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GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE LAGARTO/SE

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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

SÉRGIO DE GOIS RIBEIRO

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

URBANOS NO MUNICÍPIO DE LAGARTO/SE

Lagarto/SE 2013

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SÉRGIO DE GOIS RIBEIRO

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

URBANOS NO MUNICÍPIO DE LAGARTO/SE

Trabalho de conclusão de curso apresentado como pré-requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração de Empresa, na Faculdade José Augusto Vieira.

Prof. Me. Cássio Roberto Conceição de Menezes

Lagarto/SE 2013

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SÉRGIO DE GOIS RIBEIRO

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

URBANOS NO MUNICÍPIO DE LAGARTO/SE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Administração de Empresas, da Faculdade José Augusto Vieira, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Administração de Empresa.

(1° Examinador) ______________________ Prof. Me. Cássio Roberto Conceição de Menezes

Faculdade José Augusto Vieira

(2° Examinador) ____________________ Prof. Esp. Rodrigo Silva de Santana

Faculdade José Augusto Vieira

(3° Examinador) ____________________ Prof. M.Sc. Ademário Alves dos Santos

Faculdade José Augusto Vieira

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A Deus, pelo dom da vida e da sabedoria, a Fernanda, minha querida noiva e a mim, pela perseverança.

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AGRADECIMENTOS

A realização deste trabalho só foi possível graças:

Ao Senhor DEUS, que me deu força e sabedoria necessárias para cumprir essa jornada, exaustiva, porém gratificante e extremamente compensatória.

A toda minha família que sempre me deram apoio para superar todos os problemas, e dificuldades que surgiram durante o curso.

Aos meus amigos do curso de administração que tornaram minhas noites mais, alegres e divertidas. Com eles aprendi, principalmente, sobre as coisas da vida. Nunca os esquecerei!

Aos professores, que abriram minha mente e transmitiram conhecimentos valiosos que são aplicados tanto em minha vida pessoal quanto profissional. Muitos se tornaram verdadeiros amigos, outros nem tanto, mais sei que poderei contar sempre que necessário.

À Faculdade José Augusto Vieira, por oportunizar uma formação digna, ética e de qualidade.

Ao meu orientador Cássio, pelo auxilio neste trabalho, sempre que necessitei de sua orientação se fez presente, além de informações que já estão sendo úteis à minha evolução profissional.

Ao professor Rodrigo Santana, pessoa no qual admiro muito pelas atitudes e suas aulas excelentes e por todo conhecimento que tem e que passou para todos nós, alunos de administração. Foi uma oportunidade incrível conhecê-lo.

Ao professor Ademário pelo suporte que me deu neste trabalho.

À Edclelson e Jaime, pessoas que considero como meus verdadeiros amigos.

À minha noiva Fernanda por todo amor e apoio que me deu, em momentos difíceis e toda sua família, principalmente Maria Helena, sua querida mãe.

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É graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa. Mas graça das graças é não desistir nunca. (Dom Hélder Câmara)

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RESUMO

A falta de gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos vem se tornando uma problemática para os administradores públicos dos municípios brasileiros. Isso vem acontecendo devido à grande expansão das áreas urbanas e, consequentemente, em função do aumento do consumo. O acúmulo inadequado de resíduos sólidos urbanos vem aumentando constantemente, pois, são jogadas toneladas de “lixo”, diariamente, nos aterros conhecidos como “lixões”. Essa é uma realidade vivida não só pelo município de Lagarto como também pela maior parte dos municípios brasileiros. Em virtude disso, o presente trabalho de conclusão de curso pretendeu avaliar o gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos no município de Lagarto/SE. Especificamente, buscou-se mostrar de que forma a gestão municipal está gerenciando os resíduos sólidos urbanos; identificar problemas ambientais e sociais existentes causados pela destinação inadequada dos resíduos; e apresentar novas perspectivas de gerenciamento dos resíduos sólidos para o município em destaque. A metodologia escolhida na pesquisa classifica-se como qualitativa e exploratória, tendo como universo a prefeitura municipal de Lagarto. Os principais resultados indicam que a coleta dos resíduos não é feita de forma adequada. Parece haver problemas de ordem social e ambiental nas comunidades onde o lixo é depositado. Para amenizar esses problemas, novas alternativas de gerenciamento são apontadas.

Palavras-Chaves: Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos, Administração Pública, Políticas Públicas.

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ABSTRACT

The management of solid waste has become an issue for public administrators of municipalities. This is happening due to the large expansion of urban areas, as a consequence the accumulation of solid waste have increased every moment, therefore, are played tons of "garbage" daily landfill known as "dumps", not only in the city Lizard as throughout Brazil without proper treatment, generating some social and environmental problems. Due to improper disposal of solid waste, with the new management plan adopted by the municipal administration and carbonization thereof, may bring better benefits to the environment and economic sustainability for the city of Lagarto / SE. The objective of this research is to show how the city of Lagarto is managing its solid waste, specific awareness senior management of the municipality of Lagarto / SE, referring to the importance of Urban Solid Waste Management; Identify alternative means for disposal of solid waste and proper management of Solid Waste; showing the whole process of management of waste done by the organ studied, identify some problems in waste management along with the proposals aim to improve and if applied in the municipality of Lagarto / SE. The methodology of this case, is an exploratory qualitative research, data exploration of governmental organization for research purposes.

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LISTAS

LISTA DE QUADROS:

Quadro 1: Princípios de sustentabilidade aplicados a gestão dos RSU ... 19 Quadro 2: Ações obrigatórias e recomendáveis para o GRS ... 26 Quadro 3: Atuações da Gestão Pública ... 36 Quadro 4: Processamento de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos em Lagarto ... 48 Quadro 5: Impactos socioambientais ... 52 Quadro 6: Perspectivas de Gerenciamento dos Resíduos no Município de Lagarto. ... 53

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LISTA DE FIGURAS:

Figura 01: Processo de gerenciamento de resíduos ... 27 Figura 02: Organograma da Prefeitura Municipal de Lagarto ... 46

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SUMÁRIO RESUMO ABSTRACT LISTAS 1 INTRODUÇÃO ... 12 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 15 2.1. Gestão Ambiental ... 15

2.1.1 Gestão ambiental e marketing verde ... 17

2.2 Resíduos Sólidos Urbanos ... 19

2.3 Gestão dos Resíduos Sólidos ... 22

2.3.1 Planos de gerenciamento de resíduos sólidos ... 25

2.3.2 Políticas para a gestão de resíduos ... 29

2.4 Gerenciamento de Resíduos nos Municípios Brasileiros ... 30

2.5 Administração Pública e as Questões do Gerenciamento de Resíduos ... 34

2.6 As Alternativas de Tratamento dos Resíduos Sólidos urbanos ... 37

3 METODOLOGIA ... 40

3.1 Métodos e Tipos de Pesquisa ... 40

3.2 Universo e Amostra ... 40

3.3 Plano de Coleta e Analise dos Dados ... 41

3.4 Resultados ... 42

4 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ... 43

5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ... 498

5.1. O Processo de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos em Lagarto ... 48

5.2 Impactos Socioambientais ... 51

5.3 Perspectivas de Gerenciamento dos Resíduos no Município de Lagarto ... 53

6 CONCLUSÃO ... 56 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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1 INTRODUÇÃO

O planeta está enfrentando situações adversas em relação ao meio ambiente. Isso ocorre por causa de diversos fatores, dentre os quais o desenvolvimento das empresas e da indústria, o crescimento desordenado das cidades e, principalmente, o comportamento do homem em relação à natureza.

Como o Brasil passa por transformações por causa do seu intenso desenvolvimento, as indústrias começaram a utilizar novas tecnologias, aumentando sua produção e qualidade de seus produtos e serviços, fazendo as pessoas consumirem cada vez mais e gerando mais resíduos sólidos urbanos.

No caso de Lagarto/SE, com uma população estimada em 92.000 habitantes segundo dados do IBGE (2010), o enigma fica inteiramente ligado tanto às questões de educação ambiental quanto à falta de gerenciamento dos resíduos, uma vez que 70% dos resíduos lançados em três diferentes localidades – povoado Água Fria, Colônia Treze e a maior parte no Santo Antônio, ambos do município de Lagarto – são produzidos em condições improváveis para fins de aplicação.

Uma pesquisa realizada pela ALBREP – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, divulgada no “panorama dos resíduos sólidos do Brasil”, indica que o país gera cerca de 1.152 Kg de resíduos sólidos por habitante, diariamente. Em relação a Lagarto, segundo informações cedidas pela empresa que cuida da limpeza da cidade, “ECOLURB”, o município produz uma média de 58 toneladas de resíduos por dia. Isso daria 1740 toneladas por mês.

Em 2012 foram coletados, diariamente no Brasil, 183 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos. Porém, o maior problema ainda não é a quantidade enorme de resíduos que são gerados todos os dias, mas sim a sua destinação final, pois a maior parte dos resíduos sólidos é depositada em “lixões” a céu aberto.

Trata-se de uma forma inadequada de disposição final dos resíduos sólidos, sendo que a maioria não possui aterro sanitário e nenhuma medida de proteção ambiental ou da saúde pública.

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De acordo com a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, 2012), até agosto de 2012, todas as prefeituras do país deverão apresentar um plano de gestão de resíduos sólidos e colocá-lo em operação em 2014. O processo de carbonização dos resíduos sólidos e o seu gerenciamento seria a alternativa adequada para resolução desse problema.

Diante disso, pergunta-se: como é feito o gerenciamento dos resíduos sólidos no município de Lagarto/SE?

Assim, tem por objetivo geral avaliar o gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos no município de Lagarto/SE, e como objetivos específicos mostrar de que forma o município de Lagarto está gerenciando os resíduos sólidos urbanos; identificar problemas ambientais e sociais existentes causados pela destinação inadequada dos resíduos; apresentar novas perspectivas de gerenciamento dos resíduos sólidos para o município de Lagarto.

A realização desse estudo foi uma escolha pessoal, com o intuito de adquirir novos conhecimentos sobre o tema, pois ele proporciona uma grande relevância para a sociedade, influenciando a adaptarem-se às mudanças de um novo contexto que visa equilíbrio entre o homem e o meio ambiente, para que não comprometa o ecossistema, o desenvolvimento social e econômico.

Partindo do ponto de vista de que é necessário encontrar alternativa que possa apresentar algum tipo de tratamento e/ou destinação final para os resíduos sólidos urbanos, o estudo possibilita uma das alternativas de soluções a partir da carbonização dos resíduos sólidos para fabricação de carvão e criação de um aterro sanitário.

Os projetos que estão sendo avaliados pela gestão municipal, procuram encontrar meios e soluções inovadoras, cujos objetivos é dar um destino final adequado para os resíduos sólidos urbanos e minimizar os problemas existentes e uma cidade sede para construção de um aterro sanitário, visando alternativas para solucionar tais problemas.

Na segunda seção foram abordados em referencial teórico, temas como Gestão Ambiental, Resíduos Sólidos Urbanos, Gestão dos Resíduos Sólidos, Planos

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de gerenciamento de resíduos sólidos, Gerenciamento de Resíduos nos Municípios Brasileiros, Administração Pública e as Questões do Gerenciamento de Resíduos.

Esses estudos forneceram suporte e conhecimento para entender a importância dessa ferramenta valiosa para as prefeituras que buscam melhorias na gestão de resíduos sólidos. Na terceira seção, como metodologia foi utilizada a um estudo exploratório qualitativo, através de roteiro de entrevistas aplicadas aos gestores da organização em estudo. Na quarta seção, foi apresentado a caracterização da empresa em estudo e todos os aspectos relevantes para esse trabalho. Na quinta seção foram apresentados e analisados os dados coletados, e por fim na sexta seção apresentou a conclusão dos trabalhos.

Este trabalho foi extremamente útil, pois além de trabalhar na organização em estudo, é muito importante conhecer o tema abordado o que pode agregar ainda mais valor à organização.

Já para a organização em estudo, o projeto é ainda mais importante, porque se mostrou através de estudos aprofundados os problemas existentes e de que forma esta sendo conduzida a gestão.

Terá grande relevância também para a sociedade, pois se mostrou a eficiência ou ineficiência da gestão municipal quanto à questão apresentada possibilitando obter conhecimentos daquilo que era desconhecido da maior parte da sociedade.

Em relação aos acadêmicos e à academia, este trabalho irá ajudar no desenvolvimento de projetos posteriores, podendo ser ainda mais uma fonte de conhecimento para outros que busquem conhecer sobre o gerenciamento de resíduos sólidos.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

A fundamentação teórica é considerada uma ferramenta essencial para se aprofundar no estudo do tema escolhido, pois explana o nível de conhecimento dos autores no campo envolvido. Além disso, ajuda na explanação para o resultado da pesquisa.

Como expõe Gil (1991, p. 145), “o referencial teórico deve ter coerência com o problema focalizado e a metodologia adotada”.

Partindo dessa premissa, nesta seção será abordado um breve contexto dos conceitos da gestão dos resíduos sólidos, como suas complicações e soluções encontradas, baseando-se na visão de outros autores como também das organizações que estão preocupadas com as questões do enfoque.

2.1 Gestão Ambiental

Nos últimos anos a Gestão Ambiental está sendo abordada em diversos países. A preocupação das autoridades de todo o mundo vem aumentando a cada dia em relação ao meio ambiente pelos problemas apresentados no cotidiano e a degradação de diversos recursos encontrados na natureza.

O surgimento das discussões é uma decorrência natural da evolução humana de encontrar meios para diminuir a degradação do meio ambiente causada pelo homem (CARDOSO, 2001).

Tudo começou e surgiu em 1972, em Estocolmo, onde 133 países participaram da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Naquela época participaram desta conferência os países subdesenvolvidos que se depararam com uma realidade jamais esperada em relação ao meio ambiente (CARDOSO, 2001).

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Segundo Dias (2010, p.85):

Com o reflexo desta Conferência (Estocolmo, 1972), o governo brasileiro criou, em 30 de outubro de 1973, a Secretária do Meio Ambiente (SEMA) e conseqüentemente outros órgãos ambientais foram criados no intuito de preservar o meio ambiente e a poluição industrial.

Foram abordados diversos temas nessa reunião ambiental, um deles foi em relação à sustentabilidade no qual Maurice Strong, Secretário Geral da Conferência, na época deixou claro que “o desenvolvimento sustentável será alcançado se três critérios forem obedecidos simultaneamente: equidade social, prudência ecológica e eficiência econômica”.

De acordo com Dias (2010, p.33):

Em seguida aconteceu a 2ª Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, ou Eco-92, realizada no Rio de Janeiro. Representantes de 179 países discutiram em 14 dias os problemas ambientais globais e estabeleceram o desenvolvimento sustentável como uma das metas a serem alcançadas pelos governos e sociedades em todo mundo.

Como percebe-se, há uma grande preocupação das autoridades mundiais com relação à sustentabilidade, pois é uma das formas de haver igualdade entre todos, proporcionando qualidade de vida e mantendo o meio ambiente sempre preservado.

Segundo Dias (2010, p.34), “a agenda 21 constitui um dos programas mais abrangentes internacionalmente e estabelece parâmetros para que se obtenha desenvolvimento sustentável nas suas vertentes econômicas".

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A Agenda 21 brasileira está focada em todos os campos em que a atuação das atividades humanas impacta o meio ambiente. Existem algumas ações como o desenvolvimento sustentável, inclusão social, educação ambiental, saúde e distribuição de renda.

Todos nós temos direito a um meio ambiente bem cuidado, cabe ao poder público preservá-lo e cuidá-lo para que as gerações futuras possam ter uma melhor qualidade de vida proporcionando, assim, uma mobilização na humanidade de que se precisa preservar melhor o meio ambiente no todo.

2.1.1 Gestão ambiental e marketing verde

Nessa subseção tratar-se-á da gestão ambiental e seu marketing usados nas empresas para atrair seus consumidores e/ou clientes, mostrando que trabalha com qualidade e eficiência sem deixar de lado a preocupação com o meio ambiente.

O marketing verde não pode ser considerado somente um conjunto de técnicas voltadas para projetar e comercializar produtos que não prejudiquem o meio ambiente; é também uma forma de articular as relações entre o consumidor, a empresa e o meio ambiente (DIAS, 2010).

Segundo Makower (2009, p.176):

A maioria das pessoas tem provado de forma conclusiva que para sua saúde própria ou para de sua família, para o bem-estar de seus vizinhos e da comunidade e para o futuro do planeta estão disposto a só adotar empresas verdes.

Nos últimos anos o planeta está passando por várias modificações em relação ao meio ambiente e um fator determinante é a constante degradação dos recursos naturais provocados pela ação ilegal do homem sobre a natureza.

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É importante ressaltar que, nas últimas décadas, a população está se manifestando diante de uma nova percepção da crise ambiental. Engels (1979, p. 183), no século XIX, observava a preocupação com a transformação do comportamento humano em relação à natureza.

Segundo Miller (2008, p. 5), “viver de forma sustentável significa sobreviver da renda natural fornecida pelo solo, pelas plantas, pelo ar e pela água e não degradar o capital natural da terra”.

Com essa visão atribuída por Miller, compreende-se que os recursos naturais estão cada vez mais comprometidos com o desenvolvimento econômico (MILLER, 2008).

O conceito de desenvolvimento sustentável no meio empresarial tem se pautado como um modo de empresas assumirem formas de gestão mais eficientes, como práticas identificadas como eco eficiência e a produção mais limpa, do que uma elevação do nível de consciência do empresariado em torno de uma perspectiva de um desenvolvimento econômico mais sustentável (DIAS, 2010).

Segundo Miller (2008, p.6):

Acredita-se que 97% do crescimento projetado na população mundial aconteçam nos países em desenvolvimento, em que a maior parte desses países está na África, Ásia e América Latina, com cerca de 5,3 bilhões de pessoas que têm uma renda média, e outros com baixa renda.

Quando se fala em questões ambientais, se trata de um compromisso de todas as pessoas, seja do cidadão comum até a autoridade mais forte do mundo, procurando respeitar as diferenças de culturas e valores existentes entre si.

Com o passar do tempo e com o aumento da conscientização em relação ao meio ambiente em todo mundo, deve-se frisar que não só a população, como também a maior parte das empresas, estão apostando em um novo marketing o “verde”.

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Segundo Dias (2010, p.140), “o marketing está diretamente ligado com a premissa de qualquer empresa que desempenhe uma atividade na sociedade, sendo responsável diante dela pelos produtos ou serviços que presta”.

Conseqüentemente deve haver certo equilíbrio entre os clientes e empresa porque não serão sempre os mesmos, por causa da concorrência e dos clientes cada vez mais exigentes sejam no presente ou no futuro. As empresas sairão mais vantajosas na situação deixando a imagem para seus clientes de que se preocupam comas questões ambientais.

2.2 Resíduos Sólidos Urbanos

Entende-se por resíduos sólidos tudo aquilo em fase sólida ou semi-sólida que será descartado em locais devidamente corretos e coletados posteriormente para ser depositado em seu destino final.

Segundo Zanetti (2003, p.20):

O conceito de resíduo é diferente de lixo, o “lixo” é um termo que dá sentido a algo que precisa ser jogado bem longe e de preferência o mais rápido possível. Já o resíduo, essa relação muda, porque as pessoas associam o termo de resíduos às questões de reutilização e reciclagem de diversos tipos de materiais que foram descartados.

Então, para uma melhor compreensão do significado das palavras “lixo” e “resíduos sólidos”, faz-se necessária a abordagem de alguns conceitos muito importantes.

De acordo com dicionário Luft (2003, p. 427), lixo significa “aquilo que se varre para deixar limpa uma casa, jardim, restos ou coisas inaproveitáveis, tudo que não presta e se joga fora”.

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Por outro lado, no dicionário Luft (2003, p. 574), resíduo significa “o que resta de qualquer sustância, borra, sedimento, podendo ser reutilizado, reaproveitado”.

Atualmente, o termo da palavra “lixo” está mudando para “resíduos sólidos”. De acordo com a Norma Técnica NBR – 10.004, da ABNT, 2004, resíduos sólidos são definidos como “aqueles no estado sólido e semi-sólido, que resultam de atividades da comunidade, de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, de serviços, de varrição e agrícola”.

Milanez e Teixeira (2001) propuseram um grupo de princípios de sustentabilidade específico para a gestão dos resíduos sólidos urbanos, entre eles destaca-se, conforme quadro 1 abaixo:

VARIÁVEIS DE ANÁLISE DESCRIÇÃO

Universalização dos serviços Todas as pessoas devem ser atendidas pelo sistema público de gestão de resíduos sólidos urbanos

Integração dos aspectos econômicos, ambientais e sociais na gestão dos resíduos sólidos urbanos

Aplicação das dimensões econômicas, ambientais e sociais no momento do planejamento, tomada de decisão, intervenção e controle do sistema de gestão

Cooperação e consórcio Soluções pautadas na gestão

compartilhada, assim as administrações públicas municipais devem procurar agir em parceria com outros municípios e principalmente com as demais

organizações da sociedade civil e a população em geral.

Adequação das tecnologias à realidade local

Soluções tecnológicas, tanto em relação a equipamentos quanto a processos e sistemas devem ser adequadas à realidade local considerando aspectos sociais, educacionais, financeiros, entre outros.

Gestão Participativa Pautada na transparência do processo de gestão, o qual deve ser aberto à população e aos demais agentes sociais de forma participativa

Democratização da Informação Esclarecimento e orientação acerca das questões dos Resíduos sólidos urbanos, incluindo as dimensões ambientais, de saúde humana, consumo e desperdício Garantia de condições adequadas de Trata-se da atenção especial a ser dada

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trabalho pelos dirigentes dos programas de gerenciamento de resíduos sólidos quanto às condições de trabalho

oferecidas aos trabalhadores, em geral, catadores, tais como: segurança,

ergonomia e valorização do trabalho. Geração de Trabalho e Renda As atividades de recuperação de

materiais dos RSU devem ser apoiadas pelo poder público dando prioridades as iniciativas de cooperativismo ou

associativismo e, por conseguinte, promover a geração de trabalho e renda aos catadores envolvidos

Preservação dos recursos naturais Deve-se buscar a redução da geração dos resíduos na fonte. O Poder público através de programas deve priorizar a recuperação dos materiais ou energia presente nos resíduos sólidos urbanos antes de sua disposição final

Previsão dos impactos socioambientais Em cada etapa do sistema de gestão de resíduos sólidos urbanos, desde a coleta até sua disposição final, deverão ser avaliados os impactos sociais e

ambientais gerados na população e meio ambientes local.

Recuperação de áreas degradadas pela gestão incorreta dos resíduos sólidos urbanos

Deve-se investir na correção das ações negativas geradas no sistema de gestão a dos resíduos sólidos urbanos.

Poluidor-pagador Trata-se da co-responsabilidade pela gestão dos resíduos sólidos urbanos sendo assumidos pelos seus geradores, inclusive a população, de forma a

adquirir a efetiva consciência ambiental na busca da sustentabilidade urbana

Quadro 1: Princípios de sustentabilidade aplicados à gestão dos RSU. Fonte: Milanez; Teixeira (2001 apud BRINGHENTI, 2004).

Para Zanetti (2003, p. 20):

As questões mais relevantes são aquelas que a produção de resíduos sólidos é, na verdade, o resultado de novos padrões de consumo da sociedade moderna que geram não apenas o rejeito material, mas também o social, como o caso de pessoas que sobrevivem das sobras encontradas nos “lixões”, uma vez que toneladas de resíduos são acumuladas diariamente, muitas vezes, de forma inapropriada. Esses resíduos são considerados restos daqueles que consomem e descartam o que é inutilizável.

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Segundo pesquisa realizada pela ALBREP – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, em 2009, foi divulgada no “Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil” que o país gera, aproximadamente, 182 mil toneladas/dia de resíduos sólidos urbanos. Já outra pesquisa realizada pela mesma empresa esse número passou para 215 mil toneladas/dia de resíduos sólidos urbanos.

2.3 Gestão dos Resíduos Sólidos

Com o passar do tempo a gestão dos resíduos está sendo cada vez mais importante, com o intuito de propor mudanças de comportamentos relativos ao consumo, produção e desperdício, melhorando a qualidade de vida, reduzindo a quantidade de resíduos e os gastos com a coleta, tratamento e disposição final.

Segundo Mandarino (2002, p.213):

A industrialização, o consumo e o lixo são questões diretamente ligadas. Toda produção, seja ela industrial ou domiciliar, estimula o consumo que acarreta em algum momento o descarte e a transformação da matéria em lixo.

Nessas condições é preciso levar em consideração que a industrialização é o principal fator para aumentar e piorar a qualidade dos resíduos, na qual existe uma infinidade de produtos que levam dezenas, centenas ou milhares de anos para se decompor.

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT, na sua norma NBR 10.004 de 2004, diz que “lixo são resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos que resultam de origens: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviço e de variação”.

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Dessa forma, uma das principais alternativas para tentar minimizar esses problemas são a coleta seletiva e a reciclagem, um serviço especializado em coletar devidamente os resíduos separados, facilitando assim a reciclagem que constitui um processo de valorização dos resíduos.

Entende-se então que a gestão de resíduos sólidos surge como alternativa viável para a busca da sustentabilidade da existência humana, além de proporcionar uma melhor qualidade de vida para toda população.

O conceito de gestão de resíduos sólidos abrange atividades referentes à tomada de decisões estratégicas e à organização do setor para esse fim, envolvendo instituições, políticas, instrumentos e meios.

Já o termo gerenciamento de resíduos sólidos refere-se aos aspectos tecnológicos e operacionais da questão, envolvendo fatores administrativos, gerenciais, econômicos, ambientais e de desempenho: produtividade e qualidade, por exemplo, e relaciona-se à prevenção, redução, segregação, reutilização, acondicionamento, coleta, transporte, tratamento, recuperação de energia e destinação final de resíduos sólidos.

A maioria dos municípios brasileiros dispõe seus resíduos sólidos domiciliares sem nenhum controle, uma prática de graves consequências: contaminação do ar, do solo, das águas superficiais e subterrâneas, criação de focos de organismos patogênicos, vetores de transmissão de doenças, com sérios impactos na saúde pública. O quadro vem se agravando com a presença de resíduos industriais e de serviços de saúde em muitos depósitos de resíduos domiciliares.

Segundo Creddo (apud ELEUSIS, 2009):

Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transborda tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma da Lei.

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Em raras situações, este circuito inclui procedimentos diferenciados: coleta seletiva, processos de compostagem, tratamento térmico, etc., e, mesmo assim, freqüentemente esses processos são mal planejados, o que dificulta a operação e torna-os inviáveis em curtíssimo prazo.

Conforme determina a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, 2012):

Até agosto de 2012, todas as prefeituras do país deverão apresentar um plano de gestão de resíduos sólidos e colocá-lo em operação em 2014. Entre seus principais pontos, a Lei nº 12.305/10 impõe a adoção da coleta seletiva, construção de aterros sanitários, eliminação de lixões, cooperativas de catadores e logística reversa e o prazo para a implantação da nova política, que coincide com a realização da Copa do Mundo, aumentam a responsabilidade dos Municípios com uma gestão eficaz de seus resíduos.

A busca de soluções e de novas tecnologias para atender essas exigências da nova Lei de Resíduos Sólidos será o tema central do workshop “Gestão Integrada de Resíduos Sólidos”, que acontece no próximo dia 18 de outubro de 2012, no auditório do Centro Empresarial Rio, no Rio de Janeiro. Tecnologias e soluções para esse novo conceito de gestão serão apresentadas no evento junto a casos de sucesso de cidades do Brasil e até de outros países.

O modelo que está sendo implantado pelo município de Lagarto em relação à destinação dos resíduos sólidos é vitrine para todo o país. Empresários, gestores públicos, pesquisadores e técnicos vindos de todas as partes do Brasil vêm semanalmente conhecer de perto a usina de carbonização de resíduos sólidos para a geração de energia limpa que está sendo edificado na nossa cidade, através do núcleo Tecno-Ambiental Railton faz, e que conta com a parceria da prefeitura municipal (Portal Lagarto, 2011)

O prefeito de Bebedouros (SP), João Batista Bianchini, conhecido como ‘Italiano’, e o empresário do ramo de energia elétrica Carlos Henrique, que em visitação técnica ao núcleo de tecnologia, fizeram uma visita de cortesia ao prefeito

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Valmir Monteiro, onde foram recepcionados pelos secretários Ferreira Filho, Maurício Ramos e Floriano Fonseca, pelo diretor do Núcleo Tecno-Ambiental, Railton Lima.

Entre as discussões políticas, partidárias e de administração pública, o prefeito Valmir Monteiro falou da magnitude da tecnologia lagartense, implantada também em Unaí (MG) e Palhoça (SC). “Somente em exterminar o lixo urbano, o forno de carbonização já é louvável, mas ainda conseguiremos fabricar um produto, que é o carvão, e também poder gerar e comercializar a energia, que tem um alto valor agregado. Levaremos a marca da ‘cidade limpa’ que será modelo para todo o mundo”, analisou (Portal Lagarto, 2011).

● entre os principais problemas enfrentados estão à inexistência da legislação técnica específica (somente normas ABNT e procedimentos internos).

● falta de experiência de muitos envolvidos (cliente, projetistas, operadores,...).

● descontinuidade administrativa

● uma grande parte das prefeituras do país (40,1%segundo o Ministério das Cidades) não cobra, da população, pelos serviços de limpeza pública.

● as Prefeituras que cobram, o fazem com valores insuficientes para fazer frente a todos os custos envolvidos!

2.3.1 Planos de gerenciamento de resíduos sólidos

O plano de gerenciamento de resíduos sólidos é parte integrante do processo de licenciamento ambiental do empreendimento ou atividade pelo órgão competente do Sisnama (política nacional de resíduos sólidos). Conforme o art. 24º do Sisnama seguem os planos essenciais para o gerenciamento de resíduos.

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● diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no respectivo território;

● identificação dos geradores sujeitos ao plano de gerenciamento específico; ● procedimentos operacionais a serem adotados nos serviços públicos de limpeza;

● indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos; ● reconhecimento dos diversos agentes sociais envolvidos, identificando os papéis por eles desempenhados e promovendo a sua articulação;

● consolidação da base legal necessária e dos mecanismos que viabilizem a implementação das leis;

● mecanismos de financiamento para a auto-sustentabilidade das estruturas de gestão e do gerenciamento;

● informação à sociedade, empreendida tanto pelo poder público quanto pelos setores produtivos envolvidos, para que haja um controle social;

● sistema de planejamento integrado, orientando a implementação das políticas públicas para o setor.

Na Lei Orgânica Municipal não são especificados os devidos cuidados necessários com os resíduos sólidos gerados. No entanto, há evidências de que a administração municipal de Lagarto está desenvolvendo ações para melhorar na gestão de resíduos que visa assegurar o aprimoramento dos serviços de limpeza urbana, coleta, tratamento e disposição, inclusive mediante a implantação de programas de coleta seletiva de resíduos e programas educativos.

E, nessa perspectiva, estão sendo elaborados pelas Secretarias do Meio Ambiente, de Obras e Urbanização do município projetos que visam a construção de um aterro sanitário que provavelmente será na cidade e a implantação de uma indústria de carbonização que irá transformar todo o “lixo” em carvão, cujos objetivos principais são:

(27)

● viabilizar destinação alternativa para os resíduos;

● sensibilizar a comunidade, por meio da educação ambiental, para a prática da cidadania;

● orientar a população a separar os resíduos no local de origem; ● propiciar geração de emprego e renda aos catadores;

●transformar os catadores em agentes ambientais visando o desenvolvimento social e ambiental do município.

Esses projetos fazem parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que propõem a todos os municípios brasileiros apresentem planos de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos até agosto de 2012 que tem por objetivo atender às adequações para a copa do mundo de 2014.

Segundo o Cempre (2007):

O plano de gerenciamento de resíduos sólidos é um documento que apresenta a situação atual do sistema de limpeza urbana, com a pré-seleção das alternativas mais viáveis, e o estabelecimento de ações integradas e diretrizes sob os aspectos ambientais, econômicos, financeiros, administrativos, técnicos, sociais e legais para todas as fases de gestão dos resíduos sólidos, desde a sua geração até a destinação final.

O Quadro 2 e a Figura 1 sugerem as ações obrigatórias e recomendáveis para o gerenciamento integrado de resíduos sólidos.

SERVIÇO DE LIMPEZA PUBLICA METAS

Limpeza (acondicionamento, coleta e transporte)

Coletar e transportar o lixo pelo qual a prefeitura é responsável.

Destinação final do lixo (lixão ou aterro controlado)

Remediar lixão; Implantar aterro sanitário

Aterro sanitário Assegurar que a operação atenda padrões técnicos e ambientais, o que inclui a reutilização da área no futuro.

Quadro 2: Ações obrigatórias para o gerenciamento integrado de resíduos sólidos. Fonte: JARDIM et al. (1995)

(28)

Se comparar a eficácia dos serviços de coleta, transporte, recuperação, qualidade de tratamento e destinação final existentes no Brasil com a de outros países que se adiantaram no enfrentamento do problema, constatar-se-á que está longe de ser um país moderno, vendo cada vez mais reduzidas as possibilidades de uma maior inserção no mercado internacional, que gradativamente restringe o comércio de produtos que não são gerados através de tecnologias limpas.

A figura 1 demonstra como é feito todo processo de gerenciamento de resíduos, desde a implantação do sistema de gestão, o método de coleta usado para a retirada dos resíduos das ruas, como é feito o transporte para o destino final, se existe algum tipo de tratamento e se o local é apropriado para seu destino final.

Figura 1 – Ações obrigatórias e recomendáveis para o gerenciamento integrado de resíduos sólidos.

Fonte: Caderno de pesquisa em Administração, São Paulo, v.10, n.2, p.95-105, abril/junho 2003.

Em tese, essa figura demonstra como uma gestão deve gerir seus resíduos sólidos, proporcionando para suas respectivas cidades um melhor destino e adequação para seus “lixos”.

Gerenciamento de resíduos sólidos Sistema de gestão Método de coleta Forma de transporte Tipo de tratamento Forma e local de disposição dos resíduos

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Percebe-se que em Lagarto alguns desses processos não funciona corretamente e tratando-se de gerenciamento de seus resíduos, a cidade gerencia como a maior parte das cidades brasileiras.

O método de coleta usado por não ser seletiva é o recolhimento com caminhões na cidade e também em alguns povoados, sendo destinados para lixões. No momento não há nenhum tipo de tratamento dos resíduos na cidade, somente há existências de catadores cadastrados pelo município para fazerem o manejo e reciclagem de alguns resíduos.

A forma e os locais de disposição são feitos de forma regular, porém as regiões de destino final que ficam nos povoados Santo Antonio, Colônia Treze e Água Fria sofrem algum tipo de dano ambiental, como por exemplo, contaminação do solo- e de alguns afluentes que por ali passam próximos- doenças em humanos entre outros.

2.3.2 Políticas para a gestão de resíduos

Em relação à administração interna dos órgãos públicos, tanto o governo estadual, quanto as prefeituras municipais, podem implementar as seguintes ações de gestão de resíduos:

● garantir, de forma institucional e administrativa, a priorização dos catadores organizados para a coleta do material reciclável descartado nos órgãos públicos, através de campanhas de adesão junto aos funcionários e atribuição das funções relativas à gestão dos resíduos de cada órgão, ao seu respectivo gerente de serviços gerais;

● na contratação de empresas prestadoras de serviços de limpeza, solicitar que os funcionários das mesmas sejam treinados para colaborar com a coleta seletiva de resíduos, de forma a viabilizar a efetiva segregação dos materiais na fonte e garantir sua destinação aos catadores organizados;

(30)

É consenso que programas amplos não são concretizados em curto prazo, mas a mudança de enfoque em relação ao gerenciamento dos resíduos torna-se uma necessidade, no contexto da busca da sustentabilidade, que tem sido uma das principais metas dos governos populares e democráticos.

A seguir, são apresentadas recomendações, enumerando-se algumas das ações a serem implementadas pelo poder público, onde houver vontade política.

● gerenciar de forma democrática a questão dos resíduos sólidos, com a participação das instituições representativas da população, dos catadores, bem como de todos os setores envolvidos no processo;

● registrar e divulgar os resultados obtidos com os programas de coleta seletiva, tanto quantitativos, quanto qualitativos, avaliando continuamente seu desempenho, possibilitando a correção de falhas e motivando a população a alcançar metas maiores e com uma melhor qualidade;

● implantar ou apoiar programas de treinamento em gestão ambiental de empresas e empreendimentos, valorizando o trabalho dos consultores ambientais de nível superior existentes na região, evitando a fuga desses profissionais para outros estados;

● criar programas de redução da produção de resíduos, incentivando a prática do reaproveitamento de materiais e de alimentos, bem como o consumo sustentável;

● orientar corretamente a população para a reciclagem do lixo orgânico nos quintais, através da compostagem, melhorando a qualidade da alimentação de famílias carentes, pela prática da agricultura urbana, de forma individual ou comunitária.

● desenvolver políticas nas áreas da saúde, educação, planejamento industrial e da produção, que possibilitem a gestão sustentável dos resíduos sólidos no estado, de maneira integrada aos diversos aspectos do desenvolvimento da sociedade;

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● nortear a elaboração da Política Estadual de Resíduos Sólidos pelos princípios da minimização, reutilização e reciclagem de resíduos, valorização da figura do catador e proteção ao meio ambiente;

● criar mecanismos de incentivos fiscais e outras providências, que viabilizem a instalação de novas indústrias de reciclagem no estado, as quais se comprometam em atender às normas ambientais e a implantar sistemas de gestão ambiental, buscando a otimização do uso dos recursos disponíveis, tratamento e reuso da água, economia de energia e responsabilidade social.

2.4 Gerenciamentos de Resíduos nos Municípios Brasileiros

Quase todos os municípios brasileiros fazem coleta dos resíduos produzidos, mas nem sempre se preocupam consistentemente com a gestão eficaz. Portanto, veremos alguns casos de municípios brasileiros e/ou sergipanos que gerenciam de forma correta e incorreta, que, pelas análises, quase todos têm um gerenciamento muito ruim.

Uma preocupação muito importante do mundo moderno é a destinação correta e sensata, ecologicamente e sanitariamente, dos milhões de toneladas de resíduos sólidos gerados. Em cada casa do mundo ocidental é produzidos aproximadamente uma tonelada de resíduos sólidos por ano (KIELY, 1999).

O município da Barra dos Coqueiros, em Sergipe, que possui aproximadamente 20 mil habitantes, de modo que 80% dos habitantes encontram-se na área urbana e 20% na área rural.

Os resíduos sólidos desta cidade são coletados por caminhões compactadores e destinados ao lixão do Município de Santo Amaro das Brotas, o qual fica exposto a céu aberto e sob a ação do tempo e dos catadores que ali freqüentam. Estes resíduos dispostos de maneira inadequada poluem o solo e principalmente as águas subterrâneas através da percolação do chorume no solo Silva (Apud, ROCHA, D’ÁVILA, SOUZA).

(32)

Isso comprova que este município tem uma gestão ineficaz quanto ao gerenciamento de seus resíduos e, além disso, não se preocupa com os problemas causados com o lixo jogado a céu aberto. A coleta de lixo era realizada em 92,3% dos domicílios urbanos. Nos domicílios rurais prevaleceu a queima do lixo ou enterro (30,1%) ou, ainda, outras formas de destino (jogado em terreno baldio ou logradouro; jogado no rio, lago ou mar e/ou outro destino) em 18,3% dos casos.

Os resíduos da cidade da Barra dos Coqueiros são coletados e transportados por uma empresa de serviços de limpeza pública como é feito também em Lagarto, sendo que na Barra a mesma os deposita em uma área particular locada por ela, no município de Santo Amaro das Brotas.

Existe um processo realizado na cidade de Tarumã, estado de São Paulo que os resíduos sólidos são destinados a uma Usina de Triagem e Compostagem, onde passam por um processo de separação, para depois serem reintroduzidos no processo industrial, permitindo a reciclagem e/ou transformação em um novo produto.

Além disso, ficou comprovado através de estudos que o gerenciamento de resíduos sólidos caminha para uma Gestão na coleta de resíduos, em que se dá prioridade à cobertura de serviços, que deve incluir a coleta comum e a coleta seletiva.

No entanto, ressaltamos a importância de haver maior preocupação por parte da atual administração municipal, no tocante à coleta seletiva, ainda não implantada no município, permitindo que os materiais recicláveis percam valor de comercialização pelo contato com a matéria orgânica existente no lixo doméstico.

Conscientes dos problemas ambientais ocasionados pela disposição inadequada desses resíduos sólidos, muitos municípios de pequeno porte têm buscado a solução através da reciclagem e compostagem. Nesse sentido, muitas administrações públicas e até mesmo o setor privado têm realizado a implantação de Usinas de Triagem e Compostagem de resíduos nos municípios.

Em Teodoro Sampaio, outra cidade do estado de São Paulo, os serviços de coleta, transporte e disposição dos resíduos sólidos são realizados pela Prefeitura

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Municipal, diferente da cidade de Lagarto, que contratou uma empresa para terceirizar o serviço de coleta dos resíduos. Outrossim, como é feita em quase todas as cidades brasileiras, inclusive aqui em Lagarto, o serviço de coleta dos resíduos sólidos não é cobrado da população e constitui 3,5% do orçamento Municipal de Teodoro Sampaio.

Ficou constatado através de pesquisas feitas que os resíduos sólidos são destinados a um aterro controlado. Essa forma de disposição dos resíduos sólidos constitui alternativa aceitável pelos órgãos ambientais para municípios de pequeno porte. Trata-se de local onde os resíduos devem ser depositados, compactados e recobertos diariamente por uma camada de material inerte.

Os serviços de Limpeza Urbana no município de Belém são administrados pela Prefeitura Municipal de Belém, através da Secretaria Municipal de Saneamento – SESAN, cujas atividades são a drenagem, pavimentação e educação ambiental, visando a melhoria da qualidade de vida.

O projeto de coleta seletiva em Belém iniciou em 1996, a partir do Projeto de Biorremediação do Aterro Sanitário do Aurá, que objetivava a minimização dos impactos ambientais negativos sobre o ecossistema, solo e recursos hídricos, bem como promover a organização dos catadores que viviam totalmente excluídos da sociedade.

Ainda de acordo com o PGRS de Belém (2011), o Aterro Controlado do Aurá recebe, além dos resíduos gerados em Belém, resíduos dos municípios de Ananindeua e Marituba, distribuídos em 908 ton/dia provenientes de Belém e o restante, cerca de 392 ton./dia, dos outros dois municípios.

Diante disso, a gestão se diz preocupada com a situação, porque o local de destino final recebe muitos resíduos, sejam eles, domiciliares, comercial e hospitalar oriundo também de outros municípios e encaminhados para o complexo de Aurá diariamente.

Em Aracaju, capital Sergipana, a EMSURB- empresa responsável pela atuação no que se refere à coleta e disposição final dos resíduos- o fazia de forma

(34)

inadequada. O sistema de coleta era o mais cômodo e, de modo geral, o mais oneroso econômica e socialmente, considerando-se em longo prazo.

Todos os resíduos domiciliares, hospitalares, comercial e entulhos eram transportados para um “lixão” a céu aberto localizado no bairro Santa Maria, região periférica da cidade, próxima ao aeroporto. Não havia sistema de coleta seletiva, nenhum aterro sanitário, em sistema muito defasado de gestão pública, como acontece em todo país.

A maioria dos municípios brasileiros não dispõe de recursos financeiros, técnicos e gerenciais para equacionar o problema de coleta e disposição final dos resíduos sólidos urbanos. Embora as condições de recursos financeiros sejam inúmeras e oriundas de empresas nacionais e internacionais do terceiro setor, da iniciativa privada, da esfera federal, constataram-se dois problemas principais relativos à captação desses recursos:

● desconhecimento por parte dos gestores e de outras autoridades competentes, quanto a existências de fundos específicos para o sistema de gerenciamento de resíduos;

● quase todos os municípios não conseguem preencher os requisitos necessários a captação, principalmente no que se refere às contrapartidas.

2.5 Administração Pública e as Questões do Gerenciamento de Resíduos

Nos dias atuais o papel do gestor público, seja na esfera municipal, estadual ou federal é trabalhar em prol da população e atender as necessidades públicas, desde a maximização até o aperfeiçoamento das demandas que faz-se necessário para alcançar uma gama de objetivos estabelecidos pelos órgãos governamentais respaldando também os anseios da comunidade onde está inserida

.

(35)

A administração pública pode ser definida objetivamente como a atividade concreta, direta, e imediata que o Estado desenvolve para assegurar os interesses coletivos e subjetivamente como o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a Lei atribui o exercício da função administrativa do Estado.

Nos dias atuais o que vimos é um serviço público defasado em todos os serviços prestados a população e no que diz respeito ao gerenciamento de resíduos sólidos não é diferente. A maioria dos municípios não têm eficiência nessa questão e através de pesquisas realizadas, observou-se que a maioria não possui um local adequado para a destinação final de seus residuos, não existindo coleta seletiva ou aterro sanitário.

Pode-se considerar que a Administração Pública em sentido prático ou subjetivo, trata-se de um conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado, bem como das demais pessoas coletivas públicas, tais como as autarquias locais que devem assegurar a satisfação das necessidades coletivas variadas, bem como a segurança, a cultura, o saneamento básico, o lazer, a saúde e o bem estar das populações (FARAH, 2011).

Existem diversas áreas onde a administração vem apresentando vários problemas, principalmente no gerenciamento dos seus resíduos, tais como:

● desinteresse político com a população, poucos investimentos nas cidades, estados e no país em geral;

● vários políticos aqui do Brasil sejam eles: federais estaduais ou municipais agindo fora do princípio da legalidade;

● os recursos financeiros não são aplicados devidamente no processo de gerenciamento dos resíduos, deixando diversos municípios brasileiros sem qualquer tipo de adequação final ou aterros para tratamento dos resíduos.

(36)

A administração pública se caracteriza pela utilização intensa das práticas gerenciais com ênfase na eficácia, sem, contudo, perder de vista a função eminentemente pública do aparelho estatal, tendo como característica central agilizar as funções de planejar, organizar, liderar e coordenar.

Diante disso, na prática não se observa que os municípios brasileiros trabalhem dessa forma e sim a falta de interesse para gerir bem sua cidade atém mesmo buscar melhorias para toda população. Para que os gestores consigam melhorar a situação é preciso:

● trabalhar em conjunto, investir mais nas áreas necessitadas, olhar mais para o povo, gerar emprego e renda;

● desenvolver programas sociais que tirem pessoas dos “lixões”, das drogas e da miséria;

● criação de aterros sanitários ou coleta seletiva, até mesmo instalações de usinas de carbonização para eliminar os “lixos” das cidades;

No quadro 3 se observará algumas deficiências dos gestores municipais em relação ao gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos e as técnicas para melhorar, num todo, a gestão pública:

O que a administração pública pode fazer para melhorar a qualidade de vida da população?

Quais são as áreas da administração pública que vem apresentando

maiores problemas na atualidade?

Como fazer uma boa gestão pública?

Investimentos nas áreas de: saneamento básico, geração de renda e

Falta de saneamento básico, pouca segurança, falta de investimentos na

Trabalhar em conjunto, investir mais nas áreas necessitadas, olhar mais

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emprego, segurança, educação e saúde.

educação e na saúde e pouca atração de novas empresas para geração de emprego.

para o povo, gerar emprego e renda.

Proporcionar as pessoas áreas de lazer, onde possam fazer suas

atividades físicas, acabar com a miséria e a fome, etc.

Desinteresse político com a população, poucos investimentos nas cidades, estados e no país em geral.

Desenvolver programas sociais que tirem pessoas dos “lixões”, das drogas e da miséria.

Atrair novos empresários para suas respectivas cidades em prol de novos empregos dando assim uma melhor qualidade de vida.

Vários políticos aqui do Brasil sejam eles: federais estaduais e municipais agindo fora do principio da legalidade.

Sempre agir dentro dos princípios constitucionais.

Quadro 3: Atuações da Gestão Pública Fonte: Mello (2013).

O quadro acima explica, segundo a visão de Mello, a realidade das administrações atuais explicitando como fazer uma boa administração, os problemas enfrentados e como melhorar a qualidade de vida da polução fazendo uma boa gestão.

Diante da situação ficou claro que as esferas federal, estadual e municipal não conseguem gerir bem, deixando a desejar principalmente na gestão de resíduos, no qual a maioria dos municípios não possui um destino final adequado para os mesmos.

2.6 As Alternativas de Tratamento dos Resíduos Sólidos urbanos

Existem vários caminhos para resolver as questões dos resíduos sólidos urbanos, principalmente no âmbito urbano: é trabalhando para garantir as atividades de saneamento básico que incluem a coleta desse material seguida da correta

(38)

disposição final, que seria em aterros sanitários – locais preparados para receberem os resíduos sólidos urbanos, pois há um confinamento seguro dos resíduos para minimizar e controlar a poluição ambiental e aumentar a proteção à saúde pública (IPT/CEMPRE, 2000).

No município de Lagarto, pelo que foi observado, há existência de planos de ação para tentar minimizar e/ou resolver problemas associados com essas questões, porém observa-se que há evidências desses paradigmas, como por exemplo, não existem aterros sanitários e, em um dos locais onde são depositados esses resíduos, passa uma fonte natural de água, além da poluição do solo.

Os impactos ambientais associados a aterros sanitários vão desde a sua instalação, geração de chorume até as emissões de gases de efeito estufa, como o CH4 (gás metano), provocadas pela decomposição dos materiais ali depositados, principalmente resíduos orgânicos como restos de comida, podas, derivados de madeira e papel (EPA, 2006).

Entretanto, esses impactos ainda podem ser monitorados e minimizados por meio do uso de tecnologias para recuperação dos gases. Sendo assim, os aterros sanitários são uma alternativa de disposição final mais adequada que a colocação em vazadouros a céu aberto, os chamados lixões e muito comuns em países em desenvolvimento, como o Brasil.

Segundo IPT/CEMPRE (2000):

Os lixões caracterizam-se pela simples descarga dos resíduos municipais sobre o solo, sem proteção alguma ao meio ambiente ou à saúde pública. Esses locais são feios e apresentam grandes problemas sociais e ambientais, sendo fonte de proliferação de insetos e seres vetores de doenças, geração de maus odores e poluição do solo e da água pelo contato dos resíduos domiciliares despejados diretamente no solo.

(39)

Para garantir a adequação dos locais de disposição final dos resíduos sólidos urbanos, alguns trabalhos importantes estão sendo planejados no município de Lagarto como, por exemplo, um consórcio que irá abranger duas regiões do estado (sul e centro-sul), e ainda a implantação de uma indústria de carbonização que irá transformar todo resíduo produzido na cidade em carvão.

Um dos conceitos básicos para se gerenciar os resíduos em um município é aplicar a coleta seletiva, pois consiste no sistema de recolhimento de materiais recicláveis (papéis, plásticos, vidros, metais), previamente separados nas fontes geradoras – nas residências e comércios – para sua posterior triagem, beneficiamento e encaminhamento às indústrias recicladoras, Assim, apenas os outros resíduos sólidos, como restos de comida, podas, madeiras e demais materiais não recicláveis seguem para a disposição final (CEMPRE, 1999).

(40)

3 METODOLOGIA

Através dos fundamentos teóricos referentes ao objeto de estudo, elucidou-se o encaminhamento metodológico mais apropriado para alcançar os objetivos desta pesquisa.

3.1 Métodos e Tipos de Pesquisa

Conforme Vergara (2007, p. 46), existem vários tipos de pesquisa que podem ser definidas quantos aos meios e quanto aos fins.

A investigação quanto aos meios pode ser: pesquisa de campo, pesquisa de laboratório, documental, bibliográfica, experimental, ex-post facto, participante, pesquisa-ação e estudo de caso. No caso da investigação quanto aos fins, ela pode ser: exploratória, descritiva, explicativa, metodológica, aplicada e intervencionista.

Neste caso, é uma pesquisa exploratória, foram utilizados dados exploratórios da organização governamental para fins da pesquisa.

Segundo Laville e Dionne (1999, p.45), “pesquisa exploratória vale-se de dados que já receberam um estudo analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa”.

A presente pesquisa caracteriza-se como exploratória, a qual normalmente assume a forma de pesquisa explicativa ou aplicada. Este projeto tem como principal benefício mostrar dados e medir a capacidade do conhecimento com mais desígnio do acontecimento, por ter sido preparado no momento em que se pretende estudar.

O método empregado será uma pesquisa qualitativa, buscando informações sobre o processo de gerenciamento dos resíduos sólidos, juntamente com o novo método de carbonização que esta em fase de estudos e um Consórcio Público

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Intermunicipal de Saneamento Básico de Resíduos Sólidos do Sul e Centro-Sul na cidade de Lagarto/SE.

Ainda de acordo com Gonçalves (2005, p. 64), “é um tipo de pesquisa qualitativa, entendida como uma categoria de investigação que tem como objeto o estudo de uma unidade de forma aprofundada [...]”, explorando os processos sociais à medida que acontecem na organização.

A fim de relacionar a pesquisa, o estudo de caso serve como uma caracterização abrangente para designar uma diversidade de pesquisas que coletam e registram dados de um caso particular ou de vários casos a fim de organizar um relatório ordenado e crítico de uma experiência, ou avaliá-la, analiticamente, objetivando tomar decisões a seu respeito ou propor uma ação transformadora.

Segundo Gil (2006, p.141), “o estudo de caso é o mais completo de todos os delineamentos, pois se vale tanto de dados de gente quanto de dados de papel”.

3.2 Universo e Amostra

De acordo com Vergara (2007, p.50), “o universo de pesquisa consiste em toda a população que vai ser trabalhada, porém essa população não se trata da quantidade de habitantes daquele local, mas sim o conjunto de elementos”, como por exemplo, as empresas, os produtos e as pessoas que possuem as características alvo para o estudo.

“O universo da pesquisa significa o conjunto, a totalidade de elementos que possuem determinadas características, definidas para um estudo.” (BARROS, 2005, p.58). O presente trabalho teve como universo de pesquisa a Prefeitura Municipal de Lagarto/Se.

Quanto à amostra, segundo Lakatos (2005, p.165) consiste em “uma parcela convenientemente selecionada do universo (população); é um subconjunto do universo.”

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Segundo Vergara (2007) “existem dois tipos de amostra, probabilística, que pode ser aleatória simples, estratificada e por conglomerado, e a não probabilística, podendo ser por acessibilidade e por tipicidade”.

Este trabalho teve como amostra, as secretarias de Obras e Urbanização e a de Meio Ambiente, e a Ecolurb- empresa responsável pela coleta dos resíduos do município.

3.3. Plano de Coleta e Análise dos Dados

“Etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos.” (LAKATOS, 2005, p.167).

A coleta de dados neste trabalho foi realizada de forma direta com as secretarias de Obras e Urbanização e a de Meio Ambiente, e a Ecolurb – empresa responsável pela coleta dos resíduos do município. A entrevista foi feita pessoalmente pelo autor com os sujeitos da pesquisa que consistiu em um questionário para categoria de análise, ou seja, um roteiro para facilitar a coleta de informações.

O plano de coleta dos dados deste trabalho foi da seguinte maneira: em um primeiro momento houve a apresentação do autor da pesquisa e de todo trabalho, além dos seus objetivos; depois foi feita a apresentação do roteiro de entrevista para os responsáveis; num terceiro momento foi realizada a entrevista; posteriormente realizada a análise e interpretação dos dados; e finalmente feita a exposição dos dados e a interpretação do autor com base no referencial teórico.

Os dados desse projeto foram trabalhados através da análise de conteúdo, e por serem dados qualitativos, as respostas foram analisadas e comentadas com base em vários autores.

(43)

“É a tentativa de evidenciar as relações existentes entre o fenômeno estudado e outros fatores.” (LAKATOS, 2005, p.169).

A análise de conteúdo pode ser organizada em três pólos, sendo eles, a pré-analise, esta consiste na sistematização para conduzir as fases sucessivas, exploração do material, sendo essa fase a escolha do material a ser trabalha, e por último os tratamentos dos dados, consistindo na interpretação dos resultados obtidos.

3.4 Resultados

Primeiramente, foi mostrado todo o processo de gerenciamento dos resíduos feito pelo órgão estudado, os impactos ambientais causados nos locais de destino final por a cidade não ter um local adequado ou até mesmo um aterro sanitário. Além disso, foram mostradas as perspectivas de melhoria no gerenciamento dos resíduos que o município pretende implantar.

A nova forma de gerenciar esse tipo de processo por parte do órgão público, os benefícios do consórcio que será implantado na região sul e centro-sul de Sergipe que será provável a construção de um aterro sanitário no município e, por último, o diagnóstico ambiental da área de influência dos empreendimentos.

(44)

4 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

Para que fiquem claros os objetivos, a problemática e a justificativa deste trabalho, esta seção tem como intuito expor o contexto histórico da empresa em estudo e os elementos de investigação prioritários para sua execução.

Contexto Histórico

Lagarto é um município brasileiro do Estado de Sergipe que nasceu no século XIX e era chamado de vila. Leva esse nome por causa de uma enorme pedra encontrada em forma do réptil lagarto. Está localizado na região centro-sul do Estado, tendo a maior população do interior com cerca de 95.000 habitantes, e a terceira maior do Estado de Sergipe, possuindo uma área de 1.036 Km².

Hoje, há mais de 100 povoados que compõem o município. Os principais são: Colônia Treze, Açuzinho, Brasília, Brejo, Jenipapo, Estancinha, Santo Antônio, Itaperinha, Brejo, Moita Redonda, Fazenda Grande, Olhos d'Água. Conforme o censo 2010 do IBGE mostra que 48,46% da população residem na zona rural, já a zona urbana tem 51,54%, com 48.889 habitantes.

A Prefeitura Municipal de Lagarto está localizada na Praça Nossa Senhora da Piedade, 13 – Centro – CEP: 49400-000 e seu atual gestor é José Willame de Fraga (Lila). O Poder Legislativo, que são os vereadores, é composto por:

● Adson Santana Lima (Adson do Leite PV) ● Carlos Ângelo da Silva (Carlos da Brasília PT)

● José Cláudio Carvalho da Silva (Cláudio de Dona Leu PP) ● José Enilton Dias (Enilton da Farmácia PMDB)

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● José Érico de Almeida Melo (Erico Menezes PSDB)

● Fábio Frank dos Santos Nascimento (Fábio Frank PCdoB) ● José Fraga Neto (Fraga da Brasília PSDB)

● George Dias dos Santos (George de Zizi PDT)

● Gilberto de Santana Moraes (Gilberto da Farinha PPS) ● Joselmo Fontes Alves (Joselmo de Antônio Simões PSC)

● Carlos Kleber Pereira de Santana (Kleber de João Maratá PRTB) ● Marta Maria de Carvalho Nascimento (Marta da Dengue PP) ● Pedro Antônio dos Santos (Pedrinho da Telergipe PR) ● Valmir Dias de Carvalho (Valmir de Carminho PV)

● Washington da Cruz Silva (Washington da Mariquita PTB) ● Wilson Fraga de Almeida (Xexeu PSD)

Quanto ao histórico de gerenciamento dos seus resíduos sólidos urbanos, observou-se através de pesquisas que a cidade de Lagarto nunca foi referência nesse setor. Constatou-se que a população no geral reconhece o descaso e a problemática que se encontra o lixão do município, contribuindo para a proliferação de doenças e na propagação de grandes impactos no solo, na água, e no ar onde descobriu-se diante da pesquisa em campo que os resíduos são também queimados evitando o grande volume dos mesmos. Isto devido à ausência dos cuidados adequados como, por exemplo, a falta de um aterro sanitário.

Constatou-se também a predominância dos resíduos domiciliares principalmente compostos por: plásticos e orgânicos e em menor proporção os metais e radioativos. Através de visitas de campo, fica evidente a necessidade de tratamento adequado quanto a área de despejo final de resíduos sólidos no município de Lagarto Sergipe, que encontra-se em situação de emergência devendo

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