárias de se chegar aos recursos, as práticas diárias de acesso à terra, a distribuição social do produto e das rendas dela advindos, elementos que podem condicionar e ser condicionados por diferentes formas de desfrutar os chamados direitos de propriedade.

Além disso, dado que não se assume nas pesquisas históricas o caráter plural e mutante dos direitos de propriedade, gostaríamos de reforçar a diversidade dos direitos e práticas de uso e acesso à terra, isto é, as diferentes formas de ser proprietário que intervém e atuam na sociedade. Encaramos que esses direitos estão condicionados aos interesses concretos de grupos que atuam em sociedade a partir de estratégias próprias, a quem chamaremos de 'proprietários práticos'. Assim se pode compreender porque um governo decide proteger certos direitos de propriedade em um determinado momento, e porque leis supostamente neutras foram efetivamente condicionadas pelo embate concreto entre direitos de propriedade e 'proprietários práticos' conflitantes. A tarefa do historiador dos direitos de propriedade seria, a nosso ver, se perguntar, para cada contexto, que direitos se exerciam, que direitos eram contestados, que direitos eram reivindicados, e por quem.

Atingir esse objetivo demanda, antes de tudo, algum conhecimento de base sobre a construção histórica da idéia de propriedade da terra. Este conceito está geralmente calcado em interpretações diversas do direito romano a partir, sobretudo, do jusnaturalismo do século XVIII. No caso da história do Brasil, a pergunta certamente nos remeterá a uma análise mais aprofundada da forma que se pensaram, se efetivaram e como conflitaram diferentes direitos de propriedade, levando em consideração os meandros do processo de colonização, da implementação do direito costumeiro português—as Ordenações—e, no século XIX, da construção do novo direito agrário nacional—a Lei de Terras—cominspiração nos códigos liberais europeus.Nesse momento, tentaremos ultrapassar uma exegese circular do texto legal para levar em consideração resultados de pesquisa que mostram a implementação contraditória da propriedade privada da terra no seio de uma sociedade estratificada, onde a terra não era uma mercadoria e a propriedade não era absoluta.

Por último, para não deixar de lado nossa crença em uma história-problema, que ilumine questões candentes do nosso presente, serão analisadas algumas novidades do 'moderno' direito agrário brasileiro que permitem sua manipulação por proprietários práticosbastante atuais. Veremos como grileiros e incorporadoras imobiliárias chegam à legalização do ilegal pelo registro cartorial de imóveis; e, por outro lado,como se construíram os conceitos de "função social da propriedade", "reserva extrativista" e "propriedade coletiva inalienável", conflitantes com as premissas da propriedade privada absoluta, mas que permitiram novos direitosde propriedade a grupos que foram historicamente excluídos deles, como nações nativas, seringueiros e remanescentes de quilombos.

2 – Avaliação:

Três trabalhos “curtos” escritos e individuais e participação continuada na discussão dos textos.

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3 - Sobre a bibliografia do curso:

 As referências bibliográficas marcadas com *são de leitura obrigatória para a sessão. Outras obras citadas na bibliografia são fortemente recomendadas para a melhor compreensão do tema.

 Por motivos ecológicos, não é necessário trazer os textos impressos para sala de aula, caso tenham sido lidos em livros emprestados ou em arquivos eletrônicos, mas se incentiva fortemente a participação oralcom base no aporte de anotações individuais, fichamentos, comentários, críticas ou dúvidas advindas das leituras.

 As referências bibliográficas seguidas de PDF serão disponibilizadas pela professora em arquivo eletrônico, no início do curso. Incentivar-se-á também que os alunos comecem a abastecer sua própria base bibliográfica eletrônica.

4-Conteúdos programáticos, leituras e calendário:

Unidade I – Por uma nova história dos direitos de propriedade: questões teórico-metodológicas, mitos e problemas.

Sessão 1 – Apresentação da disciplina, discussão da ementa, cronograma de leituras, prazos e formas avaliação. Introdução à História dos Direitos de Propriedade.

Bibliografia: (textos apresentados pela professora)

Staut Jr, Sérgio Said. Cuidados metodológicos no estudo da história do direito de propriedade. Revista da Faculdade de Direito da UFPR, 42, 2005. PDF Ago, Renata. Diritti di proprietà: Premessa. Quaderni Storici. Bologna, Italia, XXX, 88, 1995.

Sessão 2 - Questões teórico-metodológicas da história dos Direitos de Propriedade I Bibliografia:

*Congost, Rosa. Tierras, leyes, historia: estudios sobre ‘la gran obra de la propriedad’. Barcelona: Critica. 2007 (Introdução e Capítulo 1);

*Wood, Ellen Meiksins. A Separação entre o Econômico e o Político no Capitalismo. In: Democracia contra capitalismo: a renovação do materialismo histórico. 1a Edição. São Paulo: Boitempo, 2011. PDF

Sessão 3 - Questões teórico-metodológicas da história dos Direitos de Propriedade II Bibliografia:

*Grossi, Paolo. História da propriedade e outros ensaios. Rio de Janeiro: Renovar, 2006. (pp. 1-42)

Sessão 4– A lógica dos direitos medievais (séculos XII a XVIII): Organização funcional (ou finalista) das criaturas; Pluralismo político; Pluralismo normativo. Outras lógicas do direito agrário medieval: direito local; costumes locais de terras e reinos; Legislação dos reis; Direito dos senhores (direito feudal); Desigualdade de “estados”; Vinculação familiar e sucessória da terra; direito de propriedade dividido entre domínio útil e senhorio; direitos comunais; direitos senhoriais; Patrimonialização do poder.

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* Grossi, Paolo. Mitologias jurídicas da modernidade. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2007 (pp. 26-34);

* Grossi, Paolo. História da propriedade e outros ensaios. Rio de Janeiro: Renovar, 2006 (pp. 42-62);

Hespanha, António Manuel. Panorama histórico da cultura jurídica européia. Lisboa: Publicações Europa-América. 1997.

Sessão 5– Os costumes na Europa: Bibliografia:

* Kiernan, V. G. Private property in history. In: Goody, J. T., Joan; Thompson, E. P. Family and Inheritance: rural society in Western Europe (1200-1800). Cambridge [Eng.], New York: Cambridge University Press, 1976. PDF;

*Ladurie, Emanuel le Roy. Système de la coutume: structures familiales et coutume d´héritage en France au XVI siècle. Annales ESC. Paris, 27, 4-5, 1972. (pp. 825-846) PDF.

Unidade II – A construção do direito de propriedade no Brasil

Sessão 6 – O direito na dinâmica Imperial Portuguesa (séculos XVI à XVIII). A relação entre costumes, lei e o Rei; as virtudes essenciais do Rei (misericórdia, graça, clemência, virtude, perdão); concessão de privilégios, sistema de recompensas ou economia das mercês; direitos adquiridos e respeito aos costumes.

Bibliografia:

* Hespanha, António Manuel Porque é que existe e em que é que consiste um direito colonial brasileiro. Direito comum e direito colonial. AMH AR, 2005.PDF * Mattoso, J. d. História de Portugal. Lisboa: Estampa, vol.IV, 2006. (vários trechos no PDF)

Fonte primária: Ordenações Filipinas, Livro IV, vários títulos. Disponível em

http://www1.ci.uc.pt/ihti/proj/filipinas/ordenacoes.htm.

Sessão 7- Direitos de propriedade da terra na colônia I: a lógica do ordenamento jurídico e sua aplicação. Ordenações Filipinas; Sesmarias e terras devolutas.

Bibliografia:

*Lima, Ruy Cirne Pequena história territorial do Brasil: sesmarias e terras devolutas Brasília - DF: ESAF. 1988.

* Silva, Ligia Osório. Terras devolutas e latifúndio: efeitos da lei de 1850. Campinas: UNICAMP. 1996. (pp. 41-62).

* Varela, L. B. Das Sesmarias à propriedade moderna: um estudo de história do direito brasileiro. Rio de Janeiro: Renovar. 2005. (pp. 19-107).

Sessão 8 - Mercado imperfeito de terras; consolidação de novos direitos; Formação de novos proprietários práticos. Expropriação, resistência e violência dos nativos: estudos de caso próximos: Fazenda de Santa Cruz, Aldeia de Mangaratiba e Sesmarias de Jacarepaguá.

Apresentação individual dos estudos de caso. Bibliografia:

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1. Fridman, Fania. As propriedades públicas no Rio de Janeiro. América latina en la historias económica, jan-jun, 7, 1997. (49-). PDF

2. Campo Grande: Pedroza, Manoela. Engenhocas da Moral: redes de parentela, transmissão de terras e direitos de propriedade na freguesia de Campo Grande (Rio de Janeiro, século XIX). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2011. (pp. 35-52)

3. Jacarepaguá: Rudge, Raul Telles. As sesmarias de Jacarepaguá. São Paulo: Livraria Kosmos. 1983.

4. Mangaratiba: Alveal, Carmen Margarida Oliveira História e Direito: Sesmarias e Conflito de Terras entre Índios em Freguesias Extramuros do Rio de Janeiro (Século XVIII). (Dissertação de mestrado). PPG de História - UFRJ, Rio de Janeiro, 2002. Capítulo 3 (pp. 138-190) PDF

Unidade III – A construção da propriedade privada moderna (Europa, século XIX)

Sessão 9 –Jusnaturalismo e as bases da propriedade privada da terra (Europa, séculos XVIII-XX). Contrato social; Vontade e ordem social; Sociedade natural e sociedade política; Absolutismo legalista ou positivismo jurídico; Individualismo, voluntarismo e contratualismo; Direito natural jus-racionalista; Direito natural X direito de subsistência; Códigos e Estado burguês. O legado do direito romano (mito fundador da cultura jurídica européia).

Bibliografia:

*Congost, Rosa. Tierras, leyes, historia: estudios sobre ‘la gran obra de la propriedad’. Barcelona: Critica. 2007. (pp. 95-114);

* Grossi, Paolo. Mitologias jurídicas da modernidade. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2007. (pp. 34-46);

* Grossi, Paolo. História da propriedade e outros ensaios. Rio de Janeiro: Renovar, 2006. (pp. 62-84 e 123-137).

Sessão 10 –O Código Civil Napoleônico (1804) e seus efeitos sobre o Direito de Propriedade da Terra. Princípio exclusivista e unitarista dos domínios; Excepcionalidade da revolução camponesa e suas implicações no código civil francês. Reformas agrárias liberais na Europa no século XIX e seus diferentes efeitos sobre terras camponesas, terras da Igreja Católica e comunais. As bases dos novos regimes fundiários fundados sobre a propriedade privada e alienável: desfeudalização, desamortização e fracionamento sucessório; A nova Justiça burguesa e a conversão de antigos costumes em delitos: As novas constituições que defendiam a propriedade privada, o voto censitário e a cidadania fundiária; O peso político das elites fundiárias e suas implicações nos direitos de propriedade (Casos da Inglaterra, França e Espanha).

Bibliografia:

*Congost, Rosa. Tierras, leyes, historia: estudios sobre ‘la gran obra de la propriedad’. Barcelona: Critica. 2007. Capítulo 4 (pp. 121-156);

Holmberg, Tom The Civil Code: An Overview. PDF;

Raggio, Osvaldo. Forme e pratiche di appropriazione delle risorse. Casi di usurpazione delle comunaglie in Liguria. Quaderni Storici. Bologna, Italia, XXVII, 79, 1992. PDF;

Goy, Joseph Transmission successorale et paysannerie pendant la Révolution française: Un grand malentendu. Études rurales - La terre : succession et héritage, 110-111-112 1988.PDF.

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Fonte primária: Código Civil, Livro Segundo: Dos bens e das diferentes modificações da propriedade (artigos 516 a 710) e Livro Terceiro: Dos diferentes modos de adquirir a propriedade (artigo 711 a 2302).

Sessão 11 –Resistências à liberalização agrária na Europa durante o século XIX. Fechamento dos campos, usurpação de comunais e a Lei Negra (Inglaterra, séculos XVIII-XIX). Usurpação dos comunais e desproteção dos direitos de propriedade costumeiros pela Justiça liberal: o embate em torno da apresentação dos títulos, do espigueio, da lenha e da caça. A luta dos arrendatários pelo direito à indenização de benfeitorias; os meandros do processo de desarmortização dos foros; as estratégias da nobreza fundiária; as estratégias dos camponeses. Estratégias dos foreiros para não pagar laudêmio.

Bibliografia:

Kiernan, V. G. Private property in history. In: Goody, J. T., Joan; Thompson, E. P. Family and Inheritance: rural society in Western Europe (1200-1800). Cambridge [Eng.], New York: Cambridge University Press, 1976. PDF;

*Malatesta, Maria. Le aristocrazie terriere nell'Europa contemporanea. Roma/Bari: Editori Laterza. 1999. Capítulo 1;

* Thompson, Edward Palmer. Senhores e Caçadores: a origem da lei negra. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1987.(pp. 297-360);

Congost, Rosa. Tierras, leyes, historia: estudios sobre ‘la gran obra de la propriedad’. Barcelona: Critica. 2007. (pp. 279-301).

Unidade IV – A construção da propriedade privada moderna no Brasil

Sessão 12 –Direitos de propriedade e práticas de uso de um campesinato itinerante: posse, mobilidade espacial, redes de parentesco, precariedade do título, sistemas de transmissão alternativos. As tentativas de regularização do período pombalino (Alvará de 1795); A independência política; a Constituição de 1824 e o "império das posses" no primeiro reinado.

Bibliografia:

* Silva, Ligia Osório. Terras devolutas e latifúndio: efeitos da lei de 1850. Campinas: UNICAMP. 1996. (pp. 63-104);

* Martins, José de Sousa. A vida privada nas áreas de expansão da sociedade Brasileira. In: NOVAIS, F. A. S., Lilian Moritz, (eds.). História da Vida Privada no Brasil (Contrastes da intimidade contemporânea). São Paulo: Companhia das Letras, vol.4, 1994. (pp. 659-685).

Sessão 13 – O debate parlamentar e o conteúdo da Lei de Terras no Brasil. O texto da lei sobre imigração, imposto territorial, demarcação, hipotecas, usucapião, terras devolutas e costumes.

Bibliografia:

* Carvalho, José Murilo de. A política de terras: o veto dos barões. In. Teatro de Sombras: a política imperial. São Paulo/Rio de Janeiro: Vértice/Revista dos Tribunais/ Instituto Universitário de Pesquisas, 1988. (pp. 84-103);

* Motta, Márcia Maria Menendes. Nas fronteiras do poder: conflitos de terra e direito agrário no Brasil na segunda metade do século XIX. Rio de Janeiro: Vício de Leitura - Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro. 1998. (pp. 159-187);

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Pedroza, Manoela. Engenhocas da Moral: redes de parentela, transmissão de terras e direitos de propriedade na freguesia de Campo Grande (Rio de Janeiro, século XIX). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2011. (pp. 170-208)

* Silva, Ligia Osório. Terras devolutas e latifúndio: efeitos da lei de 1850. Campinas: UNICAMP. 1996. (pp. 153-179);

Sessão 14 - O registro paroquial de Terras e suas possibilidades e limites como fonte para o historiador; resultados de estudos de caso: estrutura de posse e propriedade da terra em diferentes paróquias. Efeitos e efetividade na implementação de novos direitos.

Apresentação individual de estudos de caso de história agrária com base em registros paroquiais de terras.

Bibliografia:

1. Araruama: Graner, Maria Paula. A estrutura fundiária do município de Araruama (1850-1920). Um estudo da distribuição de terras: continuidades e transformações. (Dissertação de mestrado). PPG História- UFF, Niterói, 1985.

2. São Gonçalo: Motta, Marcia. Pelas “bandas d'além”: fronteira fechada e arrendatários-escravistas em uma região policultora (1808 – 1888). (Dissertação de mestrado). PPG História- UFF, Niterói, 1989.

3. Magé: Sampaio, Antônio Carlos Jucá de. Magé na crise do escravismo: sistema agrário e evolução econômica (1850-1888). (Dissertação de mestrado). PPG História- UFF, Niterói, 1994.

4. Nova Iguaçu: Silveira, Jorge Luiz Rocha. Transformações na estrutura fundiária do município de Nova Iguaçu durante a crise do escravismo fluminense (1850-1890). (Dissertação de mestrado). PPG História- UFF, Niterói, 1998.

5. * Silva, Ligia Osório. Terras devolutas e latifúndio: efeitos da lei de 1850. Campinas: UNICAMP. 1996.Capítulo 9;

Fonte primária: Lei n. 601 de 18 de setembro de 1850, In: Coleção das Leis do Brasil. 1850. Vol. 1, p. 307 PDF.

Sessão 15 –A conversão de antigos direitos senhoriais em direitos de propriedade particular: os novos proprietários práticos no período republicano (estudo de caso das sesmarias, desapropriações para ferrovias e dos aforamentos).

Bibliografia:

* Jones, Alberto da Silva. Grilagem especializada. 2005. PDF;

* Silva, Francisco Carlos da. Conservadorismo e Hegemonia Agrária no Brasil. In: CARNEIRO, M. et al (org). Campo Aberto: o rural no Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 1998. (pp. 13-40);

*Pedroza, Manoela. Desapropriações que criam proprietários: o caso das vendas, expropriações e indenizações de terras particulares no Rio de Janeiro (Brasil, 1870-1910). PDF.

Fontes primárias: lei de 1855 PDF, lei de 1903 PDF.

 Prazo final de entrega dos trabalhos escritos e esclarecimentos finais.  Avaliação coletiva e multidimensional do curso.

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5 – Bibliografia Geral

Ago, Renata. Diritti di proprietà: Premessa. Quaderni Storici. Bologna, Italia, XXX, 88, 1995. Almeida, Fernando Mendes de. O Direito português no Brasil. In: Holanda, S. B. d. História

geral da civilização brasileira. São Paulo: Difel, 1977.

Alveal, Carmen Margarida Oliveira História e Direito: Sesmarias e Conflito de Terras entre Índios em Freguesias Extramuros do Rio de Janeiro (Século XVIII). (Dissertação de mestrado). PPG de História - UFRJ, Rio de Janeiro, 2002.

Arruti, José Maurício Andion; Tosta, Alessandra; Ignácio, Elizete; Rios, Mariza Relatório parcial de caracterização da comunidade negra das terras de preto forro (bairro Angelim, município de Cabo Frio – RJ). RIO DE JANEIRO: Koinonia - Presença Ecumênica e Serviço. 2002.

Asselin, Victor. Grilagem: corrupção e violência em terras do Carajás. Petrópolis: Vozes/CPT. 1982.

Benatti, José Heder Posse coletiva da terra: um estudo jurídico sobre o apossamento de seringueiros e quilombolas. Cadernos da Pós – Graduação em Direito da UFPA, 2, 6, 1998. (33-49).

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da distribuição de terras: continuidades e transformações. (Dissertação de mestrado). PPG História- UFF, Niterói, 1985.

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Referências

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