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Avaliação do potencial de acumulação de 210Pb pela Tillandsia recurvata L. para fins de biomonitoração da qualidade do ar.

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE ENERGIA NUCLEAR

COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR

CENTRO REGIONAL DE CIÊNCIAS NUCLEARES DO NORDESTE

Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Energéticas e Nucleares

Avaliação do potencial de acumulação de

210

Pb pela Tillandsia

recurvata L. para fins de biomonitoração da qualidade do ar

AMANDA CORREIA DE ALMEIDA

Orientadora: Profa. Dr. Eliane Valentim Honorato

Recife, PE 2015

(2)

AMANDA CORREIA DE ALMEIDA

Avaliação do potencial de acumulação de

210

Pb pela Tillandsia

recurvata L. para fins de biomonitoração da qualidade do ar

Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Energéticas e Nucleares para obtenção do título de Mestre/Doutor em Ciências, Área de Concentração: Dosimetria e Instrumentação Nuclear.

Orientadora: Profa. Dra. Eliane Valentim

Honorato

Recife, PE 2015

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Catalogação na fonte

Bibliotecário Carlos Moura, CRB-4 / 1502

A447a Almeida, Amanda Correia de.

Avaliação do potencial de acumulação de 210Pb pela Tillandsia recurvata L. para fins de biomonitoração da qualidade do ar. / Amanda Correia de Almeida. - Recife: O Autor, 2015.

49 f. : il., tabs.

Orientadora: Profa. Dra. Eliane Valentim Honorato. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CTG. Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Energéticas e Nucleares, 2015.

Inclui referências bibliográficas.

1. Biomonitoração. 2. Radionuclídeo. 3. Potencial de acumulação de 210Pb. I. Honorato, Eliane Valentim, orientadora. II. Título.

UFPE CDD 572 (22. ed.) BDEN/2015-18

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Avaliação do potencial de acumulação de

210

Pb pela Tillandsia

recurvata L. para fins de biomonitoração da qualidade do ar

Amanda Correia de Almeida

APROVADA EM:

ORIENTADORA: Profª. Drª. Eliane Valentim Honorato

COMISSÃO EXAMINADORA:

Profa. Dra. Patrícia Brandão da Silveira – CRCN/UFPE

Prof. Dr. Rômulo Simões Cezar Menezes – DEN/UFPE

Profa. Dra. Vivianne Lúcia Bormann de Souza – CRCN/UFPE

Visto e permitida a impressão

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AGRADECIMENTOS

 A Deus pelo amor incondicional que tem por mim, por colocar em minha vida pessoas tão maravilhosas ao meu lado, no qual criei um vínculo de amizade muito forte e que jamais esquecerei. Obrigada por acompanhar minha trajetória, me ajudando a superar todas as dificuldades e necessidades que surgiam e por saber que onde quer que eu vá, onde quer que eu esteja o senhor estará sempre comigo. Amém.

 A minha família, pelo amor, carinho, dedicação, apoio, compreensão, motivação e paciência.

 A minha orientadora Profª Dra Eliane Valentim Honorato, pelo carinho especial, amizade, paciência e principalmente a confiança para execução deste trabalho. Obrigada por acreditar em mim e fazer parte da minha história.

 Ao Profº Dr. Clovis Abrahão Hazin, por quem tenho um afeto especial e tive a oportunidade de dividir momentos maravilhosos na companhia de outros amigos.

 A todos os professores que participaram das bancas, pelo apoio e pelas sugestões que contribuíram para a finalização deste trabalho, em especial ao Prof. Dr. Rômulo Simões, à Dra Patrícia Brandão, ao Prof. Dr. Ebenézer Moreno e Vivianne Lúcia Bormann de Souza.

 A todos da Seção de Análises Ambientais (SEAMB) do Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCN-NE), em especial à Adriana Muniz, Cláudia Poggi, Crescêncio Andrade, Daiana Luna, Danielle Patrice, Fabiana Alves, Fernanda França, Fernando Loureiro, Letícia Souza, Rosimário Honorato e Thiago Oliveira.

 Ao Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Energéticas e Nucleares, especialmente as secretárias do programa.

 A Secretaria do PROTEN.

 Ao CNPQ e a FACEPE pelo apoio financeiro.

 A todos os amigos que contribuíram de forma direta ou indiretamente para execução e finalização deste trabalho.

(6)

RESUMO

A biomonitoração do ar pode utilizar organismos que têm estreita relação ecofisiológica com a atmosfera e alto grau de acumulação de elementos estáveis e/ou instáveis. Dentro deste tema, as plantas epífitas têm sido amplamente utilizadas como biomonitores, sendo consideradas ferramentas eficientes na avaliação de deposição atmosférica. Contudo, não se tem estudos que evidenciem a eficiência de acumulação de 210Pb na espécie T. recurvata L. Com base nisto, o presente trabalho avaliou a aplicabilidade da Tilandsia recurvata L. para determinação do 210Pb, investigando o potencial de acumulação deste biomonitor em condições laboratoriais e quando exposto em uma região com níveis de radioatividade natural significativos, como é o caso da região de Paulista e Igarassu. Estes municípios estão inseridos na região urano-fosfática do Nordeste brasileiro. As espécies de T. recurvata L. foram coletadas, tratadas e acondicionadas em bolsas de náilon e separadas, posteriormente, para a realização dos dois experimentos. O experimento em laboratório consistiu na avaliação do potencial de acumulação de 210Pb pela T. recurvata L., onde os biomonitores foram acondicionados em recipientes com cúpula transparente e levados à casa de vegetação, e sob condições naturais foram submetidos a níveis controlados de exposição ao radionuclídeo em questão. O outro experimento baseou-se na instalação das espécies em pontos selecionados para monitoração em campo, nos municípios de Paulista e Igarassu. Após o término de exposição, as amostras foram secas em estufa, maceradas, dissolvidas e levadas às análises radioquímicas para determinação de 210Pb. A concentração de atividade de 210Pb para cada amostra foi medida em um detector proporcional de fluxo gasoso. Os resultados obtidos com este trabalho confirmam a importância da espécie Tillandsia

recurvata L. como ferramenta para o estudo da biomonitoração do 210Pb, por apresentar respostas mensuráveis, configurando-se a eficácia dessa espécie como bioparâmetro de análise para o diagnóstico de 210Pb atmosférico, além de ser o primeiro resultado de biomonitoração ativa da dispersão de 210Pb, em condições laboratoriais e nas regiões de monitoração.

(7)

ABSTRACT

The air biomonitoring can be carried out using organisms having a close relation ecophysiologic with the atmosphere and a high degree of accumulation of stable and / or unstable elements. Within this theme, the epiphytic plants have been widely used as biomonitors, considering efficient tools in the evaluation of atmospheric deposition. However, do not have studies that show the 210Pb accumulation efficiency in the species T.

recurvata L. Based on this, the present study evaluated the applicability of Tilandsia recurvata L. for determining the 210Pb, investigating the potential to accumulate in this biomonitor conditions laboratory and when exposed in a region with significant levels of natural radioactivity, as is the case of Sao Paulo and Igarassu region. These municipalities and are inserted into furan-phosphate region of Northeast Brazil.The T. recurvata L. species were collected, processed and packed in nylon bags and separated later to carry out the two experiments. The laboratory experiment was to evaluate 210Pb accumulation potential by T.

recurvata L. where biomonitors were acondicion in containers with transparent dome and

taken to a greenhouse and under natural conditions were subjected to controlled levels of exposure to radionuclide in question. The other experiment was based on the installation of samples at selected points for field monitoring in the municipalities of São Paulo and Igarassu. After the end of exposure, the samples were oven dried, macerated, dissolved and brought to radiochemical analysis for determination of 210Pb. The concentration of 210Pb activity for each sample was measured in a gas flow proportional detector. The results of this study confirm the importance of the species Tillandsia recurvata L. as a tool for the study of biomonitoring of 210Pb, by presenting measurable responses, setting the efficacy of these species as bioparameter analysis for diagnosis of atmospheric 210Pb, and be the result of the first active biomonitoring of 210Pb dispersion in laboratory conditions and in the monitoring regions.

(8)

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Esquema de decaimento natural da série radioativa 238U...16

Figura 2. Esquema de decaimento natural da série radioativa 232Th...17

Figura 3. Esquema de distribuição e decaimento do 210Pb no ambiente ...19

Figura 4. Morfologia externa da Tillandsia recurvata L...24

Figura 5. Tillandsia recurvata L. em habitat natural...25

Figura 6. Ponto de coleta do biomonitor (Tillandsia recurvata L.) localizado no Município de Gravatá-PE...29

Figura 7. Biomonitor (Tillandsia recurvata L.) preparado para instalação nos experimentos em condições laboratoriais e para monitoração...30

Figura 8. Esquema de montagem do experimento 1...31

Figura 9. Aplicação de 210Pb nas amostras de Tillandsia recurvata L. sob condições normais de ambiente...31

Figura 10. Pontos de instalação do biomonitor (Tillandsia recurvata L.) para monitoração...32

Figura 11. Ponto de instalação do biomonitor (Tillandsia recurvata L.) em Paulista-PE...33

Figura 12. Ponto de instalação do biomonitor (Tillandsia recurvata L.) em Igarassu-PE...34

Figura 13. Períodos que os biomonitores ficaram instalados nos pontos de monitoração Paulista (P1) e Igarassu (2)...35

(9)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Localização dos pontos de monitoração...34 Tabela 2. Concentração de atividade das amostras de Tillandsia recurvata L. expostas na região de Paulista e Igarassu durante a estação seca e chuvosa...39

(10)

Sumário

1.

INTRODUÇÃO ... 11

2.

REVISÃO DE LITERATURA ... 13

2.1 Poluição atmosférica... 13 2.2 Radionuclídeos no ambiente ... 14 2.3 Distribuição do 210Pb no ambiente ... 18 2.4 Biomonitoração ... 20 2.5 Mecanismo de biomonitoração ... 21 2.6 Gênero Tillandsia L. ... 22 2.7 Tillandsia recurvata L. ... 23

2.7.1 Biomonitor - Tillandsia recurvata L. ... 25

2.8 Espécies do gênero Tillandsia L. como biomonitor de radionuclídeos ... 27

3.

MATERIAIS E MÉTODOS ... 28

3.1 Coleta do biomonitor ... 28

3.2 Preparação do biomonitor ... 29

3.3 Experimento 1: Avaliação do potencial de acumulação do biomonitor (T. recurvata L.) para 210Pb em laboratório ... 30

3.4 Experimento 2: Avaliação do potencial de acumulação do biomonitor (T. recurvata L.) para 210Pb em campo ... 32

3.4.1 Instalação dos biomonitores ... 35

3.5 Determinação 210Pb nas amostras (T. recurvata L.) pela medida beta total no detector proporcional de fluxo gasoso ... 36

(11)

3.5.2 Cálculo da eficiência de contagem para o 210Pb ... 37

4.

RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 38

5.

CONCLUSÕES ... 41

(12)

1. INTRODUÇÃO

Os radionuclídeos naturais se encontram dispersos em toda parte, distribuídos em rochas, solo, corpos hídricos e atmosfera, sendo os mais abundantes os pertencentes às series radioativas do Urânio, Tório e o Potássio-40. Algumas áreas apresentam maior abundância destes elementos, isso pode ser resultante de processos interativos que ocorrem na água, solo, ar e na biota ou por meio de atividades antrópicas que contribuem consideravelmente para a concentração desses elementos no ambiente (LIMA, 1996).

O 210Pb, filho da série radioativa do urânio, por exemplo, é liberado para a atmosfera através do decaimento de 222Rn. Esse radioisótopo (210Pb) possui uma forte tendência a se ligar à fase sólida, particulados e sedimentos e pode ser encontrado em diversas matrizes ambientais desde água, solo e plantas, seja por mecanismos de deposição seca e/ou úmida, chegando a atingir toda cadeia de transporte biológico (GODOY et al., 1998).

Ao atingir a cadeia biológica, seja por meio da ingestão ou inalação, o 210Pb pode causar diferentes efeitos no organismo, sendo rapidamente absorvido e distribuido por todo corpo, podendo ser acumulado nos ossos e sistema nervoso central (BUENO, 1999).

Em virtude das consequências que este radionuclideo pode trazer aos seres vivos em exposição, torna-se relevante a monitoração para avaliar a qualidade do ar quanto a este isótopo, sendo a biomonitoração uma alternativa eficiente para a monitoração de radionuclídeos presentes no ar (VIANNA; ANDRADE, 2011).

Os biomonitores são organismos que têm estreitas relações ecofisiológicas com a atmosfera, por não depender de um sistema radicular para absorção de nutrientes, sendo de fácil aplicação, manuseio e baixo custo em relação aos instrumentos convencionais de monitoração atmosférica (IOVINE, 2012).

Dentro deste tema, as plantas epífitas têm sido amplamente utilizadas como biomonitores, sendo consideradas excelentes ferramentas na avaliação de deposição atmosférica, por acumularem elementos estáveis e/ou instáveis (FIGUEIREDO et al., 2007; GRACIANO et al. 2003; ELIAS et al., 2008; BERMUDEZ et al., 2008; SILVA, 2013). Apesar de alguns autores, como Leonardo (2010) e Sert et al. (2011) utilizarem organismos biomonitores na determinação da concentração de 210Pb no ar, não se tem estudos que evidenciem a eficiência de acumulação para este elemento na espécie Tillandsia recurvata L.

Com base nisto, o presente trabalho avaliou a aplicabilidade da planta epífita

(13)

210

Pb. Para tanto, foi investigado o potencial de acumulação de 210Pb deste biomonitor, tanto em condições laboratoriais, quanto exposto em uma região com niveis de radioatividade natural significativos, como é o caso de Paulista e Igarassu, visto que estes municípios estão inseridos na região urano-fosfática do Nordeste brasileiro, considerada uma das áreas de maior concentração de urânio natural no Brasil (AMARAL, 1994; LIMA, 1996; SOUZA, 1999).

(14)

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1

Poluição atmosférica

Nos últimos anos, o nível da poluição atmosférica tem aumentado significativamente, em vista, do desenvolvimento industrial e urbano, que por sua vez desencadeia uma série de fatores como a emissão de efluentes industriais e domésticos e a queima de combustíveis fósseis, que por sua vez, comprometem os ciclos biogeoquímicos e as condições socioambientais (CARNEIRO, 2004).

Segundo a resolução CONAMA de N° 3 de 28 de junho de 1990, “entende-se como poluente atmosférico qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e flora, prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade”.

Esses poluentes atmosféricos podem ser classificados quanto à origem, composição química e estado físico (BARRETO et al., 2004). Com relação à origem os poluentes podem ser primários, os quais são emitidos diretamente por fontes antropogênicas, ou secundários, que são aqueles produzidos pela reação entre poluentes primários e constituintes naturais da atmosfera.

A presença dos poluentes primários na atmosfera está relacionada aos processos naturais e antrópicos que ocorrem no ambiente. As erupções vulcânicas, decomposição de animais e vegetais, na formação de partículas radioativas, ressuspensão de poeira, formação de gás metano em pântanos e incêndios naturais em florestas correspondem a emissão de poluentes por fontes naturais. Já as fontes antrópicas podem ser adquiridas por processos e operações industriais como a incineração de lixo, queima de combustíveis, mineração, queimadas na agricultura, poeiras entre outros (CARNEIRO; TAKAYANAGUI, 2009).

Quanto à composição química, podem ser orgânicos e inorgânicos, podendo apresentar-se no estado gasoso ou na forma de partículas sólidas e líquidas (ASSUNÇÃO, 1998). Além disso, outra fonte potencial de contaminação atmosférica é a presença dos radionuclídeos em concentrações elevadas sejam por ações naturais ou antrópicas. As concentrações de radionuclídeos naturais da série do 238U e 232Th em rochas e solos são

(15)

variáveis e por processos físicos e químicos podem ser transferidos para a biota e atingir, consequentemente, toda cadeia alimentar, trazendo danos ao homem (LEONARDO, 2010).

2.2

Radionuclídeos no ambiente

O ecossistema apresenta elementos radioativos conhecidos como radionuclídeos naturais. Várias fontes emissoras contribuem com a incidência de radiação no homem, dentre outras podem citar os radionuclídeos cosmogênicos que são produzidos pelas interações de raios cósmicos com os átomos que compõem as moléculas do ar e os radionuclídeos primordiais ou terrestres que são elementos radioativos presentes desde a formação da terra (AMARAL, 1994; LIMA, 1996).

A maior parte da radiação recebida pelo homem é decorrente de fontes terrestres naturais seja por exposição interna ou externa (SAITO, 2002). A exposição interna é a presença de radionuclídeos no corpo humano pela inalação ou ingestão de materiais, enquanto que a exposição externa é decorrente da radiação natural existentes no ambiente (BUENO, 1999).

A radiação terrestre contribui com aproximadamente 84% da dose média anual e está em todas as partes do ecossistema em concentrações e níveis variados (SILVA et al., 2003). Os principais exemplos são as séries radioativas naturais 238U, 232Th e 235U que decaem até os isótopos estáveis de chumbo, e o 40K e 87Rb que são importantes, mas não fazem parte destas séries radioativas (Figuras 1 e 2) (TAUHATA et al., 2003).

As mais importantes fontes de radiação terrestre são os elementos provenientes do decaimento do 238U e 232Th, sendo o urânio, rádio, radônio, chumbo e o polônio, os radionuclídeos de maior interesse para os estudos, devido à similaridade química destes com os macronutrientes essenciais ao ciclo biológico, sendo a concentração e o comportamento desses elementos nos ecossistemas, dependentes das características físico-químicas do seu próprio nuclídeo (AQUINO; AQUINO, 2012).

Amaral (1994), Lima (1996) e Souza (1999) realizaram diferentes trabalhos na região Fosfática, encontraram valores de concentração de atividade significativas em diversas matrizes, configurando esta região como de elevada radioatividade natural.

Amaral (1994) avaliou as concentrações de urânio e 226Ra em solos e em produtos agrícolas cultivados, obtendo concentração máxima de urânio nos cultivares de 1,9.10-4 Bq.g-¹

(16)

e de 226Ra 2,2.10-3 Bq.g -1. Por outro lado, a concentração máxima de urânio e de 226Ra total no solo foi de 3.10-1 Bq.g-1 e 2,4.10-1 Bq.g-1, respectivamente.

Lima (1996) determinou as concentrações de urânio, 226Ra e 222Rn nos recursos hídricos disponíveis na região, encontrando concentrações médias de 2,5.10-2 Bq.L-1, 2,8.10-2 Bq.L-1 e 104,7 Bq.L-1, respectivamente.

Souza (1999) realizou um levantamento radiogeológico em locais que apresentavam anomalias radiométricas, verificando que as rochas e o solo exibia uma concentração relativamente elevada de isótopos radioativos nos locais minerados, expondo a população a uma dose um tanto mais alta que a média mundial.

(17)

Figura 1. Esquema de decaimento natural da série radioativa 238U

(18)

Figura 2. Esquema de decaimento natural da série radioativa 232Th

(19)

2.3

Distribuição do

210

Pb no ambiente

O radioisótopo de 210Pb, produto da série do 238U, é liberado para a atmosfera através do decaimento do 222Rn, que é parcialmente emanado para a atmosfera, decorrente de processos intempéricos ocorridos na rocha e no solo (MAZZILI et al., 2002). Quando atinge a atmosfera, este decai rapidamente para o 210Pb, que é absorvido pelos aerossóis e se associa aos materiais particulados presentes, retornando a superfície da terra e a ambientes aquáticos por meio de mecanismos de deposição superficial, seja por via seca ou úmida (GODOY et al., 1998).

As maiores fontes de 210Pb que contribuem para a dose de radiação no homem são o ar atmosférico, os alimentos e a água potável. Por meio de escoamento superficial este elemento pode ser depositado em corpos d'água e acumulado nos sedimentos de fundo, e através da circulação atmosférica, nos oceanos e continentes, onde ocorre a sua distribuição para o ambiente (GODOY et al., 1998). O consumo frequente de alimentos que apresentem este radioisótopo em sua composição como, peixes, mariscos, água potável, como também, a utilização do tabaco, podem comprometer órgãos e as condições metabólicas do organismo (BUENO, 1999).

O 210Pb é o último radionuclídeo da série do 238U com tempo de meia-vida (aprox. 22 anos), e possui uma forte tendência a se ligar a fase sólida, particulados e sedimentos, seja por adsorção física dos seus complexos orgânicos, seja por quimissorção de suas espécies inorgânicas. É por este motivo, que ele pode ser encontrado em diversas matrizes ambientais (água, solo e plantas) e chegar a atingir toda cadeia de tranporte biológico (Figura 3) (SAITO, 2002).

(20)

Figura 3. Esquema de distribuição e decaimento do 210Pb no ambiente

Fonte: Adaptado de GODOY et al., 1998.

O chumbo pode se concentrar em vários compartimentos do meio ambiente e em organismos vivos. O principal meio de transferência do 210Pb é por deposição via aérea, podendo ser inalado pelo organismo, afetando principalmente os ossos, rins, fígado e o sistema nervosos central, sendo absorvido pelo corpo humano e eliminado lentamente, compromentendo assim, à saúde (BRAIT; ANTONISI FILHO, 2010; SEMMER, 2007).

(21)

2.4

Biomonitoração

A biomonitoração é o uso de organismos e biomateriais para obter informações sobre determinadas características do ecossistema, sendo uma ferramenta bastante útil na investigação da presença de poluentes e na monitoração das condições ambientais, que podem comprometer a qualidade do ar (FREITAS, 2006). Os níveis de poluição atmosférica podem ser analisados através de métodos direto ou indireto.

O método direto baseia-se no uso de amostradores de ar e análise de particulado, mas não são utilizados com frequência, devido ao alto custo dos equipamentos para implantação e manutenção (MOTA FILHO et al., 2005); já o método indireto utiliza organismos (biomonitores) que tem capacidade de acumular poluentes, podendo ser utilizado na prevenção de problemas ambientais e no controle de remediação (SAIKI, 2007; LIDIA et al., 2006).

As informações relevantes a biomonitoração esta relacionada a sensibilidade do organismo monitor a nivel bioquímico, fisiológico, morfológico, comportamental, nutricional, como também, a disponibilidade de água, luminosidade, temperatura, idade do organismo, sexo, fase de desenvolvimento, características genéticas, concorrência entre indivíduos ou espécies, assim como, as concentrações de vários tipos de substâncias (WOLTERBEEK, 2002).

Os biomonitores reagem às perturbações ambientais, seja por modificações naturais ou antrópicas, respondendo a certos níveis de poluição por uma mudança natural no seu comportamento ou por acumulação de partículas poluentes em seus tecidos, sejam elementos químicos estáveis ou instáveis (VIANNA; ANDRADE, 2011).

Alguns organismos podem apresentar sensibilidade às alterações ambientais através de lesões no seu aspecto morfológico, sendo usada para obter-se informação “in situ” (ELIAS, 2008). As mais resistentes são aquelas que não apresentam modificação no seu padrão e podem acumular uma grande quantidade de poluentes (IOVINE, 2012; WOLTERBEEK et

al., 2002). No entanto, nem todos os bioindicadores são eficientes na biomonitoração, pois é

preciso que estes forneçam respostas mensuráveis, para se instaurar parâmetros de avaliação da concentração destes poluentes (CARNEIRO, 2009).

Os liquens, musgos, plantas superiores e animais são bastante empregados como bioindicadores e biomonitores, pois apresentam respostas em função do estresse que estão submetidos e habilidades no acúmulo de metais e radionuclídeos em seus tecidos, podendo

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resultar em modificações nos seus ciclos vitais (SILVA, 2002). Alguns autores têm referenciado as plantas epífitas do gênero Tillandsia L. como excelentes biomonitores por apresentar respostas satisfatórias a vários tipos de ensaios realizados em alguns estudos anteriores (GARCÍA et al., 2009; SANTOS, 2011; PIGNATA et al., 2002).

2.5

Mecanismo de biomonitoração

A biomonitoração do ar pode ser dividida em duas formas: ativa e passiva. O controle passivo refere-se ao uso de organismos naturalmente existentes em uma dada área de pesquisa e retratam a situação do ar ao longo dos anos. As árvores, liquens e musgos são exemplos desses monitores passivos e são usados para nivelar os efeitos dos poluentes em um longo período de exposição (BRAIT; ANTONISI FILHO, 2010).

O biomonitoramento ativo é uma técnica já fundamentada e que vem sendo utilizada em diversos países e no NE do Brasil. Esse controle inclui a exposição de espécies que são transplantados de uma região e inseridos em outro local a ser avaliado por um tempo definido e em condições controladas (WOLTERBEEK, 2002).

Além disso, essas formas de biomonitoração se tornam vantajosas para o estudo, por serem de fácil amostragem, baixo custo para montagem dos experimentos e disponibilidade da espécie para transplantes, não necessitando do uso de equipamentos na coleta e podendo ser usados em locais remotos que apresentem grandes concentrações de poluentes, permitindo o monitoramento a longo prazo (SANTOS, 2011).

Esses mecanismos a serem utilizados são relevantes na gestão de ambientes urbanos ou rurais, sobretudo para áreas que se encontram sobre forte influência dos poluentes atmosféricos. Sendo assim, os diferentes meios de biomonitoração (líquens, plantas e animais), podem ser utilizados para fins de comparação entre áreas, séries temporais, medidas de background, funcionando como um instrumento de avaliação da poluição (DRAGUNSKI

(23)

2.6

Gênero Tillandsia L.

A Tillandsia L. é um dos gêneros da família Bromeliaceae mais diversificados, se destacando por seu valor ornamental, alta variabilidade genética, importância farmacológica, ecológica e na monitoração do ar, já que possui um metabolismo íntimo com a atmosfera e não utilizam o solo como substrato (SCATENA; SEGECIN, 2005). Podem ser encontradas em diferentes áreas, desde a América tropical e subtropical, até o sul dos Estados Unidos e ao norte da Argentina (PONTES; AGRA, 2005).

O gênero Tillandsia L. foi designado por Carl Linnaeus em homenagem ao seu professor Elias Tillands (FRACARO, 2004). Os integrantes desse gênero são capazes de resistir a ambientes extremos, influências climáticas e as ações antrópicas (SANTOS, 2011). A capacidade das espécies do gênero Tillandsia L. de sobreviver em condições extremas está baseada nas suas características morfológicas e fisiológicas. Caracterizam-se por viver sobre outras plantas (epífitas) com crescimento especializado, apresentando escamas epidérmicas na superfície das folhas e tricomas foliares (pequenas escamas) que auxiliam na absorção do vapor de água, para sua manutenção (MANETTI et al., 2009; KREMER, 2011).

As Tillandsias L. exibem estruturas caulescentes ou caules não perceptíveis, com folhas distribuídas ao longo do caule, com escamas simétricas ou assimétricas. Emergem flores sésseis com corolas protegidas por brácteas, ou seja, não possui haste de suporte, com pétalas livres, com seis estames, filetes cilíndricos ou complanados, anteras com deiscência rimosas e sépalas simétricas, livres ou soldadas (FIORATO, 2009).

Essas plantas apresentam o ovário súpero, ou seja, se encontra sobre o receptáculo e o ponto de inserção das outras partes florais. Os óvulos são numerosos e o fruto é capsulado, com sementes cilíndricas ou fusiformes e exibem inflorescências em espigas simples ou ramificada (ESCOBAR et al., 2011).

As bromélias do gênero Tillandsia L. absorvem água e nutrientes do ar e suas raízes não desempenham papel de absorção, mas apresenta apenas a função de ancorar a epífita ao substrato (FIGUEIREDO et al., 2001). Por esta razão essas plantas são muito apropriadas para a monitoração da poluição atmosférica, pois dependem dos nutrientes e água presentes na atmosfera para o seu desenvolvimento e por possuir uma vida longa e sua morfologia não variar com as estações do ano (PIGNATA et al., 2002).

(24)

2.7

Tillandsia recurvata L.

T. recurvata L. (Bromeliaceae) é uma epífita adaptada aos diferentes fatores de

estresse e ocupa as coroas de certas espécies hospedeiras (GARCIA et al., 2009). Tem origem nos EUA, Argentina e Chile. Se encontram amplamente distribuídas na América tropical e estão adaptadas a diferentes habitats, ocorrendo no Sul da América do Norte, América Central, Caribe e América do Sul (PONTES; AGRA, 2005).

Seu ciclo de vida é perene, apresentando um caule quase imperceptivel e suas raízes são reduzidas ou ausentes, e tem a finalidade de fixar a planta ao substrato sem exercer função de absorção (MANETTI et al., 2009). As folhas são dísticas e recurvadas, daí o motivo dessa espécie ser denominada Tillandsia recurvata L. (FIORATO, 2009).

Possuem uma forma de crescimento altamente especializada, com escamas epidérmicas foliares capazes de absorver água e nutrientes diretamente da atmosfera (MANETTI et al., 2009). São através das folhas que os nutrientes e a umidade são captados em pequenos filamentos de pigmentação branca, conhecidos por tricomas e/ou escamas peltadas. Os tricomas têm por uma de suas finalidades, regular a quantidade de umidade e nutrientes, bem como a troca gasosa, agindo como pequenos estômatos (VIANA, 2010).

A T. recurvata L. exibe inflorescência em espiga com cerca 1–1,5 cm comprimento, com brácteas florais e sépalas subconatas na base (Figura 4). As pétalas são lineares com estames inclusos, soldados na base do ovário (ESCOBAR et al., 2011).

(25)

Figura 4. Morfologia externa da Tillandsia recurvata L.

j - hábito; l - inflorescência; m – escama; n - corte transversal do fruto; o - bráctea floral; p - ovário. Fonte: Adaptado de PONTES; AGRA, 2005.

A T. recurvata L. é também conhecida como Bola de musgo, devido ao crescimento aglomerado na forma de globo, apresenta folhas com fios retorcidos, cobertas de tricomas e as rosetas são densas e podem formar colônias (Figura 5) (VASCONCELLOS et al., 2013). É uma planta florífera que apresenta muita facilidade em sobreviver a ambientes urbanos, principalmente presos em fios de energia, devido a luminosidade e ventilação desses locais para a captação dos nutrientes presentes no ar.

(26)

Figura 5. Tillandsia recurvata L. em habitat natural, Gravatá - PE

Fonte: AUTOR, 2013.

Essa espécie é considerada um importante biomonitor da qualidade do ar, pois é capaz de fixar e acumular nutrientes e poluentes presentes na atmosfera que são absorvidos pelo seu próprio metabolismo e a análise do conteúdo de seus tecidos era refletir na contaminação atmosférica local (GARCIA et al., 2009; GRACIANO et al., 2003; PIGNATA, 2002).

2.7.1 Biomonitor - Tillandsia recurvata L.

A T. recurvata L. (Bromeliaceae) é uma planta epífita utilizada no monitoramento das condições atmosféricas, por apresentar um metabolismo intimamente atmosférico e possui uma independência do solo, com grande adaptação a ambientes extremos e de elevado estresse, devido aos seus fatores morfofisiológicos e a sua capacidade de fixar e acumular nutrientes dispersos na atmosfera, expressam respostas mensuráveis em relação às mudanças ambientais, funcionando como filtros altamente desenvolvidos no monitoramento do ar e também da chuva (GRACIANO et al., 2003; FIGUEIREDO et al., 2007; ELIAS et al., 2008).

(27)

Por este motivo, essas espécies são consideradas como bioindicadores, cuja avaliação do conteúdo de seus tecidos irá refletir a composição atmosférica local, sendo ferramentas importantes para analisar a qualidade do ar (BRIGHIGNA et al., 2002; FONSECA et al., 2007; GARCIA et al., 2009; GRACIANO et al., 2003, WOLTERBEEK, 2002).

Realizando-se um levantamento bibliográfico sobre o uso da espécie T. recurvata L. como biomonitores de poluição ambiental, verifica-se que vem sendo muito utilizada no mapeamento dos níveis de contaminação e na identificação de fontes poluidoras, devido ao seu bom desempenho fisiológico. Dentre estes trabalhos destacam-se Benzing et al. (1992) que mostraram que Tillandsia recurvata L. exposta a diferentes concentrações de dióxido de enxofre e ozônio, esta não apresentou lesão visível em sua superfície, e sugeriram que esta epífita é mais vantajosa que os líquenes como um indicador biológico da qualidade do ar.

Graciano et al. (2003) também utilizaram em seus estudos a Tillandsia recurvata L. para verificar o seu potencial como bioindicador de poluição do ar por enxofre em locais da cidade de La Plata, Argentina. Nesse estudo verificaram que essa espécie é um indicador de poluição eficaz, pois apresentou capacidade de acumular enxofre nos seus tecidos, tolerando certos níveis de poluição sem evidenciar alterações morfológicas.

Bermudez et al. (2009) avaliaram a capacidade de bioacumulação e a resposta aos poluentes em três espécies de Tillandsias e uma de líquen, no ambiente rural, urbano e industrial, na Argentina. Sendo a Tillandsia recurvata L. a espécie que se mostrou mais eficiente no acúmulo de elementos químicos estáveis.

Silva (2013) aplicou a T. recurvata L. como biomonitor de zinco atmosférico na área urbana de Londrina, PR. Os resultados demonstraram que a T. recurvata L. tem um bom potencial de acumulação para o Zn, podendo atuar na biomonitoração da qualidade do ar para este elemento químico.

Santos et al. (2013) realizaram a biomonitoração ativa, utilizando a espécie T.

recurvata L. para avaliar a poluição atmosférica por metais traços (Ni, Cu, Pb e Cd)

provenientes do tráfego veicular na Região Metropolitana do Recife. Os autores verificaram que para o tempo de exposição de dois meses, essa espécie apresentou uma resposta mensurável para os elementos químicos quantificados, sendo uma ferramenta adequada para a avaliação da poluição atmosférica.

(28)

2.8

Espécies do gênero Tillandsia L. como biomonitor de radionuclídeos

Alguns trabalhos relacionados ao estudo de biomonitoração com especies do gênero

Tillandsia L. referenciam a importancia desses organismos no acúmulo de elementos instaveis

(radoativos). Peng Li et al. (2012) realizou a monitoração de nuclídeos, utilizando a

Tillandsia usneoides L. para captação e localização de 133Cs. Nesse estudo foi avaliado o potencial dessa espécie para monitorar o isótopo de Césio e investigar se este isótopo fica preso nas estruturas da planta. Os resultados mostraram que essa espécie foi capaz de sobreviver à condições de estresse de Césio, sugerindo que as plantas podem acumulá-lo rapidamente de forma eficaz.

Olivé et al. (2012) determinaram a presença de La, Ce e Sm, no Corredor Industrial Tula, México, empregando T. usneoides L. como biomonitor ativo e filtros. Os resultados mostraram um bom desempenho e uma alta correlação entre a T. usneoides L. e o filtro empregado.

Os estudos citados confirmam o desempenho das espécies do gênero Tillandsia L. como biomonitores eficientes para avaliar a qualidade do ar em relação à presença de radionuclídeos. No entanto, não se tem trabalhos que forneçam dados envolvendo a aplicação da espécie Tillandsia recurvata L. como biomonitor para radionuclídeos, em especial o 210Pb, elemento de interesse nesse estudo. Por isso, se torna relevante utilizar essa espécie para verificar seu potencial de acumulação para o elemento supracitado, principalmente em pontos de estudo em que se verificam valores significativos de radioatividade natural.

(29)

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Para avaliação do potencial de acumulação de 210Pb pela Tillandsia recurvata L. foram realizados dois ensaios: um em laboratório e outro em campo. A área selecionada para a exposição em campo foram as cidades de Paulista e Igarassu, Pernambuco, em decorrência dos níveis apreciáveis de radioatividade natural nestas áreas, expressa em trabalhos anteriores (AMARAL, 1994; LIMA, 1996; SOUZA 1999).

As análises químicas para a determinação do 210Pb presentes nos exemplares foram realizadas nos laboratórios da Seção de Análises Ambientais (SEAMB/CRCN-NE), e sua quantificação foi determinada no detector proporcional de fluxo gasoso da marca Canberra S5-XLB.

3.1

Coleta do biomonitor

Os exemplares da planta epífita Tillandsia recurvata L. foram coletados no município de Gravatá, na mesorregião do Agreste Pernambucano, local de ocorrência natural da espécie e que apresenta ausência de fontes de poluição atmosférica contendo o elemento a ser estudado neste trabalho (Figura 6). A coleta ocorreu em novembro de 2013 numa área de vegetação nativa, sendo esses exemplares retirados de árvores e acondicionados em bolsas e levados para o laboratório para o tratamento de limpeza. Foi empregado o método da biomonitoração ativa, que consiste na retirada de organismos de uma área para serem inseridos em outra.

(30)

Figura 6. Ponto de coleta do biomonitor (Tillandsia recurvata L.) localizado no Município de Gravatá-PE

Fonte: GOOGLE MAPS, 2015.

3.2

Preparação do biomonitor

As amostras coletadas foram levadas para o laboratório para serem tratadas, acondicionadas e analisadas. O biomonitor coletado passou por um tratamento de limpeza, separando qualquer corpo estranho que pudesse gerar interferências nos resultados.

Após o procedimento de limpeza, os biomonitores selecionados foram acondicionados em bolsas de náilon com dimensões de 20 x 20 cm, sendo cada unidade experimental composta por 12 g da amostra (SANTOS, 2011).

As bolsas eram confeccionadas com náilon e apresentavam aberturas de malha de 3 mm no tecido, que permite o contato do biomonitor com a atmosfera circundante (Figura 7). Os exemplares depois de prontos foram separados para a realização dos dois experimentos independentes, por períodos de exposição distintos. Ao final do tempo de exposição cada

(31)

amostra foi analisada em triplicata para uma maior segurança e confiabilidade nos resultados, assim como o branco de cada análise. Além disso, foram separados dois exemplares para amostra de controle.

Figura 7. Biomonitor (Tillandsia recurvata L.) preparado para instalação nos experimentos em condições laboratoriais e para monitoração

Fonte: AUTOR, 2013.

3.3

Experimento 1: Avaliação do potencial de acumulação do biomonitor

(T. recurvata L.) para

210

Pb em laboratório

Para realização do experimento 1, cada biomonitor foi mantido em um recipiente com cúpula transparente e armazenado na casa de vegetação, sob condições naturais. Os biomonitores foram borrifados com diferentes concentrações de 210Pb (4,17; 8,33; 12,50; 16,67 e 20,83 Bq.g-1), perfazendo seis amostras, sendo uma controle, com dois exemplares para cada concentração, por um período de exposição de 25 dias (Figuras 8 e 9). Após o tempo de exposição, os biomonitores foram retirados e acondicionados em sacos de papel e mantidos à temperatura ambiente até a realização das análises.

(32)

Figura 8. Esquema de montagem do experimento 1

Fonte: AUTOR, 2014.

Figura 9. Aplicação de 210Pb nas amostras de Tillandsia recurvata L. sob condições naturais

(33)

3.4

Experimento 2: Avaliação do potencial de acumulação do biomonitor

(T. recurvata L.) para

210

Pb em campo

Para a realização do experimento 2, foram selecionados dois pontos de exposição, sendo um em Paulista (07º56’1,7” S / 34º53’4,8” W) e outro em Igarassu (07º52’47,5” S / 34º54’18” W) (Figura 10).

Figura 10. Pontos de instalação do biomonitor (Tillandsia recurvata L.) para monitoração de

210

Pb nos municipios de Paulista (P1) e Igarassu (P2)

Fonte: GOOGLE MAPS, 2015.

A seleção dos pontos teve como base os trabalhos realizados por Souza (1999), envolvendo a análise radiométrica das rochas sedimentares, dentre elas as urano–fosfáticas presentes na área de estudo e mostrando a presença de concentrações significativas de radionuclídeos naturais das séries do 238U e 232Th em diversas matrizes ambientais. Nesta

(34)

região, Amaral (1994) e Lima (1996), avaliaram diferentes matrizes e radionuclídeos naturais, encontrando concentrações significativas de radionuclídeos nesse local.

Os trabalhos supracitados evidenciam a significância da avaliação desta área e valida a ideia do presente estudo, em realizar um levantamento radiométrico da qualidade do ar na mesma região, uma vez que o radioisótopo de 210Pb, produto da série do 238U, pode ser encontrado no compartimento atmosférico pela emanação do gás radônio, apresentando-se disperso em níveis apreciáveis no meio.

A localização dos pontos de amostragem nas cidades de Paulista e Igarassu foram definidas com base nas medidas gama obtidas através do cintilômetro SAPHYMO SRAT SPP-2 (SOUZA, 1999), onde foram observados valores três vezes maiores que o background (40 cps), ou seja, medidas acima do comumente encontrado nas rochas da região (Figuras 11 e 12). O Ponto 1 está localizado na rodovia estadual PE-15, nas proximidades do rio Paratibe. Enquanto que, o Ponto 2 está localizado no distrito de Cruz de Rebouças, próximo a rodovia federal BR-101 Norte, no km 47, local de ocorrência da construção de um estabelecimento comercial (Tabela 1).

Figura 11. Ponto de instalação do biomonitor (Tillandsia recurvata L.) em Paulista-PE

Fonte: GOOGLE MAPS, 2015.

PAULISTA

(35)

Figura 12. Ponto de instalação do biomonitor (Tillandsia recurvata L.) em Igarassu-PE

(

Fonte: GOOGLE MAPS, 2015.

Tabela 1. Localização dos pontos de monitoração PONTOS LOCALIZAÇÃO CONTAGEM GAMA

(cps) COORDENADAS GEOGRÁFICAS Paulista (Ponto 1) Rodovia Estadual (PE-15) 750 07º56’1,7” S 34º53’4,8” W Igarassu (Ponto 2) Rodovia Federal (BR-101) km 47 100 a 120 07º52’47,5” S 34º54’18” W

IGARASSU

(36)

3.4.1 Instalação dos biomonitores

Foram instalados três exemplares por área de monitoramento, por um período de três meses, durante a estação seca. Após este tempo de exposição, os exemplares anteriores foram substituídos por mais três novos biomonitores, permanecendo por mais três meses de exposição, durante a estação chuvosa (Figura 13). Esses exemplares ficaram presos em árvores e postes.

Figura 13. Períodos que os biomonitores ficaram instalados nos pontos de monitoração Paulista (P1) e Igarassu (P2)

Fonte: AUTOR, 2014.

Após a finalização dos períodos de exposição, os exemplares foram retirados dos locais de instalação e levados ao laboratório para as devidas análises.

(37)

3.5

Determinação

210

Pb nas amostras (T. recurvata L.) pela medida beta

total no detector proporcional de fluxo gasoso

As amostras coletadas tanto no experimento 1 quanto no experimento 2 foram secas em estufa por aproximadamente 50º C até peso constante e posteriormente macerados com nitrogênio líquido. Utilizou-se uma alíquota de 500 mg de cada amostra para serem digeridas com ácido nítrico em digestor micro-ondas Mars-5 CEM.

Após a dissolução das amostras foram realizados os procedimentos radioquímicos para determinação de 210Pb, segundo Moreira (1993) e Silva (1995). O procedimento consiste na filtração, acidificação e adição do carreador de chumbo. O chumbo da amostra é precipitado sob a forma de sulfato de chumbo e após sofrer vários processos de purificação, o 210

Pb foi, então, precipitado sob a forma de cromato de chumbo. O rendimento químico foi realizado por gravimetria, medindo-se a massa dos precipitados e relacionando com as massas adicionadas inicialmente do carregador de Pb2+ (20 mg.mL-1).

A concentração de atividade de 210Pb para cada amostra foi medida decorridos dez dias da precipitação de chumbo como cromato, tempo necessário para que se atinja o equilíbrio radioativo. Após esse período, a concentração do 210Pb, foi então determinada em um detector proporcional de fluxo gasoso de baixo background, marca Canberra, modelo S5-XLB (Figura 14), por intermédio da emissão beta do seu radionuclídeo-filho, 210Bi. Esta técnica é vantajosa, devido à baixa radiação de fundo, suficiente para medir amostras contendo níveis de radioatividade ambientais.

3.5.1 Cálculo da concentração de atividade do 210Pb

A concentração de atividade de 210Pb é determinada segundo a fórmula:

(Eq. 1)

Onde:

A - concentração de atividade da amostra (mBq g-1)

(38)

C0 - taxa de contagem da radiação de fundo (background) (cps)

Rq - rendimento químico

e - eficiência de contagem (cps dps-1)

m - massa da amostra (g)

t - tempo transcorrido entre a precipitação do PbCrO4 e a contagem (dias)

λ - constante de desintegração do 210

Bi (0,183d-1)

3.5.2 Cálculo da eficiência de contagem para o 210Pb

A eficiência de contagem para o 210Pb foi calculada segundo a fórmula:

(Eq. 2)

Onde:

ε - eficiência de contagem (cps dps-1 )

Cp - taxa de contagem total da amostra padrão de 210Pb (cps)

C0 - taxa de contagem da radiação de fundo (background) (cps)

Ap - concentração de atividade da amostra padrão de 210Pb (mBq g-1)

Rq - rendimento químico mp - massa da amostra (g)

t - tempo transcorrido entre a precipitação do PbCrO4 e a contagem (dias)

λ - constante de desintegração do 210

(39)

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Experimento 1: Avaliação do potencial de acumulação do biomonitor (T. recurvata L.) para 210Pb em laboratório

Os resultados no Experimento 1, levando-se em consideração a concentração de 210Pb a ser acumulado em relação ao adicionado na Tillandsia recurvata L., revelam que a espécie em estudo é satisfatória no que se refere ao acúmulo do 210Pb, uma vez que foi possível observar uma resposta proporcional de aumento da concentração de atividade nas amostras avaliadas quando submetidas a uma maior exposição ao isótopo de interesse (Figura 14). Foi observada uma tendência linear entre os resultados, indicando que a espécie não alcançou seu ponto de saturação para o acúmulo do referido elemento para as atividades adicionadas na análise.

Figura 14. Potencial de acumulação da T. recurvata L. para o isótopo 210Pb

Vale salientar, que durante o período em que os organismos biomonitores ficaram em exposição, não ocorreu nenhuma mudança em seus aspectos morfofisiológicos, o que demonstra seu importante papel como bioacumulador e resistência aos fatores externos e as condições adversas de estresse no qual esteve submetido.

(40)

Experimento 2: Avaliação do potencial de acumulação do biomonitor (T. recurvata L.) para 210Pb em campo

Na avaliação do comportamento do biomonitor em campo, a partir das análises realizadas nesse trabalho, foram encontradas nas áreas de estudo, valores quantificáveis de concentrações de atividades para o 210Pb, sendo também avaliado as condições em estação seca e chuvosa (Tabela 2).

Tabela 2. Concentração de atividade das amostras de Tillandsia recurvata L. expostas na região de Paulista e Igarassu durante a estação seca e chuvosa

Área de estudo Período de exposição (meses)

Índice Pluviométrico médio do período (mm/mês)

Concentração de atividade (Bq.g-¹)

Paulista (P1) Dezembro a março/ 2013-2014 (estação seca)

132,30 0,05 ± 0,02

Igarassu (P2) 105,86 0,06 ± 0,02

Paulista (P1) Março a Junho/ 2014 (estação chuvosa)

180,19 0,10 ± 0,05

Igarassu (P2) 229,50 0,05 ± 0,01

Área limpa (Amostra basal) 0,02 ± 0,01

LQ – Limite de Quantificação 0,013 Bq.g-1

Considerando a distribuição t-student para 95% de confiança foi observado que as concentrações de atividade de 210Pb nos biomonitores expostos no ponto P2 tanto para estação seca como chuvosa, não pertencem a mesma distribuição que as concentrações dos biomonitores expostos a área limpa. Isto indica que em Igarassu houve um aporte maior de 210

Pb na atmosfera em relação a amostra basal (Tabela 2).

Com relação ao a área de Paulista não houve aporte de 210Pb em relação a amostra basal, uma vez que os valores encontrados pertencem a mesma distribuição, com 95% de confiança (Tabela 2).

Sabe-se que as condições meteorológicas e a direção e intensidade dos ventos, influenciam a dispersão de 210Pb atmosférico (ANDRÉ et al., 2000). Mesmo assim, foi observado que apesar da variação no índice de pluviosidade médio nas áreas monitoradas,

(41)

verificou-se que não houve diferenças significativas entre as concentrações de atividade das amostras (Tabela 2).

Trabalhos realizados com a utilização de outros biomonitores evidenciaram concentrações de atividade superiores aos obtidos no presente estudo tais como, Sert et al., (2011) que realizaram a biomonitoração para 210Pb usando diferentes espécies de líquens em torno de uma usina de carvão e encontraram valores de concentração de atividade na faixa de 0,10 a 0,36 Bq.g-1 e Leonardo (2010) utilizou líquens como bioindicadores em regiões impactadas por radionuclídeos, metais e elementos terras raras, obtendo concentração de atividade de 210Pb em torno de 0,40 a 1,46 Bq.g-1. Contudo, as áreas avaliadas pelos autores supracitados apresentam condições distintas das analisadas neste estudo.

Segundo o descrito na literatura, a área em estudo apresenta níveis apreciáveis de radioatividade natural (LIMA, 1996; AMARAL, 1994), no entanto, os níveis encontrados neste estudo não retrataram nenhum incremento na área considerando o 210Pb atmosférico. Isto pode ser um indicativo que as áreas monitoradas, possivelmente, não apresentam risco à saúde da população em relação à exposição ao radionuclídeo analisado.

(42)

5.

CONCLUSÕES

O trabalho apresentou dados relevantes que confirmam a importância da espécie

Tillandsia recurvata L. como ferramenta para o estudo da biomonitoração do 210Pb, em virtude de apresentar respostas mensuráveis, configurando-se a eficácia dessa espécie como bioparâmetro de análise para o diagnóstico de 210Pb atmosférico, além de ser o primeiro resultado de biomonitoração ativa da dispersão de 210Pb, em condições laboratoriais e nas regiões de monitoração.

Verifica-se que as amostras de Tillandsia recurvata L. apresentaram valores quantificáveis de concentrações de atividades para o 210Pb nos pontos de monitoração, durante as estações seca e chuvosa, contudo, possivelmente esses resultados não representam risco a saúde da população, considerando a exposição ao 210Pb atmosférico.

(43)

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