TIIESE
HU
SISTE.VTAEM
I\©VEM
BUO DE
18
JO
PARA
OBTER
0GRÁO
DOUTOR
EM
MEDICINA
FACULDADE
DA
BAHIA
João
Cancio
limes
de
Mattos
IfiÕa Cancio^'bmuòi)cAhcilleó c 2). JLUuia
NATURAL
DESTA
PROVÍNCIA.laplnshaute mission delliouime, aprèsrelle dn
scnicc des autels, cest d'être prêtre du feu sacrc
dela dispcnsalcur des plusbeaux dons de Uieu,
el itiuitre des forces occulles de la natuic, c'esl-à
dire d'ctremédccin.
TYPOGRAPHIA
DE
J. G.TOURINHO
DEPELA
BAHIA
FACULDADE
DE
MEDICINA
DA
BAHIA.
DIRECTOR
O
Ex.
maSâi>\Conselheiro
J?r.João
liaptitita (tosAnjos.
0 Ex.moSnr. Conselheiro Dr. Vicente Ferreira de Magalhães.
OSSUS.DOUTORKS I.*ANNO. MATK.HIASQIK LECCIONAM
. r. a .. „„ii,;„» í Physica emgeral, eparticularmenteem suas
Cons.Vicente Ferreira deMagalhães. ^ appllcaçõès& Medicina.
FranciscoRodriguesdaSilva ChimicaeMineralogia.
AdrianoAlves deLimaGordilho . . . Anatomiadescri pUva.
'2.'ANNO.
Antoniode Cerqueira Pinto Chimicaorgânica.
JoronymoSodré Pereira.
...
. Physiologia.Antonio MarianodoUomflm HolanieaeZoologia.
AdrianoAlvesdeLimaGordilho. . . . RepetiçãodeAnatomiadcscrlptiva. 3.*ANNO.
Cons.EliasJoséPedroza Anatomiageralepalhologica. Joséde GoesSequeira Palhologiageral.
Jeronyuio Sodré Pereira Physiologia.
4.'ANNO; Cons.MameiLadisláoAranhaDantas. . Palhologia externa.
Palhologiainterna.
ConselheiroMathiasMoreiraSampaio
j P Ç2SMSÍSS{SUe mU,hCreSpCja ' daSCdCmenlr,os 8.»ANNO.
ContinuaçãodePalhologiainterna.
JoséAntonio deFreitas
J Al a a p l Ja n r
S
h0 0 s?0grapmca' Medicinaoperatória, e , Maleriamedica,ctherapeutica.
6.'ANNO.
i Pharmacia.
Salustiano FerreiraSouto Medicinalegal.
DomingosUodrigucs Seixas llygiene, cHistoriadaMedicina.
Clinicaexternado3.*e4.» anno.
AntonioJanuáriode Faria Clinicainternado5.*eC* anno. RozcndoAprigio PereiraGuimarães. A
Ignacio Jose daCunha
f
PedroRibeiro deAraujo >Secção Accessoria.
José Ignacio deBarros Pimentel. . ,\
VirgilioClymaco Damazio }
José AfTonso ParaizodeMoura. . . .n
AugustoGonçalves Martins I
DomingosCarlosdasilva > Secção Cirúrgica.
DemétrioCyriacoTourinho
Luiz Alvares dos Santos .
SecçãoMedica.
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Sr.Dr.Cincinnnto Piuto daSilva.<0!?!lr3<D3M BllUaaiiaiJA
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Sr. Dr.Thomaz
<l'AquinoGaspar.JOÃO
CANCIO
NUNES
DE MATTOS.
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MINHA
Mil,AS
MINHAS
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MEU
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AOS
MEUS
AMIGOS
CoiiiptcSciúVi* quanto ute c?ofotoia. afacuua D'wtalUcae cafau3ou-utuoiuí qu«poJLa Doitaf-a; potéin >-|tie úituoita, Mc*t< nome«lá jtaoaíociameiecotação?!
AOS SENHOBES
TYPQGRAPHOS AMIGOS
DE
MEU
PAI
t^tali^ão, cou^úVtaçãot e,ú'una.
Jblta cotuOctação,muitaestima.
AOS
mEUS
GOLLEGAS
DOUTORANDOS
raidSCU
DA SYPBILIS SOBÍÍE AMARCHA DA
PREXIIEZ.INTRODUCÇAO.
Nous voyons en pffet que losmcdccinsde
lous lis temps,de (ouleslos scctes,de loutes les écoles, se renconlrenl égaux et unis dc-vant lelitdumalade.
(Jaccoik).
UM
principio conhecido por todos, que a natureza deum
vegetal depende da natureza da semente que o produzio;
porem
também
não émenos
real que a qualidade do terrenoou do meio
em
que elle germinou, muito influe nas suaspropriedades, dando-lhe algumas que elle não gosava ou
tirando-lhe outras que elle possuía.
Se isto é verdade para os vegetaes, não o c
menos
para osanimaes, e todos
sabem
a grande influencia quetem
oele-mento
gerador masculino e o elemento gerador femininosobre o novo producto da fecundação, e ainda o poder que tem sobre as suas propriedades e o seu desenvolvimento o
meio
em
que elle vai operar a sua evolução.Se a fecundação c o resultado do contacto intimo do espermatozóide
com
o ovulo, é claro que sendo estes princípios ouum
delles viciadoseste producto ainda que intacto
em
seus elementos de formação viveem
um
meio que não lhe presta os elementos necessários a seudesenvol-vimento, ou se os presta elles são alterados
em
suas qualidades, estenovo ser pára
em
sua evolução, ou se a conclue se acha notavelmentemodificado
em
sua organisação.Ê
assim que as differentes cachexias de que os paes são atacados,como
a syphilis, a phthisica, a escrófula, o cancro, etc. levando os seusestragos até os elementos da geração, transmittem-se ao producto
pro-creado, ou simplesmente
em
forma de diathese,como
acontece para astres ultimas moléstias referidas, ou
em
substancia na própria moléstia,como
no caso de syphilis.É
assim ainda que seuma
mulher, contendoem
seu ventre oprodu-cto da concepção intacto
em
seus elementos de formação, é atacada deuma
destas cachexias, o kovo ser soffrerá os seus terríveis eífeitos,ou
por falta de elementos necessários para o seu desenvolvimento, ou por que elles se
achem
alteradosem
suas qualidades.Estes princípios que acabamos de expor são verdadeiros,
porém
desdejá digâmòl-o que não são absolutos.
D'entre estas differentes cachexias ou moléstias constitucinaes
que
podem
complicar a prenhez, a syphilis ésem
duvidauma
das maispe-rigosas.
É
quasi sempre actuando sobre o producto da concepção, oualteran-do profundamente a saúde do feto, que ella torna-se terrível
em
seuseífeitos.
Por tres differentes
modos
pode o feto herdar o virus syphilitico:Por
transmissão materna, por transmissão paterna, ou por
ambas
as manei-ras aomesmo
tempo.Descreveremos successivamente estes tres
modos
de transmissão daPRIMEIRA
PARTE.
Transmissão
(lasynhilis
materna
—
Sua
influencia
sobre
a
marcha
da
prenhez.
Todos os auctores estão dc accordo sobre este meio de transmissão
da syphilis ao feto.
Também
elle é o mais frequente e o maisgeralmente acceito.Para que se dê esta transmissão, não é necessário quea mulheresteja
sob a influencia de
uma
manifestação, basta a dialhese.Certamente teríamos dicto melhor, se
cm
lugar da palavra diathesetivéssemos
empregado
a expressão.dc syphilis latente oucm
estado dcincubação, pois não se pode dar este
nome
ao estado deum
organismo que conservaem
si occultoum
principio virulento,que mais tarde sema-nifestará, ou que ja tendo-se manifestado,
dorme
ainda no organismopara despertar
em uma
epocha ulterior.A
infecção podevirdeuma
syphilis constitucional anteriora concepçãoou da verola adquirida durante a prenhez.
Todavia
Mandon
nega que a transmissão se de no segundo caso,mas
os argumentos por elle apresentados não são valiosos, pois que se no
primeiro caso admitte-se a infecção do ovulo, no segundo não c
menos
admissível a do sangue materno donde o feto tira os materiaes para sua
nutrição, e então p rque não admittir que esse sangue assim alterado
possa ir contaminal-o?
Depois factos numerosos
tem
sido observadosem
que a syphilisadquirida pela mulher durante o estado de gravidez se
tem
transmittidoao novo producto, taes
como
os factos referidos por Diday, Trousseau eoutros.
Para aquelles que admittem a infecção depois da fecundação, ainda o
desaccordo reina entre elles,
quando
se tracta de saber até que epocha daprenhez esta infecção é possível.
Assim
para Ricord ella é só possívelaté o sexto mez, para Abernethy ate o sétimo, para Cullerier durante
toda a gestação.
Com
effeitoao passo que a prenhez vai se adiantando, as—
G—
relações entre o feto c a mulher vão sendo
menos
intimas;porém
estasrelações persistem até o
momento
do parto, a troca entre o sanguematerno e osangue fetal nãocessa, epor consequência ainfecção se
pode
dardurante todaa gestação.
Quanto a influencia da syphilis sobre a
marcha
da prenhez, sepode
dizer que ella nãoa perturba sensivelmente na maioria dos casos, e
que
commuinente
o parto é de termo, dando lugar a expulsão deum
menino
morto;
porem
se assim é nos casos maiscommuns,
também
não émuito
raro ver a gestação se terminar poi>um
aborto ou parto prematuro, e éum
facto assignalado por todos os parteiros antigos e práticos modernos, que a syphilis éuma
causa de aborto e de parto prematuro, demodo
que
podemos
formularcom
Niemeyer osdous principios seguintes:Quando
uma
mulher atacada de syphilis constitucional torna-se gravida, o fetomorre antes de termoe oabortoou o partoprematuro é a consequência.
Sedurante o estado de gestação
uma
mulher ainda quebem
dispostavem
a soffrer de syphilis secundaria, ha expulsão do feto porum
aborto ouparto prematuro.
Em
ambos
oscasos a decomposição do fetoimpedede observar-seos signaes daverola.
Já vimos que o
menino
muitas vozes nasce morto e de termo; então dpossivcl algumas vezes observar-se os
symptomas
da verola, e outrasvezes o definhamento do feto é a única anomalia notada.
Nos
casos rarosem
que o menino nasce vivo de termo ou pouco antesdo termo, elle pode trazer já o
gérmen
da moléstia, que brevemente semanifestará ou quejáse acha declarada, destinando-o a
uma
mortepró-xima; então serão notados os signaes da verola próprios do feto, como:
O
pemphygus,as suppurações dothymus
e dospulmões,as alterações dofígadoe do peritoneo.
«
O
pemphygus, diz Trousseau,começa
tão poucas horas depois donascimento que elle era evidentemente preparado por
uma
disposiçãointra-uterina » São bolhas cujo
volume
varia desde o deuma
pequena
ervilha até o de
uma
avelã. Elias se rachão deixandoem
seu lugarul-cerações de
máo
caracter.Em
um
caso por nós observado, estas bolhas tinhão sua sede nos pésna face plantar, nas
mãos
na facepalmar, ao nivel das articulaçõespha-langianas, nas extremidades dos dedos e nos braços nas articulações do
cotovelo.
Notamos
esta aureola azulada que cercão as bolhas deque
faliasoro-sidadc citrina,
nem
o liquido sanguinolento de que fallão os auctores,po-rem
pus espesso.Consideramos taes lesões
como
pemphygus
syphilitico, não só por quea
mãe
domenino
estavaem
plenaphase de accidentes secundários,como
também
por queo menino apresentava este aspecto, e do lado dapelle asmodiíicações próprias dos meninos syphiliticos das quaes adiante
folia-remos.
Segundo
a informação damulher, o pae domenino
também
sof-fria de syphilis,poisdizia ser elle
quem
lhe tinhacommunicado
amolés-tia. Eis
um
facto que prova que o abortonem
sempre será aconsequên-cia da Syphilis,
mesmo
quando
seachem
reunidas todas as condiçõesfavoráveis para este fim,
como
nestecaso.TaesbolhaspemphygoidesparaP.Duboissãode naturezasyphilitica, pois
que encontrou-as coincidindo as mais das vezes
com
syphilides e aomesmo
tempo
os paes de taes meninos apresentavão sempreanteceden-tes syphiliticos, e
em
fim que o tratamento mcrcurial fariadesappare-cel-as.
Quanto
as alterações dos thymus ha o o seguinte: o órgãoexterior-mente
parece são,porem
cortando-se e se o comprimindo elle deixasahir
um
sueco semi-liquido deum
branco amarelladocom
osca-racteres do pus. Este pode se achar infiltrado. Outras vezes são tocos
disseminados apresentando núcleosinflamatórios.
Gubler
tem
também
descripto no ligadouma
alteração fibroplaslicaque
podeser geral ou parcial—
Quando
geral a glândula é todahyperlro-phiada, elástica e dura, de cor amarella pallida.
Quando
a alteração épar-cial, ella é constituída por
um
núcleo amarello claro de volume variável,distinguindo-se por sua cor das outras partes do fígado.
Simpson
diz ter encontrado no peritoneo inflamações e derrames, queelle considera-os de natureza syphilitica.
Tem-se
assignaladotambém
no cérebro alterações que Faurésconsi-dera-as especificas.
Até aqui temos visto a syphilis ter
uma
influencia funesta sobre amarcha
da prenhez actuando gravemente sobre a saúde do feto e porisso diz Trousseau: Quelques notions que garde 1'avenir, il n'en est pas
moins bien établiexperimentalemant que 1'avortementsyphilitique a pour
cause la mort
du
fcetus dans le scin de la mère.Porém
nem
sempre
assim é.É
assim que a syphilis atacandoestabelecendo
uma
cachexia profundaem
virtude da qual amulher
nãopodendo mais prestar os elementos necessários ao desenvolvimento do
novo ser deixa, na phrase do illustre Caseaux, incompleta a obra
começada.
Entre asdifferentes ulcerações que Richet
tem
encontradono
colíodo
utero das mulheres pejadas na primeira
metade
da prenhez,algumas
tinhão
uma
tendência a produziraccidentes graves,e entreestes o aborto;ora ellas parecerão a Caseaux semelhantes algumas vezes as
que
elleobservou no ultimo período da gestação e pelos seus caracteres elle as
consideroude natureza syphilitica, anteriores a concepção e antigas: diz
elle então, semelhantes ulceras pela irritação que ellas soflrempelo coito
muito repetido, e pela fadiga,
podem
provocar acontractilidade uterina econsequentementeo aborto: eisainda
uma
maneiraporque
pode a verolainfluir na
marcha
da prenhez produzindo o aborto.Esta influencia não parece ser a
mesma
para todos os períodos oues-pécies de accidentes syphilitieos; assim se os accidentes secundários são
os mais transmissíveisaofeto, é de crer que elles tenhão
uma
influenciamais perigosa sobrea
marcha
da prenhez doqueos outros.lia
mesmo
quem
diga que os accidentes terciários não transmittem asyphilis ao feto,
mas
sim a diathese escrofulosa: eisuma
opinião nãoacceitavel que segundoBasin é contraria aobservação e aos dados da
pa-thologiageral. Accidentesprimitivospuramente locaes não
tem
influenciaalguma sobrea
marcha
da prenhez, e só durante o parto pode dar-se ainfecção porcontagio quando o feto atravessa a vulva; infecção esta
pos-sível, é verdade,
porém
muito rara, já por que as secreçõesmórbidas sãolavadas pelas aguas do amnios, já pelo unto sebaceo que revestindo o
feto impede-o do contagio, de
modo
que é mais fácil os parteiroscon-trahirem cancros nos dedos pelo toque do que o
menino
infectar-se napassagem,
Quanto mais antiga é
uma
verola tantomenor
é o perigo para o feto,consequentemente tanto
menos
perigosa éa suainfluenciasobre amarcha
da prenhez.
Todavia se
tem
visto ella se manifestarem
mulheres que sejulgavãocuradas.
Dévilliers diz que sua observação particular lhe
tem
demonstradoque
os
symptomas
deuma
syphilis latente namulher
reappareciãopodemos
dizerquese a syphilis influe sobre a gestação, esta influe sobreaquella; e se
bem
que,como
diz esteultimo auctor, de todas as moléstiasconstitucionaes asyphilis seja aquella que causa mais frequentemente o
aborto, esta influencia, fatal
em uma
primeira ou segunda prenhez, podeapagar-se completamente nas seguintes
sem
deixar traçoalgum
de suapassagem.
Este resultado promovido pela natureza, pode ser
também
realisadopelo
homem
d'arte, pois que as prepara,ões mercuriaes applicadascon-venientemente
podem
debellar esta influencia nociva, ou impedindo pelacura materna a infecção do feto, ou sustando os seus progressos e
mo-dificando-os notavelmente quando esta ja se
tem
dado.Nem
todos pensão assim, eum
pequenonumero
deauctoresattribuemao mercúrio os effeitos da syphilis, dizendo que elle
tem
a propriedadede produzir o aborto. Tal opinião não se funda
em
dado algum rasoavel.Seelle é abortivo, o c
como
outro qualquermedicamento dadoem
dosevenenosa, e a therapeutica não conhece medicamento algum que sepossa
chamar
verdadeirameute abortivo. Factos numerosos, experiênciasbem
concludentes conspirão contra esta opinião e provão a salutar influencia
do mercúrio nas mulheres pejadas atacadas desyphilis.
Se elle cura a syphilis, se é
bem
estabelecido que a syphilis éuma
causa de aborto, é claro que elle previne o aborto nas mulheres syphili-ticas.
Assim
dizDunal
que as mulheres syphiliticas que não erão tratadaspelo mercúrio ou que otinhão sido incompletamenteabortavão ou parião
antes de termo meninos mortos ouinfectados, ao passoqueas quetinhão
soffrido
um
tractamentobem
regulado,em
um
grandenumero
de casoso successo era completo tanto para a
mãe
como
para o menino.O
iodureto de potássiotambém
deve ser associado ao mercúrio poiscomo
diz Langlebert:La
syphilis héréditaire, il ne faut pas 1'oublier, est,en quel que sorte,le
resume
complet des lesions constitutionellesdetoutordre et de tout âge qui composent la syphilisdes adultes.
Bouchut
aconselha o protoiodureto de mercúrio.—
10—
SEGUNDA
PARTE.
Transmissão da
syphilis
paterna.—
Sua
influencia
sobre
a
marcha
da
prenhez.
Os
incansáveis soldados do progresso não parão, cada diaemprehen-deni novas expedições, e cada dia a sciencia se enriquece de novos
fa-dos, graças aos seus árduos e constantes esforços.
£
assimque aquestão da transmissão da syphilis paterna não pode serposía hoje
cm
duvidaem
vista dos numerosos factos que possue asciencia actualmente.
Negada
por Cullerier, Notta, Follin e outros ellatem
sido sustentadae provada por auctores eminentes como: Trousseau, Diday,Depaul, etc.
Não sei porquea transmissão paterna, tão admittida para outras
cache-xias,
como
a phthisica, a escrófula, o cancroc outras, devesernegadaem
relação a syphilis, moléstia que altera tão profundamenteo sangue,
como
se sabe?
Não
sei porque n'cste caso o liquido prolifero não ha departi-cipar da
mesma
alteração do sangue donde elle emana, e não poderá ircontaminar o novo ser de que elle vai ser
um
dos seus elementos deformação?
Quanto a nós a transmissão da syphilis do pae ao filho não pode ser
negada: ella pode dar-se, e se
tem
dado.Ahi estão osfactos observadosdemeninos syphiliticos,cujas
mães
nun-ca soffrerão de syphilis; de senhoras casadas de cuja probidade não se
pode duvidar, e que entretanto os seus filhos apresentavão todos os
si-gnaes da verola confirmada, achando-seestes meninos nas melhores
con-dições hygienicas.
Donde
poisprovem
esta syphilis de quesoarem
osmeninos
senão deseus paes?
E
nem
se diga que os paes transmittirão ás mães, e que estas por suavez aos filhos, por quanto estas mulheres sujeitas á
exames
rigorososnunca forão atacadas de
uma
tal moléstia.—
11—
uma mesma
mulher dar nascimento ameninos sãos ou veroladossegun-do que erão proercados por
um
pae indemne ou syphilitioo.Simon, citado por Diday, apresenta dous factos
em
que a influenciapaterna na transmissão da syphilis ao feto é provada claramente. Diz o
primeiro auctor que
uma
mulher syphilitica dava a luz a meninossyphi-liticos ou sãos segundo que estes meninos erão filhos do
homem
quetinha infectado a
mesma
mulher ou de outro;como
estemais outrofa-cto foi observado por clle.
Ainda ha pouco cu tive occasião de observar
um
facto dogénero dosprimeiros acima citados. Era
um
menino
cuja apparencia ou aspecto erarealmente aquclle referido pelos auctores nos meninos syphili ticos
—
odeum
pequeno velho; apresentava erupções por todo corpo, ulcerações noprepúcio c na glande, no anus placas mucosas; entretanto sua
mãe
nãotinha indicio
algum
de syphilis; tinhauma
bella apparencia, nãoapre-sentava
manchas
na pellc;nada indicava nella a passagem da syphilis, oella
mesma
apesar dosmeus
exforços para ver se nella colhiaalgum
dado, declarou
-me
que nunca soffrera do moléstia alguma.Perguntando-ího que moléstias soffrera o pae do menino, ella disse-me que quando
dol!o tivera tal filho, elle eslava softrendode moléstias syphiliticas.
Como
esto, muitos factos análogostem
sido presenciados por vários auctores.Entretanto alguns observadores interpretandomal osfactos apresentão experiências que anosso ver não infirmão a nossa these. D'ellas todas a
mais valiosa c a do Dr. Notta
em
que clle apresenta factos de meninossãos, sendo os paes verolados e as
mães
indemnes, outrosem
que asmães
erão doentes, sendo os paes sãos, os meninos sahião infectadosc
emfim
amhos
osprogenitores erão syphiliticos e os filhostambém.
Para nós estas observações provão simplesmente que:
A
infecção sy-philitica do feto por transmissão paterna pode deixar de dar-se, queellaé mais difficil de realisar-se do que por herança materna, e
consequen-temente que os factos deinfecção do feto no primeiro caso são mais
ra-ros do que no segundo.
E
assim deve ser.Sem
duvida alguma as relações que nos liga ama-ternidade são por certo mais intimas, nesta primeira phase da vida, tão
intimas que o grande Ricord assim se exprime:
Le
foetus,qu'est-ce autrechose, si ce n'est
une
sorte de organe dela mère,liée àellepar desliensde la plus intime vascularité, vivant de sa vie et de son sang; mère,
impossiblc de rompre?
E
isto é tanto mais verdade quanto a infecção do feto por herança materna c possível nomomento
da concepção,como
lambem
durante a gestação; por herança paterna só o é nomomento
daconcepção.
Por
ahi seve que no primeiro caso a infecção c maisprová-vel do que no segundo.
Os
factos negativos de transmissão paterna referidos pelo Dr. Nottanão provão que o pae não possa legar a seus filhos o
mal
venéreo, eso-mente
demonstrão quequando
se trácia de herança nada ha de absolutoe invariável, e que neste ponto a syphilis segue a lei de todas affecções hereditárias.
Quanto a infecção do feto pelo facto de
uma
mulher
gravida terco-habitado
com
um
homem
veroladosem
que ella soffra a moléstia, êuma
hypothese gratuita que não merece ser discutida.A
transmissão damo-léstia do fetoa sua
mãe
quando
este foi procreado porum
pae syphiliíico óuma
verdade que descança sobre osdadosda physiologia, esobrefactosbem
observados.Fica portanto provado quea syphilis paterna se transmitte ao produeto
da concepção; agora vejamos a-suainfluencia sobrea
marcha
da prenhez.A
syphilis adquirida por herança paterna não parece influir senãora-ramente sobre a
marcha
da prenhez.Aqui o aborto ouo partoprematuro parecenão ser tão frequente
como
quandoa syphilis é de origem materna,e quasi
sempre
omenino
vem
determo, apresentando os signaes da verola semanas depois do nascimento
e algumas vezes logoapós a suavida intra-uterina.
Esta opinião
tem
seu fundo derazão nestas palavras do illustreDévil-liers:
Nós
faremos notar que a faculdade de proercar ccompletamente
distincta da do desenvolvimento, e que esta ultima c toda relativa;
com
( íleito se
um
homem
collocado nas condições que acimamencionamos
(esgotado pelos excessos, moléstias, idade, etc.)tem podidofecundar
uma
mulher robusta e
bem
disposta,uma
vezo influxo levado pelohomem,
aevolução do produeto ficará d'ora
em
diante quasi toda inteira sob a in-fluencia do gráo de vitalidadeda mulher; é pois provável que a influenciado pae
como
causa de aborto é aomenos mui
restricta.A
questão levadaao abortosyphilitico eu creio nesta maneira de pensar do illustre parteiro;
pois que na infecção do feto por transmissão paterna
um
só doselemen-tos
deformação—
oespermalevoua alteraçãoouo principio mórbido:—
13—
desenvolvimento pode corrigireste vicio eoproducto completara sua
evo-lução; ao passo que
quando
a infecção é de origem materna o principiomórbido
ou a alteração 4 levada no ovulo,mas
ainda nos elementos denutrição do feto.
De
maneira que neste ultimo caso a alteração éprofun-da,
tem
sido levada a todas as moléculas do novo ser, e então é maisfácil, é mais provável a suspensão da evolução.
E
aindaquando
este organismoem
miniatura ouem
gérmen
fossein-tacto
em
seus elementos de formação, estes princípios seriãocontamina-dos por sua vezpelos de nutrição, e ainda
em
tal caso o desenvolvimentoseria facilmente sustentado: é ocaso
em
queamãe
é infectada depois daconcepção.
Eis agora
um
grande pathologista allemão confirmando esta opinião, éNiemeycr: « Si donc la syphilis constitutionnelle de la
mère
exerce uneiníluence tellement pernicieuse sur le foelus, que beaucoup d'enfants de
mèrcs syphilitiques meurentdeja avant on pendant la naissance, on
com-pre ndque la plupart des cas de syphilis congenitale qui tombent sous
1'observation clinique et deviennent 1'objet d'unetraitemanl medicai
con-cernem
des enfants originaires d'unc père syphilitique. -»É
então que teremos occasião de observar mais frequentemente estegrupo de manifestações do lado da pellc
chamado
syphilides, que aquirevestem ordinariamente o caracter húmido,
como
a bolha, a pústula, aulcera, etc, dolado das mucosas, as placas mucosasna entrada dos
ori-fícios naturaes, eainda na pelle da dobra da verilha, da curva da perna e
até no tronco, etc; na bocca eno anusrachas ou fendas eulcerações, etc.
Um
dos primeiros signaes da syphilis congénita éum
coriza rebeldeque sufíbea o
menino
c lhe impede a sucção,e queem
um
estado maisadiantado deixa sahir algumas gottas de sangue, depois
um
escoamentosanioso e
emíim
apparecem ulcerações nas azasdo nariz, que secobrem
de crostas.
Nos
casos maisgraves osossosdo nariz se alterão, são atacados decarie0 denecrose, achatão-se, e onariz perde a forma natural dando ao
sem-blante
um
aspecto desagradável.Um
caractermuitovalioso, equesegundo1Vours3au é
um
signal bastante para o diagnostico, é esta cor bistreaes-poeial do semblante que elle assignala, e que não é comparável segundo
eito a eòrdas outras cachexias.
No
segundo caso de syphilis infantil quetivemos occasiào de observar c que referimos na segunda parte d"es!a these,
uma
das couzas que muito nos impressionarão,foi a physionomia—
\\—
particular do individuo, eTrousseau comparando-a á
uma
ligeira tinturade borra decafé
tem
habilmente desenhado a face do infante syphilitico.Tem-se
ditoainda queo aspecto geral domenino
é o deum
pequeno
velho, quesua pelle enrugada éde
uma
coravermelhadaem
certospontos.O
temorde excedermos muito os limites do ponto,nosimpede
dedes-cermos a outras particularidades.
Os
differentesperíodos da syphilissãoainda aqui maisoumenos
trans-missiveis ao producto procreado segundo que elles são
menos
ou maisadiantados;
porém
ainda a transmissão é possívelem
um homem
que
sejulgacurado, e o que demonstra que o poder do vinis não se extinguiu
n'elle, é a procreação
em
taes cucumstancias de meninos syphiliticos;poder esse quepodeceder a
um
tratamento mercurialbem
regulado.Estamedicação
também
deveserempregadaem
uma
mulher
fecundada porum
syphilitico,não só para acura do feto,
como também
para impedir que a moléstiase transmitiaaella;porém
muitasrestricçõesdevem
serestabe-lecidas n'este caso.
TERCEIRA
PARTE.
Transmissão da
syphilis
de
ambos
os
progenitores
ao
mesmo
tempo*
—
Sua
influencia
sobre a
marcha
da
prenhez.
Pode
acontecer,como tem
se observado muitas vezes, queambos
osprogenitores estejão sob a influencia da syphilis: a infecção verolica do
feto é
em
taes condicções quasi necessária, ou antescomo
diz Follin, émuito provável.
Esta acção combinada de
ambos
os paes não pode ser negada, pois se admitte para cadaum
delles separadamente.O
que a prova experimentalmente são os casosem
queuma mesma
mulher
syphilitica dava a luz a meninos sãos ou verolados segundoque
erão procreados por
um
paiindemne
ousyphiliticocomo
os dous factosreferidos por Simon; são ainda os casos
em
qne opae sendo syphiliticoe a
mulher
não, omenino
vem
aomundo
sem
a enfermidade paterna, aoinfecta-—
15—
dos,
como
os quatro últimos factos referidos namemoria
do Dr. Nôttacom
o fim dc provar a não influencia dasyphilis paterna;porém
q&e sóservem para estabelecer a acção combinada de
ambos
mais poderosa doque
quando
sóUm
delles c vcrolado.Quanto
a influencia da syphilis sobre a prenhez, neste caso mais doque
em
outro qualquer, ella é perigosa e provável;porém
isto ainda ósubordinado a pliase de accidentes sypbiliticos
em
que se achão ospro-genitores. Assim se
ambos
estãoem
plena pbase de accidentessecundá-rios o perigo é imminente; a vida do feto 6 ameaçada, pois o viras se
acha
em
toda sua força; a transmissão c quasi fatal.Se
porem
os paes apenas tem, na expressão de Diday, reminiscênciastercearias vagas c apagadas, a infecção não é tão provável,
consequente-mente
o perigo para a prenhez émuitomenor
e problematu'o,Nada
ha de invariável e absoluto nestes princípios e concluiremosdizendo
com
Trousseau: « L'heridité dc la syphilisest,comme
toutes lesautres, soumises àtelles cxecptions, qu'il faut etre sobre de partis pris,
et se rappeler qu'enfait de transmissionshóréditaircs on doit tout
crain-dre et qu'a Toccasion on peut tout espércr. >»
Eis a syphilis
em
suas relaçõescom
o casamento; eisas consequênciasda vida do celibatário incauto e apaixonado, c do casado insensato e louco.
Eis a graíide influencia que temamoralidade dc
um
pae sobreo destinode
um
filho, dando-lhecom
os traços de seu semblante e as suasincli-nações as misérias de seu corpo ede sua organisação, dando-lhe
com
oprincipio davida
um
principio de morte.A
moral dictando aohomem
o serva (e ipsum,vem
pedir as provasá medicina que lhedizporque além datua vida, conservarás a tua prole.
E
tu,homem
dacarne,com
os lábiosmanchados
dalascívia, não ouzesmacular
com
teu contacto a terna esposa, que dormindo sonhacom
odoce
nome
de mãe.Estudamos,
meditamos
e escrevemos. Se neste trabalho por certosuperior as nossas forças
perdemos
o fio da verdade e seguimos o doerro, ainda é
tempo
nesta ultima prova, illustrados mestres, deSECÇÃO
MEDICA.
Do emprego da sangria na congestão c apoplexiado cérebro.
PROPOSIÇÕES.
I.
—
Se asanariana congestão e apoplexia docérebrotem
perdidomui-tode seu valor
com
as ideias modernas,nem
porisso deixa ella de serempregada
em
alguns casoscom
felizesresultados.II.
—
E
segundo as differentes causas que tem produzido a congestãoque nós
podemos
estabelecer as indicações e contra indicações dasan-gria
em
tal moléstia.III.
—
Se a congestão reconhece por causas o abuso prolongado dosal-coólicos ou de substancias narcóticas, a sangriaé contra indicada.
IV.
—
Aindadevemos
abster de sangrar na congestão produzida poruma
longa contensão do espirito.V.
—
Sc a congestão depende da acção muito forte docoração unida auma
diminuição de resistência dos vasos cerebraes,devemos
empregar asangria se accidentes perigosos parecem imminentes.
VI.
—
Na
congestão consequente aum
retrocesso de fluxo menstrualcu hemorrhoidal, a applicação de ventosas escarificadas na face interna
das coixas, e de sanguesugas no collo do útero no primeiro caso, e no
anus no segundoé
bem
indicada.ML
—
Seuma
fluxão collateral para o cérebroé a causa da congestão,devemos
recorrer a sangriaquando
apezar doemprego
de outros meiosapresentão-se
phenomenos
de depressão cerebral e outros accidentesperigosos.
compres--
18—
são das veias jugulares ou da veia cava, assim
como
nas que sedesen-volvem no curso das moléstiasdo coração cdopulmão,o
emprego
dasan-gria e de sangues ugas nas apophyses mastoides é
bem
indicado seoutros meios não dãoresultado.
IX.
—
Nas que se desenvolvemem
consequência deuma
refeiçãoex-cessiva,
devemos
prescrever a sangriacomo
um
meio capaz de obstaruma
apoplexia imminente.X.
—
Na
apoplexia do cérebro duranteo insulto apopletico, sódevemos
indicar a sangria, quando é forte a impulsão docoração, o pulso regular
e os ruidos cardíacos são claros e distinctos, e se não ha
um
começo
deedema
pulmonar.XI.
—
Ao
contrario ella c contra-indicadaquando
o coração batefraca-mente, o pulso é irregular e estertores tracheaes seapresentão.
Xlí.
—
Depois do insulto apopletico a sangria é inútil e perigosa, eso-mente
deve ser feitauma
applicação de sanguesugas se os symptomas.SECÇÃO
CIRÚRGICA.
Tratamento da hérnia estrangulada.
rROPOSIÇOES.
E.
—
Duas
são as espécies de moiosempregados notractamento dahér-nia estrangulada, meios médicos e meios cirúrgicos.
II.
—
Entre os primeiros contamos:À
sangria, os purgativos, os clysto-res de fumo, os banhos, os refrigerantes, a belladona, o opio aestrichy-nina e o café.
III.
—
Entre os segundos osmais empregados são:A
taxis e odesbrida-mento
ou kelotomia ou ainda herniotomia.IY.
—
Pouca
confiançamerecem
os meios médicos; somenteem
casosexcepeionaes clles
devem
ser empregados c sóem
taes casos ellestem
dadoresultado.
V.
—
Em
desescis casosOleiro
tem tirado resultado doemprego
deuma
sonda introduzida no recto.VI.
—
A
taxis é o maisbello recurso quepossue a sciencia contra oes-trangulamento herniario,
ea
que deve recorrer o cirurgião ornais cedopossível.
VII.
—Muito
importa o conhecimento da idade do estrangulamento, dovolume
da hérnia, e da intensidade de seussymptomas
para odesidera-tum
de seu emprego.Mil.—
Em
geral ella é tanto maisbem
indicada, quanto mais recenteó o estrangulamento.
—
20—
([uando o seu
emprego tem
sido infructuoso,a kelotomia deveserempre-gada.
X.
—
O
processo do desbridamento múltiplo é o melhor e a operaçãosem
abertura do saccotem
suas vantagensem
casos particularesXI.
—
Grande influenciatem
sobre os seus resultados a epocha does-trangulamento
em
que ella foi praticada.XIí.
—
Astentativas dataxis,mui
repetidaseimmoderadas
podem
con-tribuir muito para o insuccesso da operação»SECÇÃO
ACCESSOMA.
Pode-se em ura caso mcdico-lcgal determinar sc houve aborto ou não?
PROPOSIÇÕES.
I.
—
Em
um
caso medico-legal aborto é a expulsão prematura epro-vocada do producto da concepção
em uma
epocha ainda não viável,com
fins criminosos.II.
—
Em
um
caso medico-legal parto prematuro provocado deve sercousa distincta deaborto.
IIí.
—
O
exame
doproduclo da concepção não é indispensável paradeterminar-se se bouve aborto ou não.
IV.
—
O
exame
do producto da concepção muito esclarece a questãoquando
elle pode serfeito, apesar de não ser indispenavcl.V.
—
Seuma
mulher pejadatem
occultado a sua prenhez, seellavolun-tariamente se tem entregado a exforços violentos incompatíveis
com
oseu estado, se
tem
feito uso de sangrias intempestivas e repetidas, e desanguesugas
cm
grandenumero
em
circumstancias que ascontra-indi-cavam, e de outros meios reputados abortivos e que pelo
exame
dosórgãos da geração se encontram os signaes de deleiramento,
podemos
dizer
com
probabilidade quehouve
aborto.VI.
—
Quando
encontrarmos no collo do útero e na vagina feridas, taescomo
picadas,perfuraçõesedilacerações e lesões análogasnofeto,quando
este pode ser examinado,
podemos
aftirmar que houve aborto.VII.
—
Grandeimportância temparaa verificaçãodoabortoas echymosese contusões encontradas no corpo da
mulher
e do producto procreado.modo
a encontrarmos oútero revirado, puchado para fora, arrancadoem
parte ou
om
totalidade, trapos davagina, doperitonêoe intestinos,pode-mos
dizerque houveaborto, dadaahypothesedaprenhez.IX.
—
Se restos deum
fetoem
parte dilacerados são achadosno interiordo útero, é prova irrefragavel deviolências abortivas.
X.
—
Seno úterofor encontradoo ovocom
asmembranas
maisoumenos
;ibertas,e estasdescolladas
em uma
extensão maisoumenos
considerável,achando-se ocollo fracamente dilactado, c evidente aintroducçao de
um
agentemecânicoe consequentemente a tentativade aborto.
XI.
—
Se o aborto teve lugar nos dousprimeiros mezes da prenhez e omedico é
chamado
paraveriíical-o diasdepois doacontecimento, grandessào as difíiculdades
com
que elle depara, e asvezes lhe é impossiveluma
affirmativa.
XII.
—
Se o abortotem
sido provocado poruma
corrente eléctricaap-plicada ao ventre, c a mulher occulta
uma
semelhante circumstancia, óIIYPPOCRATIS
APÍMISMI.
I.
Vita brevis, ars longa, occasio praeccps, experiência fallax, judicium
diííicile. (Sect. l.a Aph. l.o)
n.
Mulieri in útero gerenti, si
mamai
ex improviso graciles fiant, abortit.(Sect. 3.a Aph. 37.)
111.
Mulier in ulero gerens, sectà avena, abortit, et magis, si major fueril
fcetus. (Sect. 5.a Aph. 31.)
IV.
Solvere apoplexiam
vehementem
quidem, impossibile debilem veronon
facile. (Sect. 3.a Aph. 42.)V.
Àpoplectici
autem
finnl maximè, setateabanno
quadragésimo usquead sexagesimum. (Sect. G.a Aph. 57.)
VI.
Ab
ileo vomitus, aut singultus, aut convulsa?, aut deliriummalum.
(Sect. 7.a Aph. 10.)
&e*nèt/taa â %<nntng63o Mevúoia. Matta e &acu£/ac/e c/e *ÀZec/tctna em
í<y c/e órfpoJ/o c/e *êyc.
êà/â conj&tmeCJ SófaMoJ. ê/accttc/ac/e c/e^/éec/ictna c/a Matta 3c c/e sfyeJfo
t/e /êrc
í&emeãtb.
i£U ^/éouia.
Sírfíttma-Je. Ma/ta eSfiacctti/ac/e e/e %y/6ec/t'ctna sJ c/e ^/e/enitfro ae*êfe. gfia/ità/a