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EIXO TEMÁTICO V

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Academic year: 2021

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EIXO TEMÁTICO V

Cuidado à mulher no âmbito da atenção básica e hospitalar

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32228 - Assistência ao pré-natal de baixo risco por estudantes de graduação: relato de experiência

Maiana Paiva; Poliana Santos

Instituição: Escola de Enfermagem da UFBA.

Introdução: O pré-natal é fundamental para prevenir, diagnosticar e tratar agravos relacionados à saúde de gestantes.

Em contrapartida, ainda é alta a taxa de mortalidade materna, apesar da cobertura do pré-natal ofertado pelo sistema único de saúde no Brasil ser elevada (GAMA et.al, 2014). Esse dado reflete na necessidade de se adotar estratégias que visem melhorar a assistência prestada às gestantes nesse período. Na rede básica de saúde o pré-natal é realizado pelo enfermeiro e pelo médico. As atividades práticas para futuros profissionais de saúde contribuem sobremaneira para a formação do enfermeiro, permitindo que os estudantes entrem em contato com os usuários dos serviços de saúde e assim utilizem os conhecimentos teóricos na prática (NASCIMENTO et. al., 2007). Objetivo: Neste sentido, o presente relato tem como objetivo descrever a experiência de graduandas de enfermagem na assistência ao pré-natal de baixo risco em uma maternidade escola na cidade de Salvador-Bahia. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência com caráter descritivo- observacional constituindo de aspectos vivenciados pelas autoras no programa de extensão da Universidade Federal da Bahia, no período de janeiro a agosto de 2016, em uma maternidade pública de Salvador/BA/Brasil. Discussão: A atuação do enfermeiro na consulta de pré-natal é vasta, possibilitando ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Durante a prática observou-se que o tempo de atendimento ainda é um grande problema na assistência pré-natal devido à demanda dos profissionais, não abordando assuntos importantes deste período. E como o pré-natal é um momento chave para o estabelecimento de vínculo com a gestante, é imprescindível ouvir as queixas da gestante atentamente e esclarecer todas as dúvidas. As práticas educativas são de suma importância nesta fase, e preconizadas pelo Ministério da Saúde, porém, os profissionais não realizam essa prática, alegando muitas vezes o curto tempo das consultas e a falta de interesse das mulheres. As atividades educativas na maternidade eram realizadas pelos estudantes, onde se pode perceber que este momento é crucial para a retirada de dúvidas, entrosamento e criação de vínculo entre as gestantes e os profissionais de saúde.

Conclusão: A participação de graduandas de enfermagem na assistência ao pré-natal constitui uma potente

ferramenta de instrumentalização, possibilitando o compartilhamento de conhecimentos com as mulheres, dessa forma ampliando os horizontes de uma prática mais humana, tornando os estudantes sujeitos mais críticos e potenciais modificadores de uma realidade.

Descritores: Cuidado Pré-Natal, Assistência, Gravidez. Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012. 318 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n° 32).

GAMA, S. G. N; MARTINELLI, K. G; OLIVEIRA, A. E; SANTOS NETO, E.T. Adequação do processo da assistência pré-natal segundo os critérios do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento e Rede Cegonha. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. vol.36 no.2 Rio de Janeiro Feb. 2014. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032014000200056. Acesso em 17 de ago. 08/2016. MEDEIROS, V. C.; PERES, A. M. Atividades de formação do enfermeiro no âmbito da atenção básica à saúde. Texto contexto - enferm., Florianópolis, v. 20, n. spe, 2011 . Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/tce/v20nspe/v20nspea03.pdf. Acesso em 18 de ago. de 2016.

NASCIMENTO, M.S., NERY, V.A.S., RODRIGUES, V.P., SANTOS, F.P.A. Oficinas Pedagógicas: construindo estratégias para a ação docente – relato de experiência. Rev. Saúde.

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32404 - Depressão pós-parto e a assistência de enfermagem na atenção básica

Tayná Lima dos Santos; Fernanda de Medeiros Leônidas; Allan Martins Ferreira; Francisca Elidivânia de Farias Camboim; Maryama Naara Félix de Alencar Lima

Instituições: Universidade Federal da Paraíba – UFPB; Faculdades Integradas de Patos-PB

Introdução: Considerada um grande problema de saúde pública, a depressão é uma doença que afeta o estado

biológico, psicológico e social do indivíduo. Na depressão pós-parto (DPP) esse quadro patológico pode ser ainda mais perigoso, pois compromete tanto a vida materna, como o desenvolvimento do bebê e a interação mãe-filho. A DPP apresenta uma incidência que varia de 10% a 20% na estatística de um caso para cada 1.000 mães (LEUNG; ARTHUR; MARTINSON, 2005; AUSTIN et al., 2008). Tendo em vista que o enfermeiro é o profissional que está mais próximo da mulher durante a gestação e também no pós-parto, é necessário que este saiba identificar fatores ou condições que sejam considerados ricos ou agravantes para a saúde da mulher. (VALENÇA; GERMANO, 2010). Objetivo: O estudo teve como objetivo compreender o conhecimento dos enfermeiros sobre a depressão pós-parto (DPP) e a assistência de enfermagem na Atenção Básica, bem como relatar o entendimento dos enfermeiros sobre os sinais e sintomas desta doença; conhecer as ações desenvolvidas para prevenir a DPP e identificar para onde são encaminhadas as mulheres com depressão pós-parto. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo, de campo, com abordagem quantitativa, realizado nas Estratégias de Saúde da Família localizadas no município de Patos - PB. A amostra foi constituída por 51,2% (20) dos profissionais que aceitaram participar da pesquisa e seguiram os seguintes critérios de inclusão: Ter no mínimo 1 ano de atuação na ESF; estar presente no momento da pesquisa. Foram excluídos aqueles que não aceitaram participar da pesquisa, aqueles que após duas tentativas de localizar o profissional, o mesmo não foi encontrado ou os que não se encaixaram nos critérios de inclusão, totalizando uma amostra de 19 enfermeiros. Foi usado como instrumento de coleta de dados, um questionário elaborado pelos autores contendo questões abertas e fechadas acerca da caracterização sócio-demográfica e dados referentes ao objeto de estudo. Os dados foram coletados no período de Março de 2015 e submetidos à análise estatística simples. Resultados: Os principais resultados encontrados neste estudo demonstram que todos os entrevistados detêm conhecimento sobre sinais e sintomas da DPP, contudo, observa-se que a maioria enfatiza apenas os sintomas mais comuns como rejeição da criança, tristeza e desânimo, choro e alterações do sono, humor e alimentação; negligenciando assim vários outros sintomas necessários para identificação e intervenções eficazes, o que pode fazer com que a DPP passe despercebida, ficando muitas vezes subdiagnosticada. Verificou-se que a maior parte dos enfermeiros tem conhecimento sobre o tempo que a DPP pode se manifestar, o que é fundamental para que não confundam a depressão pós-parto com a depressão maior. Percebe-se que há uma fragilidade quanto às ações desenvolvidas pelos profissionais para prevenir esta patologia. Conclusões: Este estudo possibilitou uma compreensão sobre o tema discutido e sobre a assistência que deve ser oferecida frente a uma DPP, contribuindo assim para o desenvolvimento de ações que possibilitem o norteamento na identificação de agravos a saúde mental da mulher durante o ciclo gravídico puerperal.

Descritores: Depressão pós-parto. Cuidados de enfermagem. Atenção primária à saúde. Referências

LEUNG, S.; ARTHUR D. G.; MARTINSON, I. Stress in women with postpartum depression: a phenomenological study. J Adv Nurs 2005;51(4):353-60. Disponível em <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16086804>. Acesso em: 20 de Abril de 2014.

VALENÇA, C. N.; GERMANO, R. M. Prevenindo a depressão puerperal na Estratégia Saúde da Família: Ações do enfermeiro no pré-natal. Rev. Rene. Fortaleza, v. 11, n. 2, p. 129-139, abr./jun. 2010. Disponível em

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32492 - Depressão pós-parto e as repercussões no filho

Ana Alice Ribeiro do Nascimento; Jéssica de Oliveira Georopoulos; Anna Catharina Pardini; Nadine Teixeira da Silva; Carla Mariellen de Paula Dos Santos

Introdução: A depressão pós-parto é uma patologia ligada ao psicológico e atinge em média cerca de 30% das

mulheres. A DPP é também confundida com a Baby Blues; a diferença entre elas são a relação a sua gravidade no quadro e o que ele tem de incapacitante, afetando a funcionalidade da mãe e pondo em perigo seu bem-estar e o do bebê. Além da evidencia necessidade de cuidados da mulher, a DPP é um fator de risco para a saúde mental do bebê e, portanto, requer toda essa atenção. Objetivo: compreender como a depressão pós-parto pode afetar o nascimento até o desenvolvimento da criança. Métodos: O método escolhido foi à revisão integrativa. Esta permite a construção de uma análise ampla da literatura. Foi utilizada base de dados da Scielo, Lilacs, Medline, utilizando as palavras chave, depressão pós-parto, recém-nascido, mulher. Resultados: Os efeitos da depressão materna não se limitam ao atraso no desenvolvimento dos primeiros tempos de vida, mas pode ocasionar alterações na interação mãe-filho após o nascimento e na primeira infância prejudicando no desenvolvimento da linguagem, cognitivo e comportamental, em longo prazo, o que pode ser minimizado por um processo de detecção precoce de risco ao desenvolvimento infantil. Estudo recente mostrou que os maiores níveis de depressão e ansiedade durante a gravidez foram associados à interrupção da amamentação, interferindo no crescimento e desenvolvimento da criança. Mães com sintomas de depressão em níveis mais elevados apresentam uma probabilidade maior de alimentar seus bebês com mamadeira três meses após o parto. Em contrapartida, pesquisas que procuraram relações entre dados antropométricos das crianças e depressão materna não têm sustentado a influência de fatores psicossociais e sociodemográficos. Nesse contexto, há necessidade de mais estudos aprofundando o tema, devido às controversas existentes. Conclusão: A depressão pós-parto tem grande influência no desmame precoce, prejudicando assim o desenvolvimento da criança como também o seu crescimento saudável. Ações de enfermagem durante o pré-natal como no puerpério deverão ser estimuladas objetivando evitar o desmame precoce.

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32543 - O cuidado de enfermagem às parturientes: a voz das mulheres

Jéssica Lane Cabral Soares1; Nirliane Ribeiro Barbosa2; Sandra Taveiros de Araújo3; Kyvia Cristiane Lúcio da Silva4

Introdução: O cuidado em enfermagem à mulher que vivencia o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato parece

fundamental para a percepção da mesma em relação ao período gravídico-puerperal. Para Dias e Domingues (2005) a prática do profissional de enfermagem junto à parturiente pode possibilitar a construção de um relacionamento terapêutico, pautado no estabelecimento de vínculo e confiança, que unido com as ações médicas, irão possibilitar a condução de um trabalho de parto resolutivo e menos intervencionista. Esse universo sugere humanizar o parto, que significa colocar a mulher no centro e no controle como sujeito de suas ações, participando intimamente e ativamente das decisões sobre seu próprio cuidado (SILVA; BARBIERI; FUSTINONI, 2011). Contudo, há necessidade de avaliação da prática do cuidado de enfermagem à mulher parturiente, sendo este estudo guiado pergunta de pesquisa: Qual a concepção das mulheres sobre o cuidado de enfermagem recebido durante o pré-parto, parto e pós-parto imediato?

Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar a concepção das mulheres sobre o cuidado de enfermagem durante

o pré-parto, parto e pós-parto imediato. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Alagoas por meio do parecer no

621.703. Foram entrevistadas 10 puérperas de parto transvaginal, com base em amostra determinada pelo período de coleta de dados, cadastradas em três Unidades Básicas de Saúde de Arapiraca – AL. A coleta ocorreu no período de maio a junho de 2014, seguindo entrevista semiestruturada, gravada e transcrita na íntegra, para Análise de Conteúdo (AC) mediante Bardin. Resultados: Da análise dos resultados emergiram três categorias: a) A enfermagem (des)cumprindo seu papel; b) A prática da enfermagem como cuidado compartilhado; c) Vivência do cuidado de enfermagem: dicotomia entre cuidado e violência. Os resultados evidenciaram que a forma que a parturiente se sente cuidada está pautada diretamente na forma que ela é acolhida pelos(as) profissionais de enfermagem e no vínculo que é construído, ou não, entre a mesma e a equipe. Conclusão: Apesar do incentivo e implantação de profissionais especializados(as) para o cuidado de enfermagem à mulher durante o trabalho de parto e parto como estratégia de humanização nesse contexto, são necessários ajustes nessa prática de modo que resgatem o cuidado voltado à experiência plena da mulher durante o processo parturitivo.

Descritores: Cuidados de enfermagem; Saúde da Mulher; Salas de parto Referências

DIAS, M.A.B; DOMINGUES, R.M.S.M. Desafios na implantação de uma política

de humanização da assistência hospitalar ao parto. Ciencia Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, Set. 2005. SILVA, L. M; BARBIERI, M; FUSTINONI, S. M. Vivenciando a experiência da parturição em um modelo assistencial humanizado. Revista brasileira de enfermagem, Brasília, v. 64, n. 1, Fev. 2011.

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1 Professora no Centro de Ensino Profissionalizante de Alagoas /Palmeira dos Índios.

2 Professora Adjunta no curso de Enfermagem da Universidade Federal de Alagoas, Campus Arapiraca

3 Professora Auxiliar no curso de Enfermagem da Universidade Federal de Alagoas, Campus Arapiraca. Enfermeira na Maternidade

Escola Santa Mônica, Maceió-AL.

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32541 - Aceitabilidade da realização de cervicografia digital entre mulheres com histórico de lesões

relacionadas ao HPV

Ingridy da Silva Medeiros; Tyane Mayara Ferreira de Oliveira; Diego Jorge Maia Lima; Hellen Lívia Oliveira Catunda; Ana Karina Bezerra Pinheiro

Instituição: Universidade Federal do Ceará.

Introdução: Mundialmente, o Câncer de Colo Uterino (CCU) é o quarto tipo mais comum entre mulheres, sendo a

causa de 265 mil óbitos nessa população em 2012. Para o ano de 2016, são esperados 16.340 casos novos desse tipo de neoplasia no Brasil. Há evidências convincentes de que a infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV) é a principal causa de neoplasia cervical. O exame citopatológico convencional (Papanicolaou) é a estratégia preponderante em programas de rastreamento do CCU no mundo (BRASIL, 2015). Cervicografia Digital (CD) é um método alternativo para identificação de lesões precursoras e do CCU, em que imagens digitais captadas do colo uterino são avaliadas em computador e analisadas de acordo com os critérios de positividade propostos e validados por Franco (2005). Por ser um método novo e ainda não inserido na realidade das consultas brasileiras, a CD poderia provocar relutância entre as mulheres. Nesse sentido, torna-se importante a realização de pesquisas que averiguem a aceitação da CD como método diagnóstico complementar ao exame Papanicolaou. Objetivos: Descrever a aceitabilidade de mulheres com histórico de lesões relacionadas ao HPV quanto à realização da Cervicografia Digital.

Metodologia: Estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado em Unidade de Saúde de Fortaleza∕CE entre

julho e agosto de 2015 com 33 mulheres selecionadas mediante prontuários das consultas de Enfermagem ginecológica e que apresentavam histórico de lesões por HPV. Uma entrevista por meio de instrumento estruturado, o exame Papanicolaou e a CD foram realizadas pelo Enfermeiro durante a consulta e os dados obtidos foram compilados e analisados com o auxílio do programa Software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0. A pesquisa foi aprovada sob protocolo número 329.630, sendo respeitados os aspectos éticos conforme Resolução 466/2012. Resultados: A média de idade entre as mulheres avaliadas foi de 39 anos, a maioria declarou-se parda, tinha o ensino médio, era casada ou em união estável e ganhava entre um e dois salários mínimos. Quanto à aceitabilidade da realização da CD durante a consulta ginecológica, o método foi aceito e realizado em 100% das mulheres e, em nenhum momento, elas declararam desconforto além do habitual ao exame Papanicolaou. Tal achado corrobora com os estudos de Franco et al. (2008), Anjos et al. (2010) e Rodrigues et al. (2013), os quais também confirmaram 100% de aceitabilidade e exequibilidade entre as clientes, além da ausência de incômodo demasiado. O tempo adicional de cinco minutos ao exame citopatológico convencional não foi considerado excessivo por elas. Todas afirmaram que indicariam o método a outras mulheres da comunidade. Conclusões: CD teve total aceitação entre as mulheres do presente estudo, revelando que outros experimentos devem ser realizados com amostras maiores e em outros contextos a fim de fundamentar esse método diagnóstico complementar ao exame Papanicolaou como exequível na rotina das unidades de saúde. Ressalta-se ainda a relevância da realização de estratégias de educação em saúde por enfermeiros no que se refere ao esclarecimento de novos exames a essa população.

Descritores: Enfermagem. Exame ginecológico. Papillomaviridae. Referências:

ANJOS, S.J.S.B; VASCONCELOS, C.T.M; FRANCO, E.S; ALMEIDA, P.C; PINHEIRO, A.K.B. Fatores de risco para câncer de colo do útero segundo resultados de IVA, citologia e cervicografia. Rev Esc Enferm USP, v.44, n.4, p.913-20, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativa 2016: Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro (RJ): INCA; 2015.

FRANCO, E.S; HYPPÓLYTO, S.B; FRANCO, R.G.F.M; ORIÁ, M.O.B; ALMEIRA, P.C; PAGLIUCA, L.M.F; ROCHA, N.F.P. Critérios de positividade para cervicografia digital: melhorando a sensibilidade do diagnóstico do câncer cervical. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, n. 11, Nov. 2008.

FRANCO, E.S. Cervicografia digital uterina: Validação da técnica e dos critérios de positividade. 2005. 127 f. Tese (doutorado em enfermagem) – Departamento de enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2005.

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32552 - A persistência de casos de sífilis e a vulnerabilidade de mulheres em situação de violência

Aimée de Carvalho Leite Menezes, Luciana Pereira Araújo, Tatiane Cunha Florentino.

Instituição: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.

Introdução: A violência de gênero em mulheres com diagnóstico de doenças sexualmente transmissíveis tende a ser

um problema de difícil rompimento, uma vez que, na maioria dos casos, é provocada por parceiros íntimos e entre outras questões, envolve afetividade e dependência econômica. A revelação do diagnóstico provoca atos violentos, o que dificulta o tratamento do parceiro sexual, e possivelmente, traz implicações para o controle das DST, impedindo a adequação do tratamento da gestante com sífilis, comprometendo o controle do tipo da sífilis congênita. Objetivo: Descrever a relação entre a ocorrência da sífilis e a violência sexual sofrida por mulheres que relatam relacionamento estável. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência das autoras em um serviço de saúde que presta assistência a mulheres com diagnóstico de sífilis. Resultados: A violência é um problema que é real em ambos os sexos, porém as mulheres tornam-se mais vulneráveis devido às questões de gênero e ao machismo que impera na sociedade. Pôde-se constatar neste estudo que as mulheres com DST vivenciam situações de violência de gênero por parte dos parceiros após a revelação do diagnóstico. Conclusão: Mulheres com sífilis ou outras doenças sexualmente transmissíveis encontram dificuldade tanto para revelar o diagnóstico ao parceiro, como para tratar dado que nas duas situações a vulnerabilidade é permeada por questões sociais que as condicionam a violência sexual, física e psicológica.

Descritores: Violência, Maus Tratos Conjugais, Doença Sexualmente Transmissíveis. Referências

ANDRADE, R. F. V. et al. Violência por parceiro íntimo após diagnóstico de doenças sexualmente transmissíveis. Rev Saúde Pública 2015;49:3. DOI:10.1590/S0034-8910.2015049005424

ARAÚJO, M. A. L. et al. Violência de gênero em mulheres com diagnóstico de doenças sexualmente transmissíveis no nordeste do Brasil. Revista Baiana de Saúde Pública v.36, n.3, p.713-726 jul./set. 2012

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32561 - Não adesão das gestantes e parceiros ao tratamento da sífilis: um desafio na atenção primária

Aimée de Carvalho Leite Menezes, Luciana Pereira Araújo, Tatiane Cunha Florentino.

Instituição: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.

Introdução: A Sífilis Congênita ainda é considerada um importante problema de saúde pública, mesmo sendo uma

doença que pode ser evitada por meio da assistência pré-natal realizado com qualidade, dos recursos disponíveis e informações adequadas. Objetivo: Refletir sobre a não adesão das gestantes e parceiros ao tratamento de sífilis.

Metodologia: Trata-se de um estudo reflexão, embasado na vivência das autoras em serviços de saúde que prestam

atendimento neonatal e utilizando como fundamentação teórica estudos realizados na Atenção Primária e que abordavam a temática da sífilis. Resultados: Mesmo o diagnóstico e o tratamento da sífilis sejam de fácil acesso e baixo custo na Atenção Primária, a sífilis congênita persiste sendo um problema de saúde pública dada à permanência elevada dos casos. Para uma boa adesão dos parceiros ao tratamento, o acolhimento, empatia, comunicação eficaz, são ações essenciais para a construção do vínculo entre profissionais da Atenção Básica e usuários. O vínculo é de fundamental importância para a melhoria do atendimento, pois é a partir desse componente que o enfermeiro estabelece uma relação de confiança com o usuário no cotidiano. Este cenário revela a peculiaridade e a necessidade de intensificação de ações de promoção da saúde, uma vez que parte das mães de crianças com sífilis congênita declaram nos serviços de saúde relacionamento conjugal estável e duradouro. Conclusão: A enfermeira tem papel importante junto as pessoas portadores de sífilis e no controle e prevenção da doença tanto no desenvolvendo de atividades de promoção e prevenção, como intervindo na família ou em toda comunidade, detectando situações e fatores de risco, promovendo educação em saúde e contribuindo para o diagnóstico precoce, adesão e tratamento efetivo do paciente e também do parceiro sexual.

Descritores: Sífilis congênita. Transmissão vertical. Atenção primária. Referências

RODRIGUES, A. R. M. et al. Atuação de enfermeiros no acompanhamento da Sífilis na atenção primária. Revista de Enfermagem UFPE online., Recife, 10(4):1247-55, abr., 2016.

VASCONCELOS, M. I. O. et al. Estratégias e desafios dos enfermeiros da atenção básica para o tratamento simultâneo da sífilis. Trabalho apresentado ao 5º Congresso Ibero-Americano em Investigação Qualitativa, 2016.

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32566 - A percepção dos profissionais de saúde sobre violência obstétrica

Thamyres Queiroz de Lima; Nirliane Ribeiro Barbosa

Instituição: Universidade Federal de Alagoas, Campus Arapiraca.

Introdução: Com a implementação do Programa de Humanização do Parto, Pré-natal e Nascimento pelo Ministério da

Saúde do Brasil, preconiza-se o acolhimento da mulher e do recém-nascido, enfocando a adoção de valores de autonomia e protagonismo, estimulando a corresponsabilidade entre os agentes atuantes no parto (BRASIL, 2002). No entanto, segundo pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo, uma em cada quatro mulheres brasileiras sofre violência no parto (VENTURI et al., 2010). Este tipo de violência é denominada violência obstétrica, de acordo com a Lei Orgânica sobre o Direito das Mulheres a uma Vida Livre da Violência, aprovada pela Assembleia Nacional da República Boliviana da Venezuela em 2007. Objetivo: Diante disso, o objetivo deste estudo foi analisar a percepção dos profissionais de saúde sobre violência obstétrica. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e de caráter descritivo nas Maternidades do município de Arapiraca-AL, vinculadas a estratégia Rede Cegonha. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Alagoas sob parecer No 1.350.370. A coleta de dados foi realizada com 30 profissionais de saúde, entre enfermeiros(as), fisioterapeutas, médicos e assistentes sociais, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, baseada em um roteiro de entrevista semiestruturada. Para a análise dos dados, foi realizada a técnica de análise de conteúdo de Bardin.

Resultados: É notório que a violência obstétrica é um termo ainda pouco conhecido entre os profissionais de saúde,

no entanto muitos entrevistados puderam perceber maltrato contra a parturiente durante sua jornada de trabalho. Ademais, muitas das profissionais participantes do estudo relataram ter sofrido este tipo de violência, e referem ter sido cometido principalmente pelo profissional médico. Conclusões: Diante dos achados é preciso divulgar a temática violência obstétrica, tanto entre gestantes, durante o pré-natal, enfatizando seus direitos na assistência a gestação, parto e puerpério e contribuindo para empoderá-las, quanto entre profissionais de saúde, de nível superior ou não, realizando educação continuada dentro dos serviços de saúde, além de incorporar na legislação brasileira as medidas cabíveis para tais atos.

Descritores: Violência contra a mulher; Obstetrícia; Pessoal da saúde. Referências

ASSEMBLÉIA NACIONAL DA REPÚBLICA BOLIVIANA DA VENEZUELA. Lei Orgânica sobre o Direito das Mulheres a uma Vida Livre da Violência. 2007.

BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Humanização do Parto, Humanização do Pré-natal e Nascimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.

VENTURI, W. et al. Mulheres brasileiras e gênero nos espaços públicos e privados. Fundação Perseu Abramo e SESC. 2010.

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32597 - Presença de acompanhantes no trabalho de parto: a percepção das mulheres

Maiara Cavalcanti de Souza Costa; Lígia Guerreiro dos Santos; Millani Souza de Almeida; Isa Maria Nunes; Catarina Chagas da Cruz Lopes

Instituição:Universidade Federal da Bahia.

Introdução: A presença de um acompanhante de escolha da mulher no momento do parto é considerada como uma

das “boas práticas” de atenção ao parto pela Organização Mundial de Saúde, pois promove mais segurança e conforto, ajudando no controle da ansiedade nesse momento. Além disso, auxilia para um bom andamento do trabalho de parto, o menor uso de analgesia e anestesia e a experiência positiva do processo do nascimento. (MILBRATH et al, 2010). A portaria 2.418 de 2 de dezembro de 2005 regulamentou a Lei do acompanhante n º 11.108 de 7 de abril de 2005, que garante a mulher o direito a presença de um (a) acompanhante de sua escolha durante período do trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, nos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) na rede própria ou conveniada. Objetivo: descrever a percepção das puérperas sobre a participação de acompanhantes no seu trabalho de parto e parto. Metodologia: Estudo exploratório descritivo do tipo qualitativo. Obedeceu aos aspectos éticos, conforme a Resolução nº. 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. A pesquisa foi realizada em uma maternidade pública de Salvador/Ba. As participantes da pesquisa foram treze puérperas de parto normal, hospitalizadas no Alojamento Conjunto. Utilizou-se a técnica de entrevista orientada por um roteiro semiestruturado. A análise das informações ocorreu mediante a análise de conteúdo, conforme as etapas descritas por Bardin.

Resultados: Predominaram entrevistadas de 18 a 35 anos de idade, na maioria pardas e com nível de escolaridade

baixo, sendo a maioria donas de casa ou atuando no mercado informal de trabalho. As (os) acompanhantes foram pessoas próximas da parturiente, sendo mães, prima, tia, irmã, sobrinha e maridos. A análise do material empírico fez surgir as seguintes categorias: o suporte oferecido com a presença dos/as acompanhantes; como foi ter o marido e os familiares como acompanhantes; de que forma ocorreu a participação dos/as acompanhantes; a Lei do acompanhante foi respeitada. A participação masculina realçou que o companheiro/pai, nesse momento único, pode contribuir para o fortalecimento de laços conjugais e familiares. As depoentes perceberam que a presença de acompanhantes lhe ofereceu suporte na evolução do trabalho de parto. Houve envolvimento efetivo dos/as acompanhantes nos cuidados prestados e isso foi percebido como garantia de respeito à lei do acompanhante.

Conclusão: A maioria das mulheres conhece a lei. A inclusão de acompanhantes vem se destacando e é percebida

como muito favorável para que possam oferecer adequado suporte à parturiente durante o trabalho de parto.

Descritores: Parto. Acompanhante. Boas Práticas. Referências

MILBRATH, Viviane Marten; AMESTOY, Simone Coelho; SOARES, Deisi Cardoso; SIQUEIRA, Hedi Crecencia Heckler de. Vivências maternas sobre a assistência recebida no processo de parturição. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, v. 14, n. 2, p. 462-467, 2010.

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32601 - Parto extra-hospitalar acidental: caracterizando os familiares envolvidos

Virgínia de Andrade Santiago; Mariana Tristão Saba; Lígia Guerreiro dos Santos; Millani Souza Almeida; Isa Maria Nunes

Instituição:Universidade Federal da Bahia.

Introdução: Partos extra-hospitalares acidentais são partos que ocorrem fora do ambiente hospitalar de forma

inesperada e sem assistência adequada. Devido ao caráter acidental desses partos, as mulheres geralmente contam com a ajuda de pessoas do seu convívio diário, como amigos(as) e familiares, ou até mesmo de pessoas desconhecidas que estejam presentes no momento. Trata-se de um evento que atinge populações específicas, que possuem uma caracterização sociodemográfica mais vulnerável. Fatores associados aos casos de partos acidentais extra-hospitalares incluem situações de risco à gestante, como baixa escolaridade, mulheres solteiras, multiparidade e falta de assistência pré-natal, além de fatores não controláveis como o trabalho de parto de pequena duração, exigindo, assim, um atendimento médico de urgência (ALMEIDA et al, 2005). Os familiares que participam de partos nesse contexto desempenham importante papel importante para que o desfecho do parto seja o melhor possível, tanto para a mãe, quanto para o recém-nascido(a). Objetivo: Caracterizar familiares que participaram de partos extra-hospitalares acidentais. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória e retrospectiva, de cunho quanti-qualitativo, que teve como depoentes dez familiares que participaram de partos extra-hospitalares acidentais ocorridos no município de Salvador-Ba, entre 1º de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2014. Para a coleta de dados utilizou-se a entrevista realizada por telefone, orientada por um roteiro semiestruturado. Os dados obtidos na parte quantitativa do estudo foram organizados em tabelas e quadros e analisados por meio de frequência simples, buscando caracterizar o grupo estudado, quanto às suas características sociodemográficas, a partir das seguintes variáveis para a caracterização dos participantes: idade, cor (autodeclarada), estado civil, escolaridade, ocupação, renda familiar e grau de parentesco/vínculo com a mulher. Resultados: Participaram da pesquisa dez pessoas próximas de mulheres que vivenciaram a experiência do parto extra-hospitalar acidental, possuindo diferentes vínculos com as parturientes: maridos/companheiros, vizinhos (as), irmãos (ãs), genitora, avó, sogra e amiga, com idades que variaram de trinta e dois a sessenta e dois anos. A maioria residia em bairros considerados periféricos do município de Salvador-Ba, em regiões onde o acesso a atenção obstétrica tem acumulado dificuldades. Possuíam renda entre um e três salários mínimos, baixa escolaridade e de raça/cor, confirmando que fazem parte da população considerada de baixa renda. Houve predomínio de mulheres, pardas e negras, o que realça a solidariedade presente entre as mulheres quando da ocorrência de um parto acidental. Conclusão: As características sociodemográficas das pessoas entrevistadas apontam para a vulnerabilidade a estiveram expostas as gestantes socorridas no momento do parto acidental. Nesse contexto, destaca-se a importância da educação da gestante e sua família durante o pré-natal é um ponto a ser levado em consideração, uma vez que as orientações fornecidas durante as consultas podem auxiliá-los a identificar os sinais e sintomas do trabalho de parto verdadeiro, evitando a ida precoce da gestante à maternidade.

Descritores: Parto. Parto domiciliar. Família. Trabalho de parto. Referências

ALMEIDA, Márcia; et al. Partos domiciliares acidentais na região sul do Município de São Paulo. Rev Saúde Pública; 39(3):366-375. São Paulo, 2005.

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32637 - Programas e políticas de saúde: avaliação da qualidade de atenção pré-natal

Iana Tosta Santana; Átila Araújo Sena; Élida Souza Barreto; Anne Jacob Souza Araújo

Instituição: Centro Universitário Jorge Amado-UNIJORGE

Introdução: A assistência pré-natal deve cobrir toda a população de gestantes, assegurando o acompanhamento

desde o início da gravidez, para que ao final ocorra o nascimento de uma criança saudável e a garantia do bem-estar materno e neonatal tendo como objetivo prevenir, identificar ou corrigir as intercorrências maternas fetais e também instruir a gestante sobre a gravidez, parto, puerpério e cuidados com o recém-nascido. Objetivo: Fazer uma análise histórica da evolução da qualidade da atenção pré-natal diante dos programas e políticas adotados no país.

Metodologia: Trata-se de um estudo bibliográfico baseado em dez artigos e nos seis programas e manuais do

Ministério da Saúde referentes saúde da mulher. Para possibilitar reflexão e entendimento acerca do progresso histórico da temática os artigos foram selecionados nas bases de dados: SciELO e BDENF, utilizando a associação dosdescritores: Cuidado pré-natal; Saúde da Mulher Qualidade da Assistência à Saúde da Mulher; Mortalidade Materna. Foram incluídos na seleção artigos publicados de 2011 a 2015, em português, e disponíveis na íntegra, e excluídos os repetidos e incompletos. Resultados: Os estudos apontam que a adequação da atenção pré-natal no Brasil está relacionada à cobertura e acesso, início precoce e número mínimo de consultas, diagnósticos e exames básicos, informações recebidas no momento das consultas, acompanhamento com o mesmo profissional, orientação e vinculação com maternidade de referencia para o parto, registros dos atendimentos. Estudos realizados no Brasil revelaram que tem conseguido atingir boa cobertura da atenção pré-natal. Em contra partida observou-se que as taxas de inadequações da assistência são elevadas indicadas pelo baixo número da frequência de consultas, não realização de todos os exames preconizados pelo Ministério da Saúde, falhas no conteúdo das consultas, com pouco tempo desprendido e orientações prestadas, limitações nas informações lançadas no Sistema de Monitoramento e Avaliação do Pré-Natal (SISPRENATAL). Os dados evidenciam que em geral, a qualidade da atenção pré-natal nas regiões brasileiras está sendo inadequada. Conclusão: Evidencia-se a necessidade de um acompanhamento onde sejam realizados todos os procedimentos considerados efetivos para a redução de desfechos desfavoráveis no pré-natal e para reduzir os índices de morbimortalidade existentes. Sugere-se que estratégias voltadas para o acompanhamento da qualidade dos serviços sejam reformulados para que seja identificado se os programas e políticas elaboradas estão de fato sendo implantadas de forma eficiente. Vale ressaltar a importância da unificação dos sistemas de informações do SISPRENATAL e E-SUS como forma de garantir informações fidedignas.

Descritores: Cuidado pré-natal; Saúde da Mulher; Qualidade da Assistência à Saúde; Mortalidade Materna;

Enfermagem.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012.

CESAR JA et al. Assistência pré-natal nos serviços públicos e privados de saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.28, n.11, p.2106-2114, nov, 2012.

MARTINELLI KG et al. Adequação do processo da assistência pré-natal segundo os critérios do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento (PHPN) e Rede Cegonha. Ver Bras Ginecol Obstet. v.36, n.2, p.56-64. 2014. VIELLAS E.F et al. Assistência pré-natal no Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, n.30 Sup:S85-S100, 2014.

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32680 - Tamanho de episiorrafias, limitação de atividades habituais e problemas perineais: um estudo de

associação

Mariana Figueiredo de Araújo1; Luciano Marques dos Santos2

Introdução: A atenção às mulheres durante o parto vem sendo marcada por intensa medicalização, pois as mesmas

são submetidas a rotinas e cuidados tais como o uso indiscriminado e rotineiro da episiotomia, de ocitocina intravenosa, a restrição ao leito obstétrico, com impedimento para a sua livre mobilidade durante o processo da parturição, estes com claros resultados negativos sobre a dinâmica do curso clínico do parto (SANTOS; PEREIRA, 2012). Dentre estes, a literatura chama a atenção para a prática da episiotomia e da episiorrafia, que parecem ser os procedimentos que causam maiores desconfortos no pós-parto (BELEZA et al., 2012). Ambos podem levar à co-morbidades no períneo da mulher e consequente limitação de suas atividades habituais, a exemplo da dor que dificulta o exercício da maternidade, como a amamentação e o cuidado ao recém-nascido (FRANCISCO et al., 2011).

Objetivo: Verificar a associação entre tamanho de episiorrafias com limitação de atividades habituais e ocorrência de

problemas perineais no pós-parto imediato de mulheres hospitalizadas no alojamento conjunto do Hospital Inácia Pinto dos Santos (HIPS), no período de setembro de 2012 a dezembro de 2014. Metodologia: Trata-se de um estudo de corte transversal, realizado no HIPS, na Bahia, com 441 puérperas, submetidas à episiotomia/episiorrafia, através de entrevistas estruturadas, mediadas por um formulário e analisadas através do Statistical Package for the Social

Sciences (SPSS), versão 22.0 e do OpenEpi, versão 2.3. O tamanho da lesão foi classificado como pequeno de 1 a 2,5

cm, médio de 2,6 a 4,1 cm, e grande ≥ 4,2 cm. Foram calculadas frequências absolutas e relativas, razão de prevalência e seus respectivos intervalos de confiança. Empregou-se o Qui-quadrado de Pearson considerando como significantes os resultados com valor de p<0,05. Foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Feira de Santana através do protocolo de número 69/2012. Resultados: Mulheres com episiorrafia classificada como média referiram maior dificuldade para sentar (87,2%), deambular (63,1%), urinar (38,0%) e realizar a higiene íntima (35,8%); e quanto aos problemas perineais sentiram mais dor, ardor e edema, com 94,1%, 40,0% e 31,4% dos relatos, respectivamente. O tamanho da episiorrafia médio associou-se de forma estatisticamente significativa com a dificuldade na amamentação (RP=1,8; IC=1,102-3,253; p=0,026) e com a ocorrência de edema no períneo (RP=1,6; IC=1,128-2,401; p=0,011). O tamanho grande, no entanto, demonstrou maior risco para a ocorrência da dor perineal (RP=1,0; IC=1,028-1,114) e da dificuldade na deambulação (RP=1,5; IC=1,215-1,973). Conclusão: A presença da episiotomia/episiorrafia, em especial as de tamanho maior, causa co-morbidades, como a dor perineal, que dificulta ou mesmo limita a realização de atividades cotidianas básicas e o cuidado ao recém-nascido. Sendo assim, os profissionais de saúde necessitam do conhecimento acerca das repercussões que este trauma traz para a mulher, evitando procedimentos desnecessários que causam maior ou menor morbidade materna.

Descritores: Enfermagem. Saúde da mulher. Períneo. Episiotomia. Referências

BELEZA, A. C. S. et al. Mensuração e caracterização da dor após episiotomia e sua relação com a limitação de atividades. Rev. Bras. Enferm., v. 65, n. 2, p. 264-268. 2012.

FRANCISCO, A. A. et al. Avaliação e tratamento da dor perineal no pós-parto vaginal. Acta Paul Enferm., v. 24, n. 1, p. 94-100. 2011.

SANTOS, L. M.; PEREIRA, S. S. C. Vivências de mulheres sobre a assistência recebida no processo parturitivo. Physis, v. 22, n. 1, p. 77-97. 2012.

_____________________

1Enfermeira do Hospital Unimed. Graduada pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). E-mail:

mari.figueredo@hotmail.com

2Orientador. Mestre em Enfermagem. Professor Auxiliar do Curso de Graduação em Enfermagem da UEFS. E-mail:

Referências

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