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TÍTULO: ANNONA MURICATA: CONHECIMENTO DIFERENCIAL PARA O ENFERMEIRO NA ORIENTAÇÃO, PREVENÇÃO E TRATAMENTOS DE CÉLULAS CANCERÍGENAS

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

ÁREA:

SUBÁREA: ENFERMAGEM

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO CAPITAL

INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): RAPHAEL ELIA FLAUZINO

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): TANIA REGINA SEIXAS

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CAPITAL – UNICAPITAL

HABILITAÇÃO: GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM

ANNONA MURICATA: CONHECIMENTO DIFERENCIAL PARA O

ENFERMEIRO NA ORIENTAÇÃO, PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE

CÉLULAS CANCERÍGENAS.

Raphael Elia Flauzino

São Paulo – SP 2017

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Raphael Elia Flauzino

ANNONA MURICATA: CONHECIMENTO DIFERENCIAL PARA O

ENFERMEIRO NA ORIENTAÇÃO, PREVENÇÃO E TRATAMENTO,

DE CÉLULAS CANCERÍGENAS.

Projeto do trabalho de conclusão de curso, apresentado ao curso de Enfermagem do Centro Universitário Capital, como requisito parcial à obtenção do titulo de Bacharel em Enfermagem.

Orientadora: Professora Mestre Tânia Regina Seixas.

São Paulo – SP 2017

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 3 2 JUSTIFICATIVA ... 6 3 OBJETIVO ... 7 4 METODOLOGIA ... 8 5 DESENVOLVIMENTO ... 9 5.1 A REALIDADE DO CÂNCER ... 9 5.2 TRATAMENTOS ATUAIS ... 11

5.3 BENEFÍCIOS DA ANNONA MURICATA ... 12

5.3.1 ESTUDO DE CASO ... 14

5.4 O PAPEL DO ENFERMEIRO... 15

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1 INTRODUÇÃO

O câncer é uma doença antiga sendo confirmado a sua existência em múmias egípcias, demonstrando que a mesma comprometia o homem há mais de 3 mil anos antes de Cristo. O câncer é caracterizado pelo crescimento desordenado de células, podendo acometer tecidos e órgãos adjacentes, na atualidade o câncer é o nome comum denominado a mais de 100 neoplasias (BRASIL, 2011).

Filard (2010) afirma que mais de dois terços das neoplasias poderiam ser prevenidos pela alteração do estilo de vida, incluindo a dieta que nos últimos anos tem sido cada vez mais reconhecida por possuir quimiopreventivos, utilizando agentes naturais ou farmacológicos com a finalidade de prevenir, retardar ou reverter a carcinogênese (formação do tumor) pela atividade anticarcinogênica que se opõe a formação do câncer.

Atualmente a quimioterapia e radioterapia são estratégias terapêuticas clássicas para remissão de tumores e prevenção de metástase, mas não sofreu grandes avanços nos últimos anos. As terapias existentes nem sempre alcançam resultados satisfatórios, além de induzir efeitos secundários severos, que debilita muito a pessoa, resultando em altos índices de mortalidade por diversas neoplasias (OLIVEIRA, 2012).

Em busca por novos tratamentos assistenciais para o câncer, foi descoberto que a Annona muricata popularmente conhecida como graviola, a partir do extrato das suas folhas, apresenta atividade no controle de células tumorais, comprovando sua real eficiência para o tratamento (SILVA e NEPOMUCENO, 2011).

Segundo Silva e Nepomuceno (2011), a espécie Annona muricata (graviola) pertence à categoria taxonômica: reino vegetal, divisão angiosperma, classe dicotiledônea, ordem magnoliales, família annonaceae, subfamília Annonoideae, gênero Annona, sendo uma regular que possuindo até 10 metros de altura, possui casca aromática, folhas alternas e pecioladas (Anexo 1). O fruto tem forma irregular, elipsóide, pode medir 30 centímetros de comprimento por 12 de largura, com epiderme verde escura, espessa e areolada, a polpa é branca sucosa, lactescente e um pouco fibrosa com sementes cor castanha ou preta (Anexo 2).

Uma das maiores descobertas sobre a graviola foi a sua capacidade de agir contra células cancerígenas, mostrando em testes de laboratório um potencial

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extraordinário. Essa propriedade é consequência das acetogeninas presentes na graviola que são substancias derivadas de ácido graxos (componente orgânico contendo carbono e hidrogênio em suas moléculas) com atividade citotóxica (células quem tem capacidade de destruir outras células liberando determinada substancia nocivas) relevante em células tumorais humanas (SOUZA, 2009; RIBEIRO, 2007).

As acetogeninas da graviola que são utilizadas para combater o câncer estão presentes nas raízes, troncos, casca de caule, folhas da graviola, frutos e sementes, o modo mais comum para o tratamento são utilizadas as folhas, em forma de chá 1 vez ao dia (BARBOSA, 2009; SOUZA, 2009).

Filard (2010) aponta que a atividade da acetogenina vem se mostrando com forte potencial inibidor da ploriferação celular atuando diretamente na cadeia respiratória mitocondrial das células tumorais, induzindo à apoptose (morte celular), além de interferir nos níveis citoplasmáticos e a inibição da síntese de DNA tendo relação ao efeito citotóxico (propriedade nociva de uma substância em relação às células) apoptótico.

Quanto a células tumorais de linhagens humanas, foi obtida uma avaliação de citotoxidade com acetogenina extraída das sementes da graviola o que mostrou atividade citotóxica seletiva, demonstrando a atividade citotóxica em células especificas, tendo 10.000 vezes a potencia da adriamicina, um tratamento quimioterápico (BARBOSA, 2009).

A graviola oferece um tratamento natural diferente das terapias tradicionais, como quimioterapia e radioterapia, sendo seletiva, não provoca efeitos secundários severos, como náuseas e perda de cabelo, não destrói células saudáveis, evita possíveis infecções e protege o sistema imunológico sendo reações adversas provocadas pela quimioterapia (NUNES et al., 2012).

Segundo o estudo de Ramos et al. (2016) é evidente a importância de aprimorar assistências na oncologia, sendo assim os enfermeiros poderiam realizar uma nova implementação na sistematização de assistência de enfermagem (SAE) através de pesquisas cientificas e publicações. Existe um grande desafio para cuidar pacientes oncológicos, sendo necessário ampliar a quantidade e qualidade de conhecimento na área de oncologia por meio de pesquisas que fundamentam o crescimento profissional.

Na atenção primária à saúde, onde o enfermeiro é importante integrante da equipe multiprofissional da Estratégia Saúde da Família (ESF), os enfermeiros

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exercem atividades técnicas específicas de sua competência, administrativas e educativas e através do vínculo com as pessoas, direciona estratégias de ações preventivas, para reduzir os tabus, mitos e preconceitos e buscar o convencimento da clientela sobre os benefícios da prevenção de diversas doenças, inclusive o câncer (MELO et al., 2012).

Um bom enfermeiro é um profissional que possui ampla visão científica com competência para desenvolver e elaborar um processo de enfermagem, utilizando como base literatura cientifica para promover educação em saúde, tendo um embasamento importante que permite orientar, informar e realizar um tratamento (MOREIRA, 2012).

Quando falamos de câncer, o que vem em mente é sofrimento, dor constante, muitas vezes evolui a óbito, no papel do cuidar, com a inserção da Annona muricata ao tratamento de câncer, será um diferencial para combater as células cancerígenas, temos que nos aprimorar para gerar melhor qualidade de vida, assim como implementar na Estratégia e Saúde da Família em ações preventivas de neoplasias.

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2 JUSTIFICATIVA

O interesse desse tema foi sobre o conhecimento da Annona muricata para a prevenção e tratamento de neoplasias, não apenas em hospitais, mas também em Estratégias na Saúde da Família. Através desse conhecimento o enfermeiro terá uma assistência diferenciada podendo orientar sobre a eficácia da Annona muricata, atuando de forma preventiva e também no tratamento do câncer, podendo melhorar a qualidade de vida.

O enfermeiro tem grande importância em setores oncológicos e na atenção primária, principalmente na estratégia e saúde da família atuando na prevenção, onde irá utilizar seu conhecimento adquirido, suas habilidades técnicas e de liderança, com atitude para mudar, trazendo melhorias para a assistência de enfermagem.

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3 OBJETIVO

Estabelecer a importância do enfermeiro em adquirir conhecimentos sobre a eficácia de Annona muricata.

Orientar de forma terapêutica a prevenção, tratamento de células cancerígenas, através da utilização da Annona muricata.

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4 METODOLOGIA

Este trabalho foi realizado através de revisão bibliográfica, sendo uma pesquisa utilizada decorrente de pesquisas anteriores, em documentos como livros, artigos, tese, etc. (SEVERINO, 2007).

Foi empregado como banco de dados a PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), e busca no Google Acadêmico, e o portal do Instituto Nacional do Câncer - INCA.

Foram encontrados 3.770 referências, incluindo artigos, dissertações de mestrado e especialização, e o manual do instituto nacional do câncer, publicados de 2007 a 2016 com idiomas inglês e português, analisados 52 referências, restando apenas 25.

Foram determinados como critérios de inclusão: estudos dos últimos 10 anos que tratam sobre a prevenção e tratamento de células cancerígenas com Annona

muricata, diferenciando dos tratamentos atuais, e o papel da enfermagem,

disponíveis na íntegra, nos idiomas inglês, português. Os critérios de exclusão foram: estudos que tratam apenas sobre a Annona muricata sem relação com neoplasias, estudos com deficiência metodológica, estudos publicados antes de 2006 e estudos que se repetiam nas diferentes bases de dados.

A coleta de dados foi realizada no mês de agosto de 2016. As fontes especificadas foram acessadas e a busca resultou em um total de 3.770 referências. A análise dos mesmos, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, resultou em uma seleção de 25 artigos. Os 25 estudos escolhidos foram analisados na íntegra para buscar respostas ao objetivo pesquisa. A partir da construção do banco de dados, os estudos achados foram organizados e sintetizados para conterem a amostra do estudo, o objetivo, a metodologia, os resultados e as conclusões, além dos aspectos preventivos e tratamentos de células cancerígenas com Annona

Muricata.

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5 DESENVOLVIMENTO

É necessário que a enfermagem compreenda a dimensão do impacto do câncer sobre a qualidade de vida tanto do paciente, quanto de cada membro da família, sendo através a atenção integral, onde o enfermeiro deve reconhecer sobre os desafios e as possíveis dificuldades a serem enfrentadas. É uma mudança para a família, que necessita se reorganizar e se adaptar a nova rotina, suas tarefas necessitam ser repensadas e para auxiliar nesse neste processo. O enfermeiro também precisa avaliar se à família está apta para assumir o cuidado da pessoa doente, ver suas necessidades e fornecer todas as informações relacionadas à doença e o tratamento, e algumas instruções sobre habilidades técnicas para cuidar, assim a família poderá contribuir com os cuidados e tratamentos tendo grande importância no processo de adoecer e sobreviver ao câncer (FERRAZZA et al., 2016).

5.1 A REALIDADE DO CÂNCER

A população enxerga a palavra câncer sofrimento, dor e morte. A falta de informação acaba sendo um dos principais problemas para o enfrentamento e prevenção dessa patologia. Se medidas preventivas para o seu controle não forem tomadas, o câncer passará a ocupar o primeiro lugar em mortalidade, no Brasil e no mundo, principalmente nos países em desenvolvimento (BRASIL, 2013).

Segundo Brasil (2015) as neoplasias com maior incidência no mundo são pulmão (1,8 milhão), mama (1,7 milhão), intestino (1,4 milhão) e próstata (1,1 milhão). Nos homens, os com mais frequência foram pulmão (16,7%), próstata (15,0%), intestino (10,0%), estômago (8,5%) e fígado (7,5%). Em mulheres, as maiores incidências encontradas foram mama (25,2%), intestino (9,2%), pulmão (8,7%), colo do útero (7,9%) e estômago (4,8%).

A estimativa para o Brasil, nos anos 2016 e 2017, indicam cerca de 600 mil casos novos de câncer. O câncer de pele não melanoma (cerca de 180 mil casos novos), e o restante 420 mil casos novos de câncer, onde os cânceres de próstata

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(61 mil) em homens e mama (58 mil) em mulheres terão maior incidência. Sem contar os casos de câncer de pele não melanoma, os tipos mais frequêntes em homens serão próstata (28,6%), pulmão (8,1%), intestino (7,8%), estômago (6,0%) e cavidade oral (5,2%). Nas mulheres, os cânceres de mama (28,1%), intestino (8,6%), colo do útero (7,9%), pulmão (5,3%) e estômago (3,7%) ficaram entre os principais demonstrado na tabela 1 (BRASIL, 2015).

Tabela 1 - Estimativa do câncer 2016 - 2017

É necessário realizar medidas preventivas para reduzir a incidência do câncer, sendo cerca de um terço dos casos pode ser evitado através de controle dos fatores de risco determinantes de sua ocorrência. Estilos inadequados de vida, inatividade física, sedentarismo, obesidade, uso do álcool, alimentação inadequada, tabagismo, prática de sexo sem proteção, exposição excessiva à radiação solar, entre outros, são fatores determinantes para que se desenvolva a patologia (BRASIL, 2013).

O gráfico 1 demonstra o grande número de casos de câncer, relevando a importância de continuar com investimentos no desenvolvimento de ações para o tratamento e prevenção do câncer, em diversos níveis de atuação como: na promoção da saúde, na detecção precoce, na assistência aos pacientes, na vigilância, na formação de recursos humanos, na comunicação e mobilização social, na pesquisa e na gestão do SUS (RIOS, 2013)

ESTIMATÍVA 2016 - ÍNDICE DE NOVOS CASOS DE CÂNCER

HOMEM MULHER Próstata 61.200 Mama 57.960 Cólon e Reto 16.660 17.620 Pulmão 17.330 10.890 Estômago 12.920 7.600 Colo do Útero 16.340 Cavidade Oral 11.140 4.350

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Gráfico 1 - Estimativa do câncer 2016 - 2017

5.2 TRATAMENTOS ATUAIS

Os tratamentos do câncer e de seus efeitos até hoje configuram um extenso desafio para os diversos profissionais da saúde, mesmo com diversos progressos da medicina. A radioterapia é um dos métodos terapêuticos mais utilizados contra as neoplasias malignas sendo muito eficaz, mas gera efeitos colaterais que significam um comprometimento da qualidade de vida dos pacientes. Isso ocorre pela falta de seletividade desse método terapêutico que não atingem ir somente nas células malignas, afetando também as células saudáveis (NASCIMENTO et al., 2016)

O protocolo terapêutico procura gerar uma melhora da doença, buscando segurança e qualidade de vida do paciente. O tratamento antineoplásico pode ser realizado de forma isolada ou com inúmeras combinações de diferentes quimioterápicos. Porém os agentes que são manipulados na quimioterapia não prejudicam apenas as células neoplásicas do organismo, e acabam lesionando as células normais, atuando de maneira não seletiva, sendo capaz de gerar dano aos pacientes. Como consequência surgem os efeitos colaterais secundários, podendo serem bem graves conforme a droga utilizada, a dose do medicamento e a duração do tratamento (RUELA, 2017) 0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000

Próstata Mama Intestino Estômago Cavidade oral

Pulmão Colo do útero Homem Mulher

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Sawada et al. (2016) apontam que o tratamento cirúrgico do câncer e os outros procedimentos terapêuticos como a radioterapia e quimioterapia chegam a reduzir o índice de mortalidade e morbidade, porém, existe a preocupação sobre a qualidade de vida dessas pessoas. A recuperação do paciente com câncer é um processo contínuo, com o objetivo de expandir as capacidades dos indivíduos e sua qualidade de vida relacionada à saúde, mesmo com suas limitações impostas pela doença e pelo tratamento. Foi verificado que o tratamento quimioterápico provoca perda na qualidade de vida relacionada a saúde, durante as seções de quimioterapia existem os principais fatores que contribuem para isso, são idade, sexo, tipo de protocolo de quimioterapia, tipo de cirurgia, estágio da doença, nível de escolaridade, nível de inteligência emocional.

5.3 BENEFÍCIOS DA ANNONA MURICATA

A Annona muricata, conhecida como graviola é uma importante fonte de alimentos para os humanos, podendo ser consumida ao natural ou utilizada para preparar refrescos, tortas e conservas, usado na fabricação de sucos concentrados, polpas congeladas, néctar, geléias, cremes e bebidas. As folhas, frutos, sementes e raízes proporcionam propriedades medicinais, sendo avaliada como uma boa fonte natural de antioxidantes, possui todas as suas partes utilizadas na medicina tradicional (NUNES et al., 2012).

A graviola tem sua origem na bacia amazônica, é utilizada para curar uma

ampla gama de doenças, incluindo inflamações, reumatismos, diabetes, hipertensão, insônia, infecções parasitárias e câncer. Os frutos, folhas, caules e raízes de graviola são conhecidos por serem ricos em acetogeninas, que induzem com sucesso a morte em células cancerígenas resistentes mesmo a fármacos quimioterápicos. Alguns estudos demonstraram um papel quimioterapêutico eficaz do extrato de graviola contra o câncer. Recentemente foi apontado efeitos positivos da graviola contra a proliferação de células cancerígenas e inibição do crescimento tumoral in vitro e in vivo (YANG et al., 2015).

Os produtos naturais fornecem um recursos que são utilizados para desenvolver fármacos. Na área do câncer, de 1940 a 2010, 48,6% dos

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medicamentos anticarcinogênico criados através de produtos naturais ou seus derivados. A Annona muricata tem o potencial de atividades anticancerígenas, com isso acaba sendo viável a busca por componentes químicos a partir de extratos da graviola, podendo até ser desenvolvidos em medicamentos convencionais para o tratamento do câncer. Mais de 100 acetogeninas foram identificada a partir da

Annona muricata, possuindo toxicidade contra vários tipos de células cancerígenas

(LIU et al., 2016).

Barbosa (2009) afirma que foram isoladas acetogeninas da Annona muricata, 35 das folhas, 4 das cascas do caule, 2 do pericarpo, 24 da raiz e 74 das sementes. Também aponta que o maior número de pesquisas que tem sobre o tratamento terapêutico natural é realizado com folhas da Annona muricata, tomando em forma de chá, uma vez ao dia. A acetogenina possui citotoxicidade em linhagens de células tumorais humanas, e relatou atividade citotóxica seletiva para células neoplasicas, com potencia 10.000 vezes maior que da adriamicina um fármaco utilizado na quimioterapia.

Em 1982 foi isolada a primeira acetogenina com potencial antitumoral. Após esse fato, aumentou a motivação pelo estudo dessa substância, e várias pesquisas demonstram a ação antitumoral seletiva da acetogenina, que inibe a proliferação de células cancerígenas, induzindo ao aumento dos níveis citoplasmáticos e ocorrendo a morte celular por apoptose. As acetogeninas que foram isoladas e analisadas da

Annona muricata apresentaram efeito citotóxico contra as células neoplásicas

(FILARD, 2010).

Segundo Silva e Nepomuceno (2011), com o elevado índice de neoplasias, se faz necessário a busca de novos tratamentos e de novas substâncias que auxiliem no tratamento do câncer. Foi observado o efeito anticarcinogênico ao analisar

Annona muricata. Através de pesquisas foram obtidos resultados estatisticamente

significativos que mostraram que a graviola apresenta atividade anticarcinogênica. A presença de acetogeninas no fruto induziu, provavelmente, uma atividade genotóxica produzindo efeitos tóxicos contra o tumor. Devido a alta concentração de acetogeninas, não aparecimento de tumores apontado na pesquisa, por conta do efeito citotóxico, além de desencadear a apoptose em células cancerígenas.

Observando o resultado anticarcinogênico da polpa de graviola em um tumor, foi concluído que Annona muricata manifesta elevada citotoxidade devido a alta concentração de acetogeninas, trazendo benefícios para o tratamento do câncer,

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podendo ser o grande destaque na oncologia, e também ser usada como complemento a terapias tradicionais como quimioterapia e radioterapia, pois tem sido muito estudada por não provocar efeitos secundários severos como queda de cabelo e náuseas, protegendo também o sistema imunológico, evitando possíveis infecções sem destruir as células saudáveis (FREITAS; MORAES; SILVA, 2017).

A polpa da graviola e seus resíduos podem ser aproveitados como fonte alternativa de nutrientes, principalmente de compostos antioxidantes com destaque para os compostos fenólicos, visto inúmeras propriedades terapêuticas que esse fruto possui. O incentivo de seu consumo deve ser estimulado, podendo diminuir gastos econômicos com fármacos para controle de doenças, melhorando assim, a qualidade de vida dos seus consumidores. Seu uso como coadjuvante à uma alimentação saudável, possibilitará uma assistência diferenciada a indivíduos atendidos em centros de atenção à saúde, como os de tratamento oncológicos.

5.3.1 ESTUDO DE CASO

Hansra et al. (2014) afirmam que em uma mulher de 66 anos com diagnóstico de câncer de mama esquerdo diagnosticado em 1998, foi feito lumpectomia e quimioterapia concluída em 1999 com melhora. Posteriormente em 2002 através biópsia apresentou metástase pulmonar, foi iniciada em terapia hormonal e obteve progresso positivo. Porém o câncer retornou em 2005, realizou algumas seções de quimioterapia de 2005 a 2006 sem sucesso, e foi necessário retornar para mais seções em 2006 a 2007.

Infelizmente apresentou novas metástases hepáticas e foi iniciada em Xeloda 2500 mg diariamente, ela também começou a usar graviola 10 a 12 folhas secas fervidas em água entre 5 a 7 minutos, continuamente. A paciente apresentou melhora até 2011, que por conta resolveu parar o tratamento com graviola. Em março de 2012 mostrou agravamento do câncer pulmonar, e retornou com o método terapêutico da graviola, em novembro do mesmo ano evoluiu com melhora e manteve estável. Não experimentou efeitos secundários da terapia por mais de 5 anos (HANSRA et al., 2014)

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5.4 O PAPEL DO ENFERMEIRO

O diagnóstico do câncer coloca não apenas o doente, mas também seus familiares em momentos de fragilidade, onde terão dificuldades em aceitar, pois a doença está ligada à idéia de risco eminente de morte, e o medo dos tratamentos atuais que deixam as pessoas debilitadas. Com isso é relevante o enfermeiro junto com sua equipe, durante a luta do paciente da sobrevivência ao câncer, tenha como objetivo de apoiar, orientar e prestar a assistência necessária ao paciente e sua família, além de ser considerável a capacitação de seus profissionais na área da oncologia, para que possa proporcionar o suporte necessário à família diante da doença (FERRAZZA et al., 2016).

No setor oncológico o cuidado multidisciplinar é indispensável para poder chegar a resultados positivos e minimizar o desconforto do paciente, podendo afirmar que dentre as profissões da área da saúde, a enfermagem tem se destacado consideravelmente em todos os contextos, por oferecer assistência desde os níveis primários aos de maiores complexidade e em todas as classes sociais. Sempre se empenhado em função de diminuir os impactos provocados pela doença, visando maior conforto e melhor qualidade de vida aos pacientes acometidos por tal. Os profissionais de enfermagem trazem uma bagagem com amplo conhecimento científico que possuindo a experiência prática. Na oncologia nem sempre é possível alcançar os resultados desejados, apesar dos esforços, ainda há muito a se fazer, as barreiras surgem constantemente desde a prevenção e tratamentos . A atuação da enfermagem se faz indispensável em cada uma dessas etapas, pois estes prestam maior assistência ao paciente e estão sempre à disposição para esclarecer sobre a doença, suas dúvidas e receios (OLIVEIRA, SILVESTRE e SILVA, 2015).

Com um paciente com câncer é necessário um tratamento contínuo, não apenas por conta do aspecto físico, mas também o psicológico e até mesmo espiritual, onde o a equipe multiprofissional realiza um cuidado integral, holístico, em casos como esse, o profissional enfermeiro tem fundamental importância. Em setores oncológicos ele atua em ações de prevenção e controle, tendo como competência prestar assistência aos pacientes na avaliação diagnóstica, tratamento,

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reabilitação e atendimento aos familiares. Além dessas, desenvolve ainda ações educativas, podendo inserir Annona muricara na alimentação, de forma preventiva. É necessário ficar atendo quanto a realização de pesquisas científicas na área da saúde são suas publicações, pois através delas que o conhecimento produzido buscando conhecimento diferencial para podendo até promover mudanças para Sistematização de Assistência de Enfermagem em seu setor. (RAMOS et al., 2016)

O enfermeiro tem autonomia para recomendar alimentos que previnem ou tratam determinada doença, sendo capaz de usufruir dos benefícios da graviola e suas folhas utilizando como fonte de nutrientes, principalmente de compostos com destaque para prevenção e tratamento de câncer devido a acetogênina, efeitos antioxidantes, tratamentos para outras doenças. Com o grande número de propriedades terapêuticas que esse fruto possui, deve sugerir o consumo devendo ser incentivado, assim também reduzindo gastos econômicos com fármacos para controle de doenças, e trazendo melhor qualidade de vida dos seus consumidores, Além de ajudar a ter uma alimentação saudável, sem dúvidas o enfermeiro fará uma assistência diferenciada implementando recomendações como essa, a indivíduos atendidos em centros de atenção à saúde, como os de tratamento oncológicos (FREITAS, MORAES e SILVA, 2017).

O enfermeiro na saúde primária possui uma ampla atuação nas ações de prevenção, promoção e recuperação das pessoas, gerando uma grande ligação com a comunidade beneficiando o conhecimento da cultura e o saber da clientela, com o intuito ser capaz para ampliar o processo saúde/doença. As ervas medicinais estão ganhando o meio acadêmico, onde o enfermeiro é encarregado por esclarecer e educar população, através do uso adequado de acordo com o informativo 004/95, apontando o caráter holístico e os aspectos legais do enfermeiro nessa prática. A resolução 197/97, explica a respeito das terapias alternativas como prática de enfermagem, sendo necessário para um maior conhecimento, o enfermeiro realizar um curso especializado e reconhecido pela instituição com carga horária de 360 horas (DIAS, SANTOS e CÉSAR, 2015).

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REFERÊNCIAS

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ANEXO 1

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ANEXO 2

ANEXO 2 D - Fruto Annona muricata, E - Fruto em corte, F - Sementes (FILARD,

Referências

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