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Relatório Final

de Estágio

Ricardo André Correia

6º Ano do Mestrado Integrado em Medicina

Faculdade de Ciências Médicas

Universidade Nova de Lisboa

2014

(2)

Índice

1.Introdução ...3

2.Corpo de Trabalho/Actividades Desenvolvidas ...4

2.1 Cirurgia Geral (16 de Setembro e 8 de Novembro de 2013) ... 4

2.2 Medicina Interna (11 de Novembro de 2013 a 17 de Janeiro de 2014) ... 4

2.3 Ginecologia - Obstetrícia (27 de Janeiro a 21 de Fevereiro de 2014) ... 5

2.4 Saúde Mental (24 de Fevereiro a 21 de Março de 2014) ... 5

2.5 Medicina Geral e Familiar (24 de Março a 24 de Abril de 2014) ... 5

2.6 Pediatria (28 de Abril a 23 de Maio de 2014) ... 6

2.7 UC Opcional: Cirurgia da Cabeça e Pescoço (26 de Maio a 6 de Junho de 2014) . 6 2.8 UC Integradora - Preparação para a Prática Clínica (1º Semestre) ... 6

3.Elementos Valorativos ...7

3.1 Monitor Voluntário de Anatomia da FCM ... 7

3.2 Congresso iMed 5.0 e Workshop Ecocardiografia em Emergência ... 7

3.3 Seminários Apresentados ... 7

3.4 Acção de Formação - Reanimação Cardio-Respiratória Nível I ... 7

3.5 Reunião da Imunoalergologia do HDE ... 8

3.6 Jogador da Equipa de Futsal da FCM ... 8

4.Reflexão Crítica Final ...8

Anexos ... 11

Anexo 1 – Síntese do 6º ano do MIM da FCM ... 12

Anexo 2 – Casuística... 13

Anexo 3 – Seminários Apresentados ... 15

Anexo 4 – Certificado de Monitor Voluntário de Anatomia ... 16

Anexo 5 - ERASMUS – Universidade Pierre et Marie Curie ... 17

(3)

Siglas e Abreviaturas

CE: Consulta externa

CPRE: Colangio-pancreatografia retrógrada por via endoscópica

CSP: Cuidados de saúde primários

ECDT: Exames complementares de diagnóstico e terapêutica

EDA: Endoscopia digestiva alta

ECG: Electrocardiograma

FCM: Faculdade de Ciências Médicas

Gastro: Gastroenterologia

Gin-Obst: Ginecologia-Obstetrícia

HBA: Hospital Beatriz Ângelo

HDE: Hospital Dona Estefânia

HEM: Hospital Egas Moniz

HFF: Hospital Fernando Fonseca

IPOLFG: Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil

ITU: Infecção do tracto urinário

Med.: Medicina

MIM: Mestrado integrado em Medicina

MGF: Medicina Geral e Familiar

PAC: Pneumonia adquirida na comunidade

PACS: Pneumonia associada aos cuidados de saúde

SU: Serviço de Urgência

UC: Unidade Curricular

UCSP: Unidade de cuidados de saúde personalizados

(4)

1. Introdução

O Curso de Medicina traduz-se, para o aluno, num trajecto de elevada exigência pessoal e

institucional que caracteriza poucas graduações. O seu objectivo principal pode-se resumir no acto

médico de estabelecer o diagnóstico e o prognóstico, instituir a terapêutica adequada, promover a

saúde e recomendar medidas preventivas ao doente. O 6º ano encontra-se actualmente adaptado a

estágios clínicos, com o objectivo global de formação do médico pluripotencial. Os métodos de

ensino-aprendizagem e de avaliação centrados no estudante encorajam a aprendizagem activa e

promovem o pensamento e o raciocínio críticos. Realizado no contexto apropriado, profissional e

universitário, o curso de Medicina cria oportunidades para o estudante desenvolver os

conhecimentos, aptidões e atitudes requeridos, no século XXI, ao médico em exercício.

Por conseguinte, o médico recém-graduado deve: demonstrar o conhecimento das ciências

básicas e clínicas e aptidões necessárias ao exercício da Medicina sob supervisão; saber utilizar o

conhecimento na análise e solução dos problemas clínicos comuns, mediante estruturação de um

plano para o diagnóstico diferencial e estabelecimento de estratégias de gestão adequadas a

situações médicas, cirúrgicas ou psiquiátricas de carácter emergente, urgente, agudo ou crónico;

utilizar uma abordagem biopsicossocial abrangente na avaliação e tratamento dos doentes;

comunicar e interagir com integridade, honestidade, empatia e compaixão com os doentes e

famílias; demonstrar comportamento profissional a nível pessoal e interpessoal.

O 6º ano do curso de Medicina visa a aquisição de competências teóricas e práticas avançadas

e de autonomia nas grandes áreas da Medicina, aplicando na prática clínica diária os

conhecimentos, gestos e atitudes adquiridos ao longo do curso, e desenvolvendo progressivamente

confiança, auto-suficiência e eficácia no desempenho de todas as tarefas que o médico

recém-formado executa no dia-a-dia.

O Relatório Final tem como objectivo descrever as actividades desenvolvidas ao longo dos

estágios profissionalizantes do 6º ano do MIM da FCM da UNL, bem como apresentar uma reflexão

crítica acerca do meu percurso. Os estágios profissionalizantes foram em número de 6,

(5)

2. Corpo de Trabalho/Actividades Desenvolvidas

Ao longo de 34 semanas de estágio fui integrado na actividade médico-cirúrgica das

áreas-chave da Medicina e participei em actividades em inúmeros contextos característicos de cada

especialidade. De seguida, apresento, de forma breve e por ordem cronológica, cada um dos

estágios que completei.

2.1 Cirurgia Geral (16 de Setembro e 8 de Novembro de 2013)

Este estágio foi realizado no Serviço de Cirurgia do Hospital Beatriz Ângelo (HBA) sob tutela da

Dr.ª Susana Ourô. Teve a duração de 8 semanas, com um percurso opcional inicial de 2 semanas

no Serviço de Gastroenterologia, com observação de ECDT endoscópicos (EDA,

Rectos-sigmoidoscopia, Colonoscopia Total, Enteroscopia e CPRE), e participação em Consultas Externas

de Gastroenterologia Geral e Hepatologia e de Proctologia. No âmbito da Cirurgia Geral participei

em actividades no contexto de Urgência, Consulta Externa, Enfermaria e Bloco Operatório, das

quais destaco a consolidação do exame objectivo abdominal e o desempenho da função de 1º ou 2º

ajudante em 6 cirurgias, 1 das quais laparoscópica.

Ao longo do estágio, presenciei diversas actividades formativas, a maioria incluídas no

programa da UC de Cirurgia Geral: aulas teóricas sobre temas abrangentes, aulas teórico-práticas

sobre técnicas invasivas e uma sessão de apresentações de casos e respectivas revisões teóricas

pelos alunos no Mini-Congresso. Ainda no âmbito do percurso clínico no departamento do HBA

presenciei sessões clínicas, reuniões multidisciplinares e visitas médicas aos doentes internados.

2.2 Medicina Interna (11 de Novembro de 2013 a 17 de Janeiro de 2014)

O estágio profissionalizante no Serviço de Medicina IA do Hospital Egas Moniz foi tutelado pela

Dr.ª Rita Reis. Ao longo de 8 semanas participei em actividades em contexto de Enfermaria, de

Urgência e de Consulta Externa de Medicina Interna, das quais destaco o seguimento diário do

doente internado, com consolidação de anamnese e exame objectivo metódicos e realização de

técnicas invasivas, como gasimetria arterial ou punção venosa, e não invasivas, como ECG.

(6)

Pedro Póvoa, e participei em actividades formativas do departamento hospitalar, como Journal

Clubs, visitas médicas, discussões de notas de alta e sessões clínicas hospitalares.

2.3 Ginecologia - Obstetrícia (27 de Janeiro a 21 de Fevereiro de 2014)

Realizei o estágio no Serviço de Ginecologia – Obstetrícia do HBA. Ao longo de 4 semanas participei em actividades em diversos contextos de actuação de um especialista desta área:

Enfermaria de Puerpério e Grávidas de Risco, Ecografia Ginecológica e Obstétrica, Histeroscopia,

Urgência de Ginecologia-Obstetrícia com assistência à grávida em trabalho de parto ou observação

de cesarianas; Consultas de Obstetrícia, Ginecologia, Senologia e Patologia do Tracto Genital

Inferior, Bloco Operatório de Ginecologia e de Senologia. Saliento a realização de exame objectivo

ginecológico e consolidação da história ginecológica e obstétrica.

Participei, ainda, em actividades formativas integradas no percurso clínico neste serviço do

HBA, como as sessões de apresentação dos trabalhos de grupo dos alunos da FCM e as reuniões

semanais de Ginecologia e de Obstetrícia.

2.4 Saúde Mental (24 de Fevereiro a 21 de Março de 2014)

Neste estágio clínico fui integrado na equipa da Amadora, uma das 4 unidades funcionais

comunitárias do Serviço de Psiquiatria do HFF. A aprendizagem ocorreu predominantemente na

Consulta Comunitária de Psiquiatria sob tutela do Dr. José Flores e da Dr.ª Raquel Ribeiro,

complementada na Consulta de Enfermagem, na visita domiciliária e no serviço de Urgência.

Beneficiei ainda de actividades formativas incluídas no programa da UC, como os seminários

do Prof. Doutor Miguel Xavier, e de sessões clínicas, reuniões da equipa da Amadora com outras

unidades funcionais do Serviço e apresentação de trabalho de grupo no Serviço hospitalar.

2.5 Medicina Geral e Familiar (24 de Março a 24 de Abril de 2014)

O estágio profissionalizante de MGF foi realizado em meio rural. Desenvolvi capacidades e

técnicas de abordagem do doente nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) ao longo de 4 semanas

na UCSP Serpa, nas extensões de Vales Mortos e Brinches, sob tutela da Dr.ª Maria José Palma.

(7)

do dia de forma parcialmente independente, com discussão de cada caso com a orientadora.

Além disso, apresentei a Lei nº 15/2014 - Lei consolidando a legislação em matéria dos direitos

e deveres dos utentes dos serviços de saúde, na reunião mensal do serviço.

2.6 Pediatria (28 de Abril a 23 de Maio de 2014)

Neste estágio, que se desenrolou no Hospital Dona Estefânia ao longo de 4 semanas, fui

integrado na actividade médica em vários contextos da Pediatria Médica e participei em actividades

em contexto de Urgência Pediátrica Geral, Enfermaria e Consulta Externa de várias

subespecialidades. Na maioria das vezes, o meu percurso foi tutelado pela Dr.ª Ana Casimiro,

sobretudo na abordagem de patologia do âmbito da Pneumologia, mas tive também oportunidade de

desenvolver aptidões e conhecimentos no âmbito dos Cuidados Entéricos, da Neurologia e

Cardiologia Pediátricas e da Imunoalergologia, em períodos do estágio de carácter opcional ou

integrado na Unidade Curricular.

Ao longo do estágio, presenciei sessões de passagem de doentes entrados, sessões clínicas

hospitalares e seminários de apresentação de trabalhos de grupo pelos alunos da FCM.

2.7 UC Opcional: Cirurgia da Cabeça e Pescoço (26 de Maio a 6 de Junho de 2014)

Por interesse próprio, realizei um estágio clínico de 2 semanas no Serviço de Cirurgia de

Cabeça e Pescoço do IPOLFG. Numa aprendizagem orientada por médicos-cirurgiões do serviço,

presenciei e participei em actividades em contexto de Consulta Externa, Consulta de Grupo (com

Endocrinologia), Bloco Operatório e Pequena Cirurgia. Privilegiei, neste estágio, a aprendizagem do

exame objectivo da cabeça e pescoço, a consolidação dos conhecimentos teóricos de neoplasias

cutâneas e endócrinas, bem como a aprendizagem de pormenores técnicos característicos desta

subespecialidade cirúrgica.

2.8 UC Integradora - Preparação para a Prática Clínica (1º Semestre)

Esta UC, sob regência do Prof. Dr. Roberto Palma dos Reis, é constituída por sessões

multidisciplinares quinzenais onde são abordados temas transversais às várias áreas da Medicina.

(8)

3. Elementos Valorativos

3.1 Monitor Voluntário de Anatomia da FCM

Convidado pelo Prof. Dr. Diogo Pais, desde 2010 que integro o corpo docente do

Departamento de Anatomia, inserido na equipa do Dr. Rafael Roque. Durante os anos lectivos

2010-2011 e 2010-2011-2012 leccionei, de forma autónoma e independente, aulas práticas de Anatomia II

(Neuroanatomia, Anatomia dos Órgãos dos Sentidos, Anatomia Cardíaca e Vascular) e contribuí

para as avaliações orais intermédias. Nos anos lectivos 2012-2013 e 2013-2014, após reforma

curricular, desempenhei funções de monitor voluntário nas aulas práticas de Neurociências

(Neuroanatomia e Anatomia dos Órgãos dos Sentidos) e de Anatomia e Imagiologia Clínicas.

3.2 Congresso iMed 5.0 e Workshop Ecocardiografia em Emergência

Este congresso internacional, organizado por alunos da FCM, teve lugar na Reitoria da UNL

nos dias 11, 12 e 13 de Outubro de 2014. Além de ter presenciado conferências de especialistas

cirúrgicos como o Prof. Dr. Brunicardi e de laureados com prémios Nobel da Fisiologia, Medicina e

Química, frequentei e concluí o Workshop Ecocardiografia em Emergência (5 horas de duração).

3.3 Seminários Apresentados

1) 8 de Novembro de 2013:Doença de Crohn Fibro-Estenosante;

2) 10 de Janeiro de 2014: Síndrome Cardio-Renal;

3) 21 de Fevereiro de 2014: Colestase Intra-Hepática da Gravidez;

4) 18 de Março de 2014: Relação Médico-Doente;

5) 10 de Abril de 2014: Lei nº 15/2014 - Lei consolidando a legislação em matéria dos

direitos e deveres dos utentes dos serviços de saúde; 6) 21 de Maio de 2014: Fibrose Quística.

3.4 Acção de Formação - Reanimação Cardio-Respiratória Nível I

Este curso satélite da XXI Reunião do Anuário do HDE realizou-se no dia 14 de Maio (6 horas

de duração). Incidiu sobre Suporte Básico e Avançado de Vida (SBV e SAV) no adulto e criança,

(9)

3.5 Reunião da Imunoalergologia do HDE

A sessão intitulada Laboratório de Função Respiratória no Estudo de Doenças Alérgicas,

realizada no dia 16 de Maio, teve como principais temas: espirometria, volumes pulmonares e

broncorreactividade, avaliação funcional respiratória na criança e na idade pré-escolar, óxido nítrico

e condensado brônquico do ar exalado.

3.6 Jogador da Equipa de Futsal da FCM

Durante o ano lectivo de 2013-2014, fiz parte da equipa de Futsal Masculino da FCM. Além dos

treinos bissemanais, participei nos jogos da 1ª liga de futsal universitário de Lisboa, organizada pela

Associação Desportiva do Ensino Superior de Lisboa (ADESL).

4. Reflexão Crítica Final

Como finalista ávido de aprender e aperfeiçoar todos os aspectos teóricos e práticos da

actuação médico-cirúrgica, o último ano lectivo do MIM da FCM UNL representou a oportunidade

para suplementar todo o ensino prévio com uma preparação activa para o exercício médico futuro.

Na aquisição de aptidões tende-se a cumprir uma sequência lógica de fases essenciais: teoria,

observação, prática com apoio e prática por rotina. Nesta sequência, a relação tutor(a)/aluno(a) de

1/1, cumprida na maioria dos estágios, assumiu um papel indispensável. Senti-me frequentemente

motivado pela confiança dos tutores, fundamentada no trabalho e conhecimento diariamente

demonstrados, e pela sua disponibilidade para discussão de casos.

Sir William Osler referiu que “a Medicina é uma ciência de incertezas e uma arte de probabilidades”. É dever do recém-formado em Medicina ter consciência das suas capacidades e limitações e sustentar a sua actividade em conhecimentos e comportamentos fundamentados na

teoria e experiência adquiridas.

Termino o curso com capacidades desenvolvidas de: anamnese e exame objectivo completos e

dirigidos nos vários contextos; empatia, respeito e honestidade na construção de relações

médico-doente e interpessoais de confiança e cooperatividade mútua; requisição, realização e avaliação de

(10)

estratégias de gestão de problemas centradas no doente e urgência do quadro. Além disso, porque

o “medico não deve tratar a doença, mas o doente que a sofre” (Maimonides), considero que consolidei a abordagem holística do doente, tendo em conta os parâmetros biopsicossociais

envolvidos no quadro psico-patológico.

Pelo contributo preponderante para a minha aprendizagem e evolução na aquisição destas

competências, são de destacar 3 estágios:

1) Medicina Interna: com a grande vertente humana e o amplo espectro de patologias,

requer um raciocínio clínico abrangente com conhecimentos sistematizados em inúmeras áreas e

uma actualização permanente. Por isso, constitui a grande oportunidade para o estudante de

Medicina evoluir como clínico propriamente dito. O grau de independência e o trabalho exigente,

adequados ao estatuto de estudante do 6º ano, possibilitaram o cumprimento de grande parte dos

objectivos deste ano clínico, com uma autonomia e confiança crescentes;

2) Medicina Geral e Familiar: a abordagem sistematizada global obriga o estudante ao

desenvolvimento de um método centrado no doente respeitando as fases da consulta e à aquisição

de versatilidade na construção da relação estudante/médico - doente e familiares mais adequada a

cada contexto. Adquiri autonomia progressivamente maior ao longo da realização de consultas em

meio rural, integrando sempre o contributo psicossocial para o quadro. Concluí que o Médico de

Família é o principal determinante da saúde das populações, pelo papel de primeira linha que

representa na promoção da saúde e prevenção primária, secundária e terciária da doença;

3) Cirurgia Geral: o procedimento cirúrgico revela-se para mim como a forma directa de

tratar a doença. No entanto, sobretudo na Urgência, a avaliação organizada do doente pelo

médico-cirurgião, com anamnese, exame objectivo e exames de imagem seleccionados, determina que a

maioria dos doentes necessita apenas de terapia médica, excepto uma minoria que tem indicação

cirúrgica, raramente urgente. O meu entusiasmo pelas especialidades cirúrgicas foi reforçado pela

motivação e ensino teórico-prático que a Dr.ª Susana Ourô proporcionou, e pela participação activa

no bloco operatório, que considero essencial porque, além de permitir o desenvolvimento da técnica

(11)

Em relação aos componentes teórico-práticos dos estágios profissionalizantes, considero que

constituíram um complemento útil à minha formação médica, ao revelar-me assuntos muito

importantes ainda não abordados tão sistematicamente, como os Seminários de Psiquiatria do Prof.

Dr. Miguel Xavier. Destaco ainda as sessões teóricas do Prof. Dr. Pedro Póvoa, propícias à

discussão de temas intrinsecamente relacionados com a prática clínica da medicina intensiva.

A maioria dos Departamentos onde estagiei são serviços dinâmicos, onde são realizadas

reuniões, apresentações, discussões críticas de doentes e revisões de artigos que permitem aos

profissionais e alunos consolidar, enriquecer e actualizar o seu conhecimento.

Quanto à UC Integradora – Preparação para a Prática Clínica, considero o conceito de sessões multidisciplinares moderadas por várias especialidades muito interessante e adequado ao estadio

final do curso, devido ao carácter iminentemente prático com ponto de partida no sintoma ou sinal ,

que promove o raciocínio clínico. Como aspecto negativo, destaco a ocasional ausência de

coordenação entre apresentações dos especialistas, com revisões repetidas dos temas abordados.

Já o Estágio Opcional constitui uma oportunidade única para experienciar uma especialidade

que nos interesse e/ou venha a ser útil no futuro. A Cirurgia de Cabeça e Pescoço, tal como as

restantes áreas cirúrgicas, fascina-me sobretudo no tratamento de patologia oncológica.

As actividades extra-curriculares em que estive envolvido suplementaram a minha formação

médica e geral como ser humano proactivo e motivado.

Como pontos menos positivos do ano lectivo que agora termino, destaco a incongruência na

avaliação prática dos alunos, por vezes com critérios desajustados ou não cumpridos, que não

distinguem os diferentes níveis de aprendizagem, trabalho, conhecimento e qualidade do Relatório

de Estágio dos vários alunos.

O desempenho de todas estas actividades e a aprendizagem em inúmeros contextos

proporcionaram-me uma perspectiva realista da Medicina enquanto ciência abrangente com amplo

espectro de acção. Termino o curso citando Hipócrates “Wherever the art of Medicine is loved, there

is also a love of Humanity”, reforçando a paixão e dedicação que dedico à Medicina e a tudo o que

(12)

Anexos

Anexo 1. Síntese do 6º ano do MIM da FCM

Anexo 2. Casuística

Anexo 3. Seminários apresentados

Anexo 4. Certificado de Monitor Voluntário de Anatomia

Anexo 5. ERASMUS – Universidade Pierre et Marie Currie, Hospital Pitié-Salpétrière

(13)

Anexo 1 – Síntese do 6º ano do MIM da FCM

Período Estágio/UC Local Tutor(a) Classificação ECTS

16/09/2013

8/11/2013 Cirurgia Geral HBA

Dr.ª Susana

Ourô 18 8

11/11/2013

17/01/2014 Medicina Interna HEM Dr.ª Rita Reis 19 9

27/01/2014 21/02/2014

Ginecologia –

Obstetrícia HBA Dr.ª Elsa Dias 18 6

24/02/2014 21/03/2014 Saúde Mental Unidade Comunitária da Amadora - HFF Dr. José Flores e Dr.ª Raquel Ribeiro 18 6 24/03/2014 24/04/2014 MGF UCSP Serpa Dr.ª Maria José Palma 18 6 28/04/2014

23/05/2014 Pediatria HDE Dr.ª Ana Casimiro 19 7

26/05/2014 06/06/2014

Cirurgia de Cabeça e

Pescoço

IPOLFG Dr. Rosa Santos 18 3

1º Semestre PPC FCM UNL Prof. Dr. Palma

(14)

76% 3% 21% Gráfico 4. Gin-Obst SU Grávidas Puérperas Outras 30% 24% 12% 34%

Gráfico 5. Gin-Obst Motivo de Ida ao SU

Meno e/ou Metrorragia Algias abdomino-pélvico-perineais Amenorreia Outros

Anexo 2 – Casuística

Ao longo dos estágios profissionalizantes, recolhi todas as características dos doentes

avaliados e registei a abordagem utilizada. No fim de cada um, na realização do Relatório, utilizei os

dados para definir correlações estatísticas e retirar algumas conclusões. Apresento as informações

que considero mais pertinentes em seguida:

Na Enfermaria de Medicina IA do HEM, fui responsável

pelo seguimento de 25 doentes, dos quais a maioria eram

idosos (88% com >64 anos – Gráfico 1). Os diagnósticos mais frequentes foram ITU não complicada (30%), PAC

(23%) e PACS (17%) – Gráfico 2; cerca de 50% dos doentes tiveram um curto período de internamento (<10 dias), com

menos de 10% hospitalizados por períodos superiores a 30 dias – Gráfico 3.

Ao longo dos perídos de Urgência de Ginecologia-Obstetrícia, contribuí para a avaliação de 33

doentes, das quais 76% estavam grávidas e 3% eram puérperas (Gráfico 4). Os motivos de ida ao

SU mais frequentes foram: meno e/ou metrorragias (30%), algias abdomino-pélvico-perineais (24%)

e amenorreia (12%) – Gráfico 5. >90% das doentes admitidas foram submetidas a exame ecográfico, a maioria com sonda vaginal.

0 5 10 15 20 25 Jovem adulto (18-29) Adulto (30-64) Idoso (>64) Gráfico 1. Med. IA Distribuição etária

sexo feminino sexo masculino

0 5 10 1-10 dias 11-20 dias 21-30 dias >30 dias número de doentes Gráfico 3. Med. IA Tempo de Internamento PAC 23% PACS 17% ITU 30% DRC agudizada 6% Anemia 7% Outros 17% Gráfico 2. Med. IA Diagnóstico Principal

(15)

27% 17% 14% 7% 8% 8% 11% 8% Distimia/Depressão Doença Bipolar Perturbação da Ansiedade Esquizofrenia/Pert.Esquizoafectiva Outras psicoses/Pert.Delirante Perturbação da Personalidade Demência

Ao longo do Estágio de Cirurgia Geral,

contribuí para a avaliação de 107 doentes em

Consultas Externas (CE) de Cirurgia Geral,

Gastroenterologia Geral e Hepatologia e

Proctologia, das quais 46% foram primeiras

consultas e 6% pós-operatórios – Gráfico 6. Apenas 28% destes doentes tinham um quadro que justificasse intervenção cirúrgica (Gráfico 8), e os diagnósticos mais frequentes foram: doença

hemorroidária e/ou doença peri-anal (22%), hérnias abdominais (11%) e litíase da vesícula e/ou vias

biliares (10%) – Gráfico 7.

No estágio de Saúde Mental, participei na avaliação de 84 doentes em consulta comunitária de

Psiquiatria. A maioria era do sexo feminino (67% - Gráfico 9), com uma idade média de 52,9 anos.

Os diagnósticos mais prevalentes na população avaliada foram: perturbação do humor (44%),

com 27% de distimia/depressão e 17% de doença bipolar, perturbação da ansiedade (14%),

demência (11%) e perturbação da personalidade (8%) – Gráfico 10.

Primeira consulta 46% Pós-Operatórios 6% Outros 48% Consulta subsequente 54% 22% 11% 10% 9% 9% 6% 33% Gráfico 7. Diagnóstico CE

Hemorróidas e Doença Perianal Hérnias abdominais

Litíase vesicular e das vias biliares Gastrite e DRGE

Pólipos e Tumores do tracto GI Quistos sebáceos e Lipomas Outros Indicação Cirúrgica 28% Indicação para ECDT 25% Indicação para Tx médico 34% Sem indicação terapêutica nem para ECD

13%

Gráfico 8. Doentes CE

Gráfico 10. Diagnóstico Saúde Mental Gráfico 9. CE Saúde Mental

67% 33%

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Anexo 3 – Seminários Apresentados

1) 8 de Novembro de 2013: Doença de Crohn Fibro-Estenosante: Ana Castro, Filipe Correia

e Ricardo Correia, anfiteatro do Hospital Beatriz Ângelo;

2) 10 de Janeiro de 2014: Síndrome Cardio-Renal: Ana Castro, Filipe Correia e Ricardo

Correia, sala dos médicos do serviço de Medicina IA do Hospital Egas Moniz;

3) 21 de Fevereiro de 2014: Colestase-Intra-Hepática da Gravidez: Ana Castro, Filipe

Correia e Ricardo Correia, sala de reuniões do serviço de Ginecologia-Obstetrícia do Hospital

Beatriz Ângelo;

4) 18 de Março de 2014: Relação Médico-Doente: Ana Castro, António Alho, Filipe Correia,

Jorge Prazeres, Ricardo Correia, Rute Branco, Sara Dehanov, Tatiana Louro, anfiteatro do serviço

de Psiquiatria do Hospital Fernando Fonseca;

5) 10 de Abril de 2014: Lei nº 15/2014 - Lei consolidando a legislação em matéria dos

direitos e deveres dos utentes dos serviços de saúde: Ana Castro, Filipe Correia e Ricardo Correia, sala de reuniões da UCSP Serpa;

6) 21 de Maio de 2014: Fibrose Quística: Joana Varandas e Ricardo Correia, centro

(17)
(18)

Anexo 5 - ERASMUS – Universidade Pierre et Marie Curie

Realizei o 1º semestre do 5º ano do curso de Medicina na Universidade Pierre et Marie Curie,

em Paris. Neste período concluí 2 estágios práticos no Hospital Pitié-Salpêtrière:

1) 8 semanas no Serviço de Medicina Interna chefiado pelo Prof. Zamora. Durante o estágio

desempenhei todas as tarefas de um médico na enfermaria, num contexto de maior prevalência de

patologias auto-imunes, e terminei com uma classificação de 17/20 valores (15 ECTS);

2) 9 semanas no Serviço de Cirurgia Vascular chefiado pelo Prof. Koskas. Durante este

período auxiliei diariamente em todos os procedimentos cirúrgicos no bloco operatório, como

instrumentista, 2º ou 1º ajudante, desde endarterectomia carotídea a reparação de aneurisma da

aorta ascendente com prótese vascular e valvular aórtica. Concluí o estágio com uma classificação

final de 18/20 valores (20ECTS).

Além disso, completei neste contexto o curso de Francês nível A2 com uma classificação de

(19)

Anexo 6 – Congressos, Workshops e Actividades Formativas

(20)
(21)
(22)

Anexo 6.4: Acção de Formação Reanimação Cardio-Respiratória Nível I

(23)

Imagem

Gráfico 5. Gin-Obst Motivo de Ida ao SU
Gráfico 10. Diagnóstico Saúde Mental Gráfico 9. CE Saúde Mental

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