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Estudo retrospectivo de 94 casos de hanseníase na unidade sanitária de Itajaí.

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(1)

I

CM

154

uw1vERs1DâDE FEDERAL DE SANTÀ CATARINA

CENTRD DE EIÊNEIAS DA SAÚDE

DEPARTAmEwTD DE cLÍN1cA mÉD1cA

Dunas DE mED1c1Nâ ¡

EsTuDD RETRDsPEDT1vD DE 94 càsos DE HANSENÍASE NA UDIDADE SANITÁRIA DE ITAJAÍ

Dayse Denise Bastos da Silva

Edspn Luiz Brasil .

Jailson Lima da Silva

§ Doutorandos da 129 fase do curso de graduação de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina.

ITEJAÍ, NDvEmDRn DE 1985

VN fumam = A4 zw z 191 mm MADE |N BRAZIL

(2)

. uN1vERs1DADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

EENTRD DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAmENTn DE ELÍNTEA DÉDTEA

cufisn DE mED1c1wA

ESTUDQ RgTR@5pzgT1vn DE 94 DAsDs DE HANSENÍASE NA DAIDADE

SANITARIA DE ITAJAÍ

ITAJAÍ, NDvEmDRD DE 1983

Ê

um

ronwno = A4 mz 291 mm MADE m aRAz|L ÊMHEUEÃT

'1

(3)

ã_§ R A QL§h§;l_mL§_N_1 U S

Us autores estão agradecidos às pessoas que

direta ou indiretamente, participaran da prepara~

ção do presente trabalho: Dr. Jorge Luiz Zimermann

Dr. Elisiário Pereira Neto, Dra. Ione Pereira, Dr. Douglas S. Portella e funcionários da Unidade Sani

tšria de Itajai.

'ahi

(4)

I II III IV V VI VII VIII

FDRMATU = A4 210 1197 mm. MADE IN BRAZIL WUBUÊ

mêéââ

aasums INTRUDUÇÃQ ÇASUÍSTICA RESULTADUS Dlscussfin cnNcLusÃo summâav REFERÊwc1A E mÊToDUs 5 BIBLIDGRÁFICAS `\

(5)

I - RESUMD

No presente trabalho são estudados 94 pacientes portado-

' .

.'.

.f

res de hanseniase, em tratamento na Unidade Sanitaria de Itajai. São analisados dados como sexo, raça, |..z. CL Q) Q. (D de manifesta

ção e forma da doença. São enfatizados os dados clínicos que favo-

recem o diagnostico, o mais precocemente possível. Comenta-se ain-

da o tratamento e o acometimsnto dos comunicantes diretos.

ronmxro = A-4 zwzm mm. MAnE |N an/an. !'!!'““5

(6)

11 « Imrepougñc

2' " .

. `^ . .

A hanseniase e uma doença infecciosa cronica determinada

' ', Q _

0

pelo micobacterium leprae, um bacilo alcool-acido resistente, com

~

manifestagoes variaveis dependentes da-resistencia individual (1,

2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, H

A maioria dos autores refere uma quantidade mundial de

I

f-_- I

lü a 20 milhoes de leprosos. E parece ser tambem consenso que e ma

is frequente em regiões temperadas e tropicais (5, 6, 9, ll). No

Brasil o maior numero de casos ocorre no norte 9 seguindo-se centro _.

- A

r

oeste, sudeste e sul. A menor prevalencia e mo nordeste (2, 8).

Ja em relação ao sexo e idade os dados são controversos. Alguns autores relatam maior incidencia no sexo masculino (2, 7,8)

e predominio de formas mais malignas apos a puberdade (1, 8), en- quanto outros não consideram que fatores como sexo, idade e raça

possam influir na susceptibilidade dos individuos perante a infec-

ção (5, 4, õ). `

A transmissao se da por via direta, principalmente quan-

do ha contato intimo e prolongado com pessoa acometida. Us bacilos provenientes dos exsudatos de lesoes de pele e mucosas e ainda se-

IV I' vv

cregoes de oro e nasofaringe penetram atraves de solugoes de cont; nuidade em pele e mucosas (2, 3, 7, lfl, ll). Estudos tem sido rea-

lizades no sentido de confirmar a transmissão por vetores e obje- tos contaminados (2, ll). Acredita-se que os pacientes lepromato - sos e dimorfos sao a maior fonte de infecção na comunidade (2, 10,

11).

\

~ f ' . .

As manifestaçoes da hanseniase - dermatologicas, neurilo

gicas, viscerais, otorrinolaringologicas, dependem basicamente da

1 A u 0 v n 0 o

resistencia do hospedeiro. E baseada principalmente na capacidade-

Í › 'ev

de defesa do individuo acometido, avaliada pela lepromina-reaçao ,

que podemos classificar a moléstia em quatro formas de apresenta- ção. A forma tuberculoide É aquela em que o grau de resistencia É

maximo e as manifestagoes são restritas a pele e sistema nervoso. No extremo oposto esta a forma lepromatosa, em que o individuo tem

negatividade a lepromina-reação e a doenca se apresenta de maneira disseminada e com tendencia a evolução desfavorável. Us dois ou-

tros grupos são indeterminado e dimorfo (2, 5, 7, 8, 9, ll, l2). -

Embora cada tipo mereça descriçao detalhada devida as suas caractg risticas peculiares e importante ressaltar sintomas comuns a todos

e que são dados chamativos para 0 diagnostico da patologia em queg

tao: dissociação periférica, ou seja, perda da sensibilidade super

ronrmo = A4 zm × zsn mm. MADE m amxzn. ÊWWS

(7)

ficial - termica, dolorosa e finalmente tatil, enquanto a profunda É preservada. E ainda, alem da anestesia, a anidrose e alopecia pg

dem ocorrer nas lesões (2, 3, 6, 8).

A forma indeterminada manifesta-se principalmente por

culas hipocromicas, eritematosas ou eritemato-hipocromicas (l, 2,

3, 8). O numero e forma das lesoes e bastante variavel, mas são cg

racteristigomente anestesicas(ou em raros casos hiperestesicas (8)

;`\.

com alopecia. Nesta forma da mal de Hansen os bacilos podem estar

m

m

c\~

m entes ou em numero escasso no exame anatomo~patologica e não ha

perigo de contágio (6) podendo haver entretanto evolução para for- ma tuberculoide ou lepromatosa. Bechelli (2) refere casos raros de manifestagoes decorrentes do comprometimento do nervo facial - la-

goftalmia e ainda conjuntivite e ceratite.

Na hanseniase tuberculoide as lesoes cutâneas torpidas ~

são geralmente papulares, nodosas ou infiltradas (1, 5, 7, 8, 10),

com atrofia cutânea, de coloração que Sampaio et al (8) descrevem

como de presunto cozido. São tambem anestesicas e frequentemente -

associadas a espessamento nervoso que parte centripetamente da le- são (l, 3, 6, 7, ll). Em alguns casos "reacionais" as lesoes podem

tornar-se edematosas e eritematosas (2, 8, 12). Nesta forma os ba-

nø I ru Í

cilos sao em pequeno numero e a evolugao da doença e arrastada (l,

lb O

›-› O um 3. m

/\ \/

5, 6, U pard 9 refere a ocorrencia de Ulceras plantares, ~

contraturas das mãos e pes a até perda das falanges.

Na forma dimorfa as lesoes podem ser do tipo tuberculoi-

de ou lepromatoso, sendo que são na maioria das vezes acastanhadas

e de limites imprecisos. O numero de bacilos encontrados no exame

anatomo-patologice É grande. Us pacientes são geralmente negativos

para a lepromina-reação e evoluem para a forma lepromatosa quando-

não tratados (2, 3, 8, 11).

A forma lepromatosa e a mais grave e as manifestagoes se

extendem a varios sistemas. As lesoes dermatologicas são infiltra-

tivas, eritematosas e maculares e surgem os lepromas (tuberosos, -

papulosos e nodulares). Apresentam-se de coloração avermelhadas, -

cupricas ou hipo e acromicas. São dados chamativos a anestesia,di§ turbios da sudorese e queda dos pelos. U acometimento infiltrativo

da face associado a madarose e/ou desabamento da pirâmide nasal -

confere ao paciente a chamada “facies leonina“. É comum também a Ê xistencia de lesoes infiltrativas no pavilhão auricular, O compro-

metimento neurologico tambem aqui se faz presente e não raro, leva

a consequencias desastrosas tais como: atrofia muscular, paralisias

~ - 5 ~

mao em garra, pe caido, males perfurantes plantares, reabsorgoes -

' ^' z 'V , . . ' « '*'

ósseas e ate mutilaçoes. manifestaçoes otorrinolaringologicas sao

rommo = A-4 zumav mm. MADE lu aRAz||. ÊÍ"“"““5

(8)

1

encontradas basicamente na forma lepromatosa. As lesoes ínfiltran-

tes ocorrem na mucosa nasal, oral e laringe, o que justifica a co- lheita de muco nasal para realização da bacterioscopia. Em paciené

tes não tratados muitas vezes ha lesão ocular - irites, iridocicli

tes, ceratites e mais tardiamente cegueira. É importante ainda re-

ferir a línfadenopatia, hepatoesplenomegalia, rim amiloide, esteri

lidade por fibrose testicular, ginecomastia e distúrbios menstru -

ais, como outros dados que podem ser somados ao quadro da hansenig

se leprúmatosa (1, 2, 3, 4, 6, 7, 8, 9, 11, 12).

Nesta analise nos propomos a rever os achados clínicos -

mais encontrados inicialmente, de maneira que consigamos alertar -

para a possibilidade desta doença quando temos dados de anamnese e

achados de exame fisico. Lembrando sempre.que o mais importante É

ter em mente que a hanseníase existe e É muito frequente em nosso

meio.

_ 'ahi

runmno = A-4 zw 1191 mm. MADE |N aRAz|L ÍÊEEÊFHÊ

(9)

1 z

111 - casuisrlcâ-E,mÉTeoo§

Este É um.estudo retrospectivo de 94 pacientes portadores

do mal de Hansen, atualmente em tratamento.na Unidade Sanitaria de

Ítajõí - s.c.

Nossa Ênfase foi dada na analise dos sinais e sintomas - que se manifestaram no inicio da doença e aqueles que estavam pre-

sentes na data.de fichamento,no.serviço de.hanseniase, da ja.referi

da unidade.

Para o estudo elaborou-se protocolo, cujos dados foram og

tidos junto.aos prontuários dos pacientes.

Inicialmente os dados colhidos foram: sexo, raça e idadef

em que se manifestou a doença.

Uisando:a possibilidade do diagnostico precoce, levanta-

mos os sinais e sintomas iniciais da moléstia.

Não relacionamos os sinais e sintomas a cada forma da do-

enga porque objetivamos principalmente o diagnostico da.patologia -

em si, para que desta maneira 0 paciente possa ser encaminhado ao

centro de saÚde.local e seja iniciada o mais brevemente possivel a

n Q I. q Q 0 I 1 n Iv '

vigilancia.epidemiologicas A.caracterizaçao da forma.e, a nosso ver

muitofimportante, mas so pode ser realizada se 0 diagnostico da han) seniase tiver sido pelo menos suspeitado.

Procuramos também analisar sinais e sintomas na data do

fichamento.

Consideramos o tempo.decorrido entre o primeiro sintoma.e

a data do fichamento.

U exame histopatologico É realizado de rotina. Analisamos

os resultados no sentido de,verificar a frequencia das formas que

a doença pode se manifestar (lepromatosa, tuberculoide, indetermina

da e dimorfa). `

A reação de mitsuda nao foi incluida.neste trabalho, por

falta de dados.

Finalmente, procuramos relacionar as drogas mais utiliza-

av

das no tratamento de cada uma das formas da patologia em questao.

E ainda, baseados na vigilância epidemiológica, avaliamos

em cada forma da doença separadamente, o.acometimento dos comunicag

tes diretos, ou seja, aquelas que moram na mesma casa de um porta -

dor da doença.

ronmno = A4 210 zm mm. MADE |N BRAz|L ÊWBUS

(10)

Í

Quadro 1 --Protocolo

Sexo Raça

Idade em que se manifestou a doença

'

r

.L

Sinais e sinzomas iniciais da molestia

Sinais e sintomas na data de fichamento na unidade sanitária

Ínicio da sintomatologia - Fichamento na

Unidade Sanitaria»(tempo.decorrido)

Forma da.doença u

Tratamento (drogas utilizadas)

Comunicantes diretos (afetados ou não)

Fonulno = A4 21u×2s1 mm. MADE |N BRAz|L

i

_ _

_.

(11)

Ú'

xW P1c

IV - LTâDGS

Aplicando-se a metodologia anteriormente citada, na.ana-

lise de pacientes portadores de hanseníase, obtiveram-se os seguíflw

tes resultados.

Verificou-se que, dos 94 pacientes estudados, 51 eram do

sexo masculino (54,25%) e 43 do sexo feminino (45,75%), como mos-

tra a tabela I.

Tabela I - Levantamento dos pacientes portadores de han-

. . . . . !

seniase, da Unidade Sanitaria de Itajai, rela

cionado com o sexo.

Sexo __ J_NQ de_paçientes _mjê _

- masculino 51 54,25

Feminiggd _r,cid_9ë_ __M__r_ s 45,15

T Qfial, Í __ __' , 9:¡4_v_, , __¬_____,

p ,_lAÚ¿Ú ,UQ

Na tabela II, observa-se a predominância dos pacientes -

de raça branca (93,61%) sobre os de raça negra (6,39%).

Tabela II - Levantamento dos pacientes portadores de han

seniase, da Unidade Sanitaria de Itajai, re-

lacionado com a raça.

Barça dia s süíidzes.saflfiiefltsess

í

_

Branca 88 93,61

desses.. c.,-¬MQá. ii_ 5 _ .élšâ

Ieäalssi ,1i-_-z 94c~. se ,s 1UQz0U

Analisando-se a idade em que se manifestou a doença, ob-

' . 5 . .

servou-se que e menos comum o inicio antes dos lflanos de idade -

(l,B6%) e a partir de 50 anos (12,76%). Em seis casos a idade não

constava no prontuário. (Tabela III).

Hill

rumwo = M zw zm mm MADE nu BRAzn_ › ÉPRIIBUS É

Í I.-.`

(12)

Tabela-Ill - Levantamento dos pacientes portadores de han

{ . , .

' . . .

seniase, da Unidade Sanitaria de Itajai, re-

lacionado com a faixa etária de manifestação

da doença.

Faixa etaria N9 de pacientes %

(temgo em anos) _ _¿ ,V Ú -- lÚ U1 lfi 2U 19 2Ú SÚ 1,0õ 20,22 27,57 25 30 ao 14 ‹ 14,89 40 50 16. 17,02 50 õo 09 9,57 ` ÕÚ 7Ú U3 3,19 Não_referido__, _ _ “Z B6 ___4w ` "W 6,38 ,W,%í,1 2 fc_clQUeUQ TQʧl._ 1 1 ._ __

Na tabela lv verifica-se que em SU pacientes (51,92%) a primeira manifestação da doença foram as lesões cutâneas tipo macu-

las, papulas ou nodulos; que em l6 (l7,D2%)_foram parestesias dos

membros superiores e/ou inferiores, em 12 (12,77%) hipoestesias*dos membr0s.superiores e/ou inferiores. Em 8 pacientes (8,5l%) as mani-

festagoes cutâneas estavam associadas a hipoestesia. Outros sinais

e sintomas menos frequentes foram edema e dor articular (5,32%), e-

dema de pavilhão auricular e de membros inferiores (3,l9%) e edema

de face e hipoestesia perilabial (3,l9%). Em 17 prontuarios(l8,08%)

este dado estava ausente.

Tabela IU - Levantamento dos sinais e sintomas iniciais ~

dos pacientes portadores de hanseniase, da U-

nidade Sanitaria de Itajai.

Sinais se sinierês inisieiâiiic N? de gaciente§_W¬ ÉJ_

50 31,92

_ ~ A

`

1

manifestaçoes cutaneas (macg

Í

las, papulas ou nodulos)

Parestesias de MMSS e/ou mmíl

Hipoestesia de MMSS e/ou mmll

manifestações cutâneas (supra

citadas) e hipoestesia

Edema e dor articulares

Edema de pavilhão auricular e mmll

Edema de face e nipoestesia

perilabial NäQ-reiârië@ c1_ _ 1. __ ___11cc1 16 12 U8 O5 U3 U3 _šZ 17,02 12,77 8,51 5,32 3,19 3,19 __ _ _,_d,lQ;Qê Total

FORMATO = A-4 2101291 mm. MADE IN BRAZIL _,-.

94 100 OU

um

ÊWÊÊ

(13)

Nos 94 pacientes analisados na data do fichamento, 74 a- presentavam lesões maculares, papulares ou nodulares (78,72%), 65 anestesia, hipoestesia ou parestesia (69,14%), 41 espessamento ne;

voso (43,61%), 20 manifestagoes oftalmologicas (21,27%), 17 reab-

sorção de extremidades (18,08%), 17 Úlceras troficas (18,08%), 16

rigidez articular (17,02%), 16 mão em garra (17,02%), ll madarose

(11,78%), 18 atrofia muaauiar (18,63%), 9 pé am garra (9,5õ%), 7

É

dema de extremidades (7,44%), 6 artralgia (6,38%), 5 pe caido

(5,31%), 3 mão caída (5,l9%), 2 manifestações otorrinolaringolégi-

cas (2,l2%), 2 facies leonina (2,l2%), l alopecia de membros infe-

riores (l,06%) e 1 anidrose de membros superiores (l,06%) como po-

demos ver na tabela V.

Tabela V - Levantamento dos sinais e sintomas na data de fichamento dos portadores de hanseniase, da Q

niúaaa sanitária da Itajaí.

Sinais e sintomas na data N9 de pacientes

1_9a<1_af1i_<=_b_fi1_f1eflfi°a. -_ -Í__1- as 1

Lesoes maculares, papulares 74

ou nodulares Anestesia, hipoestesia ou 65 parestesias 41 20 17 17 16 16 ll 10 09 07 06 05 03 02 02 01 01 Espessamento nervoso ~ manifestações oftalmologicas(1) Reabsorgão de extremidades Úlceral troficas Rigidez articular mão em garra madarose Atrofia muscular Pe em garra Edema de extremidades Artralgia Pe caido mao caida manifestaçoes URL (2) Facies leonina

Alopecia de membros inferiores

Anidrqse de membros inferiore§_fl ¬ Z

78,72 59,14 43,81 21,27 18,08 18,88 17,82 17,82 11,70 18,53 9,57 7,44 8,38 5,31 3,19 2,12 2,12 1,88 11-1 1_1_laQá 19181191 9 ,a_a"aaaaa da aa QA aaalflfldml

(1) Entre as manifestações oftalmologicas estão inclui

FORMATO = A4 2101197 mm MADE IN BRAZIL ñfimfi

(14)

~

dos: visao turua, irite, ceratite, lagoftalmia e ate cegueira. ›

(2) As manifestaçoes otorrinolaringologicas encontradas se referiam ao comprometimento da laringe.

Considerando-se o tempo decorrido entre o inicio da sin~

tomatologia e o fichamento na Unidade Sanitaria, salienta~se que em 26,60% dos casos o periodo foi de l a 2 anos e 19,5% de 2 a 3 3

nos, sendo que torna-se relevante o fato de que 8 pacientes(8,5l%)

foram fichados somente apos ter decorrido mais de lüanos de doença

(Tabela VI).

Tabela VI - Levantamento do tempo decorrido entre o ini- cio da sintomatologia e a data de fichamento ,dos portadores de hanseníase na Unidade Sani

taria de Itajai.

Ínicio da sintomatologia - N9 %

fichamento na Unidade Sami de taria (tempo decorrido em pacientes

ênâê) os 2 _ 2 _, o -- 1 11 11,70 1 -- 2 25 25,50 2 -- 5 18 19,15 5 -- 4 9 4 -- 5 8 5 -~ 5 4 Õ -- 7 l 7 -- 8 2 8 -- 9 2 9 -~ lfi 3 Acima de 10 8 Não referido _ _ _ __n_š_ 9,57 5,51 4,25 1,115 2,13 2,13 3,19 5,51 _ da _ _____3,19 T0tal,, ___H_:___ 1 _ _ _ __ 94 111190102 A tabela VII mostra a alta frequencia das formas leproma

`

tosa (69,15%) e tuberculoide (23,40%) na hanseníase

FURMÁTU = À-4 210 l291 mm MÁDE |N BRAZIL

(15)

Tabela VII - Levantamento dos pacientes portadores de han

seniase, da Unidade Sanitaria de Itajai, re-

lacionando com a forma da moléstia. @. Forma ,%_V èflg de pacientes_m M” Lepromatosa 55 59,15 'o Tuberculoide Indeterminada Dimorfa 22 U4 _, U3 23,49 4,25 541% Total « Qá 1oo_,on

Enfocando-se o tratamento, observou-se que a maioria dos

pacientes (74,48%) foram tratados apenas com sulfona. As associa-

goes de medicamentos foram utilizados apenas nas formas lepromatosa

(23,40%) e tuberculoide.(2,l2%) numa minoria de casos (Tabela VIII)

Tabela VII I.. Levantamento dos pacientes portadores de hanseníase, da Unidade Sanitaria de Ita-

. 'Av

f . '~¬- ~ . .

gai, relacionando com as drogas utiliza -

das no tratamento da diversas formas da

' 1 molestia. Drogas Lepromatosa usadas Í NH mfiz › ø Tuberculoide Indeterminada NH % _ *NfE Dimorfa N9

%

Total NQ % A 43 45,75 B 11 11,7o 5 5 5,32 o 3 3,19 E 2 2,13 f 3 1 N1,o5 2o 21,25 1 1,o5 1 1,55 o o,oo o o,oo ,,o__ o,oo, 4 U Ú U D O 4,25 o,oo o,oo o,oo o,oo 9190 3 3,19 o o,oo o o,oo o o,oo o o,oo U 8,051 vo 74,45 12 12,75 5 5,35 3 3,19 2 2,13 1 1,55 T5551 2 255 59,15, _"22_ 23,40 4 4¿26 3 3,19, 94,lUQ,DQ CJFEUJIP E F Sulfona Sulfona Sulfona Sulfona Sulfona Sulfona Talidomida Rifampicina Dexametasona Rifampicina Rifampicina Talidomida

Rifampicina Talidomida Qexametasona

RÉU

ronrmo = A4 mz zs1 mm MADE |N aRAz|L ÊWUWSÍT

(16)

A tabela IX mostra que somente os comunicantes diretos de

Í a 1

Q 0

paclentes com hansenlase lepromatosa adqulrlram a patologla e lsto

ocorreu em 18 casos (5,D7%).

Tabela IX ~ Levantamento dos comunicantes diretos dos pa- '

cientes portadores de hanseníase, da Unidade

Sanitária de Itajaí.

Comunicantes Afetados Sadios Total

F 0r__ gmâím __ aos fpigetos 2 ffl_ _&g_ 2 A, W _ mg % NQ z

Lepromatosa 18 5,07 224 63,lU 242 68,17

Tunerzulšióz ;n n,on va 21,97. ve 21,97

Indeterminada O 0,08 21 5,92 21 5,92

Qimfirfa 2 _ ,- _ _,aJm222Q_-~Q¿QQ"222l4,,_§22â __ slâ22s_ÿ94

l9Êei¬V__f;2- 2 _a¬_lâm, ä¿97 2.337 94¿9š_,H2§552“lUQ¿QQ

HM

(17)

U) :Dl C3

U__ C7 ..

›--1 LOOC U

Alguns autores (7,8), afirmam que a hanseníase e mais fre-

quente no sexo masculino. Em nosso estudo a predominância embora com

provada (54,25%), não foi significativa. Acreditamos que seria neceâ

sario o levantamento de um nÚmero.maior de casos para avaliar a fre-

quencia real em relaçao ao sexo.

N

Houve uma nitida predominância na raça branca (93,61%) em-

bora não tenhamos encontrado na literatura referencias de que este

fator possa influir na susceptibilidade a doença em questão. Ha que

se considerar tambem a proporção maior de brancos em relaçao aos ne-

gros em nosso municipio.

Em nossa casuística, a doença se manifestou em qualquer i-

dade, sendo que o maior numero de casos ocorreu entre a 29 e 59 déca

das (79,80%), embora Almeida Neto (1) afirme que o inicio, em geral,

I _ nú _

se da na infancia.

Procuramos enfatizar em nosso estudo os primeiros sinais e

sintomas que possam orientar no sentido do diagnostico precoce. Embg

ra como dado isolado as lesoes cutâneas (maculas, papulas ou nódulos

É importante ressaltar que, sintomas neurológicos como parestesias e

hipoestesias tenham sido, sozinhos ou associados a outros sintomas ,

aqueles que ocorreram no maior numero de casos (l7,02 12,77 8,51

3,19 41,49%). Cabe aqui abrir um parênteses para ressaltar que os

sintomas neurológicos supracitados, mesmo quando pouco chamativos dg

vem orientar o medico para o diagnostico da hanseníase.

Pode-se comprovar atraves do estudo do quadro clinico na

data do fichamento que a grande maioria dos pacientes ja se apresen-

tava com deformidades e alteraçoes incapacitantes tais como: reabsor ção de extremidade (18,08%), rigidez articular (17,02%), mao em gar-

ra (17,02%), madarose (11,70%), atrofia muscular (10,63%), pe em ga;

ra (9,57%), pe caido (5,3l%), mão caida (3,l9%), facies leonina(2,l2

Estes dados mostramque É de valor capital o diagnostico precoce da -

doença, o que certamente faria com que diminuisse o numero e a integ

sidade das seqüelas.

É de se especular se podemos relacionar os dados acima com

a tabela VI referente ao tempo decorrido entre o primeiro sintoma e

o fichamento na Unidade Sanitaria. Nesta ve-se que apenas 11,70% dos

pacientes foram fichados com menos de 1 ano de doença, enquanto que em 85,11% o prazo foi maior que l ano, incluvise 8,51% acima de 10

Ê

nos

)

)

_ HW

fumam = A4 zwzm mm. MADE m eRAz||. 'ÊEEEPÊS

(18)

Um indice significativo de pacientes (69,15%) apresentava a forma lepromatosa, seguido pela forma tuberculÕide.(23,4D%). As

formas indeterminada e dimorfa representam a minoria, 4,26% e 3,19%

respectivamente.

A sulfona É a droga universalmente usada no tratamento da hanseníase (100%). Outras drogas tem sido administradas somente em associação com a mesma.

Acreditamos, baseados em analise realizada em 355 comuni- cantes diretos, que deva ser intensificada a Vigilancia epidemiolo-

gica daqueles relacionados a pacientes de forma lepromatosa, haja ~

visto que todos os relacionados as outras formas se encontravam sa-

dios comparando~se com cifras de'5,D7% afetados no primeiro caso(ta

bela lx).

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somam = A4 zmzzsn mm. MADE m anAz|L ¶E§{\3g_B_l_I_S_

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(19)

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LI - CONCLUSÃO

Em vista dos resultados obtidos durante o levantamento de

dados, concluímos que:

1. Na maioria dos pacientes a doença se manifestou entre

10 e 30 anos.

t2. Us sintomas e sinais iniciais principais foram os neu-

rológicos seguidos pelos dermatologicos.

3. Quando da data de fichamento na Unidade Sanitaria gran

de parte dos pacientes ja apresentavam deformidades e alterações i [IJ

capacitantes e que a maioria ja tinham pelo menos 1 ano de evolução da.doença.

4. A forma mais frequente foi a lepromatosa.

5. Os doentes lepromatosos são os mais contagiantes e que

na exposiçao domiciliar o percentual de contagiosidade foi de 5,07%. 6. A maioria dos pacientes foi tratada apenas com sulfona

e a associação de medicamentos foi necessario apenas em pacientes -

f ' .

com hanseniase lepromatosa e tuberculoide.

FORMATO = A4 210 I 297 mm. MADE IN BRAZIL

(20)

VII - SUWWARY

At this work are studied 94 paciente with Hanseniasís at

unidade sanitária de Itajaí.

Some data are analized sex, age of manifestation and form

of illness. Clinical appearance that induces diagnostic are empha-

tized. Aspects of treatment and transmission are discussed.

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(21)

VÍÍÍ - REÉÊBÊNÊÃBÊ_l§l5Ll§§FÃíÃÊfiâ

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(23)

TCC UFSC

CM

0154 Ex.l N-Chaim TCC UFSC CM 01.54

Autor: Silva, Dayse Denis

Título: Estudo retrospectivo de 94 casos

972809904 Aco 253348

Referências

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