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RELATÓRIO. Escola Profissional de Braga BRAGA. Área Territorial de Inspeção do Norte

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R

ELATÓRIO

2018

Escola Profissional de Braga

B

RAGA

(2)

No contexto da integração europeia e do desafio do desenvolvimento económico e social que urgia promover, a qualificação dos recursos humanos do país, através da multiplicação da oferta de formação profissional e profissionalizante, tornou-se um dos vetores da modernização da educação. Com a publicação do Decreto-Lei n.º 26/89, de 21 de janeiro foram criadas as escolas profissionais e os cursos profissionais, da iniciativa conjunta dos então Ministérios da Educação e do Emprego e da Segurança Social, em cooperação com entidades públicas e privadas, apresentando-se como uma alternativa de formação após o 9.º ano de escolaridade.

Em 2004-2005, com a reforma do Ensino Secundário, os cursos profissionais passam a fazer parte integrante do nível secundário da educação, assistindo-se a um crescimento da oferta de formação inicial nas escolas secundárias públicas. O ensino profissional deixa de ser uma modalidade especial de educação e passa a integrar a diversidade de ofertas qualificantes de dupla certificação do ensino secundário de educação. A sua generalização, em 2006-2007, a todas as escolas públicas, conjugada com a decisão de estabelecer 12 anos de escolaridade obrigatória, torna evidente que a elevação da qualificação dos portugueses continua a ser uma prioridade nacional, desempenhando os cursos profissionais um importante contributo para a concretização deste objetivo.

Perante esta realidade, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência, no exercício das suas competências consignadas no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro, está a desenvolver a atividade Cursos Profissionais que tem como objetivos:

 Assegurar o controlo da legalidade no âmbito da organização dos cursos profissionais;  Analisar os critérios de racionalização e integração das redes de oferta educativa existentes;  Aferir a adequação do quadro normativo à realidade, identificando eventuais constrangimentos

com vista à elaboração de propostas de alteração.

O presente relatório apresenta as considerações finais e recomendações/sugestões de melhoria da atividade cursos profissionais, relativamente à organização e funcionamento destes cursos, à gestão modular, à avaliação das aprendizagens, aos resultados e à capacidade de melhoria da escola/agrupamento de escolas. As considerações finais decorrem da análise documental, particularmente dos indicadores de sucesso dos alunos/formandos, da observação dos contextos educativos e da realização de entrevistas.

Espera-se que este relatório constitua um instrumento de reflexão e debate da comunidade educativa e contribua para a construção e aperfeiçoamento de indicadores para a melhoria e desenvolvimento da formação profissional dos jovens.

A equipa regista a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da intervenção.

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Decorrente da análise documental, dos contextos educativos e das entrevistas realizadas, a equipa de inspetores formula as seguintes considerações:

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

1. A Escola Profissional de Braga (EPB), localizada na cidade de Braga, concelho e distrito de Braga, é

um estabelecimento de ensino de natureza privada, com autorização prévia de funcionamento n.º 51, de 31 de agosto de 1999, sendo propriedade do Grupo Rumos. A EPB foi criada em 29 de setembro de 1989, através de um contrato-programa entre o Ministério da Educação, a Câmara Municipal de Braga, a Associação Industrial do Minho e a Associação Comercial de Braga, tendo, desde 2011, integrado o Grupo Rumos.

2. A população escolar é constituída por 588 alunos/formandos, distribuídos por 25 turmas nos cursos

profissionais de Técnico de Auxiliar de Saúde, Técnico de Comércio, Técnico de Construção Civil, Técnico de Contabilidade, Técnico de Design Gráfico, Técnico de Eletrónica, Automação e Comando, Técnico de Frio e Climatização, Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, Técnico de Manutenção Industrial - variante Mecatrónica Automóvel, Técnico de Mecatrónica, Técnico de Multimédia e Técnico de Secretariado. No entanto, de acordo com o 8.º aditamento, de 23 de novembro de 2012, à autorização prévia de funcionamento n.º 51, de 31 de agosto de 1999, a lotação máxima da EPB está fixada em 468 alunos, pelo que é excedida em 80 alunos.

3. A Escola dispõe de 56 trabalhadores com funções docentes, sendo 23 professores do quadro, três

contratados e trinta formadores externos. O quadro de pessoal não docente é constituído por 16 trabalhadores, dos quais sete são assistentes técnicos, quatro assistentes operacionais, três psicólogas e 2 diretores executivos.

4. As instalações e os equipamentos revelam-se modernizados e ajustados ao bom funcionamento dos

cursos profissionais ministrados. A EPB utiliza, para além de um ginásio próprio, as instalações da Autarquia, para as aulas de Educação Física.

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO

1.- Documentos Orientadores

1.1. O projeto educativo Rumos, comum a todos os estabelecimentos da entidade proprietária, está atualizado e é válido para o quadriénio 2017-2018 a 2020-2021. Para a construção do documento não foi ouvida a comunidade educativa nem os representantes da comunidade local. Os modos específicos de organização e gestão curricular dos cursos profissionais, adequados à consecução das aprendizagens que integram o currículo dos formandos estão definidos no plano curricular de curso. A Escola encontra-se neste momento em fase de construção do novo projeto educativo, como uma entidade singular, tendo já um documento estruturado com notas orientadoras para a sua elaboração.

1.2. O plano anual de atividades integra a planificação e programação das ações, para os diversos cursos profissionais, definindo a calendarização, o público-alvo e os recursos necessários. Não é percetível a articulação deste documento com o projeto educativo, nem como as atividades a desenvolver concorrem para a consecução dos seus objetivos.

1.3. O regulamento interno contempla a organização e o funcionamento da coordenação pedagógica, bem como os regulamentos da Formação em Contexto de Trabalho (FCT) e da Prova de Aptidão

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Profissional (PAP), o funcionamento e a periodicidade das reuniões das equipas pedagógicas e os mecanismos de promoção do cumprimento dos planos de formação, de reposição das horas de formação e de recuperação dos módulos em atraso. Não contempla a promoção e organização de parcerias e protocolos de colaboração.

2.- Oferta Formativa e sua divulgação

2.1. A oferta formativa está homologada e tem em consideração as necessidades dos setores

empresarial, social e as necessidades dos formandos e a adequabilidade das instalações e dos equipamentos, bem como a demais logística associada ao desenvolvimento da formação ministrada.

2.2. A Escola divulga os cursos profissionais de modo a incentivar a aceitação do ensino profissional pela comunidade educativa, planifica e desenvolve atividades de exploração vocacional junto dos formandos e organiza ações de sensibilização junto dos pais e encarregados de educação, no âmbito do ensino profissional e temáticas conexas, assim como dispõe de mecanismos para monitorizar novas exigências do mercado de trabalho e ajustar a oferta dos cursos profissionais.

3.- Constituição de turmas e gestão da carga horária dos cursos profissionais

3.1. As turmas estão autorizadas pela Direção de Serviços de Educação do Norte da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares.

3.2. A gestão da carga horária global prevista na matriz dos cursos profissionais é tida em consideração na elaboração dos horários dos formandos. Contudo, não é assegurado plenamente um equilíbrio semanal e diário nos horários dos formandos já que, nos planos individuais de trabalho da FCT está previsto o cumprimento de 8 horas diárias e de 40 horas semanais.

3.3. A Escola tem refeitório próprio. As aulas de Educação Física respeitam o intervalo de uma hora depois de findo o período definido para o almoço.

4.- Formação em contexto de trabalho

4.1. A EPB celebrou previamente protocolos com variadas empresas para o desenvolvimento de atividades profissionais dos formandos, no âmbito da FCT.

4.2. Não foi celebrado o contrato de formação entre a Escola e o formando, embora exista um documento designado “Plano de Formação em Contexto de Trabalho”. A identificação dos objetivos, das formas de monitorização e acompanhamento, bem como os direitos e os deveres dos diferentes intervenientes estão definidos num documento designado por “Protocolo de Estágio”, assinado pela Escola, entidade de acolhimento/empresa e pelo formando. Contudo, os conteúdos a desenvolver não se encontram em nenhum dos documentos referidos.

4.3. Não foram definidos critérios para a distribuição dos formandos pelas entidades de acolhimento que asseguram a FCT, pelo que a sua distribuição atende aos interesses e propostas dos formandos, à proximidade da sua residência, aos resultados e ao seu perfil, tendo em consideração as caraterísticas e as condições exigidas pela entidade de acolhimento.

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5.- Serviço docente

5.1. Os docentes designados para desempenharem as funções de professores orientadores da FCT não lecionam disciplinas da componente de formação técnica.

5.2. Os horários dos professores orientadores da FCT e dos professores acompanhantes e orientadores da PAP estão elaborados de modo a permitir, designadamente as deslocações às entidades de acolhimento durante os períodos em que se desenvolve a FCT e o acompanhamento dos formandos para a concretização do projeto da PAP.

5.3. No que respeita à formação e qualificação dos recursos humanos, não foram frequentadas ações de formação contínua acreditadas do ensino profissional, no entanto, realizou-se formação interna nas áreas da inovação pedagógica e educação para a saúde, no âmbito do protocolo com o Hospital de Braga. Porém não existem evidências do impacto das ações dinamizadas na melhoria das práticas pedagógicas.

6.- Estruturas e cargos de coordenação pedagógica

6.1. As estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica asseguram as funções de apoio e enquadramento dos docentes no que respeita à coordenação dos professores/formadores, à organização e utilização dos materiais e recursos e a monitorização educativa, tendo em conta a regularidade da análise e reflexão sobre processos e resultados escolares. Realiza-se a avaliação da qualidade pedagógica da EPB e do desempenho do corpo docente e da sua qualidade pedagógica. Utilizam a auto e heteroavaliação, bem como a perspetiva dos formandos em vários aspetos do processo de ensino e de aprendizagem. O conselho de turma surge como uma estrutura pedagógica mais reflexiva e interventiva. Os processos de monitorização realizam-se nos domínios: do diagnóstico; da conceção, reconceptualização ou adaptação do currículo e gestão curricular; da planificação, da promoção e dinamização do projeto curricular de curso e do plano de atividades; da avaliação das aprendizagens e definição de estratégias de remediação; e da definição de metas e objetivos.

6.2. Os diretores de cursos asseguram a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de formação do curso e a organização e coordenação das atividades a desenvolver no âmbito da formação técnica, intervêm no acompanhamento da PAP, coordenam o acompanhamento e a avaliação do curso e asseguram a articulação entre a EPB e as entidades de acolhimento da FCT, assim como com os serviços com competência em matéria de apoio educativo.

6.3. Os diretores de turma fazem o acompanhamento do progresso dos formandos tendo em conta as suas necessidades educativas, a avaliação qualitativa do seu perfil de progressão, a indicação das atividades de recuperação e ou de enriquecimento e informam-nos e/ou aos encarregados de educação sobre os progressos escolares alcançados.

6.4. Os professores orientadores da FCT asseguram, em conjunto com a Escola e o formando, as condições logísticas necessárias à realização da FCT, acompanham a execução do plano de trabalho individual, nomeadamente através de deslocações periódicas aos locais onde se realiza a FCT, controlam a assiduidade e a pontualidade do formando, colaboram na elaboração dos relatórios da FCT e avaliam, em conjunto com o tutor, o seu desempenho propondo a classificação aos respetivos conselhos de turma.

6.5. Os tutores, bem como os professores orientadores e acompanhantes da PAP, exercem as funções previstas nos normativos legais, prestando um apoio próximo e constante a todos os formandos.

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7.- Parcerias e protocolos celebrados no âmbito dos cursos profissionais

7.1. São estabelecidas parcerias e protocolos com entidades públicas e privadas de forma a assegurar a FCT em diversas empresas e instituições, a desenvolver atividades que concorrem para o fomento de competências sociais e profissionais dos formandos e a contribuir para uma melhor convergência entre os interesses e a formação desenvolvida na EPB e as necessidades dos diversos setores socioeconómicos, para a qualificação dos recursos humanos do setor económico e social da região e para a criação efetiva de emprego.

8.- Organização dos processos individuais dos alunos / formandos dos cursos profissionais

8.1. Foi selecionada para análise uma amostra aleatória de 30 processos individuais de formandos que

concluíram os cursos profissionais no último triénio.

8.2. Nos processos individuais analisados constam a identificação e classificação dos módulos

concluídos em cada disciplina, a classificação final das disciplinas concluídas e a identificação do projeto da PAP e a respetiva classificação final. Não consta a designação da(s) empresa(s) ou organização(ões) onde decorreu a FCT.

GESTÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

1.- Gestão curricular

1.1. No âmbito do planeamento pedagógico, a EPB revela uma intencionalidade estratégica em ministrar uma formação adequada às saídas e perfis de desempenho profissional dos seus formandos. Nesse sentido, a modularização do currículo tem em consideração os conteúdos programáticos, as capacidades intelectuais, sociais e profissionais que os formandos devem adquirir no final do curso.

1.2. As aprendizagens visadas no plano de trabalho individual de FCT têm em conta a aplicação dos conhecimentos adquiridos na componente técnica, a integração de saberes e capacidades transdisciplinares das várias componentes e o acréscimo de competências específicas na área de educação e formação. Contudo, não preveem a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades no âmbito da saúde e segurança no trabalho.

1.3. A conceção do projeto da PAP considera a ligação com o contexto de trabalho, a sequência de atividades e a integração de saberes e atividades numa perspetiva transdisciplinar. É elaborado um relatório final, realizada a autoavaliação do formando nas diferentes fases do projeto, assim como as avaliações intermédias pelo professor orientador. A apresentação do relatório final representa o culminar do trabalho realizado, num momento solene e formal, com o relevo que se valoriza. 1.4. As medidas educativas são implementadas para os formandos com dificuldades em atingir os

objetivos dos diferentes módulos ou com módulos em atraso, com dificuldades na elaboração do projeto PAP e que estejam em risco de repetição da FCT. No que concerne aos formandos com necessidades educativas especiais são igualmente implementadas medidas educativas promotoras de sucesso. Apesar de a EPB não ter professores de educação especial, os formandos são acompanhados por uma psicóloga com formação específica na área e são implementadas, nomeadamente, adequações no processo de avaliação e adequações curriculares. Para os restantes formandos existe a sala de estudo, o apoio individualizado ou em pequenos grupos, metodologias de organização de estudo, apoio individual em sala de aula e tutorias.

1.5. Os projetos e atividades desenvolvidos promovem a aplicação e a aquisição de conhecimentos, a autonomia, o espírito de iniciativa e de criatividade, o trabalho em equipa e a cooperação, através dos núcleos de competências (serviços prestados à comunidade no âmbito da componente de

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formação técnica dos cursos) e de projetos integrados, planificados em conselho de turma. A monitorização e avaliação dos projetos e atividades desenvolvidas é realizada por dois docentes, apoiados por alguns formandos.

2.- Avaliação das aprendizagens

2.1. Foram definidos critérios e procedimentos de avaliação gerais e por disciplina, divulgados aos

diferentes intervenientes, que têm em consideração a especificidade dos perfis de desempenho, as capacidades transversais a todo o plano de estudo e a participação dos formandos em projetos de ligação da Escola com a comunidade e o mundo de trabalho.

2.2. Encontra-se formalmente prevista a utilização de diferentes modalidades de avaliação. Todavia, a

avaliação diagnóstica apenas é utilizada no início de cada ano letivo e ainda não se constitui como um elemento de adequação do planeamento aos ritmos de aprendizagens dos formandos.

2.3. A avaliação formativa apresenta um caráter sistemático e contínuo, com vista à diferenciação

pedagógica, a reajustar o planeamento aos ritmos de aprendizagem dos formandos, e a informá-los e aos encarregados de educação sobre os progressos, as dificuldades e os resultados obtidos.

2.4. O momento da avaliação sumativa interna, quer para a realização dos diferentes módulos, quer

para a sua recuperação, é negociado entre o formando e o professor. As classificações dos módulos, da FCT e da PAP são registadas em suporte digital e em papel. Em reunião do conselho de turma de avaliação as classificações do conjunto dos módulos concluídos de cada disciplina, da FCT e da PAP, são registadas em pauta. Após a realização das reuniões de final de período, a Escola fornece aos formandos, ou aos respetivos encarregados de educação, quando estes são menores, uma informação global sobre o seu percurso formativo em conformidade com o legalmente previsto.

2.5. Os critérios e a fórmula de apuramento da classificação final da FCT, incluindo o peso relativo a

atribuir às suas diferentes modalidades ou etapas de concretização estão definidos no respetivo regulamento. As propostas de classificação final, obtida através de uma média ponderada, calculada em função das classificações obtidas pelo formando e do número de horas de formação nos dois anos em que a mesma se concretizou, são colocadas à aprovação dos respetivos conselhos de turma, ouvido o tutor designado pela entidade de acolhimento.

2.6. Existem procedimentos internos de registo de assiduidade, de acompanhamento, de avaliações

intermédias e finais do professor orientador e do tutor, bem como da autoavaliação do formando.

2.7. Os critérios de avaliação da PAP encontram-se definidos no regulamento da PAP, sendo o

respetivo júri designado pelo Diretor, nos termos da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro.

2.8. Os requisitos previstos nos normativos para efeito de conclusão dos cursos profissionais,

nomeadamente ao nível da assiduidade e aproveitamento dos formandos, bem como a emissão dos respetivos diplomas e certificados de qualificações, têm sido cumpridos.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E CAPACIDADE DE MELHORIA DA ESCOLA 1.- Resultados por curso e ciclo de formação

1.1. A EPB procede à monitorização e avaliação dos resultados em todos os indicadores que foram analisados, na generalidade, para todos os cursos profissionais concluídos em 2015, 2016 e 2017 (ciclos de formação 2012-2013 a 2014-2015, 2013-2014 a 2015-2016 e 2014-2015 a 2016-2017): Técnico de Auxiliar de Saúde, Técnico de Construção Civil, Técnico de Design Gráfico, Técnico de Eletrónica, Automação e Comando, Técnico de Frio e Climatização, Técnico de Gestão, Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, Técnico de Secretariado, Técnico de Marketing e

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Técnico Multimédia e especificamente, para os cursos de Técnico de Mecatrónica e de Técnico de Manutenção Industrial – variante Mecatrónica Automóvel nos ciclos de formação em que foram ministrados.

1.2. O curso de Técnico de Mecatrónica apresenta baixas taxas de conclusão e um ligeiro agravamento

acompanhado pelo agravamento das taxas de não conclusão por desistência, apesar da melhoria que se regista na não conclusão por existência de módulos em atraso. Considerando os 35 formandos que concluíram o curso, 26 (74,3%) ficaram empregados na área de educação e formação do curso, que regista uma melhoria de 2015 para 2016. Quanto ao prosseguimento de estudos não constituiu uma opção para os formandos, dado que apenas quatro (11,4) dos que concluiu o curso, optou por esta via.

Curso Profissional de Técnico de Mecatrónica

1.3. Já no que se refere ao curso profissional de Técnico de Manutenção Industrial – variante Mecatrónica Automóvel, com apenas um ciclo de formação completo, concluído em 2017, a taxa de conclusão de é de 63,3%, em resultado das taxas de não conclusão por desistência (23,3%), e por módulos em atraso (13,3%). A taxa de empregabilidade na área de educação e formação é baixa (26,3%) e o prosseguimento de estudos constituiu opção para seis (31,6%) dos 19 formandos que concluíram o curso. 60,0% 56,7% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 2014 2015 2016 2017 2018

Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de conclusão Técnico de Mecatrónica 10,0% 26,7% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 2014 2015 2016 2017 2018

Anos de Conclusão - Ciclos de formação

Taxas não conclusão por desistência Técnico de Mecatrónica 30,0% 16,7% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 2014 2015 2016 2017 2018

Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de não conclusão por existência de Módulos em atraso - Técnico de Mecatrónica

72,2% 88,2% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 2014 2015 2016 2017 2018

Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de empregabilidade Técnico de Mecatrónica 61,1% 88,2% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 2014 2015 2016 2017 2018

Anos de conclusão Ciclos de formação

Taxas de empregabilidade na AEF Técnico de Mecatrónica 11,1% 11,8% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 2014 2015 2016 2017 2018

Anos de conclusão - Ciclos de formação

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1.4. No que concerne aos restantes cursos, concluídos em 2015, 2016 e 2017 na EPB, as taxas médias de conclusão apresentam uma tendência ascendente a que se associam as tendências descendente das taxas médias de não conclusão por desistência e por módulos em atraso. No que se refere às taxas médias de empregabilidade nas áreas de educação dos cursos registam-se taxas baixas apesar da tendência ascendente que se verifica. Quanto ao prosseguimento de estudos, assinala-se uma tendência descendente, não constituindo uma opção para os formandos, uma vez que apenas 17,1% optou por essa via.

Outros cursos profissionais concluídos em 2015, 2016 e 2017, na EPB

2.- Monitorização e avaliação dos resultados

2.1. A EPB está a fazer a transição para o Quadro de Referência Europeu de Garantia da Qualidade para

a Educação e Formação Profissional (EQAVET), pelo que é no âmbito do sistema de gestão de qualidade (SGQ) que é realizada a monitorização e avaliação dos seus resultados, tendo definido

56,9% 69,3% 70,5% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 2014 2015 2016 2017 2018

Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas médias de conclusão - Outros cursos

Linha de tendência 29,2% 16,5% 20,9% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 2014 2015 2016 2017 2018

Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas médias de não conclusão por desistência - Outros cursos

Linha de tendência 13,9% 14,2% 8,5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 2014 2015 2016 2017 2018

Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas médias de não conclusão por existência de módulos em atraso - Outros cursos

Linha de tendência 72,4% 74,6% 79,4% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 2014 2015 2016 2017 2018

Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas médias de empregabilidade Outros cursos Linha de tendência 42,3% 47,5% 52,1% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 2014 2015 2016 2017 2018

Ciclos de formação - Ano de conclusão

Taxas médias de empregabilidade na AEF Outros cursos Linha de tendência 18,7% 23,0% 11,5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 2014 2015 2016 2017 2018

Ciclos de formação - Ano de conclusão

Taxas médias de prosseguimento de estudos Outros cursos

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como indicadores os seguintes: nível de procura, por parte dos candidatos, de cursos que oferece; nível de sucesso escolar com base na taxa de conclusão dos cursos; taxa de execução letiva com base no número de horas previstas/horas dadas; taxa de execução dos módulos com base no número de módulos planificados e lecionados; taxas de PAP e de FCT concluídas com base nas iniciadas; taxa de sucesso na FCT com base na classificação final; grau de satisfação da comunidade empresarial com base em dados recolhidos por aplicação de questionários; cumprimento do plano de atividades; taxas de abandono e absentismo escolar.

2.2. Os resultados são analisados de modo a identificar quais as componentes curriculares com maior

sucesso e insucesso, quais as causas das taxas de conclusão nos ciclos de formação e as variáveis que contribuíram para o sucesso obtido pelos formandos que concluíram o curso em três anos, assim como os que não o concluíram nesse período. Identificam também os fatores explicativos da desistência /abandono escolar e avaliam, tendo por referência as taxas de empregabilidade na área de educação e formação, a aceitação externa do nível de formação prestado e a satisfação das necessidades formativas do tecido económico e social.

2.3. A Direção Executiva e a gestora do SGQ fazem a avaliação dos resultados dos formandos

constando no relatório de autoavaliação de acordo com os indicadores da norma ISO 9001.

3.- Capacidade de melhoria

3.1. No processo de autoavaliação, a EPB realiza a análise SWOT, identificando os pontos fortes e as

áreas de melhoria e estabelecendo prioridades, o que levou à construção de planos de ação com o objetivo da melhoria da organização, em que os indicadores com mais expressão são as taxas de empregabilidade e os níveis de reposição de assiduidade por parte dos formandos, verificando-se neste último a melhoria mais significativa.

3.2. O plano de ação, após a sua avaliação, é divulgado aos trabalhadores (docentes e não docentes),

através de um boletim digital, da newsletter (mensal) e do InfoEPB (semanal), onde reportam os indicadores mais importantes para a EPB. As linhas de ação gerais são transmitidas aos pais e encarregados de educação em reuniões periódicas.

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Atentas as considerações finais e com o objetivo de contribuir para a correção/aperfeiçoamento de procedimentos, tendo em vista a sua conformidade legal e a melhoria da qualidade da ação educativa, a equipa inspetiva apresenta as seguintes recomendações/sugestões de melhoria.

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO

1. Solicitar, junto da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares, a atualização da lotação máxima, e

respetivo averbamento, na Autorização Prévia de Funcionamento n.º 51, de 31 de agosto de 1999, nos termos do artigo 17.º, do Decreto-Lei n.º 92/2014, de 20 de junho.

2. Disponibilizar no sítio na internet da EPB toda a informação ainda não publicitada relacionada com o desenvolvimento da sua atividade, de acordo com o n.º 2, do artigo 39.º, do Decreto-Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro conjugado com o artigo 22.º, do Decreto-Lei n.º 92/2014, de 20 de junho.

3. Auscultar a comunidade educativa e os representantes da comunidade local na próxima

revisão/atualização do projeto educativo, definindo metas avaliáveis de forma a eliminar a subjetividade, reforçar o compromisso, identificar a ambição, fomentar a melhoria contínua e promover a inovação, a fim de garantir o previsto na alínea f), do artigo 21.º, n.º 3, do artigo 22.º, na alínea b), do artigo 26.º, alínea a), do artigo 27.º, e no n.º 1, do artigo 60.º, do Decreto-Lei n.º 92/2014, de 20 de junho.

4. Elaborar o plano anual de atividades de forma articulada com os objetivos e metas definidos no

projeto educativo, para que o seu desenvolvimento concorra para a consecução efetiva dos objetivos definidos naquele documento, no respeito pelo previsto nas alíneas f), do artigo 21.º, e b), do artigo 26.º,do Decreto-Lei n.º 92/2014, de 20 de junho.

5. Contemplar, no Regulamento Interno, a promoção e a organização de parcerias e de protocolos de

colaboração, no respeito pelo previsto na alínea f), do artigo 21.º, n.º 3, do artigo 22.º, e na alínea b), do artigo 26.º,do Decreto-Lei n.º 92/2014, de 20 de junho

6. Assegurar, na gestão da carga horária dos cursos profissionais, o equilíbrio semanal e diário da FCT,

não excedendo a duração de 35 horas semanais e de sete horas diárias, nos termos do n.º 7, do artigo 3.º, e do n.º 2, do artigo 7.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março, e n.º 165-B/2015, de 3 de junho (doravante referida apenas a Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações).

7. Incluir, em todos os planos de trabalho individual da FCT, a programação das atividades a

desenvolver no âmbito desta, como determina o n.º 6, do artigo 3.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações.

8. Subscrever entre a EPB e o formando e/ou o encarregado de educação quando este for menor, um

contrato de formação que integre o plano de trabalho individual, este assinado pelo órgão competente da Escola, pela entidade de acolhimento, pelo formando e ainda pelo encarregado de educação, caso o formando seja menor de idade e que identifique os objetivos, o conteúdo, a programação, o período, o horário e local da realização das atividades, as formas de monitorização e acompanhamento e os respetivos responsáveis, bem como os direitos e deveres dos diversos intervenientes da Escola e da entidade onde se realiza a FCT, nos termos dos n.ºs 5 e n.º 6, do artigo 3.º, da alínea d) e e), do n.º 1, do artigo 4.º, da Portaria n.º 74-A/2013, 15 de fevereiro, e respetivas alterações.

9. Designar como professor orientador da FCT um professor que leciona as disciplinas da componente

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de formação técnica, conforme previsto no n.º 12, do artigo 3.º, da Portaria n.º 74-A/2013, 15 de fevereiro, e respetivas alterações.

10. Formalizar os critérios para a distribuição dos formandos pelas entidades de acolhimento que

asseguram a FCT, nos termos do disposto na alínea c), do n.º 1, do artigo 4.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações.

11. Incentivar os docentes à frequência de ações de formação direcionadas especificamente para o

ensino profissional, designadamente para a avaliação e para a gestão modular do currículo, no sentido de potenciar o desenvolvimento profissional, a motivação e mobilização para novas formas de organização pedagógica, reforçando os impactos nas práticas letivas e nos resultados dos formandos, de forma a concretizar os objetivos e metas do projeto educativo, bem como a promover um ensino de qualidade, em conformidade com a alínea f), do artigo 21.º, conjugada com as alíneas b) e f), do artigo 26.º, do Decreto-Lei n.º 92/2014, de 20 de junho.

12. Incluir no registo individual do percurso do aluno/formando a designação da(s) empresa(s) em que

decorreu a FCT, nos termos do disposto na alínea b), do n.º 2, do artigo 22.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações.

GESTÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

1. Promover a articulação entre as diferentes disciplinas e componentes de formação do curso em

tempos de trabalho comuns entre docentes e/ou equipa pedagógica.

2. Assegurar que as aprendizagens visadas em todos os planos de trabalho individual da FCT

contemplem a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades no âmbito da saúde e segurança no trabalho nos termos do n.º 11, do artigo 3.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações.

3. Utilizar a avaliação diagnóstica no início de cada módulo, no sentido de reajustar o planeamento aos

ritmos de aprendizagem dos formandos, de acordo com o previsto no n.º 2, do artigo 24.º, do Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, e na alínea b), n.º 2 do artigo 10.º, Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E CAPACIDADE DE MELHORIA DA ESCOLA

1. Reforçar o sistema de gestão de qualidade (SGQ) implementado na EPB, após conclusão da

transição para o Quadro de Referência Europeu de Garantia da Qualidade para a Educação e Formação Profissional (EQAVET), de modo a garantir a qualidade dos processos formativos e dos resultados obtidos pelos formandos, no respeito pelo definido no artigo 60.º, do Decreto-Lei n.º 92/2014, de 20 de junho.

(13)

Braga 13-06-2018

A equipa inspetiva José Eduardo Moreira Luís Carlos Lobo

Concordo.

À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação. A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área

Territorial de Inspeção do Norte Maria Madalena Moreira

2018-08-17

Homologo

O Subinspetor-Geral da Educação e Ciência

Por subdelegação de competências do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência – nos termos do Despacho n.º 10918/2017, de 15 de novembro, publicado no Diário da República, 2.ª série,

n.º 238, de 13 de dezembro de 2017

João Carlos Correia

Ribeiro Ramalho

Assinado de forma digital por João Carlos Correia Ribeiro Ramalho Dados: 2018.08.22 10:35:08 +01'00'

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