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PEDRO GABRIEL MONTEIRO DA SILVA, Dimensionamento de estação elevatória de esgoto para o bairro jardim celeste no município de SinopMT

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

PEDRO GABRIEL MONTEIRO DA SILVA

DIMENSIONAMENTO DE ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO

PARA O BAIRRO JARDIM CELESTE NO MUNICÍPIO DE

SINOP/MT

SINOP

2019/1

(2)

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

PEDRO GABRIEL MONTEIRO DA SILVA

DIMENSIONAMENTO DE ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO

PARA O BAIRRO JARDIM CELESTE NO MUNICÍPIO DE

SINOP/MT

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca Examinadora do Curso de Engenharia Civil – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop-MT, como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Prof. Orientador: Lucas Hilleshein dos Santos

SINOP

2019/1

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Classificação da EEE em relação ao método contrutivo...15

Tabela 2: Classificação da EEE em relação ao tipo de bomba...15

Tabela 3: Rendimento de motores elétricos....25

(4)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Projeto de implantação EEE: (a) planta (b) corte ...16

Figura 2: Poço Seco...18

Figura 3: Poço com bomba submersível...18

Figura 4: Forma do rotor e rendimento da bomba...19

Figura 5: Bomba centrífuga...20

Figura 6:Partes da bomba centrífuga...20

(5)

LISTA DE EQUAÇÕES

Equação 1: Rotação específica...19

Equação 2: Volume útil...22

Equação 3: Volume efetivo...22

Equação 4: Diâmetro interno...22

Equação 5: Velocidade...23

Equação 6: Perda de carga unitária...23

Equação 7: Perda de carga total...23

Equação 8: Altura manométrica...23

Equação 9: NPSH disponível...24

(6)

LISTA DE ABREVIATURAS:

PP – Projeto de Pesquisa

TCC – Trabalho de Conclusão de Curso NBR – Norma Brasileira Regulamentadora

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas EEE – Estação Elevatória de Esgoto

ETE – Estação de Tratamento de Esgoto OMS – Organização Mundial da Saúde

(7)

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1. Título: Dimensionamento de estação elevatória de esgoto para o bairro Jardim

Celeste no município de Sinop/MT.

2. Tema: 30703016: Drenagem de águas residuais.

3. Delimitação do tema: Dimensionamento de estação elevatória de esgoto. 4. Proponente: Pedro Gabriel Monteiro da Silva.

5. Orientador: Lucas Hilleshein dos Santos.

6. Estabelecimento de ensino: Universidade do Estado de Mato Grosso.

7. Público alvo: Professores e acadêmicos de Engenharia Civil, moradores do bairro

Jardim Celeste.

8. Localização: UNEMAT campus Aquarela das Artes, Sinop/MT. 9. Duração: 6 meses.

(8)

Sumário

LISTA DE TABELAS ... 3 LISTA DE FIGURAS ... 4 LISTA DE EQUAÇÕES ... 5 LISTA DE ABREVIATURAS: ... 6 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ... 7 1. Introdução: ... 9 2. Problematização: ... 11 3. Justificativa: ... 12 4. Objetivos: ... 13 4.1. Objetivos específicos: ... 13 5. Fundamentação Teórica: ... 14

5.1. Estação Elevatória de Esgoto: ... 14

5.1.1. Elementos complementares da EEE: ... 15

5.1.1.1. Gradeamento: ... 16 5.1.1.2. Caixa de areia: ... 17 5.1.1.3. Poço de sucção: ... 17 5.2. Bombas: ... 18 5.2.1. Turbo bombas: ... 18 6. Metodologia: ... 21 6.1. Localização: ... 21

6.2. Volume útil do poço de sucção: ... 22

6.3. Tempo de detenção do esgoto: ... 22

6.4. Diâmetro da tubulação de recalque: ... 22

6.5. Velocidade do fluido: ... 23 6.6. Perdas de carga: ... 23 6.6.1. Equação de Hazen-Williams: ... 23 6.7. Altura Manométrica: ... 24 6.8. NPSH disponível:... 24 6.9. Potência da bomba: ... 25 7. Cronograma: ... 26 8. Referências: ... 27

(9)

1 Introdução:

No Brasil há uma discussão muito grande quanto ao problema de saneamento básico, onde a saúde pode ser prejudicada. Para isso estão sendo criados os planos municipais de saneamento, capazes de criar objetivos nas cidades brasileiras (SANTOS, 2014).

A instalação de um sistema de coleta e tratamento de esgoto, faz com que a saúde e o saneamento melhorem, e com isso reduz a propagação de doenças causadas pela água contaminada.

De acordo com Nitatori (2016) o sistema de esgoto tem em sua composição um conjunto de instalações com o intuito de coletar, afastar, tratar de forma contínua e que não prejudique a saúde das pessoas e o meio ambiente.

Segundo Oliveira e Scazufca (2009) a infraestrutura do saneamento de esgoto nacional é precária. Os índices de abastecimento de água são razoáveis, mas no que se refere a coleta de esgoto, é ruim. E isso fica evidente quando há uma comparação com os países desenvolvidos.

O sistema na maioria das vezes é feito para escoamento gravitacional evitando o excesso de consumo de energia. Em locais onde não há desnível natural no terreno há necessidade de esgotamento através da utilização de estações elevatórias de esgoto (EEE) (NITATORI, 2016).

Para Vicente da Silva (2017) as EEEs são um conjunto de equipamentos que tem a finalidade de abrigar, operar, controlar e manter os conjuntos que possibilitam o recalque do fluido. Para que isso tenha um bom rendimento, sabe-se que esse sistema exige o emprego de bombas para seu funcionamento, sendo elas turbo-bombas ou volumétricas.

Segundo Pádua (2008) o desempenho, durabilidade e qualidade de uma bomba estão diretamente ligados à instalação, manutenção e operação. Então alguns cuidados devem ser tomados para que a bomba tenha um bom desempenho por mais tempo, e assim a interrupção do sistema devido a desgastes ou defeitos, diminuirá.

“As EEEs são essenciais para promover a universalização da coleta de esgoto sanitário e assim possibilitar o seu encaminhamento para a estação de tratamento de

(10)

esgoto” (NITATORI, 2016). Ou seja, esse sistema tem como função obter a sucção do fluído e recalca-lo para outro local, que no caso são as estações de tratamento de esgoto. A cidade de Sinop possui uma topografia plana tornando inviável apenas a utilização do escoamento por gravidade, ou seja, se faz necessária a utilização de bombas em seu sistema de escoamento.

(11)

2 Problematização:

A infraestrutura do sistema de esgoto brasileiro, como dito anteriormente, é precária. Isso pode ocasionar, além de um atraso em desenvolvimento, em propagação de doenças originadas por contaminação da água.

No ano de 2007 o governo brasileiro sancionou uma lei federal Nº 11.445 chamada de “Lei do Saneamento Básico”, onde obriga que todas as construções estejam ligadas a um sistema de esgoto, se a cidade possuir. Porém, a falta de um sistema público é muito grande, fazendo com que os proprietários utilizem o sistema de fossas e sumidouros.

O sistema de esgoto é dimensionado para operar como um conduto livre, ou seja, a força que impera é a gravitacional. De acordo com Santos (2014), com a extensão da tubulação e suas respectivas declividades, há um aumento na profundidade jusante podendo em alguns casos não ser viável economicamente devido ao custo de implantação do sistema de esgoto.

Onde não há diferença de nível topográfico, o sistema de esgoto também é prejudicado, pois a força gravitacional não é suficiente para realizar o transporte de resíduos, podendo levar o sistema ao colapso.

Este é o casa da cidade de Sinop que não possui grandes desníveis em sua topografia, onde o escoamento do esgoto pode ser prejudicado se não houver nenhum tipo de bombeamento. Problema que é ainda maior no bairro Jardim Celeste, onde a cota de menor altitude está abaixo da cota média dos bairro em seu entorno, impossibilitando o escoamento somente por gravidade para o encaminhamento do esgoto até estação de tratamento.

(12)

3 Justificativa:

A OMS diz que a cada R$ 1,00 investido em saneamento básico R$ 4,00 são economizados em gastos com saúde pública, o que garante a viabilidade econômica da implantação do sistema de esgoto.

A utilização das estações elevatórias se faz presente em locais onde o relevo não apresenta declividade e por isso há necessidade de bombeamento do fluido de um local para o outro, fazendo com o que o sistema que tinha problemas de escoamento, volte a funcionar como um conduto livre.

As EEEs encaminham o esgoto para as ETEs e com isso contribuem para o desenvolvimento sustentável, já que na maioria das vezes evita o lançamento de esgoto diretamente no corpo hídrico.

Em situações onde a rede coletora está instalada em valas com profundidades superior a três metros, o custo de execução devido ao conjunto de fatores aumenta consideravelmente. Com isso as estações elevatórias podem ser aplicadas visando uma diminuição no custo do sistema de coleta de esgoto (EPA, 2000).

Em Sinop a viabilidade da utilização de EEE no sistema de escoamento de esgoto é garantida, principalmente no bairro Jardim Celeste, pois este se encontra em nível inferior aos bairros confrontantes, formando assim uma bacia na qual há necessidade de bombeamento do fluido para um ponto que possibilite o escoamento do fluido para a ETE. Portanto a implantação de EEE na cidade auxilia no escoamento e diminui a cota de assentamento da tubulação.

(13)

4 Objetivos:

Dimensionar uma ou mais estações elevatórias de esgoto para o bairro Jardim Celeste, localizado na cidade de Sinop/MT.

4.1.Objetivos específicos:

 Determinar o volume útil do poço de sucção;

 Determinar a altura manométrica do sistema;

 Calcular o NPSH do sistema;

(14)

5 Fundamentação Teórica:

5.1.Estação Elevatória de Esgoto:

A definição de EEE segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é:

Instalação que se destina ao transporte do esgoto do nível do poço de sucção das bombas ao nível de descarga na saída do recalque, acompanhando aproximadamente as variações da vazão do afluente (ABNT, 1992, p.1).

De acordo com Tsutiya (2000), as EEEs são utilizadas quando não é possível o escoamento do esgoto por ação da gravidade, por isso se faz necessário o uso de bombeamento para garantir esse escoamento. A locação da estação geralmente acontece em locais onde o terreno é muito plano. Em contrapartida em locais com relevo mais acidentado a necessidade da implantação diminui.

O poço de sucção pode ser executado no próprio local, customizado ou até mesmo pré-fabricado. A capacidade máxima de vazão da EEE pré-fabricada fica em torno de 630 l/s, já as feitas no próprio local fica na faixa de 1,25 L/s para mais de 6300 L/s (EPA, 2000).

A classificação de uma estação elevatória de esgoto pode ser feita de diversas maneiras, as principais são: capacidade, altura manométrica, extensão da linha de recalque, método construtivo, entre outros. Para Alem Sobrinho e Tsutiya (1999) a classificação em relação à carga manométrica e capacidade são as seguintes:

Capacidade:

 Pequenas: menor que 50 L/s;

 Médias: 50 a 500 L/s;

 Grandes: maior que 500 L/s.

Carga:

 Baixas: menor que 10 m;

 Médias: 10 a 20 m;

 Altas: maior que 20 m.

De acordo com Tsutiya e Alem Sobrinho (1999) a classificação devido a capacidade e método construtivo está presente na Tabela 1:

(15)

Tabela 1: Classificação da EEE em relação ao método contrutivo

Elevatória/tipo Capacidade (m³/s)

Ejetor Pneumático <0,02

Pré-moldada (Poço úmido) 0,006 – 0,03

Pré-moldada (Poço seco) 0,006 - > 0,10

Convencional (Pequena) 0,2 – 0,09

Convencional (Média) 0,06 – 0,65

Convencional >0,65

Fonte: Tsutiya e Alem Sobrinho, 1999.

Outra forma de classificação propostas por esses dois autores é com relação ao tipo de bomba utilizada, a tabela 2 mostra essa classificação:

Tabela 2: Classificação da EEE em relação ao tipo de bomba.

Bomba Tipo de elevatória

Ejetor pneumático Elevatória com ejetor pneumático

Parafuso Elevatória com bomba parafuso

Centrífuga Elevatória convencional

Fonte: Tsutiya e Alem Sobrinho, 1999.

5.1.1. Elementos complementares da EEE:

Para Tsutiya e Alem Sobrinho (1999) as estações elevatórias de esgoto devem possuir alguns elementos que proporcionem um bom funcionamento das bombas, que são:

 Gradeamento;

 Caixa de areia;

 Poço de sucção;

 Extravazão por gravidade.

O fluido passa primeiramente pelo gradeamento afim de remover os resíduos sólidos, posteriormente entra na caixa de areia, onde a areia presente no esgoto vai para o fundo por meio de sedimentação. Com isso o esgoto passa para o poço de sucção e posteriormente é recalcado pela bomba. A função do poço pulmão é de evitar que haja um extravasamento de esgoto em caso de problemas operacionais, funcionando como um poço de sucção reserva.

(16)

Esses dispositivos complementares estão presentes para garantir que não haja nenhuma obstrução ou entupimento na bomba. A figura 1 mostra perfeitamente como é executado esse sistema:

(a)

(b)

Figura 1: Projeto de implantação EEE: (a) planta (b) corte AA Fonte: Nitatori, 2016.

A seguir serão mostrados detalhadamente cada um desses elementos, exceto o de extravazão por gravidade, já que é menos usual e mais oneroso.

5.1.1.1.Gradeamento:

Segundo a NBR 12208/92 (ABNT, 1992) são permitidos os seguintes tipos de gradeamento:

 Grade de barras, de limpeza manual ou mecânica;

(17)

 Triturado;

 Peneira.

Na grade de barras a norma recomenda que a limpeza seja realizada de forma mecanizada quando a vazão afluente final é igual ou superior a 250 L/s ou quando o volume a ser retido diariamente justifica o equipamento.

A NBR 12208/92 (ABNT, 1992) classifica o gradeamento da seguinte forma:

 Grossa: 40 mm a 100 mm;

 Média: 20 mm a 40 mm;

 Fina: 10 mm a 20 mm.

5.1.1.2.Caixa de areia:

De acordo com Nitatori (2016) os desarenadores tem a função de remover a areia contida no esgoto. Isso ocorre por meio de sedimentação, ou seja, a areia desse ao fundo do sistema devido à densidade.

5.1.1.3.Poço de sucção:

“É utilizado já que as vazões de esgoto afluente nas EEEs não são constantes e variam conforme o consumo no decorrer do dia, isto implica na necessidade de um bombeamento periódico em todo o dia” (NITATORI, 2016).

De acordo com EPA (2000) os tipos mais comuns de poço de sucção são: poço seco e poço com bomba submersível. No primeiro as bombas são posicionadas fora no poço, já no segundo a bomba é colocada no interior deste ficando submersa nos resíduos que serão recalcados, sua aplicação é recomendada para um limite de vazão de 630 L/s. As figuras 2 e 3 esquematizam os dois tipos de poço:

(18)

Figura 2: Poço seco. Fonte: Nitatori, 2016.

Figura 3: Poço com bomba submersível. Fonte: Nitatori, 2016

5.2.Bombas:

São os principais equipamentos nas estações elevatórias fornecendo, retirando ou modificando a energia do fluido em processo de escoamento (NITATORI, 2016).

As bombas utilizadas em EEE fornecem energia ao fluido para que possam haver o transporte entre dois pontos diferentes. Estes equipamentos servem para transformar a energia mecânica em energia de pressão/cinética dos líquidos. (NITATORI, 2016).

5.2.1. Turbo bombas:

Para Tsutiya (1983) existem várias classificações para turbo bombas, a primeira leva em consideração a trajetória do fluido no rotor. Em bombas com fluxo radial a

(19)

utilização se dá em locais onde há grande altura e vazão pequena. Nas bombas de fluxo axial o emprego se dá em locais de grande vazão e pouca altura.

A segunda classificação se dá pela rotação específica, a equação 1 demonstra essa rotação

:

n

q

=

n√Q √H3

4

Equação 1

Onde:

n: rotação por minuto; Q: vazão (m³/s);

H: Altura manométrica (m).

Com isso a figura 4 mostra a classificação devido a rotação específica:

Figura 4: Forma do rotor e rendimento da bomba. Fonte: Tsutiya, 1983.

A terceira classificação é devido ao sentido da disposição do conjunto. Em situações com o conjunto de eixo horizontal é mais fácil a instalação, operação e manutenção. No segundo a bomba pode estar submersa ou não.

De acordo com Nitatori (2016) as bombas com uso prolongado possui um rendimento inferior ocasionando numa demanda de potência maior devido ao desgaste.

(20)

A utilização de bombas centrífugas é muito comum devido ao baixo custo de instalação e manutenção. O fluido é recalcado para dentro da bomba através do bocal de sucção, posteriormente é rotacionado no olho, onde por meio da ação da força centrífuga, o fluido é recalcado para fora no bocal de descarga. As figuras 5 e 6 demonstram o funcionamento de uma bomba centrífuga.

Figura 5: Bomba centrífuga. Fonte: Ganghis, 2014.

Figura 6: Partes da bomba centrífuga. Fonte: Bridi, 2013.

(21)

6 Metodologia:

O desenvolvimento deste trabalho será dado pelas seguintes etapas:

 Locação das estações elevatórias;

 Calculo do volume útil do poço de sucção;

 Determinação do tempo em que o esgoto ficará detido no poço de sucção;

 Calculo da velocidade do fluido no conduto;

 Determinação da altura manométrica considerando todas as perdas de carga;

 Verificação do NPSH disponível;

 Dimensionamento do conjunto de bombas.

Neste projeto as bombas centrífugas serão utilizadas para o dimensionamento da estação elevatória, e poço de sucção do tipo seco.

6.1.Localização:

Este projeto leva em consideração o bairro Jardim Celeste, na cidade de Sinop/MT. Na figura 7 temos a delimitação do bairro por imagem de satélite:

Figura 7: Bairro Jardim Celeste. Fonte: Google Earth, 2019.

(22)

A determinação das variáveis envolvidas no dimensionamento bem como a locação da estação elevatória, serão realizadas de acordo com trabalho realizado anteriormente no qual foi dimensionada a rede coletora de esgoto para o bairro em questão.

6.2.Volume útil do poço de sucção:

A metodologia de dimensionamento do volume útil seguirá todos os requisitos estabelecidos pela NBR 12208 (ABNT, 1992). De acordo com Mendonça (2016) O volume útil do poço de sucção pode ser calculado de acordo com a equação 2:

Vu = 2,5 ∙ Q

rec

Equação 2

Onde:

Vu: Volume útil do poço de sucção (m³);

Qrec: Vazão de recalque (capacidade da bomba, m³/s).

6.3.Tempo de detenção do esgoto:

É o volume compreendido entre o fundo do poço e o nível médio de operação das bombas. A NBR 12208 (1992) admite um tempo máximo igual a 30 minutos. A equação 3 apresenta o tempo de detenção:

V

efe

= Q

med

∙ T

det Equação 3

Onde:

Vefe: volume efetivo (m³);

Qmed: vazão média afluente ao poço de sucção no início na operação (m³/min);

Tdet: tempo de detenção (min).

Mendonça (2016) complementa que o tempo deve ser o mínimo possível para evitar a anaerobiose do esgoto, e com isso eliminando eventuais folgas nas dimensões do poço de sucção.

6.4.Diâmetro da tubulação de recalque:

Mendonça (2016) indica que o diâmetro mínimo de uma tubulação de recalque é de 100 mm, em pequenas instalações o diâmetro pode ser calculado da seguinte forma:

(23)

D

i

= K ∙ √Q

rec

Equação 4

Onde:

Di: diâmetro interno da tubulação (m);

K: Coeficiente de Bresse.

6.5.Velocidade do fluido:

A NBR 12208 (ABNT, 1992) recomenda as seguintes velocidades para as tubulações:

 Sucção: 0,60 m/s < v < 1,50 m/s;

 Recalque: 0,60 m/s < v < 3,00 m/s.

O cálculo da velocidade é realizado de acordo com a equação 5:

v =

Q A

Equação 5 Onde: v: velocidade (m/s); A: área (m²). 6.6.Perdas de carga: 6.6.1. Equação de Hazen-Williams:

A perda de carga unitária será determinada pela utilização do método de Hazen-Wiliams expresso na equação 6:

J =

10,641 D4,87

∙ (

Q C

)

1,85

Equação 6 Onde:

J: perda de carga unitária.

A perda de carga total é calculada da seguinte forma:

hf = J ∙ L

Equação 7 Onde:

(24)

L: comprimento da tubulação (m).

6.7.Altura Manométrica:

Corresponde ao desnível geométrico verificado entre os níveis de água na tomada e na chegada, contando todas as perdas de carga. A equação 8 expressa a forma de determinar a altura manométrica:

H

man

= H

rec

+ H

suc

+

V²rec

2g

+

V²suc

2g Equação 8

Onde:

Hman: altuma manométrica total (m);

Hrec: altura geométrica de recalque com a soma das perdas de carga na tubulação

de recalque (m);

Hsuc: altura geométrica de sucção com a soma das perdas de carga na tubulação de

sucção (m);

V²rec

2g : perdas totais nas conexões de recalque (m/s)

V²suc

2g : perdas totais nas conexões de sucção (m/s).

6.8.NPSH disponível:

Definido como a energia que o líquido possui em um ponto imediatamente antes do flange de sucção da bomba. É a disponibilidade de energia que faz com que o líquido consiga alcançar as pás do rotor. O NPSH disponível é determinado conforme a equação 9:

NPSH

disp

=

P0 γ

− (h

suc

+

Pv γ

+ h

fsuc

)

Equação 9 Onde:

𝑃0: pressão atmosférica em função da altitude (m);

γ: densidade da água;

hsuc: altura geométrica de sucção (m);

Pv

(25)

hfsuc: perda de carga total na sucção (m).

6.9.Potência da bomba:

A potência mínima necessária em um conjunto elevatório pode ser verificada de acordo com a equação 10:

P =

Hman∙Qrec

75∙ηm∙ηb Equação 10

Em que:

P: potência da bomba (cv);

Hman: altura manométrica (m);

ηm: rendimento do motor;

ηb: rendimento da bomba.

A eficiência dos equipamentos de recalque é apresentado por Azevedo Netto et al (1998) nas tabelas a seguir:

Tabela 3: Rendimento de motores elétricos.

Fonte: Azevedo Netto et al, 1998. (Adaptado) Tabela 4: Rendimento de bombas centrífugas.

(26)

7 Cronograma: Atividades Meses 1 2 3 4 5 6 Coleta de dados Dimensionamento Redação do artigo Revisão e entrega Defesa do trabalho

(27)

8 Referências:

ALEM SOBRINHO, P.; TSUTIYA, M. T. Coleta e transporte de esgoto sanitário. São Paulo: Winner Graph, 1999. 548p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12.208: Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário. Rio de Janeiro: ABNT, 1992.

AZEVEDO NETTO, J. M. de A. et al. E. Manual de hidráulica. 8. ed. São Paulo: Blucher, 1998.

BRIDI, A. B.; Avaliação do consumo energético no controle de vazão em sistema de

bombeamento utilizando válvulas mecânicas e inversores de frequência – experiências laboratoriais e estudo de caso. Cuiabá – Universidade Federal de Mato

Grosso, 2013.

GANGHIS, Diógenes. Bombas industriais: escoamento e transferência de fluidos. CEFET – BA, 2014.

MENDONÇA, S. R.; MENDONÇA, L. C. Sistemas sustentáveis de esgotos. São Paulo: Blucher, 2016.

NITATORI, Diogo H. Avaliação operacional de estação elevatória de esgoto

utilizando eficiência energética: Estudo de caso na cidade de Itaí/São Paulo. 2016.

144f. Dissertação (Mestrado em recursos hídricos, energéticos e ambientais) – Faculdade de engenharia civil, UNICAMP. Campinas/São Paulo.

OLIVEIRA, Gesner; SCAZUFCA, Pedro. A economia do saneamento. São Paulo: Singular, 2009. 224p.

PÁDUA, V. L. Abastecimento de água – Operação e manutenção das estações

elevatórias de água. ReCESA – Rede Nacional de Capacitação e Extensão Tecnológica

em Saneamento ambiental, 2008.

SANTOS, I. P. Estudo de alternativas para concepção de sistemas esgotamento

sanitário em áreas isoladas, conforme metas 35, 36, 37 e 38 do plano de saneamento básico de Florianópolis/SC. 2014. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso em

Engenharia Sanitária e Ambiental) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis/SC.

(28)

SILVA, C. F. V. Avaliação das estações elevatórias de água bruta, na estação de

tratamento Camping Club, Sinop/MT. 2017. Artigo (Trabalho de Conclusão de Curso)

– Universidade do Estado de Mato Grosso. Sinop/MT.

TSUTIYA, M. T.; Estações elevatórias de esgoto: principais aspectos de projetos. 1983. 201f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Escola Politécnica, Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1983.

TSUTIYA, M. T.; ALEM SOBRINHO, P. Coleta e transporte de esgoto sanitário. São Paulo: Departamento de engenharia hidráulica e sanitária da escola politécnica da universidade de São Paulo, 2000.

US ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. EPA 832-F-00-073: Collection Systems Technology Fact Sheet Sewers, Lift Station. Washington: US Environmental

Protection Agency, 2000, 8p. Disponível em:

http://water.epa.gov/scitech/wastetech/upload/2002_06_28_mtb_sewers-lift_station.pdf Acesso em: 15 abr. 2019.

Referências

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