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~9»
U' \
UN|vERs|OADE FEDERA|_âOEsANTA OATAR|NA
CENTRO
DE
CIÊNCIAS
AGRARIAS
.ADEPARTAMENTODE
ENGENHARIA
RURAL
U A‹ A
CURSO
DE
AGRONOMIA
_ '. '-.
frabalho
de
'Conclusão
de
Curso
_.ze
PRODUÇÃO DE
MUDAS
NAT|vAs
DA
MATA
AT|_ÀNT|c
1'
1 ~ ‹
'
Relatório
do
estágio
de
conclusão
de
curso
'
de
eng
Agronômica do
Centro
Ciencias
C
tarina 'O Agrária-s
da
Universidade Federal
de Santa
a
_
*Apresentado
como
requisitopara a
obtenção
\ _ «
DO
título'de
engenheiro
agrônomo.
z ' ` ~ I LvÉ
OlAcadêmicO:Tiago
IsraelSantos
-'
Orientador:A|e×andre
PauIo'Teixeira Moreira
“
Supervisor:
Marisa Prudencio
V *- A. O t__`__,_, M “ Êzz O
Fmrianópolâs,
novembro
dezooa
BSCC/°\ '.~
.-vI1.zn- Law..-_.A
I I .fi ri z | Y» V i I l. § L F ø 1 if ia ÊHI
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SUMÁRIO
Introdução
Justificativa _Apresentação
Local
do
estágioMateriais
_emétodos
Resultados
_Discussão
TãhelazsfFoioâ
-~
_ L:«_-,£¿\de
e.$Péc.'‹es Referências bibliográficasPÁGINA
os 05 oó 07 09 11 13 15 1319
sem
|NTRoDuçÃoz
A
Floresta Tropical Atlântica,um
ecossistemaque
abrigauma
diversidade
de
formasde
vida muito expressiva,tem
sofridouma
forte
degradação
pelaação
antrópica.Como
conseqüência, abiodiversidade característica deste ecossistema
tem
sofrido severasreduções, e o patrimônio genético
de
várias espécies ficouseriamente comprometido.
As
florestas tropicaistêm
sofrido forte pressãoem
sua
estrutura e
composição
devidoao
processode
extrativismo e aocupação do
solo para a agriculturae
pecuária.A
extração seletivade
madeiras devastou aspopulações
das
espéciesde
interesseeconômico e
provocou a aberturade
grandes
clareiras,condic`onando a floresta a
uma
dinâmica sucessional diversada
natural.
A
derrubadade grandes
áreasde
florestas isoloupopulações
de
plantas ede
animais impedindo, por longo tempo, aocorrência natural
das
espécies nestas áreas antropofisadas.Espécies
com
menor
freqüência tornaram-seabundantes
em
algunscasos,
enquanto
outras se extinguiramnas
regiões exploradas.As
espécies dominantes diminuíram sensivelmente
sua
freqüência,além de
muitas populaçõesserem
totalmente dizimadas nasregiões
mais
afetadas pelaação do
homem.
Os
ecossistemas tropicais possuindocomo
caracteristicamais
notável a biodiversidadeƒoram,
quase
sem
exceção,comprometidos
em
maiorou
menor
grau. Estadegradação
fica melhor caracterizadase
considerarmoscomo
biodiversidadenão
somente
o conjuntode
espéciesde
plantas e animais e outrosorganismos,
mas
também,
toda agama
de
patrimônio genéticode
cada
espécie e a variedadedos
ecossistemas(UlCN-PNUMA-
WWF,
1991).Dentro
da
Floresta Tropical Atlântica, asmanchas
isoladasde
florestas primárias
se encontram
comprometidas
quanto à suabiodiversidade,
notadamente
quantoao seu
processo dinâmico.KLEIN
(1980) caracterizou esta dinâmica especialmenteem
relaçãoa períodos
subseqüentes
àação
antrópica sobre a com/unidade.Demonstrou que
o processode
regeneração desta floresta estáintimamente associado
ao
graude degradação das
condições locaise caracterizou a diversidade vegetal
de
espécies envolvidasem
cada
etapado
processo dinâmico.Da
Floresta Tropical Atlântica, ecossistematema
destemaioria
das
áreas anteriormenteocupadas
por este ecossistemaestão hoje
ocupadas
por atividades agropecuáriasou
porformações
florestaisem
estágios secundários.Há
uma
nítidatendência
do
aumento
de
áreas degradadas,onde
nem
mesmo
sejapossível ocorrer
uma
cobertura vegetacional naturalmente.Diante destas constatações, evidencia-se a necessidade
de
intervenções no sentido de:
manter
os atuais núcleosde
florestasprimárias
com
asua
biodiversidade natural; melhorarqualitativamente a
composição das
atuaisformações
florestaissecundárias e; recuperar as áreas degradadas.
Para a viabilização destas três linhas
de ação
torna-se imprescindível a geração tantode
subsídios técnicos,como
amudança
de
mentalidadeda
sociedade,no
sentidode
caracterizar opapel social e desenvolvimentista
de
nossas
florestas.Além
das
áreas relictuaisde
florestase
das formações
secundárias,
crescem
atualmente aquelasem
que
o solo seencontra tão
depauperado
que
nem
mesmo
as espécies arbóreaspioneiras
conseguem
seu
desenvolvimento normal. Exploram-seindiscriminadamente as florestas primárias, transformam-nas
em
secundárias e a intensiva exploração destas últimas, cria áreas
com
baixa capacidade para
uma
regeneração naturalda
flora.CARPANEZZI
et alii (1991) selecionaram várias espéciescom
potencialidade para
serem
utilizadascomo
vegetal.No
sentidode
propiciar o
melhoramento das
condiçõesdo
solo e o reiníciodo
processo sucessório,
são
necessárias plantascapazes de
suportaro stress hídrico e solo pobre
em
nutrientes e plantascapazes
de
garantir a continuidade
ao
processo sucessório.São
os animais,umdos
agentes responsáveis pela reintroduçãodas
espécies vegetais atravésdo
processode
dispersãode
sementes. Enfim, é necessáriocriar condições locais para a implantação
de
uma
comunidade
diversificada.
Para as áreas
degradadas
uma
seleçãode
espéciesagressivas
que
garanta a coberturado
solo, deverá sertambém
acompanhada
de
espéciescapazes
de
manter
acomunidade
animal no local.
I 1
J
USTI FICATIVA:
Durante séculos, a natureza
com
seus
recursos foi vistacomo
inesgotável,
porém
há
algumas
décadas, alertasem
defesado
meio
ambiente
vem
tornando-secada vez mais
freqüentes.O
assunto trabalhadono
estágioem
questão, éde
extremaimportância, tendo-se
em
vista o cenário nacional e mundialque
vivemos nos
diasde
hoje,marcado
por profundasmodificações
ambientais e sociais.
Nas
últimas décadas, muitossão
os congressos, debates, seminários, fóruns, entre outrasformas
de
veicular idéias;realizados
com
o objetivode
conscientizar aspessoas
a secomprometerem
com
aconservação
e
preservação ambiental.Governos, organizações não-governamentais
e
empresáriosconscientes
procuram
soluções parapromover
o desenvolvimentosustentável, recuperar áreas
degradadas e
preservar áreas aindanão
devastadas.Infelizmente,
apesar
desse
trabalho estarsendo
feito pordiversas entidades, o
que
estáse
constatandoé
que
adegradação
do meio
ambiente continua acelerada,comprometendo
dessa forma
a qualidade
de
vidano
planeta, e atépondo-a
em
risco.Apesar do
processode
viveiragem sermais
caroque
o plantio diretode
sementes, a taxade
perdaem
campo
émenor
com
o 'plantio
de
mudas
já desenvolvidas.Para a recuperaçãode
uma
áreadegradada, muitas vezes,
não há
tempo
para esperarque
uma
condição inicial pioneira se estabeleça naturalmente. Assim, aprodução
de
espécies nativasem
viveirotem
contribuído para a preservaçãode
espécies florestaise
frutíferas nativas possibilitandomaiores taxas
de
sobrevivêncianas
implantações(Comunicação
pessoal
de
Marisa Prudencio e Alexandre Paulo Teixeira Moreira).I
APRESENTAÇÃO
zO
presente trabalhoé
condição básicada
disciplina estágiode
conclusão,
do
cursodo
Centrode
Ciências Agráriasda
Universidade Federal
de Santa
Catarina, para aobtenção do
títulode
EngenheiroAgrônomo.
A
multiplicaçãodas
plantas pratica-sehá
milênios. Aindaquando
nômades,os
homens
transportavame
plantavam osvegetais úteis
como
alimento,remédios e
atrativosde
caça.Com
oabandono
da
vida itinerante e a fixaçãona
terra, inicia-se aprodução de
alimentosem
escalascada vez
maiores.As
técnicasde produção
vegetativa desenvolvidasem
civilizações muitoantigas,
como
a babilônica e a chinesa,assumem
relevânciaem
pleno século XX,
em
virtudede serem
adaptadas
a muitas regiõesdo
globo.As\sementes
são,acima
de
tudo,um
meio
de
sobrevivênciadas
suas
respectivas espécies.Protegem e
sustentam a vida,podendo
ser consideradas
como
verdadeiras fortalezas altamenteorganizadas e
bem
supridasde
reservas especiais,que
constituemfontes
de
suprimentosnos
periodosde
carência alimentar(milho,arroz,trigo,soja,aveia,etc).
Com
a evoluçãoda
semente
desenvolvem-se
mecanismos
de
dispersão, difundindo a vida emantendo
um
nívelde
diversidade genética e biológica necessáriosà
manutenção
de cada
espécie vegetal.Adaptações
como
assementes
aladasque
utilizam o vento para a dispersão(anemocoria) e o desenvolvimento
de
frutos deiscentesque lançam
as
sementes
â distância (autocoria),são marcantes
em
muitas espécies. Entretanto, a dispersão por animais (zoocoria) tornou muitassementes
envoltas por substâncias nutritivascomo
o ariloou
a polpa
de
frutos carnosos que, fornecendo alimentoao
agentedispersor, possibilitou a colonização vegetal a grandes distâncias
da
matriz.
O
serhumano
com
seu
desenvolvimento cultural tornou-se oanimal
que seguramente é
o maior dispersorde sementes
noplaneta, tanto
em
diversidadee
quantidadecomo
também
em
distância. Dentro
de
critériosde
colheitaque
visam
àmanutenção
da
diversidade genética(Rede
Semente
Sul, 2003),tem
-seque
aprodução
de
mudas
a partirde sementes
é a formamais
adequada
na
produção de
essências nativasda Mata
Atlântica.O
estágiode
conclusão foi supervisionado pela Bióloga Marisa Prudencio, e foi realizadono
ViveiroPau
-Campeche
que
produz essencialmentemudas
nativasda Mata
Atlântica.A
orientaçãodo
estágio ficouaos
cuidadosdo
Professor Alexandre Paulo Teixeira Moreira,do Departamento de
Ecologia e Zoologia(CCB/UFSC).
LOCAL
DO
ESTÁGIO
GRUPO
PAU-CAMPECHE
Organismo
holistade
ação
para amanutenção
da
vida naTerra.
Dados
históricosO
Grupo
Pau-Campeche
éuma
organização não-governamental,
sem
fins lucrativosque
desenvolve atividadesde
pesquisa, consultoria, culturais
e
educativas relacionadascom
apreservação ambiental.
No
ano de
1993,começou
o processode
produção
de
mudas
de
espécies nativasda Mata
Atlântica,no
viveiroPau-Campeche.
O
Grupo
tem
como
coração aprodução
de
mudas
de
plantasnativas.
O
ViveiroPau-Campeche
é
coordenado
por MarisaPrudencio e Alexandre Paulo Teixeira Moreira.
O
viveiro foideslocado
em
1997
parauma
nova
eampla
área, sobreum
sistemaagro-florestal
em
construção, possibilitandoum
sombreamento
natural e
um
microclima diferenciado, reduzindo-se o usode
telasde sombreamento.
A
partirde 1997
iniciou-se a comercializaçãode
parteda
produção
possibilitando aformação
de
um
suporte financeiro parainvestimento
em
materiais e estrutura, oque
resultou noaumento
da
produtividade:8000
mudas/ano,
de mais de 50
espéciesda
Mata
Atlântica.
Em
1998
desenvolveu-se o cálculoda
taxade
sobrevivênciadas
mudas
no viveiro, obtendo-seum
valor anual correspondente à47,8
%
(Moreira&
Prudencio 1999).Devido
à baixademanda
de
mudas
nativas registradas naquele ano, optou-se pela reduçãode
50
%
na produtividadedo
viveiro.No
ano
de
1999, ademanda
passou de duas
milmudas,
ao
mesmo
tempo
que
a taxade
sobrevivência alcançou o valormáximo
de
84%
(Moreira et aI.;2000) . 'O
biênio 2000/2001 apresentouuma
produção
de
mais
de
17000 mudas,
e a procura alcançouem
média
5500
unidades.Referente à
educação
ambiental e à capacitação profissionalde
estudantes, Ó viveiroPau-Campeche
tem
contribuído naformação
educativa atravésdo
processo produtivo emanuseio
de
espécies nativas, sensibilizando estudantes e
pessoas
interessadaspara questões ambientais.
Oviveiro
também
contribuiu para a capacitação profissionalatravés
dos
estágios supen/isionados.No
triêniode 2000-2002
oitoalunos
de graduação
em
diversos cursos e instituiçõesde
ensinosuperior estagiaram neste viveiro.
Do
cursode
Ciências Biológicas(CCB/UFSC)
estagiaram os acadêmicos: CarolinaLosh
Silva, LiaMendes
Cruz, Paulo Pennaforte Vieirae
Vinicius BoudakianBressinani:
do Curso de
Ciências Agrárias(CCA/UFSC),
osacadêmicos: Carolina
Quiumento
Velloso e Tiago lsrael Santos;do
Curso
de
Geografia(CFH/UFSC),
o acadêmico:Bruno
de
Moraes;do Curso de
Ciências Agrárias(UDESC-Lages-SC),
Michel Cruz.MATER|A|s
E
MÉToDosz
No
viveiroPau-Campeche
é
priorizada a reprodução sexuada.As
sementes
chegam
do
campo
separadas
em
lotesnumerados
de
acordocom
a procedência, datae
localde
colheita.Procede-se imediatamente o manejo.
Manejo de
Sementes
Dependendo do
tipode
fruto, a tarefade manejo de sementes
é diferente. Para frutos
secos
deiscentes deve-setomar
o cuidadopara
que
assementes não sejam
jogadas forados
recipientesde
secagem
pelosmecanismos
autocóricos. Já os frutos secosindeiscentes necessitam
serem
extraídosde
forma ativacom
usode
ferramentas (faca, martelo,machadinha,
etc.). Para frutoscarnosos geralmente usa-se a
maceração
com
água
e peneira.A
secagem
e oarmazenamento
das
sementes
dependem
da
capacidade
de dormência de cada
espécie.As
sementes dormentes
(ortodoxas)
devem
sersecas
ao
sole
podem
ser estocadasem
recipientes
de
vidro, plásticoou
papelão.As
semente
ser estocadasem
recipientes poralgum
tempo,dependendo
do
graude
recalcitrância
da
espécie.As
sementes
intermediáriastem
prioridade 2 para plantio no viveiro. Paras assementes
recalcitrantes deve-se proceder a redução
do excesso de umidade
à
sombra
ecom
cuidado paranão
ressecar, poisperdem
aviabilidade muito rapidamente.
As
sementes
recalcitrantestem
prioridade 1 para plantio no viveiro. Plantio.
Para espécies sensíveis à exposição
de
raiz faz-se o plantio diretoem
substrado retidoem
recipientes plásticos.Espécies
que suportam
a exposiçãoda
raizsão
plantadasem
sementeiras
de
areiamédia
irrigada por aspersão.Quando
asmudas
jáapresentam
as folhas cotiledonares desenvolvidasprocede-se o repique.
O
repique consiste na transferência dasmudas
individualmente para substrato retido por recipiente plástico.O
substrato utilizado é organo-areno-argiloso,composto
por%
de
matéria orgânica, 'Áde
argila, barroou
terra argilosa,e 'Áde
areiamédia
_A
matéria orgânicaé
obtida atravésde
compostagem
aeróbia,seguida
de verme-compostagem,
sendo
este processo realizadoem
As
dimensões dos sacos
plásticosque
acondicionam
osubstrato
onde
asmudas
são
plantadasdevem
ser de:13x13 /10x22
/15x22
/15x25
/20x30
cm.Durante o plantio direto
ou
o repique osdados de
entradade
mudas
no estoquedevem
ser registradosem
planilhas específicas. Índicede
SobrevivênciaO
índicede
sobrevivência (IS) é calculadocom
base
noquociente entre o
número
de
sobreviventes e aprodução
totaldentro
de
um
período determinado a partirdo
repique.O
número
de
sobreviventes
pode
ser obtido atravésdo
somatórioda
saídade
mudas
e
o estoque finaldo
periodo medido. Já aprodução
totalê
asoma
do
estoque inicialcom
a entradade
mudas
no
viveiro dentrodo
período medido. Para tanto utilizou-se a seguinte fórmula:IS
=Ef
+ St: Ei +Et 'Qnde;
o índicede
sobrevivência é igual a: o estoque finalsomado
à saída total, dividido pelo estoque inicialsomado
com
aentrada
de
mudas.
Sendo
para tanto;ø IS = índice
de
sobrevivênciano
período › Ef = estoque finaldo
períodoSt = saída total
no
períodoEi = estoque inicial (inicio
do
período)Et = entrada
de
mudas
no
triênioProdutividade
A
entradade
mudas
no estoquedo
viveiropode
serconsiderada a “produtividade bruta”.
Como
produtividade brutado
viveiro, estásendo
considerado onúmero
totalde
mudas
repicadas,somado
ao
número
de
mudas
produzidasdiretamenteem
substrato,e ainda as
mudas
adquiridasde
outras formas.As
outras formasde
aquisições
de
mudas
são: 1)remanejamento do
excedentedo
sistema agroflorestal
onde
se insere o viveiro; 2) Provenientede
fornecedores externos.
A
produtividade líquida será estimada pelo produto entre aprodutividade bruta e o índice
de
sobrevivênciado
período.A
demanda
de
mudas
foimedida
pela saída total eé
uma
medida de
referência para nortear o planejamentoda
produçãodo
próximo período.
RESULTADOS:
,O
índicede
sobrevivência obtido para o triênio2000/2002
(tabela 2) foi
de
0,6554, equivalendo auma
produção
anualmédia
de
65,54%
de
sobrevivênciadesde
o repique.Produtividade
No
ano de
2002
foram repicadas1122
plântulas produzidasem
mesa
de
germinação.No
processode
repique foram perdidas82
plântulas. Assim, a taxade
perdaem
mesa
de germinação
noviveiro foi calculada
em
7,28%.Também
foram aproveitadas4
mudas
provenientesdo
plantio direto. Assim, a produtividade brutado
viveiro foide 1126
mudas
(tabela 1)..A produtividade líquida obtida para o triênio
medido
foide
125213
mudas,
equivalendo auma
produção
anualmédia de
4176
mudas.
A
produtividade líquida anual apresenta-sede
forma decrescente (tabela 3). Este fatoé
reflexode
uma
tomada
de
decisão
do
grupode
trabalhodo
viveirode
reduzir a produçãode
acordo
com
ademanda
de
mudas
e a disponibilidadedo
trabalho voluntáriodos
associadosao
Grupo
Pau-Campeche
edos
estagiários.
Demanda
A
demanda
anualmédia
obtidano
triênio ficouem
tornode
2761
mudas.
A
demanda
totaldo
triênio2000/2002
ficou namarca
de
8285
mudas
(valores anuais exatospodem
ser obtidos natabela 2). Deste montante,
81,65%
foi subsidiado pordoações ao
fundode produção de
mudas
nativasdo Grupo Pau-Campeche.
O
fundo
também
custeou os materiais para aprodução das
mudas
trocadas e doadas.
Da demanda
do
triênio,979
mudas
(11,81%) foramdoadas
atendendo
a diversos pedidosde pessoas
físicas e jurídicas(Associação Ambientalista Comunitária
e
Espiritualista PatriarcaSão
José;Grupo
Escoteirodo
Campus
Universitário; Reserva Riodas
Furnas; Escola àNova
Dimensão;
Escola Policial MilitarFeliciano
Nunes
Pires eCondomínio Canto da
Lagoa).Ainda da
demanda
trianual, 541mudas
(6,54%) foramtrocadas por materiais ou serviços
de
interesse para o viveiro,fomentando
uma
redede
troca entre os associados e acomunidade,
no interessedo
desenvolvimentoda
atividadedo
No
finaldo ano de
2002
foi levantadoum
estoquede 5966
mudas,
disponíveis para ademanda
de
2003.Sustentabilidade
do
VivieroPraticamente todo o material necessário para a produção
de
mudas,
manutenção
de mudas,
organização e administraçãodo
viveiro, capacitação
(membros
do
Grupo
e estagiários),são
bancados
pelo fundode
produção de
mudas
do
Viveiro l (Grupo
Pau-Campeche -
Financiadordo
projeto).Toda
amão
de
obra évoluntária
ou
conseguida atravésdo
Projetode
Extensão “Produçãode
mudas
nativas no ViveiroPau-Campeche
(UFSC/CCB/ECZ).
O
espaço onde são
desenvolvidas as atividadeé
cedido gratuitamente pelos coordenadoresdo
projeto.l
f
DiscussÃoz
SO
mercado
possuipouca
ofertade
sementes de
árvoresnativas para venda, provavelmente
porque
aindanão
existeum
mercado
estável, e assimsementes de
árvores nativassão pouco
coletadas para o comercio.
Esse
fato dificulta a produçãoem
larga escala, e obriga o viveirista a realizar a colheita e omanejo
das sementes, oque
ocasiona maior gasto para realizar estasatividades. “
Já existem entidades
que
realizam o comérciode sementes
nativas,
como
aFEPAGRO,
em
Santa
Maria, RioGrande
do
Sul,porém, existe
um
impedimento
ao
comprar sementes de
outrosestados, pois as
mesmas
podem
ter dificuldadesde
adaptação, devido assuas
características genéticas.A
questãoda
recuperaçãodas
florestas nativas é dificultadapela carência
de
se sementes.Onde
completar o desenvolvimentode
um
,comérciode
taissementes
poderia minimizar o problema,ao
facilitar a oferta
desses
propágulos.Restam
pouquíssimas florestas nativas e mitosdos
remanescentes
florestais sofreram cortes seletivos, oque
dilapidouseu patrimônio genético. Assim, as
sementes
disponiveis ede
boa
.qualidade
são
raras eem
sua
maioria estão dentrode
unidadesde
conservação.
No momento
há
um
impasse
entre a necessidadedestas
sementes
e oimpedimento
legal para a colheitacom
finscomerciais dentro destas unidades.
Segundo
Alexandre P.T.Moreira
(comunicação
pessoal) háuma
discussão a nível nacionaldentro
das
redesde sementes
nativas parapromover
mudanças
nalegislação e flexibilização para
casos
específicoscomo
formação de
pomares
para colheitade sementes
nativas.A
recuperação ambiental, atravésda
revegetaçãocom
nativasproduzidas
em
viveiro,tem
semostrado
uma
estratégiafundamental na redução
da
poluição (seqüestrode
carbono),erosão
de
solos, extinçãoda
fauna e. flora edos
mananciaishídricos.
Também
proporciona melhorias nos aspectospaisagisticos e
ameniza
variações climáticas bruscas.O
desenvolvimentode
sistemas agroflorestais através doresgate
das
técnicasde
plantio emanejo
oriundasdas
culturasautóctones, técnicas essas alicerçadas por
conhecimento
cientifico,têm
desenhado
um
panorama
alternativode
resgateda
biodiversidade. Através destas técnicas constroem áreas
de
manejo
sustentável,possibilitando a
formação de
interfaces produtivas entreáreas
de
reserva e áreasde
cultivo intensivo e/ou áreas-
Já existe, na legislação brasileira,
regulamentação
para omanejo de
espécies florestais nativas.Destacam-se
técnicasde
manejo
para o palmiteiro (Euterpe edu/is) ,(REIS
&
REIS, 2000).Dessa
forma,um
mudança
de
mentalidadeque
reflita nasubstituição
de
cortes seletivos por técnicasde manejo
sustentáveisresultará no resgate da biodiversidade florestal.
%
M
N
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DE
ESPÉCIES
PRODUZIDAS
NO
VIVEIRO PAU-
CAMPECHE
Nome
popularAÇo|TA-cAvALo
ANONÁCEA
ARAÇÁ-CAVALO
ARAÇÁ-AMARELO
ARoE|RA-VERMELHA
BAcuPAR|
BAGUAÇÚ-DA-MATA
BAGUAÇÚ-M|Ruv|
gcABf;1FuD|NHA
CAFE-so|v|BREADo
CAMBQATÁ-VERMELHQ
cANA|=ísTuu\
cANEux
|_ouRo
CANEUNHA
CANJERANA
cAPoRoRoQu|NHA
cAPoRoRocA
cATuTo
cAuN|NHA
CEDRQ
CHAPÉU
DE
NAPOLEÃO
coRT|cE|RA
ED|os|v|o
GARRA|=|NHA
GuA|vuR||v|-DA-PRA|A GRu|v||xA|v|A uv|Bu|A|NGÁ-BANANA
|NGÁ-|vuR|M ... ..|PÊ-AMARELO
JABQTICABA
JATOBÁ
LARANJA-AÇUCAR
uMÃo-MOLE
|v|AR|A-MOLE
OURACEA
Determinação
Taxonômica
Luehea
divaricataAnonaceae
Psidium cattleyanum Psidium cattleyanum Shinus terebínthifo/iusRheedia
gardnerianaTa/auma
ovataEugenia
umbellif/ora Coffea arabicaCupanea
vernalisNectandar
sp..Ocotea
pu/cheia Cabraleacangerana
Myrcine ferruginea Myrcine sp. //ex theesans Cedrela fissi/is Rol/inea sp..Ediosmium
sp. Myrcia rotrataGomidesia
pa/ustris 'Eugenia
brasiliensisOctea
porosa Inga uruguensis ... _. Inga sp. Tabebuia , Citrus sp. ' . Citrus sp. Guarapira opposita Ouratea sp.HILL ,
LEWlS,1924-“Segredos da Propagação
de
PIantas"/Lewis Hill,t_radução
de
Jusmar
-São
Paulo: Nobel,1996SCAFFER,
WIGOLD
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valeuma
semente
de
árvore nativa?”/Wigold
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a orientaçãoda Sociedade
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REDE
SEMENTE
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2003.Produção
eManejo de
Sementes
da
Mata
Atlântica. Apostila produzida pelo ProjetoRede
Semente Sul/CCB/UFSC
com
apoiodo
FNMA.
ÇARPANEZZI,
A.;COSTA,,
L.G.S.;Kageyama,
P.Y.&
Castro,C.f. 1990.
Espécies
pioneirasna
recuperação
de
áreasdegradadas:
A
observação
laboratórios naturais.Anais
do
6Congresso
Florestal Brasileiro:216-220
_FANTINI, A.C.;RElS. M.S.;REIS,A.
&
GUERRA,,
M.P. 1992.Manejo
em
regime
de
rendimento sustentado
de
florestastropicais. Se//owia (no prelo).
KLElN, R.M¿1987. Ecologia e