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Academic year: 2021

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TÍTULO: OS SENTIMENTOS DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM AO LIDAR COM A MORTE INFANTIL

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: ENFERMAGEM SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): JULIANA SANTOS DO NASCIMENTO, ERIKA CHAGAS GARABITO, RILKAELLE GOMES DE MELO CERQUEIRA, SILVIA MARIA SANTANA VIEIRA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ALESSANDRA MARIA COTRIM DE BORBA ORIENTADOR(ES):

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RESUMO

A cultura e a religião em que estamos inseridos influenciam a forma como lidamos com a morte, visto que morrer envolve aspectos biológicos, psicossociais e espirituais. A abordagem deste tema se torna mais difícil quando trata-se de crianças, pois carregamos a ideia de que é um ser que não completou seu ciclo de vida. A equipe de enfermagem é suscetível as fragilizações acerca da morte infantil. Portanto, o objetivo deste trabalho foi identificar os sentimentos do profissional de enfermagem perante a morte infantil e os mecanismos de enfrentamento utilizados para diminuir o impacto ocasionado por este fato. Através de uma revisão integrativa com análise qualitativa dos dados, verificamos que o impacto emocional possui causa multifatorial, desencadeando sentimentos negativos. Diante destes sentimentos cada profissional adota seu próprio método de enfrentamento, sendo os mais frequentes: conversas informais e apoio espiritual. Concluímos que os profissionais são despreparados para lidar com as questões acerca da morte, havendo a necessidade de adequação desde a formação profissional até um maior apoio institucional para os colaboradores.

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1. INTRODUÇÃO

A cultura em que vivemos, conjuntamente com a religião, exercem influências na forma em que lidamos com a morte. Morrer envolve aspectos biológicos, psicossociais e espirituais. Este tema torna-se mais difícil quando se trata de uma criança, pois carregamos a ideia de que é um ser que não completou o ciclo de vida. Para os profissionais de enfermagem que atuam na área infantil lidar com a morte da criança é muito difícil e sofrido, uma vez, que tais profissionais são preparados para salvar vidas.

Como a equipe de enfermagem pode ficar suscetível e fragilizada diante da morte da morte infantil é fundamental a identificação de mecanismos de apoio que possam auxiliá-los diante de situações de óbito.

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2. Objetivos

2.1 Objetivos Gerais

Resgatar na literatura o significado de morte infantil para o profissional de enfermagem.

2.2 Objetivos Específicos

Identificar os sentimentos dos profissionais de enfermagem perante a morte infantil. Conhecer os mecanismos de enfrentamento que o profissional de enfermagem utiliza para diminuir o impacto que este fato ocasiona em sua vida.

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3. Método

Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura científica, com análise qualitativa dos dados, que permitiu sumarizar pesquisas anteriores e delas obter dados para analisar o conhecimento científico sobre o assunto investigado.

A revisão bibliográfica “visa demonstrar o estágio atual da contribuição acadêmica em torno de um determinado assunto. Ela proporciona uma visão abrangente de pesquisas e contribuições anteriores, conduzindo ao ponto necessário para investigações futuras e desenvolvimento de estudos posteriores. Enfim, ela comprova a relevância acadêmica do trabalho realizado por um pesquisador”18

, ou seja, é uma analise de conteúdo já existente para elaborar um novo estudo de revisão integrativa.

A revisão integrativa é uma abordagem metodológica que permite a inclusão de estudos experimentais e não-experimentais para a compreensão completa do fenômeno a ser analisado. Combina também dados da literatura teórica e empírica, além de incorporar um vasto leque de propósitos, tais como: revisão de teorias e evidências, definição de conceitos, análise de problemas metodológicos. As amostras devem gerar um panorama completo e consistente sobre o tema analisado, ou seja, é a busca na literatura sobre temas já analisados para compreender e desenvolver um novo estudo com base nos existentes19.

3.1 Local da coleta dos artigos

Os artigos foram coletados por meio dos bancos de dados disponíveis na BVS (Biblioteca Virtual de Saúde), Lilacs (Literatura Latino-americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) e Scielo (Scientific Electronic Library Online), realizada no período de Fevereiro, Março, Abril e Maio de 2016, com os seguintes descritores: Sentimentos, Morte, Criança e Enfermagem.

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4. Desenvolvimento

Os artigos e teses encontrados para a pesquisa responderam ao tema abrangente em relação aos sentimentos dos profissionais de enfermagem frente à morte infantil e os mecanismos de enfrentamento. Foram pesquisados 33 artigos relacionados ao tema, dos quais apenas 18 estavam dentro dos padrões de inclusão, 2 eram trabalhos de conclusão de curso e 1 foi utilizado para texto de apoio e 11 não estavam dentro dos parâmetros de inclusão. Posteriormente, foram pesquisados mais 2 artigos com temas em revisões bibliográficas e integrativas para composição da metodologia.

Para o desenvolvimento do método do estudo, realizaram-se as seguintes etapas: coleta de dados, análise crítica dos estudos, interpretação dos resultados; apresentação da revisão/síntese do conhecimento.

4.1 Fatores de inclusão e exclusão

Artigos e Trabalhos de conclusão de curso em português e espanhol realizados entre 2010 a 2016, período em que consideramos os artigos atualizados e que abrangessem o tema em questão, disponíveis na íntegra e gratuitamente online. Os artigos que não atenderam os critérios de inclusão foram automaticamente descartados.

4.2 Análise dos Dados

Desta forma, após a identificação das produções científicas a partir dos descritores, foi realizada uma leitura exploratória para selecionar as produções que correspondessem aos objetivos do trabalho.

Os dados dos estudos selecionados foram identificados e classificados por: ano, autor, título, metodologia, publicação científica. Após a colocação dos artigos em uma tabela para que fosse possível visualizar a seleção dos artigos, foi realizada a síntese de cada periódico.

Para finalizar o tratamento dos dados encontrados, de cada artigo, foi extraída a temática principal e agrupados por semelhança denominando-os de categorias.

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Foram identificadas 3 categorias que possibilitaram compreender: O significado da morte infantil para o profissional de enfermagem.

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5. Resultados

Os sentimentos desencadeados nos profissionais são diversos como: medo, sofrimento, angústia, frustração, dor e tristeza, entretanto depende de vários fatores como: quem morreu, condições da morte, aceitação dos familiares, sendo que em algumas situações esta é vista como alívio do sofrimento. Cada pessoa desenvolve seu método de enfrentamento, sendo frequentemente utilizados conversas com amigos e familiares e a busca por apoio espiritual. Existe uma deficiência no preparo dos profissionais desde a formação profissional até a sua inserção no mercado de trabalho, uma vez que o profissional é formado para salvar vidas, portanto a morte é vista como um fracasso.

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6. Considerações finais

Os sentimentos desencadeados nos profissionais são diversos como: medo, sofrimento, angústia, frustração, dor e tristeza, entretanto depende de vários fatores como: quem morreu, condições da morte, aceitação dos familiares, sendo que em algumas situações esta é vista como alívio do sofrimento.

Cada pessoa desenvolve seu método de enfrentamento, sendo frequentemente utilizados conversas com amigos e familiares e a busca por apoio espiritual. Existe uma deficiência no preparo dos profissionais desde a formação profissional até a sua inserção no mercado de trabalho, uma vez que o profissional é formado para salvar vidas, portanto a morte é vista como um fracasso.

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7. Referências

1. Cosentino JMB, Viana TC. A velhice e a morte: reflexões sobre o processo de leito. Rev. bras. geriatr. gerontol. [online]. 2011 14 (3): 591-599.

2. Oliveira SG, Quintana AM, Bertolino KCO. Reflexões a cerca da morte: um desafio para enfermagem. Rev Bras Enferm, 2010 nov-dez; 63(6): 1077-80.

3. Kovócs MJ. A caminho da morte com dignidade no século XXI. Rev. Bioét. [online]. 2014, 2 (1): 4-104.

4. Kuhn T, Lazzari D, Jung J. Vivências e sentimentos de profissionais de enfermagem nos cuidados ao paciente sem vida. Revista Brasileira de Enfermagem. 2011 – nov-dez; 64(6):1075-81.

5. Alves ACD. Crenças Ocidentais e Orientais, Sentido de Vida e Visões de Morte: um estudo correlacional. João Pessoa: 2013. Dissertação de Mestrado apresentado a UFPB/CE para a obtenção do título de mestre.

6. Scarton J, Poli G, Kolankiewicz ACB. Enfermagem: A morte e o morrer em uma unidade de terapia intensiva pediátrica e neonatal. Rev enferm UFPE. 2013, 7(10): 5929-37.

7. Vega MEP, Cibanal LJ. Impacto Psicosocial en enfermeras que brindan cuidados em fase terminal. Rev Cuid 2016; 7(1): 1210-8. 2015.

8. Pérez MF. Aniedad y Temor A La Muerte Em Profesionales Y Estudiantes De Enfermería De Extremadura. Revisão Bibliográfica. 2015.

9. Vega PV, Rodriguez RG, Torres CP, Jarufe EA, Bonilla JM, Díaz CO, Martinez SR. Develando El significado Del proceso de duelo em enfermeras (9os) pediátricas (os) que se enfrentam a la muerte de um paciente a causa Del câncer. . 2013. 10. Silva MKG, Rocha SS da. O significado de cuidar do RN sem possibilidade de terapêutica curativa. Rev Rene; 2011, 12(1):97-103.

11. Batista ACDF. Os sentimentos da equipe de enfermagem diante da morte de crianças e adolescentes hospitalizados.

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morte infantil: um estudo de trabalhos Qualis A. Revista Enfermagem Contemporânea; 2013, 2(1): 112-131.

13. Rockembach JV, Casarin ST, Siqueira HCH de. Morte pediátrica no cotidiano de trabalho do enfermeiro: Sentimentos e estratégias de enfrentamento. Rev. Rene.; 2010; 1(12): 63-71.

14. Silva LCSP, Valença CN, Germano RM. Estudo fenomenológico sobre a vivência do Estudo morte em uma unidade de terapia intensiva neonatal. Rev. Bras Enferm; 2010; 63 (5): 770-4.

15. Mota MS, Gomes GC, Coelho MF, Filho WDL, Souza LD .Reações e sentimentos de profissionais da enfermagem frente à morte dos pacientes sob seus cuidados. Rev Gaúcha Enferm; 2011, 32(1):129-35.

16. Oliveira PR de, Schirmbeck TME, Lunardi RR. Vivências de uma equipe de enfermagem com a morte de criança indígena hospitalizada. Texto Contexto Enferm; 2013, 22(4): 1072-80.

17. Silva PLN da, Macedo LP, Fonseca JR, Oliveira VGR de, Freire APS. Vivência da equipe de enfermagem frente ao processo de morte e morrer de uma criança hospitalizada. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 173, Octubre. http://www.efdeportes.com. 2012.

18. Santos RA, Moreira MCN. Resiliência e morte: o profissional de enfermagem frente aos cuidados de crianças e adolescentes no processo de finitude da vida. Ciência & Saúde Coletiva. 2014; 19(12):4869-4878.

19. Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein ; 2010; 8(1 Pt 1):102-6.

20. Marques CDC, Veronez M, Sanches MR, Higarashi IH. Significados atribuídos pela equipe de enfermagem em unidade de terapia intensiva pediátrica ao processo de morte morrer. Rev Min Enferm.; 2013; 17(4): 823-830.

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