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Atitudes e Valores dos Portugueses:

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Academic year: 2021

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II SEMIN

II SEMIN

Á

Á

RIO DE ESTUDOS HIST

RIO DE ESTUDOS HIST

Ó

Ó

RICOS

RICOS

SOBRE O ALGARVE

SOBRE O ALGARVE

Tavira, 12 de Agosto de 2006 Tavira, 12 de Agosto de 2006

Atitudes e Valores dos Portugueses:

A perspectiva europeia, nacional e regional

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2

Os valores referem-se a princípios abstractos que

guiam ou justificam as atitudes, as opiniões e os

comportamentos.

Tornam desejáveis certas formas de pensar, sentir e

agir e menos desejáveis ou mesmo indesejáveis

outras situações alternativas.

Alguns autores procuram estabelecer relações entre

enraizamentos sociais e esses “princípios abstractos”

orientadores.

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3

No essencial, as atitudes e os valores são

determinantes para os seres humanos, pois

constituem a estrutura mais profunda da sua

personalidade, ao mesmo tempo que orientam e

motivam a sua conduta social.

Sendo consensual que os valores emergem em

contextos sociais específicos e são relativamente

estáveis, o conhecimento da sua estrutura e

hierarquia temporal torna-se fundamental para

perceber o sentido da mudança social quando o

contexto se altera.

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4

Com efeito, sendo os valores produto de

mudanças e transformações verificadas ao longo

da história, surgem com um significado específico

e mudam ou desaparecem em épocas distintas. É

precisamente o significado social que se atribui

aos valores, um dos factores que contribui para os

diferenciar em tradicionais e modernos.

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5

Os resultados que aqui apresentamos inserem-se

num Projecto Europeu (ESS-European Social

Survey), que contempla a aplicação de um

questionário de dois em dois anos*, com o objectivo

de desenvolver e conduzir um estudo

sistemático centrado na mudança de valores,

atitudes, atributos e padrões de comportamento

entre os europeus, de modo a compreender a sua

distribuição e variação, bem como o sentido e a

intensidade da mudança, dentro de cada país e

entre países.

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6

Tipologia dos Valores Humanos proposta por Schwartz*

Cfr Shalom H. Schwartz: “Universals in the Content and Structure of Values: Theoretical Advances and Empirical

Tests in 20 Countries”, in ZANN, M (1992) (Ed.), Advances in Experimental Social

Psychology, vol 25, California, Academic Press.

A tipologia de valores humanos usado no ESS, que tem como base o “Inventário de Valores Humanos” proposto por Schwartz, contempla 21 indicadores constitutivos de 10 tipos de valores motivacionais, que se diferenciam entre si pelas metas e interesses que perseguem.

Os indicadores são medidos através de uma escala de seis pontos, pedindo-se aos inquiridos que se posicionem na mesma, de acordo com as seguintes categorias: “exactamente como eu”; “muito parecido(a) comigo”; “parecido(a) comigo”; “um bocadinho parecido(a) comigo”; “nada parecido(a) comigo” e “não tem nada a ver comigo”.

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8

O autor considera que a relação entre os valores é dinâmica e pode ser sumarizada em duas dimensões ortogonais:

autopromoção vs. autotranscendência e abertura à

mudança vs. conservação. A primeira dimensão opõe os

tipos motivacionais “poder”, “realização” e “hedonismo” e, no outro, os valores de “universalismo” e “benevolência”. Este eixo ordena os valores com base na motivação da pessoa para promover os seus próprios interesses mesmo às custas dos outros, por oposição a transcender as suas preocupações egoístas. A segunda dimensão, opõe os tipos motivacionais “autodeterminação” e “estimulação” ao “conformismo”, “segurança” e “tradição”, ordenando os valores com base na motivação da pessoa a seguir os seus próprios interesses intelectuais e afectivos através de novas experiências, por oposição à auto-restrição, ordem e resistência à mudança. O hedonismo partilha elementos com a “abertura à mudança” e à “autopromoção”.

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9 Com base nesta associação dos dez tipos de valores

motivacionais, torna-se possível criar quatro scores

tradutores de quatro macro-valores de ordem mais elevada, que correspondem aos quatro extremos das duas

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10 1 0 Abertura à mudança Autotranscendência -Estimulação Conformismo Tradição Realização - Conservação -Autopromoção Segurança Poder Benevolência Hedonismo Autodeterminação Universalismo

Modelo teórico das relações entre os 10 tipos de valores motivacionais, segundo Schwartz *

* cfr. Shalom H. Schwartz: ”Universal in the content and structure of values: Theoretical Advances and Empirical Tests in 20 countries”, in Zanna, M (1992) (ed.) Advances in Experimenatl Social Psychology. Vol. 25. California, Academic Press.

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11 Tradição Conformismo Segurança Poder Realização Hedonismo Estimulação Autodeterminação Universalismo Benevolência Ess Round 2 (2004)

Coeficiente de congruência de Tucker: 0.98 Ab

ertu ra à mud ança A uto tra ns ce nd ên cia Cons ervaç ão A utop rom ão

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12 -1.3 -1.1 -0.9 -0.7 -0.5 -0.3 -0.1 0.1 0.3 0.5 0.7 0.9 1.1 1.3 N o ru eg a S u éc ia F in n d ia D in am ar ca Is n d ia R ei n o U n id o F ra n ça A le m an h a Á u st ri a H o la n d a B él g ic a L u xe m b u rg o S u íç a Ir la n d a H u n g ri a R ep .C h ec a P o n ia E sl o n ia E sl o q u ia E st ó n ia E sp an h a P o rt u g al G ci a

Segurança Conformismo Tradição

Elevada identificação Baixa identificação Conservação -1.3 -1.1 -0.9 -0.7 -0.5 -0.3 -0.1 0.1 0.3 0.5 0.7 0.9 1.1 1.3 N o rt e C en tr o L is b o a e V al e d o T ej o A le n te jo A lg ar ve

Segurança Conformismo Tradição

Elevada identificação

Baixa identificação

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13 Abertura à Mudança -1.3 -1.1 -0.9 -0.7 -0.5 -0.3 -0.1 0.1 0.3 0.5 0.7 0.9 1.1 1.3 N o ru eg a S u éc ia F in n d ia D in am ar ca Is n d ia R ei n o U n id o F ra n ça A le m an h a Á u st ri a H o la n d a B él g ic a L u xe m b u rg o S u íç a Ir la n d a H u n g ri a R ep .C h ec a P o n ia E sl o n ia E sl o q u ia E st ó n ia E sp an h a P o rt u g al G ci a

Autodeterminação Estimulação Hedonismo

Elevada identificação Baixa identificação -1.3 -1.1 -0.9 -0.7 -0.5 -0.3 -0.1 0.1 0.3 0.5 0.7 0.9 1.1 1.3 N o rt e C en tr o L is b o a e V al e d o T ej o A le n te jo A lg ar ve

Autodeterminação Estimulação Hedonismo

Elevada identificação

Baixa identificação

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14 Autotranscendência -1.3 -1.1 -0.9 -0.7 -0.5 -0.3 -0.1 0.1 0.3 0.5 0.7 0.9 1.1 1.3 N o ru eg a S u éc ia F in n d ia D in am ar ca Is n d ia R ei n o U n id o F ra n ça A le m an h a Á u st ri a H o la n d a B él g ic a L u xe m b u rg o S u íç a Ir la n d a H u n g ri a R ep .C h ec a P o n ia E sl o n ia E sl o q u ia E st ó n ia E sp an h a P o rt u g al G ci a Benevolência Universalismo Baixa identificação Elevada identificação -1.3 -1.1 -0.9 -0.7 -0.5 -0.3 -0.1 0.1 0.3 0.5 0.7 0.9 1.1 1.3 N o rt e C en tr o L is b o a e V al e d o T ej o A le n te jo A lg ar ve Benevolência Universalismo Baixa identificação Elevada identificação

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15 Autopromoção -1.30 -1.10 -0.90 -0.70 -0.50 -0.30 -0.10 0.10 0.30 0.50 0.70 0.90 1.10 1.30 N o ru eg a S u éc ia F in n d ia D in am ar ca Is n d ia R ei n o U n id o F ra n ça A le m an h a Á u st ri a H o la n d a B él g ic a L u xe m b u rg o S u íç a Ir la n d a H u n g ri a R ep .C h ec a P o n ia E sl o n ia E sl o q u ia E st ó n ia E sp an h a P o rt u g al G ci a Realização Poder Baixa identificação Elevada identificação -1.30 -1.10 -0.90 -0.70 -0.50 -0.30 -0.10 0.10 0.30 0.50 0.70 0.90 1.10 1.30 N o rt e C en tr o L is b o a e V al e d o T ej o A le n te jo A lg ar ve Realização Poder Baixa identificação Elevada identificação

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16

Suíça Suécia

Rep.Checa Reino Unido

Portugal Polónia Noruega Luxemburgo Islândia Irlanda Hungria Holanda Grécia França Finlândia Estónia Espanha Eslovénia Eslováquia Dinamarca Bélgica Áustria Alemanha Autotranscendência Autopromoção Conservação Abertura à mudança Cronbach's Alpha=0.977

Fonte: ESS, round 2

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17

Cronbach's Alpha=0.965

Fonte: ESS, round 2

Valores humanos dos portugueses

Norte

Lisboa e Vale do Tejo

Centro Algarve Alentejo Conservação Autotranscendência Abertura à mudança Autopromoção

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18 Confiança social 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 N or ue ga S ué ci a F in lâ nd ia D in am ar ca Is lâ nd ia R ei no U ni do F ra nç a A le m an ha Á us tr ia H ol an da B él gi ca Lu xe m bu rg o S uí ça Ir la nd a H un gr ia R ep .C he ca P ol ón ia E sl ov én ia E sl ov áq ui a E st ón ia E sp an ha P or tu ga l G ré ci a Nenhuma Toda 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve

Nenhuma Toda

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19 Confiança Política 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 N or ue ga S ué ci a F in lâ nd ia D in am ar ca Is lâ nd ia R ei no U ni do F ra nç a A le m an ha Á us tr ia H ol an da B él gi ca Lu xe m bu rg o S uí ça Ir la nd a H un gr ia R ep .C he ca P ol ón ia E sl ov én ia E sl ov áq ui a E st ón ia E sp an ha P or tu ga l G ré ci a Nenhuma Toda 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve

Nenhuma Toda

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20 Satisfação política 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 N or ue ga S ué ci a F in lâ nd ia D in am ar ca Is lâ nd ia R ei no U ni do F ra nç a A le m an ha Á us tr ia H ol an da B él gi ca Lu xe m bu rg o S uí ça Ir la nd a H un gr ia R ep .C he ca P ol ón ia E sl ov én ia E sl ov áq ui a E st ón ia E sp an ha P or tu ga l G ré ci a Extremamente satisfeito Extremamente insatisfeito 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Norte Centro Lisboa e Vale do

Tejo Alentejo Algarve Extremamente satisfeito Extremamente insatisfeito

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21 Autoposicionamento político 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve

Esquerda Direita 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 N or ue ga S ué ci a F in lâ nd ia D in am ar ca Is lâ nd ia R ei no U ni do F ra nç a A le m an ha Á us tr ia H ol an da B él gi ca Lu xe m bu rg o S uí ça Ir la nd a H un gr ia R ep .C he ca P ol ón ia E sl ov én ia E sl ov áq ui a E st ón ia E sp an ha P or tu ga l G ré ci a Esquerda Direita

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22

Anos de escolaridade completos

6.0 6.5 7.0 7.5 8.0 8.5 9.0

Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve

Média de anos de escolaridade completos Media nacional

7.0 7.5 8.0 8.5 9.0 9.5 10.0 10.5 11.0 11.5 12.0 12.5 13.0 13.5 14.0 N or ue ga S ué ci a F in lâ nd ia D in am ar ca Is lâ nd ia R ei no U ni do F ra nç a A le m an ha Á us tr ia H ol an da B él gi ca Lu xe m bu rg o S uí ça Ir la nd a H un gr ia R ep .C he ca P ol ón ia E sl ov én ia E sl ov áq ui a E st ón ia E sp an ha P or tu ga l G ré ci a

Referências

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