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PADRÕES DE INSERÇÃO FEMININA NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO EM 1997

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PADRÕES DE INSERÇÃO FEMININA NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO EM 1997.

Eugenia Troncoso Leone1

Introdução

O objetivo deste artigo é avaliar a qualidade de inserção das mulheres ocupadas no mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo, no ano de 1997, através da identificação de grupos homogêneos de trabalhadoras com base em variáveis “proxies” de características qualitativas do emprego, tais como, nível salarial e jornada de trabalho e, também, características individuais relevantes das próprias mulheres como idade e escolaridade. A composição dos grupos obtidos é examinada, apontando-se suas apontando-semelhanças e diferenças quanto às características obapontando-servadas2.

A avaliação “qualitativa” da inserção das mulheres no mercado de trabalho é feita através do estudo da composição de cada grupo e do peso relativo destes na ocupação total das mulheres. Adicionalmente é analisada a distribuição de cada grupo homogêneo de mulheres trabalhadoras segundo posição na ocupação e setor de atividade. A comparação dessas distribuições entre os grupos permite verificar se eles se concentram em poucos setores de atividade e posições na ocupação ou, pelo contrário, tem presença muito difundida por todos os setores e posições na ocupação. De forma análoga, a comparação entre setores e posições na ocupação das distribuições das mulheres trabalhadoras segundo os grupos homogêneos permite verificar se os setores e posições na ocupação absorvem tipos especiais de mulheres ou, ao invés disso, ocupam igualmente as mulheres dos vários grupos homogêneos. Estas considerações permitem fazer um juízo crítico do mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo em termos de qualidade de absorção das mulheres.

1 Professora do Instituto de Economia da UNICAMP, Campinas – SP, Brasil. E-mail: eugenia@eco.unicamp.br. 2

Este artigo resume parte dos resultados da pesquisa ” Mudanças no Mercado de Trabalho Feminino: diversidade de inserção na região metropolitana de São Paulo nos anos 90”, coordenada pela autora, e que conta com bolsa de produtividade em pesquisa do CNPq e apoio da FAPESP.

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A fonte de dados utilizada é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) referida à região metropolitana de São Paulo, para o ano de 1997. Deve-se informar que realizou-se uma adequação da metodologia não considerando-se, no conceito de ocupação, a autoconstrução e autoprodução e o trabalho não-remunerado cuja duração semanal fosse inferior a 15 horas.

A escolha da região metropolitana de São Paulo deve-se ao fato de ser o principal parque industrial do país, com a maior diversidade de ocupações dada sua complexidade e sua estrutura produtiva e, além disso, por ser a metrópole mais afetada pela reestruturação produtiva e as inovações tecnológicas e organizacionais ocorridas no mercado de trabalho na última década. Já o ano de 1997 foi escolhido por ser, na data da pesquisa, o mais recente, quanto a disponibilidade dos dados da PNAD. Em termos de atividade econômica foi um ano que iniciou um novo período recessivo na década de 90.

Para cumprir o objetivo proposto de captar a variedade de situações de inserção das mulheres, procura-se identificar grupos de trabalhadoras, que sejam o mais homogêneos possíveis no seu interior, no que diz respeito às características selecionadas e, ao mesmo tempo, o mais diferenciados entre eles. Com esta finalidade, foram aplicadas duas técnicas de análise multivariada: correspondências múltiplas e agrupamento. A aplicação destas técnicas de análise têm-se mostrado muito úteis quando dispõe-se de um número grande de variáveis referidas a uma mesma população de indivíduos. Neste estudo, em particular, o uso articulado das duas técnicas estatísticas permitiram a identificação de nove grupos de trabalhadoras semelhantes no seu interior e diferentes entre si que fornecem indícios de padrões de ocupação das mulheres na região metropolitana de São Paulo.

Além desta breve introdução, o trabalho divide-se em 6 itens: o primeiro descreve o universo de análise e os procedimentos metodológicos adotados; no segundo se faz uma breve descrição dos métodos multivariados utilizados; no terceiro expõem-se os grupos homogêneos resultantes da aplicação desses métodos; no quarto e no quinto analisam-se, respectivamente, os perfis setoriais e por posição na ocupação dos distintos grupos homogêneos e a composição por grupos homogêneos de trabalho feminino, dos distintos setores de atividade e posições na ocupação e, por último, a

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conclusão, que descreve três padrões amplos de inserção feminina no mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo.

1. Universo de Análise e Procedimentos Metodológicos

O universo de análise da pesquisa foi constituído pelas mulheres ocupadas na região metropolitana de São Paulo no ano de 1997. Com o objetivo de identificar padrões de ocupação das mulheres foram selecionadas como “proxies” de características de “qualidade” do emprego as variáveis idade, escolaridade, renda e jornada de trabalho. Justifica-se a escolha destas variáveis pois, no caso da idade, sabe-se que os rendimentos do trabalho tendem a aumentar com a idade, atingindo um máximo na faixa etária de 40 a 49 anos. Fenômeno análogo ocorre no caso da escolaridade ainda que deva-se chamar à atenção para o fato de que o perfil médio de escolaridade das gerações mais novas tende a ser superior ao das mais velhas. O rendimento do trabalho é uma variável fundamental, pois é indicativa da valoração do mercado à atividade ocupacional desempenhada. Para finalizar, a variável jornada de trabalho adquire uma grande importância no estudo da inserção da mulher na atividade econômica devido a que as tarefas domésticas e o cuidado dos filhos costumam interferir nas atividades remuneradas das mulheres, obrigando-as a escolher empregos com jornadas flexíveis, trabalhos em tempo parcial ou atividades por conta própria que, se de um lado lhes permitem uma conciliação dessa diversidade de atividades, por outro, lhes acarretam desvantagens profissionais ao obrigá-las, muitas vezes, a aceitar empregos de menor prestígio e baixa remuneração.

As quatro variáveis acima descritas foram agrupadas, transformando seus valores numéricos em categorias (ou classes) criando, assim, uma escala indicadora de diferentes níveis hierárquicos que são descritos a seguir:

Idade (da mulher):

• de 15 a 24 anos

• de 25 a 34 anos

• de 35 a 44 anos

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Escolaridade

• menos de 4 anos de estudo (sem o antigo primário completo)

• de 4 a 7 anos de estudo (sem primeiro grau completo)

• de 8 a 10 anos de estudo (com primeiro grau completo e segundo incompleto)

• de 11 a 14 anos de estudo (com segundo grau completo e superior incompleto)

• 15 ou mais anos de estudo (com educação superior) Jornada de trabalho (horas semanais)

• até 39 horas: jornada parcial

• de 40 a 44 horas: jornada completa

• 45 ou mais horas: jornada mais do que completa

Rendimento na ocupação principal (em salários mínimos, SM, de 1997)

• até 1 SM

• de 1 a 2 SM

• de 2 a 5 SM

• de 5 a 10 SM

• 10 ou mais SM

É freqüente que as variáveis do tipo categóricas ou qualitativas sejam obtidas agrupando os valores de variáveis numéricas em níveis (ou classes) os quais recebem uma determinada codificação. Dois objetivos principais justificam este procedimento. Em primeiro lugar, para homogeneizar os dados que originalmente são dos tipos quantitativo e qualitativo como, por exemplo, sexo e idade. O fato de transformar a variável idade em uma variável de tipo categórica (como a variável sexo) permite analisar o conjunto de variáveis de forma simultânea através do método estatístico multivariado de Análise de Correspondência Múltipla (ACM). Um outro objetivo é que através da Análise de Correspondência Múltipla pode-se pôr de manifesto a existência de relações não-lineares entre as variáveis o que, ao contrário de outros métodos, como por exemplo Componentes Principais, só leva em consideração as relações lineares entre as variáveis.

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Utilizando as quatro variáveis categóricas e as 3205 mulheres ocupadas que faziam parte da amostra da região metropolitana de São Paulo em 1997 foi aplicada uma metodologia estatística de análise multivariada que consistiu no uso articulado das técnicas de Análise de Correspondência Múltipla (ACM) e Análise de Agrupamento (AA), descritos sucintamente no item seguinte.

2. Análise Multivariada: Correspondências Múltiplas e Agrupamento

A Análise Fatorial de Correspondências Múltiplas permite estudar um conjunto de indivíduos descritos por mais de duas variáveis categóricas. Como os dados categóricos não tem propriedades numéricas são construídas um conjunto de tabelas de contingência que registram as freqüências de ocorrência de todas as variáveis tomadas duas a duas. A partir da justaposição de todas as tabelas de contingência (tabela de Burt) aplica-se o método de correspondências múltiplas que consiste em simplificar a representação da estrutura dos dados através de eixos fatoriais ou direções principais que permitam visualizações planas ou tridimensionais da disposição dos dados no espaço. Permite, assim, realizar um mapeamento de tipo geométrico exploratório dos dados colocando em evidência, de um lado, as categorias que mais se associam e, de outro, os grupos homogêneos de indivíduos, com relação ao conjunto de variáveis, que posteriormente serão confirmados pela análise de agrupamento. Esta análise preliminar permitiu a escolha do número de eixos fatoriais principais cujas coordenadas serviram de “ïnput” para à aplicação da técnica de agrupamento. Considerando que o objetivo principal deste trabalho foi a obtenção de uma classificação das mulheres para obter padrões de inserção ocupacional não nos deteremos na explanação pormenorizada deste método3.

No que se refere ás técnicas de agrupamento, estas permitem identificar grupos homogêneos de elementos ou, em outras palavras, reunir os elementos mais semelhantes (e separar os mais diferentes), a partir de distâncias euclidianas calculadas dois a dois.

Existem vários métodos de análise de agrupamento. Nesta pesquisa foi utilizado um procedimento de agrupamento hierárquico a partir das coordenadas dos eixos fatoriais obtidas na ACM. A justificativa para realizar o agrupamento com base nos

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resultados da análise de correspondência múltipla deve-se ao fato, já mencionado, das variáveis originais não terem propriedades numéricas por tratar-se de variáveis categóricas4.

Um agrupamento do tipo hierárquico consiste em considerar, inicialmente, todas as unidades de observação como classes (ou partições), ou seja, as classes numa primeira etapa ficariam todas constituídas de um só elemento. A seguir, reúnem-se numa classe, as duas classes mais semelhantes, diminuindo, assim o numero total de classes em uma unidade. Este processo iterativo é continuado até não se dispor mais do que de uma só classe constituída de todos os elementos do conjunto. As classificações hierárquicas podem ser realizadas de forma ascendente ou descendente.

A escolha do número de classes pode ser visualizada através de um dendograma (ou árvore de classificação) que revela os índices de similaridade (distâncias euclidianas) em que ocorrem as junções dos indivíduos para formar os grupos. Um grande salto nesses índices indica que a fusão se realizou usando dois grupos muito dissimilares e, por isto, deve-se reter o número de grupos anterior a este salto. No item a seguir apresentam-se os resultados da análise de agrupamento a partir das coordenadas dos eixos fatoriais indicados anteriormente.

3. Grupos Homogêneos de Mulheres

O uso articulado das técnicas de análise de correspondências múltiplas e análise de agrupamento resultou numa partição das mulheres ocupadas da região metropolitana de São Paulo, para o ano de 1997, em nove grupos (nomeados das letras A até I) nitidamente diferenciados quanto às quatro variáveis básicas da análise (idade, rendimentos, escolaridade e jornada).

O dendograma mostrado a seguir justifica a escolha dos nove grupos e ilustra como ficou distribuída a amostra de 3205 mulheres ocupadas, assim como, a ordem classificatória do procedimento estatístico aplicado.

3 Para maiores informações teóricas sobre estes métodos multivariados ver Bussab (1990), Lebart et al. (1995), Crivisqui e Villamonte (1997), Escofier et al. (1992).

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Para maiores informações sobre aplicações práticas destes métodos multivariados, consultar Kayegama & Leone (1999) e Jannuzzi (s/d). Este ultimo autor aplicou estas técnicas na construção de uma escala sócio-ocupacional.

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Esquema da classificação hierárquica: dendograma.

Observa-se no dendograma que a técnica de agrupamento, numa primeira etapa, separa do conjunto total de mulheres trabalhadoras um grupo (grupo A) constituído por 13% das mulheres, grupo este que fica estável a partir desta primeira etapa do processo. A continuação, o conjunto constituído pelo 87% das mulheres restantes subdivide-se em dois grupos um com 59% e outro com 28% das mulheres. Este último grupo com importância relativa de 28% particiona-se, por sua vez, em três grupos que se estabilizam com pesos relativos de 5% (grupo B), 12% (grupo C) e 11% (grupo D). Do conjunto complementar constituído pelos outros 59% de mulheres origina-se, inicialmente, um grupo estável com peso relativo de 15% (grupo E), em seguida, destaca-se o grupo F com 12% e, os 32% restantes, dão origem ao grupo G com 9% e, por último, aos grupos H e I com 9% e 14% respectivamente. A interpretação dos grupos é descrita a seguir.

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Grupo A: “Mulheres adultas com altas remunerações e elevada escolaridade”

Este é o primeiro grupo de mulheres a se destacar ficando estável na primeira etapa do processo de classificação e tem como características os altos rendimentos na ocupação principal (92% destas mulheres encontram-se na faixa de mais de 10 salários mínimos) e a elevada escolaridade ( 69% com mais de 15 anos de estudo). Este grupo, como já assinalado, está constituído por 13% das mulheres trabalhadoras da região metropolitana de São Paulo e ressalta a estrutura sócio-ocupacional brasileira: independentemente da idade (somente as muito jovens não são significativas neste grupo), o fato de possuir nível de escolaridade superior as destaca do resto das trabalhadoras. Trata-se de mulheres “bem sucedidas” recebendo os mais altos salários do mercado ocupacional feminino e com jornadas de trabalho em tempo integral ou superior (Ver gráficos dos grupos homogêneos).

Grupo B: “Mulheres com muito baixas remunerações, pouca escolaridade e jornadas de trabalho em tempo parcial”.

Este é o segundo grupo a se destacar e é o oposto do anterior, representando o extremo pior da classificação: apresenta a totalidade das mulheres com rendimentos abaixo de 1 salário mínimo e, na sua maioria, têm baixa instrução (mais da metade não tem nem sequer o primeiro grau completo) e trabalham em tempo parcial (57%) ou cumprem jornadas acima das 45 horas semanais (47%). Trata-se de um grupo relativamente pequeno (5%), totalmente excepcional pela precária inserção ocupacional para o estado de São Paulo, o mais desenvolvido do país.

Grupo C: “Mulheres jovens com baixas remunerações (mas não tão baixas como as do grupo B) e pouco instruídas.

Este grupo assemelha-se ao anterior mas com algumas diferenças que o caracterizam como um grupo separado: as remunerações são também baixas (mas não tão baixas como as do grupo B) pois, todas as mulheres deste grupo recebem remunerações entre 1 e 2 salários mínimos. Têm primeiro grau completo ou segundo incompleto e, na sua maioria, são mulheres jovens indicando uma incorporação recente no mercado de trabalho. A importância deste grupo é de 12% do total.

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Grupo D: “Mulheres adultas com baixas remunerações, sem instrução e jornadas completas ou elevadas”.

O traço característico deste grupo é que a totalidade das mulheres têm menos de 4 anos de estudo e 42% delas têm acima de 45 anos de idade. São mulheres mais velhas, com experiência no mercado de trabalho porém sem instrução e com remunerações não ultrapassando os dois salários mínimos. Este grupo corresponde a 11% das trabalhadoras da região metropolitana de São Paulo.

Grupo E: “Mulheres adultas com escolaridade média ou superior e salários razoáveis”.

Este grupo abrange 15% das mulheres e assemelha-se ao grupo A porém, os salários auferidos não são tão elevados (todas as mulheres deste grupo encontram-se na faixa de 5 a 10 salários mínimos) e a escolaridade é um pouco inferior, ainda que, sempre acima do nível médio. Trata-se de mulheres nem muito jovens nem muito velhas com salários razoáveis (todas na faixa de 5 a 10 salários mínimos).

Grupo F: “Mulheres relativamente jovens, com instrução mínima, salários intermediários e jornadas tempo integral”.

Este grupo abrange 12% das trabalhadoras e caracteriza-se pela totalidade de suas integrantes terem ao menos primeiro grau completo porém sem completar o segundo. Na sua maioria (96%) recebem de 2 a 5 salários mínimos e trabalham em jornada tempo integral. Trata-se de um grupo que, ainda que jovem, perece estar consolidado no mercado de trabalho.

Grupo G: “Mulheres jovens, com segundo grau completo e salários intermediários”. A particularidade deste grupo é a idade das trabalhadoras ( a totalidade com idades inferiores a 25 anos). Trata-se de jovens com níveis de escolaridade superiores aos do grupo F (todas com segundo grau completo), porém com parcela expressiva de mulheres com salários intermediários (61,9%, na faixa de 2 a 5) devido, provavelmente, à sua pouca experiência no mercado de trabalho, ainda que, uma fração não desprezível (29,4%), recebe remunerações na faixa de 5 a 10 salários mínimos. Sua importância é de 9% na ocupação total. Pela idade dessas trabalhadoras e dependendo da evolução do

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mercado de trabalho, estas mulheres poderiam progredir alcançando níveis maiores de remunerações. O peso deste grupo homogêneo contribui para uma avaliação positiva da qualidade da inserção das mulheres no mercado de trabalho em 1997.

Grupo H: “Mulheres relativamente jovens com diferentes grau de instrução e salários intermediários“.

Este grupo pode ser considerado um resíduo pois são mulheres relativamente jovens, todas elas na faixa de 25 a 34 anos, com salários intermediários, apresentando, porém, de um lado, um contingente de mulheres com baixíssimo grau de instrução (43,4% não possuem sequer o primeiro grau completo) e de outro, um conjunto de mulheres com um grau de instrução razoável (49,1% com segundo grau completo). O nível salarial intermediário provavelmente é conseqüência ou do grau relativamente alto de escolaridade ou da experiência profissional associada à idade. Este grupo assemelha-se aos grupos F, G e I, porém estes três últimos grupos possuíam características específicas que os constituíram em grupos separados. O peso deste grupo é de 9%.

Grupo I: “Mulheres adultas, poucos instruídas, com salários intermediários”.

Este grupo contribui com 14% da ocupação total. Sua característica principal é a idade acima de 35 anos das trabalhadoras. Ou seja, trata-se de mulheres com experiência profissional que apesar da baixa escolaridade conseguem salários intermediários devido à experiência.

A composição destes nove grupos homogêneos segundo a importância relativa de cada uma das categorias das variáveis rendimentos na ocupação principal, anos de estudo, idade e jornada de trabalho é ilustrada no gráfico a continuação. A última coluna dos gráficos refere-se ao total de mulheres ocupadas na região metropolitana de São Paulo.

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Grupos homogêneos segundo rendimentos na ocupação principal, grau de instrução, idade e jornada de trabalho.

rendimentos em salários mínimos

0% 20% 40% 60% 80% 100% A E F G I H D C B total até 1 SM 1 a 2 SM 2 a 5 SM 5 a 10 SM 10 SM ou + anos de estudo 0% 20% 40% 60% 80% 100% A E F G I H D C B total

menos de 4 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 a 14 anos 15 ou +

idade 0% 20% 40% 60% 80% 100% A E F G I H D C B total 15 a 24 25 a 34 35 a 44 45 ou + jornada de trabalho 0% 20% 40% 60% 80% 100% A E F G I H D C B total

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Em síntese, os nove grupos acima descritos constituem uma escala indicadora de diferentes níveis hierárquicos constituídos fundamentalmente pelo nível de remuneração e pelo grau de escolaridade. A idade (associada à experiência) e a jornada foram complementares no sentido de elevar o não o “status” ocupacional dessas mulheres no mercado de trabalho. O quadro a continuação sintetiza a ordem hierárquica desses grupos:

Quadro 1: Ordem hierárquica dos grupos, classificados segundo níveis salariais e escolaridade

Grupos Homogêneos Características dos grupos %

A e E Mulheres adultas e escolarizadas com salários elevados. 28,0

F, G, I e H Mulheres com idades e níveis de instrução diferenciados e salários intermediários.

44,0

D e C e B Mulheres com idades diferenciadas, baixo grau de

instrução e baixos salários.

28,0

No item a seguir será analisada a inserção desses grupos homogêneos no mercado de trabalho segundo setores de atividade e posições na ocupação.

4. Inserção dos grupos homogêneos no mercado de trabalho.

Interessa aqui analisar o modo diferenciado de inserção dos diferentes grupos homogêneos no mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo com base nos setores de atividade e as posições na ocupação. Em outras palavras, interessa comparar os diferentes perfis de inserção dos nove grupos homogêneos de mulheres ocupadas levando em consideração suas diferenças de participação nos diferentes setores de atividade e posições na ocupação.

Analisando a última coluna da tabela 1, referente ao total de mulheres ocupadas, observa-se que estas concentram-se basicamente em quatro setores de atividade na seguinte ordem: prestação de serviços (31,3%), atividades sociais (19,6%), indústria de transformação (16,6%) e comércio de mercadorias (14,9%). Quanto às posições na ocupação (tabela 2) elas encontram-se ocupadas maioritariamente como empregadas (56,4%), com e sem carteira assinada, domésticas (17,9%) e autônomas (13,2%).

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Tabela 1: Perfil dos grupos homogêneos de mulheres ocupadas segundo setores de atividade na região metropolitana de São Paulo em 1997.

Altos salários salários intermediários Baixos salários

Setores de atividade A E F G I H D C B Total

agrícola - - - - 1,6 0,3 4,5 0,5

ind. transformação 16,3 11,3 27,2 24,8 15,9 23,8 9,3 13,9 8,4 16,6

ind. construção 1,7 0,8 0,3 0,7 0,5 0,4 - 0,3 - 0,5

outras ativ. indust. 0,5 0,6 - 0,7 0,2 - 0,3 0,8 1,7 0,5 comércio de mercad. 13,6 12,2 18,3 18,5 13,1 14,6 12,8 13,9 22,9 14,9

prestação serviços 5,1 14,7 21,2 10,1 42,3 28,8 65,7 53,1 49,2 31,3

serv. aux. ativ. econ. 12,6 8,4 7,0 15,7 2,3 6,4 2,7 3,0 5,6 7,0

transporte e comum. 2,4 2,9 2,2 3,5 2,1 0,7 1,1 1,0 1,1 2,0 atividades sociais 29,6 36,1 18,3 16,8 18,9 19,2 5,7 12,8 5,0 19,6 adm. pública 9,2 6,1 2,4 1,7 3,9 3,6 0,5 0,5 0,6 3,5 outras atividades 9,0 6,7 3,2 7,3 0,9 2,5 0,3 0,4 1,1 3,7 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: PNAD 1997.

Tabela 2: Perfil dos grupos homogêneos de mulheres ocupadas segundo posição na ocupação na região metropolitana de São Paulo em 1997.

altos salários salários intermediários baixos salários

Posição na Ocupação A E F G I H D C B Total

empreg. com carteira 49,0 49,2 62,6 75,2 38,4 56,2 26,7 20,9 2,2 43,5

func. public. estatut. 14,8 21,0 5,4 3,5 9,7 7,5 0,5 2,0 - 8,2 empreg. sem cart. 7,8 9,9 14,8 15,0 11,7 9,6 8,2 25,9 13,4 12,9

domésticas 0,2 4,8 9,1 1,8 24,8 17,8 46,6 36,0 21,8 17,9 conta própria 19,2 13,0 7,0 4,2 14,3 7,5 17,4 14,6 21,8 13,2 empregadores 9,0 2,1 1,1 0,3 1,1 1,4 0,5 0,5 - 2,0 não remunerados - - - 40,8 2,3 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: PNAD, 1997.

Contudo, existem certas particularidades quando se consideram os diferentes grupos separadamente. Assim, analisando de forma conjunta as tabelas 1 e 2 observa-se que os grupos constituídos de mulheres adultas escolarizadas e bem remuneradas (A e E) ainda que também apresentam uma importância relativa significativa nos setores da indústria de transformação e comércio de mercadorias (a semelhança da população feminina no seu conjunto), apresentam uma importância bem maior nas atividades sociais (29,6% e 36,1%, respectivamente), ou seja, educação, saúde e assistência social e, além disso, parte significativa de trabalhadoras encontra-se, também, nos serviços auxiliares da atividade econômica, na administração pública e em outras atividades tais

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como bancos e atividades financeiras. O grupo E constituído por mulheres com níveis de salários e de escolaridade não tão elevados quanto os do grupo A diferencia-se deste por apresentar um contingente bem maior de mulheres na prestação de serviços e em outras atividades sociais enquanto que o grupo A tem maior peso na indústria de transformação, nos serviços sociais, na administração pública e nas atividades financeiras e imobiliária. Quanto às posições na ocupação, as mulheres destes grupos são principalmente empregadas com carteira assinada mas destacam-se, também, as funcionárias públicas estatutárias e as autônomas. No grupo A destaca-se uma parcela não desprezível de empregadoras (9%).

O conjunto de grupos formados por mulheres com idades e níveis de instrução diferenciados e salários intermediários (grupos F, G, I e H) assemelham-se muito ao perfil médio apresentado pelo conjunto de mulheres ocupadas, ou seja, concentram-se nos mesmos quatro setores de atividade (prestação de serviços, atividades sociais, indústria e comércio). Estes quatro grupos, que apresentam em comum o fato de possuírem uma parcela expressiva de trabalhadoras com salários intermediários, diferenciam-se entre si devido a certas especificidades que não permitem uma análise única. Assim o grupo G, o melhor posicionado entre os quatro quanto a salários e escolaridade, tem a particularidade de apresentar parcela significativa de trabalhadoras nos serviços auxiliares à atividade econômica (15,7%) e, além disso, é o grupo que apresenta, entre os quatro, a menor proporção de mulheres na prestação de serviços (10%). Os grupos F, I e H são mais semelhantes entre si e as diferenças parecem provir do maior ou menor grau de escolaridade apresentado por cada grupo e, também, da maior ou menor contribuição relativa de cada grupo na prestação de serviços. A posição na ocupação complementa esta análise ao colocar em evidência o maior peso das assalariadas no grupo G (75,2%), a parcela significativa de domésticas e autônomas no grupos I (24,8% e 14,3%, respectivamente) e de domésticas (17,8%) no grupo H. Numa tentativa de ordenação destes quatro grupos em termos qualitativos de inserção no mercado de trabalho seria: G, F H e I.

Por último o conjunto de grupos de mulheres com idades diferenciadas, baixo grau de instrução e baixos salários (grupos D, C e B) caracterizam-se por estar ocupadas predominantemente na prestação de serviços e, em menor proporção no comércio de mercadorias. O grupo C que diferencia-se do D e do B por ser constituído de mulheres

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mais jovens e com grau de instrução não tão baixo apresentando frações significativas de trabalhadoras na indústria e nas atividades sociais. Já as classes D e B parecem diferenciar-se apenas pela idade e a jornada de trabalho das trabalhadoras de tal forma que o grupo D, constituído de mulheres com mais idade e por tanto com mais experiência no trabalho, aliado às elevadas jornadas de trabalho, consegue fugir do nível inferior de salários ainda que estejam maioritariamente na prestação de serviços e no comércio de mercadorias. A posição na ocupação mostra que o grupo C, o “melhor inserido” dos três tem uma proporção maior de assalariadas, ainda que mais da metade delas não tenha carteira. Os três grupos apresentam parcelas significativas de domésticas e autônomas sendo que o grupo B, o pior de todos apresenta também trabalhadoras não remuneradas provenientes do setor agrícola.

5. Absorção dos grupos homogêneos pelo mercado de trabalho.

Neste item analisam-se as características seletivas de absorção de trabalhadoras por parte dos diferentes setores de atividade e posições na ocupação com base nos nove grupos homogêneos de mulheres ocupadas. Em outras palavras, quer-se avaliar para que grupos homogêneos de trabalhadoras, os diferentes setores de atividade e posições na ocupação geram postos de trabalho preferenciais.

Na tabela 3 observa-se que o setor agrícola é de longe o responsável pela geração dos piores postos de trabalho ocupando mulheres de idades variadas, com baixíssimos níveis de instrução e pagando os mais baixos salários do mercado. Este setor é constituído na sua totalidade por mulheres dos grupos D, C e B, os mais mal posicionados na hierarquia ocupacional. Os outros setores que também se destacam por terem uma contribuição relativa importante na geração de postos de trabalhos pouco qualificados são as outras atividades industriais com 46,7% das mulheres pertencentes a estes mesmos grupos e a prestação de serviços com mais da metade dos postos de trabalho destinados, também, a mulheres dos grupos D, C e B. Deve-se destacar, no entanto, que o setor outras atividades industriais (extração mineral e serviços de utilidade pública) também gera ocupações (aproximadamente um terço) com altos níveis de remuneração para mulheres não muito jovens e instruídas.

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Tabela 3: Perfil dos setores de atividade segundo os grupos homogêneos de mulheres ocupadas na região metropolitana de São Paulo em 1997.

agrí- ind. cons- out. at. com. prest. serv. aux. transp. ativ. adm. outras Grupos cola transf. trução indust. merc. serv. ativ. ec. com. sociais publ. ativ. total

A - 12,6 38,9 13,3 11,8 2,1 23,3 15,9 19,5 33,6 31,4 12,9 E - 10,1 22,2 20,0 12,2 7,0 17,0 22,2 27,4 25,7 27,1 14,9 F - 18,9 5,6 - 14,3 7,9 11,7 12,7 10,8 8,0 10,2 11,6 G - 13,3 11,1 13,3 11,1 2,9 20,2 15,9 7,7 4,4 17,8 8,9 I - 12,9 11,1 6,7 12,0 18,3 4,5 14,3 13,1 15,0 3,4 13,6 H - 12,6 5,6 - 8,6 8,1 8,1 3,2 8,6 8,8 5,9 8,8 D 40,0 6,4 - 6,7 9,9 24,0 4,5 6,3 3,3 1,8 0,8 11,5 C 6,7 10,3 5,6 20,0 11,6 21,0 5,4 6,3 8,1 1,8 1,7 12,4 B 53,3 2,8 - 20,0 8,6 8,8 4,5 3,2 1,4 0,9 1,7 5,6 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: PNAD 1997.

Tabela 4: Perfil das posições na ocupação segundo grupos homogêneos de mulheres ocupadas na região metropolitana de São Paulo em 1997.

empregada Func. público empregada conta- empre- não-

Grupos c/ cart. Estatutário s/ cart. doméstica própria gadores remun. total

A 14,5 23,1 7,8 0,2 18,7 56,9 - 12,9 E 16,8 37,9 11,4 4,0 14,7 15,4 - 14,9 F 16,7 7,6 13,3 5,9 6,1 6,2 - 11,6 G 15,4 3,8 10,4 0,9 2,6 1,5 - 8,9 I 12,0 15,9 12,4 18,8 14,7 7,7 - 13,6 H 11,3 8,0 6,6 8,7 5,0 6,2 - 8,8 D 7,0 0,8 7,3 29,8 15,1 3,1 - 11,5 C 6,0 3,0 25,0 24,9 13,7 3,1 - 12,4 B 0,3 - 5,8 6,8 9,2 - 100,0 5,6 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: PNAD, 1997.

Do outro extremo, ou seja, do lado dos “bons empregos” destacam-se os setores da administração pública, das outras atividades (financeiras e imobiliárias) e das atividades sociais (educação, saúde e assistência social) com 61,1%, 59,3%, 58,5% e 46,9% das mulheres pertencentes aos grupos A e E, respectivamente. O setores serviços auxiliares da atividade econômica e transporte e comunicações também geram parcelas significativas de postos de trabalho para as mulheres dos grupos A e E, porém menores que os outros setores mencionados (40,3% e 38,1% respectivamente).

Os setores de indústria de transformação e comércio de mercadorias destacam-se por gerarem ocupações de todo tipo de forma mais ou menos eqüitativa, apresentando baixas proporções somente para os dois grupos piores posicionados na hierarquia

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ocupacional, ou seja, os grupos D e B. Como mencionado, o peso maior dos grupos D e B encontra-se no setor agrícola que é relativamente pequeno na região metropolitana de São Paulo.

Realizando o mesmo tipo de análise, com base nas posições na ocupação, observa-se, na tabela 4, que as não-remuneradas e as domésticas concentram as maiores parcelas de mulheres mal remuneradas e pouca instruídas (grupos D, C e B), seguidas das conta-própria e empregadas sem carteira. No outro extremo da escala ocupacional, alem das empregadoras, são as ocupações com regime de trabalho de funcionário público e estatutários que fornecem os postos de trabalho melhor qualificados, com predominância de mulheres do grupos A e E, as mais instruídas e melhor remuneradas do mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo. Na posição de empregadas com carteira observa-se uma variedade de trabalhadoras, porém de preferência dos níveis intermediário e alto.

6. Conclusão: padrões de inserção feminina

No presente trabalho foi possível identificar nove grupos homogêneos de mulheres ocupadas com base em algumas variáveis da PNAD que permitem avaliar, num período recente, as diferentes situações de inserção feminina no mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo. Examinando como esses nove grupos homogêneos diferentes de mulheres se inserem no mercado de trabalho pode-se distinguir pelo menos três níveis hierárquicos que constituem padrões típicos de inserção feminina no mercado de trabalho. Esses padrões são:

1.- Padrão elevado de inserção feminina no mercado de trabalho: este padrão é proporcionado pelas atividades sociais, a administração pública, os serviços auxiliares de atividade econômica e algumas ocupações da indústria e do comércio. Trata-se, na maioria, de empregos assalariados regulamentados, bem remunerados e que absorvem mulheres instruídas e, de preferência, não muito jovens e com alguma experiência no mercado de trabalho. As mulheres pertencentes aos grupos A e E conformam este padrão elevado de inserção ocupacional.

2.- Padrão médio de inserção feminina no mercado de trabalho: os setores responsáveis por este padrão são basicamente a indústria, o comércio de mercadorias, a

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prestação de serviços e, com menor intensidade, as atividades sociais e os serviços auxiliares da atividade econômica. A prestação de serviços também contribui para a geração de postos de trabalho com este padrão de inserção. Trata-se de mulheres com idades e níveis de instrução diferenciados e remunerações intermediárias provenientes de ocupações com regimes de trabalho mais diversificados que os do caso anterior, podendo ser empregos assalariados regulamentados ou não e trabalho autônomo, sendo que nos grupos inferiores deste nível intermediário (grupos I e H) existe uma proporção significativa de empregadas domésticas. Este padrão intermediário de inserção no mercado de trabalho é formado pelas mulheres dos grupos F,G, H e I.

3.- Padrão precário de inserção feminina no mercado de trabalho: este padrão é proporcionado basicamente pelas atividades agrícolas e pelo comércio de mercadorias. Trata-se de ocupações mal remuneradas, a maioria no serviço doméstico e sem vínculo empregatício formalizado. Este padrão é típico das mulheres dos grupos D, C e B as piores localizadas na hierarquia ocupacional. Trata-se de mulheres de diferentes idades porém, que têm em comum, uma escolaridade muito baixa.

Em resumo, o mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo proporciona diferentes possibilidades de inserção das mulheres. Os padrões extremos na hierarquia ocupacional das mulheres são responsáveis, cada um deles, pela absorção de 28% das trabalhadoras ocupadas enquanto no nível intermediário encontram-se 44% das ocupadas. Esses números refletem a extrema heterogeneidade das formas de inserção das mulheres no mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo.

A literatura especializada tem destacado a segmentação do trabalho feminino e a concentração de grande parte das mulheres em nichos ocupacionais específicos da condição feminina. Esta pesquisa revela, entretanto, que num mercado de trabalho denso em alternativas ocupacionais, como o da região metropolitana de São Paulo, são maiores as chances das mulheres diversificar suas atividades econômicas indo além das ocupações tipicamente femininas, competindo com os homens uma enorme variedade de situações ocupacionais.

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7. Bibliografia

BUSSAB, W. et al.. – “Introdução à análise de agrupamentos”. In: Simpósio Brasileiro De Probabilidade E Estatística, 9, São Paulo, 1990. Anais.... São Paulo: USP, IME, 1990. CRIVISQUI, E; VILLAMONTE, G. – “Apresentación de la Análisis Factorial de

Correspondências Simples e Múltipla”. Seminário De Métodos Estatísticos Multivariados Aplicados Ás Ciências Humanas – PRESTA, Campinas, 1997.

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JANNUZZI, P. de M. - “Aspectos Metodológicos da Construção de uma Escala Sócio-Ocupacional para Estudos de Mobilidade Social”. (s/d). Mimeo.

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Referências

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