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I ENCONTRO INTERVILAS: Território, Desigualdades Sociais e Saúde: Desafios para a Formação e o Trabalho profissional

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Grupo de Extensão e Pesquisa em Saúde Urbana, Ambiente e Desigualdades Encontro InterVilas : 08 e 09 de novembro de 2013

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I ENCONTRO INTERVILAS:

Território, Desigualdades Sociais e Saúde: Desafios para a Formação e o Trabalho profissional

ABERTURA

Profa. Alzira Mª Baptista Lewgoy Boa tarde a todos e a todas!

Inicialmente eu quero saudar os meus colegas de mesa, a Professora Miriam Dias coordenadora do CoorSaúde, apoiadora deste Evento; o Professor Roger dos Santos Rosa, Coordenador do Programa Saúde Urbana ao qual o nosso projeto está vinculado e também apoiador deste Evento; os nossos parceiros no desenvolvimento do Projeto Intersossego: a Professora Cristina Neumann, Coordenadora da UBS Santa Cecília, o colega, AS Oscar do CRAS- Centro, e a líder Comunitária da Vila Sossego, AS Geneci Freolim, - parceiros que vem nos ajudando a pensar o desenvolvimento deste projeto e o trabalho interdisciplinar e intersetorial.

Quero expressar, também, minha alegria e satisfação em estar aqui hoje, como Coordenadora do projeto InterSossego, e poder contar que o Projeto recebeu destaque no último Salão de Extensão da UFRGS, sendo um dos 9 projetos selecionados para premiação entre 300 inscritos. Isso alenta o grupo todo pois expressa o reconhecimento pelo trabalho realizado até aqui, mas também convoca novas responsabilidades.

Responsabilidades porque, como o próprio nome já expressa, o “Projeto interSossego” – nome inspirado na comunidade Vila Sossego no qual atuamos - é um Projeto que vem para

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2 Desassossegar, não só a Comunidade (moradores da Vila Sossego), mas também os Serviços e a Universidade, e nela, a nós docentes e os acadêmicos de graduação de diferentes cursos da UFRGS - Arquitetura, Nutrição, Serviço Social, Medicina, Psicologia, Políticas Públicas, Comunicação, Educação, Fonodiauologia, Ciências Sociais, na medida em que nos envolvemos com uma realidade social que nos mobiliza, nos inquieta, e nos convoca cotidianamente para ações mais efetivas e consequentes.

O I Encontro Intervilas tem um pouco deste movimento, porque nos propõe dialogar de forma ainda mais ampliada, com outros atores na Universidade e das comunidades, sobre moradia, saúde e a mobilização por direitos em territórios da cidade.

Para nós do grupo InterSossego, que estamos entrando em nosso terceiro ano de trabalho, este encontro é um movimento importante. Por quê? Porque abre possibilidades de conhecimento de outras experiências, outros Projetos de Extensão e projetos de Ensino Integrado que trabalham com as mesmas temáticas e conceitos - Saúde, Formação, Interdisciplinaridade, Território - que ancoram o nosso processo de formação e trabalho profissional.

Nesse sentido, este Encontro tem como objetivos (UFRGS, 2013):

• Favorecer o debate - entre academia, profissionais de saúde e assistência social e representantes de comunidades - sobre a relevância do território para as políticas públicas, a fim de identificar os desafios postos para a formação e o trabalho profissional;

• Propiciar um espaço para a escuta das demandas trazidas pelas comunidades em relação à articulação entre território e as políticas públicas;

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Grupo de Extensão e Pesquisa em Saúde Urbana, Ambiente e Desigualdades Encontro InterVilas : 08 e 09 de novembro de 2013

3 • Possibilitar a aproximação de projetos de extensão comunitária

da UFRGS;

• Aprofundar os conceitso de território, interdisciplinaridade, intersetorialidade e saúde urbana para subsidiar teoricamente o desenvolvimento de projetos de extensão comunitária.

A formação interdisciplinar é cada vez mais um requerimento para o trabalho na esfera executiva, a formulação de políticas públicas e a gestão de políticas sociais. Precisamos avançar então para um processo de formação voltado para o desenvolvimento de competências que favoreçam maior aproximação à realidade social para saber propor, criar, buscar e transmitir informações, e ter sensibilidade para escutar e trabalhar com o outro, ou seja, todos os dias “[...] re-descobrir alternativas e possibilidades para o trabalho profissional [...]” (IAMAMOTO, 1998, p. 67).

Esse é um dos desafios para nós formadores, trabalhadores! Desafio que estamos traduzindo em uma questâo teórico-prática colocadas por nós deste o inicio do projeto :

-Como trabalhar junto ao grupo de estudantes e profissionais de forma integrada, interdisciplinar e intersetorial junto à população local?

O painel de hoje à tarde vai trabalhar com os temas “Território, Desigualdade Social e Saúde” e insere o campo da Geografia em nosso diálogo entre áreas, favorecendo a exploração do conceitos de território no debate sobre a saúde urbana. Durante o Projeto, na formação dos acadêmicos, evidenciamos a necessidade de maior entendimento sobre o conceito de território.

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4 O Ministério da Saúde tem enfatizado a necessidade de os profissionais de saúde adquirirem conhecimento aprofundado do território de atuação de seus serviços como elemento fundamental para o desenvolvimento de um processo de trabalho efetivo na Atenção Primária (BRASIL, 2007).

O território expressa, até o nível local, as tensões decorrentes do modo de produção e reprodução das relações sociais. Por isto é relevante o estudo, o debate e a apropriação de conceitos relacionados ao território para a formação interdisciplinar na perspectiva do trabalho profissional intersetorial e comunitário em saúde. Precisamos da contribuição da geografia como desveladora das relações sociais que a sociedade estabelece com a natureza na constituição do espaço humano, humano não porque o homem o habita, mas porque o produz e reproduz (Santos 2011).

Esperamos que este encontro possa nos inspirar e contribuir para a construção de metodologias de reconhecimento do território, voltadas para a promoção da Saúde Urbana.

A tertúlia que será realizada à noite, cujo tema é “Território e Desigualdade Social: Desafios para a formação e o trabalho intersetorial e interdisciplinar”, foi a metodologia escolhida para abordar relatos de 4 profissionais e 1 acadêmica das áreas de geografia, odontologia e serviço social, e de projetos de natureza interdisciplinar que abrangem também outras áreas (Arquitetura, Nutrição, Serviço Social, Medicina, Psicologia, Políticas Públicas, Comunicação, Educação, Fonodiauologia, Ciências Sociais, Direito, Engenharia Ambiental, Enfermagem, Saúde Coletiva, Biomedicina, e Farmácia). Quisemos propiciar o diálogo entre os palestrantes, todos desenvolvendo estes projetos aqui na UFRGS, e com os demais participantes do evento. Esta é uma boa oportunidade para identificarmos como o trabalho

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5 interdisciplinar vem sendo desenvolvido na Universidade, e quais seus limites e seus desafios atuais.

Também nesta mesma lógica é possível afirmar que se a Intersetorialidade representa a possibilidade de ultrapassar a “lógica da fragmentação, do paralelismo de ações e da centralização de informações decisões e recursos” (AMARAL, 2008, p. 36), enquanto estratégia, ela se constitui em pressuposto para a abordagem e atendimento das necessidades sociais em sua integralidade. O pressuposto aponta para que se construa aportes teóricos sólidos que possam subsidiar metodologias na direção do trabalho intersetorial. Penso que esta é uma forma de construir algumas respostas, se não for utopia de nossa parte, que atendam melhor, de fato e por direito, às necessidades da população.

Amanha, sábado pensamos dedicar a manhã a um momento de imersão da equipe, que metodologicamente chamamos de Café Sossego: Reunião de Trabalho da Equipe InterSossego com convidados do Evento – para podermos avaliar coletivamente este projeto que conta hoje com 31 integrantes entre UFRGS, UBS/Santa Cecília e CRAS Centro. Teremos como coordenadoras desta atividade as profs Roberta Alvarenga Reis e Camila Giugliani.

À tarde, será realizada uma Roda de Conversa: Conversando com moradores e profissionais sobre Territórios – encontro esse que irá favorecer a troca entre lideranças comunitárias, agentes comunitárias de saúde e enfermeiras das unidades, e com todos nós. A idéia é que a comunidade e os serviços possam estar conversando sobre o que pensam, sentem e fazem, bem como sugerindo propostas para um trabalho mais orgânico, humano, critico e resolutivo.

Gostaria de concluir desejando a todos um ótimo Encontro, convidando a todos a participarem de todo o evento, do nosso coquetel e do momento cultural que estará abrilhantando a nossa tarde de

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6 sábado, quando teremos a alegria de escutara bolsista Klara tocando clarinete para todos nós. Clara é espanhola e participa do nosso projeto, como voluntária, durante o período de mobilidade acadêmica.

Desejo ainda, que possamos colher bons frutos deste Encontro, e ao agradecer a atenção de todos gostaria de concluir me despedindo com Fernando Pessoa quando ele diz:

" Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares.

É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos".

Referências

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