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Violência contra crianças e adolescentes na perspectiva de gênero: capacitar para conhecer e prevenir

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Academic year: 2021

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Violence against children and adolescents in the gender

perspective: empowering to know and prevent

Violência contra crianças e adolescentes na perspectiva de gênero: capacitar para conhecer e prevenir

Violencia contra niños y adolescentes en la perspectiva de género: capacitar para conocer y prevenir

ABSTRACT

Objective: To report on the activities developed by the Extension Project "Violence against children

and adolescents from a gender perspective: enabling them to know and prevent". Methodology: This is an experience report carried out with the purpose of training multipliers to identify and intervene in the problem of violence against children and adolescents from a gender perspective in the public school system in the city of Caxias - MA. This was organized in two stages: social intervention and the production of specific knowledge. Results: We can verify that most of the teachers did not participate in any other training on the subject, even knowing the importance of the subject to curb situations of violence witnessed in the school. Conclusion: Teacher training is necessary so that the school can work on a culture of peace in order to combat other forms of violence. It is necessary that the school, society and other public institutions can contribute to guarantee the integral protection of children and adolescents.

RESUMO

Objetivo: Relatar as atividades desenvolvidas pelo Projeto de Extensão “Violência contra crianças e

adolescentes na perspectiva de gênero: capacitar para conhecer e prevenir”. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência realizada com o intuito de formar multiplicadores para identificar e intervir na problemática da violência contra crianças e adolescentes na perspectiva de gênero na rede pública de ensino no município de Caxias – MA. Esta foi organizada em duas etapas: a intervenção social e a produção de conhecimentos específicos. Resultados: Podemos verificar que grande parte dos professores não tinham participado de nenhuma outra capacitação sobre a temática, mesmos conhecendo a importância da temática para coibir situações de violências presenciadas na escola.

Conclusão: A capacitação dos professores se fazem necessária para que a escola possa trabalhar uma

cultura de paz a fim de combater outras formas de violência, sendo necessário que a escola, a sociedade e demais instituições públicas possam contribuir na garantia da proteção integral das crianças e adolescentes.

RESUMEN

Objetivo: Comunicar las actividades desarrolladas por el Proyecto de Extensión "Violencia contra niños

y adolescentes en la perspectiva de género: capacitar para conocer y prevenir". Metodología: Se trata de un relato de experiencia realizada con el propósito de formar multiplicadores para identificar e intervenir en la problemática de la violencia contra niños y adolescentes en la perspectiva de género en la red pública de enseñanza en el municipio de Caxias - MA. Esta fue organizada en dos etapas: la intervención social y la producción de conocimientos específicos. Resultados: Podemos verificar que gran parte de los profesores no habían participado de ninguna otra capacitación sobre la temática, aun conociendo la importancia de la temática para cohibir situaciones de violencias presenciadas en la escuela. Conclusión: La capacitación de los profesores se hace necesaria para que la escuela pueda trabajar una cultura de paz a fin de combatir otras formas de violencia, siendo necesario que la escuela, la sociedad y demás instituciones públicas puedan contribuir en la garantía de la protección integral de los niños y niñas.

Ana Patrícia Rodrigues Lopes Ferreira¹

Valdenia Guimarães e Silva Menegon²

Bruno Suan Machado da Cunha³

Ione da Silva Cunha

4

Luisa Suele Oliveira da Silva

5

Herbert Assunção de Carvalho

6

Descriptors

Violence. Child and teenager. Genre. Empower.

Descritores

Violência. Criança e Adolescente. Gênero. Capacitar.

Descriptores

Violencia. Niños y Adolescentes. Género. Capacitar.

Sources of funding: No Conflict of interest: No

Date of first submission: 2017-10-11 Accepted: 2017-12-01

Publishing: 2017-12-28

Corresponding Address

Ana Patrícia Rodrigues Lopes Ferreira

Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão – FACEMA

Docente do Curso de Bacharelado em Serviço Social

Rua Aarão Reis, 1000. Bairro Centro, Caxias (MA)

CEP 65606-020 - Brasil Contato: (99) 3422-6800

¹Bacharelado em Serviço Social. Docente da Faculdade de Ciência e Tecnologia do Maranhão – FACEMA; Coordenadora do Projeto de Extensão. E-mail: patricia.rodrigues.9@hotmail.com

²Licenciada em História. Docente da Faculdade de Ciência e Tecnologia do Maranhão – FACEMA; Integrante do projeto de extensão como bolsista da comunidade. E-mail: valdeniamenegon@hotmail.com

³Graduando de Serviço Social da Faculdade de Ciência e Tecnologia do Maranhão – FACEMA. Integrante do projeto de extensão como universitário bolsista. E-mail: brunoplaycx@hotmail.com

4Bacharel em Serviço Social da Faculdade de Ciência e Tecnologia do Maranhão – FACEMA; Integrante do projeto de

extensão como universitária bolsista. E-mail: ionesilva_gaby@hotmail.com

5Graduanda de Serviço Social da Faculdade de Ciência e Tecnologia do Maranhão – FACEMA. Integrante do projeto de

extensão como universitária bolsista. E-mail: luisasuele31@gmail.com

6Bacharel em Direito. Docente da Faculdade de Ciência e Tecnologia do Maranhão – FACEMA; Integrante do projeto

de extensão como capacitador habilitado. E-mail: prof.herbert@hotmail.com

RELATO DE EXPERIÊNCIAL / EXPERIENCE REPORT / RELATO

DE EXPERIENCIA

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INTRODUÇÃO

A violência de forma geral apresenta-se na sociedade contemporânea como uma problemática que se dissemina no meio social, em suas variadas formas, atingindo um grande número de pessoas, sem fazer distinção de sexo, raça/etnia, condição socioeconômica, religião ou faixa etária, mais atinge, sobremaneira, as populações mais pobres.

A violência contra crianças e adolescentes vem ganhando visibilidade no cenário nacional, chamando à responsabilidade, o Estado e a sociedade civil que, diante de grande repercussão vem reconhecendo-a como um desafio a ser enfrentado. Dentre as variadas formas da violência e de indivíduos que vivenciam e compartilham suas manifestações, destacamos as exercidas contra crianças e adolescentes.

As crianças e os adolescentes são os mais afetados pela violência. Mesmo com os esforços do governo brasileiro e da sociedade em geral para enfrentar o problema, ainda existe um cenário desolador em relação à violência contra crianças e adolescentes. Desta forma, este tipo de violência representa uma problemática que necessita de intervenção, pois acarreta várias consequências à vida das crianças e adolescentes, repercutindo, de forma direta ou indireta, no meio social.

Diante desta realidade, este estudo objetiva relatar as experiências vivenciadas durante as intervenções do Projeto de Extensão “Violência contra crianças e adolescentes na perspectiva de gênero: capacitar para conhecer e prevenir” possibilitando uma reflexão sobre os objetivos propostos e os resultados alcançados. Projeto este financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA, sendo executado com os professores da rede pública de ensino do Município de Caxias no período de agosto a novembro de 2016.

O projeto teve como objetivo geral formar multiplicadores para identificar e intervir na problemática da violência contra crianças e adolescentes na perspectiva de gênero na rede pública de ensino no município de Caxias - MA. Desta forma, se propões a realizar estudos e medidas de intervenção junto à problemática da violência contra crianças e adolescentes no Município de Caxias (MA), privilegiando a prevenção.

Acreditamos que a violência sendo construída socialmente, também pode ser “desconstruída” a partir da articulação entre diversos segmentos da sociedade e do poder público. As ações de prevenção irão subsidiar essa desconstrução da violência, bem como fortalecer as estratégias que viabilizem o trabalho em rede.

Pois, educar para sexualidade é, sobretudo, uma aposta na educação como meio de promoção de profundas mudanças culturais que são necessárias ao desenvolvimento de uma sexualidade saudável, responsável, segura e sem violência ou discriminação. Sendo uma forma também de educar para combater a violência e a exploração sexual.

METODOLOGIA

Trata-se um relato de experiência da execução do Projeto de Extensão Universitária que tinha como proposta contribuir no processo dialógico de enriquecimento da dinâmica das relações sociais e também, especificamente, da formação profissional e pessoal dos acadêmicos e docentes envolvidos, bem como a articulação entre as diferentes políticas públicas que envolvam o atendimento de crianças e adolescentes. Constituiu-se em duas etapas: a primeira com a intervenção social e a segunda com a produção de conhecimentos específicos sobre os temas trabalhados.

A intervenção social teve como proposta a realização de 02 (duas) oficinas de capacitação para 30 (trinta) docentes da rede pública de ensino na qual foram abordadas as temáticas da violência contra criança e adolescente, gênero, sexualidade e as legislações pertinentes, além da construção de um projeto de intervenção a ser aplicado nas escolas.

No final das oficinas os docentes receberam um certificado de conclusão do curso com carga horária de 20 h. Sendo 16h de oficina e 4h da construção e implementação do projeto de intervenção nas escolas, como forma de envolver outros atores sociais: professores, alunos, comunidade.

Já na produção do conhecimento serão realizados estudos sobre a temática e estimulo aos professores participantes e equipe executora do Projeto, a produção de materiais científicos.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

As atividades do projeto de extensão tiveram início no mês de junho de 2016 com a formação do grupo de estudo a fim de se discutir os aspectos teóricos relacionados à temática considerando suas diferentes expressões, manifestações, características e possíveis consequências, como também a elaboração do material didático a ser trabalho com os docentes e com a comunidade como: folder, cartaz, slides, banner, fichas de inscrição, avaliação e frequência, dentre outros. Estudamos autores como Maria Amélia Azevedo, Vicente de Paula Faleiros, Viviane Nogueira de Azevedo Guerra, entre outros.

Durante o processo de execução do projeto foram realizadas duas oficinas de capacitação para 30 (trinta) professores da rede pública de ensino no espaço físico da FACEMA. As capacitações se dividiram por temáticas.

Na primeira oficina realizada dia 17 de setembro foi abordado os seguintes conteúdos: violência contra crianças e adolescentes: uma questão em debate; sexualidade e educação para os direitos humanos; gênero, infância, sexualidade e educação. Na segunda oficina realizada dia 24 de setembro foi explanado a violência contra crianças e adolescentes: legislação brasileira; Trabalho em grupo: elaboração de propostas para construção do projeto de intervenção a ser aplicado na escola.

Nas fichas de inscrição e de avaliação dos resultados continham algumas perguntas subjetivas a fim de proporcionar um embasamento sobre a relação e afinidade dos docentes com a temática relacionada. Os docentes participantes trabalham em diferentes Escolas da rede municipal de Caxias – MA.

Ao elaborarmos as análises dos resultados da pesquisa, foi possível elencarmos as principais constatações propiciadas. Na ficha de inscrição perguntamos aos 30 docentes participantes se eles já haviam participado de alguma outra capacitação sobre o combate a violência sexual contra criança e adolescente. Verificamos que 21 (vinte e um) professores escritos ainda não tinham participado de nenhuma outra capacitação sobre a temática da violência sexual contra criança e

adolescente e que apenas 09 (nove) professores já haviam participado, alguns relatando até que já fazia bastante tempo.

Isto nos mostra a importância da capacitação aos mesmos, visto que o professor é uma peça chave na identificação dos casos de violência contra a criança e adolescente. Concordarmos com Brino e Willians(1),

quando apontam que, “a escola mostra-se como um lugar ideal para a detecção e intervenção em casos de abuso sexual infantil”.

Esse desconhecimento sobre a temática ocasiona uma fragilidade na rede de combate uma vez que a escola possui um compromisso ético e legal de notificar às autoridades competentes casos suspeitos ou confirmados de maus-tratos, que inclui a violência sexual.

Com relação aos professores inscritos já terem presenciado casos na escola de violência contra criança e adolescente, indagando inclusive qual o tipo de violência presenciado 10 (dez) dos professores relataram já terem presenciado algum tipo de violência citando inclusive a questão de maus-tratos, violência física e negligência, já 20 (vinte) dos professores entrevistados relataram não terem presenciado na escola que trabalham nenhum tipo de violência. Isso demonstra a importância dos professores estarem capacitados para identificar e notificar os casos observados, pois eles precisam estar aptos para saberem agir diante do acontecimento de tais fatos.

Muitos casos não são notificados, e a realidade da ocorrência de casos de violência contra crianças e adolescentes é muito maior do que a divulgada. A escola se constitui numa instituição que tem o dever de denunciar estes casos, o que acaba nem sempre ocorrendo, colocando assim a vida dos alunos em risco.

O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA em seu artigo 245 relata que:

Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente: Pena – multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência(2).

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Já com relação as suas expectativas quanto a capacitação promovida 19 (dezenove) professores relataram suas expectativas relacionadas à aquisição de conhecimentos sobre a temática, no sentido de melhorar seu desempenho em sala de aula e melhorar o curriculum profissional, 07 (sete) professores relataram suas expectativas relacionadas à questão de melhorar seu desempenho no sentido de saber lidar com a problemática caso aconteça alguma caso na escola ou fora da escola, já 04 (quatro) professores relataram suas expectativas no sentido de saberem identificar algum caso de violência sexual contra criança e adolescente.

Observamos que mesmo com expectativas diferentes todos os professores se mostraram dispostos à aquisição de novos conhecimentos sobre a temática a fim de melhor seu desempenho na sala de aula e na escola.

Considerando que a escola deve ter como objetivo garantir a qualidade de vida de sua clientela, bem como promover a cidadania, urge capacitar professores para enfrentarem a difícil questão do abuso sexual infantil(3).

Desta forma, as capacitações se fazem necessárias e importantes para que a escola possa trabalhar uma cultura de paz com todos os atores escolares envolvidos (professores, alunos, pais e comunidade) a fim de combater outras formas de violência doméstica (física, psicológica e negligência), sendo necessários que a escola, a sociedade em geral e demais instituições públicas conheçam a realidade da violência doméstica na sua cidade garantindo a proteção integral das crianças e adolescentes.

Após a participação nas oficinas foi proposto aos docentes à criação de um projeto de intervenção a fim de que os participantes pudessem ser multiplicadores dos conhecimentos adquiridos na capacitação, envolvendo assim a escola para trabalhar a temática como forma de prevenção. Os participantes apresentaram algumas possíveis propostas para serem trabalhadas nas escolas. Foi dado um prazo de 15 dias para os professores formularem seu projeto de intervenção e o apresentarem nas escolas.

Observamos que todos os professores participantes formularam o projeto de intervenção nas suas referidas

escolas, o que demonstrou o envolvimento e compromisso dos mesmos. Sem mencionar a importância de se trabalhar a temática no espaço escolar como forma de combate e prevenção a violência sexual contra criança e adolescente. Dessa forma, o conhecimento adquirido com a capacitação proposta pelo projeto pode se estendida aos demais docentes.

Dentre as atividades desenvolvidas junto à comunidade podemos citar a confecção de folders informativos contendo algumas definições sobre violência sexual, abuso sexual infantil, violência de gênero e exploração sexual, sinais que podem indicar o abuso sexual e algumas das possíveis consequências psicológicas e sociais, bem como sensibilizando a importância da denúncia, demonstrando os locais onde a denuncia pode ser realizada.

Estes folders foram distribuídos nas escolas para os pais dos alunos. Também foram confeccionados cartazes informativos para serem fixados nas escolas a fim de tentar sensibilizar a comunidade sobre a importância da temática e da denúncia.

Quanto aos pontos positivos da capacitação os docentes relataram a importância da temática, didática, conteúdo exposto, aquisição de conhecimentos, troca de experiências, o projeto de intervenção. Os itens como local da capacitação, lanche, material didático, debates, recursos didáticos, conteúdo programado foram todos avaliados como bom.

Apenas o item de duração da carga horária do certificado com 20 horas foi avaliado como regular, pois segundo alguns professores a carga horária de 20 horas é muito pequena para o currículo, eles evidenciaram que a carga horária deveria ser maior.

Todos os docentes participantes avaliaram a capacitação como importante para o seu aperfeiçoamento profissional, inclusive sugerindo outras temáticas da qual necessitam de capacitação para melhorar seu desempenho na escola.

CONCLUSÃO

As ações realizadas pelo Projeto de Extensão podem contribuir para modificação da realidade social, através da valorização da capacidade dos próprios

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sujeitos, como também podem fortalecer a construção de uma cultura de paz e valorização da infância e da adolescência, para o exercício da cidadania.

Durante a capacitação para os 30 (trinta) professores observamos a participação dos mesmos e envolvimento com a temática, onde muitos participaram relatando alguns fatos de violência presenciados na escola e na comunidade, como também troca de experiências e necessidade da discussão da temática para aprimoramento do conhecimento dos mesmos. Pois muitas demandas chegam ao ambiente escolar e nem todos os professores se sentem capacitados para lidar com tais situações.

As ações desenvolvidas acabam reafirmando a necessária intervenção e conhecimento sobre a temática, pois vários professores afirmaram possuir várias dúvidas sobre como proceder diante de algum caso. O espaço de troca de informações e de discussão proposto pelo projeto levou os sujeitos à possibilidade de refletirem sobre seus papéis enquanto docentes e educadores na luta contra a violência a crianças e adolescentes, bem como suas possíveis formas de prevenção, ação e combate.

Numa avaliação sobre a execução do projeto de extensão podemos verificar vários pontos positivos como a participação e envolvimento dos professores nos debates propostos; a troca de experiência entre docentes com relatos de casos concretos e fatos observados na sociedade e no próprio ambiente escolar com a necessidade de qualificação dos docentes; apoio e interesse das instituições parceiras para a realização do projeto; elaboração e execução do projeto de intervenção envolvendo os demais docentes e funcionários das escolas. Já com relação aos pontos negativos podemos mencionar a desistência de 04 (quatro) docentes que não deram justificativas.

O combate a violência de gênero contra crianças e adolescentes exige estratégias que atuem não apenas nos agravos causados por ela, mas, principalmente, que previna suas manifestações. Desta forma, a prevenção representa a estratégia privilegiada para o combate mais eficaz da produção e/ou reprodução da violência contra crianças e adolescentes, pois inibe a propagação dos atos violentos e, assim, do seu ciclo. Estas atividades de combate e enfrentamento devem acontecer através de

ações contínuas, que desnaturalizem a percepção da violência como forma de resolver conflitos.

Através da formulação e implementação do projeto de intervenção tentou-se sensibilizar os docentes assim como todos os sujeitos escolares (professores, diretores, pais e/ou responsáveis, alunos, demais funcionários) sobre a importância da escola enquanto um espaço de repasse de informações, formadora de opiniões e protagonista de uma cultura de paz.

Como também proporcionar a todos os sujeitos escolares uma reflexão sobre seus papéis na luta e combate a violência sexual, sobre as possíveis formas de ação e as bases de apoio, bem como busca dar voz aos sujeitos, principalmente às crianças e os adolescentes, fortalecendo-os enquanto sujeitos de direitos, protagonistas sociais capazes de pensar e recriar a realidade social, criando um ciclo de conhecimentos, que busque a prevenção desses agravos.

Portanto, as ações de prevenção se constituem a melhor maneira para a desconstrução da violência, sendo necessário fortalecer as estratégias que viabilizem o trabalho em rede numa perspectiva multiprofissional, interdisciplinar para proteção às vítimas da violência.

REFERÊNCIAS

1. BRINO, R.F; WILLIANS, L.C.A. Concepções da

professora acerca do abuso sexual infantil. Cadernos de

Pesquisa. São Paulo: Fundação Carlos Chagas, Autores Associados, 2003a, p. 113.

2. BRASIL, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Lei nº 8.069, de 13/07/1990;

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