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Avaliação da funcionalidade, dor e qualidade de vida de mulheres saudáveis e com a dor patelofemoral: um estudo transversal

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRÍ

CURSO DE FISIOTERAPIA

ÍTALO EMANUEL PONTES

AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE, DOR E

QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES SAUDÁVEIS E

COM A DOR PATELOFEMORAL: UM ESTUDO

TRANSVERSAL

SANTA CUZ (RN)

2019

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ÍTALO EMANUEL PONTES

AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE, DOR E QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES SAUDÁVEIS E PORTADORAS DA DOR PATELOFEMORAL: UM

ESTUDO TRANSVERSAL

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Curso de Fisioterapia da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para obtenção do título de fisioterapêuta. Orientador: Prof. Dr. Caio Alano de Almeida Lins.

Santa Cruz (RN) 2019

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ÍTALO EMANUEL PONTES

AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE, DOR E QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES SAUDÁVEIS E PORTADORAS DA DOR PATELOFEMORAL: UM

ESTUDO TRANSVERSAL

Monografia apresentada a Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.

Aprovado em:____ de _______ de _______.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________ Prof. Dr. Caio Alano de Almeida Lins – Orientador

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

__________________________________________________ Prof. Dr. Marcelo Cardoso de Souza – Membro da banca

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

__________________________________________________ YvinnaTamiris Rodrigues – Membro da banca

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RESUMO

Introdução: A dor patelofemoral (DPF) é uma disfunção que acomete o joelho, tendo uma prevalência maior em mulheres causando dor, diminuição da função e da qualidade de vida (QV). Dessa forma o objetivo desse este foi analisar a relação entre a DPF com a funcionalidade, dor e QV de mulheres saudáveis e com a DPF. Metodologia: Foi realizado a aplicação dos questionários SF-36 e o questionário AKPS em 82 voluntárias, sendo 41 assintomáticas e 41 com a DPF onde foi comparado os scores entre os grupos. Resultados: A diferença entre os scores dos dois grupos se mostrou próximos aos valores de referência para o desenvolvimento da DPF. Conclusão: Os resultados do presente estudo mostram que não houve diferenças entre mulheres assintomáticas e com DPF, quando avaliado a QV e funcionalidade. Entretanto, são necessários mais estudos que busquem elucidar melhor as influências causadas pela DPF na funcionalidade e na QV de mulheres com a DPF e mulheres assintomáticas. Palavras chaves: Qualidade de vida, Dor patelofemoral, SF-36.

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ABSTRACT

Introduction: Patellofemoral pain (PFD) is a knee dysfunction, with a higher prevalence in women causing pain, decreased function and quality of life (QOL). Thus, the objective of this study was to analyze the relationship between FPD with functionality, pain and QOL of healthy women and with FPD. Methodology: SF-36 and AKPS questionnaires were applied to 82 volunteers, 41 asymptomatic and 41 with FPD, where the scores between groups were compared. Results: The difference between the scores of the two groups was close to the reference values for the development of FPD. Conclusion: The results of the present study show that there were no differences between asymptomatic and FPD women when QoL and functionality were evaluated. However, further studies are needed to better elucidate the influences caused by FPD on the functionality and QOL of women with FPD and asymptomatic women.

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 8 2. MÉTODO ... 11 2.1. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ... 11 2.2. ASPECTOS ÉTICOS ... 11 2.3. POPULAÇÃO E AMOSTRA ... 11 2.4. LOCAL DA PESQUISA ... 11 2.5. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE ... 11 2.5.1. Critérios de inclusão ... 11 2.5.2. Critérios de exclusão ... 12

2.6. INSTRUMENTOS PARA OBTENÇÃO DOS DADOS ... 12

2.6.1. Testes ortopédicos e palpações ... 12

2.6.2. Avaliação da qualidade de vida (QV) ... 12

2.6.3. Avaliação da dor e funcionalidade ... 13

2.7. PROCEDIMENTOS ... 13

2.8 DESENHO DO ESTUDO ... 14

2.8. ANÁLISES DOS DADOS ... 14

3. RESULTADOS ... 15 3. DISCUSSÃO ... 16 4. CONCLUSÃO ... 18 REFERÊNCIAS ... 19 ANEXO 1 ... 22 ANEXO 2 ... 24 APÊNDICES ... 26 APÊNDICE A ... 26 APÊNDICE B ... 29

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1. INTRODUÇÃO

A dor patelofemoral (DPF) é um distúrbio musculoesquelético que acomete a articulação do joelho, sendo ela uma dor de cunho difuso, retropatelar ou periarticular, agravada ao ser realizado movimentos de subida e descida de escadas, agachar, ajoelhar e permanecer sentado por longos períodos, assim como apresentar-se em atividades que exijam corrida e saltos. São esses os movimentos onde há um aumento da força compressiva no complexo articular da articulação femoropatelar (CROSSLEY et al., 2016; PIZZA et al., 2012). Sendo assim, essa disfunção musculoesquelética promove dor em longo prazo causando dificuldades na realização das atividades de vida diária (AVDs), bem como a práticas esportivas pela população feminina e consequentemente afetando a QV dessa população (BRIANI et al., 2016; RATHELEFF et al 2013).

Apesar de ter sua etiologia desconhecida, a DPF tem uma prevalência anual na população geral de 22,7% (BEIJAMIN et al., 2018). Assim, é uma disfunção musculoesquelética que mais acomete o joelho tendo maior prevalência no sexo feminino com ocorrência de 12% a 13 (RATHLEFF et. al., 2014; COOK et al., 2012). Dessa forma, atualmente a utilização de instrumentos para uma avaliação quantitativa e qualitativa está sendo cada vez mais usados na reabilitação de afecções do joelho, dentre elas a DPF (AQUINO et al.,2011)

Assim sendo, para uma avaliação mais precisa do impacto gerado por esta condição de saúde, é necessário considerar além dos déficits biomecânicos e funcionais, a percepção do paciente sobre sua saúde e assim caracterizar sua qualidade de vida (QV). Neste contexto, medir a QV vem se tornando um recurso importante para a avaliação de pacientes, principalmente aqueles com enfermidades crônicas (FLECK, 2000).

Contudo, a dor é uma sensação subjetiva, mas que pode interferir na funcionalidade podendo assim ser avaliada por instrumentos constituídos de questionários e índices para quantificar os graus de funcionalidade, seu impacto nas atividades do dia a dia e na QV, além de descrever suas demais características clínicas (MARTINEZ, GRASSI & MARQUES, 2011). Para tanto, seus impactos acabam por influenciar na funcionalidade, logo a escala Anterior

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KneePainScale(AKPS) é de grande valia para se mensurar a influência da DPF na funcionalidade gerada por essa disfunção na população acometida, dessa forma a utilização deste questionário é um dos instrumentos que pode ser usado na DPF a fim de mensurar e elucidar as proporções causadas na funcionalidade em indivíduos com esse distúrbio (CUNHA et al., 2013).

O termo QV refere-se à percepção das pessoas de sua posição na vida, dentro do contexto de cultura e sistema de valores nos quais elas vivem e em relação a suas metas, expectativas e padrões sociais (INTERNATIONAL ASSOCIATION FOR THE STUDY OF PAIN, 2009).A QV é um construto subjetivo que envolve a autopercepção, composto por múltiplas dimensões positivas, negativas e bidirecionais, como função física e bem-estar, emocional e social. Função cognitiva, função sexual, produtividade no trabalho, percepção de doença, dor, autoestima, imagem corporal e sono também são importantes dimensões na avaliação de QV, além de outros aspectos não relacionados à saúde, mas que a influenciam como renda, liberdade e saneamento ambiental, dentre outros (THE WHOQOL GROUP, 1994, p. 26).

Dessa forma, a utilização de questionário com a capacidade de avaliar a QV e evidenciar os seus efeitos da DFP nas populações tornou-se necessário. Assim sendo, há necessidade da aplicação de um questionário que avalie os efeitos da DPF na QV da população portadora da DPF. Para isso, destaca-se o questionário Short-Form Health Survey (SF-36) como uma das ferramentas utilizadas para a avaliação da QV na população, e sua tradução para o português, bem como sua adequação as condições socioeconômicas e culturais de nossa população, tornam esse instrumento de grande validade e reprodutibilidade em níveis de pesquisa para uma avaliação mais sensível dessa população e um melhor direcionamento do tratamento (Ciconelli, 1999).

Para tanto, vários estudos também mostram que pacientes com diversos comprometimentos musculoesqueléticos têm uma qualidade de vida relacionada à saúde considerada baixa. Por ser uma doença crônica e degenerativa e atingir um público alvo na faixa etária produtiva, o que interfere diretamente na qualidade de vida dos indivíduos, incluindo aspectos físicos, psicológicos e sociais (Cheung et. al., 2013).

Sabendo disso, considerando a etiologia multifatorial, a possível relação entre a QV e a DPF e tendo em vista que ainda não está esclarecido na

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literatura o real mecanismo envolvido no início dessa disfunção este estudo visa contribuir para a elucidação dessas questões com o intuito de auxiliar não só fisioterapeutas, mas também demais profissionais da saúde na hora da avaliação, bem como direcionar o tratamento para uma terapêutica mais eficaz, além de comparar a funcionalidade, dor e QV de mulheres com a DPF a de mulheres assintomáticas. Dessa forma, este estudo viabilizará, concomitantemente a outros trabalhos, a escolha do enfoque terapêutico mais eficaz, potencializando assim a melhora da sintomatologia apresentada por mulheres com e sem a DPF.

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2. MÉTODO

2.1. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Tratou-se de um estudo observacional analítico transversal, onde foram avaliadas mulheres assintomáticas e com diagnóstico de DPF.

2.2. ASPECTOS ÉTICOS

Para sua execução, este projeto foi submetido à apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA/UFRN) através da interface nacional Plataforma Brasil, com parecer 1.974.117. Foi respeitada a autonomia e a garantia do anonimato das participantes, assegurando sua privacidade quanto a dados confidenciais, como rege a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde e a declaração de Helsinki para pesquisa com seres humanos. Antes de admitidas no estudo, todas as voluntárias assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice A).

2.3. POPULAÇÃO E AMOSTRA

A amostra, selecionada por conveniência, foi constituída por 82 voluntárias do gênero feminino, na faixa etária de 18 a 35 anos de idade, sendo 41 voluntárias assintomáticas e 41 com DPF. O recrutamento das participantes ocorreu na FACISA/UFRN por meio de convites pessoais e mídias eletrônicas como Whatsapp e email, contendo informações a respeito da pesquisa em todos os seus aspectos éticos, profissionais e científicos.

2.4. LOCAL DA PESQUISA

A pesquisa foi realizada no Laboratório de Motricidade Humana, da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA/UFRN).

2.5. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE 2.5.1. Critérios de inclusão

Os critérios de inclusão do estudo para as participantes com DPF foram baseados no estudo de Hott et al. (2015): diagnóstico clínico de DPF, ausência

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de outras patologias associadas no joelho, dor de início insidioso e de origem não traumática sendo frequentes por pelo menos um mês. Além disso, as voluntárias deveriam referir dor em pelo menos duas das seguintes atividades: permanecer sentada por tempo prolongado, agachar, ajoelhar-se e subir ou descer degraus.

No que diz respeito às voluntárias assintomáticas, foram incluídas no estudo aquelas que não apresentaram história de cirurgia no membro inferior, sub luxação ou deslocamento patelar, evidência clínica de lesão meniscal, patelar e/ou ligamentar, realização de tratamento fisioterapêutico no último semestre e não compreensão da forma de realização da coleta.

2.5.2. Critérios de exclusão

Foram considerados critérios de exclusão apresentar dor durante a realização das coletas que impedisse a avaliação e não realizar e/ou compreender as etapas da avaliação de maneira correta. Porém, nenhuma voluntária foi excluída do estudo.

2.6. INSTRUMENTOS PARA OBTENÇÃO DOS DADOS 2.6.1. Testes ortopédicos e palpações

Com o objetivo de confirmar a ausência de outras patologias associadas no joelho, na avaliação física houve primeiramente a execução de testes ortopédicos específicos, seguindo a sequência: Teste de Lachman, gaveta anterior, gaveta posterior, Mc Murray, estresse em valgo e varo, e Clarke. Posteriormente, houve a palpação das seguintes estruturas anatômicas: tendão patelar, pata de ganso, retináculos medial e lateral, ligamentos colaterais medial e lateral, ventres dos vastos medial e lateral, tendão do quadríceps e banda iliotibial. Aquelas participantes que atenderam aos critérios de inclusão foram submetidas ao protocolo de avaliação.

2.6.2. Avaliação da qualidade de vida (QV)

Para a avaliação da QV foi utilizado o questionário SF-36 (Short Form Health Survey - 36), o qual é um instrumento genérico de avaliação da qualidade de vida, sendo ele de fácil compreensão e administração. Trata-se

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de um questionário multidimensional formado por 36 itens, divididos em 8 escalas que são: Capacidade funcional (8 itens), aspectos físicos (4 itens), dor (2 itens), estado geral (5 itens), vitalidade (4 itens), aspectos sociais (2 itens), aspectos emocionais (3 itens) e saúde mental (5 itens). Assim sendo, apresenta um escore de 0 a 100, no qual 0 representa pior qualidade de vida e 100 melhor qualidade de vida (Ciconelli, 1999).

2.6.3. Avaliação da dor e funcionalidade

Para avaliar a dor e funcionalidade foi utilizado o questionário Anterior Knee Pain Scale (AKPS). Assim, os itens o questionário se faz através dos itens: você manca?, O seu joelho suporta seu peso?, Ao caminhar, Ao subir e descer escadas, ao agachar, ao correr, ao pular, Não tem dificuldade, dor, inchaço, movimentos anormais (sub luxação) e doloridos na rótula (patela), atrofia da coxa (tamanho da coxa), sente dificuldade para flexionar o joelho?. Esse questionário tem pontuação de 0 a 100 pontos, onde 100 significa sem dores e/ou limitações funcionais e 0 significa dor constante e várias limitações funcionais (Cunha et al., 2013; Aquino et al., 2011). A dor foi avaliada através do domínio de Dor na escala SF-36 e nas atividades da escala AKPS.

2.7. PROCEDIMENTOS

Antes do início da coleta de dados foi realizado um estudo piloto com o objetivo de adequar todos os procedimentos da pesquisa e treinar os pesquisadores envolvidos.

Após o recrutamento, as participantes assinaram o TCLE e preencheram uma ficha de avaliação contendo informações como: identificação (nome completo e telefone), dados antropométricos (idade, massa, altura, IMC), membro dominante, joelho acometido, nível de atividade física e informações sobre a disfunção (Características, sintomas). Para tanto, Seguiu-se com a aplicação dos testes ortopédicos e palpações, bem como avaliação da qualidade de vida e da dor, das voluntárias.

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2.8 DESENHO DO ESTUDO

Figura 1: Fluxograma elaborado pelo autor.

2.8. ANÁLISES DOS DADOS

A análise estatística foi realizada por meio do software Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 20.0. Na análise estatística o método estatístico foi escolhido com base na aderência ao modelo de distribuição normal e igualdade de variância. Foi observada a normalidade dos dados com o teste de Kolmogorov-Smirnov, como todos os dados apresentaram distribuição normal, foi realizado o test t de student não pareado. Para todas as análises estatísticas foi adotado um nível de significância de 5% (p <0.05).

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3. RESULTADOS

Este estudo contou com 82 voluntárias, sendo todas do sexo feminino onde 41 voluntárias com a DPF e 41 voluntárias assintomáticas. Dessa forma, foram aplicados os questionários SF-36 e em ambos os grupos.

A tabela 1 apresenta as variáveis e as características demográficas da amostra:

Tabela 1: Comparação entre os grupos para as variáveis demográficas.

VARIÁVEL GRUPO p valor Assintomático (n=41) DPF (n=41) Idade ± 21,3 ± 21,1 0,78 Peso ± 63,2 ± 60 0,2 Altura ± 1,6 ± 1,6 0,32 IMC ± 24,3 ± 22,6 0,08

Homogeneidade da amostra avaliada.

Após o preenchimento do questionário SF-36 e análise dos dados os resultados para a avaliação da QV estão expostos na tabela abaixo.

Tabela 2: Avaliação da qualidade de vida pelo SF-36. VARIÁVEL GRUPO p valor Assintomático (n=41) DPF (n=41) Capacidade funcional ± 78,7 ± 73,5 0,15 Aspecto físico ± 67 ± 72,9 0,41 Dor (SF-36) ± 69 ± 61,6 0,12 Estado geral ± 56,3 ± 59,3 0,51 Vitalidade ± 50,7 ± 49,4 0,75 Aspectos sociais ± 69,3 ± 70,3 0,82 Limitação por aspectos

emocionais ± 64,2 ± 62,1 0,78 Saúde mental ± 70,6 ± 70,9 0,93

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Avaliando a QV dos grupos foi observado que não houve diferença significativa nos quesitos avaliados pelo questionário SF-36, no entanto os números que indicam a manifestação da DPF na qualidade de vida das duas populações mostraram-se próximos entre os grupos, não tendo diferenças significativas, indicando assim a possibilidade de mulheres assintomáticas terem sua qualidade de vida não distante das de mulheres com a DPF. O que nos leva a acreditar que o surgimento dessa doença nessa população pode piorar a QV dessa população.

Na tabela 3 verificam-se os resultados após a aplicação do questionário AKPS para ambos os grupos.

Tabela 3: Avaliação da dor e função pela escala AKPS. VARIÁVEL GRUPO p valor Assintomático (n=41) DPF (n=41) AKPS ± 80,7 ± 80,1 0,85

Resultado da avaliação da dor e função.

A avaliação da dor através da escala AKPS não foi verificada diferença estatisticamente significativa entre as mulheres com a DPF e as mulheres assintomáticas, visto que as voluntárias assintomáticas apresentaram uma dorme e níveis de funcionalidade semelhante ao das voluntárias com a DPF, levando a pensar, assim, que mulheres saudáveis têm uma predisposição ao aparecimento dessa disfunção que acomete o joelho.

3. DISCUSSÃO

O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da DPF na funcionalidade, dor e qualidade de vida de mulheres com essa disfunção e comparar com mulheres assintomáticas. Além disso, buscou investigar as diferenças entre a sintomatologia apresenta pelos grupos, levando ao entendimento para uma possível avaliação, referente ao joelho, da população feminina.

Buscando observar a validade da escala AKPS, outros estudos também buscaram avaliar a capacidade de avaliação da funcionalidade desta escala em diferentes países, um exemplo disso são os estudos de Hamdan et al. (2019), Dammerer et al. (2018), Buckinx et al. (2017) e Apivatgaroon et al. (2016)onde

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aplicaram a escala em pacientes com dor anterior no joelho e após descartarem outras patologias referente. Dessa forma, esses trabalhos verificaram que a escala AKPS é um sistema de pontuação válido, confiável e útil para sua utilização em pacientes com essa sintomatologia, no contexto da dor patelofemoral.

Dessa forma, Ferreira et al. (2018) ao avaliar o nível de dor e funcionalidade de mulheres atletas e não atletas fisicamente ativas e com a DPF, encontrou um aumento da dor durante atividades funcionais no grupo de atletas com a DPF diferindo de mulheres não atletas com a mesma faixa de idade, resultado esse que vai de encontro a este estudo, pois não houve diferenças. No entanto é importante ressaltar que nosso trabalho contou apenas com mulheres não atletas, em ambos os grupos, sendo assim, as voluntárias apresentaram níveis de atividade física baixos.

Levando em consideração a QV, avaliada por meio do SF-36, não foram encontradas diferenças significativas quando comparados os dois grupos, resultado semelhante foi encontrado por Mustafa et al. (2018), que ao verificar a QV, também através do SF-36. Porém, no presente estudo foi observado que tanto as mulheres com DPF quanto as mulheres assintomáticas apresentaram scores baixos, o que nos leva a acreditar que as mulheres assintomáticas avaliadas no estudo apresentam uma tendência ao aparecimento dar DPF.

Corroborando com o nosso estudo uma revisão sistemática com meta análise avaliou a qualidade de vida de mulheres com a DPF comparadas com grupo controle, assim sendo também encontro semelhança nos escores quando avaliado a QV entre esses grupos, no entanto verificou uma menor QV de mulheres com a DPF, porém sem diferenças significativas quando comparado ao controle. Todavia, ao realizar intervenção foi visto uma melhora nos escores de QV de mulheres com a DPF, porém não está claro se as melhorias desse grupo são maiores de que as encontradas no grupo controle (Coburn et al. 2018).

Assim sendo, foi visto que a funcionalidade e a QV de mulheres assintomáticas não se encontra distante da de mulheres com a DPF, haja vista que os escores apresentados em mulheres assintomáticas terem mostrado uma pontuação já elevada de acordo com os quesitos de normalidade, assim como as características da amostra estudada, o que pode levar esse grupo ao

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surgimento da DPF e assim um consequente diminuição na pontuação nessas escalas.

. Além disso, essa proximidade nos números apresenta a necessidade de formas de prevenção e tratamento que visem evitar os agravos que venham a ocorrer em mulheres assintomáticas, assim como instrumentos válidos para uma melhor atuação profissional nessa população, não permitindo dessa forma que haja influência na funcionalidade, como também na QV.

Diante disso, fica exposto que ainda não há, até o momento, um consenso na literatura atual sobre os escores de funcionalidade e QV de mulheres com a DPF quando comparadas a mulheres assintomáticas. Entretanto, este estudo trouxe escores próximos entre os grupos, bem como a capacidade de avaliação dos questionários como uma forma eficaz para avaliar tanto o grupo da DPF como também o grupo assintomático, não encontrando dessa forma diferenças entre os grupos avaliados. Assim sendo, este estudo apresenta formas válidas para a avaliação da funcionalidade e da QV, o que vem a se tornar uma importante ferramenta para os profissionais envolvidos com o tratamento da DPF.

4. CONCLUSÃO

Os resultados do presente estudo mostram que não houve diferenças entre mulheres assintomáticas e com DPF, quando avaliado a QV, dor e funcionalidade. Entretanto, são necessários mais estudos que busquem elucidar melhor as influências causadas pela DPF na dor, funcionalidade e na QV de mulheres com a DPF e mulheres assintomáticas.

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ANEXO 2

Anterior Knee Pain Scale (AKPS)

Nome: ______________________________________Data:___/____/______ Idade: _______ Joelho: Esquerdo( ) Direito ( )

Há quanto tempo vem apresentando sintomas nos joelhos: _____ anos _______ meses

Em cada questão, circule a letra que melhor descreve os atuais sintomas relacionados ao seu joelho.

1. Você manca? (a) Não

(b) Levemente ou de vez em quando (c) Constantemente

2. O seu joelho suporta o seu peso? (a) Apoio totalmente, sem dor

(b) Apoio, mas sinto dor

(c) É impossível suportar o peso 3. Ao caminhar

(a) Não tem limites para caminhar (b) Caminha mais que 2 km (c) Caminha entre 1 e 2 km (d) Não consegue

4. Ao subir escadas (a) Não tem dificuldade

(b) Sente um pouco de dor ao descer (c) Sente dor ao descer e ao subir (d) Não consegue

5. Ao agachar

(a) Não tem dificuldade

(b) Sente dor após agachamentos repetidos (c) Sente dor a cada agachamento

(d) Somente com redução parcial de peso (e) Não consegue

6. Ao correr

(a) Não tem dificuldade

(b) Sente dor após correr mais do que 2 km (c) Sente dor leve desde o começo

(d) Sente dor intensa (e) Não consegue 7. Ao pular

(25)

25

(b) Pouca dificuldade (c) Sente dor constante (d) Não consegue

8. Ao sentar com os joelhos flexionados/dobrados por período prolongado (a) Não tem dificuldade

(b) Sente dor para se manter sentado após ter realizado exercícios (c) Sente dor constante

(d) A dor faz com que estenda os joelhos de tempos em tempos (e) Não consegue

9. Dor

(a) Nenhuma

(b) Leve e ocasional (c) A dor atrapalha o sono (d) Devê z em quando é intensa (e) Constante e intensa

10. Inchaço (a) Nenhum

(b) Após esforço intenso (c) Após atividades diárias (d) Toda noite

(e) Constante

11. Movimentos anormais (subluxação) e doloridos da rótula (patela) (a) Não ocorre

(b) Ocorre ocasionalmente durante atividades esportivas (c) Ocorre ocasionalmente durante atividades diárias (d) Já teve pelo menos um deslocamento

(e) Já teve mais que dois deslocamentos 12. Atrofia da coxa (tamanho da coxa) (a) Nenhuma alteração de tamanho (b) Leve alteração do tamanho (c) Severa alteração do tamanho

13. Sente dificuldade para flexionar o joelho? (a) Nenhuma

(b) Leve (c) Muita

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APÊNDICES

APÊNDICE A

TERMO DE CONSSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) Esclarecimentos

Este é um convite para você participar da pesquisa: “Análise biomecânica, eletromiográfica e qualidade de vida de mulheres saudáveis e portadoras da síndrome da dor femoropatelar” projeto de pesquisa, a ser realizado na Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí Santa Cruz/RN eque tem como pesquisador responsável o Prof. Dr. Caio Alano de Almeida Lins.

Esta pesquisa pretende analisar a atividade elétrica que o músculo realiza quando se contrai, no qual será verificada nos músculos Glúteo Médio, Vasto Medial Oblíquo, Vasto Lateral, que são músculos localizados na região lateral do quadril e anterior da coxa, respectivamentes, a atividade elétrica será captada por meio de um equipamento chamado de eletromiógrafo, que não gera dor, nem desconforto, será analisado ainda o comportamento biomecânico do quadril, do joelho e do pé (ou seja, serão observados os movimentos do membro inferior) durante atividades funcionais e durante o apoio sobre uma perna em posição parada em mulheres saudáveis e portadoras da Sindrome da Dor Femoropatelar e os seus possíveis impactos na qualidade de vida. Esse levantamento poderá trazer informações relevantes, guiando a otimizar estratégias específicas de avaliação, prevenção e tratamento da Síndrome da dor femoropatelar.

O motivo que nos leva a fazer este estudo é o interesse em aperfeiçoar a compreensão da análise eletromiográfica e do comportamento biomecânico do quadril, joelho e pé e qualidade de vida em mulheres saudáveis e portadoras com SDFP. Até o momento, baseando-se na literatura existente observa-se que não existe uma padronização com relação a avaliação diagnóstica e forma de tratamento desses pacientes que permanece vago e controverso.

Caso você decida participar, você deverá realizar os seguintes procedimentos: preencher uma ficha de avaliação organizada em identificação e avaliação geral (dados antropométricos, membro dominante, joelho acometido e informações da patologia). Preencher a Escala de Avaliação Numérica de Dor: escala que visa quantificar a intensidade da dor apresentada pelas voluntárias, a Escala de Avaliação de dor anterior do joelho: questionário específico para avaliar dor anterior e funcionalidade do joelho. A Escala Funcional de Membros Inferiores que verifica o estado funcional dos pacientes com disfunções musculoesqueléticas das extremidades inferiores e ainda o questionário genérico de avaliação de qualidade de vida que avalia 8 domínios relacionados à qualidade de vida.

Logo em seguida será submetida a um exame físico para coleta dos dados, composta pelos seguintes procedimentos: testes de flexibilidade (ou seja teste que tem como objetivo verificar a capacidade dos músculos esticarem sem causar danos) para avaliação dos respectivos músculos retofemural, isquiotibiais e gastrocnêmio que estão localizados na região anterior, posterior da coxa e posterior da perna, respectivamentes, posteriormente ocorrerá a análise da função do membro inferior por meio de um teste de salto único sobre um dos membros inferiores e será analisado a qualidade do movimento durante teste de descida lateral de um step de 20 centímetros de altura, ainda será submetida à tricotomização (depilação) e limpeza de uma pequena região da pele na região anterior da coxa; fixação de eletrodos autoadesivos para captação da atividade dos músculos anteriores da coxa antes e durante a realização de uma série de atividades aos quais a senhora será solicitada a realizar,

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27 seguindo as orientações dos pesquisadores, vale ressaltar que esses eletrodos são apenas para a captação do sinal elétrico do músculo, não sendo gerado nenhum tipo de corrente elétrica que cause desconforto.

Sequencialmente ocorrerá avaliação do ângulo Q (ângulo formado pelo cruzamento de duas linhas imaginárias, a primeira formada pelo ponto ósseo mais proeminente na região anterior do quadril até o ponto central da patela e a segunda partindo de um ponto ósseo de maior proeminência localizada na região anterior da perna abaixo da patela até o ponto central desta) que será registrado em fotografia, na qual a voluntária assinará o termo de autorização para uso de imagens, permitindo – o, que será analisada pelo SAPO (Software de avaliação postural que verificará as posições dos pontos ósseos citados), o exame físico será finalizado com a avaliação da pronaçãosubtalar (inclinação de uma articulação do pé) através do índice postural do pé realizado com a voluntária em pé e sendo observados pontos ósseos superficiais específicos. Os procedimentos serão aplicados por profissionais e estudantes da área previamente treinados e familiarizados com o protocolo proposto, que fornecerão informações contínuas para o paciente quanto à execução correta dos mesmos.

Durante a realização dos procedimentos do exame físico e questionários e ficha de avaliação a previsão de riscos é mínima, ou seja, o risco que você corre é semelhante àquele sentido num exame físico e/ou psicológico de rotina.

O risco envolvido com sua participação poderá ser de algum tipo de constrangimento pessoal durante os exames físicos e resposta aos questionários, que poderá ser interrompido por você a qualquer momento. Há também o risco de desconforto físico como fadiga muscular, câimbras, sensação de peso e cansaço durante a aplicação dos testes físicos. Esses riscos serão minimizados através das orientações dadas no início das atividades, todos os procedimentos serão realizados de forma individual dentro de uma sala fechada, evitando possíveis constrangimentos. Riscos de embaraço ou opressão por suas informações estarem sendo expostas publicamente serão evitados. Somente os sujeitos envolvidos na pesquisa terão acesso a essas informações e, quando estes dados forem compartilhados, será mantido o sigilo de sua identidade. É assegurado o direito de recusa a responder perguntas nos questionários que lhes cause constrangimento de qualquer natureza.

Ainda, os demais riscos apresentados serão reduzidos com a sua preparação correta antes de realizar os testes, além disso, tudo será aplicado por fisioterapeuta treinado e em ambiente seguro e próximo a infraestrutura hospitalar. Podemos colocar gelo após os testes físicos em algum local do corpo que você tenha sentido dor. Todos os testes físicos que serão feitos por você são recomendados na literatura científica como forma de recurso diagnóstico biomecânico para os membros inferiores em indivíduos com queixas de dor anterior no joelho.

Esta pesquisa poderá lhe proporcionar alguns benefícios. Você terá um feedback de diagnóstico da Fisioterapia quanto aos seus aspectos eletromiográficos e biomecânicos dos membros inferiores e em caso de necessidade será encaminhado para tratamento fisioterapêutico na Clínica Escola da UFRN/FACISA.

Em caso de algum problema que possa ocorrer, relacionado com a pesquisa, os indivíduos terão direito a assistência gratuita, que será prestada pelo pesquisador responsável.

Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para o pesquisador responsável Prof. Dr. Caio Alano de Almeida Lins, telefone para contato: (84) 3342- 2008. Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você.

Os dados que você irá nos fornecer serão confidenciais e passíveis de divulgação apenas em congressos ou publicações científicas, não havendo divulgação de nenhum dado que possa lhe identificar. Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em local seguro e por um período de 5

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anos na Faculdade de Ciências da Saúde do Traíri/FACISA - UFRN.

Se você tiver algum gasto pela sua participação nessa pesquisa, ele será assumido pelo pesquisador e reembolsado para você. Se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você será indenizado.

A qualquer momento você tem o direito de retirar seus dados e material do local de armazenamento e, caso haja possibilidade de serem usados em futuros projetos de pesquisa, antes, deverá ser feito o contato com você para que possa ser concedida, ou não, uma nova autorização do uso do material. Esta possibilidade só existe se um novo projeto for aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (CEP). Todos os resultados advindos dos seus dados serão postos à sua disposição pelo pesquisador, com opção pessoal de tomar ou não conhecimento dessas informações e de suas implicações para sua saúde.

Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA), telefone 3291-2411.

Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra com o pesquisador responsável, Caio Alano de Almeida Lins.

Consentimento Livre e Esclarecido

Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados serão coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela trará para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos, concordo em participar da pesquisa “ANÁLISE BIOMECÂNICA, ELETROMIOGRÁFICA E QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES SAUDÁVEIS E PORTADORAS DA SÍNDROME DA DOR FEMOROPATELAR”, e autorizo a divulgação das informações por mim fornecidas em congressos e/oupublicações científicas desde que nenhum dado possa me identificar.

Santa Cruz, Rio Grande do Norte, ______/__________/ 201____ . ______________________________________

Assinatura do participante da pesquisa

______________________________________ Assinatura do pesquisador responsável

Impressão datiloscópia do participante CEP/FACISA

Endereço Profissional: Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí – Santa Cruz – RN. Rua Trairí s/n Centro. A qualquer momento as participantes podem entrar em contato comigo pelo telefone 99915-0043.

(29)

29 APÊNDICE B

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO GERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRÍ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO

Nome:__________________________________________________Nº _____ Data da avaliação: ___/___ /____

Grupo:______________________ Nº _______ CPF_____________________________

Idade: _______ Massa corporal: _______kg Altura: _________m Atividade Física: ( ) Não Modalidade:

______________________________ ( ) Sim Frequência: _______________________________ Dominância: ( ) Esquerdo ( ) Direito

Faz uso de algum medicamento? ( ) Não ( ) Sim Gravidez: ( ) Não ( ) Sim

Hipertensão: ( ) Não ( ) Sim Diabetes Mellitus ( ) Não ( ) Sim Alteração de sensibilidade em MMII: ( ) Não ( ) Sim

Alergia à material adesivo (esparadrapo etc): ( ) Não ( ) Sim

História de lesão, trauma ou doença no MMII nos últimos 6 meses: ( ) Não ( ) Sim

Presença de dor na articulação do joelho ou em alguma parte do corpo? ( ) Não ( ) Sim Local: ________________________________________ Testes de Compressão Patelar: ( ) Positivo ( ) Negativo

Referências

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