Universidade
de
Évora
Mestrado
em
Economia
Vertente
de
Economia Regional
Dissertação
de
Mestrado
Capital
Intelectual
e
Território:
Um
estudo de
caso.
Uma
anáIise
às
páginas
de
Internet
das
Câmaras
Municipais
Portuguesas
Apresentada
por:
Sandra Isabel Rodrigues Bailoa
0rientação
Prof. Doutor Paulo Resende da Silva
Evora
TIE
Capital
Intelectual
e
Território:
Um
estudo
de
caso.
Uma
análise
às
páginas
de
Internet
das
Câmaras
Municipais
Portuguesas
Dissertação apresentada à
Universidade de Évora
Para a obtenção do grau de
Mestre em Economia
Orientador
Prof.
Doutor
Paulo Resende daSilva
Évora
,4tl
qqr,
Agradecimentos
Gostaria de começar por lembrar
a
aceitação do Prof. Paulo Resende da Silva para meuorientador e, nessa qualidade, se
ter
disponibilizado para esclarecer quaisquer dúüdassuscitadas
ao longo
da
elaboraçãodo
presentetrúalho,
assim como,
pelo
apoioincondicional demonstado deste o primeiro contacto.
Um
agradecimentomuito
especial
à
minha
família
mãe
e irrrã,
pelo
incentivo,compreensão e motivação prestados ao longo deste período.
Gostaria,
ainda
de reconhecero
apoio e motivação de todos os colegasem geral
da ESTIG.Resumo
Nas economias de hoje verifica-se uma crescente importáncia dos factores intangíveis e
incorpóreos, como o capital intelectual, no desenvolvimento de vantagens competitivas.
O capital intelectual tornou-se numa importante fonte de riqueza paÍa as organizações e
territórios.
O capital
intelectual, conhecimentoe
informação sobreo
território
que as autarqúasdisponibilizam
nas suas piíginasde
Internet podecontibuir.para
o
desenvolvimentolocal.
No
âmbito dolocal
e-government os websites das câmaras municipaiscontibuem
parao
processo
de
mudança
na
administração
local
no
sentido
da
modernização edesburocrati zação dos seus serviços.
Desta
forma,
a
avaliaçãodos
seus conteúdoscom
ênfaseno capital
intelectual
éimportante para a sua melhor gestão.
O
presente estudoteve como objectivo principal
fazer
uma
avaliação
do
capitalintelectual
das páginasde Intemet
dosmunicípios, pela
aplicaçãode
um
modelo deIntellectual
capital
and
Territory:
A
case
study.
An
analysis
of
Portuguese
City
councils web
pages
Abstract
In
today's
economiesan
increasing importance
of
the
intangible
and
non-materialfactors is verified, as intellectual capital, in the development
of
competitive advantage.Intellectual capital
becamean
important
sourceof
wealú for the
organizations andterritories
Intellectual capital, knowledge and
information
on theterritory
that the autarchies havein
its web pages can contribute for the local development.In
the scopeof
thelocal
e-government, websitesof
thecity
councils contributefor
theprocess
of
change in the local administration, in the direction of the modernizationof
itsservices.
Of
this form, the
evaluationof its
contentswith
emphasisin
the intellectual capital isimportant for its better management.
The present study had as main objective to make an evaluation of the intellectual capital
Índice Geral
Agradecimentos Resumo Abstract Índice de figuras Índice de gráficos Índice de tabelas Introduçãol.
A
Terciarizaçáo,localização e transformação dos espaços económicosl.l.Principais
temas, teorias e autores da economia espacial e regional1.2.O
território
e a crescente urbanização1.3.4 localizaçáo das actividades económicas no território urbano
I .4.A localizaçáo das actividades terciiírias
l.5.Movimentos de
localizaçáo das actividades económicasna tansformação
dosespaços urbanos
1.6.0 papel das autoridades locais na gestiÍo do
território
2.Capital intelectual e
território
2.l.Capital
intelectual, conhecimento e activos intangíveis2.l.l.A
Sociedade da Informaçáo e aEconomia doCoúecimento
2.1.2.0
capital intelectual: definição e principais autores2.l.3.Conhecimento, gestão do conhecimento e gestiÍo do capital intelectual
2.1.3.1.0 conhecimento e a.gestâo do conhecimento
2.1.3.2.A gestilo do
coúecimento
no sector público2.1.3.3.A gest2Ío do capital intelectual e a gest2Ío do
coúecimento
2.1.3.4.Os activos Intangíveis e a sua avaliação
m
TVv
XI
XIII
xry
I
5 5 9 11l3
t6
18t9
l9
t9
25 27 27 32 34 362.I.4.Modelos para avaliar o capital intelectual
2.l.4.1,.Modelos populares a nível empresarial
2. 1.4. l. l.Skandia Navigator
2.l.4.l.z.Balanced
Scorecard2.1.4.1.3.Írúangible
Assets
Monitor
-
Monitor de
ActivosIntangíveis
2.l.4.2.Mode1os de capital intelectual a nível do sector público
2.1.4.2.1.0 modelo de capital intelectual para
o
sector públicode Bossi, Fuertes e Serrano (2001)
2.1.4.2.2.0 modelo de capital intelectual para
o
sector públicode Queiroz (2003)
2.l.4.3.Modelos para avaliar o capital intelectual com ênfase
tenitorial
2.1.4.3.1.0 capital intelectual de um
território
2.1 .4.3.2.Ic-Navigator paÍa as nações
2.1.4.3.3.T\e Intellectual Capital
Monitor
2.1.4.3.4.CICBS:
Cities'
Intellectual Capital
Benchmarking System2.2.Capital intelectual e o desenvolvimento dos territórios
2.2.1.A influência das
TIC
na gestt[o dostenitórios
2.2.2.Aplicação das
TIC,
conhecimentoe
capital
intelectualna
gestilo dosterritórios
2.2.2.l.Cidades e Territórios do
coúecimento
2.2.2.2.Learnng Regions e Sistemas de produção
tenitorial
2.2.2.2.1 .Sistemas de produção
territorial
2.2.2.2.2.Meio inovador
2.2.2.3.Sistemas de inteligência competitiva
2.2.2.4.Amemóriainformacional
dotenitório
e oSTACM
2.2.2.5.Cidades e Regiões Digitais e Cidades e Regiões Inteligentes
2.2.4.0
Programa operacional paraa Sociedade doCoúecimento
-
POSC
1053.Exemplos
de
aplicação
das
TIC,
conhecimentoe
capital
intelectual
na
gestÍ[o
dosterritórios
2.2.2.7.Comnrdades
Virtuais
e
Comunidades
de
Prática
eComunidades Globais
2.2.2.8.Comtrudades Elechónicas de Negócios
2.2.3.Aspectos relevantes
na
construçãode
estatégias
territoriais para
asociedade do
coúecimento
97 100l0l
108 108 109 113 116 119 120 136 138 138 139t4t
142 145ls0
151ts2
154 157 1633.1.O CICBS e a gestê[o do capital intelectual no município de Mataró
3.2.Kognópolis
3.3.Cidades e Regiões Digitais em Portugal
3.4.O capital intelectual
naUnião
Europeia4.Metodologia de Investigação
4.
l.Critérios
para construgão do questionário 4.2.Amostra objecto de estudoS.Tecnologia da informagão, Intemet e websites
5.1.A tecnologia da informação como suporte á gestâo do
coúecimento
S.2.Classificaçáo das ferramentas de gestão do conhecimento
5.3.Os websites: características e funções
5.4.Os portais corporativos
5.5.Os portais corporativos e o capital intelectual
5.6.0
e-government5.6. I .Benefícios do e-govemment
5.6.2.8stágios no processo de e-government
5.6.3.Barreiras que se colocam ao desenvolvimento do e-government
5.6.4.Sugestões para um e-government de sucesso
5.7.Os websites das câmaras municipais e o local e-government
s.g.Instrumentos de avaliação das páginas Web nas Autarquias em Portugal 5.l0.Estado da arte na avaliação de páginas Web com ênfase no capital intelectual 6.Análise aos resultados do questionário para avaliação do capital intelectual de páginas de
lnternet das Câmaras Municipais
6.1.AnráIise ao Ranking Geral de Capital Intelectual
6.2.Análise ao Ranking Regional de capital intelectual
6.3.Análise comparativa com os resultados de Santos, Amaral e Rodrigues (2005)
6.4.Análise por nível de maturidade
6.5.4nálise por dimensão
6.6.4nálise aos elementos de capital intelectual
6.6.1.Capital Humano
6.6.1.l.Capital Humano
-
Análise ao Ranking Regional6.6.l.2.Capita1 Humano - Análise por nível de maturidade
6.6.l.3.Capital Humano - Análise por dimensão
6.6.2.Capital Estrutural
6.6.2.l .Capital Estrutural
-
Ranking Regional6.6.2.2.Capital Estrutwal - Análise por nível de maturidade
6.6.2.3.Capital Estrutural - Análise por dimensão
6.6.3 .Capital Relacional
6.6.3. 1 .Capital Relacional - Ranking Regional
6.6.3.2.Capital Relacional - Anrflise por nível de maturidade
6.6.3.3.Capital Relacional - Análise por dimensão
6.6.4.Transparência
6.6.4.1 .Trarrsparência - Ranking Regional
6.6.4.2.Transparência - Anrálise por nível de maturidade
6.6.4.3. Transparência - Análise por dimensão
6.7.4nálise por Câmara
Municipal
169
t72
173 173 174 176 177 179 180 180 184 185 186 187t9t
192 193t94
201 203 204 205 2092tt
212 214Conclusão
Referências Biblio gráficas
Anexo
I
Anexo 22t5
219 228 233Índice
de
Figuras
Figura
l:
As grandes etapas da evolução da economia espacial 1800-1950Figura
2:
A
ciência
regional
1950-1975(principais temas
e
autoresanglo-sarónicos
efrancófonos)
Figura
3:
A
ciência
regional
1975-2000(principais temas
e
autores anglo-saxónicos efrancófonos)
Figura 4: Inovação e desenvolvimento territorial: principais teorias interpretativas
Figura 5: Curvas de renda e utilização do solo urbano
Figura 6: Orientação geográfica das actividades de escritório
Figura 7: Fontes de riqueza económica
Figura 8: Factores críticos de mudança e competitividade
Figura 9:
A
pirâmide do conhecimentoFigura
l0:
O edificio do conhecimentoFigura 11: Estrutura da criação de Expertise - conhecimento especializado
Figura 12: Espiral de conversão do
coúecimento
Figura 13: Capital intelectual e vantagem competitiva
Figura 14: Principais modelos paÍa medir os activos intangíveis
Figura 15: Skandia
Naügator
Figura 16: Esquema de valor da Skandia
Figura 17: Amostra de indicadores de
CI
da SkandiaFigura 18: Balanced Scorecard
Figura
l9:
Monitor
deActivos
IntangíveisFigura 20: Balanço de
Activos
IntangíveisFigura 21: Exemplo de um
Monitor
de Activos lntangíveisFigura
22:Modelo
de capital intelectual para o sector público de Bossi, Fuertes e SerranoFigura 23: Modelo de capital intelectual para o sector público de Queiroz
Figura 24: Intellectual capital of nations
6 7 8 9
t2
t4
2t
24 29 29 29 30 36 45 46 47 48 505l
52 53 56 58 68Figura 25: Intellectual Capital
Monitor
Figura 26: CICBS:
Cities'
Intellectual Capital Benchmarking SystemFigura 27: Tipologia dos sistemas de produgão
territorial
Figura 28: Sistema
territorial
de armazenamento e construção damemória Figura 29: O valor do capital intelectual da União Europeia em 2001Figura 30: Níveis de matrnidade
Figura
3l:
Modelo conceptual para o relacionamentoFigura 32 : Fases de desenvolvimento do governo electrónico
Figura 33: Caracteriz.açáo das fases de desenvolvimento do governo
electónico
Figura 34: Modelo Metavisão
69 70 83 92
tt7
136 147 153 154r62
Índice
de
GráÍicos
G'ráfico 1: Notas de capital intelectual das págnnas de Intemet das câmaras mtmicipais
Gráfico 2: Resultados obtidos pelas páginas de Intemet por regiões
NUTS
tr
Gráfico 3: Notas em Capital HumanoGráfico 4: Resultados em capital humano por regiões
NUTS
II
Gnáfico 5: Notas em Capital Estrutural
Gráfico 6: Resultados em capital estrutural por regiões
NUTS
II
Griâfico 7: Notas em Capital Relacional
Gná.fico 8: Resultados em capital relacional por regiões
NUTS
II
Grá"fico 9: Notas em Transparência
Gráfico
10: Resultados em transparênciapor regiões NUTSII
174 175 182 184 189 192 196
202
206
210Indice
de
Tabelas
Tabela
l:
Relação do valor de mercado/valor contabilístico de algumas empresasTabela 2: Dados, Informagão e
Coúecimento
Tabela 3: Classificação dos activos intangÍveis no sector público
Tabela 4:Projectos apresentados
no
âmbito
da iniciativa
cidadese
regiõesdigitais
em PortugalTabela 5: Questionário
Tabela 6: Câmaras Municipais e respectivos endereços
Tabela
7:
Grelha
de
Avaliação Qualitativa dos
web
sitesda Administração Directa
eIndirecta do Estado (Tabela Resumo)
Tabela 8: Síntese dos resultados do estudo de Santos, Amaral e Rodrigues (2005)
Túela 9:
Ranking geral de capital
intelectual
de
páginasde
Intemet das
CâmarasMunicipais
Tabela
l0:
Resútados de capital intelectual de páginas de Intemet das Câmaras MunicipaisporNUTS
II
Tabela
ll:Comparação
entre
os
rankings
de
Santos,Amaral
e
Rodrigues(2005)
e
opresente estudo
Tabela 12: Resultados em capital intelectual por níveis de maturidade
Tabela 13
-
Resultados em capital intelectual por dimensão eleitoralTabela 14
-
Ranking de Capital HumanoTabela
15:
Resultados
obtidos
nas
8
perguntas
em
capital
humano
presentes noquestionário
Tabela 16: Resultados de capital humano de páginas de Internet das Câmaras Municipais
porNUTS
II
Tabela 17: Resultados em capital humano por níveis de maturidade
Tabela
l8:
Resultados em capital humano por dimensão eleitoralTabela 19 - Ranking de Capital Estrutural
Tabela
20
-
Resultadosobtidos
nas
8
perguntasem capital esfutural
presentes no questionárioTabela 21: Resultados de capital estrutural de páginas de Intemet das Câmaras Municipais
porNUTS
II
Tabela 22: Resultados em capital estrutural por níveis de maturidade
Tabela 23: Resultados em capital estrutural por dimensão eleitoral
Tabela 24: Ranking de Capital Relacional
Tabela
25:
Resultadosobtidos
nas
31
perguntasem capital
relacional
presentes no questionárioTabela 26 Resultados de capital relacional de páginas de Intemet das Câmaras Municipais
porNUTS
II
Tabela 27: Resultados em capitalrelacional por níveis de maturidade
Tabela 28: Resultados em capital relacional por dimensão eleitoral
Tabela 29: Ranking de Transparência
Tabela 30: Resultados obtidos nas 9 perguntas em tansparência presentes no questionário
Tabela
31:
Resultados de Transparência de páginas de Internet das Câmaras MunicipaisporNUTS
II
Tabela 32: Resultados em tansparência por níveis de maturidade
Tabela 33: Resultados em tansparência por dimensão eleitoral
Tabela 34: Melhores e piores resultados em capital intelectual
191 193 194 195 198 202 203 204 20s 207 209
2tt
2122t3
Introdução
O presente
tabalho
insere-se no âmbito do Mestrado em Economia da Universidade deEvor4
na
vertente
de
Economia Regional,
e
servede
baseà
realizaçáode
umadissertação subordinada ao tema
"Capital
Intelectual eTerritório:
Um
estudo de caso.Uma análise às páginas de
Interret
das Câmaras Municipais Portuguesas".A
investigação tem ointuito
de constituir umcontibuto
para uma melhor compreensãodos
contextos económicos cadavez mais
baseadosno
coúecimento
e
no
capital intelectual.Pode constatar-se que as economias
em geral
sofreram tansformações profundas noütimo
século e, em especial nas ultimas décadas, devidopor
um lado, àterciaizaçáo
das
estruturasde
emprego,
à
globalização
e,
em
muito, devido
ao
progressivo desenvolvimento tecnoló gico.Assim, a economia do passado dominada pela maquinaria
industial
e pela utilização defactores
de
produção
Íisicos
e
corpóreos,deu lugar nos
dias
de hoje,
à
chamadaeconomia
do
conhecimento,a
qual tem nos
activos
intangíveis,como
informagão,coúecimento
e capital intelecfual, os principais factores de produção.Estas transformações, proporcionadas
pela
aplicação generalizada das tecnologias dainformação e comunicação
(TIC)
nos mais variados domínios da sociedade, têm criadoàs
organizações, ambientesde
actuação
cadavez
mais
instáveis
e
competitivos,permitindo novos
conceitos
de
relacionamentoentre
os
agenteseconómicos
(e-government, e-bussiness, etc.), novas formas de organização empresarial, novas formas
de actividade económica baseadas sobretudo em informação e conhecimento, afectando
as características e natureza do trabalho e, fazendo das pessoas, das suas competências e
capacidades criativas, as principais bases de desenvolvimento das organizações.
O capital intelectual tomou-se numa importante fonte de riqaez4 quer para as empresas
no sector privado, quer paÍa as organizações do sector público. Para este sector e, para
os governos em especial, a identiftcaçáo, avaliação e gestÍlo do capital intelectual pode
permitir
melhorias nos processos de tomada de decisão e gest2[o doterritório,
ajudando-os a melhor
geúem
os desafios da sociedade da informação.A
relevânciado capital
intelectual não se circunscreve ao âmbito organizacional. Há cadavez mais
autoresa
defenderema
vantagem desteactivo para os
territórios,defendendo a sua importánciapara o desenvolvimento económico e social.
O conjunto de conhecimento colectivo inerente às empresas, orgarizações e populações
de
um
tenitório
(cidadeou
região)forma
o
seucapital
intelectual. Paratirar
partido deste,é
preciso adoptar modelos
de
gestãoterritorial com
ênfaseneste
activo
eÉ
nesteâmbito que
strrgem conceitoscomo
cidadese
territórios
do
coúecimento,
learning regions, cidades e regiões digitais,
ente
outros.Esta
percepçãosobre
a
importáncia
do
coúecimento
e
do
capital
intelectual
éproporcionado pelas
TIC.
A
suautilização generalinda
e,
emparticular
a
Internet,facilitam
o
acessoà
informação
e
ao
conhecimento, acelerama sru
velocidade
detansferência,
e
facilitam
igualmentea colúoração
dos
diferentes intervenientes nacriação e utilização destes activos.
Desta forma, a crescente importância do capital intelectual como factor de produção nas
economias de hoje,
justifrcaasua
escolha como tema para esta investigaçáo.O estudo de caso que se propõe neste
tabalho
tem como objectivo fazer uma avaliaçãodo
capital intelectual das páginas de Internet deum
conjunto determinado de câmarasmunicipais
poúuguesas,atavés
da
aplicaçãode
um
modelo de avaliaçãodo
capital intelectual.De
entre
as
diferentes
opções,foi
escolhido
um
modelo
de
avaliaçãode
capitalintelectual
do
sectorpúblico,
porquea
intangibilidade
subjacenteà
áreado
capitalintelectual parece estar bem presente, quer a nível dos objectivos (são na sua maioria de
carácter social, com
o intuito
de satisfazer as necessidades das comunidades), recursos(utiliza
sobretudo capital humano e conhecimento) e output (principalmente a prestaçãode serviços) destas organizações.
Neste sentido, as organizações
do
sectorpúblico
escolhidas parao
presente trabalho,foram
as
câmarasmunicipais. Se
a maior
eficiência
da
administraçãolocal
é
uminstrumento
privilegiado
de promoção do desenvolvimento, a gesttio dostenitórios
sobsua jurisdição passará cadavezmais, por uma adaptação dos instrumentos utilizados aos
novos arnbientes cada
vez
mais
competitivose,
baseadosno coúecimento e
capital intelectual.Como objecto
de
avaliaçãodo
capital intelectual,
foram
escolhidasas
páginas deIntemet das
câmarasmunicipais,
por
estasse
apresentarem cadavez mais,
comoferramentas
que permitem identificar, partilhar
e geú o
capital intelectual
dasorganrzações e territórios.
No
âmbito dolocal
e-governrnent, os websites das câmaras municipaiscontibuem
parao
processo
de
mudança
na
administração
local
no
sentido
da
modemizaçáo
edesburocrati zaçáo dos seus serviços.
As
páginasde Internet
englobam diversos aspectose
mecanismos, quepermitem
oacesso à informação, a partilha de
coúecimento,
a comunicagão interactiva, a prestaçãode determinados serviços. Estes aspectos constituem os activos intangíveis que formam
Se as páginas de
Interret
das câmaras municipais funcionam como oportas de entrada'de um
município,
os
conteúdos
que
disponibilizam (informação
e
serviços,principalmente) podem
confibuirpara
o desenvolvimento do temitório local.As páginas de Intemet ao disponibilizar um conjunto de conteúdos podem ter um papel
a
desempenhar nos processos de tomadade
decisãode
cidadãose
empresas,na
suaactuação e no desenvolvimento das suas actiüdades, ao mesmo tempo, podem constituir
também importantes canais de comunicação entre diferentes agentes económicos locais
e
outos
situados em diferentes escalas territoriais, permitindo potenciar a autarquia num nível global,Ligâ-la a redes importantes que a projectem e lhe tagarn beneÍicios.Assim,
o
capital intelectual, conhecimento e informação sobre oterritório
local que asautarquias disponibilizam nas suas páginas, é
um
instrumento que pode ser usado embeneficio do
território,
umavez
que, podepermitir
captar, frazere
desenvolver novasactividades económicas para a região em questão.
Desta
formq
a
avaliação
dos
conteúdosdos
websites
(na
perspectivado
capitalintelectual)
justifica-se com
o
intuito da
suamelhor
gestÍlo,que
pode
ir
desde aacfinlizaçãa
de
conteúdosjá
disponibilizados assimcomo, disponibilizar
outos
quesejam de importáncia relevante.
É
com
base nestas questõesque
se desenvolveo
presente trabalho. Neste contextopretende-se saber qual
o nível
de capital intelectual das páginas de Internet, ousej4
aquantidadd de activos intangíveis presentes nos websites das câmaras municipais
e,
atéque ponto estes podem estar a
contribuir
ou potenciaro
desenvolvimento local. Nestesentido, o objectivo principal consistiu emfazer uma avaliação do capital intelectual das
páginas de Internet dos municípios, pela aplicação de um modelo de capital intelectual.
Este trabalho visa igualmente, outros objectivos específicos, como apresentar algumas
considerações
sobre
a
forma
coaro
as
actividades económicas
subjacentes àterciarizaçáo
e,
profundamente
dependentesde
factores
de
produção
como
ocoúecimento,
a informação e o capital intelecfual, se localizam etansformam
o espagourbano; tecer algumas considerações sobre
o
capital intelectuale
activos intangíveis;caracteizan métodos de avaliação do capital intelectual; mostrar a importÍincia das
TIC,
coúecimento
e capital intelectual na gestÍ[o dos territórios;mostar
a importáncia queos
websitestêm
enquanto ferramentasque permitem identificar, partilhar
e
gerir
ocapital intelectual
especificamenteno
contextodo
e-government; assimcomo,
teceralgumas considerações sobre a necessidade da sua avaliação.
O presente trabalho apresenta-se estruturado em 6 pontos.
No
ârnbito do primeiro ponto,que se refere
à
Íerciarizaçáo,localização e tansformação dos económicos, começa-sepor
apresentarmúto
brevemente osprincipais
autores, temas e teorias subjacentes àeconomia regional, assim como, as novas referências teóricas que situam
o
seu cÍrmpode acção
na
chamada economiado
coúecimento tansposta
aoplano territorial.
Sãoapresentadas
também algumas
consideraçõessobre
a
crescente urbanização
etercianzaçáo das economias, assim
como,
sobreos
movimentosde
localização dassuperior,
por
serem as que dependem de factores intangíveis como o capital intelecfual, ocoúecimento
e a informação.No
segundoponto,
o
capital intelectual
e território,
começa-sepor
tecer
algumasconsiderações
sobre
a
sociedadeda
informação
e a
economiado
conhecimento,apresenta-se
o
conceito
de
capital intelecfual,
assimcomo,
ouÍos
que lhe
andamassociados, nomeadamente o de
coúecimento
e o de activos intangíveis, apresentam-seos modelos de avaliação de capital intelectual mais populares a
nível
empresarial e, osmodelos especificamente para o sector público e para os territórios. Em seguida
aborda-se
a
importáncia
do
capital intelectual
para os tenitórios
e
apresentam-se algunsconceitos
que
surgiram devidoa
estaimportânciq
os quais partemda
aplicação dastecnologias de informação e comunicação
(TIC),
conhecimento e capital intelectual aosterritórios.
Tecem-se
ainda neste
ponto,
algumas
consideraçõessobre
aspectosrelevantes
na
construção de estratégiasterritoriais
paÍa a sociedadedo
conhecimento,sendo apresentado no
final
o Programa Operacional paÍa a Sociedade do Conhecimento,o qual incentiva a sociedade da informação e conhecimento em Portugal.
No terceiro ponto, exemplos de aplicação das
TIC, coúecimento
e capital intelectual nagesülo
dos
territórios,
são apresentados exemplosde
aplicaçãoà prática de
algunsmodelos
e
conceitos referidosno
segundoponto
nomeadamente,a
gestãodo
capitalintelectual
na
cidade espanhola deMataró,
a rede Kógnopolis,a
avaliaçãodo
capitalintelectual
na
União
Europeia,e
relativamentea
Portugal,o
exemplo das cidades eregiões digitais.
Para
o
quarto ponto, metodologia de investigação, é apresentadoo
modelo que estevesubjacente
ao
estudode
caso,assim como,
os
critérios que
estiveramna
base daconstrução do questionário e, na escolha da amostra.
Em
relagão aoquinto
ponto, tecnologiada
informação, lnternete
websites, tecem-sealgumas
consideraçõessobre
o
papel
da
tecnologia como
suporte
à
gestão
doconhecimento, sobre portais corporativos e a sua importância enquanto ferramentas de
gestllo do capital intelectual das organizações e, apresentam-se características e funções
dos
websites.
Prossegue-secom
a
definigão
de
e-government,os
estiígios
desteprocesso, os beneficios e
bareiras
que lhes est2Ío subjacentes e refere-se a importânciados
websites
das
câmarasno
contexto
do
local
e-govemment.Por
fim,
tecem-sealgumas
consideraçõessobre
a
necessidadede
avaliação
de
websites,
mostandoiniciativas
quejá
ocorreramem
Portugal nesse sentido,e
apresenta-se igualmente oestado da arte na avaliação de páginas web com ênfase no capital intelectual.
No
sexto ponto, são apresentados os resultados obtidos com base no modelo de análisedefinido, e a partir do questionário elaborado, assim como, a respectiva análise.
O último
ponto
destina-se às conclusões obtidas, faceao
conteúdoe
aos objectivos1.
A
Terciarizaçáor localização
e
transformação
dos
espaços
económicos
No ultimo
século as economias sofreram tansformações profirndas como nunca emouto
período dahistória.
Seinicialmente
se assistiuà
passagemde
uma economiapredominantemente agrícola para uma hegemonia das actividades industriais e com elas
a formação de grandes aglomerados, mais recentemente assistimos à sua terciarização, ao declínio da
indústia
e à hegemonia do sector terciário.'â
terciarização das estruturas de emprego caractenza a economia nacional de todos ospaíses avançados." @olêse, 1998,
p.332)
Esta
evolução das
estruturas económicastem
provocado
e
continuaráa
provocarmudangas
na
geograÍia
das
empresase
populações,afectando
a
localizaçáo
das actividades económicas nas regiões urbanas.Importa
por
isso começarpor
localizar
temporalmente osprincipais contibutos
nestaiárea que estuda as transformagões dos espaços económicos
e
as suas implicações nodesenvolvimento dos territórios.
l.l.Principais
temas,
teorias
eautores
da
economia
espacial
eregional
Durante algum tempo
os
economistas ignorarama
variável
espaço, poucos autoresconcederam um lugar importante ao espago na história das ciências económicas.
O
espago não pode ser tratado com negligência, umavez
que, contribui para dar maisrealismo aos modelos, mas mais
do
que isso, obriga à ultrapassagem de certas teoriasexistentes
em vez
de
simples
gererúizações,torna
os
modelos
mais
complexos,aumentando o número de parâmetros
emjogo
@enko, 1999,p.28).A
primeira
verdadeirateoria
económica espacial nasceno início do
séculoXD(
comVon
Thtinen
(1826), sendo esteautor
consideradopela maioria
dos autorescomo
ogrande
iniciador
da análise económica espacial, frequentemente apelidado de"pai
dasteorias dalocaliz.ação*
(Benko,
1999,p.37).A
sua investigação inovadorainfluenciou
numerosos investigadores, tornando-se a base teórica da nova economia urbana sendo o
primeiro
a
integrar
a
noção
de
distância
na
economia,
a
raciocinar
em
termosmarginalistas e a
utilizar
cálculos econométicos@enko,1999,p.40).
As teorias económicas espaciais evoluíram de
forma
dispersa ao longo dos séculos. NaVon ThünEn (1826) Launhardt (1882) MaÍshall (1890, 1900) Weber (ígos) PÍedóhl (1925) Hotelllng (1929) Rellly (1sÍ11) ChÍlstaller (1S3Íl) PalandEr (1935) Burgess; PaÍk (1925); Hanls: Ulrnann (1940 Hoover (1934 LÕoch (1940) Zl?Í (1%e)
1: As grandes êtapas da evolução da economia espacial 1800-1950
lntegraÉo da dlstânda no pnsamento económlco; localEaçâo das acüüdades agÍícolas; papel do mercado
(custG de fansporb)
Locallzaçâo lndustlal; economla de aglomeraçâo; áreas dê @nsumo
.:
:Zona lndusflal; atrnosfera
lndusflal; êxbmalldade8 LocallzaÉo lndusülal; .usbs dê transpoÍtE (teoÍla do
'custo mÍnlmo)
Marglnallsmo e brla da locallzaçâo 0ndusfiaD Modelo de concorrêncla; eÍelbs dê aglomeração Lel da graühÉo; comérdo retalhbta: rêde urbana Teorla dos lugares cEnfals; l@llzação das acü\rldades
teÍdárias; hlerarquh urbana
Locallzação lndustlal; dlmensâo do mercado; teorla do equllÍbrlo geral
Ecologla urbana; uüllzaÉo do solo urbano; densldade urbana; locallzaçâo resldendal; moÍfbtogla urbana
LGllzaÉo lndustrlal; Íarior tempo; concoÍÍênda
monopolísffca
TeorlE dG lugares cêntrals; áreas de mêrcado; l@llzaçâo lndustÍlal; reglões económlcas; equlltbrio económico Bpaclal
Hoyt (1e3e);
Lel nÍvêl-dlmensáo; hlerarqula urbana
Fonte: Benko (1999, p.62)
'â
investigação contemporâÍlea baseia-se essencialmentenum conjunto de
teorias emodelos propostos
ente
1826e
1950,na
sua maior parte provenientes de autores delíngua alemã, os quais fundadores da economia espacial, foram eles que estabeleceram
os seus princípios gerais" @enko, 1999,p.62).
Os domínios cobertos pela ciência
regional
que se consolida logoa
seguir, são muitoüversos,
no
entanto,é
possível agruparos
temas em quatrofamílias
(Benko, lggg,
p.66):-Locúização
das actividades económicas (teorias e modelos por sectores de actividade;organização do sistema produtivo e localização; aniáliss de decisão, de organização e de
comunicação;
diüsão
espacial dotabalho;
economias de aglomeração; externalidades,etc.);
'Organrzação e estruturação do espago (utilização do solo; análise da renda fi:ndirária;
difusão
da
informação;
tansportes;
meio
ambiente;
ecologia;
urbanização;metopolização; relações sociais, politicas e económicas no espago, etc.);
-
Interacções espaciais (comércio intemacionale
inter-regional;fluxos
de pessoas, deinformação, de moeda, de bens e serviços; migrações; teorias e modelos de interacção,
-
Desenvolvimento
regional (teoria
económica
do
desenvolvimento;
disparidadesespaciais; crescimento económico; estrutura económica;
fordismo;
pós-fordismo; planeamento; ordena:nentodo
território; politica regional;
economia
internacional,economia
industial;
território
e economia, etc.).Nas figuras 2 e 3 pode observar-se os principais temas e autores da ciência regional.
Figura 2: A ciência regional 1950-1975 (principais temas e autores anglo-saxónicos e francófonos)
í950 í960 í970 í975
(Hsgor8tÍand, Brot/rm, Tõmqvlrú, Clevsl §dnuullenl
Toorla da looaltsaglo
08rÍd, GÍaoúú, Hoorror, §aíruolson, Aonsq ChlsholÍr, Claval. Haggoü, Pom.rd, Íd83o, Irlokon, Sooü, FuJIta, Crsstd, PapsgooÍgloq Baguh, Krugman-.1
T6oÍla d6 É16 do oÍ€6otnÊnb
(Psrollx, Boudsvlllr, Fdsdmnn, RlohsÍd8on, KumnsH, Hlggtro-,l Dosonvolvlmsnto dElgual o soonomla do d6€rlvolvlnÊÍüo
liluÍlrso, illyÍdal, FÍlodrnann, HlrsohÍnanE Rodoqr, Hollrn4 Enmenual, Sanbs, Fnnk, Amln §" Massôy, Aydalot, sanoh3, Uplsts..l Cldrdo o ooonomlr
(Aonso, BoÍry, Crsülb, Rámy, Claval, salnt Julon, DBÍyoko-.1
EsüdosfundáÍlos
(Culgiou, Topâlov, §ood, Upl€tz, Rsnand, Cornby, GÍoup ÂDEF.-I
A nov! geogrfrr
(B6rÍy, G.ÍÍlBon, Haggôlt, UaÍohand, @ul4 chval, Harvey.-) luodolos rcglomls o ÉoÍdoaa da análl8o
(lsân4 Loond3l, CorÚôls, Bor.y, Hegg6tt, wllsoÍt Alon, Pa6llnk, Purmln.-l
Fonte: Beúo (1999, p.99)
Para Lopes (1987, p.290)
as
teorias
do
desenvolvimentoregional
preocupam-sefundamentalmente
com
o
crescimentoregional
e
podemdividir-se em dois
grandesgrupos consoante o tomam como:
-Visto
defora
da região(«from
outside»), incluem as tentativas de explicação que seapoiam sobre os mecanismos subjacentes à transmissão do crescimento económico no
espaço; este
tipo
de teorias baseia-se noprincípio
de que as diferenças entre as regiõestendem
a
atenuar-seem
resultado da transmissãodo
crescimentono
espaço,por
umprocesso que terá as srürs raízes no comércio inter-regional;
-Visto
de dentro da região («from inside>»), a atengão concenfra-se no processo intemo àregrão; este
tipo
de teoriaspõe
ênfase nas forças intemas quepodem
desencadear odesenvolvimento, onde se destaca
a teoria
da base económicade
exportação,a
qualadmite
que
a
região dispõe
de
vantagens
fortes para que
os
mecanismos
sedesencadeiem com base nas suas exportações.
Nos últimos
anos assiste-sea um
aceleramentono
surgimentode
novas referênciasteóricas que situam
o
seu campo na chamada economia docoúecimento
tansposta aoFrgura 3: A ciência regional 197sZ000 (principais temas e autoresanglo-saxónicos e francófonos)
í975
í980
í990PolÍüoq reglonal, oÍdsnernsnb do têíltóÍlo s l@Íegão rEgionsl
(Von Bovontsr, A€d, RlohaÍdson, Wsayer, Gulgou, Cooko, Durúord, SoJ& Wachbr, Hdl tterlhr, lroouÍ, Clart G., Nül(elnp,-) Irosanvolyltmnlo looâl
(Stõhr, FÍlsdmrnn, Sa.ü, PooquouÍ, Poloso,.-)
(Agllda, BoyoÍ, Uplsts, CoÍiril, Bl[eudoú, DuÍfoÍd, Bonko, Jo3sop, P€otç Po.qusur-.]
Ford8no, Pós.ÍoÍdhno rAaunula!áo ÍlsÍvol, Esp€slelhagão nsxlyot íUplsts, PloÍe, Sabol, §ooúb S[orysr, Harysy, AÍdn À, Bonlo, Boyer-J
!,lslo lnovador
(GREItrl, AydeloÊ, C.magnl, iralllat, PsÍrln .-) locelhedo
(Boaâtünl, Bagnasoo, Tdglla, CouÍlot Pooquour, Seronlan.-)
2000
Govomânola
(llaÍÍlsotü Slorper, Le Gales -.1 Eoonomla da8 oonvengÕ€s
(Salalo, Süorpor, Feyorcau, OÍloan, Th6yenot...) MstopolLagão
(Fdodmenrl §asson, Casúslls, Saott, troour, Oaval.-l
Dlnâmloa roglonal, orEsolmonto, dsanyoMmonto Í€glonel
(GeÍtlor, SuáÍsz-Vllla, Clart W. Â, Hovís, Storpr, §oú, upls'' P€d,Iysns, SoJa,ltllqller, BeÍÍo, Sele-l-l!íaÉn, RomoÍ, Krugman.-)
Empr6a, OÍganhagâo da produgeo, toorla da 6mpr6a
(Slmon, l,laÍoh, Hantlbn, Prc4 Tõmqü8, Coe3s, Goddsrd, Wllamsor} Corla! Volts, Boysr, Sohoonb€Ígor.-) Sletsma prcdutlyo, sorylgoa, llnangas, lndusüla[zagão, looeltsaglo
(Moula3Ít, IhÍifi, Strlngodouw, Brllly, Lung, !í.rl«Ison, Walhr, Baokouoho -l
(Portor, Krugman, Dlakon, Roloh, Ohrmo, Votts, Storper, Ghaud P, -!f .-) Amllsnto, soologla, Ílslo
íUpl@ SlofqaC Seolls, B3olç Post -.1 Trerisporto o uülhsgão doa solG
Mcksy, UoÍlln, ilu(rmp, FuJlta, Small, Krugmsn .-)
Fonte: Benko (1999, p.100-101)
Conceitos como learning
region,
regiões inteligentes, cidadesdo coúecimento,
ente
outas,
surgem a partfu do protagonismo docoúecimento
e da aprendizagem colectivacomo factores decisivos na criação de vantagens competitivas para os territórios.
Outas
centam a
sua atengãono
campo especifico da inovação,em
concreto, as queassentam
na
importÍincia
da
proximidade
fisicq
na
criação
de
redes essenciais natransmissão de conhecimento
e, na
difusão de inovaçõesou,
as que propõem visõesintegradas dos processos inovadores nos quais participam diversos actores, os sistemas
de
inovaçãotenitoriais
(Méndez,
2002).A
figura
4
apresentaas principais
teoriasrelativas à inovação e desenvolvimento territorial.
Segundo Lopes (1987,p.289) apesaÍ de ainda estar por fonnular uma teoria de aceitação
geral em torno do desenvolvimento regional, não se devem ignorar as características e
Figura 4: Inovação e desenvolvimento territorial: principais teorias interpretativas 2002
í995
1985
1975
OUTROS CONCEITOS RELACIONADOS:
- Regiõês ganhadoras (Benko o LipieE) e perdedoras (Côté, Klein e Proux) - Mundos do produçáo (Salais e Siorper)
- Economia, soclsdado e espaços de ÍedêB (Castells, VelE, Pumain)
Fonte: MéndezQ002)r
1.2.O
território
ea crescente
urbantzaçáo
A
urbanizaçãosignifica
a passagem de uma sociedaderural
para uma sociedade cadavez
mais urbanizad4 assim como,o
crescimento mais rapido das populações urbanasrelativamente às rurais. Para que haja urbanização
têm
de severificar
tês
condições (Polêse, 1998, p.27):-um aumento sustentado e prolongado dos rendimentos per capita;
-uma elasticidade-rendimento da procura
inferior
aI
para os produtos agrícolas;-a existência de economias de aglomeração na produção de prodúos não agrícolas;
A
urbanização está associadoo
desenvolvimento económico,pelo
que,um
aumentosustentado
e
irreversível
do
rendimento
real por
habitante
fazemsubir
o
nível
deurbanização.
"A
urbaniz*rçáoé
uma
consequência incontornáveldo
desenvolvimentoeconómico e nenhum país escapoq até hoje, a esta o'lei"." @olêse, 1998,p.32)
As
grandes regiões urbanase,
concretamente,as
cidades desempenhamum
papelimportante na evolução das sociedades e no desenvolvimento económico, são os
centos
dacivrlização e da sociedade
civil.
t
http://www.scielo.cUscielo.php?pid:S0250-71612002008400004&script=sci-arttext (acedido em
3-03-2006)
Dinâmica de prodmldade
(Rallet, Tone, Gilly, Pecqueur, Bellet, Grosetf)
Economla do conhEclmenb I
leamlng rêglons
(Man8êll, Machlup, Florida,
Anbnelli, Fênâo)
Slstemas nacionals e
regionals do lnovaçâo (Lunômll, Cooke, Sllva)
rNovAÇÃo E DESENVOLVIMENTO
TERRITORIÂL Vantagens competitlvas das
naçõ€s e regl6e8 (Porisr, Dunnlng, AlbuÍquerque)
Meios lnovadores e redes de lnovação
(Aydalot Malllat Camagnl,
Sbrper, Crsvolsler)
Pavrlt
Teoria eaonómica da
lno\raÉo e ciclos de lnovaçâo (Freoman, Soete, Dosl,
DesenvoMmento local e tenttorial (Sü,hr, Auévtt, Max-Nêel
FÍiedman, Bolsler, Vázquez Barquero) DlEtitos lndustriai8 e
sistBmas pÍoduüvos locals
(Beca$ni, Bellandl, Garoíoll, Pykê, Slbzi, Ybana)
Desde sempre,
foram
focos
de
inovação,de cultur4
de
invenção,de
diversidade eintensidade de contactos humanos, de mistura dos povos e tarnbém
centos
de negócio ede
tânsito,
permitindo a dessiminação de ideias e inovações.ooOs
desenvolvimentos económicos
e
tecnológicos
têm
desencadeado sucessivos
movimentos
de
urbanização,
dos
quais asi
grandes cidades,
com
aglomeradospopulacionais de viários milhões de habitantes, têm constituído a sua face mais
visível."
(Gonçalves, 2004, p.55)
As
grandes cidades encabeçamo
desenvolvimento económicomundial
einfluenciam-no. O seu poder económico de hoje está relacionado com mudanças significativas na sua
natureza e composição económica. Elas continuam a ser o
território
preferido, a provadisso é a sempre crescente urbanização.
Para Polêse (1998, p.356) o desenvolvimento económico desencadeia um movimento de
urbanizagão,
pelo qual
as
cidades
sofrem
aumentos importantes
de
população,acompanhados pela expansfls geográfica dos
perímetos
urbanos. Essa expansãofisica
da cidade, esse alargamento do
perímeto
urbano continuará enquanto:a) As
populaçõesurbanas
qúserem
continuar
a
consumir
cadavez mais
espaçoresidencial (per capita) ;
b) As novas actividades económicas em expansão sejam mais consumidoras de espaço;
c)
O
melhoramento dos transportese
das comunicações permita efectuar movimentospendulares (casa-tabalho) para distâncias maiores;
d) Tome as empresas menos sensíveis à distância para o centro da cidade.
As
cidades continuama
ter
uma importáncia
crescentena
evoluçÍio dasformas
deorganizaçilo
territorial.
De facto,
é
nas
cidadesque se
concentram infra-estruturas,empresas, instituigões
públicas,
universidades, oportunidadesde
emprego, condiçõespara investimento, redes de telecomunicações, etc. São as cidades com os seus
centos
de negócios, cinemas, bares, centros comerciais, que se tomaram espaços cada vez mais
atractivos para
üver.
Tal como awbanização do século
XD(
esteve a par com a revoluçãoindustial,
nos diasde
hoje
o
crescimento das cidadesé
resultado de novas actividades tercifuias, comoservigos
em
diversas
áreas:
área
financeira, design,
administração
de
negócios,actividades de concepção e controlo.
A
cidade é uma condição necessiária paÍa o desenvolvimento, embora não súiciente,por
exemplo, as
aglomerações urbqnasem
paísesda América Lattna (Argentina,
Chile, Uruguai) têm níveis de populaçãomuito
elevados e níveis de urbanização comparáveiscom os de países mais desenvolvidos, no entanto, apresentam níveis baixos de PNB
por
1.3.4localização
das
actividades
económicas no espaço
urbano
As
localizaçõesnão
acontecempor
acaso desdeuma
eshada,uma fábrica ou
umsupermercado. Todas as localizações são
um
objecto deum
processode
decisão quepode pretender
morimizar
um rendimento ououto
valor, ouminimizar
esforços, custosou optimizar o saldo dos beneficios e dos custos, seja qual
for
a escala ou a metodologiattÍilizada.
O processo de decisão seja
implícito
ou explícito, é complexo porque os intervenientessão variados, de diversanatwezÂ, e actuam de forma multi-variada
(indiüduos,
famílias,empresas, actividades, governo), as decisões são interactuantes,
verifica-se
também ainterdependência das escalas de análise e, porque os recursos, agentes e actividades são
na sua maioria dotados de mobilidade (Lopes, 7987, p.139).
Os
aspectos económicos são relevantesno
problema da localiz-açãoporque
esülo emcausa beneficios e custos na
distribúção
e uso de recursos limitados, como o é o espago,que convém gerir racionalmente e, tarnbém, porque a interdependência das decisões, das
actiüdades e dos agentes é cada vez maior (Lopes, 1987, p.140).
Lopes (1987, p.140) argumenta que qualquer decisão
individual
estejaem
causa umaunidade de produção ou
consuro
não deixa de afectar o interesse público mesmo que oscustos,
as
receitas
os
lucros,
determinem
uma
sifuação
de indiferença
quanto
àIocalizaçáo
por
parte de uma
empres4
em terrros de
colectividade
ela não
seráindiferente
e,
com muita
frequência
se
depararácom
casosem que
ao
interesseindividual
se deve sobrepor o interesse colectivo.Assim a
questEÍo de onde localizar as actividades pennanece e a resposta pode não seenconfrar inteiramente nos ensinamentos
do
passado porqueo
seu enquadramento setem
vindo
amodificar
(Lopes, 1987,p.141).Os objectivos de desenvolvimento
implicam
a necessidade duma orgaúzaçáo espacialfortemente apoiada sobre
uma
redede
centros (porqueé
nelesque se localizam
osequipamentos) hierarquizada
(porque
o
são as
funçõesde
serviçosde que
se fica
dependente),
rede que
há-de
dar
consistênci4
vitalidade
s
dinamização
aodesenvolvimento regional como desenvolvimento das regiões (Lopes, 1987,p.152).
A
oryanrz-ação espacial deve apoiar-senuma
rede urbana organizada admitindo-se anecessidade de fazer surgir estategicamente no
território
centros e pólos dinamizadoresdo
crescimento que ao serviçodo
interesselocal
e regional das populações, sirvam odesenvolvimento (Lopes, I 987, p. 1 53).
As
actividades económicas, sejamindustriais,
agrícolasou
de serviços,
disputarn oespaço,
pelo
que, uma localização depende do que a actividade estará na disposigão dePara
explicar
autiliz.ação do solo em meio urbano, pode vizualaar-se o modelo deVon
Thiinen (1326) de localização das actividades agrícolas, o qual uma vez generalizado, é
possível de transpor num modelo completo de utilização do solo para um espaço urbano
@olêse, 1998, p.299).
O modelo representado na figura 5 corresponde a uma cidade hipotética cujo centro está
ocupado
em
primeiro lugar
por
escritórios
e
lojas
especializadas,seguidos
por actiüdadesindustriais
ligeiras (confecções, artes gr:áficas)e
por
algumas funções dedrmazelrragem
e
de
disÍibuição,
depois
tuázonas
residenciais,zonas industriais
e,finalmente, terras consagradas à agricultura.
É chro
que as cidades não correspondem exactamentea
este modelo, porém,há
emtodas um ponto
cental
em que os preços do solo atingem um valor máximo e, à medidaque nos afastamos os preços vão
diminuindo
consoante as condições, de onde resultaum
jogo
de curvas de renda dos diferentes agentes económicos, sobrepostas umas àsoutras, que acaba
por
determinar tanto o preço do solo, como a sua utilização @olêse,1998, p.300)
Figura 5: Curvas de renda e utilização do solo urbano
Renda por hectaÍê
EscÍitório8, loias o outos 6tsbelsimentos sênsÍvêie aos dJstos dê comrmicaÉo intêrfossoal
q=-
Indústrias ligêira3 HabttaÉo lndústias pesads Agrisrltura Kí 1A K4 Distência lndústias p€sadas HabibÉo lndústias ligêirag Esceitórlos, loJas Entepostog AgÍiarltJraI
(
K3I
\\]:Tts
Fonte: Polêse (1998, p.300)1.4.A
localização
das
actividades
terciárias
As
cidades são lugares centrais, onde acontecem as relações de trocaou
de oufrotipo
ente
os diversos agentes, as quais permitem reduzir os custos de interacção espacial dosseus habitantes e,
ao
mesmo tempo,a
existência de economiasde
escala intemas naprodução de bens e serviços.
A
qentralidade esta na base demuitos
comportamentos dos agentes económicos.'No
âmago
do princípio da centalidade
estiáa
minimizagão das deslocações. Qualqueragente económico procura normalmente ou reduzir ao
mínimo
o tempo necessário paraobter
um bem ou
um
serviço
ou madmizar
o
oorendimento"de
cada deslocação." @olàse, 1998, p.65)Este
princípio
está presente na concentação das compras e transacções, que permitemaos consumidores, uma economia de tempo quando diversas necessidades puderem ser
satisfeitas
num
único lugar.
Esta presente, também, quando estãoem
causa salas deespectiículos,
lugares
de
culto,
correios
ou
palácios
de jusüça.
Estas
vantagensconsistem
em
economias
de
aglomeração
paÍa
as
empresas
e
populações,concretizando-se
em
aumentos deprodutiüdade
e níveis de rendimentopor
habitantemais
elevados, manifestando-sede
multiplas forrras como:
o
acessoa
melhorescuidados de saúde, a
un
melhor sistema de educação, a infra-estruturas menos caras etambém a redes de informação, sistemas de comunicagão, manifestações culturais, redes
de
tocas
e a
serviços públicos que não existem num meio não urbano (Polêse, 1998,p.e7).
Polêse
(1998, p.332) refere que cada
sectorde
actividade que nascecomo
hoje
ainformática
e,
amarúã
outo
qualquer,terá
o
seupróprio
perfil
geográfrco. Defendeigualmente que nesta hegemonia
do
sectorterciário
nas cidades, convémdistinguir
osector
terciário "tradicional",
o
qual
formado
principalmentepor
lojas
e
servigospessoais, do terciário mais modemo.
Atercíatzação
das economias ocidentais é devida a uma nova categoria de actiüdadesa que podemos chamar terciário superior, ou sector da informação, portanto a passagem
para actividades que
têm
por
objecto
a
prestaçãode
serviçose a
produgão de bensintangÍveis
@olàse,
1998,
p.332). Este
fenómeno estrí
ligado
ao
progresso
doscoúecimentos
e às inovações tecnológicas, onde os processosmoderros
de produçãoexigem
cadavez mais
saber-fazer,capital
intelectual soba
forma de
actividades deconsultoria de concepção, de investigação e desenvolvimento (serviços à produção).
As
designaçõesde terciário
superior,
terciário motor
ou
actividadesde
escritório,incluem
os
servigos às empresas, serviçosà
produção, servigosde
intermediação, ouseja, destinados a outras empresas, tratando-se de actividades com forte incorporação de
infonnagão e capital intelectual, podendo abranger uma gama diversiÍicada de servigos
à
produção: consultoria
de
administação,
agências
de
publicidade, bancos
deinvestimento,
companhiasde
seguros, sociedadesde
gest2Íode
activos
financeiros,gabinetes
de
contabilidade,outos
gabinetesde
aconselhamentotécnico
e
científico,Parece que este
tipo
de actividades, localizadas nos centros das cidades, precisa de estarmais concentado espacialmente que as tradicionais actiüdades de
manufactura
Estasactividades
são
consumidoras
de
informagão, compram,
tansformam
e
vendem informação,têm uma
naf.treza queé
baseadarr-utilizaçiio
intensivade
informação ecoúecimento.
Estastocas
impücam custos de comunicação e de transacção,pelo
queas empresÍrs do terciiário superior têm tendência a instalar-se em sítios que
minimizs6
estes custos com a informação.
As
suas sssslhas de localizagão serão feitasem
fungão de dois recursosprincipais,
aexistência de mão-de-obra especializada
e
os
custoscom
a
informação.Isto
explica
porque
estetipo
de
actividadesse
situe em
grandes cidades, beneflrciandoda
suadiversidade e, portanto, de economias de aglomeraçlio.
O
triângulo de localização dafigura 6
esquematiza as escolhas que se abrem às empres4 as quais sofrem a atracçãodos
tês
pólos.Figura 6: Orientaçáo geográÍica das actividads de escritório
L (mâodsbra s@alLsda)
Custo3 dos
Í@rsa htÍnanG Cust@
dG seMço€
comeÍdallzâ\ío18
L
M (mgmdo) l(fformaçáo)
Custos ds comuni@Éo do produto frnal
Fonte: Polêse (1998, p.287)
Podemos
ter
diversas situações consoantea
nat:urezr- dos serviçosem
causa @olàse,1998, p. 286-288):
-
Para as actividadescujo
servigofinal
épouco
sensívelà
distânciae com
custos deprodugão
múto
sensíveis
à
diversidade
dos
subcontratadosestabelecidos
naproximidade, será o pólo
I
o mais atractivo, com servigos exportáveis como: concepçãode servigos de computador; produção de
fitnes
e emissões de televisão; sociedades deinvestimento
e
de
gestiio de carteiras detítulos;
cuja prestaçãodo
serviçonão
exigenecessariamente
que
uma
pessoase
desloquee
a
centralidadeinfluência menos
asescolhas de localização;
- Para as empresas que têm mercados espacialmente mais diversificados com
um
sectorde economia intensivo em informaçÍio e cujo
produto
seja exportado em grande escalaterão tendênciaparu se
dirigirem
mais para cima nahierarqúa
urbana (para as maiorescidades) à medida que o seu mercado se estende e que a sua firnção de produção assenta
numa rede cada vez mais diversificada de serviços especializados;
Em dlBcÉoâsddad$ foÍte@srde sbacÉo dsL
Zona dê lncarteza @ de flodbllldadg
Em dlrecÉoàsddads
qus ofÉÍ@m o a@ago ao
meÍcado mals barab a sMço€ gama mais comercialháygls@mpleta d€
- L
será
o
pólo
determinante
no
cÍrso
da
produção
estar
baseadaem
baciasespecializadas
de
mão-de-obraonde
as possibilidadesde
substituição são pequenascomo
o
exemplode
actividadescom
importante conteúdotécnico
-
investigação edesenvolvimento,
laboratórios;
e
actividadesque
se
baseiamem
recursos humanosmoveis atraídos por uma qualidade de vida especifica
-
quadros, profissionais, artistas;-
Paraum
escritóriocujos
custosde
comunicagãodo
serviço
final ao
cliente
sejamelevados
(ex.
gabinetede
contabilidade)ou
qualquer serviço que
exija
numerososcontactos e reuniões com o cliente,
o
custo de acesso ao mercado é determinante, peloque, este tipo de actividade localiza-se em função da procura, portanto, uma
distibuição
espacial que se ajusta ao modelo dos lugares
centais,
seguindo estecritério
uma parteimportante das empresas do terciário superior.
Po1êse refere o exemplo de Paris como uma cidade que ocupa o primeiro lugar nos
tês
cantos do
tiângulo,
assim, paÍaa
sede social deum
grande banco francês,é o
pontocental
do mercado, o ponto que oferece omiíximo
de serviços especializados e o lugarem que grande número de quadros prefere
üver.
Há duas grandes famílias de teorias para
explicar
alocalizaçáo da actividade económicaem grandes espagos, as quais se completam @olêse, 1998,p- 288):
-A
primeira,
quepõe
a
tónica
nas relaçõesde
produgãoda
empresaindiüdual
diz
sobretudo respeito à
indústia
tansformador4
embora se aplique também a sectores deactividade cujos produtos podem ser exportados paxa grandes distâncias,
por
exemplo:teorias
dalocaluaçãoindustrial
e localização do tercirário superior em queo
problemade localização para
a
empresa se resumea um
problema de minimização de custos eserá
ataída
consoante a importância relativa dos elementos que compõem a sua funçãode produção e consoante a dificuldade de os transportar;
-A
segund4 surge deum
esforgo de compreensão da lógicado
conjunto do sistem4 aênfase é dada ao posicionamento dos pontos de produção uns em relação aos
outos,
porexemplo: teoria dos lugares centrais e os modelos de concorrência espacial, aplicam-se aos séctores de actividade em que há divisão dos mercados e que a concorrência é
muito
sensível aos custos
da
distancia,
adequadospüa
compreendera
localização
dasactividades de comercio a retalho e aplicam-se também a qualquer sector de actividade
para o qual a proximidade do mercado seja determinante.
Em
relação
às
actividades
de
comércio
e
serviços
pessoais,estas
seguem umatocatizaçáo de acordo com a teoria dos lugares centrais.
Na
escalaurban4
éno
centroque estão concentradas as actividades comerciais,
os
grandes armazéns com :áreas devendas
de
dimensãoregional, as lojas
especializadascomo
liwarias e
lojas
de
alta-costura e, também serviços mais banais como bares, restaurantes e mercearias.
Segundo
a
teori4
cadalugar
cental
deuma
dada ordem, oferecerátodos
os bens eserviços dos lugares centrais de
nível inferior
mais os que são da sua própria ordem, ouseja,