UM
ESTUDO
DE
CASO VOLTADO
AO PROBLEMA
DE
ESTOQUES
NEGATIVOS
em
›_
CONTROLE
DE
ESTOQUES
A
GRANEL NO
RAMO
PORTUÁRIO:
UM
ESTUDO
DE
CASO VOLTADO
AO PROBLEMA
DE
ESTOQUES
NEGATIVOS
Andrea
Kogitzki
¬Dissertação
apresentada
ao
Programa
de
Pós-Graduação
em
Engenharia
de Produção
da
Universidade
Federal
de
Santa
Catarina
como
requisito
parcial
para
obtenção do
título
de
Mestre
em
Engenharia
de
Produção.
Florianópolis
Andréa
Kogitzki
CONTROLE
DE
ESTOQUES
A
GRANEL
NO
RAMO
PORTUÁRIO:
UM
ESTUDO
DE
CASO VOLTADO
AO PROBLEMA
DE
ESTOQUES
NEGATIVOS
Esta dissertação
foijulgada
e
aprovada
para a
obtenção
do
títulode
Mestre
em
Engenharia
de
Produção
no
Programa
de
Pós-
Graduação
em
Engenharia
de
Produção
da
Universidade Federal
de
Santa
Catarina
' /'Florianópolis,
17
de
d
embro
de
2001.
Prof. .da
Bârcia
Coord
o
PPGEP
“BANCA EXAMINADORA
Prof.
~rari
Tubino,
Dr.
Carlos
Man
elTabo
Rodrigues,
Dr.
A
Deus,
V
por
permitir-me
superar
limites.Ao
meu
esposo,
.Marcelino
Agradecimentos
À
Universidade Federal
de
Santa
Catarina,
por
tersido
a ponte
para
solidificação
de
novos
conhecimentos.
À
Karyn
Munyk
Lehmkulhl,
pelo
assessoramento competente
junto
à
Biblioteca Universitária
da
UFSC.
Ao
professor
orientador Dálvio
FerrariTubino,
pela
dedicação
singular
que
prestou nesta
dissertação.
À
Direção
da
Rodosafra
Logística
e
Transportes
Ltda,
por
contribuir
para
a
realização
e
efetivação
desta
~
“Como
tudo
na
vida,
a
ciência
nao
é
ensinada
totalmente,
porque
não
é
apenas
técnica.
É
igualmente
uma
arte.
E
na
arte
vale
a
máxima:
é
preciso
aprender a
técnica,
para
termos
base
suficiente;
mas
não
se
pode
sacrificar
a
criatividade
à
técnica;
vale
precisamente
ao
contrário;
o
bom
artistaé aquele
que
superou os condicionamentos
da
técnica
e
voa
sozinho.
Quem
segue
excessivamente as
técnicas,
será por
certo
medíocre,
porquanto
onde
há
demasiada
ordem,
nada
se
cria".Lista
de
Figuras
... ._ p.viiiLista
de
Reduções
... ._p.ix
Resumo
... _.p.x
Abstract
... ..¿ ... ._ p.xiCAPITULO
1-
INTRODUÇAO
... ._p.01
1.1
A
origem
do tema
... _.p.01
1.2
A
importância
do
trabalho
... ._p.02
1.3
O
objetivo
da
pesquisa
... _.p.O4
1.4
As
limitações
do
trabalho
...p.05
1.5
Resultados
esperados
... ._p.05
1.6
A
estrutura
do
estudo
~ ... .__ ... ._p.06
CAPÍTULO
2
-
FUNDAMENTAÇAO
TEORICA
... ._p.08
2.1
Introdução
... _.p.08
2.2
Logística
... ._p.08
2.2.1 História
e
conceito
... _.p.08
2.2.2
Técnicas e
Aplicações
... _.p.12
2.2.3
Tendências
... ._p.18
2.3
Controle
de
estoques
... ._p.21
2.3.1
Ponto
de
Pedido
... ._p.22
2.3.2
Revisão
Periódica
...p.23
2.3.3
MRP
... _.p.24
2.3.4
Kanban
... ._p.26
2.3.5
Técnicas
de
Apoio
... _.p.28
2.4
Estoque
a
granel
no
ramo
portuário
... ._p.30
2.5
Abordagem
prática
... ._p.34
2.5.1
Trabalhos sobre
logística
... _.p.35
2.5.2
Trabalhos sobre
estoques
... ._p.38
2.5.3
Trabalhos sobre
estoque a
granel
... ._p.4O
2.6
Considerações
finais
... ._p.42
CAPITULO
3
-
METODOLOGIA
DA
PESQUISA
... __p.43
3.1
Introdução
... ._p.43
3.2
A
pesquisa metodológica
... _.p.43
3.3
O
problema da
pesquisa
... _.p.45
3.4
A
classificação
da
pesquisa
... _.p.46
3.5
O
cenário
da pesquisa
... ._p.48
3.6
Dados:
coleta
e
análise
... ._p_50
3.7
Considerações
finais
... _.p.51
4.2.1
As empresas
escolhidas
no
Porto
de
Paranaguá
p.53
4.2.2
A
observação da
sistemática
atual
de
controle
de
_estoque a
granel
... __p.56
4.2.3
Os
desafios
e
exigências
que
o
controle
de
estoque
a
granel
requer
... _.p.59
4.3
Rodosafra
Logística
e
Transportes
Ltda.
-a
empresa
amostra
... __p.6O
4.3.1
A
observação
... ._p.6O
4.3.2
O
questionamento
... __p.62
4.3.3
Informações
adicionais
... _.p_66
4.3.4
Considerações
do
pesquisador
acerca
do
estudo
de caso
____________________________________________________________________ __p.68
4.4
Considerações
fin_ais _______________________________________ __p_72
CAPITULO
5
-
CONCLUSOES
E
RECOMENDAÇÕES...
p_74
5.1
Conclusões
______________________________________________________ __p_74
5.2
_Recomendações
para
estudos
futuros
__________ __p_76
RE|=ERENc|As
B|B|.|oGRÁF|cAs
________________________________ ._ p."/9ANEXO
1 _____________________________________________________________________ __p_86
ANEXO
2
_____________________________________________________________________ _.p_94
LISTA
DE FIGURAS
Figura
2.1:Cadeia
Logística
Integrada
... ..p.14
Figura
2.2:Fluxo
do
ECR
... ..p.15
Figura
2.3:Divisões
da
Integração
Logística
... ._p.18
Figura
2.4:Modelo
por
Ponto
de
Pedido
... _.p.22
Siglas
CONAB
Companhia
Nacional
de Abastecimento
ECR
EfficientConsumer
Response
MRP
Manufacturing
Resources
Planning
JIT
Just
intime
RESUMÓ
KOGITZKI,
Andréa.
Controle
de estoques
a granel
no
ramo
portuário:um
estudo de
caso
voltado
ao problema de estoques
negativos.
Florianópolis,
2001.
91f.Dissertação
(Mestrado
em
Engenharia
de
Produção)
-
Programa de Pós-Graduação
em
Engenharia
de
Produção,
UFSC,
2001.
~
Através
do
cenáriodo
portode Paranaguá-PR,
esta dissertaçaobuscará
posicionar
o
ramo
portuáriodentro
da
escala
logística global,evidenciando
o
caso
de
posições
de
estoques
negativosque
ocorrem
em
diversospontos
do
processo
e
como
e
porquê essas
posições ocorrem.
Os
estoques
negativos
são gerados no
decorrer
do
sistema
em
virtudedas
saídas
extrasembarcadas,
a pedido
de
um
terminal especificoà
outros terminais,devido
ao
fatodo
mesmo
não
possuira mercadoria à
tempo
para a
logísticada navegação.
Também
objetivará caracterizarcom
extrema
“nuance”,os
diversosassuntos
que
podem
serpesquisados
dentro deste
ramo
e
como
cada
um
deles
criae
compõem
o
cenário portuário.O
Brasiltem
apresentado nos
últimosanos
um
destacado
crescimento
no
ramo
das
exportações
de
grãos decorrente
de
diversos fatoreseconômicos.
Estes
fatoressão
principalmente visualizadosa
partirda
histórica aberturade
mercado
ocorridana
década
de
90,bem como
após
a elevação
da
qualidade
de
nossos
produtos agropecuários.
Atreladoa
estecrescimento
contínuo,o
ramo
portuáriotem
sido exigidocom
maior
destaque
para
responder
e
sustentar
economicamente
toda
uma
rede
mercantilde
processos
necessários
para a
efetivaçãodas operações
de
armazenagem
e
despacho
desses
grãos.Porém,
a cadeia
logisticae
administrativadas
empresas
portuárias,ao
mesmo
tempo
que
é
ampla
monetariamente, apresenta-se
limitadaoperacionalmente
em
virtudeda
faltade
condições
de
processos
e recursos
humanos,
tornando
as
atividadesaquém
das necessidades
de
controle. Incluídanesta
limitação,está
a
atividadedo
controlede
estoques
de
grãos,que acaba sendo
realizadade
forma
precária,muitas
vezes
ajustada
aos
víciose problemáticas
da
rotina,justificados pelo
simples
argumento
de
difícil solução.De
acordo
com
os estudos
realizados,soluções bastante simples
podem
ser
implementadas
para
atingirum
grau
de
satisfação positivaquanto
ao
controlede
estoques
a
granel.A
sínteseda
solução
estáfocada
em
registrar-seno
banco de dados
dos estoques
as transações
de
empréstimo
temporário,sincronizando-se
assim os
controles lógicoscom
as
movimentações
físicas.Um
ponto importante a
ressaltaré o
emprego
da
Tecnologia
da
Informação
para
registrodestas transações,
atravésde
um
sistema
que
possa
serdesenvolvido
voltadoao
ramo
portuário, principalmentequanto ao
uso
da
ABSTRACT
KOGITZKI,
Andréa. Control of the
stocks
inbulk
inthe port
segment:
a
study
of
cases
turned
to the
negative
stocks problem.
Florianópolis,2001.
91f.Essay
(Master
inProduction Engineering)
-
Program
ofPost
Graduation
inProduction
Engineering,UFSC,
2001.
Through
thescenery
of the port ofParanaguá
-
PR,
thisessay
will look forpositioning the port
segment
insidea
global logistical scale, putting inevidence
the
case
of the positions of negative stocks thathappen
in several points of theprocess
and
how
and
why
these
positionshappen.
The
negative stocksare
resultedfrom
extras inputsand
outputsshipments,
because
a
specific terminalrequests
stocksgoods
pertaining to others terminais,due
to this specificterminal doesn't
own
stocksenough
tosupply
the shipping line lt will alsoaim
tofeature with
extreme
“nuances"
the different subjects thatcan be
researched
inside the
segment
and
how
each
one
ofthem
creates
and
composes
the
portscenery.
In the last years, Brazil
has
presented
an
outstanding
growth
in thesegment
of grains exportationdue
to severaleconomical
factors.These
factorsare
visualizedmainly from
the historicalopening
of themarket
thathappened
in thenineties,
as
wellas
after the elevation of the quality ofour farming
products.Attached
to thiscontinuous
growth, the portsegment
has
been
demanded
witha
higher interest torespond
and
support economically
an
overall mercantile netof
processes necessary
for the effectiveness of the dispatchingand
storage
operations
ofthese
grains.Therefore, the administrative
and
logistic chain of portcompanies,
at thesame
time
that it is monetarily wide, is operationally limiteddue
to the lack ofhuman
resources
and processes
conditions,making
the activitiesmuch
inferior tothe
real necessities of control. Included in this Iimitation is the activity of controllingthe grain stocks,
which ends up
beingperformed
ina
precariousway,
many
times
adjusted to the viciousand problems
of the routine, justifiedby
thesimple
argument
ofhaving a
difficult solution. VAccording
to the studies carried out,very simple
solutionscan be implemented
inorder
toreach a
positive satisfactiondegree
regarding to the control ofthe
stock in bulk.The summary
of the solution isfocused
in registering inthe
database
of the stocks the transactions oftemporary
Ioans, synchronizing, inthis
way,
the logical control with the physicalmovements.
An
important point tostand
out is theuse
of InformationTechnology
to registerthese
transactions,through a
system
thatcan be developed
turnedtowards
thecAPíTuLo
1-
nmmduçâo
1.1
A
origem
do tema
Quando
foram
levantadas as primeiras evidências sobrecomo
realizar o direcionamentodessa pesquisa, procurou-se fundamentar a escolha de
um
assunto a partir de aspectosimportantes
que
omesmo
possuísse dentrodo
cenário econômico,além
detambém
atender aocampo
de estudona
Engenharia de Produção.O
setor agrícola veio se destacar diante destesaspectos,
uma
vezque
éum
segmento
de extrema importância para o Brasil tanto para o suprimentointemo
quanto às vistas da exportaçao, possuindotambém
um
fortecomponente
econômico no
estadodo
Paraná, que hoje se traduznum
grande palcodo
desenvolvimento , .agropecuano.
A
produção agrícola direcionada para osegmento
de exportação associa diversasnecessidades de
monitoramento
sob inúmeros ângulos de controle.O
transportede
grãos aosportos e a sua devida
armazenagem,
por exemplo,acionam
atividades operacionaisque
setraduzem
em
focos de conceitos e práticaspouco
conhecidos,porém
fundamentais para a operação internacional.Em
visita ao porto de Paranaguá-PR,um
dos portos brasileirosque
operacionacom
embarque
edesembarque
de grãos, é possível encontrar várias empresas portuáriasque
geram
esse tipo de administração através
da
gestão de estoques.E
por tal gestão sepode
perceberquão
dinâmica é essa atividade;em
épocas de safra, as filas decaminhões
lotam as estradascom
destino à Paranaguá aguardandodesembarques
e,além do
gerenciamento dos saldos egiros de estoques, toda
uma
logística se desencadeia neste processo.Em
funçãoda
sua importânciaeconômica
eda
grande dinâmica logística, definiu-setrabalhar nesta dissertação dentro
do
tema
“Controle de estoques a granelno
ramo
portuário”
como
fomia
de encontrar problemas reais nesse tipo de gestãoque
carecessem ser investigados.Já
em
um
primeiro contatocom
otema
verificou-seque
os profissionais deste ramo,atuantes
em
algumas
empresas visitadasno
porto de Paranaguá-PR,não
possuem
formação
aplicada e específica para atuação profissional nesta área. Experiências operacionais
foram
identificadas,
porém sem
qualquer incentivo conceitualque
possibilitassem odesenvolvimento de estratégias e melhorias.
Conhecendo-se
a ausência de informaçõescom
que
os profissionaisdo
ramo
portuáriotrabalham, principalmente
na
função de gestão de estoques, partiu-se para a identificaçãode
um
problema
nesta áreada
logística portuáriacomo
forma
demelhor
entender a aplicação dasteorias de administração de estoques
no
ramo
portuário.Assim,
oproblema
escolhidocomo
foco deste trabalho se
baseou na
existência de estoques negativos dentrodo
controle dosestoques a granel.
Como
obviamentenão há
como
existir fisicamente estoques negativos,formalizou-se
uma
questão básica de pesquisa:“Como
é possível a ocorrênciade
estoquesnegativos
no
controlede
estoques a graneldo
ramo
portuário?A
titulo de hipótese inicial colocou-seque
“a existênciade
estoques negativosno
controle
de
estoques a graneldo
ramo
portuário era origináriada
faltade
uma
disciplinano
trabalho
do
profissional responsável pelo controle de estoquesda empresa
Contudo, apesarde ser
uma
hipótese plausível,não
era visível se essa deficíênciana
disciplina do trabalhodo
profissional responsável seria
somente na empresa
amostraou
se seriano complexo
portuáriocomo
um
todo.Servindo de retaguarda
na
investigaçãoda
questão proposta pode-se colocartambém
ofato
do
pesquisador possuir contato profissionalcom
oramo
portuário, e assim dispor demaior
possibilidade de acesso às informações necessárias para o levantamento de dados.Principalmente
em
função deste fato, optou-se pela realizaçãoda
investigaçãona forma de
estudo de caso, haja visto haver cenários para este estudo.
1.2
A
importância
do
trabalho
É
sabidoque
a exportação brasileira aindanão
é exploradana
sua real capacidade;curioso: o Brasil está presente
em uma
das primeiras posiçõesdo
“ranking” mundial, agregando milhões de cifrasna
balança comercial nacional,além
de representarcom
dignobrilho à
boa
qualidade de nossos produtos frente a outras nações.Para os alemães exportam-se frutas (principalmente bananas, laranjas e mangas); para os japoneses exporta-se a fundamental soja, responsável pela prevenção de doenças
como
ocâncer.
Até
os sub-produtos agropecuários,como
o farelo de soja, sãoextremamente
visadospelos chineses,
que
desenvolveramuma
tecnologia para processar100%
do
fareloem
óleopara uso
em
alimentos.A
exemplo
disso sepodem
enumerar
alguns índices, apurados através de demonstrativosda
CONAB
(Companhia
Nacional de Abastecimento), relativos aosvolumes
exportados:0 soja: record
em
2001,com
posição apurada até setembro, girandoem
tomo
de 14,4milhões de toneladas exportadas para
Alemanha,
China, Espanha, França, Itália, Japão, Países Baixos;0 farelo
de
soja:com
posição apurada até setembro de 2001, girandoem
tomo
de 8,3milhões de toneladas exportadas para
Alemanha,
Dinamarca, Espanha, França, Itália,Paises Baixos, Polônia;
0 óleo bruto e
refinado
de soja:com
posição apurada até setembrode
2001, girandoem
tomo
de 1,2 milhões de toneladas exportadas para Bangladesh, China, Cingapura,Irã, Paquistão, Países Baixos,
Hong
Kong;
0 milho: record
em
2001,com
posição apurada até setembro, girandoem
tomo
de 3,7p milhões de toneladas exportadas para Argentina, Estados Unidos, Bolívia, Equador,
Irã, Malásia, Marrocos, Paraguai, Paises Baixos, Suíça, Venezuela.
O
Brasil nuncalseexportou tanto milho
como
em
2001.Nos
últimos três anos, tinha-se amédia
Diante de
tamanha
evolução dentrodo
cenário nacional, o setor de grãos mostra-se cada vezmais
importante ao nosso país, e, conseqüentemente, exigiráuma
melhor
infraestruturade
transportes, logística e de portos. Neste trabalho, buscar-se-á trazer à visão científica
quão
inesgotável é a fonte de estudos neste segmento.
A
partir de investigações, se chegará amaiores conhecimentos sobre toda a sistemática lógica
do
ramo
graneleiro.Além
disto,como
normalmente
a área de Engenharia deProdução obtém
defesasde
pesquisas elaboradas
em
indústrias de caráter manufatureiro, ligadas àprodução
e distribuiçãode bens, pode-se
afinnar que
com
um
trabalho dentro destetema
proposto, a Engenharia deProdução
terá a oportunidade de acolherum
novo segmento
de pesquisa, ligado aoramo
portuário,
que
apesar de ser tão antigo e rico de detalhes,também
é tão esquecido pararealização de estudos científicos.
1.3
O
objetivo
da
pesquisa
O
objetivo geral desta pesquisa é o de “identificar e analisar a existênciade
estoquesnegativos
no
controle dos estoques a graneldo
ramo
portuário ” e confinnar,ou
não, ahipótese de
que
essa existência é origináriada
falta deuma
disciplinano
trabalhodo
profissional responsável pelo controle de estoques da empresa.
Para se atingir este objetivo geral,
uma
série de objetivos específicosdevem
serdesenvolvidos, entre eles:
0 identificar as principais escolas de pensamento, autores e
métodos de
gerenciamentode estoques para analisar a questão dos estoques negativos
no
ramo
portuário frente aesta teoria;
0 desenvolver
uma
pesquisa decampo
em
empresasdo
ramo
para responder à questão0 apresentar os resultados obtidos
na
pesquisa decampo
e concluirem
cima
dosdados
levantados.
1;4
As
Limitações
do
trabalho
Como
limitação deste trabalho fica a questãodo tempo
disponível para a pesquisa versus0 conhecimento profissional
do
pesquisador sobre o assunto.É
provávelque
inúmerasnovas
curiosidades sejam detectadas
no
desenrolar dos estudos eque não
possam
ser analisadascom
atenção para
não
ampliaçãoda
visão inicial de pesquisa.Desta forma, caso estas limitações apareçam, serão
enumeradas no
final desta obraatravés de recomendações, para que esses horizontes
possam
ser utilizados para a pesquisacientífica
em
outrosnovos
estudos.Também
é válido ressaltar queuma
outra limitação refere-se ao escopo da pesquisade
campo,
quecomo
dito anterionnente, será feitana forma
de estudo de casoem uma
empresa
do
porto de Paranaguá-PR,nada
sepodendo afimiar
quanto a outras empresasdo
ramo
de
armazenagem
portuáriaem
outros locais fisicos.1.5
Resultados
Esperados
A
realizaçãodo
estudo de caso para oproblema
levantado visa gerar soluçõesde
controle para a
empresa
Rodosafra Logística e Transportes Ltda,como
forma
de expandir aaplicação de técnicas
que
facilitem o gerenciamento dos estoques:Espera-se nesta pesquisa:
¢ adquirir conhecimentos mais profundos sobre a administração de estoques a granel;
0 diagnosticar os problemas de estoques existentes e propor ferramentas aos
profissionais
da
área;0 identificar o quanto
pode
ser vantajoso oramo
portuário a granel;0 contribuir para a melhoria gerencial
da
empresa
amostra.Além
destes resultados, implicitamente, estará presentena
pesquisa o desejo'deconcretizar a investigação de
forma
a adquirir conhecimentos científicos sobre odesenvolvimento de tal trabalho para
aevolução
do
'conhecimentodo
pesquisador destadissertação.
i a
1.6
A
estrutura
do
estudo
Para possibilitar
uma
adequada
pesquisa científica sobre otema
escolhido, organizar-se-áos assuntos
da
investigaçãoem
capítulos,somando
estes o total de cinco.O
capitulo l é esteno
qual está se abrangendo a apresentação geraldo
desejo de estudo,delineando ›a
origem
do
tema
escolhido, a problemática, a hipótese, a importânciado
trabalho,os objetivos almejados, os limites
do
estudo e a organização funcionalda
dissertação.O
capítulo 2 trataráda
fundamentação teórica elaborada a partir de leituras científicas eabordagens práticas registradas através dos assuntos logísticos, estoques e globalização,
como
forma
de basear o conhecimento para a aplicação práticano
estudo de caso.O
capítulo 3 visará organizar metodologicamente as idéiasdo
pesquisador dentroda
concepção científica correta,propondo
os ângulosque
serão seguidos para chegar-secom
O
capítulo 4 será o estudo de caso propriamente dito,com
a aplicação dosinstrumentos de observação e questionamento
com
o intuito decompreensão do problema
levantado e a validação
ou não da
hipótese.O
capítulo 5 tratará de realizarum
apanhado
geralda
dissertaçãoem
forma
deretrospectiva de cada
um
dos capítulos precedentes, inclusive abrindo espaço pararecomendações
de estudos futuros dentrodo
mesmo
ramo
pesquisado.cAPíTu|.o
2
-
Fundamentação
Teórica
2.1
Introdução
Há
quem
digaque
o trabalho logísticonada
tem
a vercom
o controlede
estoques.Porém,
se seu histórico for analisado, a logística surgiu exatamente por causa dele. Aplicadanas técnicas de
armazenagem
e suprimento de guerra, a logísticatomou-se
fundamental para avitória nas lutas, através de sua potencialidade de gerenciamento e distribuição de materiais
nos locais de batalha.
O
capítulo 2 objetiva apresentar a logística deuma
forma
geral, partindode
um
apanhado
de sua evolução histórica,com
o propósito de destacar o seu conceitomodemo,
suaaplicação e as tendências para o século
XXI.
Em
seguida serão explanados alguns conceitosfocados
na
atividade logística de controle de estoques,dando
ênfase amodelos
e técnicasde
controle
que
serão aplicados nospróximos
capítulos.2.2
Logística
2.2.1 História
e
Conceito
De
forma
natural e despercebida, a logísticatem
estado presenteem
nossas vidashá
muitos anos. Contudo, diantedo
grau de importânciada
logísticano
mundo
modemo
dosnegócios,
não
é raro esquecer-se de sua evolução através dos tempos, evolução essaque
selapidou
pouco
a pouco,chegando
a excelência deuma
ferramenta de gerenciamento econtrole.
Enquanto
ohomem
viviado
sistema de trocas de mercadorias,ou
aindacomo
um
artesão fabricando
conforme encomendas
solicitadas a ele, os aspectos logísticosnão
sefaziam presentes, pois
não
era necessário realizar atividades decompra
de matéria-prima,Porém,
já nesta época, algumas situações alteravam o curso dos mercados, desencadeandomudanças
importantesna
história.Anderson (apud
Lima, 2000) trata dessasmutações
nosmercados
atribuindouma
classificação para a evoluçãoda
logística,denominada
de revoluções logísticas, dispostasem
quatro períodos:Primeiro Período: faz referência ao século
XI
onde
osmovimentos
religiosos e as cruzadas,impulsionavam
as relaçõeseconômicas da
épocaem
funçãodo
intercâmbio comercial entreregiões da
Europa
com
o Oriente. Nesta fase, a produção deixa de ter caráterde
subsistência epassa atender aos
mercados
das cidades, surgindo dessaforma
novas regiões mercantis.Segundo
Período: destaca o períododo
séculoXVI
ao XVII,onde movimentações
de créditos emoedas
entraramem
destaquedando
vazão à criação de sistemas bancários. Surge a garantiaoficial de notas para utilização
no
comércio intemacional, inovação feita pelo governodo
Amsterdã. Cria-se o
Banco
da
Inglaterra e Londres setoma
o centrodo
comércio mundial.Terceiro Período: consolidou-se juntamente
com
as inovaçõesda Revolução
Industrial(século XVIII),
em
virtude das grandes invenções realizadas (navios e locomotivas a vapor),além
de inovaçõesno
ramo
de máquinas, processos e recursos de produção, transformando a manufatura à indústria mecânica.Quarto
Período: iniciou-se por volta de1900
e segue até nossos dias atuais. Neste períododo
qual
fazemos
parte, a logísticavem
associadacom
inúmeros fatorescomo:
a expansão dosgrandes
complexos
industriais, aautomação
de sistemas, o crescimentoda
basedo
conhecimento disponível, a tecnologiada
informação, etc.É
a partir desse períodoque
alogistica
começa
a se direcionar para oramo
empresarial efetivamente.Ching
(1998),em
sua obra Gestão de Estoquesna Cadeia de
Logística Integrada, dispõeuma
sub-classificaçãodeste período, evidenciando os eventos
modemos
da logística:a) Antes de
1950
-
nesta época, a logística estava dividida sob responsabilidadede
diferentes áreas,ou
seja, cada gerente tinha sua função isoladado
todo, causando confiitosde
b) Entre
1950
e1970
-
nestas décadashouve
adecolagem da
teoria e práticada
logística, 'pois o ambiente estava voltado às novidades
na
área administrativa;houve
também
ainfluência de fatores
como
mudança
de atitude dos consumidores, pressão por custosbaixos nas indústrias 7
avan
o tecnoló icoda
com
uta ão, etc.c) Entre
1970
e1990
-
nesta fasehouve
mudança
de filosofia,que
passou de estímuloda
demanda
paramelhor
gestão de suprimentos; isso sedeu
em
função de que a logísticaempresarial passou para a semimaturidade e, dessa forma, a busca pela flexibilidade das
empresas tornou-se o ponto crucial. -
d)
Pós 1990
~
apesardo
foco logístico ainda estar aplicado nas operações manufatureiras ecomerciais, a produção de serviços
vem
sendo o destaque nos negócios atuais,tendenciando para a função de “Logística
do
Futuro”.Pereira (apud Lima, 2000), focalizou estes
mesmos
períodoscom
uma
denominação
característica, sendo: Era
da Produção
em
Massa
(1920-1949), Erada
Eficiência (1950-1969), Erada
Qualidade (1970-1989), Erada
Competitividade (a partir de 1990).Diante de tanta presença e influência, a logística fora inúmeras vezes conceituada,
porém,
em
virtude de sua constante renovação toma-se diñcil definirum
conceito perene.Entretanto, nesta dissertação, busca-se apresentar os conceitos
mais
atuaisque
venham
atrelados aos aspectos daglobalização eda
competitividade, añnal, a logísticamodema
estáintegrada aos
empreendimentos
de carátermundial
gerados sobre as exigênciasque elevam
ograu de posicionamento das empresas.
Kobayashi
(2000) coloca queno
âmbito das estratégias empresariais, a logística éuma
atividade
que
serve para oferecer aos clientes artigos comerciais, produtos e serviçoscom
rapidez, a baixos custos e
com
satisfação.Apesar
de,em
muitos casos ser consideradacomo
um
sistema de distribuição fisica, ela deve ocupar-senão somente
de bens materiais,mas
os
campos
de atuação para incrementar e solidificar o faturamento e as quotas demercado
das empresas.Para
Ching
(1999) a logística exerce a função de responder por toda amovimentação
de materiais, dentrodo
ambiente intemo e externoda
empresa, iniciando pelachegada da
matéria-prima até a entregado
produto final ao cliente.As
atividades logísticas são divididasem
primárias e secundárias,onde
as atividades primárias são aquelas essenciais para a funçãologística
como
os transportes (rodoviário, ferroviário, marítimo e aeroviário), gestãode
controle de estoques e processamento de pedidos dos clientes. Já as atividades secundárias são
aquelas
que
dão apoio ao processo logísticocomo
armazenagem, embalagens de
proteção,programação
de produtos,manutenção
de informação para o planejamento logístico, etc.Com
destaque,
Ching
(1999) conceitua: ~“A
logística empresarial estudacomo
a administraçãopode
provermelhor
nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores pormeio
de planejamento, organização e controles efetivos para as atividadesde
movimentação
earmazenagem
que visam
facilitar ofluxo
de produtos”.Em
Menezes
(2000) encontra-seque
a logística é o tratamento sistêmico dos processosde suprimento, distribuição fisica de produtos/materiais e apoios necessários, dentro de
uma
mesma
empresa, desde aorigem
das matérias-primas até oconsumo
dos produtos acabados,na
busca de obtenção de ganhos de custo e de nível de atendimento a requisitos dos clientes.É
possível perceberque
o conceitoda
logística, qualquerque
seja ele, está diretamenteligado a dois pontos: ao atendimento
do
cliente (onde a qualidadeda
prestação de serviços é aestratégia) e gerenciamento de custos.
Porém,
Domier
et al (2000)inovaram
tais conceitos, fazendouma
abordagem da
logísticaem
um
ambiente global. Para isso, passa-se a falarem
ogerações e logística (Dornier“Operações é
um
processo de planejamento,implementação
e controlede
um
fluxo
físico e de infonnações efetivo e eficienteem
custo,do
ponto deorigem
a ponto deconsumo,
para atender às necessidades dos clientes... Logistica é a gestãode
fluxos
entre funções de negócio.
A
definição atual de logística englobamaior
amplitudede
fluxos que no
passado. Tradicionalmente, ascompanhias
incluíram a simples entradade matéria-prima
ou
ofluxo
de saída de produtos acabadosem
sua definição logística.Hoje,
no
entanto, essa definição expandiu-se e inclui todas as fomias demovimentos
de produtos e informações...”.
Pode-se, então, ao final
do
tópico assumir nesta dissertação a definição do conceito deLogística
como
sendo a função elo dentro deum
conjunto de operações,onde
atravésda
qualse realiza a integração de sistemas visando a otimização das atividades de planejamento e das
tarefas de execução,
com
o intuito demaximizar
o lucrodo
negócio.Em
suma, a logistica significa planejamento e gestão de fluxos, tanto de atividades,produtos, serviços e informações.
A
inovação logísticamuda
às empresas através de inovaçãode produtos, inovação dos processos, inovação
da
mentalidade, agregando a utilizaçãode
esforços semelhantes
em
ações únicas, afim
de geraruma
boa
prestação de serviço aosclientes e
economias
administrativas para as organizações.2.2.2
Técnicas
e
Aplicações
1Como
já foi dito, nas últimas décadas a logística se associou às questões empresariaise passou a
não
ter fronteira dentrodo
ambiente organizacional.Mudou
o seu perfil de atuaçãoque
era trabalhado deforma
isolada e passou a administrar as funções através do conceito deintegração de áreas e de atividades.
Com
isso,tem ganhado
pontos importantes perante asnecessidades empresariais de
mercado
e a cada dia eleva o grau deconfiança
sobre a suaeficácia. Hoje,
sem
sombra
de dúvida, a sua funcionalidade e aplicaçãopodem
permitiro
sucesso
ou
decretar o fracasso nos negócios.A
logísticamodema
surgecom
ocompromisso
de desenvolver a habilidadede mudar,
norteando o controle dessasmudanças
nas administrações contemporâneas.A
competiçãoexterna, o baixo ciclo de vida dos produtos, os clientes exigentes e
bem
informados,foram
alguns dos fatores de pressão
que causaram
grandes reações eacabaram
por gerar anecessidade de
novos
caminhos.Sem
saída, as empresas necessitaram reagir para sobreviveremno
mercado
ecom
isso iniciaramum
processo de inovação de gestão.O
campo
da
logísticamodema
abrange toda amovimentação
de materiais,intema
eextema
à empresa, incluindo chegada de matéria-prima, estoques, produção e distribuição atéo
momento
em
que
o produto é colocado nas prateleiras à disposiçãodo consumidor
final.Por
meio da
integração, ela procura tornar rentável e racional todo o conjunto de atendimento aocliente, tanto
na
fabricação, prestação de sewiçosou
distribuição.Em
outras palavras, 0fluxo
contínuo das operações é o resultado eficiente
da
operação logística.De
acordocom
Heskett (1986)além da
influênciado
fator integração, o conceitomoderno
da
logísticavem
atreladocom
técnicas de administraçãoque
antes' as empresasnão
se pennitiam utilizar,
como:
0
benchmarkíng
: através de inúmeras fontes de pesquisa (Internet, jornal, questionário, etc.) as empresastêm
condições de simular ofluxo
de operações de seus produtos ede
seus concorrentes, e assim, identificar as causas e efeitos de seu processo,reavaliando os porquês das falhas;
0 consolidação de serviços: desenvolver esforços logísticos semelhantes para redução
de custos e
maximização
dos serviços.Por
exemplo:uma
empresa
fabricantede
massas
distribuía seu produto diariamenteem
Manhattan
utilizandocaminhões que
podiam
ser apenas parcialmente carregadosem
razãodo
pequeno
número
de
entregaspossíveis
em
um
determinado diana
cidade. Então, ela procurou encontrar outrofabricante de produtos de mercearia
que
desej asse entregas freqüentesem
Manhattan
parauma
atividade de distribuição conjunta.0 diferenciação:
demorou
para as empresasentenderem que
os atendimentos aosclientes quanto às vendas
deviam
ser diferenciados.Com
essa técnica,tomou-se
possível elevar o atendimento agregando valor ao serviço prestado.
Aliado ao processo de
mudanças,
outro grande fator de sucessoda
logísticano
mercado
empresarial deu-seem
função damesma
possuiruma
relação diretacom
as atividades de planejamento.Segundo
Domier
et al (2000), “... neste contexto, a funçãologística, devido ao seu papel de integração, adquire importância estratégica”.
Ballou (1993) expressa a importância estratégica
do
planejamentona
logísticadeclarando
que
as empresas detectaramque
os sistemas de informações gerenciaiseram
importantes para projetar e controlar o sistema logístico.
Montar
o sistema logístico,com
annazéns, rotas de transporte, níveis de estoque e procedimentos para processar pedidos, é o
problema
de planejamento estratégico.A
localização das facilidades determinaem
grandeparte o
tempo
de entrega, otempo
para repor os estoques nos depósitos e osfluxos que vão
passar
em
cadaarmazém. Por
isso, oproblema
de localização dos depósitos e centraisde
distribuição é
um
dos primeiros a ser tratadono
planejamento estratégico deum
sistemalogístico.
Para a efetivação das atividades de planejamento, técnicas de gerenciamento logístico
começaram
a surgir e a dar suporte aos controles intemos eextemos
das organizações.Assim,
menciona-se aqui as técnicas de SupplyChain
Management
e EfiicientConsumer
Response.Ching
(1999) coloca que o SupplyChain
Management
(SCM)
ou Gerenciamento da
Cadeia de Abastecimento éuma
rede de relacionamentosque
sequencia estrategicamente ofluxo dos
compradores
e vendedores,com
o objetivo únicode
levaro
produto até a casado
cliente.
A
cadeia de suprimento representauma
rede de organizações através de ligações nosdois sentidos, dos diferentes processos de atividades
que
produzem
valorna fonna de
produtos e serviços.
Por
exemplo,um
fabricante de camisa é parteda
cadeia que se estendepara trás, para o tecelão, para o fabricante de fibras, e para frente, através dos distribuidores e varejistas até o
consumidor
final.O
SCM
é a gestãoda
cadeiaformada
pelas empresasque
integram suas atividades, através de relacionamento muitobem
estruturado e voltado para cooperaçãomútua
na
defesados interesses
comuns
que
levam
a obtervantagem
competitiva sustentável, frente à competição cada vezmais
acirrada.Conforme
exposto porMenezes
(2000) eLima
(2000) a gestãodo
SCM
éuma
fonna
integrada de planejar e controlar o
fluxo
de mercadorias, infonnações e recursos, desde osfomecedores até o cliente final.
Na
Figura 2.1 pode-se verificar a cadeia logística defonna
integrada e entender aaplicação
do
SCM. As
mercadorias e produtospartem da
fonte aos clientes finais e asinformações e recursos se apresentam
em
oposição ao sentido das mercadorias._ _ ._ ` ^ ° " Foco no cliente ¿\.`‹$'Y>Z;(.=fkI~'.<!‹?¡ 14 V ;¿:_¿'9Í x`3lâ.°.~S.š-I.§ãf4Yi=:=E=ë=;:=§x‹)Kë¡=ä:E=ii==5S \§2.‹=f~?›¿'››š<¿‹~›w\=\4'-×`<"' 5=‹ ›'2'í5`F>‹`‹« M*--'\ .,l ' , _ _. z /, \~cz»...». _ \ zz z» »›f.=w,ê›z£›'›l» zw « z › z r ›. <‹.sâáx=:¢z»\ *" 2.. t-l _ ;z~:z»:z›»- _. ._ z‹ .i 1 ,,f' az. Vzššm . E' . . /JL ~ -Fàrné¢e‹m‹eâ= .. Biëtfibvfëöras-.C°r=$%ärÍ*¡ös>fëšÍ ¶ â.Fome's V-"‹PfQ<?f›S¬ : . -Vflrfitt V- 'E É . sadores ~ ` Íläfãä' ' ` _ 2, V . H., _____ _ ç r . .A _Mercadqfias_a produtos? j H jf, .. :_ . _ znfzzmzçãø 1;. ¶¿.;í§íÍš'LÍi"Í. fi “ “ij* êšã
,/
_ Recursos Z ¿\
. _ f z~ * l f ×~ . . l . .,.« _. › ,, ¬ “sz * , 2.. "" "` gp J _ -fFigura 2.1 Cadeia Logística Integrada (Ching, 1999).
J á o Efiícient
Consumer
Response
(ECR)
ou
Resposta Eficiente aoConsumidor
éuma
estratégia de negóciona
qual distribuidores, fomecedores e varejistas trabalhamem
conjunto para levar os produtos aos clientes, objetivando agregar “valor” através deeconomias
originadas pela racionalização
da
cadeia logística.Em
Domier
et al (2000) oECR
é apresentadocomo
uma
técnica especialmentedesenvolvida para prestar apoio a empresas
que atuam
no mercado
de atacado e varejofoco
na
demanda
realdo
cliente utilizando essa informação para orientar o sistema dereposição. Assim, toda vez
que
o cliente retirada
lojauma
mercadoria, essa saída é registradae tão logo a quantidade de saídas atinge o ponto de reposição, o sistema dispara ao
distribuidor a necessidade de abastecimento
do
ponto de venda.c i . z âfluxó aezz‹1é'mandà e›*¡nmúnajçâ_‹›= '- ~..*i~--'tf:::f.§: j 1 , ;;-í ~ V j z “ , _;z F‹›‹ne‹àeaór Í zâmriõuâóúr I P§?Âflf° ®~f * ¢¡¡e¡¿,¿e ~ I - - I Flum dept0dUtÓse‹'s'z§1;iri,?ñ¡äntös,
Figura 2.2 Fluxo
do
ECR
(Domier
et al., 2000).Além
de oECR
atender a agilidade de reposição característica dos pontos de vendas,ele presta suporte logístico
em
estratégias específicascomo
introdução denovos
produtosou
promoção
de produtoem
linha, sortimento de lojas, lançamentos de novas marcas, etc.Ching
(1999) segue amesma
linha de raciocínio deDomier
et al (2000) e apresentaalgumas
ferramentasque
dão suporte aoECR.
São
elas:0 gerenciamento
da
categoria de produtos paramaximizar
a eficiência e alucratividade; -
0 reposição contínua utilizando a metodologia just-in-time para o
segmento
varejista;0 custeio baseado
em
atividade(ABC)
paraacompanhar
os custos e a rentabilidadeassociada aos produtos, serviços, canais, clientes e processos;
0
benchmarking
de empresas, estudando perfonnances e práticasque
possam
0
automação da
emissão de pedido porcomputador
emovimentação
de mercadoriasrealizada por leitura óptica e recebimento eletrônico.
Ainda conforme
exposto porChing
(1999),com
a aplicaçãodo
ECR
ou
do
SCM
pode-se estruturar a cadeia logística integradaem
três grandes blocos: logística de suprimento, de produção e de distribuição.Estão envolvidas
na
logística de suprimento as relações entrefomecedor
e empresa. Incluem-se nela as atividades necessárias para a pesquisa e desenvolvimento de produtos epara garantia
da
disponibilidade de alta qualidade das matérias-primas,componentes
eembalagens,
no
momento
e nas quantidades necessárias para atender aos requisitosdo
processo de fabricação, deforma
que resulteno
menor
custo totalda
cadeia logística.São
alinhados planos estratégicos de fornecedores e empresas
que
direcionam recursos parareduzir custos e desenvolver
novos
produtos.As
compras
assumem
o papel estratégicona
empresa, e a categorização e o gerenciamento dos
fomecedores
sãoimplementados
pelacorporação.
O
processamento de pedidos decompras
toma-se simplificado e integradocom
oprocesso de abastecimento a
fim
de melhorar a produtividade.Na
logística de produçãonão
está envolvidonenhum
tipo de relação externa direta,sendo
uma
parte totalmente desenvolvida pela empresa,que
envolve todas as áreasna
conversão de materiais
em
produto acabado.A
estratégia de produção é baseada nasnecessidades
do
cliente,ou
seja, ademanda
é colhida continuamenteno
menor
tempo
possívelde saída
do
produtono
ponto de venda, compiladana empresa
e infonnada à produção.Enfim,
o pontomais
importante nesse bloco é sincronizar a produção àsdemandas
dosclientes.
Por
último, tem-se dentro da logística de distribuição a relação entre empresa, cliente econsumidor, sendo responsável pela distribuição física
do
produto acabado até os pontos devenda
ao consumidor,devendo
assegurarque
os pedidos sejam pontualmente entreguesde
forma
precisa e completa.Na
logística de distribuição são formadas aliançascom
parceirosdos canais a
fim
de atender às necessidades dos clientes e minimizar os custos de distribuição.existindo
um
sincronismo entredemanda,
fabricação, distribuição e transporte,em
que
osestoques são gerenciados globalmente e sua disponibilidade é verificada on-line e
em
tempo
real.
É
através destas três subdivisõesque
se deve calcar amaximização do
atendimento aocliente
na
empresa, pois é entre elasque
se estabeleceum
ponto concentradode
contato para agestão
do
contrato de produtos e serviços,além
de proporcionaruma
fonte únicade
informações ao cliente.
2.2.3
Tendências
Neste
novo
séculoque
se inicia, a logística continua suametamorfose
visando se alinhar à erada
globalização.Há uma
crescente intemacionalização do comércio,harmonizando
e racionalizando osmercados
em
grandes áreasdo
mundo,
forçando assim agestão de operações e logística a adaptar-se ao ambiente competitivo.
Domier
et al (2000) voltando-se a essemercado
global, apresenta a integraçãoda
logística
em
três divisões: geográfica, setorial e funcional,conforme
mostradona
Figura 2.3.wearaçãv awsfäflffzfie -› Da Iogísticaitdçal para a jg~lÓbjalÊ _ .ffflf ,_ \à WW~.:zz';_, ››»»z^×».«.\\\,‹×Í2›|[« 'TfiM_ §§%â%%%ä@k äigâwëë 4 V. 'šr-›. ¬ ~>‹»ê-›‹‹››-›‹»z _ ..i7' www øâíwâs ,W zzvzzw. az «W.«,«~^ 'Í'Í'Í'Í.' ,z : c \:s=a:'sia=' ^ . .. sig.-;¡: ‹zz=z=.= zzz.z- z~ :z ._ vs ,zz Vâäš. ri l@**rfiv afiêää. “il z¿" * " v , ;z,.- * §\ š; §›, oi ,' n .ez V, sv “ f sê âízz `:`ê;z.‹» *'« - - fz , ,M ..z ~ .‹ msg ááášâêzazêzazêzazêzêâ- ._: 1-m¢g*râçââ›z.âé‹‹›‹‹z|t › «iÍõrësr§çäø›~fflífi¢šwfê‹.â ÍDäb[áÍ$6ádä_¿¿qno p 'Qa-iílogçlšficá; døm¡hada;;'pçÍ}a ~~ -s‹›1.r;‹›‹f=;(zcâf‹›i‹;fut:›“‹2Z'«íiSiri!›fifi1iø‹›fz)I; fvflçáfl r›==fr=*ifli*!09!šf'‹êaf= para.f;;-zzlqgísticafinfrezsetqçes.. =Íc?0§Í‹T1¡fiàd8í:fQélL€>f-ÍlL!>í0ë
Figura 2.3 Divisões
da
integração logística(Domier
et al., 2000).A
integração geográficatem
relaçãocom
o fato deque
as fronteiras geográficas estãoperdendo importância.
As
empresasenxergam
suas redesde
instalações mundiaiscomo
uma
única entidade.
A
implementação
decompras
globais, o estabelecimento de instalaçõesde
manufaturaem
todos os continentes, e avenda
em
múltiplos mercados,implicam
a existênciade
uma
visão de operações e logística projetadas, tendoem
mente mais que
consideraçõesIlaClOI'lalS.
A
integração setorialvem
retirar das cadeias tradicionais de logística aforma de
atuação individual, fazendo
com
que
trabalhemcom uma
visãoalém da
fronteirada
corporação, trabalhando cooperativamente para otimizar o sistema.
Um
exemplo
desse tipode
integração é o
ECR,
atravésdo
qual produtos e distribuidores se correlacionam para atingir asatisfação
do
cliente final.A
integração funcional trata dacombinação da
gestão dosfluxos
(produção,distribuição e serviços pós-venda)
com
a gestão de pesquisa, desenvolvimento e marketing,com
o objetivo de melhorar a atuação logística através derecomendações
nos produtosou
serviços. Já é visivel
em
muitas empresasda
atualidade, a interação direta da áreade
pesquisae desenvolvimento
em
conjuntocom
a logística,onde
propostas de alterações nos projetos dos produtos criam a evolução de serviços.Obviamente, os três prismas de integração são relevantes,
porém
a integração setorial é oque
está causando revoluçõesna
logística atual. Agora, a logística passado
estado “local”onde
cadaempresa
preocupa-secom
a sua cadeia, para o estado “global”onde
outros fatoresnão administráveis
implicam
nas estratégias de atuação.Segundo
Domier
et al (2000) essesfatores são:
Taxa
Cambial:em
função das empresas estarem tendendo para estruturas únicas, elasnecessitam lidar
com
os riscos introduzidos pelas taxas de câmbio,que
se alteramconfonne
aempresas para entrar
ou
sairem
mercados
exportadores, por exemplo,tem
relação diretacom
as taxas de câmbio.
É
claroque
existem artifícios para driblar eventos imprevisíveis nestemeio. Estratégias
como
o heddingou
o global sourcing são opções de garantiade
atuaçãointencional.
Regulamentações
Governamentais: a maneiracomo
um
país exige ocumprimento
de suasleis provoca
uma
administração cautelosa nas empresas de atuação intemacional, afim
denão
comprometer
as suas estratégias de atuação logística.Ao mesmo
tempo
em
que aempresa
precisa atuar de
forma
únicaem
todos os locaisno
mundo,
ela necessita se reportar às regrasespecíficas de cada país. Essa altemância de gerenciamento
pode
criar alteraçõesno
controletanto de
fluxos
das suasdemandas
de mercado,como também
nosfluxos
financeiros.Logística Reversa: até agora as empresas estavam desenvolvendo o seu conceito logístico
apenas partindo
da
sua cadeia de fornecedores para a sua cadeia de distribuição. Todavia, preocupações crescentescom
o ambiente ecom
a escassez dos recursos disponíveistêm
acarretado
em
maiores responsabilidades às empresas.Com
isso, elas estão partindo para aadministração de questões ligadas ao
fluxo
reverso,como
por exemplo, a reutilizaçãode
produtos, a
reembalagem,
a renovaçãoou
a disponibilização de artigos usados, queimplicam
em
qualidade de vida a todos.Mudança
no comportamento do
consumidor: oconsumidor
atualnão
aceita mais negações àssuas próprias necessidades e expectativas e
tem
deixado claroque
a era de produtospadronizados está acabada e a era de extrema customização de produtos está
em
vigor.Trabalhe a
empresa
com
produtos deconsumo
ou
industriais, a expectativada
funçãologística
em
termos de fornecimento de serviço é amesma:
espera-seque
o tipo de serviçoseja diferenciado.
Diante desses fatores pode-se assimilar que a tendência logística está baseada
em
aspectos globais.
A
sua função demaximizar
a lucratividadedo
negócio continua presente,porém
a partir de agora, ela deverá ser atingida através denovos modelos
de gerenciamentoestudo
como
The
ConferenceBoard
e universidadescomo
a Universityof
Maryland
játem
aplicado práticas de
modelos
para operações logísticasdo
séculoXXI.
2.3
Controle
de Estoques
Um
sonho,um
faraó eum
prisioneiro. Talvez estes três elementos sejamuma
dasprimeiras abordagens sobre planejamento e controle de estoques já encontradas
na
história.Quando
José foichamado
perante o faraódo
Egitona
missão de decifrar seu sonho, astraduções das sete espigas de trigo viçosas e sete espigas secas, das sete vacas gordas e sete
vacas
magras
resultaramna
seguinte meta: planejar, produzir e armazenar.É
claro que naquela época,não
se tinhanoção
deque
essas premissas se tornariambásicas para controle e gerenciamento de estoques.
Após
estapassagem
histórica, aestocagem
de alimentos
sempre
fora realizado, já que por ela se supria as naçõesou
os exércitos.Já
na
eramodema,
quando
semenciona
a questão “estoques” vincula-se àmesma
asua aplicação
no
campo
empresarial, sendo possível encontrar muitas referênciasda
preocupação dos empresários
com
o assunto nestas últimas décadas.Tung
(1993) abordaque
um
dos alvos principais das organizações hoje iémanter
oestoque equilibrado, de
fonna que
tanto o estoque de matérias-primascomo
o dos produtosacabados
ou
de semi-acabadospermitam
a execução dosprogramas
de produção evendas
suave e eficiente
sem
os excedentesque normalmente
acarretam maiores investimentos edespesas.
Diante desse
im
asse de su erdimensionamentoou subdimensionamento
3 éue
alogística trata o controle de estoque, de