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PROPOSTA DE PROCEDIMENTOS PARA CRÍTICA AUTOMATIZADA DOS DADOS DE MONITORAMENTO DE BARRAGENS - PROTÓTIPO SERRA DA MESA

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COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS

XXV SEMINÁRIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS SALVADOR, 12 A 15 DE OUTUBRO DE 2003

T92 –A11

PROPOSTA DE PROCEDIMENTOS PARA CRÍTICA AUTOMATIZADA DOS DADOS DE MONITORAMENTO DE BARRAGENS - PROTÓTIPO SERRA

DA MESA

Cavalcanti, M.C.R Pires Filho, C.J Cavalcanti, A.V

FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S/A

Martins, M.A

ALMACON ENGENHARIA LTDA

RESUMO

Este artigo apresenta os procedimentos de crítica automatizada desenvolvidos para o Sistema de Monitoramento de Barragens, atualmente em fase de estudos e desenvolvimento em FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. A estrutura selecionada como protótipo foi a barragem de Serra da Mesa, em enrocamento com núcleo argiloso, 154m de altura máxima, 1.500m de extensão pela crista na El. 464m e, 3 seções instrumentadas, sendo uma no leito do rio e uma em cada ombreira.

ABSTRACT

This paper presents the proposed data evaluation procedures for the Dam Monitoring System presently under development at FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. The structure selected to be the prototype was Serra da Mesa Dam 154m high, with 1.500m of crest length at elevation 464m and, 3 instrumented cross sections, being one at each abutment and one at the river bed.

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1- INTRODUÇÃO

O desenvolvimento de um sistema de crítica automatizada para Controle das Barragens de FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A vem a reboque da evolução da informática e ao encontro da tendência atual de análise de desempenho e gerência de riscos. Inicialmente a aquisição dos dados continuará a ser feita manualmente, entretanto a evolução do sistema deverá indicar os instrumentos de maior representatividade para os quais prevê-se a implantação de aquisição automática de dados.

O Sistema proposto pretende viabilizar via intranet / web o acesso aos dados da instrumentação e à sua crítica automatizada, resultando não apenas na imediata redefinição dos intervalos de tempo entre leituras no campo, mas também na pronta análise do problema e agilização da tomada de decisões e/ou definição de providências de curto prazo.

O presente trabalho tem por objetivo apresentar os procedimentos de crítica automatizada e critérios de avaliação do comportamento desenvolvidos para a barragem de Serra da Mesa, situada no Rio Tocantins entre os municípios de Minaçu e Colinas do Sul no estado de Goiás, a qual será o protótipo do Sistema de Controle proposto.

A estrutura de barramento em questão é constituída por espaldares de enrocamento com núcleo impermeável em solo argiloso e zonas intermediárias de transição, tendo sido construída em 5 estágios entre 1989 e 1997. A barragem tem altura máxima de 154 m, taludes de 1:1,6 a montante e 1:1,4 a jusante, extensão pela crista de 1.510 m na El. 464m, e volume total de aterro

de 12.174.000 m3.

2- BREVE HISTÓRICO

O início da construção do aterro da barragem se deu a partir do leito do rio na

El. 310,0m em maio/1989, com o 1o estágio atingindo a El. 330,0m,

aproximadamente, em 18/novembro/1989. Esse estágio foi projetado para ser galgável tendo sido seu aterro protegido por enrocamento, cujas características foram definidas com base em estudos hidráulicos em modelo reduzido. O maciço protegido foi submetido a 5 submersões sucessivas até maio/94, quando foi retomada a construção da barragem.

Os estágios subseqüentes do aterro foram executados nos seguintes períodos:

2o estágio, maio a outubro de 1994 (El. 398,0m); 3o estágio, novembro/1994 a

dezembro/1995 (El. 411,8m); 4o estágio, janeiro a novembro de 1996 (El.

450m); 5o estágio maio a setembro de 1997.

Em 25/outubro/1996 foi efetivado o fechamento integral das comportas dos túneis de desvio do rio dando início ao enchimento do reservatório. Nessa data o núcleo impermeável se encontrava aproximadamente na El. 443,00 m e os

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espaldares de enrocamento de montante e jusante, em torno da El. 443,00 m e El. 403,00 m, respectivamente.

Maiores informações quanto à seqüência e processos construtivos, bem como quanto ao comportamento da instrumentação durante a construção e enchimento do reservatório, podem ser encontradas em Carvalho et al. (1985 – Referência 4), Barros et al (1991 – Referência 2) e Massahiro et al (1997 – Referência 12 & 1999 – Referência 13).

3- INSTRUMENTAÇÃO INSTALADA

As seções transversais instrumentadas estão indicadas em planta na Figura 1 juntamente com a distribuição dos marcos superficiais nas bermas do talude de jusante.

Para o monitoramento das poro-pressões, pressões totais, deslocamentos e vazões percoladas foram instalados diversos tipos de instrumentos, em três seções consideradas representativas do comportamento da estrutura, sendo uma no leito do rio e uma em cada ombreira. A distribuição dos instrumentos em cada seção consta da Figura 2.

A quantidade e posicionamento relativo de tais instrumentos encontram-se relacionados na Tabela 1.

Tabela 1 – Instrumentos Instalados

Ombreira Direita Leito do Rio Ombreira Esquerda TOTAL

Estágios Construtivos Sub- Estágios Construtivos Sub- Estágios Construtivos Sub- Estágios Construtivos

1º 2º 3º 4º 5º Total 1º 2º 3º 4º 5º Total 1º 2º 3º 4º 5º Total 1º 2º 3º 4º 5º

Piezômetro Pneumático -

PZ 0 3 3 2 8 10 4 2 2 18 0 6 3 2 11 10 13 8 6 0 37

Células de Pressão Total -

CP 0 2 0 0 0 2 3 0 0 0 0 3 0 2 0 0 0 2 3 4 0 0 0 7 Caixas Suecas CS 0 0 2 0 0 2 0 2 5 4 11 0 0 2 4 6 0 2 9 8 0 19 Inclinômetros I 1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 2 1 0 0 0 3 P. Magnéticas de Recalque I (n) 0 1 2 3 6 0 4 2 3 9 0 0 2 3 5 0 5 6 9 0 20 Marcos Superficiais MS 8 5 7 0 0 0 0 0 20 Medidores de Vazão MV 0 0 2 0 1 3 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 1 3 0 1 3 1 2 7 Piezômetros Casagrande PC 1 3 7 11 Total

Instrumento

Instalados na fundação a jusante da barragem Instalados na fundação a jusante da barragem Instalados na fundação a jusante da barragem Instalados na fundação a jusante da barragem

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4- INTERVALOS DE TEMPO ENTRE LEITURAS

Uma vez implantado o sistema informatizado de crítica dos resultados e o tratamento estatístico das leituras será possível a definição de padrões de comportamento e o estabelecimento de valores típicos, gerando uma reavaliação tanto dos intervalos entre as medições como dos critérios de avaliação das leituras, os quais a princípio foram definidos com base nas previsões de projeto. .

Inicialmente foi adotada, como critério básico de avaliação do comportamento para todos os instrumentos, a derivada no tempo da grandeza medida, ou seja, sua variação no intervalo de tempo, cuja tendência é ser assintótica a zero com o passar do tempo.

Caso seja observada qualquer variação brusca de tal derivada, a freqüência das leituras deverá ser intensificada para uma melhor avaliação do comportamento anômalo.

5- PROCEDIMENTOS E CRITÉRIOS

A avaliação do comportamento da barragem baseou-se na definição de 4 condições operacionais em função das leituras obtidas, cujos critérios de avaliação são detalhados, individualmente para cada conjunto de instrumentos, nos sub-itens a seguir.

Objetivando garantir a confiabilidade dos dados, caso seja obtida qualquer leitura que implique em condição que não a normal, as leituras tidas como anômalas deverão ser repetidas imediatamente para que seja eliminada a possibilidade de erro de operação.

De uma maneira geral as condições e providências correspondentes são as relacionadas a seguir:

• Condição Normal: Manutenção dos intervalos de leitura praticados.

• Condição Tipo 1: Alerta Suave

Reduzir o intervalo de leituras à metade do praticado em condições normais, e manter tal intervalo até as leituras indicarem o retorno às condições normais;

Informar à equipe responsável pelo monitoramento para avaliação de causas e implicações.

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• Condição Tipo 2: Alerta Médio

Reduzir o intervalo de leituras à 1/4 do praticado em condições normais, e manter tal intervalo até as leituras indicarem o retorno às condições normais,

Informar imediatamente à equipe responsável pelo monitoramento para avaliação do problema e eventuais providências.

• Condição Tipo 3: Alerta Máximo

Leituras diárias,

Mobilizar equipe responsável pelo monitoramento para definição de medidas corretivas emergenciais,

Criar grupo de trabalho para avaliação de causas, conseqüências e medidas corretivas de longo prazo para restabelecimento das condições normais de operação, caso necessárias.

5.1 - PIEZÔMETROS PNEUMÁTICOS NO INTERIOR DO NÚCLEO E NO CONTATO NÚCLEO / FUNDAÇÃO

Na avaliação do comportamento em regime de operação admitiu-se que, o comportamento do núcleo e do contato núcleo/fundação poderá ser enfocado conjuntamente, enquanto o comportamento dos piezômetros instalados na fundação será tratado de forma independente.

5.1.1- Estimativa dos Valores Esperados

Os valores de potenciais piezométricos e de gradientes hidráulicos foram obtidos a partir da linha freática considerada nas análises de estabilidade do projeto, bem como a partir de análise de percolação bidimensional por elementos finitos, efetuadas para a seção do leito do rio.

Para as seções nas ombreiras os valores foram extrapolados com base na relação entre as alturas da seção no leito do rio e de cada seção nas ombreiras.

5.1.2- Procedimentos de Controle do Comportamento

Os procedimentos para avaliação do comportamento em regime permanente estão apresentados nos Fluxogramas das Figuras 3 e 4.

O conceito adotado na definição dos valores limite para as condições normal e tipo 1, foi o de utilizar os resultados da análise numérica de fluxo (rede de fluxo) e, uma vez ultrapassados tais valores, condições 2 e 3, utilizar os valores da linha freática considerada nas análises de estabilidade de projeto. Cabe ressaltar que poro-pressões que excedam aos valores da linha freática

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considerada nas análises de estabilidade de projeto representam redução do fator de segurança ao deslizamento para regime permanente de operação. As leituras dos medidores de vazão correspondentes às seções instrumentadas em que sejam detectadas as condições tipo 1, 2 ou 3 nas medidas de poro-pressão, mesmo que para valores de vazão em condição normal, deverão ter sua freqüência intensificada de acordo com a freqüência adotada para os piezômetros, atentando-se para as características das águas percoladas, de modo a detectar eventuais carreamentos de finos.

Os critérios que relacionam as poro-pressões ou potenciais piezométricos com o nível d’água do reservatório admitem uma resposta imediata dos instrumentos às variações do NA. Entretanto, na realidade tal tempo de resposta não é imediato e varia de instrumento para instrumento, conforme o posicionamento do mesmo.

A implantação do sistema proposto deverá viabilizar a determinação dos tempos de reposta para cada instrumento, com base no cotejo entre as grandezas envolvidas e tratamento estatístico do conjunto de medidas, redefinindo assim os critérios que relacionam variação do nível d´água do reservatório com as poro-pressões.

A fórmula que aparece nos fluxogramas das Figuras 2 e 3 ficará então da seguinte maneira:

Sendo:

t

n

=

tempo de resposta do piezômetro "n"

1 1 − − − − i i i i NA NA u u (1) onde: n t i NA i u n t i NA i u ∆ − → − → − ∆ − → → 1 -i t = t instante no io reservatór do NA do leitura 1 1 -i t = t instante no pressão poro de leitura última 1 i t = t instante no io reservatór do NA do leitura i t = t instante no pressão poro de leitura última

5.2- PIEZÔMETROS PNEUMÁTICOS NO INTERIOR DA FUNDAÇÃO

Durante a fase de enchimento do reservatório o comportamento dos piezômetros pneumáticos instalados no interior da fundação demonstrou que o fluxo pelas descontinuidades do maciço rochoso de fundação já então se encontrava em regime permanente, sendo a resposta de tais instrumentos às variações no NA do reservatório praticamente instantânea.

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5.2.1- Estimativa dos Valores Esperados

Os valores de controle para os potenciais piezométricos e gradientes hidráulicos foram definidos a partir de análise bidimensional simplificada da percolação pela fundação em presença da cortina de vedação. Em tais análises a concepção do modelo hidrogeológico do maciço rochoso de fundação baseou-se nos ensaios de perda d´água efetuados durante as injeções da cortina de vedação, sendo o trecho da superfície sob o núcleo da barragem considerado como impermeável.

5.2.2- Procedimentos de Controle do Comportamento

Os critérios e procedimentos propostos para avaliação do comportamento dos piezômetros pneumáticos do interior da fundação estão apresentados no Fluxograma da Figura 5.

Na avaliação do comportamento dos piezômetros pneumáticos instalados no interior da fundação sob o núcleo da barragem, os critérios de avaliação foram definidos de forma a monitorar a prevista redução do potencial piezométrico entre os NA´s de montante e de jusante no interior da fundação, incluindo o efeito da cortina de injeção.

As leituras dos medidores de vazão correspondentes às seções instrumentadas em que sejam detectadas as condições 1, 2 ou 3 nas medidas de poro-pressão, mesmo com valores de vazão correspondentes à condição normal, deverão ter sua freqüência intensificada conforme a freqüência adotada para os piezômetros.

5.3- CÉLULAS DE PRESSÃO TOTAL

O comportamento das células de pressão total, instaladas no contato núcleo / fundação, será avaliado através do cotejo entre os valores lidos e os valores de poro-pressão nos piezômetros adjacentes às células, assim como pelos valores da relação entre a tensão vertical obtida em análise numérica (tensão x deformação) e o peso da coluna de aterro acima do ponto em questão.

5.3.1- Estimativa dos valores esperados

A cada célula pneumática de pressão total estão associados piezômetros pneumáticos, os quais permitirão o monitoramento direto da relação entre as poro-pressões e as tensões verticais totais medidas, definindo assim de forma direta o parâmetro para avaliação da segurança à ruptura hidráulica.

Os valores de controle, referentes à relação entre a tensão vertical total e o peso da coluna de aterro sobrejacente, foram definidos a partir de análise numérica de tensões e deformações efetuada para a seção do leito do rio e extrapolados para as seções nas ombreiras.

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5.3.2- Procedimentos de Controle do Comportamento

Os critérios e procedimentos a serem adotados na avaliação do comportamento das células de pressão total, estão apresentados no Fluxograma da Figura 6.

As leituras dos medidores de vazão correspondentes às seções instrumentadas e do piezômetro associado à célula de pressão total em que se detectar a condição do tipo 1, 2 ou 3, deverão ter sua freqüência de leitura intensificada de acordo com a freqüência adotada para as células de pressão total.

5.4- PLACAS MAGNÉTICAS DE RECALQUE E CAIXAS SUECAS

O comportamento quanto aos deslocamentos verticais será avaliado cotejando-se os valores lidos com os valores obtidos em análicotejando-se numérica.

Para os instrumentos instalados no interior do núcleo e da transição fina, foram estabelecidos critérios adicionais relacionando os valores medidos com o módulo de deformabilidade secante na ruptura, determinados a partir dos ensaios triaxiais do tipo “CD” (adensado e drenado).

5.4.1- Estimativa dos Valores Esperados

Os resultados das análises numéricas de tensões e deformações desenvolvidas para a seção do leito do rio, permitiram definir os valores de referência para a seção de maior altura, enquanto para as seções nas ombreiras os valores de referência foram determinados tomando como base a relação entre a altura máxima da barragem e a da seção instrumentada.

Durante o período construtivo e de enchimento parcial do reservatório, pôde-se constatar que os deslocamentos verticais são pouco afetados pelo enchimento do reservatório. Assim sendo, em primeira aproximação, os valores obtidos nas análises numéricas foram considerados adequados para definição dos valores de controle.

Na tabela 2 são apresentados os limites para cada condição de operação, onde o denominador corresponde ao deslocamento máximo obtido na análise numérica dividido pela altura da seção analisada.

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Tabela 2 – Deslocamentos Verticais – Valores de Referência

CONDIÇÃO CONDIÇÃO TIPO 1 CONDIÇÃO TIPO 2 CONDIÇÃO NORMAL Limite Inferior Limite Superior Limite Inferior Limite Superior TIPO 3

Placas Magnéticas de Recalque associadas aos tubos de inclinômetros no interior do núcleo

impermeável Caixas Suecas Instaladas no

interior da transição fina de jusante

Caixas Suecas Instaladas no interior do enrocamento de jusante

[ ]

[

ρ

v medido

]

barragem

H

na seçao ≤0 90 100 , ≤0 90160, ≤0 90300, >0 90100, >0 90160, >0 90300, ≤110100, ≤110 160 , ≤110300, >110 100 , >110 160 , >110300, ≤125 100 , ≤125 160 , ≤125300, >125100, >125160, >125300,

Adicionalmente, para os instrumentos instalados no interior do núcleo e da transição fina, foram estabelecidos critérios relacionados com o módulo secante na ruptura.

Os módulos secantes na ruptura foram determinados pela relação média entre as tensões desviadoras na ruptura e as deformações axiais na ruptura de todos os ensaios triaxiais do tipo ”CD”, efetuados em amostras indeformadas do núcleo e moldadas com material da transição fina.

Admitiu-se uma deformação secante correspondente à relação entre a tensão vertical atuante e o módulo secante na ruptura, conforme mostrado na formulação abaixo:

[

]

naruptura * sec 1 secante 2 . -464 2,1 ante n n E El El       + × = + ε (2) onde:

[

]

        →       + × → → → + + os instrument dois os entre média vertical Tensão 2 . -464 2,1 ruptura na secante Módulo superior o instrument do Elevação . inferior o instrument do Elevação 1 ruptura na * sec 1 n n ante n n El El E El El

Pôde-se, então, estabelecer um critério relacionando a deformação específica medida e a deformação específica secante, para as diferentes situações, a saber:

• Condição Normal → deformação específica medida menor ou igual a 10%

da deformação secante,

• Condição Tipo 1 → deformação específica medida maior que 10% e

menor ou igual a 20% da deformação secante,

• Condição Tipo 2 → deformação específica medida maior que 20% e

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• Condição Tipo 3 → deformação específica medida maior que 40% da deformação secante,

A deformação específica entre dois instrumentos pertencentes à mesma seção instrumentada pode ser determinada como a relação entre a variação de deslocamentos e a variação de cotas entre os pontos de medição:

1 . 1 + − + − = n n El El n n

ρ

ρ

ε (3) onde:     → + → superior o instrument do to Deslocamen 1 inferior o instrument do to Deslocamen n n

ρ

ρ

Assim sendo podemos definir a formulação que relaciona o deslocamento, o módulo secante e as diferentes condições de operação, conforme mostrado na tabela 3 a seguir:

Tabela 3 - Relação entre os deslocamentos verticais e o módulo secante

CONDIÇÃO CONDIÇÃO TIPO 1 CONDIÇÃO TIPO 2 CONDIÇÃO NORMAL Limite Inferior Limite Superior Limite Inferior Limite Superior TIPO 3

[

]

ρ ρ

n n El El E El El n n ante n n − + − × × +    + + 1 2 1 1 . . sec * 2,1 464 -na ruptura ≤ 1 10 > 1 10 ≤ 1 5 > 1 5 ≤ 1 2 5, > 1 2 5,

5.4.2- Procedimentos de Controle do Comportamento

Os critérios e procedimentos definidos para avaliação do comportamento quanto aos deslocamentos verticais estão apresentados nos Fluxogramas da Figura 7 para as placas magnéticas de recalque e caixas suecas no interior da transição fina, e da Figura 8 para as caixas suecas no interior do espaldar de enrocamento.

5.5- INCLINÔMETROS – DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS

O comportamento quanto aos deslocamentos horizontais será avaliado através do acompanhamento da derivada dos mesmos no tempo, assim como pelo cotejo entre os valores lidos e os medidos durante a fase construtiva e de enchimento do reservatório.

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5.5.1- Procedimentos de Controle do Comportamento

Os critérios e procedimentos recomendados para avaliação do comportamento quanto aos deslocamentos horizontais estão apresentados nos Fluxogramas das Figuras 9 e 10 respectivamente para deslocamento na direção transversal

(montante ↔ jusante) e na direção longitudinal (ombreira ↔ ombreira).

Na tabela 4 são mostradas as referências para cotejo entre os valores lidos e os medidos durante a fase construtiva e de enchimento do reservatório.

Tabela 4 : Referências para cotejo entre os valores lidos e os medidos

CONDIÇÃO CONDIÇÃO TIPO 1 CONDIÇÃO TIPO 2 CONDIÇÃO NORMAL Limite Inferior Limite Superior Limite Inferior Limite Superior TIPO 3

(

Hbarragem na seçao

ρ

n

)

≤ 0 90 1000 , > 0 90 1000 , ≤ 110 1000 , > 110 1000 , ≤ 125 1000 , > 125 1000 ,

Os valores de deslocamento horizontal na direção montante ↔ jusante

poderão, com a evolução do monitoramento, mostrar uma relação com o nível d´água do reservatório, relação essa que poderá ser incorporada aos critérios de monitoramento e de avaliação do comportamento.

5.6- MARCOS SUPERFICIAIS – DESLOCAMENTOS VERTICAIS E HORIZONTAIS

O comportamento, quanto aos deslocamentos registrados pelos marcos superficiais, será inicialmente avaliado apenas com base na derivada dos valores dos mesmos no tempo, entretanto com a implantação do sistema pretende-se determinar, com base em análise estatística das leituras, padrões típicos de comportamento.

Os critérios e procedimentos propostos para avaliação do comportamento quanto aos deslocamentos dos marcos superficiais estão apresentados no Fluxograma da Figura 11.

5.7- MEDIDORES DE VAZÃO – VAZÕES PERCOLADAS

Os medidores de vazão de Serra da Mesa foram instalados de maneira a permitir a compartimentação das leituras por trechos da barragem, através da implantação de muretas de concreto perpendiculares ao eixo do barramento que individualizam o fluxo.

A estimativa dos valores esperados foi efetuada separadamente para a fundação e para o núcleo impermeável, integrados no sentido longitudinal ao longo do eixo da barragem e individualizados por trecho de medição, considerando o NA máximo normal de operação na El. 460 m.

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5.7.1- Estimativa dos Valores Esperados

Os valores de vazão percolada pelo núcleo da barragem foram determinados a partir de análise de percolação bidimensional por elementos finitos, efetuada para a seção do leito do rio,

A avaliação da vazão percolada pela fundação foi desenvolvida considerando o núcleo como impermeável, e teve como base modelo de condutividade hidráulica do maciço rochoso definido a partir dos ensaios de perda d´água sob pressão executado por ocasião das injeções na fundação.

5.7.2- Procedimentos de Controle do Comportamento

O comportamento quanto às vazões de percolação será avaliado com base nos valores de controle estimados e nas derivadas da vazão em relação ao tempo e ao nível d´água do reservatório.

Os critérios e procedimentos para avaliação do comportamento quanto às vazões estão apresentados na Figura 12.

As leituras dos piezômetros da seção instrumentada mais próxima do medidor em que se detectou condição do tipo 1, 2 ou 3 nas medidas de vazão, deverão ter sua freqüência de leitura intensificada de acordo com a freqüência adotada para os medidores de vazão.

6- CONCLUSÕES

A evolução da informática e a globalização da informação através da Internet impõem a necessidade do desenvolvimento de um sistema de monitoramento de barragens compatível com os inúmeros recursos disponibilizados pela tecnologia do final do milênio.

A curto prazo a automação da crítica das leituras e o acesso remoto via intranet / web das medidas e suas avaliações preliminares, resultarão não apenas na padronização e agilização da interpretação do comportamento, mas também na rápida definição de providências mitigadoras de curto e médio prazos.

A médio prazo, a reavaliação contínua dos procedimentos de crítica e tratamento estatístico dos dados, levará ao aumento da confiabilidade da análise de desempenho e otimização do gerenciamento de riscos.

A longo prazo a inclusão de outras estruturas de barramento, a acumulação de informações e o tratamento / interpretação dos dados obtidos, certamente resultarão na definição de padrões de comportamento a serem aplicados no desenvolvimento dos projetos de novas barragens.

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7 - AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem a FURNAS Centrais Elétricas S/A a disponibilização dos dados e a oportunidade de trazer para um fórum de maior abrangência os conceitos e critérios atualmente em discussão para implantação no âmbito da empresa.

8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BARROS, P. A.; Carvalho.; Moura, F. I.; Ferreira, F. A. M.. “Aproveitamento Hidroelétrico de São Felix : Usina Serra da Mesa - aspectos hidráulicos das ensecadeiras galgáveis e do primeiro estagio galgável da barragem”. XV Seminário Internacional de Grandes Barragens - 1991.

2. BARROS, P. A.; Shimabukuro, M.; Moura, F. I.; Martins, M. A.. “Aproveitamento hidrelétrico de São Felix : Usina de Serra da Mesa - estagio galgável da barragem“. XV Seminário Internacional de Grandes Barragens - 1991.

3. CAPRONI Junior, N.; Shimabukuro, M.; Armelin, J. L.; Castro, C. H.. “Um Estudo de deformabilidade em laboratório enrocamento da UHE Serra da Mesa”. XIX Seminário Internacional de Grandes Barragens - 1999.

4. CARVALHO, E.; Fuks, E.. “Estudo probabilístico para definição das etapas construtivas das obras da Usina Serra da Mesa.” XII Seminário Internacional de Grandes Barragens - 1985.

5. CASTRO, C. H. - “Comportamento da Barragem de Serra da Mesa Durante o Período de Construção”, Dissertação de Mestrado - PUC - Rio de Janeiro - Setembro de 1996.

6. FURNAS - DCT.T.8.011.94-R0 - Barragem de Enrocamento - Retomada da

Construção do Aterro para o 2o Estágio da Construção - Observações e

Investigações.

7. IESA - RGE-NT-380-R0 - Barragem - Análise das Leituras da Instrumentação Geotécnica até 07 de Setembro de 1997.

8. IESA - RGE-NT-301-R0 - Determinação da Condutividade Hidráulica Inicial e Final do Maciço Rochoso da Fundação da Barragem.

9. IESA - RGE-MC-420-R0 - Barragem - Instrumentação Geotécnica - Determinação dos Valores de Controle para a Avaliação do Comportamento da Barragem.

10. IESA - RGE-449 - Barragem - Previsão de Medidas da Instrumentação Geotécnica.

11. PORTELA, E. A.; Bent, J.; “The search for Innovative Tools”. Water Power & Dam Construction, abril/2001.

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12. SHIMABUKURO, M.; Cavalcanti, A. V.; Martins, M. A.. “Evolução do projeto da barragem do AHE de Serra da Mesa”. XVIII Seminário Internacional de Grandes Barragens - 1997.

13. SHIMABUKURO, M.; Cavalcanti, A. V.; Pires Filho, C. J. Martins, M. A.; “Desempenho da barragem da UHE Serra da Mesa nas fases construtivas e de enchimento do reservatório”. XIX Seminário Internacional de Grandes Barragens - 1999.

Referências

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