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Cap 4 5

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Academic year: 2021

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Na literatura são encontrados vários conceitos tradicionais de agricultura e podemos destacar alguns deles:

 A modificação deliberada da superfície da terra por meio de cultivo de plantas e criação de animais para obter sustento e ganhos econômicos;

 Cultivo intencional de plantas e criação de animais domésticos.

Os conceitos de mecanização agrícola estão intimamente ligados com os de agricultura, tais como:

 Conjunto de máquinas capazes de realizar todas as atividades agrícolas, que vão desde o preparo do terreno, passando pela implantação da cultura até a sua colheita;

 É o emprego adequado dos equipamentos e máquinas agrícolas, visando sua otimização e viabilidade da obtenção de altas produtividades agropecuárias, com racionalização dos custos e a preservação dos recursos naturais e meio ambiente.

Antes do trator a fonte de potência era “Humana” ou “Animal”. Durante muitos séculos, os animais foram grandes auxiliares do homem nas tarefas agrícolas. Serviam de montaria, para movimentação de máquinas estacionárias ou ainda tracionando implementos agrícolas ou outras cargas. Hoje em dia ainda é bastante utilizado para estas tarefas em regiões menos desenvolvidas, ou nas propriedades de menor tamanho onde a compra de um trator torna-se bastante oneroso.

O uso de animais nas propriedades agrícolas é recomendado em função de algumas vantagens, tais como:

 Autodeslocamento;

 Elevada reserva de força;

 Grande adaptabilidade;

 Pode ser reproduzido na própria fazenda;

 Não requer mão-de-obra especializada para seu manejo;

 Consome alimento produzido na propriedade;

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O animal apresenta desvantagens, tais como:

 Exige alimentação diária;

 Menor rendimento (paradas para descanso, alimentação, clima, etc).

O desenvolvimento de tratores agrícolas veio da necessidade de se cultivar grandes áreas para produzir alimentos e teve importante papel no desenvolvimento da mecanização agrícola. Porém, todo o planejamento do trabalho pode dar errado se não for bem dimensionada a escolha dos equipamentos adequados e sua manutenção durante o trabalho, pois a paralisação da máquina em fases importantes como o plantio ou a colheita pode acarretar em grandes prejuízos ao produtor rural.

Os principais objetivos da mecanização agrícola são:

 Aumentar a produtividade por trabalhador no campo;

 Modificar a característica do trabalho no campo, tornando menos árduo e mais atrativo;

 Melhorar a qualidade das operações de campo, fornecendo melhores condições para a germinação, desenvolvimento e crescimento das plantas.

Além dos animais, podem também ser usados como fonte de potência nas propriedades agrícolas:

Motores a vento ou eólicos (bombeamento de água);

Motores hidráulicos (roda d’água, turbina, carneiro hibráulico);

Motores elétricos;

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5. TRATORES AGRÍCOLAS 5.1. Definição

É uma máquina autopropelida provida de meios que:

 Conferem apoio estável sobre uma superfície impenetrável;

 Tem a capacidade de tracionar, transportar e fornecer potência mecânica aos implementos e máquinas agrícolas.

5.2. Funções dos tratores

 Tracionar máquinas e implementos de arrasto por meio de sua barra de tração (BT);

 Tracionar e carregar máquinas e implementos montados através do engate de três pontos do sistema do levantamento hidráulico (SLH);

 Acionar máquinas estacionárias por meio da tomada de potência (TDP);

 Tracionar máquinas simultaneamente com acionamento de seus mecanismos por meio da barra de tração ou do engate de três pontos e da tomada de potência.

5.3. Classificação dos tratores Quanto ao tipo de rodado: De pneus:

 2 rodas;

 3 rodas;

 4 rodas (2 RM, 2 RM com TDA, 4 RM).

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2 RM 2 RM com TDA 4 RM

De esteiras:

 De ferro;

 De borracha.

Esteiras de borracha Esteiras de ferro

5.4. Meios de aproveitamento de potência dos tratores agrícolas

A. Sistema de levante hidráulico (SLH)

B. Barra de tração (BT)

C. Tomada de potência (TDP)

5.4.1. Sistema de levante hidráulico

Usado para o levantamento e abaixamento de máquinas e implementos montados, aciona o levante de 3 pontos, controle de ondulação e controle remoto.

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Usado para o acoplamento de implementos ao trator, é constituído de:

 1o ponto (braço esquerdo);

 2o ponto (braço direito);

 3o ponto (braço superior);

 braços intermediários (movimentam o 1o e 2o ponto);

 correntes ou barras estabilizadoras.

O levante de três pontos possui os comandos de:

 Posição: comanda o levantamento e o abaixamento das máquinas e implementos que trabalham acima da superfície do solo;

 Profundidade: ajusta a profundidade de corte dos implementos que trabalham abaixo da superfície do solo;

 Reação: controla a velocidade da queda dos implementos (rápida e lenta).

Controle de ondulação:

Também conhecido como controle de sensibilidade do sistema hidráulico. Controla automaticamente a profundidade de trabalho de acordo com a superfície do solo. A grande maioria dos tratores adota a força de compressão, que atua no terceiro ponto para o acionamento do controle automático de ondulação. A força de resistência que o solo oferece ao corte comprime o terceiro ponto, que por sua vez comprime uma mola que, se ceder, permitirá atuação na válvula de controle subindo as barras de levante.

O suporte do terceiro ponto, no trator, comumente chamado de viga de controle, permite posições de engate variáveis. A viga de controle é fixa em uma extremidade e móvel na outra. Quanto mais próximo ao ponto móvel se acoplar o terceiro ponto, mais sensível se torna o acionamento do controle automático de ondulação, devido a uma pequena força de compressão ser suficiente para a atuação na válvula de controle. Alguns modelos de tratores possuem o sensor na parte superior da viga de controle, enquanto, em outros, o sensor fica na parte inferior da viga.

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Controle remoto:

Pode ser usado em implementos reversíveis, bascular carretas, entre outros (equipamento dotados de cilindros hidráulicos). As partes atuantes como os cilindros hidráulicos estão localizados no implemento e são conectados por mangueiras por meio de engate rápido.

5.4.2. Barra de Tração (BT).

Usada para tracionar máquinas e implementos de arrasto. A barra de tração pode ser:

 Fixa: usada quando se usa simultaneamente a BT e TDP ou carretas (mas pode haver deslocamento lateral);

 Oscilante: principalmente em implementos para o preparo do solo.

A barra de tração é montada abaixo do eixo das rodas traseiras, aumentando a aderência das rodas dianteiras no solo, diminuindo a patinagem com o aumento de peso.

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Dispositivo com maior eficiência de aproveitamento da potência do motor, em forma de rotação, para máquinas acopladas no trator, através de um eixo extensivo com uma junta cardan nos dois extremos.

A velocidade de rotação e as dimensões da TDP foram padronizados para fornecer a capacidade de interligar equipamentos de diferentes fabricantes. Atualmente, existem três tipos de eixos:

Tipo 1: eixo com diâmetro nominal de 35 mm e com 6 estrias. Sua velocidade de giro é de 540 rpm e é a mais comumente usada. Esta TDP é usada em tratores com até 65 cv de potência no eixo a velocidade nominal do trator.

Tipo 2: eixo com diâmetro nominal de 35 mm e com 21 estrias. Sua velocidade de giro é de 1000 rpm e é aplicada em tratores com aproximadamente de 60 a 160 cv de potência na TDP.

Tipo 3: eixo com diâmetro nominal de 45 mm e 20 estrias. Utilizado em tratores com potência no eixo na faixa de 150 a 250 cv e sua velocidade de giro é de 1000 rpm.

Os primeiros tipos de TDP eram movidos pela transmissão do trator e paravam de girar sempre que a embreagem da caixa de marchas era desengatada. Atualmente, tem se utilizado uma TDP independente que pode ser controlada pela sua própria embreagem ou por uma embreagem dupla, permitindo parar e arrancar novamente o trator sem interromper o funcionamento da máquina que se está operando ou seja no primeiro estágio da embreagem a transmissão é cortada do motor para caixa de marchas e no segundo da caixa para o implemento.

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5.5. Constituição geral dos tratores  Motor;  Sistema elétrico;  Sistema de transmissão;  Sistemas de freios; e  Sistema de direção.

5.6. Regras de segurança e cuidados operacionais

 O tratorista deve presenciar a entrega da máquina ao comprador para receber orientações técnicas de controle e manutenção e conhecer as características estruturais e funcionais do trator. Além disso, antes de colocar a máquina em movimento, deverá ler com atenção o manual do operador.

 É importante manter sempre atualizada uma caderneta com informações sobre o estado de manutenção do trator.

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deve ao fato de que os controles do hidráulico e os freios estão localizados no lado direito. Evita-se, assim, um esbarro acidental nos pedais e alavancas.

 Desça sempre de costas colocando as mãos nos apoios e os pés nos degraus.

 Não efetue mudanças de marchas com o trator em movimento, especialmente em descidas e tracionando cargas elevadas.

 Não se deve abastecer o tanque com o motor em funcionamento, aquecido ou próximo a chamas.

 Para completar o nível de água do radiador deve-se desligar o motor ou deixá-lo funcionando em ponto morto.

 Nunca se deve engraxar as peças próximas do motor com ele ligado.

 Não funcione o motor do trator em local fechado.

 Antes de movimentar o trator, verifique se não há pessoas ou obstáculos próximos.

 Ajuste corretamente o assento do trator antes de iniciar os trabalhos. Sentado comodamente o operador terá facilidade de acesso aos controles, tornando a jornada menos cansativa e mais segura.

 Ao fazer o acoplamento entre um implemento e o trator, deve-se impedir que pessoas se coloquem entre as máquinas.

 O operador deve segurar o volante do trator com firmeza e jamais dirigir com apenas uma das mãos.

 Nunca conduzir o trator em alta velocidade ele foi projetado para trabalhar a baixas velocidades. A não observância dessa regra é a principal causa de acidentes com trator em estradas.

 Ao usar o trator para puxar carretas com cargas pesadas mantenha os dois pedais de freio ligados entre si pela trava de união.

 Evite o transporte de pessoas na plataforma ou barra de tração. Não deixe ninguém sentar-se em qualquer parte do trator que não seja o assento. Evite subir ou descer do trator em movimento.

 Não trabalhe com roupas largas ou camisas de mangas compridas, que podem prender-se às alavancas ou a outras peças que se movimentam.

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 Não dirija próximo de valetas ou barrancos.

 Os freios devem ser acionados com movimentos suaves, calcando-se os pés devagar. Em caso de derrapagem, use os freios separadamente, procurando manter o alinhamento do trator sem tentar dirigi-lo com movimentos bruscos no volante. Em terrenos úmidos e escorregadios deve-se usar a marcha de força acionando levemente os freios. Esse procedimento também é válido para a descida de encostas. Nesse tipo de terreno é necessário o máximo cuidado para que o peso do implemento ou da carreta não desequilibre o trator.

 Trafegando em estradas ou em curvas, dirija o trator considerando sempre a largura e o comprimento da máquina acoplada em sua traseira.

 Quando o movimento do trator e de seu implemento é travado por algum obstáculo, não se deve saltar da máquina para removê-lo sem antes acionar o freio, colocar o motor em ponto morto e desligá-lo.

 Ao subir um terreno inclinado não deixe para fazer a mudança de marcha no meio do percurso. Engate a marcha adequada antes de iniciar a subida. O trator pode tombar quando se tentar mudar a marcha em meio de uma encosta.

 Para rebocar, utilize sempre a barra de tração e nunca o engate do braço superior (3o ponto). Aconselha-se o máximo de cuidado ao rebocar outro trator ou veículo, o cabo de aço pode se romper, atingindo pessoas nas proximidades.

 Com o trator acionando equipamento através da tomada de potência, ninguém deve ficar perto da transmissão. Os fabricantes recomendam o uso de capa de proteção para a tomada de força.

 Ao estacionar o trator, de preferência em terreno plano, não se esquecer de usar os freios de mão e de travar o de pé e retirar a chave do contato. Implementos acoplados no SLH, devem ser baixado.

 Ao trocar pneus não use macacos ou cavaletes improvisados.

Referências

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