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Transporte de passageiros e de mercadorias

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Academic year: 2021

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DICIONÁRIO DE

HISTÓRIA DA

I REPÚBLICA E DO

REPUBLICANISMO

VOLUME III: N-Z

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978 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS E DE MERCADORIAS

Foi condecorado com as medalhas militar de prata da classe de Bons Serviços

de ouro, comemorativa das Campanhas do Exército Português, e da Vitória. Recebeu

''

ainda a comenda da Ordem de Avis.

Sócio correspondente da Academia de Ciências de Lisboa e do Instituto de o Coimbra, foi professor da cadeira de condutor e demonstrador de máquinas na Esc l a Naval e na Escola Auxiliar de Marinha.

Deixou uma vasta obra publicada: As radiações ultravioletas e infravermelhas. seu

estudo e aplicações (1913); As últimas descobertas da ciência: oração proferida em 19 de

novembro de 1916 (1917); Angola: memória (1920) e Madeira (s/d.), primeiro texto e

único, que procurou editar sob um tema mais vasto e que designou, O Trabalho

Português. Escreveu sobre os hábitos e costumes dos povos do Oriente e colaborou e m

inúmeros jornais e revistas.

Francisco Peres Trancoso foi membro da Comissão Executiva da Conferênci a da Paz. Em novembro de 1921 Carlos Maia Pinto chamou-o a integrar o executivo que presidiu, convidando-o a ocupar a pasta das Finanças. Peres Trancoso aceitou

' permanecendo no cargo que exerceu, juntamente com o de ministro do Trabalho interino, entre 5 de novembro e 16 de dezembro de 1921.

Reformou-se a 31 de março de 1923.

Morreu na Malveira a 5 de fevereiro de 1952.

Bibliografia: MARQUES, A. H. de Oliveira [et (coord.), Parlamentares e Ministros

da 1.a República (1910-1926), Lisboa/Porto, Assembleia da República/Edições Afrontamento;

Didrio da Câmara dos Deputados e AA.Vv., Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol. XXXII, Lisboa, Editorial Enciclopédia Limitada, s.d., p. 482.

[Ana Paula Pires]

TRANSPORTE DE PASSAGEIROS E DE MERCADORIAS

No início do século, Portugal tinha perto de 2,4 mil quilómetros de vias férreas que, na sua quase totalidade, eram de via larga. Os grandes eixos ferroviários do sis-tema encontravam-se definidos, sendo o seu desenvolvimento, nas décadas seguintes, marcado pela construção de linhas de densificação, de fecho de redes e transversais (GOMES, 2004, 12). Uma parte importante desse traçado — as linhas do Sul e Sueste, do Minho e do Douro e os ramais de Setúbal, Estremoz e de Portimão, num total de 861 quilómetros — era explorada diretamente pelo Estado e perto de meio milhar de quilómetros era explorada por companhias privadas que operavam com «garantia de juro». Como resultado das falências das companhias privadas ocorridas anteriormente,

que obrigara o Estado a assumir a sua gestão, o acesso ao setor encontrava-se forte-mente regulado. O debate ferroviário, desde finais de oitocentos, centrou-se, tanto no programa e calendário de construção de novas linhas, pensadas no quadro do desen-volvimento regional, como na «questão tarifária» que, à semelhança do que ocorria noutros países europeus, afetava empresários agrícolas e agricultores, empreendimentos mineiros e industriais. Efetivamente, os elevados custos dos transportes terrestres e

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TRANSPORTE DE PASSAGEIROS E DE MERCADORIAS 979

portuários pesavam nas possibilidades de expansão de muitas empresas, afetavam o

consumo de produtos químicos agrícolas e a competitividade dos produtos agrícolas de exportação (nomeadamente os vinhos e os azeites) ou vocacionados para o mercado interno (cereais), enfim, era determinante para a viabilidade dos empreendimentos mineiros. Por outro lado, o país, esmagado pela dívida externa e pela dívida pública contraída no passado recente, mostrava-se cauteloso na apreciação das virtudes dos caminhos de ferro. Em 1913, Ezequiel de Campos escrevia: «Todos os nossos cami-nhos de ferro, especialmente o do Minho que vai através duma região densamente povoada e disposta para as mais variadas produções agrícolas e industriais, tiveram urna ação muito lenta na modificação da autonomia regional, que dispensava trans-portes ferroviários por quase lhe bastar de todo o carro de bois, e não provocaram uma vida muito mais intensa e civilizada, comparável à dos outros povos do noroeste da Europa (...). Viu-se bem que o silvo da locomotiva afinal, quando só, não arreda

as

populações que quotidianamente acorda, das práticas rotineiras, sem que uma

cam-panha intensa [e] educativa venha atrás do assentamento dos carris — o que não fizemos.» (CAMPOS, 1913, 581-582). Mas, apesar disso, Ezequiel de Campos não deixava de considerar urgentes a conclusão da rede ferroviária da região central e de algumas linhas na grande malha da Beira Alta ao Douro, a linha do Soraia e «mais algumas linhas transtaganas», a par de melhorias nos portos de Lisboa e de Leixões, assim como a construção de um porto no Algarve. Seguindo essa linha, a atuação do Estado republicano privilegiou a expansão da rede com base em recursos próprios, recorrendo ao crédito interno e dando continuidade a programas anteriores. Deste modo, apesar do esforço desenvolvido pelo jovem governo republicano com o equilí-brio nas contas do Estado, em 1913 estavam em vias de conclusão a linha de Valença a Monção, acelerara-se a construção da linha do Vale do Sado até Setúbal, iniciara-se a construção de linhas de Portimão a Lagos e de Évora a Reguengos e a eletrificação das estações (PORTUGAL, 1913, 201). Em pouco mais de duas décadas, a extensão das

linhas exploradas pelo Estado ultrapassou 1,3 mil quilómetros, enquanto que o aumento nas linhas exploradas por companhias privadas, nesse período, mal atingiu

os

200 quilómetros (tabela 1).

O crescimento regular no traçado ferroviário foi acompanhado por um aumento regular do serviço de passageiros e de mercadorias, que garantiram às companhias lucros operacionais elevados, permitindo-lhes satisfazer os pesados encargos financei-ros acumulados (GOMES, 2004, 14-16). Na linha do Sul e Sueste, por exemplo, o movimento de passageiros ao longo do ano cresceu de forma sustentada nas duas primeiras décadas, passando de meio milhão (1901) para dois milhões (1922). Na linha do Minho e Douro, o aumento foi de 1,2 para os 3,4 milhões, no mesmo período. Na linha da Beira Alta, o movimento de passageiros mais do que triplicou, entre 1914

e

1926, e, na linha do Leste e do Norte, passou, no mesmo período, dos 4 para os 6 milhões de passageiros (V.

Anuários Estatísticos).

Igualmente expressivo foi, durante esse período, o movimento de mercadorias transportadas. Na linha do Sul e Sueste, por exemplo, passou-se das 349 mil toneladas, em 1901, para mais de 600 mil, em 1914, situando-se nesse patamar na década seguinte. No conjunto, as mercadorias transportadas nos caminhos de ferro de serviço público passam dos 2 para os 6,7 milhões de toneladas.

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Referências

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