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Reflexologia podal no tratamento da fascite plantar – revisão de literatura

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA

REFLEXOLOGIA PODAL NO TRATAMENTO DA FASCITE PLANTAR – REVISÃO DE LITERATURA

MATHEUS DE OLIVEIRA REBOUÇAS

Natal – RN 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA

REFLEXOLOGIA PODAL NO TRATAMENTO DA FASCITE PLANTAR – REVISÃO DE LITERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Fisioterapia da UFRN, como pré-requisito para

obtenção de grau de

FISIOTERAPEUTA.

Orientadora: Profa. Rosemary Araújo Monteiro

Natal – RN 2019

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Trabalho apresentado por: Matheus de Oliveira Rebouças Em 25 de Novembro de 2019 às 09:00 horas.

Orientadora: Profa. Rosemary Araújo Monteiro

Examinador: Lucia de Fátima Amorim Nota atribuída: _______

Examinador: Rosemary Araújo Monteiro Nota atribuída: _______

Examinador: Madalena Xavier de Freitas Nota atribuída: _______

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por tudo, no sentido amplo da palavra, pois o tudo da criação é que nos dá motivação seguir a vida e cuidar das pessoas, que são o nosso objeto de empenho e pesquisa na área da saúde.

A minha mãe, que sempre acreditou nos meus sonhos, toda minha família que tem sido o alicerce da minha vida, me proporcionando todo o carinho e base moral, em especial ao meu irmão mais novo, Lucas, que aos 10 anos sofreu um acidente tornando-se tetraplégico, o que me tornou fascinado pela fisioterapia e me levou a sonhar com essa profissão, e mesmo após seu falecimento me inspira a continuar.

Sou grato a Universidade Federal do Rio Grande do Norte que é para mim um orgulho. A professora Lucia Amorim com quem tive a oportunidade de exercer monitoria, além de participar de diversos projetos, cursos e oficinas na área da Medicina Tradicional Chinesa, como também ao Centro de Terapia Orientais (CETO) pois dispõe de ótima estrutura onde pude por em prática meus conhecimentos a sobre medicina oriental. A professora Rosemary que me proporcionou a oportunidade de elaboração deste trabalho.

A todos os amigos que fiz em Natal, na ocasião em que saí de minha cidade natal para iniciar essa fase da vida, todos se mostraram acolhedores e tiveram grande importância na minha formação. A minha companheira Jeise que sempre está ao meu lado me apoiando em todos os momentos importantes.

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SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS ... 4

LISTA DE ABREVIATURAS ... 6

LISTA DE TABELAS E FIGURAS ... 7

RESUMO... 8 ABSTRACT ... 9 1. INTRODUÇÃO ... 10 2. METODOLOGIA ... 15 2.1. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO ... 15 2.2. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO ... 15 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 16 4. CONCLUSÃO ... 19 5. REFERÊNCIAS ... 20

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LISTA DE ABREVIATURAS PICS – Práticas Integrativas Complementares

OMS – Organização Mundial de Saúde

MT/MCA – Medicina Tradicional e Complementar/ Alternativa MTC – Medicina Tradicional Chinesa

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LISTA DE TABELAS E FIGURAS

Figura 1: Mapa das Zonas reflexas longitudinais e transversais. --- p.12 Figura 2: Mapa relexológico plantar. --- p.13 Fluxograma 1: Processo de seleção de artigos para o estudo. --- p.14 Tabela1: Descrição breve dos artigos para análise. --- p.14 .

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RESUMO

A fascite plantar é uma doença reumática que consiste de uma inflamação causada por microtraumatismos de repetição na fáscia plantar, se manifesta através da presença de dores na região plantar especialmente no início da manhã, podendo se estender ao longo do dia. O tratamento mais indicado é o conservador. Dentre as técnicas administradas, as práticas integrativas complementares tem se destacado ao proporcionar aos pacientes conforto, redução de dores e qualidade de vida. A reflexologia podal consiste em uma massagem aplicada nos pés, que segundo a medicina tradicional chinesa, possuem pontos reflexos, e ao serem estimulados geram equilibrio a circulação energética, promovendo vários benefícios. O objetivo dessa revisão é investigar a eficácia da reflexologia podal no tratamento da fascite plantar, através da busca de bases de dados nacionais e internacionais. Como resultados foram encontrados dois artigos, sendo uma revisão sistemática e um estudo de caso que apontam que a reflexologia podal apresenta bons resultados para alívio de sintomas da fascite plantar, porém deve ser aliada ao tratamento com alongamentos e fortalecimento da musculatura flexora plantar para melhores resultados a médio e longo prazo.

Palavras chave: Fascite plantar, reflexologia podal, Práticas Integrativas Complementares.

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ABSTRACT

Plantar fasciitis is a rheumatic disease consisting of inflammation caused by recurrent microtraumas in the plantar fascia, manifested by the presence of pain in the plantar region, especially in the early morning, and may extend throughout the day. The most appropriate treatment is the conservative one. Among the administered techniques, complementary integrative practices have been outstanding in providing comfort to the patients, pain reduction and quality of life. Foot reflexology consists of a foot massage, which according to traditional Chinese medicine, has reflex points, and when the feet are stimulated, they generate balance to the energy circulation, promoting several benefits. The aim of this review is to investigate the effectiveness of foot reflexology in the treatment of plantar fasciitis by searching national and international databases. As results, two articles were found, one being a systematic review and the other a case study which point out that foot reflexology has good results to relieve symptoms of plantar fasciitis, but it should be combined to the treatment with stretching and strengthening on the plantar flexor muscles for better results in the medium and long term.

Keywords: Plantar fasciitis, foot reflexology, Complementary Integrative Practices.

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10 1. INTRODUÇÃO

A fascite plantar é a causa mais comum de dor na região plantar do calcanhar. Segundo Thompson (2002) a fáscia é composta por tecido conjuntivo e consiste de duas camadas: superficial e profunda. Superficial: é um tecido fibroareolar que consta de feixes de fibras colágenas brancas com curtas fibras elásticas amarelas. Ela contém fluido tissular, células de tecido conjuntivo e tecido adiposo, em quantidades variáveis. Profunda: consta de laminas duras e bem definidas de tecido fibroso branco, que formam bainhas de ajuste os une e mantém no lugar proporcionando meios adicionais de inserção. Ela proporciona apoio inelástico para veias e vasos linfáticos. Estima-se que uma de cada 10 pessoas experimentem dor na região subcalcânea ao longo da vida (Crawford F, Thomson C. 2003).

Durante a fase de apoio da marcha ocorre compressão na planta do pé e uma força de tração é gerada ao longo da fáscia. Durante o caminhar, a cada passo a fáscia é submetida a repetitivas forças de tração. Quando essas forças são aplicadas sucessivamente, com frequência e intensidade aumentadas, pode ocorrer degeneração progressiva na origem da fáscia plantar, junto à porção medial da tuberosidade calcanear. Esses microtraumas repetitivos na origem da fáscia plantar correlacionam-se com o desenvolvimento de periostite por tração e microrrupturas da própria fáscia que resultam em inflamação e dor crônica. O processo inflamatório pode ocorrer especificamente na origem da fáscia plantar e no tubérculo medial do calcâneo ou pode envolver outras estruturas, como o nervo medial do calcâneo e o nervo do músculo abdutor do quinto dedo (Baxter DE, Pfeffer GB. 1992).

A epidemiologia mostra que a maior incidência da doença se dá entre as mulheres, em sua maioria obesa e na faixa etária do climatério. Em homens, a prevalência é maior nos praticantes de esportes, especialmente os que envolvem corridas (HEBERT et. al. 2003; SNIDER, 2000).

O tratamento conservador é o principal método utilizado com elevada taxa de sucesso (cerca de 90%) segundo dados da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (2014). As considerações para a indicação do tratamento cirúrgico devem ser feitas somente quando persistirem os sintomas

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11 que interferem na vida diária ou atividade atlética desejada, sem melhoria significativa, após pelo menos seis meses de uso das várias modalidades de tratamento conservador supervisionadas diretamente pelo médico. O paciente deve ser informado de que, mesmo após a cirurgia, existe a possibilidade de não ocorrer melhoria dos sintomas. Geralmente utiliza-se de variadas técnicas de analgesia e alongamentos para a fáscia plantar, exercícios para fortalecimento muscular de flexores plantar, além de orientações para a redução do nível de atividade física durante a fase inicial do tratamento.

Acerca do tratamento conservador, nos últimos anos tem se destacado as Práticas Integrativas Complementares (PICS). A Organização Mundial da saúde (OMS) denomina o campo das PICS como Medicina Tradicional e Complementar/ Alternativa (MT/MCA). Desde a década de 70 essa organização incentiva os Estados-Membros a formularem e implementarem políticas públicas para a utilização racional e integrada de MT/MCA na Atenção Primária em Saúde (OMS 2006).

Seguindo essa tendência da OMS o enfoque desse presente trabalho se dá na reflexologia podal, o Ministério da Saúde define da seguinte forma: Prática terapêutica que utiliza estímulos em áreas reflexas – os microssistemas e pontos reflexos do corpo existentes nos pés, mãos e orelhas – Parte do princípio que o corpo se encontra atravessado por meridianos que o dividem em diferentes regiões, as quais têm o seu reflexo, principalmente nos pés ou nas mãos, e permitem, quando massageados, a reativação da homeostase e do equilíbrio nas regiões com algum tipo de bloqueio. Também recebe as denominações de reflexologia ou terapia reflexa por trabalhar com os microssistemas, áreas específicas do corpo (pés, mãos, orelhas) que se conectam energeticamente e representam o organismo em sua totalidade (Ministério da Saúde. Acessado em Outubro de 2019 ).

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12 Figura 1: Mapa das Zonas reflexas longitudinais e transversais.

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13 Figura 2: Mapa relexológico plantar.

Fonte: https://blog.thiagonishida.com.br/reflexologia

A medicina tradicional Chinesa se baseia em conceitos Taoístas e energéticos, os quais enfocam o indivíduo como um todo e como parte integrante do universo. Para Ela, o indivíduo é constituído por um conjunto de energias, provenientes do céu a da terra, que fluem por todo corpo, e que devem estar em constante equilíbrio; quando isso não ocorre, temos então uma manifestação de patologias (BLOELD, 1979).

O QI presente em toda parte formada por partículas YIN e YANG que compõem os COSMOS. Diferentemente da medicina alopática ocidental, a MTC não vê o organismo vivo como um mecanismo. Essa visão ocidental só começou a ser divulgada no século XVII, por Isaac Newton, a partir das idéias de Reneé Descartes. A MTC vê o ser humano como corpo-mente, como um

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14 círculo de energia e substâncias vitais interagindo para formar o organismo. Essas Substâncias são: Qi; Sangue (Xue); Jing (Essência); Jin Ye (Fluidos Corpóreos). Os mestres definiam o estudo do QI no homem como a compreensão dos três tesouros: Essência, Energia Corporal e Espírito, Qi Original (Yuan Qi); Qi dos Alimentos (Gu Qi); Qi Torácico (Zong Qi); Qi Verdadeiro (Zhen Qi); Qi Nutritivo (Ying Qi); Qi Defensivo (Wei Qi) (Maciocia, 2007).

A acupuntura visa restabelecer a circulação as energia (Qi) nos meridianos e nos órgãos (Zang) e nas vísceras (Fu) e, com isso levar o corpo na uma harmonia de energia e matéria. A energia precede a forma física; por conseguinte as estruturas físicas teciduais, responsáveis pelo controle do dinamismo e nutrição do corpo, mantêm uma nítida relação com os meridianos, que si sobrepõem á rede nervosa central e periférica e a distribuição dos vasos sanguíneos. Por isso as variações intrínsecas ou extrínsecas de energia dos meridianos repercutem sobre esses tecidos de modo local e /ou sistêmico (YAMAMURA, 2001).

Na elaboração do diagnóstico segundo a MTC, assim como na aplicação do tratamento, deve-se levar em consideração a função energética dos órgãos (Zang) e das vísceras (Fu), embora os antigos mestres deixem claro a existência dos efeitos locais, essencialmente, a técnica visa a melhoria do equilíbrio dinâmico da circulação energética, sendo a mesma responsável por promover melhorias não apenas na sintomatologia dolorosa da fascite plantar, como também estará tratando diversos outros sintomas como: desequilíbrios emocionais, hormonais, melhora da circulação sanguínea, funções digestivas, melhora da qualidade do sono, entre outros.

O Corpo humano tende a cura-se a si próprio. Apenas sob circunstâncias muito especiais, as causa mórbidas podem sobrepor-se á tendência natural de restabelecer os ritmos e equilíbrios próprios da saúde (NOACK,1987).

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15 2. METODOLOGIA

Revisão de artigos nas bases de dados eletrônicas, nacionais e internacionais, via PubMed e Scielo, utilizando os descritores fascite plantar, reflexologia, plantar faciitis e reflesology. As combinações entre essas palavras foram realizadas em cada base de dados acima citadas utilizando os operadores booleanos OR, AND, sem restrição de idioma, publicados no período de 2014 A 2019.

Os artigos encontrados foram, em um primeiro momento, submetidos à leitura crítica dos títulos e de seus resumos, assim como a identificação daqueles que se encontravam em duplicidade. Foram selecionados para a leitura integral os artigos que foram considerados relevantes ao objetivo desta revisão ou que geraram dúvida.

2.1. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Estudos que descrevem os efeitos da reflexologia podal no tratamento de fascite plantar seja como forma de tratamento ou como técnica auxiliar no alivio de sintomatologia dolorosa, publicados no período de 2014 a 2019 e escritos em inglês, português ou espanhol.

2.2. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Estudos cujos textos não se encontravam disponível de forma integral para leitura.

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16 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Fluxograma 1.: Fluxograma do prcesso de inclusão dos artigos na revisão.

Após a busca preliminar foram encontrados 35 artigos, sendo destes 7 selecionados para leitura crítica, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 2 artigos para análise nesta revisão.

Tabela1: Descrição breve dos artigos para análise.

Artigo Descrição Resultados

Systematic review: The effectiveness of soft-tissue therapy for the

management of

musculoskeletal

disorders and injuries of the upper and lower

extremities: A

systematic review by the Ontario Protocol for Traffic

Revisão sistemática sobre terapia manual e liberação miofacial no tratamento de

dores nas

extremidades

inferiores, ao final trás uma tabela com

técnicas de

manipulação que inclui a reflexologia.

Esta revisão ajuda a

esclarecer o papel da terapia de tecidos moles para a tratamento de distúrbios

músculo-esqueléticos dos

membros inferiores e lesões. Os resultados sugerem que

a massagem clínica

(reflexologia) é eficaz para o manejo da dor na região plantar. Com base em nossa

Artigos encontrados seguindo os critérios metodológicos: 35

Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão: 2

Artigos que não citavam reflexologia podal, porém, apresentavam a massagem manual na região plantar como tratamento eficás para o tratamento da fascite plantar: 5 Artigos excluídos após leitura dos

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17 Injury management

(OPTIMa) collaboration S. Piper et al. (2016)

análise, a eficácia da maioria tipos de terapias de tecidos moles não parece ter sido investigado adequadamente.

Noninvasive,

Multimodality Approach to Treating Plantar Fasciitis: A Case Study

Tamsin L. Lee,

Benjamin L. Marx (2018)

Estudo de caso, paciente com fascite plantar tratado com protocolo que utiliza técnicas de medicina tradicional chinesa

incluindo a

reflexologia.

A complexidade da condição

requer uma abordagem

multifacetada que aborda os

problemas agudos e

sintomas crônicos. Embora os sintomas de dor aguda neste estudo de caso único foi resolvido com uma

multimodalidade de,

acupuntura, gua sha,

reflexologia e moxabustão.

Para evitar futuras

reincidências, é importante dieta adequada e descanso adequado.

Seguindo a ordem apresentada na tabela, no primeiro artigo analisado, S. Piper et al. (2016), foi realizada uma revisão sistemática, onde o objetivo foi analisar a eficácia do tratamento de desordens musculo-esqueléticas e lesões de membros inferiores utilizando terapia manual. No artigo, é citado entre estas lesões a fascite plantar. Os resultados mostram a eficácia na redução de dor nos pacientes tratados com terapia manual aplicada diretamente a fáscia plantar, com resultados expressivos, além disso, o estudo mostrou que a massagem no sóleo e gastrocnemo associada a alongamentos também geram bons resultados após a fase aguda da doença. No adendo é sugerido uma lista das terapias manuais apresentadas nos estudos da revisão, entre elas a reflexologia podal é citada diversas vezes.

Ainda seguindo ordem da tabela, no segundo artigo analisado, Tamsin L. Lee, Benjamin L. Marx (2018), foi realizado um protocolo de tratamento para

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18 um paciente de 43 anos, sexo feminino com diagnóstico de fascite plantar e queixa de dores fortes na região plantar, avaliada na escala virtual analógica, 9/10 pela manhã e 7/10 no decorrer do dia.

O protocolo foi todo montado seguindo os princípios da MTC, vizando equilibrar o Qi (energias essenciais que compõem o corpo humano e o universo), e circular o Xue estagnado na região plantar (estimular a circulação sanguínea na fáscia plantar). Foram realizadas as técnicas: Tuina, gua cha, acupuntura, moxabustão e reflexologia, além de indicação de auto alongamento da musculatura gastrocnemo e tendão de aquiles pelas manhãs e redução da atividade físcia durante a fase aguda da doença, podendo retornar de forma gradativa após redução da queixa álgica. Durante a fase aguda a paciente foi orientada a voltar para o consultório após 2 dias para reavaliação e continuidade ao tratamento.

Após uma semana de tratamento a paciente relatou melhora da dor que passou de 9/10 pela manhã para 4/10, e de 7/10 para 1/10 ao longo do dia, segundo a escala virtual analógica.

Outros 5 artigos encontrados na fase inicial do estudo, também sugerem que a terapia manual aplicada diretamente sob a região plantar tem eficácia no tratamento da dor em pacientes com fascite plantar, porém, como estes não citaram a reflexologia podal em seus textos, não puderam ser incluídos no presente estudo.

Além disso, não devemos esquecer que a reflexologia podal é uma técnica de MTC, e como tal, não deve ser realizada sem o devido diagnóstico energético, pois seu uso deve objetivar o equilíbrio da circulação do Qi, promovendo sua melhora sistêmica. Embora os artigos encontrados tenham sido objetivos no sentido da inclusão da reflexologia no tratamento da fascite plantar, apresentando dados sobre eficácia da redução de sintomas, deve ser levado em consideração que seus critérios de indicação e contraindicação não são os mesmos de uma massoterapia comum.

A Reflexologia promove melhora da sensibilidade nervosa, circulação alívio do estresse, tensão e dores. Auxilia na prevenção, tratamento e promoção da saúde (Wen e Kuabara, 2007).

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19 4. CONCLUSÃO

A partir das leituras dos artigos, conclui-se que a reflexologia pode ser incluída no protocolo de tratamento da fascite plantar para alívio da sintomatologia dolorosa e relaxamento das musculaturas de MMII com eficácia, porém não há evidência de que a mesma possa substituir os alongamentos e fortalecimentos, que, segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (2014), devem ser incluídos no programa de tratamento. Uma limitação para este estudo foi a existência de poucos artigos, o que mostra que essa área ainda deve ser objeto de mais estudos. Outra necessidade identificada foi a de artigos que abordem melhor o diagnóstico diferencial da MTC que é muito rico e complexo, complementando assim a avaliação médica ocidental, sendo essencial para um tratamento eficiente. Podendo assim evidenciar melhor sua eficácia, permitindo que os profissionais da saúde possam ter ainda mais embasamento científico para trabalhar com PICs em seus atendimentos.

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20 5. REFERÊNCIAS

Baxter DE, Pfeffer GB. Treatment of chronic heel pain by surgical release of the first branch of the lateral plantar nerve. Clin Orthop Relat Res. 1992;(279):229– 36.

BLOFELD, John. Taoísmo, o caminho para a imortalidade. 2. edição, São Paulo, Pensamento, 1979.

Crawford F, Thomson C. Interventions for treating plantar heel pain. Cochrane Database Syst Rev. 2003;(3):CD000416.

Ferreira R, Ricardo. Artigo de atualização Talalgias: fascite plantar. rev bras ortop. 2014;49(3):213–217.

HEBERT, S.; XAVIER, R.; PARDINI JR.; BARROS FILHO, T.E.P; ARLINDO GOMES Ortopedia e traumatologia: Princípios e Prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.

https://blog.thiagonishida.com.br/reflexologia/ acessado em Outubro de 2019. https://massovita.com/2013/03/reflexoterapia.html acessado em Outubro de 2019.

http://saude.gov.br/saude-de-a-z/praticas-integrativas-e-complementares acessado em Outubro de 2019.

MACIOCIA, G. A Pratica da Medicina Chinesa. Tratamento de Doenças com acupuntura e Ervas Chinesas, 2. Ed, São Paulo: Roca, 2007.

OMS. Organização Mundial de Saúde. Estratégia sobre Medicina Tradicional 2002-2005. Genebra: OMS; 2006.

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21 SNIDER,R.K.Tratamento das Doenças do Sistema Musculo esquelético. 1.ed. São Paulo: Manole, 2000.

Wen HX, Kuabara M. Reflexologia podal. São Paulo: Icoe; 2007.

YAMAMURA, Y. Acupuntura Tradicional: A Arte de Inserir .2ª ed. São Paulo: Roca, 2001.

Referências

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