UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA CATARINA
^ I
CENTRO
DE
CIENCIAS
DA
SAÚDE
DEPARTAMENTO
DE
CLÍNICA
CIRÚRGICA
cczós
Q
` 0
ANÁLISE
DOS
PTERÍGIOS
OPERADOS
No
HOSPITAL
REGIONAL
DE
SÃO
JOSÉ
EGLAS
EMANUEL
ROSSI
3
Florianópolis,
SC
1996
Q.
V
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO
DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
DEPARTAMENTO
DE
CLÍNICA
CIRÚRGICA
ANÁLISE
DOS
PTERÍGIOS
OPERADOS
No
HOSPITAL
REGIONAL DE
SÃO
JOSÉ
Trabalho de Conclusão de
Curso
apresentado ao
Departamento
de
Clínica Cirúrgica
do
Curso
de
Graduação
em
Medicina
do Centro de
Ciências
da
Saúde da
Universidade
Federal
de Santa
Catarina.EGLAS
EMANUEL
ROSSI
Orientadores: Prof.
Dr.Nicolau
Kruel
Dr.
Astor
Grumann
Júnior
Florianópolis,
SC
A
realização deste trabalho só foi possível graças a cooperação de muitas pessoas, dentre elas:Aos membros
do
departamento de Oftalmologia, eem
especial aosresidentes deste departamento,
em
especial aoDr
Dilvomar.Ao
Dr
AstorGruman
júnior,Médico
Oftalmologista, pela imprescindívelajuda e orientação
Ao
Dr
NicolauKmel,
Médico
Cirurgiãodo Departamento de
cirurgiado
Hospital Universitário, pelas sugestões e orientação quanto a apresentação
do
trabalho
Aos
arnigosDr
Eden
Edirnur Rossi Júnior,Ruth
FerreiraRoque, Vânia
Roque
eem
espacial aRaquel
Balssini pelo apoio oferecido nas horasnecessárias.
íND|cE
RESUMO
... ..ABSTRACT
... .. 1.INTRODUÇÃO
... .. 2.OBJETIVO
... ._ 3.CASUISTICA E
MÉTODOS
... ._ 4.RESULTADOS
... .. 5.DISCUSSÃO
... .. ó.CONCLUSÃO
... .. 7.REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... .. iiiRESUMO
Os
pacientes atendidosno
serviçode
oftalmologiado
Hospital Regional deSão
José,no
estado de Santa Catarina,foram
avaliados através deum
estudoindividual e prospectivo, tendo
como
principal objetivo analisar os pterígiosoperados.
Dos
129
casos avaliados, verificou-se que70
(54%)
eram do
sexomasculino (p=0,3599). Obteve-se
uma
idademédia
de 46,21 (i13,39) anos, tendoesta variado dos 19 aos
78
anoscom
uma
maior incidência de casos entre30
e70
anos.
O
número
de pacientesda
raça branca foi maiorque
a raça negra (123versos 6).
Em
relação ao acometimento ocular, verificou-se que 73(57%)
casosestavam
no
olho direito.Os
pterigios apresentaramum
tamanho médio
de2,77mm
(i 1,19), sendoo tempo médio
de evolução de 8,22 (i8,14) anos.Da
amostra dos pteñgios operados (n=129), as recidivas ocorreram
em
38
casos(30%), sendo
que
no
subgrupo dos pacientes que apresentaram história prévia decirurgia(n=14), a recidiva ocorreu
em
8 casos(57%)
(p=0,0l6), apresentandouma
diferença estatisticamente significativaem
relação ao subgrupo dos pterígiosprimários (n=115),
onde
a recidiva ocorreuem
30
casos (26%).Em
relação às técnicas cirúrgicas utilizadas,o
transplante autólogodo
tecido conjutivalapresentou
um
índice de recidiva de 9,6%, considerado estatisticamente significativo (p=0,0062)em
relação às técnicas de deslizamento conjuntival e rotação de retalhoque
apresentaramum
índicede
50%
e32%,
respectivamente.Na
análise das recidivasem
relação ao sexo (p=0,8), idadedo
paciente (p=0,69)e acometimento ocular
não
foi encontrada diferença estatisticamente significativa.ABSTRACT
The
authors analyzed 129 cases of surgical removal of the pterygiumoccurred in “ Serviço de Oftahnologia
do
Hospital RegionalSão
JoséHomero
deMiranda Gomes”.
The
predominant age of the patientswas
between 30
to70
years (the average age
were
46,21 years)and
54%
were men. Only
six patientswere
blacks (all the otherswere
whites). In57%
of the cases, the diseasehappened
in the right eye.The
average sizewas
2,77mm
and
amedium
evolution timewas
8,22 years.From
thewhole
sample (n=
129), nearly30%
were
recurrent. In a subgroup of the sample, with fourteen cases thathad had
a previous pterygium surgery, the recurrencewas
about 57%
(n=
14) - a significantdifference (p
=
0,016).The
three techniquesexamined
in this study - conjuntivalslip , conjuntival
flap
and
conjuntival outgrafi, presented the following recurrencerate:
50%
(n=
20),32%
(n=
78)and
9,6%
(n=
31).The
statistic differencefound
was
significant (p=
0,0062.The
recurrence rates in relation to sexand
toage weren°t significant statistically (p
=
0,8and
p=
0,69).O
pterígio, Gr. pterygos, significa “braço”, éum
processo degenerativo límbico corneanol, caracterizado poruma
elevação tipicamente de fonnatotriangular,
com
uma
coloração variandodo
branco perolado ao róseo, sendoo
ápice,
ou
cabeça, encontradona
região comeal. Apresentauma
evoluçãoprogressiva e lenta,
acompanhado
de queixascomo:
irritação , ardor, sensação decorpo estranho, vennelhidão e
comprometimento
visual devido a invasãoda
áreapupilar
ou
pelo astigmatismo irregular que produz, quepode
chegar até trêsdioptrias.2'3*4=5
Estudos histológicos indicam que este processo inicia-se a partir de
uma
degeneração
do
tecido conjuntival. Iniciando-secom
a elastosede
fibras isoladas,que
irão se agrupar,formando
uma
massa
que por firn hialiniza-se. Estastransformações
ocorrem sempre
em
um
único sentido, isto é, de elastose difusa,tecido conjuntivo degenerado
recém
formado, dispostonormalmente
e diferenciando-se pela basofilia das fibrasdo colágeno”
paramassa
hialina,tecido mais antigo
onde não há
distinção de fibras colágenas e que sofreusucessivas transformações, apresentando extrema pobreza de células e vasos.7
Esta patologia é conhecida desde a antiguidade, sendo relatado pela
primeira vez nos papiros de Ebers,
achado
por Thebes, estudado sucessivamente por Hipócrites, Celsius e Galien.2 Através dos tempos,um
grandenúmero
de2
A
grande 'maioria dos pterígios observados (90%)
encontram-sena
regiãonasal
do
limbo, pelo fatoda
conjuntiva desta região ser duas vezes mais exposta a fatores extrínsecos. Esta predileção é explicada por dois mecanismos:O
primeiro é a predominância
do
envolvimentoda
parte temporal dos olhosna
indução
do
blefaroespasmo após a exposição intensa, diretaou
refletida a luz,ficando
assim a parte nasalmenos
protegida.O
segtmdo está relacionadocom
o
movimento
de piscar,quando
a pálpebra inferior épuxada
parao
canto medial, resultandoem
um
movimento
de limpeza, levando assim,não
apenas lágrimasmas também
partículas irritantes ao canto medial dos olhos.”Quanto
a origemdo
Pterígio existem inúmeras teorias para esta explicação. Dentre as mais aceitas pode-se ressaltar:-
A
teoria inflamatória, Arlt-Scarpa,Hirschberg
eVon
Graefe,na
qual é relacionadocomo
fator causaldo
pterígio as erosões e ulcerações superficiaisna
áreado
limboque
seestendem
até envolver a conjuntiva ocular.2-
A
teoria neoplásica, Redslob, considerao
pterígiocomo
um
“tumor
hiperplásico”,composto de
tecido fibrilar neoplásicoque
invade e destrói as célulasmesodermais
(estroma e cápsula deBowman),
enquanto espalha-se pelas células ectodénnicas (epitélio), sendo entretanto o crescimento puramentelocal e
não
complicado por metástase.2-
A
teoria pinguecular, Richter admite que a pinguecula, Latinamarelada, produzida pelo crescimento tecidual localizado
no
limbo,na
fissurainterpalpebral,
podendo
estender-se atravésda cómea.
Fuchs
apoiou esta idéiacom
autoridadedemonstrando
a similaridade patológica entreo
pterígio e apinguecula (hiperplasia das fibras elásticas, degenerações hialina
do
tecidoconectivo e concreções calcificadas). Pico,
Sulgar
eKobernick,
Kerkenezov
demonstraram
que a pinguecula poderia se transformarem
pterígio.Hogan
eAevarado
eLemercier
eCornand
confirmaram esta similaridade eo
envolvimento dos capilares
em
um
estudo utilizando microscopia eletrônica.Esses autores acreditam que a radiação
UV
é responsável pela deterioraçãodo
tecido conectivo e das alterações
do
colágeno.2-
A
teoria tropical,Lemoine
e Vallois consideramque
irradiaçõesprolongadas
no
setor córneo escleral,na
áreada
fissura palpebral, sãoresponsáveis pelas neurites dos nervos
do
setor nasal eque
podem
serresponsável por lesões corneais
com
alterações trofoblásticas levando auma
invasão vascular e dobra conjuntival sectmdána.J
L
Barraquer,
propôs que,uma
vez formada
a ponte limbica,com
ou
sem
pinguecula, as pálpebrasnão
tocam
nesta região, resultandona
descontinuidadedo
fihne
lacrimal eressecamento
da
cómea
ocasionando tuna úlcera limbar que será recobeita portecido conjuntivo.2°3
Com
relação as diferenças aparentes destas teorias, VictorMorax
-4
contém
fatos corretos”2'Nãohavendo
uma
teoria aceita defonna unânime
pelosautores,
que
explique a origemdo
pterígio.Em
relação a patogênesedo
pterígio, as teorias mais recentes indicamdois tipos de fatores necessários para a
formação
desta patologia: Somáticos(herança, disfunções nutricionais
ou
metabólicas e alteraçõesdo
fihne
lacrimal) eAmbientais (radiação actínica, ar, poeira, calor).8=9
Dos
fatores somáticos existem estudosque
encontraram história familiarem
40%
dos afetados sendo estauma
herança dominante simples, traduzindouma
maior ou
menor
predisposição ao aparecimentodo
pterígio.Com
relação aoestado nutricional
não
foi possível estabelecer correlação entredo
paciente e apresença
do
pterígio.A
tentativa de se correlacionar a açãodo
fihne
lacrimalcom
o
desenvolvimentodo
pterígio tem-se mostrado negativosA
maioria dos autores são entusiastasda
hipótesedo
pterígio serdesencadeado por fatores ambientais ( teoria de
Fuchs
). Dentre estes fatorestem-se
dado maior
ênfase as radiações actínicas, raios ultra-violetado
tipoUV-A
e
UV-B
como
causadoresdo
desenvolvimentodo
pten'gio1°;4 verificandouma
maior
incidência (22,5%)em
localizações até latitude 12em
comparação
aoslocais abaixo
do
paralelo 40thcom uma
incidência de2%.
Notou-setambém
quepessoas
que
trabalham expostas a luz solardesenvolvem
pterígios maiores e maisinvasivos, explicados pelas lesões nas células conjuntivais e a produção de
radiação ultravioleta.2°“ Verifica-se
também
queem
usuários de óculos de solocorre
uma
influência preventiva ao desenvolvimentodo
pterígio, devido a maiorproteção a exposição luminosa e a radiação.12*4
A
decisão deremover
um
pterígio é condicionada a capacidadedo
paciente
em
tolerar a sintomatologiaou
a alteração estética por ela produzida.Os
sintomas clínicospodem
ser atenuadoscom
o uso de colírios tópicos lubrificantes, vasoconstríctores e anti-inflamatórios.Com
relação aremoção
cirúrgicado
pterígio,nenhuma
técnica operatóliaé infalível
ou
isenta de complicações.Normalmente
as recidivasocorrem
nasprimeiras 6 a 8
semanas
pós-operatórias,13em
taxas que variam de 5 a mais de50%,
dependendo da
técnica empregada.Uma
vez
recidivado, a lesão passa terum
comportamento
mais agressivo, invadindo acómea
novamente, de maneirarápida, muitas vezes
com
sintomatologia exacerbada e de mais dificil tratamento.As
complicaçõespodem
ocorrerno
per-operatório,com
lesãodo
retomedial, perfurações
comeanas
e esclerais, entre outras,ou no pós
operatóriocom
infecçõescomeanas,
conjuntivaisou
mais raramente intra-oculares.2.
OBJETIVOS
Este estudo
tem
por objetivo observar fatores epidemiológicos relacionadoscom
o pterígio, taiscomo
sexo, idade,tempo
de evoluçãoda
doença,
tamanho
de invasãocomeana
e acuidade visual dos pacientes, assimcomo,
estudar as taxas de recidiva e complicações de diferentes técnicascirúrgicas, procurando verificar a possível existência de fatores relacionados
com
MÉTODOS
Foram
analisados 129 casos de pterígios, operadosno
Serviço deOftalmologia
do
Hospital Regional deSão
JoséHomero
deMiranda
Gomes
no
período de
Junho
de 1993 aDezembro
de 1995, tratando-se deum
estudo deCoorte, prospectivo, individual.
Foi considerado pterígio a presença de tecido conjtmtival anormal
que
invadia a
cómea,
observado peloexame
biomicroscópico atravésda lâmpada
defenda
(DF
Vasconcelos),com
um
aumento
de dez vezes, tendo o seutamanho
(invasão
comeana
)medido
(em
milímetros) atravésdo
pincel luminoso realizadoa partir
do
feixe luminoso (Figuras 1, 2 e 3).Figura 1: Pterígio
Figura 2: Lâmpada de fenda
Este estudo avalia os protocolos, previamente
montados no
serviço deofialmologia, analisando
o
sexo, idade, raça, olho acometido, acuidade visualinicial e final, a área de invasão
comeana,
tempo
de evolução(em
anos), históriade cirurgia prévia, tipo de cirurgia realizada e presença de recidiva e
complicações
no
período de trêsmeses
pós operatório.A
acuidade visual dos pacientes foi obtidacom
o
auxílio deuma
tabela deSnellen,
que
se localizava auma
distância deaproximadamente
seis metrosdo
paciente, sendo considerada a
melhor
visão para cada olho,com
ou
sem
correçãoou
com
ou
com
buraco estenopeico (figura 4).I
10
Todos
os pacientesforam
operados a nível ambulatorial.A
cirurgia foirealizada sob microscopia cirúrgica, utilizando
um
aumento
de dez vezes,onde
após à anestesia tópica (visonest) e instilação de colírio antibiótico (tobramicina),
realizou-se assepsia palpebral e colocação de blefarostato,
em
seguida aplicou-se anestesia infiltrativa subconjuntival utilizando cloridrato de xilocaína a2%
com
epinefrina l/200.000 (2ml).
A
ressecçãodo
pterígio foi então realizadacom
a retiradada
cápsula deTenon
subjacente deixandoo
esclera exposta, posteriormente realizou-se a dissecçãoda
cabeçado
pterígio sobre acómea,
através de delaminaçãoutilizando bisturi lâmina 15, obtendo-se por
fim,
uma
córnea e esclera limpas elisas.
Após
esses passos, realizadosem
todos os pacientes,foram
utilizadas trêstécnicas diferentes de cirurgia: transplante autólogo de conjimtiva
com
células límbicas, deslizamento conjuntiva e rotação conjimtival.No
transplante autólogo de conjuntivacom
células límbicas a área deesclera limpa é recoberta
com
enxerto conjuntival, sendo este obtidoda
conjuntiva bulbar superior através de ressecção feita
no
sentido fórnix-limbomantendo
a cápsula de tenon intacta e dissecando-a cuidadosamente atépouco
após a transição limbo escleral (12 mrn), para
com
isso carregar células límbicas,*.€¡Êz'~“ *$35- . , . . . F}f.r'“"'*¬‹-×__¡`° _ i If' ii' ' A _ ' i V1 _ :gp 3 .
~.
i - aãb . IiFigura 5 transplante autologo de tecido conjuntiva!
No
deslizamento, a conjimtiva superior ao pterígio é dissecada e liberadada
cápsula de tenon, sendo após realizada a excisão relaxante junto ao limbo, afim
de pennitiro
deslizamentoda
conjuntiva superior para recobrir a área deesclera exposta (Figura 6).
.
"
1,
Í ~
Q
z ~ flFigura 6: Deslizamento conjuntiva!
Na
técnica de rotação os passos são idênticos à técnica anteriorcom
o
acréscimo de
uma
incisãona
conjuntiva superior, permitindocom
que
ocorrauma
rotação deste retalho,
em
um
ângulo de 90° para cobrir a áreada
esclera exposta12 l . .f t. Í; iglwiçk. _ _
7%
*nz-. J `›\,`y I ‹,_,h gif . - _›._'.›zr,f~ ,, -,il Ó i l` ' V' 4 › i 1 _ ~¬ ` _ ' . A v ' _ bl ,_ V ' _. . L_
H Í ._..r....«_..._.__ __ ;'_` . `._,_,,,x
7 ii' i i ››'‹ I zë i 'xi 9 `~_ 1 1. I f f ,fi _ _ ii, is* V tz , F z . ' à' .z"` ' -' zé; i _ ea-; ,4__ f';z~ ' fã* ..._...\.« .._'¬.-,z.›..»~~: -ê--‹-z›zzs.‹ -~z-- -- » ' ' ..~....,.,.;_`-,,,.Figura 7: técnica de rotação de retalho conjuntival
A
sutura conjuntival foi realizadacom
fio
seda 8-0,com
4 pontos defixação
escleral nos casos de transplante de células límbicas e 2 pontos efixação
nas outras duas técnicas operatórias empregadas. Estes
foram
retiradosdo
sétimoao
décimo
quinto dia pós-operatório. Realizou-se curativo oclusivono
olhooperado imediatamente após a cirurgia
com
pomada
oftalmológica (Epitezam),sendo mantido por
24
horas.A
medicação no
pós-operatório consistiu de colíriocom
associaçãoNeomicina
e PolimixinaB
quatro vezes ao diacom
diminuiçãogradativa
em
quatro semanas.Foi realizado controle pós-operatório
com
um,
sete, quinze, trinta,recidivas (surgimento de vasos conjuntivais direcionados a
cómea
quechegavam
a invadir a
mesma.)
A
análise estatística foi realizadacom
auxilio deum
computador
PC
486
sendo os
dados armazenados
em
arquivo digital de planilhado programa
Microsoft Excel e posteriormente classificados e analisados utilizando
o
pacoteestatístico Stratgraphic versão 5.1.
As
variáveisforam comparadas
globalmentepelo teste
do
qui-quadrado (X2) eT
de Student. Considerandocomo
nivel de4.
RESULTADOS
Dos
129 pacientes avaliados observou-se que70 (54%)
casoseram do
sexo masculino e
59 (46%) eram do
sexo feminino,com uma
idademédia
de46,21 (il3,39), variando de 19 a
78
anos.Não
havendo
diferençaestatisticamente significativa entre os sexos (p=0,3599). Observou-se
uma
maiorincidência dos casos entre
30
e70
anos de idades(Gráfico
1).Gráfico 1 - Distribuição dos pacientes conforme sexo e idade
4 4 z 4 FI cy 10- 20 30- 40- 50- 60- 70- eo 10 20 30 40 50 60 70 eo 90 Faixa Etária Fonte: do autor (p=0,3599)
Quando
analisadosem
relação a raça, 123(95%)
pacienteseram
brancose 6
(5%) eram
negros.Quanto
ao acometimento ocular, dos 129 casos depterígios operados, observou-se que 73
(57%)
se encontravam localizadosno
Gráfico 2 - Distribuição do pterígio em relação ao olho
Loiaçlo-Oleo
* E"'""'°¡“num»-ni
{~
nas i Fonte do autor '_A
análiseda
acuidade visual foi realizadana
primeira consulta e trêsmeses
após a cirurgias.Os
padrões observados estão descritosno
gráfico abaixo(Gráfico
3).Gráfico 3 - Distribuição dos pacientes conforme a acuidade visual final
e_in_icial ( em escal . I Á ' | I _ i ' _ I 4 l ä __, _ ___ _- __ _ ___'fi. ___ _. _ ..._ _ __
_
'__ _ _ _' ___ Êonte: doñauioru Í Z Í16
Com
relação aotamanho da
invasãocomeana
do
pterígio, obteve-seum
tamanho médio
de 2,77rnm (i1,l9)ecom
um
tempo médio
de evolução de 8,22 (i8,14) anos.Em
relação a recidiva observou-seque
dos 129 casos operados 91(70%)
não
recidivararn enquanto38 (30%)
recidivaramno
período de três meses.Na
amostra dos pterígio operados, 14(11%)
apresentavam história préviade pelo
menos
uma
cirurgia, enquanto 115(89%) eram
pterígios prirnários.Foipossível observar
que
ocorreram30
(26,1%) casos de recidiva entre os pterigiosprimários enquanto que, dos
com
história prévia de cirurgia, as recidivasocorreram
em
8 (57,1%) dos casos, sendo esta diferença estatisticamentesignificativa (p=0,016) (Tabela 1).
Tabela 1: Distribuição das recidivas em relação aos pterígios primários e recidivados.
Pterígio Primário Pterígio Recidivado
SEM
RECIDIVA
85 6739%
42.9%
RECIDIVA
30
826.1%
57 .1%
Fonte do autor (p=0,0 16)
No
que se refere a técnica cirúrgica empregada, verificamos queem
20
foram
realizados a técnica de rotação de retalho eem
31(25%)
foiempregada
atécnica de transplante autólogo de tecido conjuntival_
Quando
comparou-se
onúmero
de recidivasconforme
a técnica cirúrgicaempregada
foi verificado que dos20
pterígiosonde
foi utilizada a técnica dedeslizamento, 10
(50%)
casos recidivaram; dos78
casos que utilizou-se a técnicade rotação de retalho a recidiva ocorreu
em
25 (32%)
casos, já nos 31 casosem
que
se utilizou a técnica de transplante autólogo de tecido conjuntivo onúmero
de recidivas ocorreu
em
apenas 3 (9,6%) casos.Havendo
uma
diferençaestatisticamente significativa (P
=
0,0062) entre as técinicas(Gráfico
4).Gráfico 4 - Distribição dos pacientes conforme a técnica cirúgica empregada e a
recidiva. | .
w
1.
` _ _ _ I _. I É"¬,`¡;'__ ¿ - j_-il-...fz J ;›¬`="; -1 »',,_t¿ 1 ' __;z;-_'¬_ _- ,df ;'_-fl-.Í ill .Qi -_¬ ` ›_ "~.›;z,`i`-,_1_1`›J *~.'.1 Ú ii 2 _ - __ _ _ _ ` * - - ›z ' â - - - ¬ _ i T0 w¿,nham»
7° `Iiidrin
50..;n4°"
IE
- | Z-¡Dusiznneiub
Rehab
TlifnsiunhFonte:doautor
_
__
(P=0,00é-2)
H
fla
U 0 i
Na
análisecomposta do
número
de recidivaem
relação ao sexo,houve
um
discreto maiornúmero
de recidivasno
sexo feminino, 18 (31%)casos,enquanto que
no
sexo masculino obtive-se20
(29%),porém
esta diferençanão
18
Gráfico 5 - Distribuição dos pacientes conforme o sexo e a recidiva.
Fonte; do autor (P = 0,8)
A
idademédia do
grupo de pacientescom
recidiva foi de 42.89 anos e aidade
média do
grupoonde não
recidivados foi de 47.59 anos,não
apresentandouma
diferença estatística sigrrificativa (P=0,069).Com
relação ao lado de acometimento ocular e recidiva, constatou-seque
dos 73 casos de pterígio que ocorreram
no
olho direito,27 (37%)
casosrecidivaram, e dos
56
casosque
se encontravamno
olho esquerdo ocorreurecidiva ll
(20%)
casos. Este maior percentual de recidivasno
olho direito, peloGráfico 6 : Disribuição das recidivas em relação ao acometimento ocular.
Fonte do autor (p=0,079)
Com
relação aotempo
de evoluçãodo
pterígio, mostrou-se que dos 91 casosem
que não
foi evidenciado a recidiva otempo médio
de evolução foi de8.55 (i8,66) anos e dos
38
casosque
apresentaram recidiva otempo
médio
deevolução foi de 7,42 (1-6,80) anos,
não havendo
diferença estatisticamentesignificativa (t=0,719).
As
complicações,foram
muito poucas,em
alguns casos, pode-se observarum
edema
de conjuntiva nos primeiros dias pós operatórios,que levavam
a deiscência de alguns pontosda
sutura,porém
não comprometendo o
processo de20
de retalho conjuntival
no
entanto, esteedema
de conjuntiva produziuum
dellenNa
análise dos pacientescom
pterígio,houve
predomíniodo
grupo etáriode
30
a60
anos,com
baixa incidênciaem
idades abaixo dos30
anos. Assim,como
descritona
literatura, o pterígio afeta mais freqüentemente adultos,enquanto
que
em
crianças apresentauma
baixa freqüência, isto se explica pelofato de ser
uma
patologia de evolução lenta e estar relacionada a exposiçãoprolongada a fatores etiológicos
como
porexemplo
a radiação ultra violeta.2*U°A
distribuiçãodo
pterígioem
relação ao sexo tem-se demonstradovariável entre as publicações literária, existindo trabalhos
que
indicamuma
incidência
maior no
sexo masculino, relacionadocom
a atividade ocupacionaldestes, por se encontrarem mais expostos aos agentes actír1icos,6*4¿2°
chegando
aser até duas vezes maior neste sexo
em
relação ao femininoz eem
outros aincidência
no
sexo feminino tem-se mostrado superioró. Neste estudonão houve
diferença estatística entre os sexos.
Quando
relacionado à raça existem estudosdemonstrando
que a raçabranca
tem
sido mais acometidaem
relação à negra,6=4mas
alguns autoresindicam que as mulheres negras
tem
uma
incidência três vezes maiorque
asmulheres brancas.2Os resultados deste trabalho indicam
uma
incidência maiorna
22
também
pelo predomínio destegmpo
étnicoem
Santa Catarina área deabrangência
do
grupo estudado.No
que
se refere a evoluçãoda doença
,verificou-se que otempo médio
de evolução foi de 8,22 anos, mostrando-se compatível
com
a literatura quedemonstra
uma
evolução de 10 a 15 anos,em
média.2i1¿4O
tamanho médio da
invasão
comeana
foi de 2,77mm
(il ,19), sendo este diretamente relacionadocom
o
tempo
de evolução sendo algtms autores.2”18A
acuidade visualna chegada do
paciente ao consultório oftalmológico,mostrou-se bastante variada,
no
entanto pode-se observaruma
melhorada
acuidade visual
em
um
significativonúmero
de pacientes(Gráfico
2) após aretirada
do
pterígio,uma
vez que este produzum
déficit visual a partirdo
momento
que
este invadeo
eixo visualou quando
passa a produzirum
certo graude astigmatismo devido a irregularidade produzida
na
córnea.”Nos
resultados obtidos relacionados aosnúmeros
das recidivas e o sexo dos pacientes,não houve
diferença estatisticamente significativa entre os sexos(p=O,8).
Na
literatura consultada,não
foi encontrado dados referentes a esta questão.Neste estudo
não
foi observada relação entre as taxas de recidiva eo
olho de acometido,
tempo
de evoluçãodo
pterígio etamanho do
mesmo.
A
Quanto
a históriado
pterígio, a literaturatem
demonstrado
um
maioríndice de recidivas
em
casos já recidivados.18*2 Foi verificado neste estudoque
dos pterígios primários, 115 casos, a recidiva ocorreu
em
30 (26%)
casos, já nospterígios já recidivas que perfaziam 14 casos
o
índice de recidiva foi de 8(57%)
casos, sendo esta diferença apresentada, estatisticamente significativa (p=0,0l6).
Com
relação a técnica ciiúrgicaempregada
pode-se observar queo
transplante de células límbicas esta relacionado
com
omenor número
de recidivas(9,6%) (p= 0,0062).
Como
jácomentado na
literatura, as recidivas variam deacordo
com
o
tratamento realizado.A
técnica de transplante de tecido conjuntivaltem
apresentado índicesde
recidivaque
variam de0%
até 4,l6%21°14, sendoobservado neste estudo
que
o índice de recidiva para esta técnica encontrou-seacima
dos verificadosem
outros estudos.No
entanto, deve-se levarem
consideração que a população
do
hemisfério sulfica
mais exposta às radiaçõesultra-violeta,
um
dos principais fatoresna
gênesedo
pterígio,em
relação apopulação
do
hemisfério norte,da
qual originam-se a maioria dos estudos sobre oproblema. Portanto, esperar-se que nos trabalhos aqui realizados sejam
encontrados
um
maior
número
de recidivas, independentementeda
técnicaempregada.
Com
relação as outras técnicas aqui realizadas,como
o
deslizamento e a rotação de retalho,onde
a recidivaficou
em
50 e32%
respectivamente,números
24
isoladamente. Estas
devem
ser utilizadascom
cuidado, pois os casos queporventura recidivam são de controle
bem
mais dificil.O
transplante de células limbicas, segundo a literatura, é mais efetivo pelofato das
“stem
cells” transplantadas junto ao limbo gerarem novas célulasepiteliais
que
inibem o crescimentodo
pterígio”. Para outros,no
entanto, por seruma
técnica mais trabalhosa,demorada
e exigindo melhor adestramento manual,deve ser reservada para os casos de pterígios recidivados23.
Existem alguns estudos
demonstrando que
a utilização de técnicasadjuntas à cirurgia tais
como
a beta-terapia, quequando
aplicada sobre o leito decicatrização reduz as mitoses e
o
rápido crescimento das células endoteliaisimpedindo
a recidiva por inibir a angiogênese.A
combinação
deuma
técnica cirúrgicacom
uso de beta terapia reduziuo
indice de recidiva de69%
para19%”
e para
1,7%”,
mas
em
contrapartida apresentou muitas complicaçõescomo
necrose escleral assim
como
uma
maior susceptibilidade para infecção porpatógenos
com
Pseudomonas
aeruginosa, Streptococcuspneumoniae,
Staphylococcus aureus e fimgos.15
Outra técnica
combinada
que apresentauma
reduçãono número
derecidivas é
o
uso deMitomycin-C
que age inibindo a síntese deDNA,
RNA
celular e proteínas,
com
conseqüente diminuição das taxas de recidivas, quevariam de 2 a l6%2” 24.
A
instilação é feitano
pós-operatório,numa
concentraçãoassociado a complicações
como
ulceração comeoescleral, perfuraçãocomeana,
edema
comeano,
glaucoma, irite, etc.”Pelas baixas taxas de recidiva e ausência de complicações aqui
demonstradas, a técnica de transplante de células límbicas parece ser
uma
excelente
opção
parao
tratamento deste tipo de patologia,devendo
ser utilizadacomo
primeiraopção
terapêuticaem
todos os casos de pterígio, sendo eles6.
CONCLUSÃO
A
análise dos 129 casos de pterígios operadosno
Serviço deOftalmologia
do
Hospital Regional deSão
José permitiu concluir que:1.
Dos
pacientes avaliados70 (54%) eram do
sexo masculino e59 (46%)
eram do
sexo feminino, apresentandouma
idademédia
de 46,21 ( 13,139) anos,sendo que a
maior
incidência desta patologia foi observadana
faixa etária dos30
aos
70
anos.Ven`ficou-setambém
que
95%
da
amostraeram da
raça brancaenquanto
que
5%
eram da
raça negra.2.
Quanto
ao acometirnento ocular verificou-se que o pterígio localizadono
olho direito correspondeu a 73(57%)
casos, apresentandoum
tamanho
médio
de
2,77mrn
(:1,19) etempo médio
de evolução de 8,22 anos (i8,14).Com
relação a história
do
pterígio, encontrou-se 115(89%)
de pterígios primários,sendo o restante já recidivados.
3.
As
recidivas ocorreramem
38 (30%)
casos (n=129), sendo que 8(57%)
casoseram
de pterígioscom
história prévia de cirurgia (n=14) e30
(26,1%) casos
eram
pterígios primários (n=115), sendo esta diferençaestatisticamente significativa (p=0,016).
4. Entre as técnicas cirúrgicas observou-se que
o
transplante de tecido conjuntival está relacionadocom
omenor
índice de recidivas9,6%
(p=0,0062)as recidivas
ficaram
entre 50 e32%,
respectivamente. Mostrou-se assimuma
excelente
opção
parao
tratamentodo
pterígio.5.
A
análise das recidivasem
relação ao sexo (p=0.8), idade dospacientes (0,069) e acometimento ocular (p=0,079),
não
apresentaramuma
7.
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