DO
LA
BO
RATORIO DE ECO
L
OGIA APLICADA
DO
,
INSTITUTO UNIVERSITARIO DOS A(:ORES
3
Ecologia e
Metodqsde
Combate,~"horn-lty,"
ffaematobia (Lyperosia) irritans t.
(Dipiera, Muscidae)
GIL FERRAZ DE CARVALHO
Bi61ogo do L. E. A. JOSE GUEDES Tecnico dB Entomo]ogia do L. E. A. AZBRICA PONTA DELGADA AC;:ORES 1977
-"
AGRADECrMENTOS
Eate estudo roi realizado no Labor~t6rio de £colog1a
A-plicade de Universidad~ dos Acores, e~tre Outubro d&~ 1976 e Maio
Qe 1977.
Eate trabalho foi parci~lmente subsidiado pele Comiss~o
Naclonal do Ambiente, palo Programa Pecu~rio dos ACores e pela Se
cretaria Regional do £quimento Social e Ambiente.
A Comiss!o Nacional do Ambiente incluiu ests linha de
trabalhos no seu programa de e8tudos ecoldgicossobra as A90res.
A toda8 assas antidadea renovamos a expresa~o do nosso
[COlOGIA E MeTDOOS DE COMBATE ~ "HORN-FLY"
POR
GIL rER
RA
Z DE CARVALHO
Bi61GQo do L.E.A.
JO'3[ GUEDES
T'cnicG ds Entcmolagia do L.E.A.
A introdu~~o da l3f;p~cle "~aeA'iatobia" (Ly,pf!Fcsia)
ill.!.-tans, L~, esp~cie per-tencente ~ familia Muscidae, sub-famIlia
§,t.O,1!'9 .. x:tcti-'!'l~,~, 1i8\ ;;'"-1') ~,:1d I~I;{ ·t~8 ~
rllitiva.mentlj
f~t')gntl,t oQll/lndo t a 1:' addu .i,n;'c J i(\>1 qV:i;.li').:!,\ ,:,:: int111l1fi oanrlogr 111.;10 lIuntU,a.l., em Clon ...aeQuAncll da
U~ ~~~0~0atr.r.Q0
~411Q •mal!timo
8n'l~ QI E'ta~d~a Unida~ ~ ~ £Y~Op8 (19~1~194'), 1m qUI q~lm ptl111~d~. Domo
'lIaoel~., ~Ml j JJi~SI ,d~:)~'1~;;£1 A'tquipf.Ll.'Qo I t'" a.~.a1~l~' amrOllortl!Ut
de S21nt~ Ma~ill.t t; L,e~,'.f<?.,
£:llt t,l1I ~.'L: t;~~ C' i);:':~~~ tdlil vylgarmonte palm "l'Ull'n .. f 1)," mOl"
o!! dOl oo~'riG~i. /10;;;'3 (J"':,:J·:qd" de 1:onl 3ntISmica 1m qUIli .e 100a11 .. Z$ de p~(fJf'lln1~fli{~.t'iA'-}fJ !lwd p'3\ t (billa dtuJ orJrnoll) ... , '01 introdyzid.
nos EilltadQ~ UI'i:;d(J~ \1inid.,?\ I'b F:u1"apli!l!
Ref( renci.d~ pall pllmQlr~ VIZ
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t:t'ava-a~ 0(',1:1\;'-111011 i~\7H'il,~ n i~ljntiruH1t~ dl.dllt Q Ctan~d. IQ reIHl' •desda ""~$$aQhu"$~tiJ t181 r'Ie,!"1 t~nh~lIJ Rooho'.$ ~ 81Qundc dado.
"ot'n.U
dOl palQ
D.part~mQnta d~ Enta~ologiadOl SlrviQoa de
AQ~ioultYr.doe Eltadoe UnictQI d8
A~'r1g~.Vinda da
Am~~J.c.ou do Europe,
.nQontr~une.t,
A~quipi1890 cond~Q~0G drt!m~~ pm~~ a !UO 'i~.910.
E.t.
Arquip.llgo
_n-contra-•• nit,Ij)J1do a. lJ!il(jl lutj .. tude norte apfo)(illUlda dill j a g . 'D·
no Ocoane At18ntl
cQ, poolulnd~urn clima temp.rode com
temp'flt!
raa m'dis$
~hY~iAd@
Inve~no 8ViraG
r.,pect1v~m.Nt.de 1,QC
•
2,ac • eendo
~m6d!ft da
hum!d~derel&tiva
de 7' •
77~,Eat~~
cQndiQijas
.11ed~e•
naG
IKiet6noia d.
CDnOO~f.nt.a nem
dQ outrou
opol1tars~natural.
per.Lt1ram
uma
8~pDn.ID.,
-psotacul~r,tipo
.~p~n~Bomm
".~noh.dl
dleo".
Para
qu~ U~ ~nlmalde •••
~.o1••
p,ou'rl ••
pOI.a.oa-trar
0.eu potonoial
.~x1molob
0ponto
d.
vi.ts
zoot.cn1co
e J e
-dequado tanto quanta possivel, haver~ rotura nesse equilibrio
bi-oldgico logo que haja, por exemplo, a introdu~!o 9x6tica de um
e-lemento que actue quer directa quar indirectamante no equilibrio
estabelecido.
A base econdmica 8ssencial dos A~ores ~ a cria~lo de g~
do boVino, para a aproveita~ento de carnes B· inda8tria~ de
lacti-cinios.
A "horn-fly" ~ u.s Bsp~cia hemat6faga, na qual ambos os
sexos 8ug8m 0 sangue do gado, se bam que nlo seja significativa
para eete a parda de sangue por SUC910, pois cada insecto Buga em
m~dia 1,71 ~g/dia. (ANNAND, P.N. - 1941)
A "horn-flyU com aa suss picadsa provoca irrita9~o,
al-terando 0 sistema nervoso do animal e consequentemente alguns
as-pectos flsio16gicos irlo sofrer modifica9~e9.
Podemos assim formular as seguintsB vias de ac~!o da
"horn-fly":
(1) -
Picada Irrita9~o Altera;!o Fisio16gica- DIMINUICAO DE PRODUCAO DE LEITE - + ou - 15%,
(HERMES
&
JAMES - 1960).{2) - Picads Irrita9!0 - - IMPOSSI8ILIDADE TOTAL
DE EXTRAiCAO DO LEITE
(Deve~os dentro deste ponto referir ums co~um mas significativa frase por nds registada durante as obasrva9aea de campo de urn lavrador B90reano;
H • • • AS MOSCAS 08RIGAM A VACA A RECOLHER 0
- 4
(3) Pieada Irrita.;lo Tentative para axpu1
-ear insecto--- Paragem a1imentar PERDA DE PESO
POR OrA 250 gr. (HERMES
&
JAMES - 1960)(4) - Picads - - - Prt1ridos intensos - - - Esearas profun
das foeDS DE DDENCA NO ANIMAL
32% dae infa8ta.;~es por vermes no animal a~o ra-sultantsa de feridas feitas no. animal pela mosca.
(PARISH, H.E. - 1942) •
(5) - Picada - - Prdridos intensos - - Escarss profu!l
dae - - - focos ds contallins.;lo - - DDENt;AS NO HO MEM.
A horn-fly made de 3 • 5 mm de comprimento. As antenas
e os pa1pos al0 gsralmanta nagroe ou da um castanho carragado.
Os balancairos s!o a~aralados. As patas slo nagres ou
da um caatanho carrsgado. As tIbiae posteriores aprssentam uma
longa 8sda prdapical, os tarsos dSB patas postariores do macho
a-prasentam-ee dilatados em triAngul0 e a base dos art!culoe
tar-sais d dentaads com u~a longs seds lavantada. (figs. nas. 1,2,12,
13,' 14, 15, 16, 17, 18 e 19).
CICLO DE VIDA
===:.:==:======
fig. 1
fig. 2
figa. 1 B 2- Aspecto dB concentra;!o de "horn-fly" B
Fig. 12
j
"',
":"
.*:,
.,., ~" .. , .. .~. Fig. 13Fig. 12 - Armadura genital masculina (vista dorsal) ampl. 100 x. Fig. 13 - Armadura genital masculina (vista ventral) ample 100 x.
Fig * 14
',:"
',:.> . I , :,.:.'
:',"
Fig. 15
Fig. 14 Placas genitais femininas (amp1iada 100 x)
Fig. 17 fig. 16 Fig. 17
. "7!"!'
"-
.~., .\A fig. 16Pa~a pos~erior ~ (amp1iada lOOx)
- Pata posterior a',notando-se os segmentos' dos tarsos em triAngulo(ampl. "lOQx) •.
fig. 18
fig~ 19
fig. 16 Ass. ~ (empliadas 20 x)
5
-AS avos s~o depositadas pela fAmea eobre a esterco fres
co. Mede~ 1,3 a 1,5 mm de comprimento e eclode~ 80 fim de 20
ho-ras a urna temperatura entre as 24 e 26QC. A temperaturas
inferio-res 0 seu desenvolvimento ~ retardada au mesmo paralisado, morren
do as ovos par desseca;!o. (MONNIG, H.D. - 1947). (Fig. ng • 3).
2 - LARVAS
As larvas penetram no esterco e alimentam-se nela
cres-cendo at~ ~ sua ~aturidade em 4 dias, ~ temperatura m~dia de 27Q.
cent!grados.
As temperatures inferiores prolonga~ considerave1mente,
a seu desenvolvimento, sendo 8S temperaturas e1evadas igual~ente
-desfavor4veis.
Igua1mente ~ indispens'vel uma m~dia de 70% de H.R. ce~
sando 0 desenvo1vimenta Quando a humidade baixa aos 50%. (SOULSBY
- 1968). (Fig. n!:l. 4).
3-~
As pupas encantram-se no solo debaixo dos mont~es de es
terco au em seus arredores, a cerea de 3 a 4 em de profundidade. Requerem aproximadamente a mesma temperatura que a
lar-va e tamb'm se ressentem quando a secura ~ exeessiva.
A fase da pupa requer de seis a oito dias (HERMES &
JA-MES - 1960).
Fig. 3
Fig. 4
Fig. 3 Ovo (ampliado 100 x).
... ----OVO--HR 70% I I I 20 horas I I I J I I
,
•
I---~~--- AOULTO ~---~--~---~---temp. 27QC. - 29QC. LARVA--HR 70% 4 dias PUPA--HR 70l~ , 7 dias .. IS
---1
___ • ..J00 exposto se deduz que Bsta esp~cieest~ adaptada a
certos limites de temperatura e humidade e que pode ~iVBr
abmen-te em clima abmen-temperado e h6mido, eetando a sua distribuic!o
limi-tada em parte par estes pa~amet~os.
o
adulto ~equer ainda para a sua exist~ncia normal umaprecipitac10 anusl minima de 50 mm e uma temperatura m'dia de 22
g~aus centigrados.
As moscas n!o mostram tendAncia para voar e permanecem
sobre a psle do hospedeiro durante v~rioe dias, alimentando-se
em intervalos ou pondo ovos nas fezes muito frescas.
o
movimento das aaaa em excesso diminui a ovoposi~!oinc1usivamente, eatudoB feitos (OOBSON - 1969) mostram que uma
ve10cidade de abastecimento alar de 10Km/h tem efeitos adversos na ovoposiO!o podendo m8smo par6-1a.
As rOmeaa ovopositam tanto de dia como de noite.
o
tamanho e a viscosidade do est~ume tem efeitodire-cto no n~maro de eclos!o do adulto.
7
-Qlo aecura e outros co .. colora~lo clara; verifica-8eque os
eecu-roe elo depoaitados primeiro, havendo u.a ovoposi~lo total de 80%
ascuroe e 20" claros. No antento a fertilidade B a proporQlo dos
sexoa • a mea.a para todo. oa avos. Oa cada Bxcra~anto naecam em
.ddis cerea da 150 adultoa do. quais 56% slo fAmeas. (MOHR.C.D.
-1934 ).
Conatatou-8a ainda que a lacalizaQlo de mosca no gado
nlo se faz du~a .aneira uniforme. ASBi., os .achos localizam - Si
nor.al.snte na8 patas e canalas e
a.
fe.sa8 em outras pontos dQanillal.
Eate facto ~ bastante importante 'p.oia quando dos trata ...
mentos 8ani tilri08 satss. poderlo apanaa incldir.nellte8 pontos para
8e eliminarsII 08 machos a eli.inados estaa a praga aar,ta control~
d'a.
Aliado a este ponto
h'
a considerar que a absorQio do1naecticida pelo animal sar. pratica.ente nula avitando-s8 a8s1111 res!du08 no leita.
NotamoB ainda qua 8 cor do 8nimal te.-influlncia para a
ataqua d~ mosca, s8ndri a gada de cor aecura IDaia atacado que a g!
do d. cor clara. HASEMAN (1921) d.t.r.inau qua a d1farenQa am pel
"
centag •• , era de 50%. (figa. nas. 5, 6, 7. 8. 9 • 10)
N~VEAU - LEMAIRE afir.au Qua a "horn-fly" atingiu no
C,
nad • • • ·1892 UIR deBenvol'li.anto tal que as bovinos fiears" 96 cQIIpal. ,.01180. nouva total elia1naQao da produQlo dB Leite.
o
Departa.anto Agr!cola dos Estado. Un1do8 da AID~ricaI.
rigs. 5, 6, 7 - Alguns aspectos de colheita de adultos no animal
hospe-deiro e recolha de ovos a
larvas nos excrementos.
Fig. 6 Fig. 7
Figs. 8, 9, 10 - Alguns aspectos de colheita de adultos no animal hospe-dairo.
Fig. 9 Fig. 10
a
-de 7 160 000 000$00, duuaadoe pele Rborn-fly".
limitando~nas aoenas a S!o Miguel, B entrando unicaman
.
-te cam a par~matro horn-fly podsmos estimar em n~meroB redondoe alguns valoree de produ~~o que sa deixam de obter na criaolo de gada ..
par dadoo farnecidos pela Intend~ncia PecuAria, exis-tam em Sao Miguel 45~OOO vacas leiteiras e 30.000 vitelos para carne.
Considerando que a horn-fly actua mals profundamente durante as mesas de Verlo (Junho, Julho, Agosto e setembro) e e-fectuando alguna calculo3 simples constatamaa as seguintas rssul tados:
4 masaa ~ 30 diss
=
120 diasm~dia de prOQuQ6o de leits vaca/dia
=
10 litros 120 diae x 10 litros=
1.200 litros/vaca/4 messs45.000 vacas x 1.200 litros
=
540000.000 litros leita//4
messs540000uOOO litroa leite x 6$00 (litro/leite)
=
324mi-Ih~es de esoudos/4 masse
Eate ~9 am ndmaros aproximados, a valor pr4tico de pro
duC~o de leits durante aqual~s 4 mesas. Existam v~rios
parame-tros qua influenciam 0 valor 6ptimo ts6rico, tais como! relao!o
entrs 0 n6meI'o de caba98s de gado/~rea ds pastagana e tipo ds
paatagene, etc p ..
A ~horn-fly~ • U~ dos par6metro8 importantaa que
In-fluenc:ia a c:apacidado de produ910 le!tail's.
Considarando as percentagen. .!ni.as dB abaixamento de
produ~!o - 15% (HERMES
&
JAMES - 1960) obtemos para Slo Miguel 86 na prQdu~&o de leita durante 08 4 .e8e$ de Verio 0 valor est!s
-mado de 48 500 OOOSOO de baixa de produg!o§ Anota-se que 8ste va-lor n!o foi determinada pelo vava-lor m!ximo ta6rico, mas aim
valor pr~tico.
pelo
Eate percentagem poder6 ser ampliada se n~o S8 proc8de~
a um etaque geral desta praga, pois dar-se-~ um desenvolvimeDto
sem controlo podendo atingir a que acontac8U em 1892 no Caned~.
Par outro lado 8xistem em S!o Miguel 30.000 (trinta mil) vitelos para carne, valor que acrescido dos 10% normais de leite!
ras para abate (quatro mil e quinhentas laiteiras) perfazem um t~
tal de 34.500 (trinta e quatro mil e quinhentos) animais para aba
te. Aesim,considerando 0 peso m~dio por animal igual a 200 Kg
ha-ver~ um total de 6.900.000Kg.
Sendo 0 pre90 de carne/Kg. superior a 70$00, haver~ um
valor total que na pr~tica rondar~ as 483 milhBes de escudos.
Quando do ataque da "horn-fly" haver~ uma diminui9~o
m!
dia da produ~!o de 250 gr. de peso por dia.
Ora se
250 gr. x 120 dias
=
30 Kg.34.500 animais x 3D Kg
=
1.035.000Kg.1.D35.000Kg. x 70$00Kg/carn8 • 72 milh~e8 e 450 mil
es-cudoe.
Em suma os prejuizos totais de produ9~o leiteira e de
carne, atingem te6ricemente 0 valor de 121 milh6es e 50 mil eecu
dOB durante 08 meses de Ver30.
Segundo relat6rios recebidos das diverses Intend0ncias
al-- 10
-gurnae campanhas contra a "horn-fly", as quais tiveram car~cter as
porddico, sam extens!o nem continuidade, pois limitavam-se a
pul-veriza~aes em determinados locais de concantra~~o do gada tais co
mo; feiras, bebedouros, atc,. Os produtos utilizados sram a DDT,
GAMATOX, CIODRIN a ASSUNTOL.
Nas saidas de trabalho de campo fomos informados da que
ultimamente nada se tam feito sobre a "horn-fly". Assim, ~
eluci-dativa a resposta dum agricultor a~uando da nossa pergunta:
- Qual ~ 0 produto que ut~liza para afugentar as
mos-cas?
- "Eu nao usc nenhum r8m~dio, 86 as senhores ricos
que fazem tratamento ao gadon •
Registamos esta frase para que quando de futuro se ate~
tar numa campanha real e efectiva, eata ter6 que ser gera1, tendo
que haver orienta9~o dos SBrvi~os Pequ6rios e a colabora9!o de to
dos as Entidades que passam directa ou indirectamente participar
nesta c61Jtpanhaa E: 6bvio" que eata situa~tio s6 poder6 ser alte-rada
com a montagem de una servi~oa eficientes de extens~o rural.
Urn n~maro elevedo de agricultore8 usa 0 Sheltox, para a
fugentar as moscas, em especial na altura de extracytio do leits
para acalmar 0 animal.
No entento n!o sabem qual a composi~!a do masmo e quais
'os seue sfei toe Bscundl!rio3.
Podsmoe refor~ar este ideia com a resposta de urn
agri-cultor aquando de nossa psrgunta: "Saba a que ~ 0 Sheltox?"
HO Sheltox ~ um produto da SHELLH
o
produto Sheltox encontrs-se ! venda sob a forma de a~11 -que indicamos a esguir.
Sob a forma ds:
(1) - sol, aparacam na sua composi~~o qu!mica
desti1a-dos de petr61eo na percentagem de 17,71%.
(2) - ligu!do, exiatam 99,58% de destilados de petr6-leo.
Segundo (R£JAN
«
fREEBORN - 1936) hi perda de leite de22% quando 0 apray usada tem por base 0 petr61eo.
Dutro produto usada ~ a Malathion. Tar-se-a que tar em
considara~!o que quando utilizado em percentagem de 10% deixa r~
s!duos no leite. No entanto quando eata parcentagem ~ de 4% n~o
aparecem aqueles residuos. (GOULDING, TERRIER£ - 1959)
Poder-se-a usar a fanotiazina, adminiatranda-a ao gado
na propor~!o de 0,1 gr/Kg de peso do animal. Esta produta svita o deeenvolvi.ento dos ovos de horn-fly nos excrementos.
Os Bxcrementos n!o sao arectados 8t~ 7 horas depois da
ingestWo de fenotiazina (KNIPLING, E.F. - 1938).
Poder-ae-6 pulverizar com um pesticide organo-fosfora-do De axcrementos, evitanorgano-fosfora-do assim a eclos!o das moseas. Naste ca
eo haver6 6nieamente que ter e~ eonsidera~!o que os organo4fosf~
rados 86 s!o hidrolis4veis 80 rim da 21 dies.
s~o:
Os trls m~tod08 gerais de aplica~!a de insecticidas
(l) - Aerosol-base principal ~gua au petr61eo.
(2) - P6-base principal um p6 fino 8 seeo (talco,
cau-lino, oinza vulc8nica, etc.) (3) - fumos-aplieado como urn g68.
A eseolha e aplica~~o du~ insecticida para controlo d~
00-mo:
(1) - 0 cicIo bioldgico (2) - A eco10gia da praga
12
-(3) - A re1a;10 entre a popu1aQ10 da praga e 0 PTBjU!ZQ econdmico causado
(4) - 0 ~fBitD do insecticida na praga e no animal hos-pedBiro
(5) - 0 tempo prdprio de aplica9~0 para evitar tes!duos
preJudiciais, protegendo-se assim os insectos po-1inizadorB8 e outros auxiliaras bioldgicos.
Muitos insecticidas 8~O vio1ent08 VBnenos para 0 homem
e ani~8is. PodBr-Be-~ pensar na introdu;~o ds cartas eves, tais
como: - Galarida cristata - cotovia e ~uscicapa striata - papa
moscas, para controlo da "horn-Ply" e esp~cies afins.
No entanto, ter4 de se stender a estudos Bco16gic06
TAm sido utilizados ultimamente como controlo da
horn--fly cartos cole6ptsros da famIlia dos Escarabe!deos (
BORNEM!S-SZA -1976) que provocam urn abaixamento de 20% do nIvel populaci~
nal da "horn-fly~ quando introduzidos nas pastagens, aliado
ain-da ao facto deate8 Buxiliarem uma melhor aduba;§o dos terrenoe. Em publicB9!0 posterior e na sequftncia dos nossos
tra-balhoB Paremos refer~ncia mais datalhada s este processo de luta
bio16gica.
Sa considerarm08 os variados m~todos actualmente utili
zados no combate contra este insecto, chegamos !I conclus?!o que
ainda e~tamos longe ds dispor da meios de ac;§o que nos permitam"
actuar dum modo decisivo.
13
-verBo ser adaptados ~s circunatAncias, tendo em conta n!o 86 a
E-cologia a~pacial ~eate insecto, masainde as caracter!sticas do
lIeio. Eia a razeo pGrquv duma maneira gar81, noa devemos mostrar
8cl'ticos ae aaaaJarmDs atingip os objectivos ;oec18l1e[los.
Apeear de se lutar com falta da mei08 t~enicos devidos
I
em parte • faaa de instelay!o do Laborat6rio, alga ja se tem
fei-to para ~ estudo laboratorial ds H. irritans, L.
i
ror&m reelizadas colheltas de insectoa a de 8xcrementoa
em diferantaa partS's da Ilha (rig. nRll) e transportedas para 0
laborat6rio.
T'~ sido observados as tsmpos de ec10alo dos ovos bem
coso 0 88U e.tudo an8to~0 morfo16g1co. (fig. nU , )
Te~ havido grande dif1culdade em se encontrar um meio ~
limentar para eate insecto. Os ensaios afactuadoa incidiram sobra
(1) - Ums diete artificial co_poata POl':
- Polpa dB canado ac4car
- Plaeaa dea1dratado de bovina ~ 8ic~bornato de a6dio
- Agua
(2) - A utilizaQ!o de u. aniaa1 vivo, POl' exempla, .uma
cobaia, qua previa.ente BV ter~ da aAeateeiar com Nembutal a
0,'_
ou aaja, 0,3 a9/al (podellloB usar atd 1 aI/Kg animal vivo).
(l) -Mstodologia Rara all_antaclo ea laborat6rio de
in
sectos hBmat6fagoe.
Aa .Gecas ala colocadas e. caixes de talas, ~ temperet~
pa-J
....
.,-olE:.{
-.
..
:,.e
A
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I
-i
it
sf.J
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J
~ -4']
Q ~Jf?~
.J
f
-4•
c;q:'"
tJ ~ ::iii!!'!"IIIIIr(--•
~14
-no eecuro, ~ 8xcep~!0 du~ quadro de 10 c8nt!~etros d~ lado ria pa~
te superior onde se ooloca uma lAmpada de 40 watts.
Colocam-se frente l 'rea iluminada pipetas providasda tetinaa de 1 mm de sspsasura contendo os meios de cultura de for-ma que a mosca atra!da pela luz se aliments.
PERSPECTIVAS rUTURAS
===== •• =============
Iremos iniciar corn um lote de vacels, cedido por um agri cultor de. lagos, enssios sabre:
- os efeitos de insecticidas e SUBS doses
-
as mlHodos de combate adequadosEsta fase suceder-se-~ 21.0 estudo em labotat6rio dos
e-feitos dos pesticidas.
Para atingir 08 n08S0S objectiv~s desenvolve-s9 neste
mo~ento uma coopera~!o com a Universidade do Kansas e 0
Departa-mento de Agricultura dos Estados Unidos da A~~rica, prevendo-sea
especia~l~e~~o de urn investigador em tdcnicas de oontrolo bio169!
co da Ahorn-fly", incluindo possivelmente a esteriliza~!o de
ma-chos por r4dlo-isdtopoa.
CONCLUStiES
========s=
1 - Haematobia (lxperosis) irritans, l • • uma praga do
gado nos A~ores.
2 - A sua lntrodu~Uo neste Arquipdlago tanto pode
ter--se dado a partir da Alilhica como da Europa ou 8t~ ter as duas
0-rigen8.
- 15
-'oram estudedoe nas suas llnhas gerais. Est~ em curso urn estudo e
co16gico de campo e de laborat6rl0 tendente a determiner as cara cter!sticas deata praga na sua adaptac!o espec!fica aos Acores.
4 - Fez-se urn pri~eiro esboco cartogr~fico de distribui
~!o populacional d~ »horn-fly" na Ilha de S!o Miguel. Para al~m
da conclus!o deste eeboQo, sst~ previeta a execuQ!o de mapas idAn
tieos para todo 0 Arquip~lago.
5 - Os estudos efactuados provam que a "horn-fly" e
ea-p~ciss afins dever!o estar a causer preju!zos na rentabilidade de
laita a. Sio Miguel, da ordem dos 45 a 50 ~il contos anuais.
6 - Os prejuizos causados por astes d!pteros ns produ-C!o de carne dever!o orear pelos 70 a 75 mil contos anuais.
7 - Numa pri~eira aproximaQ!o apercebemo-nes de qus as
medldas ds centrolo quimico utl1izadea n!o ta. tide em
considera-O~o bass8 eco16g1ca6. Um exemplo ~ 0 do uso de pesticides do tipo
aerosol ou de pesticidas liquidos ~ base de dsstl1ados de
petr6-leo, que podsm provocar abaixamsnto de 22% ne produO!o de leite.
8 - Rassaltou dos primeiros trebalhos de campo, a nece~
sidade ds estabalecimento imediato duma extens~o rural efectiva e
continua junto do lavrador, j4 que mesmo oe lavradores evoluldos nlo m08tram urn conhecimento minima dos produtos que empregam.
9 - Os m~todos de combats dever!o tamb~m ssr enceredos
num ds lute integrada, com 8S interveno~es quimlcas localizadas
na 'poce das primsiras eclosaes de Verlo da "horn-fly" e SSU8
e-fins (_As de Junho).
10 - Penaa-ae que a utilizaclo de mdtodos de lute bioJ.6·,.,. giea, tais como a utilizaolo de Cole6pteros copr6fagos da familLa
dos Escarabeideo8 e de t~cnicas ds largada de ~achos
- 16
-controlar eata praga dum modo maia efectivo do que em outras
re-gi~es, par sere. favoracidas pele inaularidade.
o
programa de trabalhoe neste campo proBsegue s pensamoB publicar um eatudo completo da "horn-fly" e outr08 d!pteros no Ar~quip~lago dos Aoorea, logo que esteJam reunidos mais elementos.
Deve tar-se em conta que seta primeira aproximao~o foi prejudicada pela faae de instala9!o do I.U.A., que tornou dif!eil
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