• Nenhum resultado encontrado

CONIC-SEMESP

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CONIC-SEMESP"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE GLICÊMICO E DO EXAME OFTALMOLÓGICO NA PREVENÇÃO DA CEGUEIRA PELO DIABETES - A VISÃO DOS ACADÊMICOS E MÉDICOS DA CLÍNICA MÉDICA DA UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO - UNAERP

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO

CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

ÁREA:

SUBÁREA: MEDICINA

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO

INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): ANDRÉIA LOPES MARTIN, ANDRESSA AUGUSTA VIEIRA DA SILVA, CAROLINE SILVA PIMENTA, GABRIELLA FRAZÃO VIEIRA DE MORAIS

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): FRANCYNE VEIGA REIS CYRINO

(2)

Resumo:

O diabetes é um das maiores causas de problemas de saúde no mundo todo. Estima-se que seja 387 milhões de diabéticos, com projeção de 205 milhões de novos casos em 2035. A retinopatia diabética é a segunda maior causa de cegueira no mundo.

O objetivo deste trabalho é avaliar o grau de conhecimento dos alunos do 5° e 6° ano do curso de medicina da UNAERP e dos médicos do corpo clínico do Hospital Escola Electro Bonini.

O trabalho foi realizado através de questionários fornecidos aos grupos divididos entre médicos, 9ª, 10ª, 11ª e 12ª etapas.

Observou-se que a maioria dos entrevistados da 12ª etapa e médicos apresenta um bom conhecimento do controle ideal da diabetes, porém, observamos que o paciente somente é informado sobre o risco de cegueira quando descompensado ou manifesta baixa visual.

Concluímos que o encaminhamento do paciente diabético ao oftalmologista somente quando já há baixa visual instalada pode gerar perda visual irreversível. Conhecer e promover o manejo e controle adequado da diabetes poderá fazer com que o impacto psico-sócio-econômico desta doença seja significativamente minimizado. Este aprendizado deve ser iniciado e reforçado nas universidades e a educação/atualização continuada deve promovida para os profissionais médicos e não médicos em atividade.

Palavras chave: diabetes, cegueira, retinopatia diabética

INTRODUÇÃO

No mundo todo, segundo o International Diabetes Federation (IDF, 2014), mais de 250 milhões de pessoas são diabéticas, estimando-se que este número chegue a 380 milhões em 2025, sendo que cerca de 46% das pessoas com diabetes ainda não foram diagnosticadas (fig.1-anexo). No Brasil, 13,7 milhões de pessoas são diabéticas segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, ocupando o 4° lugar entre os países com maior prevalência, sendo a 3° maior causa de morte segundo a OMS, também no Brasil.

Sendo uma microangiopatia que afeta todo o organismo, sabe-se que cerca de 50% dos portadores de diabetes desenvolverão algum grau de retinopatia diabética (ou seja, acometimento do tecido do fundo do olho, a retina) ao longo da vida, havendo 30 vezes mais de chance de tornar-se cego que um paciente não diabético, estimando-se que a prevalência de cegueira seja de 4,8% (fig.2-anexo). A

(3)

porcentagem de pacientes diabéticos com algum grau de retinopatia diabética aumenta em função do tempo de instalação da doença: após 15 anos, 2% tornam-se cegos e cerca de 10% apresentam perda visual grave; depois de 20 anos, 75% têm alguma forma de retinopatia diabética.

Estudos clínicos tem mostrado que o bom controle do diabetes e da hipertensão arterial reduzem significativamente o risco de retinopatia diabética e, há evidencias de estudos conduzidos durante mais de 30 anos que o tratamento da retinopatia pode reduzir o risco de perda visual em mais de 90% dos casos.

OBJETIVOS

O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento e o manejo do controle dos pacientes diabéticos pelos alunos do curso de medicina do 5° e 6° anos (9ª, 10ª, 11ª, e 12ª etapas) da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) e médicos do corpo clínico do Hospital Escola Electro Bonini.

METODOLOGIA

Foram entregues questionários com perguntas de múltipla escolha aos voluntários, alunos das 9ª, 10ª, 11ª, e 12ª etapas do curso de medicina da UNAERP e para os professores, médicos do corpo clínico, envolvendo cardiologistas, clínicos geral, endocrinologistas e nefrologistas, após assinatura do termo de consentimento informado.

DESENVOLVIMENTO

Os dados obtidos através dos questionários foram submetidos a análise estatística criteriosa e escalonados em gráficos, para melhor visualização dos dados.

RESULTADOS

Neste trabalho, observamos que a maioria dos alunos, internos e médicos utilizam como bom controle da diabetes, taxas menores ou iguais a 100mg/dl de glicemia de

(4)

jejum, contudo, sabemos que estas taxas, na vida real, são dificilmente obtidas e mantidas, ainda mais entre uma população menos informada e carente como a brasileira onde a alimentação é errada e o uso de carboidratos de alto índice glicêmico é frequente.

A HbA1c (hemoglobina glicada), hoje considerada como melhor marcador para o controle ideal da glicemia, é solicitada trimestralmente por 70% dos médicos da clínica médica, porém entre os acadêmicos e internos, principalmente da 11ª e 12ª etapas, sua solicitação se daria a cada 6 meses (55% 65%, respectivamente) e, 25% dos alunos da 9ª a 12ª etapas solicitariam anualmente e acreditamos que deve haver um reforço da importância da HbA1c principalmente nestas etapas.

Quanto ao risco de cegueira, médicos e alunos de todas as etapas, disseram orientar os pacientes quando estes se encontram descompensados (média 82% dos alunos e 65% dos médicos), 25% dos médicos disseram que orientam os pacientes quando o paciente tem mais de 5 anos de doença e 13% dos médicos assumiram que não orientam quanto ao risco de perda visual. Entre os alunos da 9ª a 11ª epata, 17% solicitariam com mais de 5 anos de doença e 10% responderam que solicitariam o exame se questionados pelo paciente. Ainda, 5% não forneceriam orientação a respeito. Entretanto, 100% dos médicos e alunos da 12ª etapa consideram o exame de fundo de olho imprescindível, solicitam fundo de olho quando do diagnóstico do diabetes, e, após o diagnóstico, anualmente (neste caso, 80% dos alunos da 12ª etapa responderam que solicitariam anualmente e 20 % a cada 2 anos), assim como cerca de 80% dos alunos da 9ª a 11ª etapa. 100% responderam fornecer orientação sobre a dieta.

Por ser o Hospital Ellectro Bonini um hospital-escola, as respostas no cuidado e orientação do paciente diabético se aproximam do ideal, havendo porém, uma forte necessidade em se reforçar a importância da informação sobre o risco de cegueira aos médicos do corpo clínico e alunos de todas as etapas, e do controle anual do fundo de olho, para que estas sejam fornecidas aos pacientes e para que a retinopatia diabética possa ser diagnosticada mais precocemente, reduzindo-se assim o risco de baixa visual/cegueira com o tratamento adequado.

(5)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A retinopatia diabética pode ser tratada com baixo prejuízo visual, se diagnosticada a tempo, seja com a chamada fotocoagulação com raios laser ou com o uso de injeções de anti-angiogênicos. Algumas formas mais severas podem necessitar de cirurgia vítreo-retiniana, porém, uma vez que a visão tenha sido muito danificada, o prognóstico se torna muito reservado. Em outros casos, a visão uma vez perdida, ela não poderá ser restaurada.

Assim, encaminhar o paciente diabético ao oftalmologista somente após apresentar baixa visual ou manifestar queixa pode causar perda irreversível da visão, incapacidade para o trabalho, diminuição da qualidade de vida com subsequente depressão devido a dependência de terceiros além forte impacto na renda doméstica e na previdência social.

Esforços devem ser feitos para o ensino e cuidado adequado do manejo e controle do diabetes, visando minimizar as drásticas consequências do mal controle, sejam oculares, renais, cardiológicas ou circulatórias.

FONTES CONSULTADAS

1- GUARIGUATA L, WHITING DR, HAMBLETON I, BEAGLEV J, LINNENKAMP U, SHAW JE. Global estimates of diabetes prevalence for 2013 and

projections for 2035. : http://dx.doi.org/10.1016/j.diabres.2013.11.002. Acesso em 08 de agosto de 2015

2- PASCOLINI, D & MARIOTTI, SPM. Estimativas globais de deficiência visual: 2010. British Journal Ophthalmology Online First. Publicada em 01 de dezembro de 2011 como 10.1136/bjophthalmol-2011-300539

3- RESNIKOFF et all.

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao 2013. Acesso em 08 de agosto de 2015.

4- SCHOENI RF, MARTIN LG, ANDRESKI PM, FREEDMAN VA. Persistent and growing socioeconomic disparities in disability among the elderly: 1982-2002. Am J Public Heath 2005; 95(11):2065-70

5- World Health Organization. Global Health Estimates: Deaths by Cause, Age, Sex and Country, 2000-2012. Geneva, WHO, 2014.

(6)

6- Organização Mundial da Saúde. Fact sheet: Diabetes. 2013. Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs312/en/Acesso 9 de agosto de 2015

7- World Health Organization. Global Health Estimates: Deaths by Cause, Age, Sex and Country, 2000-2012. Geneva, WHO, 2014.

ANEXOS: 0% 50% 100% ≤100 >100 e <126 ≥140 e <200 ≥200 Glicemia (mg/dl)

Questão1: Qual o valor da glicemia de jejum usada

para o controle do Diabetes Mellitus?

9° etapa 10° etapa 11° etapa

0% 20% 40% 60% 80% 100% ≤5,6% ≥5,7% e <6,5% ≤7% HbA1c (%)

Questão 2: Qual o valor de HbA1c utilizada para

diagnóstico de Diabetes Mellitus?

9° etapa 10° etapa 11° etapa 12° etapa Médico 0% 20% 40% 60% 80% 100% ≤5,6% ≥5,7% e ≤6,4% ≥6,5% HbA1c (%)

Questão 3: Qual o valor de HbA1c utilizar para

controle de DM?

(7)

0% 20% 40% 60% 80% 100% A cada 3

meses a cada 6meses anualmente a cada 2anos >2 anos

Questão 4: Qual a frequência você solicita HbA1c?

9° etapa 10° etapa 11° etapa 12° etapa Médico

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Não peço confirma o diagnóstico e

encaminha

Na maioria das

vezes Sempre peço

Questão 5: Em pacientes diabéticos, com qual

frequência você solicita fundo de olho?

9° etapa 10° etapa 11° etapa 12° etapa Médico

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% No ato do

diagnóstico 3 anos após odiagnóstico 5 anos após odiagnóstico Apenas quandoo paciente se queixa de baixa acuidade visual

Não solicita

Questão 6: Quanto tempo após o diagnóstico de DM

você socilita do FO?

(8)

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Anualmente A cada 2 anos A cada 5 anos De acordo com a glicemia Quando há queixa de baixa acuidade visual Não solicita

Questão 7: Com que frequência solicita o FO para

pacientes DM?

9° etapa 10° etapa 11° etapa 12° etapa Médico

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Imprescindível Importante Desnecessário

Questão8: Qual sua avaliação sobre a necessidade do

exame?

9° etapa 10° etapa 11° etapa 12° etapa Médico

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Sim, Quando o DM

descompensado Sim, quandosintomático Sim, com mais de 5anos de doença questionado peloSim, quando paciente

Não orienta

Questão 9: Orienta o paciente quanto ao risco de cegueira?

(9)

Figura 1. Estimativa e projeção mundial segundo a International Diabetic Federation. 0% 20% 40% 60% 80% 100% 1 2 3

Questão 10: Orienta o paciente quanto à dieta?

(10)

Figura 2. Distribuição mundial dos casos de diabetes e prevalência, segundo a International Diabetic Federation.

Referências

Documentos relacionados

Que razões levam os gestores das Universidades Corporativas a optarem pela utilização da educação a distância por meio de cursos on-line na modalidade auto estudo?.

Jsou radiostanice, které už mají SV vestavěnou (Zirkon 1), dále jsou pak SV externí (Smart 1, Slavík), v prove- dení jako krabička, která se připojí k ra- diostanici

O objetivo deste trabalho é a aquisição de Licença Ambiental Prévia para implantação de um empreendimento que irá impactar de forma positiva uma extensa

A seguir, apresentamos os modelos de sinalização que serão utilizadas durante o período de execução das atividades desenvolvidas no Consórcio Marquise/ Normatel

 Saída de Emergência, Rota de Fuga, Rota de Saída ou Saída: Caminho contínuo, devidamente protegido e sinalizado, proporcionado por portas, corredores,

Este documento tem por objetivo estabelecer e descrever o Plano de Encerramento das Obras, visando atender os procedimentos do Consórcio Marquise/ Normatel, necessários para a

Este plano se justifica pela necessidade de ações preventivas orientadas para o monitoramento, controle e mitigação de impactos relacionados à emissão de material

 Alteração da periodicidade do monitoramento dos parâmetros DBO,DQO, Fósforo Total, Nitrogênio Kjedahl, nitrogênio amoniacal; nitrogênio orgânico, coliformes