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EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO ÂMBITO ESCOLAR: UMA INTERVENÇÃO NO CAMPO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO ÂMBITO ESCOLAR: UMA INTERVENÇÃO NO CAMPO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

RESUMO

As ações de promoção à saúde, particularmente de educação preventiva e promoção da qualidade de vida, podem ser propiciadas pelo docente do curso de farmácia juntamente com os seus alunos e, ao serem levadas à comunidade colaboram, sobretudo para a formação de um profissional comprometido com a responsabilidade social. O presente trabalho buscou desenvolver uma intervenção educativa entre alunos jovens e adultos do ensino noturno, em Uberlândia – MG, abordando aspectos da promoção da saúde por estudantes do curso de Farmácia. Este trata-se de um estudo de intervenção que se propôs em, ao mesmo tempo, produzir conhecimentos relativos à saúde por meio do levantamento de discussões acerca de temas inseridos na educação em saúde e buscar uma mudança de paradigmas quanto ao conhecimento e informações compartilhadas pelo grupo. As três oficinas realizadas com cada uma das cinco turmas da Educação de Jovens e Adultos promoveram a reflexão na direção de se estabelecer um processo de mudanças de atitudes e comportamentos voltado à busca da autonomia e da superação das iniquidades sociais para que se favoreça a saúde. O farmacêutico, no âmbito da Assistência Farmacêutica, pode encontrar espaços de discussão, como a própria escola se apresenta, para atuar na Educação em Saúde.

Palavras-chave: Educação em Saúde; Promoção da Saúde; Assistência Farmacêutica

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO ÂMBITO ESCOLAR: UMA INTERVENÇÃO NO CAMPO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

INTRODUÇÃO

A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) defende que a prática do farmacêutico deve estar orientada para a educação em saúde e às práticas que reduzam os riscos e promovam a saúde da população (OPAS, 2002). O envolvimento do profissional farmacêutico em programas de assistência à saúde provê qualidade aos cuidados com a saúde da comunidade (CÁRDENAS VALLADOLID et al., 2009).

Nas práticas de atenção à saúde insere-se o farmacêutico, cujo instrumento de intervenção é traduzido como Assistência Farmacêutica (NAVES et al., 2008). A Assistência Farmacêutica, além de garantir o uso racional de medicamentos, contribui de maneira eficaz e efetiva para a transformação do investimento em medicamentos em incremento à saúde e à qualidade de vida (ARAÚJO et al., 2005). A interação direta do farmacêutico com o usuário do serviço de saúde deve envolver as concepções de seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais, sob a ótica das ações de saúde (OPAS, 2002).

Educação em saúde é um desafio que propõe uma prática crítica e conscientizadora diante da realidade cotidiana. A educação deve estar fundamentada na reflexão a partir da realidade do educando, o qual após retornar a essa realidade tem a possibilidade de transformá-la (FREIRE, 1980), assim como a formação em saúde também deve partir dessa premissa. A educação intercede pela saúde ofertando suas tecnologias construtivistas e de ensino-aprendizagem (CECCIN, 2005), na busca de transformar a realidade a partir de uma ação consciente. A construção de uma educação reflexiva na saúde, incorporando metodologias críticas e problematizadoras, aplica a proposta de educação pensada na pedagogia de Paulo Freire (1980). Como pedagogia crítica o modelo educacional de Paulo Freire tem sido apontado como uma importante contribuição para a promoção da saúde, especificamente para a educação em saúde (PEREIRA, 2003).

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As práticas educativas adquirem relevância nas ações voltadas para o campo de promoção da saúde na medida em que conseguem envolver a comunidade. A conscientização da comunidade é um pré-requisito para que sejam alcançados elevados níveis de saúde. Algumas ações podem auxiliar no desenvolvimento de habilidades dessa comunidade, sendo entre elas, identificação das necessidades da população e intervenção educativa em saúde, de fácil acesso (VIEIRA, 2007).

As ações de promoção à saúde, particularmente de educação preventiva e promoção da qualidade de vida, podem ser propiciadas pelo docente do curso de farmácia juntamente com os seus alunos e, ao serem levadas à comunidade colaboram, sobretudo para a formação de um profissional comprometido com a responsabilidade social. Diversos estudos revelam a importância da educação em saúde nos currículos universitários (CECCIM, 2005; DeREMER et al., 2008; ROSENFELD, 2008; VINHOLES et al., 2009). Deseja-se uma academia integrada, que dê respostas às necessidades concretas da comunidade e ao mesmo tempo comprometida com o processo de formação dos profissionais de saúde (CAMPOS et al., 2001). A mudança na prática farmacêutica, com ações voltadas aos pacientes, fundamentadas na filosofia da Assistência Farmacêutica e da educação em saúde é, sem dúvida, essencial para a construção da profissão farmacêutica vinculada à saúde, tendo como maior beneficiário o paciente (ALVIM e FERREIRA, 2007). O farmacêutico deve se utilizar de suas possibilidades de contato com o paciente fora do serviço de saúde e incorporar as ações de promoção à saúde (ARAÚJO et al., 2005). Nestes termos, o presente trabalho se propôs a desenvolver uma intervenção educativa em escolas públicas entre alunos jovens e adultos do ensino noturno, em Uberlândia –MG, abordando diversos aspectos da promoção da saúde pelos estudantes do curso de Farmácia.

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MÉTODOS

Delineamento do estudo

O estudo foi realizado no período de fevereiro de 2013 a junho de 2014, em escolas públicas municipais de Uberlândia/MG, que trabalham com a Educação de Jovens e Adultos (EJA). O presente artigo é parte de um projeto mais amplo que envolveu ainda outras fases, de avaliação diagnóstica prévia entre os alunos acerca dos temas relacionados à promoção da saúde (primeira etapa) e comparação entre as concepções e conceitos dos grupos antes e após ação educativa (quarta etapa).

O projeto contou com a aprovação e o apoio da Secretaria Municipal de Educação de Uberlândia (SME) – MG, que autorizou a realização da estratégia educativa nas escolas municipais que possuem turmas de EJA. O projeto foi também submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa e aprovado sob o parecer de número 451.580.

Trata-se de um estudo de intervenção, inserido no campo da saúde coletiva. A aplicação da intervenção educativa se propôs em, ao mesmo tempo, produzir conhecimentos relativos à saúde por meio do levantamento de discussões acerca dos temas propostos e buscar uma mudança de paradigmas quanto ao conhecimento e informações compartilhadas pelo grupo. Nesse aspecto, essa iniciativa pode ser caracterizada como um tipo de pesquisa definida como pesquisa-ação (BARBIER, 2007).

População e amostra do estudo

O presente projeto seguiu tais procedimentos: identificação da área amostral e do tipo de local de estudo, reconhecendo as áreas geográficas onde o trabalho deveria ser realizado e estabeleceu os critérios de inclusão do grupo de estudo; organizou os locais e os grupos de serviço a partir das escolas municipais com turmas de Ensino Fundamental – 6º ao 9º anos, que funcionassem no ensino noturno. Foram sorteadas, entre as escolas que

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apresentem a modalidade de ensino da Educação de Jovens e Adultos (EJA), cinco turmas de EJA em funcionamento em 2013/1º semestre.

Procedimentos para o desenvolvimento da pesquisa

Anteriormente ao desenvolvimento da atividade educativa junto aos alunos da EJA, três estudantes do curso de Farmácia, juntamente com a professora-orientadora desenvolveram uma estratégia didática de abordagem dos temas relevantes ao grupo de alunos (segunda etapa), a partir do diagnóstico levantado na avaliação inicial. Essa segunda etapa incluiu a elaboração de material didático coerente com o nível de conhecimento do universo de pesquisa e o estabelecimento dos procedimentos de ensino a ser utilizados nos encontros com os alunos, como descrito no artigo já publicado (RIBEIRO et al., 2013). Os procedimentos de ensino visaram buscar o máximo de interação dos alunos com o tema, utilizando a pedagogia da problematização, onde os alunos não são meros expectadores, mas participam do processo de discussão e tornam-se atores da aprendizagem (FREIRE, 2001).

A aplicação da intervenção educativa descrita neste trabalho correspondeu à terceira etapa do projeto. Por meio de um total de três encontros em cada turma, foram aplicadas as ações previstas na segunda etapa, a partir dos temas e necessidades levantados na primeira etapa diagnóstica, incluindo: sexualidade humana, tabagismo, uso de drogas ilícitas, alimentação balanceada e sua importância para a saúde, uso de medicamentos e qualidade de vida. Essa intervenção buscou promover o desenvolvimento da saúde na escola, utilizando-a como extensão do sistema de saúde.

Análise dos dados

Na etapa de análise dos dados foram descritas as percepções durante a aplicação da intervenção educativa.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

As oficinas educativas propostas foram aplicadas junto a cinco turmas de EJA, entre alunos na faixa etária de 16 a 65 anos, estudantes do 6º ao 9º períodos do Ensino Fundamental, totalizando três encontros com cada turma. Foram contemplados cerca de 80 alunos, com uma média de 16 alunos por turma.

A abordagem educativa realizada em forma de oficinas veio propor uma interação mais próxima entre o facilitador da atividade e os alunos-participantes. O enfoque interativo das oficinas constitui a principal qualidade dessa estratégia. A proposição de questionamentos e os momentos de discussão em grupos propiciaram que cada participante pudesse se expor em relação aos temas em foco e que o grupo chegasse a um conceito coletivo acerca destes temas. A possiblidade da interlocução e da aprendizagem faz das oficinas um instrumento muito positivo e eficaz na prática pedagógica efetiva. Segundo Costa (2003), a oficina, enquanto ferramenta de gestão participativa, permite aos coordenadores disponibilizarem uma dinâmica de aprendizagem e compromissos mútuos, conduzindo para se chegar aos objetivos propostos.

A primeira oficina foi caracterizada pela proposição de uma discussão que resgatasse conhecimentos e percepções dos aspectos de promoção da saúde nas diferentes dimensões: individual, familiar e comunitária. A problematização em torno de um conceito de Promoção da Saúde levantou entre todas as turmas concepções que passaram pelo enfoque da saúde física, tendo se destacado: os hábitos individuais de saúde, como boa alimentação, beber muita água, prática de exercícios físicos e de esportes, exercício da sexualidade, cuidados com o corpo, com a pele, com os dentes e outras medidas de higiene pessoal. Reconhecer a importância de um estilo de vida saudável envolve inicialmente a decisão de mudança de hábitos já estabelecidos para se alcançar a melhoria das próprias condições de saúde e de bem-estar. A percepção individual da saúde é capaz de submeter as informações a que se tem acesso a uma lógica própria, de maneira que se faz

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necessário uma modificação na forma que a população percebe sua saúde e nas ações preventivas e de promoção da saúde (VINHOLES et al., 2009). Assim, para haver a incorporação de hábitos que favoreçam a saúde deve-se estabelecer um processo de mudanças de atitudes e comportamentos voltado à busca da autonomia e da superação das iniquidades sociais, e não pela imposição de valores descontextualizados da realidade do indivíduo em seu território.

Os aspectos da promoção da saúde voltados à saúde mental e social também foram destacados nas falas dos alunos durante a primeira oficina. Foram sugeridas atitudes como o exercício das habilidades mentais, leitura, música, dança, teatro. Cultivar amizades, não usar drogas, ter religiosidade e fé. As habilidades sociais sugeridas como importantes para a promoção da saúde foram a convivência com a família, maior diálogo, cultivar um bom ambiente escolar. Também apareceram entre as citações, exigir segurança e buscar uma cidade saudável, com saneamento, saúde e transporte. Nessas falas, obtidas do questionamento de cada turma em relação às possíveis ações para a promoção da saúde, observam-se as transformações que as pessoas enxergam a partir de sua participação nas discussões com o grupo. Desse modo é possível afirmar que o grupo proporciona, através da ampliação da rede social e do apoio dos pares, uma influência positiva sobre a vida das pessoas que dele participam.

A segunda oficina, direcionada à orientação a atitudes corretas e promotoras de autonomia em relação à própria saúde e a da comunidade, buscou consolidar as ideias apresentadas no primeiro encontro. A reunião dos alunos em grupos propôs a produção de uma apresentação das conclusões acerca do tema “aspectos relacionados à promoção da saúde”. Em cada turma formaram-se quatro grupos de discussão que abordaram temas distintos da promoção da saúde: sexualidade, fatores de risco e proteção para o uso de drogas, hábitos alimentares saudáveis e qualidade de vida. Cada grupo foi direcionado a perfazer uma linha de discussão que primeiramente levantasse as questões ou problemas relativos ao tema proposto, quais as consequências

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do problema e, por fim, levantar os caminhos possíveis para lidar com essas questões, abordando possíveis soluções.

Cada tema proposto nos grupos foi direcionado pelos alunos-monitores do curso de Farmácia, de maneira a integrar os aspectos individual, familiar e coletivo. Essa discussão visou possibilitar a abordagem e a integração do empoderamento e Promoção da Saúde. De acordo com Labonte (1994) a Promoção da Saúde pode ser entendida como “o processo de capacitação de pessoas para aumentar seu controle e melhorar a sua saúde”, compartilhando valores com o empoderamento, que foi descrito como “o processo pelo qual pessoas, organizações e comunidades ganham domínio sobre suas vidas”. Realizando a interseção entre esses conceitos é possível ampliar-se a capacidade de avaliar as práticas de saúde pela comunidade. Ainda em cada grupo propôs-se que fossem criados cartazes em papel pardo descrevendo a consolidação da discussão, com as indicações: caracterização do tema, consequências e soluções. As estratégias escolhidas para a montagem do painel, as frases e figuras adequadas para ilustrar cada tema foram sendo acordadas entre os componentes. Os alunos opinaram sobre o melhor título para o painel, buscaram figuras adequadas em revistas e participaram da colagem e da escrita das frases.

Os grupos educativos montados se fundamentaram no trabalho coletivo, na interação e no diálogo. Têm como base o caráter informativo, reflexivo e de suporte para o questionamento trazido pelos alunos jovens e adultos da EJA. Os questionamentos devem ser instigados para que possa vir à tona a curiosidade, e assim, o ensino-aprendizagem de um grupo que pode ser realmente eficaz. Freire (2001) destaca a riqueza proporcionada pelo espaço do grupo, onde se compartilham informações, analisam-se crenças, trocam-se experiências, criando oportunidades de ajuda mútua para o enfrentamento de problemas do dia-a-dia.

Na terceira oficina cada grupo foi solicitado a apresentar oralmente as ideias discutidas na oficina anterior. Cada monitor reuniu-se com o grupo orientado por ele, incentivando e tranquilizando os alunos, onde foi ressaltado que eles seriam auxiliados em suas participações. Procurou-se retomar

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novamente com os alunos as abordagens de cada tema. O cartaz que fora produzido serviu como ilustração do tema e cada grupo se revezou em apresentar os principais aspectos das discussões para a turma. Os painéis foram eficazes em expor as mensagens que os grupos quiseram transmitir. As ilustrações e mensagens escritas foram bem exploradas por todos os grupos. A interação das turmas com o tema foi completa, sendo que em todas as apresentações os alunos estiveram muito atentos às explicações.

A Educação Popular tem como objetivo possibilitar que o indivíduo tome consciência da sua realidade por meio da problematização do “homem-mundo” ou “do homem em suas relações com o mundo e com os homens” (FREIRE, 1985). Neste sentido, a modalidade de ensino da EJA apresenta um currículo aberto, que propicia experiências interdisciplinares e permite um enfoque integrador, que valoriza a qualidade de vida (GRYNSZPAN, 1999). Contribui na construção de uma sociedade auto-sustentável, com a busca da conquista dos direitos do ser humano na sua totalidade (CARRANO, 2007). A EJA possui um caráter transformador na vida dos sujeitos e da comunidade na tentativa de alcançar novos horizontes para sua transformação social (SILVA, 2008). Utilizando-se desta visão, observa-se que o ambiente escolar é ideal para a inserção de práticas de promoção à saúde, pois funciona como espaço de compartilhamento de saberes e de ampliação da experiência social, desafiando a rigidez do plano curricular proposto inicialmente ao agregar possibilidade de discussão de temas emergentes a partir das necessidades dos educandos (ROCHA, 2002). A superação dos desafios propostos na construção do conhecimento faz parte da educação de adultos e os possibilita a ocupar o lugar de sujeitos de sua aprendizagem, pressupondo a utilização de metodologias ativas de ensino (BORDENAVE e PEREIRA, 2004).

Reconhecendo que os serviços de saúde disponíveis hoje na maioria das vezes não dispõem de mecanismos para ir à busca dos usuários na comunidade e envolvê-los nas práticas educativas e que classicamente espera-se que eles procurem a unidade de saúde, onde as ações de educação em saúde são muito limitadas (LIMA et al., 2000), faz-se necessário criar outros mecanismos para a promoção da saúde entre os indivíduos e grupos. Neste

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contexto do aluno na escola abre-se uma oportunidade para alcançá-lo em suas necessidades de “alfabetização em saúde”.

Segundo Ribeiro (2012), “a integração entre saúde e educação representa uma postura dos educadores e profissionais da saúde voltada às necessidades da comunidade”. Essa oportunidade permite o contato do estudante universitário com o saber popular, o que possibilita a modificação do seu olhar e a construção de uma prática engajada a partir do seu confronto com situações problematizadas pela própria comunidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um método eficaz de promoção à saúde estabelece a capacitação individual e coletiva de responsabilidade e de direitos. Tal prática requer formas didáticas que promovam uma modificação de atitudes e expandam a percepção dos diversos fatores determinantes do conceito de ser saudável (MACHADO et al., 2007).

A escola coloca-se como um espaço estratégico para promover práticas integradas de Educação em Saúde, sendo que para isso é necessário desenvolver mecanismos que favoreçam a aproximação dos diferentes sujeitos, comungando universidade e comunidade e potencializando a formação de sujeitos de mudança, capazes de se colocarem no mundo com uma postura mais ativa e crítica.

O farmacêutico, enquanto agente promotor de saúde, pode implementar ações educativas em ambientes propícios, no âmbito da Assistência Farmacêutica e melhorar o conhecimento da população em relação à profissão, além de estabelecer uma percepção positiva do profissional que realiza Educação em Saúde.

AGRADECIMENTOS

Agradecimento especial à FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais), que promove atividades de fomento, apoio e incentivo a pesquisas científicas e tecnológicas em Minas Gerais, possibilitando

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a realização do estudo por meio da concessão de bolsa de estudo, durante o período de realização do trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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