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Análise Crítica do Banco de Dados de Mortalidade do Ministério da Saúde, Utilizando os Dados Sobre Homicídios Ocorridos no Município de São Paulo, de 1979 a 1994.

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(1)Moacyr Lobo da Costa Junior. Análise crítica do Banco de Dados de Mortalidade do Ministério da Saúde, utilizando os dados sobre Homicídios ocorridos no Município de São Paulo, de. 1979 a 1994.. Tese apresentada à Faculdade de Saúde Púbica da USP para obtenção do grau de Doutor em Saúde Pública. Orientador : Prof. Dr. Ruy Laurenti. São Paulo. 1997.

(2) RESUMO. Este trabalho faz. uma análise crítica do. banco de dados de mortalidade do Ministério da Saúde, utilizando ocorridos Levanta análise,. para. tanto. os. no município de. uma. série. alguns. apresentando. de. dados. São. problemas. conceituais. sugestões. Paulo. de. e. sobre de. 1979. detectados outros. solução.. homicídios a. 1994.. durante. a. operacionais,. Apresenta. possibilidades de análise permitidas pelas. também. informações. contidas no banco, sem a utilização de dados primários, muito pouco exploradas em estudos de mortalidade..

(3) ABSTRACT. The analyse. the. Ministry. of. Information. aim of. mortal i ty Heal th ),. this. study. data. bank. The. using. the. National. was of. to. cri tically. the. Brazilian. Mortal i ty. information. on. System. Homicides. of. that. occurred in the City of São Paulo, during the time period 1979/1994. Many. problems. were. detected. and by the operational points of view,. by. conceptual. and suggestions,. as resolutions, are given. Important. possibilities. death certificate information, studies,. to. explore. the. not yet used in mortality. are shown and conclusions led to the fact that. this information can substitute the primary one obtained in household interview or other source..

(4) Índice 1. 2.. 2.1 2.2 3. 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 4.. 4.1 4 .1.1 4 .1. 2 4 .1. 3 4 .1. 4 4 .1. 5 4 .1. 6. 4.2 4.2.1 4.2.2 4.2.3 4.2.4 4.2.5 4.2.6. 4.2.7 4.2.8 4.2.9. 4.2.10 4.2.11 5.. Introdução Bip6tese e Objetivos. Objetivos Hipóteses Material e Métodos. Local e período de estudo Fonte de dados Variáveis Geração do banco de dados Análise dos dados .Rasu1 tados. Resultados observados em relação às hipóteses levantadas Homicídios na chamada "classe média" Homicídios dos residentes na Grande S.Paulo Homicídios em crianças e adolescentes Homicídios no sexo feminino Intervenção Legal Lesões em que se ignora se foram acidental ou intencionalmente infligidas Problemas encontrados com o banco de dados Acidente de trabalho Unidade da Federação (UF) - Informante Arquivo para S.Paulo - 1994 DF-Informante Residentes no exterior O código 007 da Classificação para Ocupação Classificação Abreviada para Ocupação Os municípios de Brasília, Rio de Janeiro, e São Paulo Informações sobre o tamanho de arquivo Diferenças existentes entre o Ministério da Saúde e a Fundação SEADE Possível problema de cobertura no Sistema de Mortalidade Publicação de Causas Externas por Ocorrência. 1. 22 23 25 29 29. 30 32 46 55 57. 63 64 69. 74 77 80. 84 87 88. 91 93. 94 86 98 100. 103 104 106. 108. Considerações finais e Conclusões. 110. Bibliografia. 103.

(5) Índice de tabelas. Tabela. 1. 17. Tabela 13. 67. Tabela 25. 76. Tabela. 2. 18. Tabela 14. 67. Tabela 26. 77. Tabela. 3. 58. Tabela 15. 67. Tabela 27. 77. Tabela. 4. 59. Tabela 16. 69. Tabela 28. 79. Tabela. 5. 59. Tabela 17. 70. Tabela 29. 79. Tabela. 6. 59. Tabela 18. 70. Tabela 30. 80. Tabela. 7. 59. Tabela 19. 71. Tabela 31. 81. Tabela. 8. 60. Tabela 20. 73. Tabela 32. 83. Tabela. 9. 61. Tabela 21. 73. Tabela 33. 85. Tabela. 10. 61. Tabela 22. 74. Tabela 34. 86. Tabela. 11. 62. Tabela 23. 75. Tabela 35. 99. Tabela. 12. 62. Tabela 24. 76. Tabela 36. 104.

(6) I. Introdução. Os. estudos. estatísticas de. óbito,. de. têm uma. na área da Saúde Pública. de mortalidade, únicas. epidemiológica,. quer. em. fundamental. as estatísticas. número de. disponíveis, para. baseados. importância. Muitas vezes,. para grande. informações. mortalidade,. regiões,. quer. planejamento. para e. são. as. análise. administração. em saúde.. Conhecendo-se. as. causas. de. óbito. freqüentes em uma localidade é que se consegue. -. mais ainda. que de forma indireta - aquilatar o nível de saúde e de vida de uma população.. mortalidade Saúde and. Os. estudos. baseados. são,. talvez,. os. Pública. Political. mortality". Trabalhos. (1662). por MacMahoun. de mais. como os. Observations. em. made. de. e. Pugh,. longa. the. (1839). 1970) 10. das primeiras investigações nessa área.. tradição. Graunt. upon. ou de Willian Farr. (MacMahoun. estatísticas. de em. -"Natural Bills. of. são citados. como. exemplos.

(7) 2. O estudo ao. óbito,. de. ocorrência,. das. variáveis. características como. sexo,. causa básica do óbito,. revelar. aspectos. entender. todo. o. importantes processo. relacionadas. idade,. local. entre outras,. para. mórbido,. se. e. a. de. podem. descrever partir. dai. e se. tentar tomar medidas que venham a evitar que tais causas continuem a acontecer.. Estudar as causas de morte, para no futuro evita-las,. prolongando a. vida,. é. no. fundo. a. principal. utilização de qualquer estudo de mortalidade. de exemplo,. foram estudos demonstrando a. A título. existência de. associação entre óbito por fratura de crânio e queda de motocicletas,. que levaram à exigência de capacetes para. motociclistas. Se por um lado não se pode evitar que as pessoas. andem. pode-se. ao. e. menos. caiam. de. motocicletas,. tentar minimizar. as. por. outro. conseqüências. da. queda.. É. também. sempre. citado. em. cursos. de. epidemiologia a clássica observação de John Snow sobre a associação. entre. a. causa. de. morte. consumida pela população de Londres.. "cólera". e. a. (Laurenti,1973). água 7.

(8) 3. Quando se analisa os dados utilizados em um estudo. de. mortalidade,. constata-se. que. existem. dois. métodos básicos, em relação à origem desses dados, de se realizar esses estudos : com dados primários, levantados pelo próprio pesquisador, ou com dados secundários, cuja fonte normalmente é. algum tipo de registro,. geralmente. ligado a instituições governamentais.. A grande maioria dos trabalhos, dos. dois. tipos. principalmente estudos. de. de. nos. Porem,. dados.. meios. mortalidade. acadêmicos, não. é. raro. utiliza-se entre. nós,. em. relação. a. se. observar. a. utilização de dados primários, mesmo quando as variáveis de interesse ao .estudo existem nos registros regulares e são, dessa forma, rotineiramente coletadas.. Tem-se observado que muitas variáveis são disponíveis. em. freqüentemente. é. bancos. dados,. de. porém,. ignorado ou principalmente. isso. observa-se. que existe uma idéia bastante arraigada de que os dados não. são. bons,. levantamentos informações. de. surgindo dados. disponíveis,. grau de instrução.. daí. primários corno. por. a. de. "necessidade" em. detrimento. exemplo,. das. ocupação. e.

(9) 4. Cria-se assim um círculo vicioso bastante difícil de ser rompido : não se usa o dado porque não é bom; e o dado não melhora porque ninguém o utiliza;. e. ninguém o utiliza .... Na. verdade,. existe. um. consenso. entre. usuários de sistemas de informação/bancos de dados, que a utilização em larga escala de uma condição. necessária. qualidade.. Ou. seja,. embora quanto. não. informação é. suficiente. mais. se. de. para. utiliza. sua. e. se. questiona uma informação, mais ela melhora.. No. Brasil,. as. informações. sobre. mortalidade, a nível nacional, podem ser obtidas em dois órgãos :. a) IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, dados estes que não contemplam a causa de óbito,. que. é. uma. das. variáveis. utilizadas na grande maioria dos. mais. importantes. trabalhos na área da. saúde.. b). Ministério. da. Saúde,. através. do. 3ubsistema de Informações sobre Mortalidade, da Fundação.

(10) 5. Nacional. de. Saúde. (SIM-MS) ,. onde. consta. a. informação. sobre a causa de óbito.. Além desta diferença básica entre os dois bancos. de. diretamente. dados, pelos. os. dados. cartórios. do. de. IBGE. registro. são. enviados. civil. para. o. IBGE, em planilhas preenchidas pelos próprios cartórios.. Tal procedimento,. previsto em lei,. por si. só não garante que todas as informações sejam enviadas, muito menos garante a qualidade dessas informações visto que a forma de envio é a transcrição dos dados de cada óbito da declaração de óbito para um planilha.. Se um cartório listar por exemplo apenas 80% das declarações de óbito, funcionário,. por "esquecimento" de um. o IBGE não tem como audi tar esta ausência. de informação.. Convém transcrição deste. tipo,. são que. ainda. lembrar. extremamente em. não. comuns. sendo. erros. que em. de. procedimentos. auditados,. tornam. informações de uma qualidade duvidosa e precária.. as.

(11) 6. Já com relação aos dados do Ministério da Saúde, além de contemplarem informações sobre a causa do óbito,. a coleta,. Estados órgãos. (para. SP e. ligados. limita a. a cargo das secretarias de Saúde dos MG,. este. Secretaria. à. colher os óbitos. serviço de. fica. a. cargo. de. não. se. Planej arnento) ,. registrados,. havendo. também. urna busca ativa da informação esteja ela registrada ou não. Além disso,. as informações são obtidas diretamente. da Declaração de Óbito - DO, enviada. pelos. cartórios. que tem urna de suas vias para. o. órgão. estadual. responsável pelas estatísticas de rnortalidade 14 ' 15 •. Desde. a. época da. antiga. Serviços Especiais de Saúde Pública Saúde, que agentes de saúde, do nordeste do pais,. Fundação. SESP. - do Ministério da. principalmente no interior. faziam busca ativa das ocorrências. de óbito, independentemente da existência de registro ou Declaração de Óbito desses casos.. Deste. modo,. para. muitas. localidades,. os. números apresentados pelas duas fontes são bem dispares.. Por contemplar as causas de óbito, além da busca ativa,. as estatísticas de mortalidade publicadas.

(12) 7. pelo Ministério da Saúde as. do. IBGE. na. área. :a.. da. 19. são bem mais utilizadas que. Saúde. Pública.. O Sistema. Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde, MS,. criado. Almeida. em. Machado,. e. estatísticas. de. fundo,. agente. um. na. 1976. gestão que. do. Prof. o. responsável. é. Mortalidade. a. nível. consolidador. Dr.. SIM-. Paulo. de. pelas. nacional,. das. de. é. no. estatísticas. estaduais.. Suas naturalmente. da. normatização. dos. supervisão. aos. das. consolidação. dos. codificação. atribuições. principais. procedimentos dados. órgãos. 15 16 17 ' '. estaduais. como e,. além. informações,. de. bem. são,. a. coleta. e. de. dar. apoio. e. muito. importante,. divulgar os dados.. Têm o sistema como rotina, urna verificação da. consistência. consistência. é. compatibilidade,. das feita. principais por. por exemplo,. idade ou com o sexo,. meio. da. variáveis. verificação. Essa da. da causa de óbito com a. ou mesmo a freqüência de algumas. causas ou algumas doenças e áreas geográficas.. Quando. alguma. anormalidade. é. detectada,. isso é verificado no Estado que originou a informação e.

(13) 8. o. erro é. corrigido.. Tal procedimento faz. com que. este. sistema seja o único a nível nacional de estatística de saúde com estrutura de cobertura,. coleta e. consistência. conhecidas que funciona ininterruptamente há quase duas décadas.. Com relação. à. divulgação. dos. dados,. além. dos anuários de mortalidade 18 , disponíveis desde 1977 até 1993,. e. de. tabulações. especiais. solicitação dos usuários, 19. de 1990 um CD-ROM. o. dados,. lançou em fevereiro. relativo aos anos de 1979 a. permitindo assim que um usuário,. CD-ROM,. possa sem. fazer. depender. mediante. contendo todo o banco de dados de. mortalidade para o Brasil, 1986,. SIM-MS. fornecidas. a de. pesquisa. que. solicitação. de posse. desejar ao. com. deste estes. Ministério. da. Saúde.. Em 1995 foram lançadas duas atualizações do CD-ROM. e. utilizada. mais. uma. em. para. o. que. 1996, se. versão pretende. esta 20. que. analisar. será neste. trabalho. Estas novas versões,. tiveram muitas inovações,. tais como estarem os arquivos,. tipo DBASE, particionados. por estado, arquivos. um arquivo por ano,. com. os. primeiro CD-ROM ... óbitos. fetais,. além de conterem também que. não. Têm incorporados também. constavam. do. programas de.

(14) 9. obtenção dos dados e programas de tabulação, facilitando em mui to. a. obtenção. e. análise. de. dados. por. usuários. menos afeitos à computação.. A divulgação possibilidade. da. deste. disseminação. CD-ROM, das. torna. real. a. sobre. informações. mortalidade a nível local.. No. Estado. de. São. Paulo,. a. produção. de. estatísticas vitais tem uma longa tradição quanto à sua cobertura, qualidade e divulgação, sua. elaboração. estava. a. cargo. sendo que no passado. do. antigo. Departamento. Estadual de Estatística - DEE, passando a partir de 1979 à responsabilidade da Fundação SEADE - Serviço Estadual. de. Análise. de. Dados. e. Estatística,. Planejamento do Governo do Estado. recepção, dados,. a. codificação,. a. da. de. a quem compete a. É. tabulação. bem como sua divulgação,. Secretaria. e. a. análise. dos. além do envio para o. Ministério da Saúde, para o SIM-MS, para consolidação a nível nacional.. É. importante. ressaltar,. que. além. dos. Estados Unidos, o Estado de São Paulo, desde 1983 até o inicio desta década,. era. o. único. lugar onde. para a. seleção da causa básica do óbito, com as regras e normas.

(15) 10. preconizadas utilizava. pela. de. Automated. Organização. um. programa. NCHS, USA, critério. de. Classification. produzido pelo National. Mundial. da. Entities) 21 ,. Medi cal for. se. (ACME. computador.. of. Center. Saúde,. Health. Statistics-. garantindo dessa forma maior uniformidade no. de. seleção. da. causa. básica. do. óbito.. Tal. procedimento foi adotado no Estado de São Paulo de forma rotineira em meados de 1995,. 1983,. vigorando até dezembro de. quando se encerrou a vigências da. 9a Revisão. da. CID3 •. Isto garante enorme melhoria na qualidade dos dados, pois :. a). interferência. a. impede. do. codificador por preferência desta ou daquela causa.. b) eliminando. assegura. esquecimentos. a. ou. obediência. às. regras,. durante. distrações. o. procedimento de seleção da causa básica.. c) decisão mesmo. com situações modo,. selecionada.. tendo. estabelece iguais sempre. uma. sendo a. uniformidade. tratadas. mesma. sempre. causa. de do. básica.

(16) li. d). qualquer. erro. eventualmente. detectado, é corrigido e não mais irá ocorrer.. No informação. que. sobre. respeito. diz. a. alguns. mortalidade,. qualidade. da. fatores. são. indicativos, ainda que indiretos. Assim, a cobertura dos óbitos ocorridos,. o. número médio de diagnósticos por. atestado e a proporção de óbitos atestados com causa do óbito. "mal. definida". segundo. a. Classificação. Internacional de Doenças estão entre estes fatores.. Desta forma, sobre mortalidade,. em um sistema de informações quanto maior a. pode-se dizer que. cobertura conseguida pelo sistema, quanto maior o número médio de diagnósticos. informado por atestado,. e quanto. menor a proporção de óbitos por causas "mal definidas" , melhor. é. considerada. (Laurenti,1973). a. qualidade. dos. dados.. 6. No Estado de São Paulo,. além da cobertura. poder ser considerada de praticamente 100% dos óbitos, dados como o número médio de diagnósticos - por volta de 2 por atestado desde a década de 70. (Laurenti, 1973). 6 ,. e. percentual de óbitos por causas mal definidas 18 por volta BIBLIOTEC;\ í CIR CUl OADE DE SAUDE PUBLICA FA DE SÃO PAULO.

(17) 12. de 6% desde 1979. são indicadores, ainda que indiretos,. da qualidade dos dados, verificação de. garantida ainda por uma dupla. consistência,. nos. procedimentos. normais. do sistema e durante o procedimento de seleção da causa básica. do. óbito. através. do. sistema. de. computador. denominado ACME.. No Município de tamanho de sua população,. São. Paulo,. por volta de. em 10. habitantes, segundo o censo do IBGE de 1991, qualquer. tipo. de. informação. relativa. a. É uma cidade que. "populações. em. distintas". relação. a. :classe so.cial ou nível de escolaridade,. do. milhões. de. tem-se que. ele. grande volume de dados.. função. apresenta. contém várias. variáveis. como. abrigando desde. a mais absoluta pobreza,. até pessoas. com um nível. riqueza pouco. no. do. encontrado. restante. planeta.. de São. Paulo é uma cidade de contrastes, onde se pode observar desde. um. primeiro. mundo. a. nível. tecnológico. até. a. miséria total.. Considerando que em estudos de mortalidade, dependendo. das. variáveis. que. se. queira. estudar,. é. importante se ter um volume razoável de dados como massa critica. e. que. populações. com. níveis. socio-econômicos.

(18) 13. diferentes. possuem. padrões. de. mortalidade. diferentes,. tem-se que qualquer estudo de mortalidade que seja feito com os dados sobre São Paulo, riqueza. de. informações. devem apresentar extrema aspectos. e. múltiplos. para. analise.. Por importante. outro. destacar,. lado,. quando. para se. esse. trata. município,. é. analises. de. de. mortalidade, que o serviço funerário existente na cidade é municipal, não existindo funerárias particulares que, em outros municípios,. freqüentemente. "vendem". declarações falsas de causa de óbito,. DO' s. com. como por exemplo. foi amplamente divulgado pela imprensa do município de .São Paulo no início de 1997.. Além disso a existência no município de uma boa. estrutura. assistencial. atendimento da população, carente,. destacando-se. na. área. da. principalmente. neste. atendimento. saúde a. para. parte. os. mais. Hospitais. Universitários e diversos outros hospitais estaduais e municipais;. dá. maior. credibilidade. à. questão. da. qualidade da declaração da causa de morte.. Outro dado importante é a Serviço de. Verificação. de. Óbitos. existênci~. SVO,. bem. de um. como. do.

(19) 14. Instituto Médico Legal, ambos considerados de qualidade. Também. o. município. fato. de. ser. praticamente. urbana. quase. 100%. que. da. população. permite. assegurar. do a. inexistência de sub-registro de óbito.. Todos os fatores acima citados propiciam de forma. direta. ou. indireta. uma. melhor. qualidade. nas. informações sobre o óbito, a começar do preenchimento da. DO.. Por. tudo. o. que. acima. foi. exposto,. acreditamos que a riqueza e a qualidade das informações constante no banco de dados de mortalidade, p:ara o Município de. São. Paulo,. em especial. permite prescindir de. dados primários em uma grande gama de análises, hoje em dia pouco exploradas.. De um modo simplista, poderiam as causas de óbito serem dicotomizadas. em dois. naturais,. e. ou. "doenças",. as. grupos. as. causas. causas. exter!las. ou. são. codificadas. e. violentas ou causas não naturais.. As classificadas. causas segundo. de. morte. a. Classificação. Estatística. Internacional de Doenças, Lesões e Causas de Óbito (CID).

(20) 15. da. Organização. Mundial. da. Saúde,. sendo. que. sua. 9a. Revisão 3 , de 1975, entrou em vigor em 1979, e vigorou até dezembro "causas. de. 1995.. A. CID. apresenta. naturais",. e. adicionalmente. em. seu. uma. corpo. as. Classificação. Suplementar - o chamado código E - utilizado apenas para as causas externas.. Já. a. 10a. mortalidade,. entrou. incorpora. Classificação. a. em. Revisão vigor. da em. CID 4. que,. janeiro. de. Suplementar. para 1996,. como. "E". um. como. uma. Classificação Suplementar como ocorreu da CID-7 à. CID-. Capítulo. da. Classificação,. não. e. mais. 922,23,3.. Em. saúde. pública. a. importância. de. estudar de forma diferenciada as causas externas,. se esta. ligada até certo ponto ao tipo de prevenção que pode ser feito,. bastante. diferente. da. prevenção. de. "causas. naturais".. Na grande maioria das vezes, quando se fala de prevenção de causa externa de óbito,. a solução esta. fora da alçada da área da saúde muito embora seja este setor que mais tenha se preocupado com a questão e venha apresentando possíveis soluções.. (Mello Jorge,1979)u.

(21) 16. Por causa externas, disponíveis,. outro. lado,. segundo as vem. ocorrendo. dessas. causas. volume. aumentando. urna. óbitos. por. nos. últimos. anos,. podendo-se mesmo dizer que. verdadeira. externas,. de. estatísticas de mortalidade. principalmente nas capitais, está. o. como. "epidemia" por. exemplo. por. algumas. Homicídios 17 •. (Yunes e Rats,1994) 27. A Tabela 1 a. seguir,. apresenta as mortes. por causas externas para o Brasil, para o Estado de São Paulo e para a cidade de São Paulo,. bem corno o. desses óbitos no total de mortes em cada lugar.. "peso" Pode-se. observar que a proporção de mortes por causas externas vem crescendo, cidade. do. que. e no. adquirindo estado. uma. que. proporção maior do que no país.. maior por. sua. importância vez. tem. na uma.

(22) 17. Tabela 1. Óbitos Totais e por Causa Externa de população residente, segundo localização. Brasil. 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993. Causa Externa Número % s/tot. Total. Ano. 711742 750727 750276 741614 771203 809825 788231 811565 799621 834338 815774 817284 803836 826828 878106. Fonte:. 65253 70212 71833 73460 78008 82386 85845 95968 94421 96174 102252 100656 102023 98994 103751. 9,2 9,4 9,6 9,9 10,1 10,2 10,9 11,8 11,8 11,5 12,5 12,3 12,7 12,0 11,8. Estado de São Paulo Causa Externa Total Número % s/tot. 171583 175408 175926 175015 177765 185661 182282 189361 189840 201320 201107 206466 198559 203687 216675. 16081 17595 18147 18255 20612 22055 22654 25137 25574 24893 27381 27574 27733 26237 27458. 1979. a. 1994,. Município de São Paulo Causa Externa Total Número % s/tot. 9,4 10,0 10,3 10,4 11,6 11,9 12,4 13,3 13,5 12,4 13,6 13,4 14,0 12,9 12,7. 56791 57764 57272 56996 57428 60375 58694 61049 61106 64591 63453 64765 61900 62294 66340. 9,4 10,3 10,5 10,5 12,3 13,0 13,3 13,9 14,3 13,0 14,5 14,2 15,1 13,8 13,4. 5328 5931 5990 5960 7090 7831 7798 8508 8756 8407 9229 9464 9358 8614 8895. SIM-MS 18. Dentre as causas externas, existe um grupo que teórica e racionalmente falando deveria ser nula ou quase isto,. porém em função da própria natureza humana. vem adquirindo um volume cada vez maior : os Homicídios, ou a eliminação de um ser humano por outro ser humano.. Principalmente Paulo entre. elas,. há mais. nas de. grandes. uma. década. cidades, que. a. São assim. chamada "violência urbana" vem aumentando e tornando-se cada vez mais motivo de preocupação do cidadão comum. (Costa Jr,1987). 5. e (Mello Jorge,1979). 12.

(23) 18. Especificamente com relação ao Município de São Paulo, pode-se observar na Tabela 2 a seguir o quão importante é. o peso dos óbitos por Homicídio,. que vem. adquirindo uma proporção cada vez maior no município do que no estado ou no país. Tabela 2. Óbitos por homicídios, população residente, segundo localização e ano de ocorrência.. Ano. Brasil %s/ Total de óbitos. Númer o. 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993. 11194 13910 15213 15550 17408 19767 19747 20479 23087 23357 28757 31989 30750 28374 30610. Estado de São Paulo %s/ %s/ % s/ Causa Númer Total Causa Externa o de Extern óbitos a. 1,6 1,9 2,0 2,1 2,3 2,4 2,5 2,5 2,9 2,8 3,5 3,9 3,8 3,4 3,5. 17,2 19,8 21,2 21,2 22,3 24,0 23,0 21,3 24,5 24,3 28,1 31,8 30,1 28,7 29,5. 1,4 2,0 2,4 2,4 3,3 3,8 3,9 3,8 4,2 3,7 4,6 4,6 4,9 4,4 4,3. 2384 3446 4195 4183 5857 7080 7027 7196 7944 7496 9178 9503 9685 9011 9224. Município de São Paulo %s/ %s/ Total Númer Causa o de Externa óbitos. 14,8 19,6 23,1 22,9 28,4 32,1 31,0 28,6 31 '1 30,1 33,5 34,5 34,9 34,3 33,6. 1001 1480 1764 1747 2633 3264 3203 3218 3584 3266 3832 4038 4211 3832 3831. 1,8 2,6 3,1 3,1 4,6 5,4 5,5 5,3 5,9 5,1 6,0 6,2 6,8 6,2 5,8. 18,8 25,0 29,4 29,3 37,1 41,7 41,1 37,8 40,9 38,8 41,5 42,6 45,0 44,5 43,1. SIM-MS 18. Fonte:. Além do aumento dos óbitos por homicídio, seja. a. entre algumas. nível as de. absoluto,. causas suas. seja. externas. a. nível. como. características. por exemplo a idade(Costa Jr,1987). no. total. tem se 5. relativo, de. tanto óbitos,. alterado,. como. e (Mello Jorge,l979). 12.

(24) 19. A importância dos homicídios tem sido muito realçada ultimamente e. cada vez mais vem sendo feitos. estudos sobre os mesmos.. Tal. fato não acontece apenas. entre nós, mas de uma maneira geral em todo o mundo. (26). Em MEDLINE,. de. levantamento. 1989. a. bibliográfico. 1993,. obteve-se. na. 855. fonte. títulos,. abordando os mais variados aspectos, desde estudos sobre homicídios ligando. nas. idades. homicídio. Pugh, 1970) 10 ,. a. jovens 1 ' 5 ' 10 ' 1 l . l 3 ' 20 ' 21 ' 22. narcotráfico. abordando. all, 1992) 8 ,. mais. aspectos. relacionando. e. bandos. (Meechan. econômicos. homicídio. com. estudos. (Lester acidente. e et do. trabalho (Betzz eEisenmenger,1990) 2 , dentre outros.. Numerosos. desses. estudos. utilizam-se. de. dados primários, o que se justifica plenamente quando se trata. de. registros. analisar rotineiros.. variáveis. não. Entretanto. disponíveis. tem-se. nos. verificado,. mesmo em trabalhos que analisam séries históricas, os. pesquisadores. ignoram. a. existência. de. que. algumas. variáveis que estão registradas e portanto disponíveis, e. se. valem. de. dados. obtidos. em. pesquisas. primários - o que nem sempre é fácil de se obter, de ser na maioria das vezes bastante custoso.. dados além.

(25) 20. Tradicionalmente os estudos de mortalidade são. realizados. residência interesse. dos. estudando-se falecidos,. epidemiológico.. os pois. Por. óbitos isso. outro. segundo. é. lado,. de o. a. grande. local. de. ocorrência tem interesse por exemplo em administração de serviços.. O. fato. da. ocorrerem em hospitais,. grande faz. maioria. com que o. dos. local. óbitos do óbito. venha a diferir do local de residência do falecido,. na. grande maioria dos municípios brasileiros, isto devido à precariedade da rede de atenção à. saúde disponível em. nosso país. Desse modo, muito embora as pessoas venham a adoecer - início do processo mórbido - nos locais aonde vivem,. trabalham e. residem,. acabam por vir. a. falecer. onde existe atendimento médico/hospitalar, nem sempre no mesmo município onde residem.. Considerando que o objetivo principal dos estudos de mortalidade, em última análise, está ligado à prevenção da causa que desencadeou o processo que levou ao. óbito,. doente. não. faz. morreu,. afecção/doença. e ou. o. menor sim. agravo. sentido. "onde" à. saúde. óbito, isto é o local de residência.. analisar. foi que. o. "onde". início. desencadeou. (ver item 4.2.10). o da o.

(26) 21. Isto é tacitamente aceito como válido para as. chamadas. causas. naturais,. pois. doenças que podem levar a óbito,. normalmente,. as. estão relacionadas às. condições de vida de uma pessoa, seus hábitos, condições de. trabalho,. condições. ambientais,. enfim,. ligadas. ao. ambiente onde vive. No entanto, quando se trata de causa externa, maioria. as condições que propiciam o óbito, das. vezes,. estão. geralmente. na grande. ligadas. mais. ao. local onde ocorreu o fato do que propriamente àquele em que a pessoa residia.. Assim ext.e.rnas, análise. muito sob. importante. o. sendo,. embora não prisma. analisar-se. da. com deixe. de. ser. residência,. os. às. relação. óbitos. é. sob. causas. importante também o. a. muito. prisma. do. município de ocorrência do óbito.. Porém, até hoje, em função de dificuldades operacionais, publicações. que acreditamos hoje estão superadas, de. dados,. tais. como. os. anuários. as do. Ministério da Saúde 17 ' 18 ' 19 apresentam apenas os dados por residência..

(27) 22. II. Objetivos e Hipóteses. Este objeto. de. trabalho. estudo. os. pretende,. dados. sobre. utilizando. como. Mortalidade. por. Homicídio, ocorridos no Município de São Paulo, de 1979 a. 19 94,. banco de nós,. descrever dados. assim. aspectos. do. como. do. algumas. maneiras. SIM-MS,. bem pouco utilizadas. fazer. Banco. de. uma. análise. Dados,. de. se. explorar. crítica. mostrando. de. pontos. o. entre alguns que. ao. nosso ver merecem consideração, e deveriam a longo prazo s.erem modificados, para a melhoria do sistema.. Por outro lado,. tentaremos mostrar que com. a riqueza e a qualidade da informação existente, se pode analisar sem a. muito. necessidade de dados primários. sobre as mesmas variáveis pesquisadas.. Para tanto sobre. homicídios. levantaremos algumas. ocorridos. no. Município. neste período, que tentaremos testar.. de. hipóteses São. Paulo.

(28) 23. 2.1. Objetivos. O. objetivo. principal. deste. trabalho,. é. fazer uma análise critica de alguns pontos do banco de dados de mortalidade do Ministério da Saúde, utilizando para. tanto. os. dados. sobre. homicídios. ocorridos. no. Mostrar, enquanto usuário deste banco,. que. Município de São Paulo entre 1979 e 1994.. é. possível. de. se. ter. uma. postura. critica. perante. os. dados que permita detectar eventuais problemas relativos às. informações. que. nos. estão. sendo. fornecidas,. utilizando para tal fim os próprios dados do banco, que em. virtude. da. qualidade. do. sistema. e. da. riqueza. de. informações existentes, permitem tal procedimento ... Outro objetivo é mostrar, também utilizando os dados sobre homicídios, possibilidades de análise de dados,. muito pouco exploradas,. utilizando apenas e. tão. somente as informações do banco de dados de mortalidade do Ministério da Saúde - SIM-MS..

(29) 24. Pretende informações. existente,. possibilita. uma. serão. sobre. município. de. residência mortalidade.. como. e. série. apresentadas. análises. também. o. a. de. a. ocorrência é. quase. de. a. não. abordagens. título. tema,. mostrar. riqueza. utilizada, não. usuais,. exemplos. de. de que que. possíveis. começar. pela. abordagem. por. e. por. município. de. não. tradicional. feito. em. estudos. de.

(30) 25. 2.2. Hipóteses. As hipóteses que serão levantadas a seguir, tem como finalidade. não uma análise epidemiológica do. fenômeno, mas sim exemplificar maneiras de se utilizar o Banco de dados do SIM-MS.. Para tanto,. foram escolhidas em função de. propiciarem uma maior exploração da. riqueza do banco,. com formas não usuais de análise.. Deste modo, que. o. perfil. Município de. dos São. óbitos. t.emos como hipótese principal por. Paulo vem mudando nos. Além do aumento quantitativo, relativo,. teria. homicídio,. havido. ocorridos últimos. no. anos.. seja a número absoluto ou também. algumas. mudanças. qualitativas, destacando-se entre estas mudanças. a) classes. mais. Aumento. favorecidas. nos da. homicídios população,. denominadas "classes média e alta".. ocorridos as. nas. comumente.

(31) 26. b) Paulo,. Aumento nos homicídios ocorridos em São. de residentes na Grande São Paulo,. em função de. um processo de migração de parte da população de baixa renda, que antes morava na periferia de São Paulo, e que com. a. expansão. da. cidade. foi. "empurrada". municípios da Grande São Paulo,. para. denominados de. alguns. "cidades. dormi tório" .. c) adolescência,. Aumento. dos. homicídios. principalmente,. entre. na. jovens. infância de. e. pouca ou. nenhuma escolaridade.. d) Aumento dos homicídios em mulheres.. Além hipóteses resultados. a. desses. serem das. testadas,. estatísticas. não. ainda. temos. aspectos,. mais. com. mas. com. vi tais. duas. relação relação. a ao. banco de dados de mortalidade.. Essas agrupamentos. de. Suplementar de quando se. hipóteses. códigos. Causas. de. dizem causas. Externas,. trata de óbito,. podem,. que e. respeito na de. a. dois. Classificação um certo modo,. muitas vezes. devem. ser considerados como "tipos especiais" de homicídios..

(32) 27. São esses agrupamentos. 1). Intervenções Legais.. Segundo a CID. "Inclui lesões infligidas pela polícia ou por outros agentes da lei,. incluindo militares em serviço,. durante. detenção ou tentativa de detenção por infração da lei, para repressão de distúrbios,. para manutenção da ordem. pública e outras ações legais".. 2). (3). Lesões em que. se. ignora. se. foram. acidental ou intencionalmente infligidas.. No primeiro caso são óbitos ocorridos confronto com uma .autoridade cons.tituída, presumir. "a. prior i". que. não. houve. onde pode- se. por. parte. autoridade a intenção de se cometer um homicídio, este. sido. conseqüência. inevitável. de. uma. em. ação. da. tendo que. se. fazia necessária.. Teremos então como hipótese que apenas uma parte. especifica. socialmente. da. falando,. população, é. atingida. a. mais. pelas. desprotegida. assim. chamadas. intervenções legais, e que mesmo assim são muito poucos os óbitos codificados sob esta rubrica..

(33) 28. No. segundo. caso,. estão. óbitos. em. que. teoricamente se desconhece as circunstâncias em que se ocorreu a lesão que levou à morte.. Estes casos,. supomos que não devam ocorrer. em grande proporção, em função da boa qualidade do banco de dados relativo ao Município de São Paulo.. Se. não. fosse. o. caso,. e. por. exemplo. se. verificasse um alto volume de óbitos por arma de fogo em que se ignora se foi acidental ou intencional, denotaria. claramente. urna. "fuga". de. dados. da. tal fato rubrica. homicídios, pois é muito pouco provável um número grande de. mortes. por. arma. de. fogo. nestas. circunstâncias,. estando aparentemente neste caso a fonte dos dados - IML ou médico ou delegado, possíveis. de. terem. que são as. preenchido. a. fontes DO. teoricamente. se. omitindo. e. evitando reconhecer a existência do homicídio.. Acredi tarnos que este não seja o caso para São Paulo,. mui to embora se saiba que ocorre com grande. freqüência em outras regiões do país, corno por exemplo o Rio de Janeird 8 ' 19 ' 20 •.

(34) 29. III. Material e métodos. 3.1 Local e período de estudo. Foram óbitos. por. estudados. Homicídios. os. dados. ocorridos. no. relativos. Município. de. aos São. Paulo, que foi o local escolhido em função do volume de dados e da qualidade e diversidade dos mesmos.. Foram. analisados. os. dados. relativos. período compreendido entre os anos de 1979 e. 1994. ao (16. anos) que é o período para o qual tem-se as informações disponíveis na mesma fonte de dados, pelo. Sistema. de. Informações. Ministério da Saúde (SIM-MS) 20 •. o CD-ROM elaborado. sobre. Mortalidade. do.

(35) 30. 3.2 Fonte de dados. A fonte dos dados deste trabalho,. como já. foi di to acima será o CD-ROM elaborado pelo Ministério da. Saúde 20 ,. de. março/1996,. que. contém para. São. Paulo,. dados de 1979 a 1994.. Este. CD. contém. arquivos. com. óbitos. por. Estado de residência e arquivos com óbitos por Unidade da Federação (UF). informante, de onde foram retiradas as. informações por ocorrência no município. CD, com. farta documentação em arquivos riqueza. de. detalhes. e. Contém ainda o. textos,. precisão,. descrevendo. os. programas. utilitários disponíveis, os arquivos de dados, o Sistema de Mortalidade,. bem como as variáveis disponíveis e as. definições inerentes ao Sistema.. Porém,. em. virtude. da. variedade. e. complexidade das informações existentes, acreditamos que é de vital. importância para uma boa utilização do CD,. que o usuário, por mais que acredite conhecer o sistema, leia atentamente toda a documentação do mesmo, os seis arquivos.. em todos.

(36) 31. Estes arquivos são. Localizado na raiz do CD o arquivo Leiame.doc, e alocados no diretório \DOCS os arquivos : Estrarq.doc. Estrtab.doc. Tab.doc. Tabelas.doc. Intro.wri. Os dados de 1979 a 1992 são considerados pelo. Ministério. informações. Saúde. relativas. consideradas publicados). da. aos. como anos. provisórias ou. definitivos. de. 1993. (atualmente,. preliminares,. e. ainda. e. Já 1994. as são. 1997,. já. passíveis. de. alterações em função tanto do recebimento de mais dados como da correção dos dados já existentes decorrente da realização dos procedimentos de crítica e. consistência. dos dados realizada pelo sistema a nível de rotina.. Foi "macro. também. comparação". de. obtido,. resultados,. SEADE,. para o período de 1987 a. óbitos. ocorridos. causas externas.. para. no Município de. efeito. junto. 1993, São. à. de. Fundação. os dados Paulo,. uma. sobre. devido. a.

(37) 32. 3. 3. Variáveis. Muito embora o arquivo gerado a partir do CD-ROM,. com. Município. de. os. dados. São. sobre. Paulo,. homicídios. contenham. ocorridos. todas. as. no. variáveis. disponíveis no sistema, não necessariamente iremos fazer uso de todas elas nas análises a serem realizadas neste trabalho.. Entretanto apresentamos a. seguir a. descrição. completa das variáveis existentes no banco de dados.. Esta tr:anscri.ção. do. descrição .arquivo. das. de. variáveis. do.cumentação. é. uma. do. CD,. Estrarq.doc, que apresenta a estrutura da base de dados,. bem como os valores possíveis para cada variável.. Cabe entretanto um comentário. Nem sempre a estrutura. foi. a. que. esta. virtude. das. dificuldades. passado. para. se. trabalhar. sendo. agora. operacionais com. registros com mui tas· variáveis,. um e. apresentada.. Em. existentes. no. número. elevado. de. também em função do. custo que estes procedimentos exigiam, algumas variáveis apenas no início da década de 90 foram incorporadas na forma como hoje são apresentadas..

(38) 33. Deste variáveis. ao. modo, do. lado. a. fim. número. de. diferenciar. do. campo,. essas. colocamos. asteriscos, com o seguinte significado. *. variável. que. sempre. foi. apresentada. no. ** - variável recém incorporada ao sistema.. (A. sistema do mesmo modo.. partir de 1992) variável. *** (DATAOBITO) .. Antes. era. que. sofreu. subdividida em dois. modificação campos,. um. para ANO e outro para MÊS da ocorrência do óbito, e hoje é. apresentada. como data. no. formato. AA/MM/DD.. Para. informações em que não consta o dia, foi colocado 00.. Os campos dos arquivos (variáveis do sistema) são os seguintes: CAMP. NOME. o. tipo/ta. DESCRIÇÃO. m. *01 **02 **03 **04 *05. DO CARTORIO REGISTRO DATAREG TIPOBITO. C(08) C(04) C(06) C(06) C(01). ***06 *07. DATAOBITO ESTCIVIL. C(06) C(01). *08. SEXO. C(01). **09. DATANASC. C(08). Número da DO, seqüencial por UF informante e por ano Código do cartório onde o óbito foi registrado Número de registro do óbito Data do registro em cartório, no formato aammdd Tipo de óbito, conforme a tabela 1: Óbito fetal 2: Óbito não fetal Data do óbito, no formato aammdd. Estado civil, conforme a tabela: 2: Casado 1: Solteiro O: Ignorado 5: Outro 4: Separado judicialmente 3: Viúvo Sexo, conforme a tabela: 2: Feminino 1: Masculino O: Ignorado Data de nascimento, no formato aammdd.. as.

(39) 34. NOME. CAMP. o. tipo/ta. DESCRIÇÃO. m. *10. IDADE. C(03). *11. LOCOCOR. C(01). **12. CO DIGO. C( O?). '*13. MUNIOCOR. C( O?). *14. MUNIRES. C( O?). **15. BAIRES. C(03). **16. AREARES. C(03). *17. OCUPAÇAO. C(03). *18. NATURAL. C(03). *19. INSTRUÇAO. C(01). Idade, composto de dois subcampos. O primeiro, de 1 digito, indica a unidade da idade, conforme a tabela a seguir. O segundo, de dois dígitos, indica a quantidade de unidades: O: Idade ignorada; o segundo subcampo é também zero 1: Horas; o segundo subcampo varia de 01 a 23 2: Dias; o segundo subcampo varia de 01 a 29 3: Meses; o segundo subcampo varia de 01 a 11 4: Anos; o segundo subcampo varia de 00 a 99 5: Anos (mais de 100 anos); o segundo subcampo varia de O a 99; 204:4 dias Exemplos: 000: Idade ignorada 103: 3 horas 41 O: 1O anos 505: 105 anos 305: 5 meses 400: menor de 1 ano, mas não se sabe o número de horas, dias ou meses Local de ocorrência do óbito, conforme a tabela: O: Ignorado 1: Hospital 2: Via publica 3: Domicílio 4: Outro Código do estabelecimento onde ocorreu o óbito, se LOCOCOR = 1. Este código e atribuído por cada estado e/ou município, não fazendo parte da base nacional. Município de ocorrência do óbito, conforme .codificação do IBGE. Veja mais adiante, neste documento, as observações sobre a codificação de municípios. Município de residência, em codificação idêntica a de MUNIOCOR. Os óbitos de residentes no exterior ou de residência completamente ignorada foram desprezados nos anos de 1979 a 1992. Bairro de residência. Este código e atribuído por cada estado e/ou município, não fazendo parte da base nacional. Area de residência. Este código e atribuído por cada estado e/ou município, não fazendo parte da base nacional. Ocupação, conforme a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Naturalidade, conforme a tabela de países. Se for brasileiro, porem, o primeiro digito contem 8 e os demais o cód\go da UF de naturalidade. 1: Nenhuma Instrução, conforme a tabela: 0: Ignorado 2: Primeiro grau 4: Superior 3: Segundo grau.

(40) 35. Os campos 20 a 30, a seguir, são preenchidos para óbitos fetais ou menores de 1 ano. CAMPO. NOME. tipo/tam. *20 *21 *22 *23 *24 **25. OCUPPAI INSTRPAI OCUPMAE IDADMAE INSTRMAE FILHVIVOS. C(03) C(01) C(03) C(02) C(01) C(02). **26. FILHMORT. C(02). **27. SEMANGEST. C(01). *28. TIPOGRAV. C(01). *29. TIPOPARTO. C(01). *30. PESONASC. C(04). DESCRIÇÃO. Ocupação do pai, conforme codificação de OCUPAÇAO. Instrução do pai, conforme codificação de INSTRUÇAO. Ocupação da mãe, conforme codificação de OCUPAÇAO. Idade da mãe, em anos. Instrução da mãe, conforme codificação de INSTRUÇAO. Número de filhos vivos. O valor zero corresponde a ignorado. Nenhum filho vivo esta codificado como XX. Número de filhos mortos, não incluindo o próprio. O valor zero corresponde a ignorado. Nenhum filho morte esta codificado como XX. Semanas de gestação, conforme as tabelas abaixo : Para os anos a partir de 95: Para os anos de 1979 a 1994: 0: Ignorado 0: Ignorado 4: Menos de 21 semanas 1: Menos de 20 semanas 5: 22 a 27 semanas 2: 20 a 27 semanas 6: 28 a 36 semanas 3: 28 e mais semanas 7: 37 a 41 semanas Para os anos a partir de 1995: 8: 42 semanas e mais Tipo de gravidez, conforme a tabela: 2: Dupla O: Ignorado 1: Única 3: Tríplice 4: Mais de 3 Tipo de parto, conforme a tabela: 2: Operatório 0: Ignorado 1: Espontâneo 3: Forceps 4: Outro Peso ao nascer, em gramas.. Os campos 31 a 48, a seguir, aplicam-se a todos os óbitos. Campo. NOME. tipo/ta. DESCRIÇÃO m. *31. ASSISTMED. C(01). Indica se houve assistência medica, conforme a tabela:. O: Ignorado 1: Com assistência 2: Sem assistência *32. ATESTANTE. C(01). Indica o medico atestante, conforme a tabela: 2: Substituto 1: Sim, atendeu ao falecido 3: Instituto Medico Legal 4: Serviço de Verificação de Óbitos 5: Outro Indica se houve exame complementar, conforme a tabela: 2: Não O: Ignorado 1: Sim Indica se houve cirurgia, conforme a tabela: 2: Não 0: Ignorado 1: Sim Indica se houve necropsia, conforme a tabela: 2:Não O: Ignorado 1: Sim Para óbitos femininos em idade fértil, indica se estava grávida no momento da morte, conforme a tabela: 2:Não O: Ignorado 1: Sim. O: Ignorado. *33. EXAME. C(01). *34. CIRURGIA. C(01). *35. NECROPSIA. C(01). OBITOFE1. C(01). **36.

(41) 36. Campo. NOME. tipo/ta. DESCRIÇÃO m. OBITOFE2. C(01). *38. CAUSABAS. C(04). *39. TIPOVIOL. C(01). *40. TIPOACID. C(01). **41. FONTINFO. C(01). *42. ACIDTRAB. C(01). *43. LOCACID. C(01). **44 **45 **46. CRITICA NUMEXPORT CRSOCOR. C(03) C(03) C(03). **47. CRSRES. C(03). **48. UFINFORM. C(02). **37. Para óbitos femininos em idade fértil, indica se esteve grávida nos 12 meses anteriores a morte, conforme a tabela: 0: Ignorado 1: Sim 2:Não Causa básica, conforme a Classificação Internacional de Doença (CID), 9a. Revisão. Observe-se que, quando a causa básica não contiver a subcategoria de 4 algarismos, a quarta posição deve conter "X". Indica o tipo de violência, se cabível, conforme a tabela: O: Ignorado 1: Homicídio 2: Suicídio 3: Acidente 4: Outros tipos de violência Indica o tipo de acidente, se cabível, conforme a tabela: 0: Ignorado 1: Atropelamento 2: Demais acidentes de transito 3: Queda 4: Afogamento 5: Outros tipos de acidente Fonte da informação, conforme a tabela: 0: Ignorado 2: Hospital 1: Boletim de Ocorrência 3: Família 4: Outro Indica se foi acidente de trabalho, conforme a tabela: 0: Ignorado 1: Sim 2:Não Indica o local do acidente, se cabível, conforme a tabela: O: Ignorado 2: Domicílio 1: Via Publica 3: Outro 4: Local de trabalho Dado para controle interno. Dado para controle interno. Regional de Saúde de ocorrência. Este código e atribuído por cada estado e/ou município, não fazendo parte da base nacional. Regional de Saúde de residência. Este código e atribuído por cada estado e/ou município, não fazendo parte da base nacional. UF que coletou e informou o óbito, conforme classificação de UF. Este campo não faz parte dos arquivos padrões dos SIM.. Além das variáveis existentes no banco de dados, análise,. por. questão. serão. 11. de. facilidade. operacional. criadas 11 novas variáveis,. para. a. que nada mais. são do que transformações das variáveis existentes..

(42) 37. Corno os arquivos com os dados são em padrão DBase,. para. as. transformações,. tabulações. e. análise. serão utilizados os programas Fox-Pró for Windows e EpiInfo.. As "novas" variáveis serão. ANO. com os. valores. sendo. copiados. dos dois primeiros dígitos do campo DATAOBITO .. .TRIÊNIO - Cons.ider.ando a variabilidade. natural que este tipo de ocorrência apresenta, intuito. de. tentar. suavizar. esta. e com o. variabilidade. para. permitir uma melhor visualização de tendências, foram os anos. agrupados em triênios,. 79-80-81. 82-83-84. a. 85-86-87. partir de 88-89-90. 79, ;e. ou seja 91-92-93.. (o ano de 94 não foi selecionado, vide pg 86?). MÊS. com os. valores. sendo. dos terceiro e quarto dígitos do campo DATAOBITO.. copiados.

(43) 38. CID3D -. com os primeiros três dígitos. do campo CAUSABAS. MUNRESGR. variável MUNIRES. é. uma. recodificação. -Município de Residência,. da. da seguinte. forma 1 = Residentes no município de São Paulo. 2 = Residentes nos municípios da Grande São Paulo. 3 = Residentes nos demais municípios do Estado de SP. 4 = Não residentes no Estado de São Paulo.. 5 = Município de residência. ignorado.. ESTRES. Compõe. este. primeiros dígitos da variável MUNIRES,. campo e. os. dois. referem- se ao. Estado de residência.. CODIDADE. É. o. primeiro. campo. da. variável idade e diz respeito à unidade (dia/mês/ano) de medida..

(44) 39. Este. VAL IDADE. pelos. segundo. e. terceiros. dígitos. campo da. composto. é. variável. IDADE,. apresenta a magnitude da idade.. IDADEl. -. É a variável. idade,. agrupada. por classes, conforme a apresentação abaixo :. IDADE1. IDADE1. IDADE1. IDADE1. 00 a 04. 15 a 19. 40 a 59. 100 E MAIS. 05 a 09. 20 a 29. 60 a 79. IGNORADA. 10 a 14. '30 a 39. 80 a 99. Muito embora possa parecer desnecessário o desdobramento. da. variável. idade. em. várias. variáveis,. considerando que o espaço para armazenamento do dado no caso não era problema, e que esta se fazendo uma análise exploratória do banco de dados,. optamos por manter em. uma estrutura permanente a variável para. economizar. cada nova seleção. tempo. de. sob várias. processamento. da. formas. variável. de subconjunto a ser analisado.. a.

(45) 40. uma. É. OCUPGR. recodificação. da. variável OCUPAÇÃO, nas seguintes categorias I = ocupação ignorada S. = sem ocupação. G. = ocupações ligadas à agropecuária =. A. ocupações. incluídas. aí. de as. nível. universitário,. rubricas. relativas. a. direção e gerência de empresas. C = ocupações. claramente. braçais,. padrão. "salário mínimo" B = todas as demais ocupações.. O banco de dados permite várias maneiras diferent.es de se apresentar os dados segundo a ocupação declarada do falecido. tem por. No caso deste trabalho,. objetivo mostrar. estas. onde se. possibilidades,. e. que. será analisado em separado urna parcela da população, que usualmente se designa como "classe média", a. nível. de. subdividi r. exemplificação uma possível os. óbitos. segundo. a. apresentamos. maneira de. se. declarada. do. ocupação. falecido.. Com ótica possam. da. variável. ser. esta. recodificação. ocupação. consideradas. os. sem. óbitos sombra. separa-se de de. sob. pessoas dúvida. a que. corno.

(46) 41. pertencentes à chamada "classe média" virtude. da. denominado. profissão de. informada,. categoria. "A",. ou. que. interesse neste particular do estudo.. da população, seja,. é. a. o. que. categoria. em foi de.

(47) 42. É apresentado a seguir uma listagem com a. recodificação da variável : ocup. ocupgr. Freq. Percent. ocup. ocupgr. 000 002 003 004 005 006 007 008 009 011 012 021 023 024 025 029 030 031 032 033 034 035 036 037 038 039 040 041 042 051 052 053 061 063 067 071 072 075. I I I. 7484 1173 1 296 511 1942 3175 1421 308 2 1 34 6 5 1 3 36 3 2 23 107 23 10 3 33 47 62 9 1 1 1 1 21 18 12 6 89 3. 13,4% 2,1% 0,0% 0,5% 0,9% 3,5% 5,7% 2,5% 0,6% 0,0% 0,0% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 0,0%. 076 077 079 083 084 091 092 110 121 130 131 139 140 144 149 151 152 153 159 161 162 163 170 171 172 173 174 179 181 182 189 192 193 194 196 199 211 212. 8 8 8 A 8 A 8 A A A A A 8 8 8 A A A A 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 A A A A A A A. 8. s s s s I. A A A A A A A 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 A A A A A A A A A 8 8. Freq. Percent. 3 3 5 7 8 10 2 15 60 3 2 1 63 1 14 1 12 11 10 7 22 46 1 33 4 2 2 2 4 11 2 2 3 5 7 3 2 1. 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,0% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% CJ,O% 0,0% 0,0%.

(48) 43. ocup. ocupgr. Freq. Percent. ocup. ocupgr. Freq. Percent. 213 214 230 231 232 234 239 240 241 242 243 300 301 302 309 310 311 312 313 314 319 321 323 331 332 339 342 343 351 352 353 354 360 370 380 390 391 392 393 394 395. A A A A A A A A A A A 8 8 8 8 8 8 A A A 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8. 1 3 108 2 1 40 1 106 6 8 26 171 10 1 2 137 9 2 3 20 1 29 27 88 9 288 63 1 5 2 3 1 87 85 12 171 340 13 538 43 17. 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,1% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,0% 0,2% 0,0% 0,5% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 0,2% 0,0% 0,3% 0,6% 0,0% 1,0% 0,1% 0,0%. 396 397 398 399 410 421 422 431 432 440 441 442 443 451 452 453 490 500 520 531 532 540 541 551 552 560 570 581 582 583 584 589 591 592 599 600 611 612 621 632 636. 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8. 4 5 236 1089 2085 44 14 1 39 16 96 2 1 2288 404 5 851 16 1 298 312 374 3 476 364 42 193 5 353 1881 1 66 5 1 103 6 2 39 144 2 1. 0,0% 0,0% 0,4% 2,0% 3,7% 0,1% 0,0% 0,0% 0,1% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 4,1% 0,7% 0,0% 1,5% 0,0% 0,0% 0,5% 0,6% 0,7% 0,0% 0,9% 0,7% 0,1% 0,3% 0,0% 0,6% 3,4% 0,0% 0,1% 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,1% 0,3% 0,0% 0,0%. c 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 G G G G G G. -.

(49) 44. ocup. ocupgr. Freq. Percent. ocup. ocupgr. Freq. Percent. 641 642 649 651 664 665 671 701 711 713 714 719 721 723 724 725 726 728 729 732 733 734 739 741 743 745 746 749 752 753 754 755 756 759 761 771 773 774 776 777 778. G G G G G G G. 14 1 9 4 1 3 3 96 10 7 1 5 2 1 2 1 3 8 11 5 1 2 1 1 1 1 5 5 6 7 81 11 96 15 3 6 7 1 233 4 2. 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,4% 0,0% 0,0%. 779 790 791 794 795 796 797 799 801 802 803 811 812 820 831 832 833 834 835 836 839 840 841 842 843 844 845 846 849 850 851 852 854 855 856 857 859 861 862 870 871. B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B. 2 2 87 5 17 125 1 26 98 8 3 342 1 3 9 69 285 10 31 3 224 57 6 35 37 1 94 975 56 399 2 4 7 22 6 5 14 6 5 63 192. 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,6% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,5% 0,0% 0,1% 0,0% 0,4% 0,1% 0,0% 0,1% 0,1% 0,0% 0,2% 1,7% 0,1% 0,7% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,3%. B. c c B. c B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B.

(50) 45. ocup. ocupgr. Freq. Percent. ocup. ocupgr. 872 873 880 890 891 892 893 895 902 903 910 920 921 922 924 925 926 927 929 930 931 939 940 941 949 951 952 953 954 955 957. B B B B B B B B B B B B B B B B B B B. 179 370 35 1 17 5 2 3 161 3 4 146 33 39 7 4 21 1 10 1149 37 219 41 1 1 2124 116 4 350 149 63. 0,3% 0,7% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,3% 0,0% 0,0% 0,3% 0,1% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 2,1% 0,1% 0,4% 0,1% 0,0% 0,0% 3,8% 0,2% 0,0% 0,6% 0,3% 0,1%. 959 962 969 971 972 973 974 979 980 981 982 983 985 986 987 989 990 991 992 993 994 995 996 997 998 999. B B B. c B B B B B. c c B B B B. c B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B B. c. Freq. Percent. 31 338 3 171 6 16 5 23 2 2 6 11 2721 12 7 4 140 220 296 161 168 17 209 18 42 10230. 0,1% 0,6% 0,0% 0,3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 4,9% 0,0% 0,0% 0,0% 0,3% 0,4% 0,5% 0,3% 0,3% 0,0% 0,4% 0,0% 0,1% 18,3%.

(51) 46. 3.4 Geração do banco de dados.. A geração de um sub-banco específico por um usuário, a partir do CD-ROM elaborado pelo Ministério da Saúde,. é. pessoas. extremamente simples de não. habituadas. ser feita, ao. mesmo por. trabalho. com. microcomputadores.. Para programas. do. tanto,. CD-ROM. no. primeiro. deve-se. microcomputador. instalar. os. em. se. que. pretende trabalhar.. Entre os programas a ser instalados, há um utilitário denominado APPENDA,. bastante amistoso de se. trabalhar para o usuário, e que gera o arquivo desejado.. O procedimento de geração de um arquivo com os dados desejados pelo usuário, que serão apresentadas a seguir :. compõe-se de 4 etapas,.

(52) 47. Primeira etapa. Além da apresentação do programa,. aparecem. 5 (cinco) campos que devem ser preenchidos pelo usuário, a saber :. Letras. lQ. anexar : p.ex.. iniciais. dos. arquivos. a. DOI, significando que todos os arquivos. cujos nomes comecem por DOI, devem ser pesquisados.. Extensão significando que. os. arquivos. )Q. -. no. são arquivos. caso. DBC,. tipo DBase,. comprimidos.. Temp ? Se o arquivo a ser gerado. será temporário ou não, cujas opções são sim ou não. No caso. N. significando. que. o. arquivo. não. deve. ser. temporário. A opção por arquivo temporário seria no caso de apenas se desejar gerar por exemplo algumas tabelas, sem maiores conseqüências,. não se necessitando mais do. arquivo após a elaboração das tabelas..

(53) 48. Este. quarto. campo. ser. a. preenchido, pede o caminho para se encontrar os arquivos desejados.. O. CD-ROM. óbitos fetais,. contém. três. diretórios,. um. com. um segundo com óbitos segundo residência. e um terceiro - que é o que interessa a este trabalho com óbitos segundo Unidade da Federação que informou o óbito. No caso, o caminho para se encontrar os arquivos desejados. será o. dri ve. onde. se encontra o. CD mais. o. diretório, ou seja D:\DOINF\. SQ_ - Finalmente, é solicitado um nome para o arquivo de saída,. isto é, um nome para o arquivo. onde serão gravados os dados solicitados pelo usuário. Por exemplo, no presente trabalho, em um microcomputador que possuía um diretório chamado TESE, os. dados. fossem. gravados. em. um. solicitou-se que. arquivo. denominado. SPHOM.DBF, assim o preenchimento completo do campo ficou C:\TESE\SPHOM.DBF.. Em coloca-se Anexol). o. seguida. cursor. ao. sobre. preenchimento a. opção. deste. <EXECUTA>. campo, . (Ver.

(54) 49. Segunda etapa. Ao anterior,. solicitar. aparece. uma. a. opção. nova. tela,. executa que. da. etapa. contém. dois. quadros, um em cada metade da tela.. No da metade esquerda, aparecem os nomes de todos os arquivos que comecem com as iniciais definidas na etapa anterior. Deve-se escolher entre eles quais os que deverão ser pesquisados. Para tanto basta colocar o cursor. sobre. repetindo o. o. nome. deseja do. processo para. e. apertar. cada arquivo que. 11. ENTER 11. ,. se. queira. caso. deste. se.le.cionar.. Existe opção. ainda,. trabalho,. a. arquivos,. significando que. que. <TODOS>. foi se. de todos. os. o. escolher arquivos. todos. os. listados. deverão ser pesquisados.. Em seguida, para que se possa passar para a terceira Anexo2). etapa,. seleciona-se. a. opção. <CAMPOS>.. (Ver.

(55) 50. Terceira etapa. Nesta arquivos. de. dados. etapa,. uma. deverão. vez. ser. definidos. pesquisados,. quais deve-se. definir quais campos desses arquivos serão copiados para o arquivo destino das informações.. O programa abre a opção de se coletar todas ou apenas algumas das variáveis existentes no banco de dados.. Desta montar-se. um. interesse,. e. forma,. arquivo não. com. é. perfeitamente. apenas todos. os. extremamente importante e útil, quanto. ao. espaço. de. com. as. possível. variáveis. campos .. Esta. opção. de é. quando se tem problema. armazenamento. das. informações,. evitando assim espaços inúteis, ocupados com informações que não irão ser utilizadas.. A forma de se escolher os campos, é a mesma da etapa anterior relativa aos arquivos,. colocando-se o. cursor por sobre o nome do campo desejado e apertando a tecla "ENTER". TODOS,. Neste caso também existe,. que foi a escolhida neste trabalho,. todos os campos de cada arquivo.. a opção. [X]. selecionando.

(56) 51. Após este procedimento, tem-se duas opções, ou. inicia-se. imediatamente. selecionando-se. a. opção. a. geração. <EXECUTA>,. ou. do. arquivo. solicita-se. ao. programa a possibilidade de impor condições sob as quais se quer gerar o arquivo, escolhendo-se a opção <FILTRO> (Ver Anexo3) .. No presente trabalho, caso se solicitasse a opção. <EXECUTA>,. o. programa. iria. copiar,. segundo. as. solicitações das etapas anteriores, em um único arquivo, TODA a base de dados de mortalidade,. isto é,. TODOS os. arquivo do diretório DOINF, de 1979 a 1995, de todos os estados. ! ! ! É. é perigosa.. desnecessário mostrar o quanto. Quase que certamente,. microcomputador,. muito. esta opção. qualquer que fosse o. provavelmente. a. operação. seria. interrompida no meio do caminho com a mensagem de disco cheio, e o usuário teria bastante trabalho até recomeçar do zero o procedimento de geração do arquivo solicitado. (ver observações no item 4.2.8). O correto no <FILTRO>,. que. ira. permiti r. caso, que. é. selecionar a. sejam. opção. determinadas. condições sob as quais os dados serão gerados.. as.

(57) 52. Quarta etapa. Nesta etapa, deve-se determinar quais serão os filtros ou restrições para que cada um dos registros de. cada. arquivo. venham. ou. não. pertencer. ao. arquivo. destino, que esta sendo gerado pelo usuário.. O programa perrni te. a. determinação de. até. dez filtros ou restrições. A determinação de cada filtro é feita em três etapas :. 1a -. Escolha de urna variável ou campo, por. exemplo MUNIOCOR. 2a. exemplo. utilizados. 3550308. um operador. lógico,. por. = 3d -. serem. Escolha de. que é. o. Escolha de valores de referência para com. o. operador. código referente. lógico,. por. exemplo. ao Município de. São. Paulo.. Após. terminar. a. escolha,. seleciona-se. a. opção <EXECUTA> para iniciar-se o processo de geração do arquivo, ou opta-se por determinar mais um filtro..

(58) 53. É importante observar,. que no caso de mais. de um filtro, eles serão ligados entre si com expressões <E> I. <OU>,. entendidas no sentido lógico dos termos de. simultaneidade ou não.. No homicídios. presente. ocorridos. trabalho,. no. Município. o de. arquivo São. sobre. Paulo,. foi. gerado com o seguinte filtro :. MUNI OCOR = .and.. CAUSABAS< 9700 1. ocorridos. no. 1. 1. 3 55 O3 O8 1. •. and.. CAUSABAS > 1 9 59 9 1. que gerou um arquivo. município. de. São. Paulo,. com óbitos. informados. por. qualquer Unidade da Federação, e que tiveram como causa básica de óbito, 9699,. ou. homicídios.. causas com código da CID entre 9600 e. seja,. pertencentes. ao. agrupamento. dos. (Ver Anexo4). Foi também gerado um segundo arquivo, para ser. somado. a. este,. com. o. seguinte. filtro. para. o. MUNIOCOR. <. município de ocorrência :. MUNIOCOR 1. 3600000 1. básica.. mantendo Isto. porque. as. >. 1. 3579000. mesmas alguns. 1. .and.. restrições óbitos. para. para São. causa Paulo,.

(59) 54. segundo. a. ESTRARQ.DOC, ocorrência,. documentação. do. sistema. no. arquivo. teriam como codificação não o município de mas. sim. o. bairro. dentro. deste. município,. devendo estes dados serem agregados aos primeiros. comentários em 4.2.7). (ver.

(60) 55. 3. 5. Análise dos dados. Para as apurações de freqüência e tabelas necessárias. na. análise. dos. dados,. geração das novas variáveis,. foi. para micro computador EPI- INFO,. bem. corno. para. a. utilizado o programa. versão 6. 04,. produzido. pelo Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC) de Atlanta,. Geórgia,. Estados. Unidos,. Organização Mundial da Saúde,. em. Genebra,. conjunto Suíça,. com. a. que é de. domínio público.. Ainda que de urna forma indireta pretendemos verificar a .hipótese sobre aumento dos homicídios nas classes. mais. favorecidas. que. será. feito. através. das. aumento. de. variáveis ocupação e grau de instrução.. Ao. verificar. o. nível. de. homicídios em profissionais de nível universitário e em executivos pode-se de forma indireta confirmar ou não a hipótese em questão.. Também. em. relação. população de baixa renda, população,. e. mais. exposta. à. hipótese. a parte menos às. sobre. a. favorecida da. violências,. que. antes.

(61) 56. morava na periferia do município,. hoje uma parte dela. mora. Paulo,. na. periferia. da. Grande. São. nos. chamados. "municípios dormitório" ao redor da capital.. Assim, variável. município. ao de. se. analisar. residência,. os. óbitos. acreditamos. pela poder. deste modo, detectar um aumento dos óbitos ocorridos no Município de São Paulo de não residentes especialmente de. residentes. na. Grande. São. Paulo. nos. chamados. "municípios dormitórios", também neste caso, verificando a distribuição de freqüência das variáveis INSTRUÇÃO e OCUPGR.. Em suma, levantadas,. pretendemos. testar. as. hipóteses. apenas utilizando as tabulações a nível de. freqüências simples e cruzadas das variáveis disponíveis no banco de dados..

(62) 57. IV. Resultados. Considerando. que. o. objetivo. maior. deste. trabalho é utilizando corno objeto de estudo Homicídios ocorridos no Município de São Paulo, apresentar maneiras pouco utilizadas de. se explorar os. dados,. além de. se. fazer uma crítica do banco de dados do SIM-MS.. Vamos apresentar os resultados encontrados neste trabalho em duas partes básicas, uma relativa aos resultados numéricos outra. relacionada. das estatísticas vitais com. o. banco. de. em si,. e. dados,. independentemente de resultados numéricos.. Porém, levantadas,. antes de verificarmos as hipóteses. apresentamos um perfil geral dos hoffiicídios. ocorridos no Município de São Paulo, no período de 1979 a 1994..

(63) 58. Durante o início da década de 80, houve um grande. acréscimo. na. ocorrência. de. homicídios,. que. poderíamos qualificar corno urna "epidemia". Este aumento, aparentemente tende a se estabilizar em novos níveis,. a. partir do início da década de 90. (Tabela 3). Tabela 3 Homicídios ocorridos no Município de São Paulo segundo ano de ocorrência, 1979 a 1994. Ano Freq. Percent. Ano Freq. Percent. 2,1 79 1180 87 4045 7,3 1724 3,1 6,7 80 88 3711 2030 3,6 4432 7,9 81 89 8,2 3,7 2060 90 4584 82 5,3 2981 91 4850 8,7 83 84 3669 6,6 4416 7,9 92 6,4 3577 4423 7,9 85 93 6,5 86 3653 94 4444 8,0. Constata-se que aproximadamente um em cada cinco óbitos por homicídio é de pessoa não residente no município. Dois terços dos homicídios ocorre com pessoas solteiras,. sendo que menos de 7% das vítimas é do sexo. feminino.. Outro. dado. marcante. é. que. os. homicídios. atingem em cheio a força de trabalho da população, quatro em cada cinco óbitos pertencendo à 15 a. 40 anos,. pessoa. 4. a 7). ou seja,. a. com. faixa etária. idade mais produtiva de uma. (84% dos óbitos tendo menos de 40 anos). (Tabelas.

Referências

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