METODOLOGIA
PARA
DETERMINAÇÃO
DO
PERÍODO
DE
MANUTENÇÃO
PREVENTIVAIEM
EQUIPAMENTOS ELETROMÉDICOS
|=|_oR|ANÓPo|.|s
2001
PRQGRAMA
DE
Pos-GR;-\DuAçÃo
EM
ENGENHAR|A
R
E|_ETR|cA
METODOLOGIA PARA
DETERMINAÇÃO
DO
PERÍODO DE
MANUTENÇAO
PREVENTIVA
EM
EQUIPAMENTOS ELETROMÉDICOS
Dissertação submetida à
Universidade Federal de Santa Catarina
como
parte dos requisitos para aobtenção
do
graude
Mestreem
Engenharia Elétrica.GLADsToN
Luis
H|RA|wA
ELETROMEDICOS
Gladston
LuísHiraiwa
'Esta Dissertaçao foi julgada
adequada
para obtençaodo
Títulode
Mestreem
'
Engenharia Elétrica, Área
de
Concentraçãoem
Engenharia Biomédica,e
aprovada
em
sua forma final peloPrograma de Pós-Graduação
em
EngenhariaElétrica
da
Universidad? ' .=de
Santa Catarina.” , / 1`
I , . 1Prof. Ren' to ‹ arcia Ojed E
Orin
- =õ/Á
gv Pro Agnaldo
Silveira - Silva, EE. Ph. D.
Coordenador do Programa de Pós- uação
em
Engenharia Elétricai
Banca
Examinadora: _ ,./ :E
Prof.ReCcaOjeda,
Dr `\
._ Prof. Ferna o
Mendes
de Azeve o, E.E., Dr.Y\£a/uz; ÊL4/:L
Prof. Ha s Hei ut Zum, Ph.D.
énzzšli/C
A
meus
pais, Mario e Eliapela dedicação e apoio constantes à
minha vida profissional.
À
Cristalina Yoshiepelo estímulo,
compreensão
e incentivoA
gn/
a/álze/of/nfvøwtcrgz
A
Deus
por ter conseguido maisuma
vitória dentre muitasque
tenho conquistado.A
todos os professores, doutorandos, mestrandos, bolsistas e funcionáriosque
colaboraram
com
meu
crescimento pessoal eacadêmico
enfimao
GPEB
onde
conheci
pessoas
maravilhosas.Ao
CNPq
pela bolsade
estudo e aUFSC
pelas instalações, possibilitando odesenvolvimento dessa pesquisa.
Por
fim
agradeço a Kleide, Marcos, Claudinéia, Luiz Antônio e a todosque
estiveram
ao
meu
lado apoiandoem
algum momento,
durante os créditosou na
fase
de
dissertação.Levo
comigo a lembrança eamizade que
fiz durante oResumo
da Dissertação apresentada àUFSC
como
parte dos requisitosnecessários para a obtenção do grau
de
Mestreem
Engenharia Elétrica.METoDoLoG|A~PARA
DETER|v||NAçÃo
Do
PERíoDo
DE
MANUTENÇAO
PREVENTIYA
EM
EQUIPAMENTOS
ELETROMEDICOS
Gladston
Luís Hiraiwa
Abril/2001
Orientador: Renato Garcia Ojeda, Dr.
Área
de
Concentração: Engenharia BiomédicaPalavras-chave: engenharia clínica,
manutenção
preventiva, período da inspeção,equipamentos eletromédicos, priorização
de
equipamentos.Número
de
Paginas: 92.Cada
vez mais,em
instituiçõesde
saúde, estão seusando
equipamentos para monitorização, terapia e suporte à vidado
paciente. Conseqüentemente,cresce a dependência dessa tecnologia, exigindo maior confiabilidade dos
equipamentos.
A fim
de
contribuir no gerenciamentodessa
tecnologia, estetrabalho apresenta
uma
propostade
metodologia para determinar o períodoem
que deve
ser realizada amanutenção
preventivaem
equipamentos eletromédicosevitando a aplicação indeterminada destes procedimentos, já
que
estudosmostram que
menos
de
10%
dasmanutenções
preventivas foram realmenteefetivas. Inicialmente, são determinados periodos para a realização da
manutenção
preventiva para cada '.'tipo” de equipamento, e os ajustes são feitosatravés da análise do histórico
de manutenções
recentesde
cada equipamento.Também
são apresentadas ecomparadas
algumas metodologias para priorizaçãode equipamentos. Essas metodologias
podem
auxiliar as estruturas deengenharia clinica a distribuir a carga de trabalho nos equipamentos mais
importantes dentro do hospital, pois, geralmente, os recursos financeiros e
Abstract of Dissertation presented to
UFSC
as a partial fulfillment of therequirements for the degree of Master in Electrical Engineering.
METHODOLOGY
FOR
THE DETERMINATION
OF
PREVENTIVE
MAINTENANCE
PERIOD
IN
ELECTROMEDICAL EQUIPMENTS
Gladston
Luís Hiraiwa
April/2001
Advisor: Renato Garcia Ojeda, Dr.
Area of Concentration: Biomedical Engineering
Keywords: clinical engineering, preventive maintenance, inspection period,
electromedical equipment, priority of equipments. `
Number
of Pages: 92.Nowadays, health institutions are increasingly using, every time more,
equipment for monitoring, therapy and support to the patient's life. Consequently
grows the
dependence
of this technology,demanding
great equipment reliabillty.ln order to contribute to the
management
of this technology, this work presents a proposal methodology trying to determine the optimal period for preventivemaintenance for electromedical equipment.
Our
recent studiesshow
that less than10%
of the performed preventive maintenance were really effective. lnitially,periods are determined for the preventive maintenance for each “type” of
equipment and, the adjustment are
made
through the analysis of the history ofrecent maintenance performance of each equipment. Also are presented and
compared
some
methodologies to establish the priority of equipments.These
methodologies can assist the clinical engineering department to distribute the
workload in the
more
critical equipment inside a hospital, because generally thesuMÁR|O
1.INTRODUÇÃO
1.1OBJETIVO
GERAL
1.2OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
1.3JUSTIEICATIVAS
DA
PESQUISA
1.4ESTRUTURA
DO
TRABALHO
2.ESTADO
DA
ARTE
2. 1-
INTRODUÇÃO
2.2-
MANUTENÇÃO
DE EQUIPAMENTOS
2. 2. 1
-
Etapas da Manutenção Preventiva2.2.2
-
Níveis de Manutenção Preventiva2.3 -
FALHA
E
DEFEITO
2. 3. 1
-
Classificação das Falhas2.3.2 _
T
ípos de Padrões deModos
de Falhas2.3.3
-
Classificação dos defeitos3.
PRIORIZAÇÃO
DE
EQUIPAMENTOS PARA
PROGRAMAS
DE
MANUTENÇÃO
PREVENTIVA
3.1
MÉTODOS
DE
PRIORIZAÇÃO
O3.1.1 Método de Martins (1990)
5.1.2 Método de Hertz (1990)
3.1.3 Método AH/1 (1996)
3.1.4 Método
RUÀJSYS
ou de Capuano/Koritko (1996)13 15 15 16 18 20 20 20 24 25 26 2.6 28 29 31 32 32 37 39 40
3. J. 5 Método de .James (1999) 4J
3.2
COMPARACÃO
ENTRE
Os
MÉTODOS
424.
METODOLOGIA
454.1
INTRODUÇÃO
454.2
CADASTRAMENTO
DOS
EQUIPAMENTOS
464.3
PRIORIZACÃO
DOS EQUIPAMENTOS
484.4
ESTABELECIMENTO DE
CRITERIOS
DA MANUTENÇAO
PREVENTIVA_
484.4. J Elaboração de Roteiros de Manutenção Preventiva 50
4. 4.2 Determinação do Intervalo da Manutenção Preventiva 51
4.5
REGISTRO
DO
HISTÓRICO
DAS
MANUTENCOES
534.6
ANÁLISE
DO
INTERVALO
DA MANUTENÇÃO
PREVENTIVA
PARA
CADA
EQUIPAIVIENTO
544. 6. 1 Ajuste do Intervalo da Manutenção Preventiva 55
4.7 ~
CARACTERIZAÇÃO
DA
METODOLOGIA
ss4. 7.1
-
Priorízação de equipamentos eletromédícos 594. 7.2
-
Manutenção Preventiva 61 4. 7.3-
Estudo de casos 63 5.CONCLUSÕES
ós 5.1MAIORES
DIFICULDADES 70 5.2TRABALHOS
FUTUROS 7]ANEXO
1 74DESCRIÇÃO
DA
CATEGORIA DE CRITÉRIOS DE RISCOSEGUNDO A
AHA
74CRITERIO
Do
NIVEL DE RlscoSEGUNDO 0
ROMSYS
ANEXO
3PRocEDIMENIos DE IVLANUTENÇÃO PREVENTIVA
(LUCATELLI,
1998).REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GLOSSÁRIO
76 79 79 82 90LISTA
DE FIGURAS
FIGURA 2.1 - TIPOS DE
MANUTENÇÃO
21FIGURA 2.2
-
TIPOS DE PADRÕESDE
MODOS
DE
FALHAS 28FIGURA 4.1 - FICHA DE
CADASTRO DE
EQUIPAMENTO 47FIGURA 4.2 -
FLUXOGRAMA
DAS REGRAS
58FIGURA 4.3 - HISTÓRICO DAS
MANUIENÇÕES
ANTES DAS REGRAS DE AJUSTEDO
INTERVALO.63
FIGURA 4.4 -
MANUTENÇÕES
COM
O
AIUSTEDO
INTERVALODA
MP
(APLICAÇÃO DASREGRA
S). 65FIGURA 4.5 - HISTÓRICO DAS
MANUTENCOES
66FIGURA 4.6 - HISTÓRICO DAS
MANUTENÇÕES
COM
A APLICAÇÃO DAS REGRAS A PARTIR DEMAR/99. 66
LISTA
DE
TABELAS
TABELA 3.1 - RISCO PERÇEBIDO O 38
TABELA 4.1 - INTERVALO
DA MANUTENÇÃO
PREVENTIVA SUOERIDA PELAAHA
52TABELA
4.2-
CRITERIOSDE
PRIORIZAÇÃO PARAUM
VENTILADORPULMONAR
60TABELA 4.3
-
CLASSIFICAÇÃO DOS VALORESSEGUNDO O
ÇRITERIODE
AVALIAÇÃO__
60TABELA 4.4 - FREQUENCIA
DE
MANUTENÇÃO
PREVENTIVA PORANO
61Desde
que
ohomem
passou a habitar a Terra, desenvolveu equipamentospara
que
o auxiliassemem
seus trabalhos diários. Isso ocorreude
forma mais oumenos
lenta até o século XIX, durante a Revolução Industrial,quando houve
um
aumento
significativo no desenvolvimentodessas
máquinas.O
surgimentode
equipamentos
cada
vez mais complexos obrigou, então, ao melhoramento dasinstalações industriais, ao treinamento dos usuários e, sobretudo,
ao
aperfeiçoamento das técnicas
de
manutenção desses
maquinários.Nos
últimos anos, os equipamentos na área médica tiveram grandedesenvolvimento, difundindo-se
de
tal forma que,em
instituições de saúde,cada
vez mais estão se
usando
aparelhos para monitorização, terapia e suporte à vidado paciente. Assim, o médico,
que
antes tratava seus pacientes baseando-sequase que
totalmente na sua experiência e intuição, passou adepender
enormemente
dessas novas tecnologias, conseqüentemente,uma
maiorconfiabilidade passou a ser exigida dos equipamentos.
A
fimde
melhorar a confiabilidade nos equipamentos, investimentosdevem
ser realizados no treinamento constante dos usuários, na melhor qualificação daequipe clínica e técnica, nas políticas eficientes
de manutenção
ecompras
adequadas de
novos equipamentos. Especificamenteem
relação ao últimoaspecto, sabe-se que, na realidade, a aquisição de novos equipamentos
geralmente é
demorada
e difícil e, para dificultar ainda mais, a grande maioria dasinstituições, especialmente as públicas, utilizam os equipamentos
de
formaPara minimizar ou até
mesmo
eliminar esses problemas, algunsprocedimentos
devem
se tornar rotina tanto para o pessoal técnico quanto pelosusuários, os quais vão
desde
a limpezado
aparelho até a sua retirada paramanutenção. Sobretudo,
em
vistada
dificuldade decompra de
novosequipamentos atualmente e dos seus altos custos, tenta-se investir
em
treinamentos da equipe técnica, procurando otimizar procedimentos, e na
adaptação
de
técnicasde
manutenção, principalmente a preventiva, da indústriapara a
saúde
(LUCATELLI, 2000). Atravésda
manutenção
preventiva, procura-seacompanhar
as condiçõesde
operação dos equipamentos e, assim, realizarprevisões e evitar falhas.
Portanto, a
manutenção
tornou-seum
dos principais pontosem
estudosde
confiabilidade (ROLIM, 1997)
(LUCATELLI,
2000). Vários estudostêm
sido feitostentando estabelecer
métodos
para melhorar o gerenciamento damanutenção
dos equipamentos médicos,
buscando
desenvolver políticasque
possam
seraplicadas à maioria dos equipamentos,
com
redução dos custos,mas sem
comprometer
a eficiência. Porém,algumas
variantes,como
a diversidadede
equipamentos existentes nos hospitais e a variada tecnologia
de
software ehardware, dificultam a elaboração
de
metodologias. E, paracomprometer
aindamais o gerenciamento, equipamentos iguais
podem
ser submetidos a condiçõesde
tempo
e uso diferentes dentrodo
hospital.Levando
em
consideração as condições detempo
e usode
cadaequipamento, e restringindo para os equipamentos mais importantes
determinados pelo hospital e pela estrutura de engenharia clínica, apresenta-se
neste trabalho
uma
propostade
metodologia para auxiliar no gerenciamentode
1.1
OBJETIVO
GERAL
O
objetivo principal deste trabalho é apresentaruma
proposta demetodologia para a determinação dos intervalos entre as
manutenções
preventivas dos equipamentos eletromédicos" analisando o histórico desses
equipamentos.
Com
isso, pretende-se otimizar os recursoshumanos
e financeirosna execução
de manutenções
preventivasem
alguns equipamentos existentesnos hospitais.
1.2
oBJETivos
EsPEci|=|cos
Este trabalho pretende determinar o período para a realização da
manutenção
preventivade
alguns equipamentos eletromedicos, analisandomanuais
de
fabricantes erecomendações de
instituiçõesque
lidamcom
osmesmos.
Procura-se determinar, inicialmente, o período para amanutençao
preventiva para alguns equipamentos; posteriormente,
com
base
nas regras dametodologia e no histórico
de
cada equipamento, o periodo é ajustado para cadatipo
de
tecnologia médica.Visa-se,
também,
apresentar algumas metodologias de priorização paraequipamentos e compara-las entre si. Para auxiliar no planejamento
da
execução1
equipamento eletromédico - é o equipamento elétnco dotado de não mais que
um
recurso de conexão a uma detemiinada rede de alimentação elétnca e destinado a diagnóstico, tratamento oumonitoração do paciente, sob supervisão médica, que estabelece contato físico ou elétrtco com o
de programas
de
manutenção
preventiva, aplica-seum
critério de priorizaçãobuscando determinar quais são os equipamentos mais importantes dentro
de
um
hospital. V
1.3
JUSTIFICATIVAS
DA
PESQUISA
Nos
últimos anos, amanutenção de
equipamentosvem
desempenhando
uma
função cada vez mais importanteem
virtude, sobretudo, da escassez denovos recursos para investimentos no parque tecnológico existente
em
empresas
e indústrias. Isso ocorre principalmente noshospitais
do
Brasil,onde
o orçamentofinanceiro,
quando
existe, é muito pequeno. Por isso a necessidade de cada vezmais otimizar
métodos
e processos, reduzindo os custos,porém mantendo
obom
desempenho
dos equipamentos e/ou sistemas,além da
qualidade dos serviços.Periodicamente,
devem-se
fazermanutenções
preventivas para verificar o seucorreto funcionamento, ajustar caso apresentem desvios na calibração ou, até,
trocar as peças
que
estão gastas e poderão apresentar falhasnum
futuropróximo.
A
manutenção tem
como
função “manter ou restabelecerum bem
dentrode
um
estado especifico oucomo
uma
medida
para assegurarum
determinadoserviço”
(MIRSHAWAKA
&
OLMEDO,
1993).Em
empresas
modernas, existeuma
Gerência de Manutenção,
que
é reconhecidacomo
contribuinte para o lucro daempresa. Ela
tem
como
objetivo maximizar a produção (disponibilidade)com
omenor
custo e a mais alta qualidadesem
infringirnormas de
segurança e causardanos
ao
meio ambiente,mantendo
registrosde manutenção
por equipamentosclinica e setores
de manutenção
em
estabelecimentos assistenciais àsaúde não
possuem
um
banco de dados
confiável sobre os equipamentos existentes paraque
se possa realizaruma
correta análise estatística.H
É
comprovado que
amanutenção
preventivaaumenta
a vida útil dosequipamentos
além
de reduzir as falhas ou amanutenção
corretiva, que é cara egeralmente emergencial. Através
da manutenção
preventiva, procura-seacompanhar
as condições de operação dos equipamentos e, assim, realizarprevisões e evitar falhas.
As
rotinasda manutenção
preventiva geralmente sãodeterminadas pelos fabricantes e pelo pessoal técnico
com
experiência nosaparelhos. Contudo, depois
de
implantada nos setores responsáveis pelamanutenção, dificilmente, os procedimentos são avaliados quanto a sua eficiência
e/ou eficácia.
Durante os procedimentos
de manutenção
preventiva, duas situaçõessão
freqüentemente encontradas: o equipamento era
pouco
usado e não necessitavade
inspeção ou trocade
peças, ou o equipamento estavasendo
utilizado já foradas suas caracteristicas. Essas situações
mostram
uma
manutenção
preventivadesnecessária no primeiro caso, implicando dinheiro e
tempo
desperdiçadosque
poderiam ser alocados
em
outros equipamentos, e mais critico nosegundo
caso,pois,
com
o equipamento funcionando fora das suas especificações, poderia estarcausando
um
erro demedição
ou, atémesmo,
um
dano
irreversível no paciente.Portanto, para melhor aproveitamento
da manutenção
preventiva, deve-se realizara verificação dos procedimentos
dessa
rotina e determinaradequadamente
o período na qual ela é realizada.Atualmente, os periodos da
manutenção
preventiva são determinados, sobretudo, conforme as experiênciasdo
pessoal envolvido namanutenção
dosequipamentos, experiências
de
sistemasde
manutenção
preventiva porinstituições similares e informações
de manutenção
fornecidas pelos fabricantes,não
havendo
pesquisaque
confirme
se os períodos determinados são realmenteos melhores.
Apesar
dos vários benefíciosque
o programa demanutenção
preventivaoferece, sua implementação é cara e, dentro dos hospitais, existe
uma
grandediversidade de equipamentos definidos
como
médico-hospitalares. Porconseqüência,
com
os recursos limitados dos hospitais brasileiros, oprograma de
manutenção
preventivanão
pode
ser aplicado a todos equipamentos, oque
obriga a
uma
restrição.Na
tentativade
reduzir o lequede
equipamentos eagrupar os
que têm
asmesmas
características, optou-se por trabalharsomente
com
equipamentos eletromédicos.1.4
ESTRUTURA
DO
TRABALHO
Existe grande variedade
de
conceitos relacionados ámanutenção
entre osautores pesquisados, que,
em
alguns casos, até divergem entre si.Em
vistadisso, no capítulo 2, apresenta-se o Estado
da
Artecom
os principais conceitosutilizados no desenvolvimento deste trabalho,
tomando
por base conceitospadronizados pela Associação Brasileira de
Normas
Tecnicas-
ABNT
-
eadequando
a terminologia utilizada na literatura internacional.Apesar
da restrição para equipamentos eletromédicos, o programade
manutenção
preventivanão
pode
ser aplicado a todos pois há limitação financeiracapítulo 3, apresentam-se
algumas
metodologiasde
priorização existentes, as quais sãocomparadas
entre si para, então, ser selecionado o critério maisabrangente e aplicável.
No
capítulo 4, apresenta-se a metodologia. desenvolvida paraequipamentos eletromédicos.
De
possede
uma
listagemde
equipamentos, criadacom
base na tecnologiamédica
existenteem
alguns hospitais daGrande
Florianópolis e de Curitiba, aplica-se o critério de priorização escolhido a partir do
capítulo 3 e, após, a metodologia é proposta.
Finalmente, no capítulo 5,
expõem-se
às conclusões e algumas sugestões2.1
-
INTRODUÇÃO
r
Quando
da realização do levantamento bibliográfico, encontraram-sedivergências quanto às definições básicas relacionadas ao estudo da
manutenção. Verificou-se, ainda,
que não
háconsenso
entre organizações epesquisadores brasileiros e
do
exterior. Portanto, este capítulo destina-se arevisar e a relacionar alguns dos principais conceitos utilizados na atualidade,
passo necessário para o desenvolvimento do trabalho.
2.2
-
MANUTENÇÃO
DE
EQu|PA|v|ENTos
A
manutenção
de
equipamentos é a “combinação de todas asações
técnicas e administrativas, incluindo as
de
supervisão, destinadas a manter ourecolocar
um
itemem
um
estado no qual possadesempenhar
uma
funçãorequerida” (ABNT, 1994).
A
função Manutenção, conforme a maneiracomo
é praticada,pode
se~
RHI
Sistemática Condicional
Pre dmva
il'
Figura 2.1
-
Tiposde
manutenção
A
manutenção
corretiva ê efetuadaapós
a ocorrênciade
uma
pane,sendo
destinada a recolocarum
itemem
condiçõesde
executaruma
funçãorequerida.
Em
ocasiões nas quais há urgênciaem
restabelecer o funcionamentodo
equipamento ou sistema, amanutenção
corretiva étambém
conhecidacomo
manutenção
forçada.A
manutenção
de
melhoramento
é
um
conjuntode
ações corretivas para a melhoria dos equipamentos, objetivando a redução dasmanutenções
emelhorando a confiabilidade e o
desempenho.
A
manutenção
preventiva destina-se a reduzir a probabilidadede
falha oua degradação
do
funcionamentode
um
item,sendo
efetuadaem
intervalospredeterminados, ou de acordo
com
critérios prescritos.É
subdividida em:ø
Manutenção
sistemáticaou programada:
ocorreem
intervalos fixos,embora não
necessariamente iguais, geralmentesendo
usadasomente
se a sua utilização criar
uma
oportunidade para reduzir falhasque não
podem
ser detectadas antecipadamente, ou se for imposta pelasé realizada independentemente
do
fato de ser necessária ou não,podendo
representarum
grande desperdício;o
Manutenção
condicional: é executada de acordocom
o estadodo
equipamento
após
a evoluçãode
um
sintoma significativo.A
inspeçãoé
realizada pela equipe técnica especializada e/ou
com
o auxiliode
instrumentos.
Os
valores obtidos sãocomparados
com
os padrõesestabelecidos, verificando-se se os resultados indicam
quando
osproblemas potenciais irão acontecer.
A
manutenção
preditiva,que
é,de
fato,uma
manutenção
condicionalbaseada
na evoluçãoao
longodo
tempo
dos sintomas constatados e utilizandotécnicas
de
Estatística eda
Teoriada
Probabilidade, procura reduzirao mínimo
amanutenção
preventiva e diminuir amanutenção
corretiva.Várias políticas e
métodos de manutenção
têm sido desenvolvidos paraserem
utilizadasem
cada situação, levandoem
consideração o custoe
evitandodeixar equipamentos importantes fora
de
operação desnecessariamente.Obviamente,
quando
setem
uma
degradação
muito rápida, dificilmente as falhassão descobertas a
tempo de
corrigir o problema.Em
situações críticas, a decisãose
dá
entre substituir o equipamento falhado ou simplesmente repará-lo paraque
retorne à operação. Para situações programáveis, a dificuldade encontra-se
em
determinar o período das inspeções e/ou quais são os itens
que
devem
serinspecionados. '
Independentemente das situações críticas ou programadas,
podem-se
três procedimentos (SILVA, 1994)
que
são praticadosde
acordocom
aimportância do equipamento e levando
em
consideração os custos envolvidos:o
Reparo
mínimo -
após
a falha ou na inspeçãodo
equipamento,somente
os itensque
apresentaram o defeito são reparados, retornandorapidamente
ao
funcionamento.O
índicede
confiabilidadenão
éalterado, retornando
ao
mesmo
ponto anterior à ocorrência da falha oudainspeção;
o
Reforma
-
são reparos e sobretudo trocasde componentes
visandomelhorar os índices
de
confiabilidadedo
equipamento._Algumas
reformas
podem
aumentar
a mantenabilidadezdo
equipamentopodendo
reduzir otempo de manutenções
futuras;o Substituição
-
consisteem
realizar a troca completado
equipamentoou
de
seuscomponentes de
modo
que
retorne à operação tãobom
quanto
um
novo.Os
reparosmínimos
são realizados apos a falhado
equipamento, o qualdeve, geralmente, retornar rapidamente à operação.
A
reforma e a substituiçãodevem
ser programadas, poisalém de
exigirem tempo, os custos envolvidos sãoelevados.
2
mantenabilidade - probabilidade de uma dada ação de manutenção efetiva, para
um
item sobdadas condições de uso, poder ser efetuada dentro de
um
intervalo de tempo detenninado, quando a manutenção é feita sob condições estabelecidas e usando procedimentos e recursos2.2.1
-
Etapas daManutenção
PreventivaOs
programasde
manutenção
preventivadevem
ser elaboradosde
forma agarantir
que
os procedimentos aserem
executadossejam
os mais completospossiveis e realizados da
mesma
maneira todas as vezes.Os
roteiros demanutenção
preventivadevem
ser simples e de fácil entendimento,porém
nãodevem
ser muito superficiais.Um
procedimentode manutenção
preventiva deveconter basicamente os seguintes itens (CALIL
&
TEIXEIRA,
1998):o
Inspeção
visual emecânica
-
verificação completa, inspecionando aspartes externas e internas
do
equipamento. Visualmente, deve-severificar a integridade fisica
do
equipamentoe de
seuscomponentes
internos, os testes
de
função verificam sepeças
precisam ser ajustadasou trocadas;
i
o
Limpeza
e lubrificação-
são geralmente necessárias depois derealizadas as inspeções.
Devem
serum
processo padrão, descrito noprocedimento,
com
os tiposde
solventes ou agentes de limpeza emétodos que
forneçam a limpeza mais efetiva, além dos tipos delubrificantes e locais
onde
devem
ser aplicados;o Calibração e ajuste
-
verificaçãode
indicadores e níveisde
acordocom
o padrão determinado normalmente pelo fabricante ou Órgãogovernamental;
ø Testes
de
desempenho
esegurança
-
são testes para verificar se oequipamento está funcionando corretamente, garantindo que o aparelho
esteja calibrado e forneça segurança (elétrica, radiológica, mecânica,
2.2.2
-
Níveisde
Manutençao
PreventivaDependendo
dos objetivos e necessidadesda
estrutura de engenhariaclínica, os programas
de manutenção
preventivapodem
ser divididosem
doistipos
de
aplicação: 2ø Nível fixo, no qual a
manutenção
preventiva é realizadasempre
com
osmesmos
procedimentos verificando osmesmos
atributos cada vezque
é executada. Geralmente, são
manutenções
preventivas abrangentesem
que
são avaliados a segurança e odesempenho
dos equipamentos.Por ser mais amplo, a
vantagem desse
sistema é que a equipeexecutora
segue
osmesmos
procedimentos cada vezque
a realiza, poroutro lado, o
tempo
exigido para a execução desse tipode
procedimento é muito maior,
havendo
a necessidade, muitas vezes,de
que
o equipamento seja retiradodo
setor, oque
acarretaum
tempo de
parada maior e
aumento
do custo damanutenção
preventiva.o Nível variável, no qual os parâmetros avaliados e testados
do
equipamento variam de acordo
com
a necessidade damanutenção
preventiva. Geralmente são
manutenções
preventivas específicas,recomendadas
por fabricantes ou por normas, para verificar se há anecessidade
de
trocade
itensdegradados
entre asmanutenções
preventivas abrangentes. Esse tipo de
manutenção pode
proporcionareconomia
de recursosem
relação àmanutenção de
«nivel fixo,porém
pode
ser mais difícil de administrar.É
comum
aexecução
demanutenções
preventivas específicas (nível2.3
-
FALHA
E
DEFEITO
Este trabalho adota a distinção entre falha e defeito
(TAVARES,
1992),embora
alguns autores associem os dois termos, usando-oscomo
sinônimos.Segundo
aABNT
(1994), denomina-se falha deum
equipamento “o términoda
capacidade de
um
itemdesempenhar
uma
função requerida". Já o defeito noequipamento é “qualquer desvio
de
uma
caracteristica deum
itemem
relação aosseus requisitos”, ou seja,
uma
ocorrênciaque
não impede o seu funcionamento,podendo, contudo, a curto ou longo prazo, acarretar a sua indisponibilidade.
2.3.1
-
Classificação das FalhasA
AFNOR
-
Association Françaisede
Normalisation classificou as falhasem
função de alguns itens mostrados noQuadro
2.1(MIRSHAWKA
&
OLMEDO,
1993).
Em
função de (da) FalhaVelocidade ou forma
de
1.1-
Progressiva.manifestação 1.2
-
Repentina.2.1
-
Durante o funcionamento.Momento
de 2.2-
Ao
parar (quando a função requisitadanão
aparecimento e mais utilizada).
2.3
- Na
utilização.3.1
-
Parcial (inaptidão para cumprir a (s)Grau
de ¡mpOrtânC¡a funçao(funçoes) requis|tada(s)de
formacompleta).
3.2
-
Completa
(perda completa da função)Velocidade de 4.1
-
Por degradação: aomesmo
tempo
aparecimento e grau
de
progressiva e parcial.completa.
5.1
-
Por fraqueza inerente àconcepção
oufabricação.
5.2
-
Má
utilização.5.3
-
Má
conservação.Causas
5.4-
Envelhecimento ou desgaste.5.5
-
Primária (não provocada por falha deum
outro equipamento).
5.6
-
Secundária (conseqüênciade alguma
outrafalha). ,
6.1
-
Interna (origemda
falha é atribuída àOfigem
própria sistema). máquina, equipamento, dispositivo e-
6.2
-
Externa.7.1
-
Crítica (suscetívelde
causardanos
corporais ou de conduzir a outras conseqüências
julgadas inaceitáveis).
7.2
-
Não-critica.Conseqüências 7.3
-
Maior ou principal (suscetívelde
influenciaruma
função consideradacomo
sendo
deimportância vital).
7.4
- Menor
(sem imobilizaçãodo
material, aprodução
não
é desacelerada).8.1
-
lntermitente (perda repetitivae
momentânea,
completa ou parcialde
uma
função requisitada).
8.2
-
Fugitiva ou transitória (perdade
curtaduração,
não
repetitiva, completaou
parcialde
uma
função requisitada).No
tocante a sua 8.3-
Sistemática (ligadade
maneira segura a,
característica
uma
causaque
nãopode
ser eliminada anão
ser
que
seja poruma
modificação).'
8.4
-
Reproduzível (quepode
ser provocada àvontade simulando a (s) sua (s) causa (s)).
8.5
- De
causacomum
(quepode
influenciarsimultaneamente ou
em
cascata várioscomponentes
deuma
entidade ou toda ela).l
Quadro
2.1-
Classificação das falhasFaz parte da manutenção, principalmente da corretiva, verificar e analisar
as falhas ocorridas
em um
equipamento e nãosomente
retirá-lo do estado depane
ou repararum
sistema avariado.A
analise das falhas é muito importantefalhas e sua análise, contribui
em
muito para amanutenção
preventiva, natentativa de amenizar ou até evitar a quebra
do
equipamento.2.3.2
-
Tipos de Padrõesde
Modos
de FalhasDiversas bibliografias relacionam a “curva da banheira”
como
único padrão demodo
de
falha. Contudo,com
a evolução dos equipamentos, veriflcou-se osurgimento
de
novos padrões demodos
de
falha,como
mostra a Figura 2.2(MOUBRAY,
1997)(DUNN,
1998) (SILVA, 1998)(LUCATELLI,
2000).A\
/
Bf______J
C
_ l"D
/
E
F\
Figura 2.1
-
Tipos de padrões demodos
de
falhasA
curvado
padrão A, conhecidacomo
“cun/a da banheira”, mostraum
altoindice
de
falha no início e nofim
da “vida útil” do equipamento, caracterizando afalha
com
o desgaste e a fadiga; o padrãoC
indicaum
aumento
lineardo
índicede falha
sem
indicar ofim
da “vida út¡l”; o padrãoD
mostraum
baixo índicede
falha
do
equipamento inicialmente, o qual cresce rapidamente até atingirum
nivelconstante; o padrão
E
indicaum
índicede
falha constante independentemente daidade
do
aparelho; o padrão F mostraum
alto índicede
quebra no início, o qualdiminui até atingir
um
valor constante.Estudos
em
aeronaves civis indicaramque
os padrões A,B
eC
ocorremem
itens mais simples devido ao desgaste e à fadiga, representando11%
dosmodos
de
falha.Os
padrões D,E
e F representam os itens mais complexos,como
sistemasde
controle hidráulico, eletrônico e pneumático, respondendo pelosoutros
89%, sendo que
só o padrão F representa68%
dosmodos
de
falha(DUNN,
1998) (SILVA, 1998)(LUCATELLI,
2000).Com
isso, verificou-seque
opadrão A, “curva da banheira”, até então a mais utilizada, ocorre
em
componentes
mais simples, representando
somente
4%
dosmodos
de
falha.2.3.3
-
Classificação dos defeitosA ABNT
(1994)define
alguns conceitosde
defeitos, a saber:ø Defeito crítico
-
defeito que, provavelmente, resultaráem
condiçõesperigosas e inseguras para pessoas,
danos
materiais significativos ou outras conseqüências inaceitáveis;Defeito maiors
-
defeito que, provavelmente, resultaráem
uma
falha oureduzirá substancialmente a utilizaçao
do
item para ofim
aque
sedesfina;
o Defeito
menor4
-
defeitoque não
seja maior;o Defeito
de
projeto-
defeitode
um
item devido a projeto inadequado; ~ Defeitode
fabricação-
defeitode
um
item devido à não-conformidadeda
fabricaçãocom
o projetoou
com
os processosde
fabricaçãoespecificados.
3
4
Nota:
Um
defeito maior pode ser critico ou nao-crítico.MANUTENÇÃO
PREVENTIVA
Toda máquina
ouequipamento
em
funcionamento necessitará,algum
dia,de
manutenção, seja ela parauma
simples limpeza, seja poruma
necessidade dereforma. Essa
manutenção
poderá corrigir ou preveniruma
falha.Como
mencionado
anteriormente, amanutenção
corretiva é realizadasomente
após aocorrência da falha e a preventiva procura prevenir a falha antes
que
ela ocorra.Sabe-se
também
que
a práticade somente
uma
delasnão
resolve por completo:praticando
somente
amanutenção
corretiva, a parada repentinade
algunsequipamentos traria conseqüências graves e irreversíveis; já a prática
somente
damanutenção
preventiva,em
alguns equipamentos, teriauma
alta relação custo-beneficio não
compensando
o investimento(SIMMONS
&
WEAR,
1988).A
manutenção
preventivatem
como
principal objetivo a redução das falhasque
podem
ocorrerem
equipamentos
eletromédicos; conseqüentemente, as suasimplementações
reduzem
onúmero de
paradasnão
programadas, prevenindo osacidentes que
possam
causardanos ao
paciente e/ou usuários.Com
a diminuiçãode
paradas emergenciais, os custoscom
amanutenção
corretiva são reduzidosconsideravelmente, além
de
diminuir otempo
em
que
o equipamento fica parado no conserto.Com
isso, háuma
melhora na qualidade dos sen/iços prestadosem
razão da maior confiabilidadeque
o aparelho passa a oferecer, alémdo aumento
de
sua vida útil.Por outro lado, a implementação da
manutenção
preventiva exigeuma
equipe treinada, além
de
uma
estrutura minima para execução.No
Brasil, ohospitalares
tem
se restringido por causa da limitaçãode
recursos materiais,humanos
e financeiros (CALIL&
TEIXEIRA, 1998).Em
virtude desses fatores, da-se extrema importância à priorização deequipamentos a
serem
atendidos dentro deum
programa
demanutenção
preventiva.
Com
isso, a equipe técnica é treinada e os recursos financeiros sãoaplicados gradativamente nos equipamentos mais importantes. Inicialmente, é
feita
uma
consulta à equipe técnica, cuja experiência possibilita selecionar quaissão os equipamentos
que
serão submetidos ao programa. Isso ocorreem
virtudeda dificuldade
de
se encontrarem referências na literatura e,também,
da falta deorientação da grande maioria dos manuais
que
acompanham
os equipamentos.Após
a pré-seleção dos equipamentos,algumas
metodologias, jádesenvolvidas, poderão auxiliar na priorização
dos
mesmos.
Em
seqüência,descrevem-se alguns
métodos de
priorização.3.1
MÉTooos
DE PRioRizAçAo
3.1.1
Método
de Martins (1990)Propõe a construção de
uma
matrizde
prioridades para determinar aordem
de importância dos equipamentos.Os
dados
para a construção destamatriz são
baseados
nas características de cada equipamento. Para cada critério de avaliação são estabelecidos índicesque
podem
variarde
O a 10; quanto maiorOs
critérios de avaliação para estabelecer a matriz de prioridades sãodescritos a seguir.
Custo de
Manutenção
Corretiva~
é obtido atravésde
um
levantamento damédia
dos custos de serviçosde manutenção
corretiva para cada equipamento aser avaliado durante
um
determinado período. Após, esse valoré
dividido pelomaior custo médio desse
mesmo
equipamento
no periodo avaliado e multiplicadopor 10 para
que
o valor finalfique
entre O (zero) e 10.cMci=
ÉI`_^lÊ5×
1o,¡=1,2,3,...,N (3.1)CMC_1v1Axi
Onde:
CMC¡ -
custo demanutenção
corretivade
um
equipamento i;CMC_MED¡
-
média do custode
manutenção
corretivanum
dado
período parao equipamento avaliado;
`
CMC_MAX¡
-
maior custode manutenção
corretiva nodado
periodo para omesmo
equipamento avaliado.Manutensibilidade (Mantenabilidade)
-
é a avaliaçãoda
dificuldadede
se efetuaro reparo
em um
determinado equipamento. Para determinar esse valor,deve
serrealizado
um
estudo dotempo médio de
conserto para cada equipamentoavaliado. Esse
tempo pode
ser definidoem
razãodo número de
horasque
foramgastas no serviço
em um
determinado período. Após, esse valor é dividido pelomaior
tempo
medio dessemesmo
equipamento
no periodo avaliado e multiplicadoMi =
_m-MED*
× 1o,¡=1,2,3,...,N (32)TMC_MAX,
Onde:
Mi
-
manutensibilidade deum
equipamento i;TMC_MED¡
-tempo
médio demanutenção
corretivanum
dado
periodo para oequipamento avaliado;
TMC_MAX¡
-
maiortempo de
manutenção
corretiva nodado
período para omesmo
equipamento avaliado.Não
Confiabilidade-
probabilidadede
falhade
um
equipamentonum
determinado período. Para determinar esse valor, verifica-se o
número de
consertos realizados para cada equipamento
num
período definido. Calcula-se amédia
no período e, após, divide-se pelo maiornúmero de
consertos realizadosdentro
desse
período. Por fim, multiplica-se por 10 paraque
o valor finalfique
entre O (zero) e 10. V A Nci =
_Ê-M_C;-×
1o,¡=1,2,3,...,N (33)NMc_MAx;
Onde: NC.--
não-confiabilidade deumäequipamento
i;NMC_MED¡
-
número
médiode
consertos executadosnum
dado
período para oequipamento avaliado;
NMC_MAX¡
-
maiornúmero de
consertos nodado
período para omesmo
Grau de
Dependência -
determina a importânciade
um
equipamentoem
relaçãoao conjunto
de
equipamentos destinados aum mesmo
procedimento medico.Estima-se o grau
de
dependência de cadaequipamento
em
relação ao conjuntode
equipamentos analisados. Após, divide-secada
valor pelo maior valorassinalado no grupo
de
equipamentos avaliados. Por fim, o resultado émultiplicado por 10 para
que
fique entre O (zero) e 10.GDÍ =
ÁÊÊX*-×
10, i = 1,2,3,...,N (3.4)NEDA_MAx
Onde:
GD¡
-
graude
dependência do equipamento i;NEDA¡
-
graude
dependênciado
equipamento iem
relação aos equipamentosutilizados dentro
de
um mesmo
procedimento médico;NEDA_MAX
-
maior valor do grau de dependênciadado
aum
equipamentodentro
do
conjuntode
equipamentos avaliados.Grau de
Utilização-
avalia a utilizaçãode cada
equipamentocom
base nonúmero de
horas trabalhadasem
uma
semana.
Estima-se amédia do
número de
horas
em
que
o equipamento é utilizado porsemana.
Então, divide-se pelonúmero de
horas dasemana
(7×24=168) para obter o percentual de utilizaçãopara cada equipamento. Após, esse percentual é dividido pelo maior percentual
de
utilização obtida dentre os equipamentos avaliados para verificar o seu graude
utilização
em
relação aos demais. Por fim, multiplica-se por 10 para enquadrar osGu.=
ÊIAÍÊÊ-*×_1__×
1o,¡=1,2,3,...,N (35)iós
MVR
Onde:
GU¡
-
grau de utilização do equipamento i;NHUE¡ -
número médio de
horasem
uso efetivodo
equipamento iem
uma
semana;
NHUE.
. _ - . .¶8_*--
percentualde
utilizaçao do equipamento i;MVR
-
maior valor percentualde
utilização obtida dentre os equipamentosavaliados. V
Não-Existência
de
Alternativa-
determina a impossibilidadede
um
equipamento ser temporariamente substituído, tanto interna quanto externamente
ao
setor, por outro caso hajauma
falha. Divide-se a diferença entre onúmero
totalde
equipamentosque
realizam amesma
função e osque
podem
ser emprestadospelo
número
total daquelesque
realizam amesma
função. Após, o resultado émultiplicado por 10 para
que
os valoresfiquem
entre O (zero) e 10.NEA¡=
~×
1o,¡=1,2,3,...,N (35)NEMF
Onde:NEA¡
-
não-existênciado
equipamento i;NEMF
-
número
totalde
equipamentosque
realizam amesma
função;NEPSE
- número
total de equipamentosque
realizam amesma
função e queGrau
de
Urgência-
indica a prioridade no atendimento aos setores atendidos dentrodo
hospital, definidaem
conjuntocom
a direção ou unidade de saúde.São
atribuídas notas
de
O (zero) a 10, indicando o grau de urgência nas respostas aoschamados
dos setores.3.1.2
Método
de Hertz (1990)Esta metodologia propõe a priorização nos equipamentos
que são
maisimportantes e críticos no cuidado
com
o paciente e que, provavelmente, poderãocausar
dano
quando
apresentaremalgum
tipode
falha. Outra característica é averificação do período de inspeção, pois quanto mais atrasado estiver para
inspeção, maior será a sua prioridade.
Hertz (1990) atribui três passos
que
devem
ocorrerem
seqüência para determinar a probabilidadede
causar dano: 'ø
uma
peçado
equipamento está quebrada;o o usuário não percebe
que
o equipamento está quebrado;o o equipamento quebrado é
usado
e, então, causadano ao
paciente.Como
cada passo éum
evento independente e 'elesdevem
ocorrerseqüencialmente, a probabilidade
da
ocorrênciade
um
dano
é o produtodas
trêsprobabilidades individuais:
Tomando
por base a formula, é possivel avaliarcada
equipamento atravésda probabilidade relativa,
que pode
variar de alta,média
ou baixa. Então, paracada equipamento, pode-se atribuir
um
“valorde
gravidade" conforme indicadoabaixo:
Valor
de
gravidade=RP(quebrado)×RP(observado) ×RP(dano) (3.7)Onde:
RP(quebrado) = a probabilidade relativa
do
equipamento estar quebrado;RP(observado) = a probabilidade relativa
em
que
o operadordo
equipamentonota
que
o equipamento estáquebrado
antes de usá-lo;RP(dano) = a probabilidade relativa
em
que
o equipamento quebradocause
um
dano
se for usado.E
a cada probabilidade relativa é determinadoum
valor numéricobaseado
no seu risco percebido (alto, médio ou baixo), conforme a Tabela 3.1.
Tabela 3.1
-
Risco percebidoAlto
Médio
BaixoRP(quebrado)
3 2 1RP(observado)
1 2 3RP(dano)
3 2 1Dependendo
da
combinação das probabilidades relativas, o valorde
gravidade
pode
assumirum
dos dez valores possiveis, variando de 1 a 27.Essa
nota
apenas
indicauma
comparação de
risco entre os equipamentos avaliados,Para determinar a prioridade do equipamento,
um
Índicede manutenção
preventiva (MP) é, estabelecido levando
em
conta o valorde
gravidadedo
equipamento e o
tempo desde
a última inspeção.O
algoritmo deste -Índice deMP
é:
Se
otempo desde
a últimaMP
< inten/alode MP,
entao:índice
de
MP
= 0 (ss)Caso
contrário:Índice de
MP
= valor de giavidadnetempo desde
8'mma
Mp
intervalo
de
MP
(so)Dessa
forma, o Índicede
MP
é zero se o equipamento não estiver atrasadopara inspeção.
Caso
contrário, quanto mais atrasado estiver, mais alto será oÍndice
de
MP
e mais priorizado estará o equipamento.3.1.3
Método
AHA
(1996)Este
método
avalia os riscos clínicose
físicos associados a cada aparelhoe é dividido
em
cinco categorias:o
Função do Equipamento
(E)-
verifica a áreaonde
o equipamento éutilizado
e
a funçãoque desempenha;
o Aplicação Clínica (A)
-
verifica o risco potencialdo
paciente oudo
equipamento durante o uso;
o Exigência
de
Manutenção
Preventiva (P)-
descreve o nível e ao Probabilidade
de o
Equipamento
Falhar (F)-
verifica a razão daantecipação
do
Tempo-Medio-Entre-Falhas,baseado
em
serviços noequipamento e incidentes na história;
V
o Classificação
do
Meio de
Uso
(U)-
avalia a principal área de uso doequipamento.
Cada
categoria está subdivididaem
categorias especificasque
estão assinaladas por pontos (Anexo 1).Cada
equipamento é submetido a essa lista eos valores aplicados à fórmula abaixo:
Total =
E
+A
+ (340)O
resultado variade
3 a 20 sendo que, quanto maior for esse valor, maiorserá a sua prioridade.
3.1.4
Método
ROMSYS
oude
Capuano/Koritko (1996)O
ROMSYS
-
risk-oriented maintenance system, ou sistema demanutenção baseada
no risco, trabalha a priorização a partir dos conceitosbaseados
no risco.Cada
equipamento é submetido à avaliação das razõesdefinidas abaixo:
o
Razão
de
Função
(FR)-
caracteriza a propostado
equipamentoem
relação ao paciente;
0
Razão
de
Conseqüência
(CR)-
especula o efeitoque
omau
o
Razão de
Manutenção
(MR)
-
indica todos aspectosque
contribuem para a necessidadede
intervenção técnica;o
Razão
de
Proteção (PR)-
verifica a existênciade
alguns tipos desistemas
de
prevençãode
falhas contidos nos equipamentos;o
Razão de
Fatalidade (LR)-
indica a presença de saídas perigosasque
o aparelho
pode
ter.o
Razão
de
Uso
(UR)-
quantifica quantoum
aparelho é usado.Os
pesos e os critérios para avaliação estão detalhados noAnexo
2.Após
a obtenção dos valores, o resultado é obtido através da
soma
de
todas as razõesa fim
de
se determinar qual é a prioridadede
cada equipamento avaliado.3.1.5
Método
deJames
(1999)Esta metodologia classifica os equipamentos conforme os seus riscos
intrínsecos, ou seja, riscos
do
próprio aparelho.James
(1999) propôsuma
classificação dividida
em
riscos físicos, clínicos e técnicos.A
categoria de risco fisico verifica os perigos relacionados à possibilidadede choque
elétrico, explosão, uso apropriado e consideraçõesde
aplicação,assepsia, limpeza e instalação. Já os riscos clínicos estão associados
com
oerro operacional, técnico
ou
outros problemasde
aplicação, e os riscos técnicosreferem-se aos erros de
medições de
parâmetros ou entregade
energia.James
(1999)também
criouuma
avaliação qualitativa para verificar os níveis dosRisco
baixo-
relacionadoapenas
às caracteristicasde
desempenho
da funçãodo
usuário (botões funcionais, displays);Risco
baixo-médio -
alem da definição do risco baixo, confia na garantia dasegurança elétrica;
Risco
médio -
além da definição do risco baixo-médio, confia namanutenção do
próprio equipamento (bateria, flltros, sifões
de
água);Risco
médio-alto-
além da definiçãodo
risco médio, confia na transmissão,cálculo,
ou
visualização da medida quantificada ou na visualização ou exatidãode
uma
característicade
operação deum
aparelho calibrado (monitor fisiológico oucentrífuga);
Risco
alto-
além da definição do risco médio-alto, confia na entregade
uma
energia
medida
e calibrada, medição, ou biomateriais (desfibriladores, ventiladores, marca-passos,bombas
de
infusão).3.2
COMPARAÇÃO
ENTRE
OS
MÉTODOS
Para facilitar a análise dos
métodos
apresentados anteriormente, oQuadro
3.1 apresenta os principais itens
que
cada
metodologia utiliza para determinar aC
MARTINS
HERTZ
AHA
ROMSYS
JAMES
Custo da
manutenção
X
,corretiva . , ,Tempo
de
reparoX
~X
(Mantenabilidade) Probabilidadede
falhaX
X
X
X
(Confiabilidade) çDependência
em
relação aX
outros equipamentosTempo
de
usoX
X
X
Substituição por outro
X
equipamento
Local
onde
o equipamentoX
X
X
e utilizado ç
lntervalo da
manutenção
X
X
X
_preventiva ç
Função
do equipamentoX
X
X
Risco ao paciente Í
X
X
X
X
Proteção
dada
peloX
X
equipamento
Risco
ao
usuárioX
X
Quadro
3.1-
Comparativo dosmétodos
de
priorização utilizadosPode-se verificar
que
ométodo de
Martins avalia vários itens relacionadosà
manutenção
dos equipamentos.Sua
aplicação necessita de registrosde
manutenção
efetivos e confiáveis, oque na
maioriados
departamentosde
engenharia clinica, ainda não ocorre.
O
método de
Hertz trabalhacom
as probabilidades relativas de falha ede
risco ao paciente, tornando muito subjetiva a priorização.
Uma
das categoriasdo método da
AHA,
Exigência daManutenção
Preventiva, avalia o periodo da
manutenção
preventiva conflitandocom
aproposta deste trabalho.
As
metodologias deROMSYS
eJames
avaliam praticamente osmesmos
referências para
um
estudo mais aprofundado. Para este trabalho, optou-se, então, pela utilizaçãodo
método de
Capuano/Koritko(ROMSYS),
pois, alem de jáser conhecido na área médica, sua aplicação não
depende de
históricos eregistros dos equipamentos,
que
são, ainda,um
dos maiores problemasem
4.1
iNTRoDuçAo
É
comum
que
os intervalos demanutenção
preventiva sejam determinadospelos fabricantes e por Órgãos dedicados a área médica. Porém, esses períodos
são determinados, geralmente,
com
base
nos “tipos” ou categoriasde
equipamentos.
Dados
práticos indicamque
a maioria dos procedimentosde
manutenção
preventiva não exigiu reparos durante suaexecução
(KENDALL,
1993). Então por
que não
alterar os periodos demanutenção
preventivaajustando-os
de
forma a melhorar a eficiência dos procedimentos?Um
ponto chave, para o estabelecimento dos intervalos demanutenção
preventiva apropriados, consiste na identificação
de
doismodos
de
falhasprimárias5 falha aleatória e falha relacionada ao tempo.
Experiências de estruturas
de
engenharia clinicaem
equipamentosmédicos
comprovam
que
muitos equipamentos,em
geral,não
necessitamde
manutenção
preventiva; já, outros poderiam ter sua freqüência reduzida.Apenas
alguns tipos
de
equipamentos deveriam ter seus periodosde
manutenção
preventiva mantidos independentementedo
seu históricode
falhas.Quanto
aosequipamentos restantes, poderiam ter seu periodo de
manutenção
preventivadeterminado pelos seus históricos
de
reparos (KENDALL,1993).5
falha primária -falha de um item que não é causada direta ou indiretamente pela falha ou pane
A
fim de possibilitar a análisedo
histórico dos equipamentos, deve-seconstruir
um
banco de dados
referenteaos
equipamentos existentesem
um
estabelecimento assistencial à saúde, na qual
devem
constaralgumas
informações mínimas
como
o tipo e a quantidadede
equipamentos, quais setoresem
que
estão alocados, entre outros.4.2
CADASTRAMENTO
DOS EQUIPAMENTOS
O
cadastramento dos equipamentos é o primeiro passo no esforçode
gerenciar a variedade e o
número de
equipamentos utilizados dentro do hospital.É
preciso identificar os tiposde
equipamentos, suas características,onde
estãolocalizados,
quem
é o responsável por eles, custos, datas edocumentações
existentes.
Um
método
para registrodessas
informações e outras relacionadas acada
equipamento deve ser estabelecidode
formaque
osdados
possam
serrecuperados futuramente, analisados e utilizados
em
decisões e solução defuturos problemas