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Centro esportivo virtual : um recurso de informação em educação fisica e esportes na internet

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(1)

FACULDADE DE EDUCA<;Ao FisiCA

CENTRO ESPORTIVO VIRTUAL:

Um Recurso de Informac;ao em

Educac;ao Fisica e Esportes na Internet

LAERCIO ELIAS PEREIRA

Orientador Prof. Dr. Joao Batista Andreotti Gomes Tojal.

CAMP IN AS

1998

(2)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE EDUCA<;:AO FisiCA

CENTRO ESPORTIVO VIRTUAL:

Um Recurso de

Informa~ao

em

Educa~ao

Fisica e Esportes na Internet

LAERCIO ELIAS PEREIRA

Orientador Prof. Dr. Joao Batista Andreotti Gomes Tojal.

CAMP IN AS

1998

UNICAMP

(3)

CM-00155206-4

FICHA CATALOGAAFICA ELABORADA PELA BffiLIOTECA-FEF

UNICAMP

Pereira, Laercio Elias

Centro Esportivo Virtual: urn recurso de informayao em

Educayao Fisica e Esportes na Internet

I

Laercio Elias Pereira

-Campinas, SP: [s.n], 1998

Orientador: Joao batista Andreotti Gomes Tojal

Tese (doutorado)- Universidade Estadual de Campinas,

Faculdade de Educa9ao Fisica

Educayao Fisica. 2. Esportes. 3. Internet. Tojal, Joao Batista

Andreotti Gomes. II. Universidade Estadual de Campinas,

Faculdade de Educayao Fisica. III Titulo.

(4)

Tese apresentada

a

Faculdade de Educa9ao Fisica da Universidade Estadual de Campinas como requisito para a obten<;:ao do titulo de Doutor em Educayao Fisica, area de Educa<;:ao Motora, por Laercio Elias Pereira.

FOLHA DE APROV A<;::AO

BANCA EXAMINADORA

Este exemplar corresponde

a

reda<;:ao final da tese de doutorado defendida por Laecio Elias

Pereira e aprovada pela Comissao Julgadora em ____Q2_ I 06 I 1998

t?:tl2]

a__,

({)entador .

Data~ I __QL I 2001

(5)

Tese apresentada

a

Faculdade de Educayao Fisica da Universidade Estadual de Campinas como requisito para a obten<;ao do titulo de Doutor em Educayao Fisica, area de Educa<;ao Motora, por Laercio Elias Pereira.

FOLHA DE APROV A<;AO

BANCA EXAMINADORA

Presidente: Joao Batista Andreotti Gomes Tojal

Titular: Braulio Araujo JUnior

Titular: Fredric Michael Litto

Titular: Manoel Jose Gomes Tubino

Titular: Renato Marcos Endrizzi Sabbatini

Suplente: Alfredo Gomes de Faria JUnior

Suplente: Aguinaldo Gonyalves

(6)
(7)

AGRADECIMENTOS

A Joiio Batista A Gomes Tojal, cuja paciencia como orientador s6 niio foi maior do que a dedicao;ao em ajudar o orientando a aprender.

A Alexandre Moreno Castellani, editor W3 (webmaster) do Centro Esportivo

Virtual, que deveria ser citado como co-autor, caso as tarefas escolares de final de curso de

p6s-graduao;ao cornportassem mais de urn autor. 0 terceiro autor, a quem qualquer agradecimento e insuficiente, e Marcelo Jager, que coordenou todas as fuses do suporte tecnico.

A Fredric Michael Litto, meu mestre dos sonhos sobre o futuro da educao;ao, e professor incansavel desde o tempo de p6sgraduayao na Escola de Comunicayoes e Artes

-ECA-USP, que tambem ajudou na disponibilidade da Escola do Futuro - USP para

cocretizao;ao da ideia do CEV e na minba aproximao;ao com a Associao;ao Brasileira de

Educao;ao a Distiincia- ABED.

A Renato Sabbatini que deu a ideia do CEV e ajudou a trabalba-Jar a partir do seu Hospital Virtual, alem de ter supervisionado o suporte do Nucleo de Infonruitica Biornedica durante todo o projeto, o que incluiu muitas conversas bern hurnoradas e esclarecedoras.

A Maristela Gonc;alves, que coordenou com entusiasmo a fase de convenio com o Instituto Nacional para o Desenvolvimento dos Desportos - INDESP -, e o apoio e incentivo tambem de Nilma Pertengil, Ricardo Penna Machado, Antonio Carlos Brarnante e Ruthenio Aguiar.

A Margarette Ortiz de Camargo, que organizou a area administrativa, participou

da transferencia de tecnologia do Hospital Virtual, deu aulas sobre os repert6rios do CEV

como banco de dados e coordenou os convenios, as exposio;oes e palestras.

A Alfredo Faria JUnior que passou urn pouco de sua experiencia de maior

conhecedor da area de docurnentayao e informao;ao desportiva do Brasil, e professou apoio

niio s6 atraves das conversas e correspondencias, mas tambem criou e mantem urna pagina

sobre idosos no CEV.

A Aguinaldo Gono;alves, que ajudou a iluminar o tortuoso caminho do conteudo, e Braulio Araujo Jr. , que ajudou a moldar a forma deste trabalho academico.

(8)

Aos companheiros do Laborat6rio de Estudos Avan9ados em Jornalismo da Unicamp que contribuiram, com generosidade, nas diversas fases do trabalho: Carlos Vogt, Juca Kfouri, Jose Marques de Melo, Vera Toledo Camargo e Monica Macedo.

Aos incansaveis companheiros do Nucleo de Informatica Biomedica da Unicamp - NIB: Claudio Palombo, TU!io Aquino, Nuri Estape, Adriana Diniz e Paulo Moreti, sempre prontos a servir.

A Giovani Pires, Ricardo Jaenicke e Sergei Pires, que leram parte dos originais e participaram com sugestoes.

Aos Tocadores do CEV - Administradores de listas e Editores de paginas: Alberto Pulga Barbosa, Alfredo Faria JUnior, Amauri Bassoli, Antonio Rocha Santos, Dinah Terra, Douglas Andrade, Edgard Mattiello, Edmundo Drummond, Fliivis Faissal, Giovani Pires, Helena Altmann, Joao Batista Freire, Jorge Steinhilber, Eduardo "Lalo" Soto, Larissa Lara, Marcelo Jager, Mauricio Baptista, Nair Casagrande, Nelmar Fernandes, Nilo Lima, Olga Martucci, Osni Jac6 da Silva, Regis Barbosa, Rosane Rosendo, Rossana Valeria, Shirley Maciel, Silvana Goellner, TUlio Guterman eVictor Melo. Sem a dedica9ao e cumplicidade desses profissionais nao existiria este trabalho.

A Elmano Rodrigues, que desenhou o logotipo e Luiz Oswaldo Rodrigues (LOR) que fez o cartoon da pagina pessoal experimental.

A Sueli Mara Ferreira, pela ajuda nos esclarecimentos sobre Ciencia da InfoiTfia9ao.

A todos os participantes das listas de discussao e visitantes do CEV, que

deixaram suas sugestoes (com as desculpas por

nao

cita-los nominalmente nesse pequeno

espa9o).

Aos arnigos do Centro de Computa9ao da Unicamp, sempre solicitos no apoio a lista efesport-L: Jose Matheus Pinheiro, Rubens Queiroz de Almeida, Melissa Perez Gigliotti, Rosana Elias e Samira Telles.

Ao pessoal da Secretaria de P6s-Gradua9ao da FEF, especialmente Taninha e Cidinha.

Aos editores W3 da Escola Superior de Educa9ao Fisica de Muzambinho, Ismael Riboli e Osmar Magalhaes, que alem de cuidar da cria9ao da piigina "Revistas Brasileiras On-line", deram a maior for9a na edi9ao final deste trabalho.

(9)

sUMAruo

Pagina de Aprova<;ao --- ---·--··--- v Dedicat6ria ... ... ... ... 1x Agradecimentos .... __ .. __ . _ .. ___ .. ___ ... _ ... _. _________ ... _ ... _ ... __ .. _... ... . . .. .. . xv Sumitrio ... __ ... -·--- ---·-- ... xxi Resumo _____ . ____ ... --- ... -.. -- .. --- ... -.... --.--- .. ---- ... -- ·--Abistract xxiii XX!ll INTRODU(:AO _ _ _ ___________ _ _ .. _ _ . .. _ I 1. Escolhaejustificativadotema ... 2 2. Objetivo ... --- 9 3. Metodos e Procedimentos ... _______________ 9 CAP.l INFORMACAO.. ... _ ---··-·· ... . ... 12 1.1 Queinforma<;ao? ... 12

1.2 A Informa<;ao na Educa<;ao Fisica e Esportes (EFE) ... 14

1.3 Redes eletronicas... ... ... ... ... ... ... 21

1.4 No come<;o era a BITNET ... 26

1.5 0 Brasil narede ... ... ... .. ... 27

1.6 A Internet ... .. I. 7 Sem um poder central, como fimciona? ... _ ... _ ... .. 28 29 1.8 Os servi<;os de informa<;ao que a Internet oferece ... 29

1.8.1 Correio eletronico ... ... ... 29

1.8.2 Transferencia de arquivos (FTP) ... .. 31 .

1.8.3 Telnet ... 32

18.4 IRC Internet Relay Chat ... 32

18.5 ICQ ... _ _ ... _ ... _ ... _ . _ ... _ ... __ ... _ 33 1.8.6 Usenet ... 33

1. 8. 7 Listas de Discussao . . . 3 3 1.8.8 W3, ou World Wide Web, ou Web... ... ... 34

1.9 Novos servi<;os em expansao ... .. ... .. 35

1.9.1 Tecnologiapush ... --- 35

1.9.2 Radio, Televisao, Videofone ... . ... 35

1.10 Como se conectar a Internet ... ... 36

1.11 0 Crescimento da Internet ... ___ ______ _____ ... . 36

I. 12 Gatekeepers e colegios invisiveis .. ______ .... _ ... _ .. ____ .. _ .. _ ... _ .... ___ .. _ .... .. 36

CAP 2. 0 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO INICIAL ... 39

3.1 Centro Esportivo Virtual- Primeira Edi<;ao 39 2. Ll Pagina principal .. _____ ______ ... ___ .... _ ... . . ... 41

2.1.2 Confedera<;5es ... ... ___________ ... .. 42

(10)

2.1.4 Eventos . . . .. . . .. .. .. . . .. . . .. . . ... . .. . .. . ... .. . . .. ... .... 44 2.1.5 Leis ... 44 2.1.6 Links... . ... ... . . ... 45 2.1.7 Revistas ... 46 2.1.8 Teses ... 46 2. L 9 Ambiente Gnifico .. .. .. .. .. .. .. .. .. . .. .. .. . . .. .. . .. .. . . .. . .. . .. .. .. .. .. .. . .. .. . . .. . .. . .. . .. . . 46

2.2 Listas de discussiio, a comunidade virtual do CEV ... 47

2.3 Dinamizando o trabalho ( corrigindo o rumo?) ... .... ... .... ... ... 49

2.3.1 Promoviio ... 49

2.3 .2 Uma lista de filhos ... .. .. ... ... .... ... ... ... 49

2.3.3 LABJOR ... 50

2.3.4 EscoladoFuturo ... 52

2.3.5 Nucleo de InformaticaBiomedica ... 53

CAP 3. PRO POSTA DA NOVA VERSAO DO CEV ... 55

3.1 Pagina principal... ... ... 55 3.1.1 Eventos... ... . ... 56 3. L2 Biblioteca ... 57 3.1.2.1 Artigos ... 58 3.1.2.2 Leis... .. ... 58 3.1.2.3 Revistas ... 59 3.1.2.4 Teses ... 60 3. 1.3 Listas de Discussao ... 61 3.1.4 Quem e Quem ... 62 3 .1.5 Ciencia e Esporte ... ... .... .. .. .... ... .. ... 62 3.1.5.1 EscolasdeEducaviioFisica ... 63 3.1.5.2 3 Idade ... 64 3.1.5.3 P6s Graduaviio ... 64 3.1.5.4Confederaviies ... 65 3.1.5.5 Futebol ... 66 3.1.6 0 que e ... 66 3.1.7Nossotime ... .... ... ... ... ... 67 3.1.8MapadoCEV ... 68 3.1.9Registre-se ... 68 3.1.10Navegando ... 69 3.1.11 Contato ... 69

3.1.12 Espa<;:o para o Apoio Cultural ... 70

CONCLUSAO E RECOMENDA<;OES .... ··· 71

(11)

ANEXOS ... 93

Anexo I - Semimirio deJomalismo ---·--- 93 Anexo II - Encontro de Editores de Revistas Tecnicas e Cientificas --- 95 Anexo III Curse de Especializa((ao em Jornalismo Esportivo

-Disciplinas e professores --- --- --- 96

Anexo IV - Listas do CEV, Administradores e cidade de origem--- 97 Anexo V - Listas e jornais eletr6nicos utilizados para a alimenta((ao

(12)

PEREIRA, Laercio Elias. Centro Esportivo Virtual: um recurso de informa~;iio em educa~;iio fisica e esportes na Internet. Campinas,

Tese (Doutoramento) - Faculdade de Educac;;ao Fisica da Universidade de Campinas, 1998

RESUMO

Partindo da necessidade de facilitar a disseminac;;iio e busca da informac;;ao para pro:fissionais, estudantes e pesquisadores da preparac;;iio profissional em Educac;;ao Fisica e Esportes, nurn ambiente em que a quantidade de informac;;ao duplica a cada dois anos, buscou-se a alternativa dos recursos da Internet, elegendo para este trabalho urn experimento de potencializac;;iio de tres canais de informac;;ao: 1) Sitio W3; 2) Lista de

discussiio e 3) Gatekeepers (pessoas, vetores de tecnologia). Optou-se pela construc;;ao de

urn centro referencial (informac;;ao sobre a informac;;ao ), a partir de tecnologias Internet utilizadas pelos projetos do Nucleo de Informatica Biomedica da Unicamp e, como modelo inicial, a proposta do Hospital Virtual, urna metafora de urn hospital real, para a montagem

do Centro Esportivo Virtual - CEV. No prirneiro capitulo

sao

apresentados a escolha,

justificativa do tema e a metodologia, passando-se

a

discussao sobre a informac;;ao em

Educac;;iio Fisica e Esportes, com enfase na sua evoluc;;iio no Brasil .. Sao tambem descritos, os recursos oferecidos pela Internet potenciais ou efetivamente utilizados no trabalho

-alem dos conceitos de gatekeepers e colegios invisiveis. A seguir sao apresentadas a

descric;;ao da versao experimental do CEV e a versao atualizada a partir da interac;;ao dos

tres canais de informac;;iio escolhidos para o trabalho. Ao final, sao apresentadas conclusoes

baseadas na evoluc;;ao entre as duas vers5es do CEV<www.cev.org.br>no periodo

analisado, com a sugestao de possibilidades para a evoluc;;iio e aperfeic;;oamento do

processo de construc;;ao permanente de urn centro referencial de informac;;ao em Educac;;ao Fisica e Esportes.

(13)

Virtual Sports Center: an information education and sports on the Internet.

PEREIRA, Laercio Elias.

resource in physical

Campinas, PhD Thesis University of Campinas, 1998

Faculty of Physical Education, State

ABSTRACT

Taking as its starting point the need to simplifY the retrieval and dissemnination of information among professionals, students and researchers in the fields of Physical

Education and Sports, in an environment in which the amount of information duplicates every two years, this study examined the question of searching on the Internet for

resources. Three information channels were studied due to their significance: (1) sites on the World Wide Web; (2) discussion lists; and (3) gatekeepers (vectors of "people

technology"). The construction of a referral center (information about information) was chosen as one of the infrastructures for organizing the information drawn from the Internet technologies, particularly the Center for Biomedical Informatics of the State University of Campinas, State of Sao PauJo, Brazil. Two other infrastructures used were the Virtual Hospital (a metaphor of a real hospital), and the construction of the Virtual Sports Center. The first chapter discusses the choice, justification of the subject and the methodology, followed by a discussion concerning information in the fields ofPhysical Education and Sports, with emphasis on their evolution in Brazil. This was followed by a description of the resources offered on the Internet--both real and potential--as well as the concepts of gatekeepers and invisible colleges. Next there is a description of the experimental version of the Virtual Sports Center and an updated version analyzing the three channels of information chosen for this study. Finally, there are conclusions based on the evolution

between both versions of the Virtual Sports Center (www.cev.org.br) in the period under

study, with suggestions as to possibilities leading to the evolution and imporvement of the permanent construction process of an information referral center in in Physical Education and Sports.

(14)

As novas tecnologias de comunicayao colocam em evidencia niio s6 o aumento da oferta de infonnayao em quantidade duplicada a cada dois anos, (THORNBURG, 1997), mas tambem oferecem ao mesmo tempo novas alternativas para busca e disseminayao, especialmente atraves da Internet (HAGGERTY, 1997).

Para participar do esforyo de facilitar o acesso

a

infonnayiio em educayiio fisica

e esportes, especialmente no Brasil e America Latina onde a situayao tern sido bastante critica (SONNESHEIN, 1980; BASTOS, 1980; FARIA JONIOR, 1985), optou-se pela proposta de cria<;ao do Centro Esportivo Virtual - CEV - como centro referencial na Internet, enfocando o trabalho na hip6tese de potencializa<;ao de tres canais de infonna<;ao: 1. Sitio w3; 2. Lista de discussao e 3. Gatekeepers (pessoas, vetores de tecnologia) nas

areas das chamadas ciencias do esporte.

Os estudos sobre gatekeepers - pessoas, vetores de tecnologia - (KLOBAS,

1995; MACDONALD & WILLIANS, 1994), w3- site- (BATES, 1995,1996; GOGGIN et

al., 1997) e listas de discussiio (GUTERMAN, 1997) tern sido apresentados a partir de

situa9oes isoladas ou com atuayao tangencial entre esses tres canais.

0 presente trabalho parte da vivencia do autor na area de infonna<;ao em

educavao fisica e esportes e torna como base os tres canais de comunicayao, a partir das tecnologias da Internet utilizadas nos projetos do Nucleo de Informatica Biomedica da Unicamp (SABBATINI, 1997), para a constru<;ao de urn centro referencial de inforrnayoes.

Na introdu<;ao, e tratada a escolha e justificativa do terna e da rnetodologia. No capitulo primeiro, discute-se a infonnayao em educa<;ao fisica e esportes,

com enfase na sua evolu<;ao no Brasil. A seguir, siio listados os recursos da Internet e os

conceitos de gatekeepers e colegios invisfveis.

No segundo capitulo, e descrita a versao inicial do Centro Esportivo Virtual e no terceiro, sao discutidas as novas op<;oes do CEV a partir das premissas escolhidas para esse estudo.

Nas conclusoes e recornenda<;oes,

e

registrada a evolu<;ao do CEV no ano

(15)

1. Esco lha e justificativa do tema

Em 1955, ba quase meio seculo, data escolhida por Alvin Tofl:ler para marcar o

fun do que ele chamou de Segunda Onda, a "Comissao Hoover ... encontrou nos arquivos de

tres grandes companhias, respectivarnente 34 mil, 56 mil e 64 mil documentos e

memorandos para cada empregado constante na folha de pagamento"(TOFFLER, 1980). Hoje, com a Internet , que alem da ligayao ponto-a-ponto levou o telefone

acoplado a um modem

a

condiyao de vefculo de comunicayao de massa e tern cerca de 25

milhoes de usuilrios - e impossfvel avaliar o volume do fluxo de informayao existente em todos os nfveis. Para falar sobre a informayao disponfvel s6 na area cientifica, basta constatar que "a quantidade de informayao em medicina duplica a cada quatro anos". (SABBATINI, 1994).

A Educayao Fisica - EF - acompanha o que BRADLEY (1988) chamou de "explosao da informayao". A International Association for Sport Information (IASI), 6rgao da UNESCO, registrou, em 1984, 2.156 tftulos de peri6dicos especializados, ressalvando que esse nillnero era apenas dos peri6dicos indexados em seus pafses, isto e, a listagem nao incluiu tftulos locais escolas, institutos, municfpios sem o registro do ISSN -International Standart Serials Number - e/ou que nao tinham conseguido alcanyar a ediyao do terceiro nillnero (RUNCLAU-VERSTIGEEN, 1984).

Acrescentando aos peri6dicos os relat6rios de pesquisa, teses, newsletters, anais de congressos, jornais eletronfcos, videos, filmes e prograrnas de computadores, teremos um esboyo do universo em que o estudante e o profissional de Educayao Fisica tern de "navegar" para manter-se informado. E a profissao esta em crescimento. Em Carrer

potentials in physical activity, CRATTY (1971) identificava, no inicio dos anos setenta,

nove areas principais de atuayao profissional , com pelo menos cinco especialidades em

cada uma, projetando atuayoes cruzadas (esporte-informayao, fisiologia-futebol,

sociologia-lazer ... ) que elevarn exponencialmente as possibilidades de atuayao em Educayao Fisica, Esportes. A amplitude dessa formayao e conseqiiente necessidade de abordagens te6ricas levaram a professora Susan Greendorfer, editora da Research Quarterly for Exercise and

Sport, a um artigo cujo titulo registra o estarrecimento geral: "Specialization, fragmentation, discipline, profession: what is the real issue?"(GREENDORFER, 1987).

(16)

Ha

quem afinne que muito da chamada "explosiio da informac;ao" deveu-se ao crescimento vertiginoso da comunicac;ao eletronica, apoiado na evoluc;ao dos transistores.

SIQUEIRA (1990) tern urn exemplo pitoresco para enfatizar tal situac;ao:

" se nos ultimos 40 anos o autom6vel tivesse

evoluido tanto quanto o transistor, urn Rolls-Royce de hoje - 1987 - teria urn motor menor que uma caixa de f6sforos, com potencia de 50 mil cavalos, seria capaz

de viajar it media de 500 Km por hora, gastando urn

litro de gasolina para percorrer 100 mil quilometros. E seu pre90 seria de 3 do lares." (SIQUEIRA, 1990).

Os meios eletronicos que propiciaram a "explosiio da informac;ao" ta.mllem oferecem ferramentas preciosas na sua busca e recupera91io.

A revolu91io provocada pelo universo de informayao hoje disponivel atingiu, em cheio, todas as atividades que lidam com o conhecimento. Em especial a escola e o professor.

Considerado como guardiao e "passador" de informayao na pedagogia tradicional, o professor que ainda nao tinha se dado conta do problema pelo !ado pedag6gico e ve-se pressionado a adotar o slogan cunhado por Oliveira Lima - o introdutor

das teorias de Piaget na educayao brasileira - na decada de sessenta: "o professor nao

ensina, ajuda o aluno a aprender" (LIMA, 1967).

Para enfrentar urn novo paradigma educacional da superayao da simples "passagem de informa91io de urn recipiente para outro" (CHAVES, 1991, p.l9), o proprio LIMA (1985) recorreria ao impacto da comunicayao para refor9ar os postulados do seu slogan em "Mutayoes em Educa91io segundo McLuhan", propondo o trabalho do professor como:

"A tarefa do Professor e saturar o ambiente com informayao e promover a socializayao nesse ambiente." (LIMA, 1985)

De qualquer forma, a informac;ao e o insurno basico da aprendizagem - escolar ou nao. Este trabalho foi elaborado com base na cren9a desse postulado e pretende

apresentar urn recurso baseado na utilizac;ao de redes eletronicas, para a facilitar o acesso it

(17)

Instigados a buscar a origem do problema, acreditamos que a nossa trajet6ria de atuayao profissional em Educayao Fisica e que desencadeou essa proposta e tern, como ponto de apoio, uma participayao dedicada em todas as formas de dissemina<;:ao da

informa<;:ao que estiveram tangenciando a

area

nos iiltimos 30 anos, do jornal do centro

academico

a

internet.

Pode ser considerado como urn marco inicial o nosso trabalho de editor do jornal Opiniiio "Informativo Oficial do Centro Academico- CA- Ruy Barbosa", da Escola de Educa<;:ao Fisica da Universidade de Sao Paulo - USP - na epoca ainda pertencente a Federa<;:ao das Escolas Superiores do Estado de Sao Paulo e que dividia as instala<;:oes do Giruisio do Ibirapuera com apresenta<;:oes de circos e miisicos populares, o que fomecia grandes temas de protesto para o vibrante informativo, que chegou a manter o editor alguns

dias Ionge da Escola e da sede do CA, vasculhada pela policia politica. 0 primeiro niimero

ostentava uma epoca combativa: maio de 1968.

0 trabalho continuou sempre entre as publica<;:oes e as institui<;:oes de preparayao e de organiza<;:ao profissional. A coluna "Opioniiio" do Jornal do CA foi aceita como "Rumorismo" na Revista Esporte e Educayao, "Revista na(sic) Associa<;:ao dos Professores de Educayiio Fisica do Estado de Sao Paulo" - APEF-SP. 0 Rumorismo duraria ate o ultimo niimero dessa Revista (1977), que teve como editor o autor da coluna, apostando na esperan<;:a de que o mestrado entao recem implantado na Universidade de Sao

Paulo - tema da capa- nunca mais iria deixar desaparecer revistas de Educa<;:ao Fisica por

falta de artigos (PEREIRA, 1985).

A se<;:ao Rumorismo voltaria em outra revista da APEF-SP "Corpo e Movimento", em 1984. No intervalo, houve a tentativa de manter peri6dicos tecnicos de Educa<;:ao Fisica no Maranhao - Jornal Desportos e Lazer (10 niimeros) e Revista Desportos & Lazer (9 niimeros), sempre como co-editor anonimo por conta da a<;:ao do sindicato dos jornalistas, que exigia registro profissional aos integrantes da reda<;:ao. Em Sao Luis do Maranhao, o Rumorismo tambem chegou a ser uma coluna das paginas de esporte do "Jamal Pequeno".

0 Maranhao viveu, na decada de 70, uma das mais fecundas experiencias de

televisiio educativa do Brasil. Tele-salas de recep<;:ao dos programas Ionge da sede Sao Luis, e animadas por professores com baixa forma<;:iio escolar, levados, entao, a modemas

(18)

concepc;oes pedag6gicas de terem que discutir o conteudo das emissoes com os alunos, premidos pelas circunstiincias. A emissao das aulas era intermitente, prevendo o traballio com os conteudos nos intervalos.

0 contato com a Televisiio Educativa do Maranhao - TVE-MA marcaria urn fecundo encontro com os professores que estavam no processo de criac;ao do Curso de Educac;ao Fisica da Universidade Federal do Maranhao. 0 Pro£ Dimas (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araujo), responsavel pela Educac;ao Fisica no sistema TVE, e urn pioneiro na EF do Estado, fazia parte do grupo de irnplantac;;ao do curso. A televisiio era urn recurso a ser explorado pela Educac;ao Fisica. A produc;ao e as aulas eram grandes recursos de inforrnac;ao para os professores.

A participac;ao na criac;ao do Colegio Brasileiro de Ciencias do Esporte

-CBCE, em 1978, e a integrac;ao das diretorias ate 1985 tambem serviram como campo de atuac;ao na inforrnac;ao cientifica na area. A organizac;ao de congressos, o acompanhamento da Revista Brasileira de Ciencias do Esporte, o Boletirn Brasileiro de Ciencias do Esporte e o inforrnativo da Diretoria "Pensando Alto" (PAIVA, 1994) exigiram urna irnersao irnportante no universo dessa inforrnac;ao cientifica. Contribuiu, tambem, a participac;ao nas discussoes sobre as publicac;oes da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciencia, e a reativac;ao de secretarias estaduais, como responsavel pela secretaria regional da SBPC na Regiiio Norte entre 1984-85.

No ambito academico, a participac;ao na busca de urn adequado suporte de inforrnac;ao para a primeira turma de mestrado da Escola de Educac;ao Fisica da

Universidade de Sao Paulo - EEFUSP -na medida em que integravamos integravamos a

Comissao de P6s-Graduayiio como representante discente - levou

a

busca de disciplinas

(Midias Alternativas e Cibernetica Pedag6gica) na Escola de Comunicac;oes e Artes -

ECA-USP, onde se deu o inicio do contato com as "midias alternativas" (que mais tarde, com o

aumento da capacidade de processamento dos computadores, permitindo a maior

interatividade entre as pessoas e as maquinas, passariam a ser charnadas de "midias

interativas").

A iniciativa do programa de microfilmagem de anais de congressos e teses,

apresentada no Simp6sio de Esportes Escolares de Sao Caetano do Sui (PEREIRA,1978)-e d(PEREIRA,1978)-epois a r(PEREIRA,1978)-etomada no Micro Esport(PEREIRA,1978)-e Club(PEREIRA,1978)-e, qu(PEREIRA,1978)-e ch(PEREIRA,1978)-egou a criar urna coop(PEREIRA,1978)-erativa d(PEREIRA,1978)-e 30

(19)

professores de EF que tinham a missiio de trazer publica;;oes do exterior para serem reproduzidas e redistribuidas em microfichas - chegou a merecer a aten9ao da cronologia da docurnenta;;ao emEF no Brasil (FARIA JUNIOR, 1988).

Hoje, cabe comentar (20 anos depois) que niio fez o menor sucesso, na epoca, a esfor;;ada atua;;ao de: apresenta;;ao de terna livre com diapositivos de alta resolu;;ao sobre os recursos da microfilmagem de publica;;oes cientificas, montagem de estande com leitoras de microficha para consulta dos anais do proprio simposio, distribui;;ao de prospectos e indices de teses ...

Nas disciplinas da ECA, forarn iniciados, tambem, os contatos com o que passou a ser charnado de "midias interativas". Durante o doutorado em comunica;;ao

-1985, niio concluido - apresentarnos, com o professor Gabriel Muiioz Palafox - que tinha vindo do Mexico para estagiar no Laboratorio de Aptidao Fisica de Sao Caetano do Sul-(CELAFISCS) e, na epoca, cursando o mestrado em Educa;;ao, trazendo na bagagem urn modemo computador de 8 bits - a proposta de urn calendario esportivo em videotexto, que nao encontrou patrocinador, mas serviu para urn born treinamento na inicia;;ao com a informatica e as perspectivas do uso do computador na comunica;;ao, ja que o videotexto foi urn precursos da WWW.

Com Gabriel Palafox, foi iniciada urna serie de cursos de "Informatica em Educa;;iio Fisica e Esportes"(PEREIRA,L.E., PALAFOX,G.M.,1985) Gabriel abordava a

parte referente

a

Informatica e nos tratavamos da informa;;ao - a "telematica", como passou

a ser charnado o avan;;o marcado pela uniiio da informatica com os meios de comunica;;ao. Estavamos envolvidos pelo entusiasmo do recem contato com o Prof. Fredric Litto, entao

chefe do Departamento de Radio e Televisiio da ECAIUSP, e que viria a criar e dirigir a

Escola do Futuro e a Associa;;ao Brasileira de Educa;;ao a Distilncia. Tarnbem teve influencia nesse trabalho a nossa passagem funcional pelo Ministerio da Educa;;ao - MEC (1985-86), na Comissao Ministerial criada para elaborar propostas para a utiliza;;ao do satelite Brasilsat I pela Educa;;ao, alem da responsabilidade de coordenar, pelo !ado do Ministerio da Educa;;ao e Cultura, o projeto de implanta;;ao do Sistema Brasileiro de Informa;;ao e Docurnenta;;ao Esportiva.

0 envolvimento com a Informa;;ao e Docurnenta;;ao Esportiva vinha da cria;;ao

(20)

em 1980 no Maranhlio, como Pro£ Leopo1do Vaz, que mais tarde viria a cursar o mestrado em Ciencia da Informa.;ao na Escola de Biblioteconomia da UFMG - Universidade Federal

de Minas Gerais -, que valeu urna apresenta.;ao na I Conferencia Latinoamericana de

Informa.;ao e Documenta.;ao Esportiva- Medellin, Colombia- e urna fun.;ao na primeira

diretoria da Associa.;ao Latinoamericana e do Caribe para Documenta<;iio e Informa.;ao

Esportiva (1980).

Na segunda metade da decada de oitenta, o convite, feito pelo Diretor da

recem-criada Faculdade de Educa<;lio Fisica da Unicamp, Joao Batista A. G. Tojal, para submissao

ao processo de sele<;lio e depois trabalhar como professor de Handebol na Unicamp -1986/1990 - trouxe urn novo alento para o trabalho, com informa.;ao em Educa<;lio Fisica,

servindo como ponto catalisador das experiencias anteriores.

Com promo<;lio da Faculdade de Educa.;ao Fisica e do Nucleo de Informatica

Biomedica - NIB - da Unicamp, coordenamos o I Simp6sio Brasileiro de Informatica em Educa.;ao Fisica e Esportes- chancela do CBCE- em 1987, eo segundo como satelite do Congresso Brasileiro de Ciencias do Esporte- CONBRACE- de 1989, em Brasilia.

Enquanto isso, como parte das atividades do doutorado na ECA-USP,

estreitamos os contatos - iniciados no CBCE - com os pesquisadores de Educa.;ao Fisica e Esportes - EFE - no exaustivo trabalho de entrevista-los para estudar o "Fluxo de Informa.;ao entre os Pesquisadores de Educa.;ao Fisica e Esportes no Brasil".

A convivencia na Escola de Comunica.;oes e Artes da USP serviu ,tarnbem,

para participarmos dos trabalhos de implanta<;iio do Nucleo de Estudos e Pesquisas de

Novas Tecnologias de Comunica.;ao Aplicadas

a

Educa.;ao - Escola do Futuro, USP,

inaugurado em 1988.

Em 1990, voltamos para o Maranhlio tendo, no ano seguinte, nos transferido para a UFMG, na esperan.;a de poder nos reintegrar aos trabalhos do Sistema Brasileiro de Documenta.;ao e Informa.;ao Desportiva - SIBRADID. A responsavel pelo projeto na

UFMG, cansada dos desencontros administrativos, tanto da UFMG como do Ministerio da

Educa.;ao da epoca, Maria Licia Bastos, aposentou-se alguns meses ap6s a nossa chegada, e

o projeto s6 niio ficou

a

deriva porque estava entalado nos desentendirnentos das

(21)

Na UFMG, urn dos p6los pioneiros da implanta<;iio de redes eletronicas no Brasil, come<;amos a utiliza<;iio intensiva da Bitnet, em 1991, intensificando os contatos como Nucleo de Informatica Biomedica- NIB/Unicamp e a Escola do Futuro- USP.

Com a nossa aposentadoria em 1994, volteamos para Campinas e nos integramos ao recem criado Laborat6rio de Estudos Avan<;ados em Jornalismo- LABJOR

em urna serie de projetos de Jornalismo Esportivo, juntamente com o Prof. Joao Tojal.

Estava formado o tripe - Escola do Futuro, Nucleo de Informatica Biomedica e

Laborat6rio de Jornalismo - que daria sustenta<;iio a uma proposta de traballio no

doutoramento em Educa<;iio Fisica na Unicarnp: "A Cria<;ao de urn repert6rio de

Informa<;iio para a Forma<;iio e Atualiza<;iio Profissional em Educa<;iio Fisica- uma base de

dados em CDROM', sob a orienta<;ao do Prof. Joiio Tojal, culminando urna proposta que

vinha sendo traballiada desde o "I Simp6sio Brasileiro de Informatica em EF&Esportes ", em 1987.

Como suporte tecnico fundamental no tripe citado, e preciso registrar que o

Nucleo de Informatica Biomedica ja oferecia, desde 1986, urn curso de verao para

professores universitarios da area de saude - quase que exclusivamente para medicina - que estivessem interessados em implantar a disciplina Informatica em Saude nos cursos das institui<;oes de ensino superior. Como o curso era caro, nunca tinha bavido a oportunidade

de financiamento de urna atividade do genero para a Educa<;ao Fisica. Tarnpouco tinhamos

profissionais, em nlimero suficiente, para montar a infra estrutura de urn curso especifico.

Em 1996, recebemos urn convite para participarmos desse curso, como parte das atividades

do doutorado. Durante o curso, nas discussoes que se seguiram a exposi<;iio do Prof. Renato Sabbatini sobre o Hospital Virtual, que ele bavia criado no NIB, surgiu a ideia: "por que

niio urn Centro Esportivo Virtual na Internet, em vez do traballio documental e restritivo da cria<;iio do CD ROM?".

Estava lan<;ada urna proposta e iniciados os traballios que culminaram, com o

apoio do Instituto Nacional do Desenvolvimento dos Desportos- INDESP, na implanta<;ao

da fase experimental do Centro Esportivo Virtual. Foi feito urn convenio, atraves da

Fundayao para o Desenvolvimento da Medicina - FDTMED, que ja era a responsive! por boa parte dos equipamentos que davam suporte ao Hospital Virtual. Foram elaboradas as

(22)

primeiras paginas e registrado o dominio do Centro Esportivo Virtual <www.cev.org.br>, projeto que sera descrito mais adiante neste trabalho.

2 Objetivo

Apresentar urn recurso de acesso

a

informac;ao em Educac;ao Fisica e Esportes,

baseado na Internet, part indo de uma revisao das experiencias realizadas so bre a disseminac;ao da informac;ao tecnica e cientifica em Educac;ao Fisica no Brasil, buscando

urna forma de catalisar esses esforc;os e criar urna possibilidade de acesso

a

informac;:ao que

seja, ao mesmo tempo, abrangente quanto aos assuntos, fiicil de utilizar, e que tenha interac;ao com o publico, oferecendo, especiaimente, a oportunidade de acompanhamento e filtro de qualidade oferecidos pela participac;ao de especialistas, agregando a chamada "critica inter-pares".

3 Metodos e procedimentos

A extensao da Internet, para alem dos equipamentos das universidades, agregou a possibilidade de acesso universal ao "repert6rio", alem da interac;ao com a base e a comunicac;ao entre os usuarios.

Foram criadas, entao, duas frentes de trabalho:

a) 0 "repert6rio", que passou a ser urn sitio na Internet, inclusive com dominio proprio <http://www.cev.org.br>, hospedado no Nucleo de Informatica Biomedica da Unicampe,

b) Uma lista de discussao sobre Ciencias do Esporte- efesport-L- incorporada

as

listas ja existentes no Departamento de Computac;ao Cientifica - DCC- Unicamp.

Estabelecidos os procedimentos com relac;ao ao suporte do uso de redes,

partimos para o trabalho de mobilizac;ao dos usuarios. 0 cenario

e

inspirado na "tarefa do

professor", proposta por Lauro de Oliveira Lima: "Saturar o ambiente com informac;ao e promover a socializac;ao" (LIMA, 1985).

(23)

1. Nucleo de Infoi'Illlitica Biomedica - Unicamp: Constrw;ao do sitio e implantac;;ao de Iistas de discussao. Com a supervisao do Pro£ Renato Sabbatini, a busca da fronteira do conhecimento no uso da Internet - especialmente a tecnologia trabalhada pelo

Hospital Virtual e o e*pub ( programa de publicac;;oes cientificas on line) -e os mecanismos

de comunicac;;ao e compartilbamento de experiencias entre os participantes dos diversos projeto do Nucleo foram delineados. Foram ainda retomados os trabalhos para a realizac;;ao do III Simp6sio Brasileiro de Informatica em EF&Esportes - o NIB realizou os dois primeiros em 1987 e em 1989, urn sirnp6sio satelite de "bibliotecas de Educac;;ao Fisica" no VIII Encontro Nacional de Bibliotecas Universitarias, realizado na Unicamp, alem de urn "II Encontro de Editores de Revistas Tecnicas e Cientificas de Educac;;ao Fisica" em 1996, o primeiro tinha sido realizado em Belo Horizonte em 1987.

2. Nucleo de Novas Tecnologias da Informac;;ao Aplicadas

a

Educa<;;iio - Escola

do Futuro - Universidade de Sao Paulo: fronteira do conhecimento no uso de midias alternativas em educa<;;iio atraves do acornpanhamento da construcyao dos CDRoms educativos, participacyao no grupo de discussao sobre Inteligencias MU!tiplas da Dra.

Marilene Garcia e da criac;;ao e trabalhos iniciais da Associac;;ao Brasileira de Educa<;;iio

a

Distilncia, que, tal como a Escola do Futuro, foi criada pelos professores Fredric Litto e Marcos Formiga. E o oferecimento do curso "Internet para professores de Educacyao

Fisica", com os recursos das salas experimentais da Escola do Futuro.

3. Laboratorio de Estudos Avanc;;ados em Jornalismo da Unicamp- LABJOR: tentativa de buscar a participacyao de jornalistas e professores de Educacyao Fisica, area identificada por Pereira da Costa (1970) como urn gargalo na disseminac;;ao do conhecimento produzido nas universidades compartilbando o esforc;;o - e beneficios - da reuniao de grandes vetores de tecnologia na area de jornalismo (Alberto Dines, Jose

Marques de Mello, Juca Kfouri, F!avio Prado, Mauro Malin ... ). Com o apoio do Pro£

Carlos Vogt e a supervisiio do Professor Joao Tojal, realizamos urn Simposio de Jornalismo Esportivo (incluido na Prograrna<;;iio Oficial dos Jogos Abertos do Interior, realizado em Campinas) como objetivo do registro da avaliacyao dos profissionais das diversas areas que atuam em esportes sobre o Jornalismo Esportivo. Urn curso de atua!iza9ao e urn Curso de Especializac;;ao ( o primeiro do LABJOR) sob a coordena<;;iio do Pro£ Agninaldo Goncyalves, coordenador do Departamento de Ciencias do Esporte da Faculdade de Educacyao Fisica da

(24)

Unicamp, que ampliou a proposta da especializa9ao para uma linha de pesqwsa do Mestrado da Faculdade de Educa9ao Fisica.

A integrayao dos participantes desses diferentes nucleos foi marcada pela realiza9lio de eventos e exaustivamente acompanhada atraves do uso do correio eletronico.

Na implanta9lio dos equipamentos, constru9lio da primeira verslio, financiamento de alguns eventos e demonstra9oes em estandes e feiras, o projeto teve a parceria do Instituto Nacional para o Desenvolvimento dos Esportes- INDESP. No periodo o Centro Esportivo Virtual foi urn programa oficial do INDESP em 1996/97.

(25)

CAP. I INFORMA<;AO

1.1 Que inforrnar;iio?

A explosiio da inforrnayiio cnou urn impasse inesperado na atuayiio e preparayiio profissional. Houve urn tempo em que o trato com as questoes da inforrnar;iio era mais simples. Ela estava annazenada em bibliotecas e livros. A escola, instalada nurn

im6vel, era o Iugar onde as inforrnar;oes necessarias

a

"forrnayiio" do cidadiio, que teria urn

destino bastante previsivel na sociedade e atuaria nurn mercado de traballio conhecido, era a encarregada de "fonnar" e/ou "passar infonnar;iio".

0 agente dessa tarefa era o professor, chamado de "lente", antes da difusiio da sua fonte de abastecimento: o livro.

Para isso, a escola usava a compartimentalizar;iio do conhecimento, que era "ministrado" em pequenas doses chamadas "disciplinas". Alunos que niio se enquadrassem nas disciplinas erarn punidos. A persistencia na in-disciplina levava ao castigo de "niio passar de ano" ou "niio se formar".

Como o acesso a inforrnar;iio era controlado, niio foi dificil manter a linha de

montagem por bastante tempo.

Os novos meios de comunicar;iio desestabilizaram o velho sistema. A velocidade com que isso aconteceu e atribuida por Alvin Tofiler (1983) a uma

caracteristica peculiar da inforrnar;iio: ela e "generativa", ou seja, bern diferente dos outros

recursos que figuravam como essenciais ao "progresso" da humanidade.

Quando alguem utilizava o ar;o ou outro insumo industrial, ou urn hectare de terra para produzir riquezas, niio era possivel que outra pessoa pudesse usar esse recurso ao mesmo tempo. Pior, era preciso produzir outra porr;iio de material ou restaurar a terra, para que outros tambem pudessem produzir riquezas.

Com a inforrnar;ao e diferente. Ela precisa ser produzida uma vez so, pode ser utilizada por muitas pessoas ao mesmo tempo e niio acaba ao ser consurnida. Mais: ao ser

consurnida ela provoca inferencias de diversos tipos e cria mais inforrnar;iio.

Assim, o crescimento da disponibilidade de inforrnar;iio e exponencial e provoca mudanr;as tambem cada vez mais freqiientes, num ciclo continuo. Acreditamos que

(26)

niio e possivel

a

escola abarcar toda a informa.yao para poder "passa-la" e "formar" seus

alunos ou aprendizes. Essa e uma das diretrizes do presente trabalho.

E

nurn cerulrio dinfunico que seres humanos com maior experiencia precisarn

preparar os mais novos.

0 proprio registro do crescimento da disponibilidade de informa.yao, possivel

nurn quadro estatico, nao encoraja os especialistas a uma estimativa. Geralmente sao utilizados exemplos isolados. Richard Wurman, (1991) em Ansiedade de Informa.ylio, faz uma aproxima.yao, utilizando o exemplo de urn dos maiores jornais em circula.yao, o New York Times:

Uma edis:iio do The New York Times em urn dia da semana contem mais informas;iio do que o comum dos mortais poderia receber durante toda a vida na Inglaterra do seculo XVII. (WURMAN, 199l,p.37)

"Informa.yao e o significado que o hornem atribui a urn dado, por meio de conven.yoes usadas e de sua representa.yao. "(SIQUEIRA, 1987)

N esse cerulrio de crescirnento inusitado e muito dificil fazer previsOes. Mesmo

estudos mais apurados (como ode ANDERLA, 1979) tendem a ser surpreendidos.

Alem da chegada dos computadores pessoais, no inicio da decada de 80, as redes que fuvoreceriarn a integra.yao potencializariam a quantidade de inforrna.yao disponivel a niveis nunca irnaginados. A reuniao e disponibilidade desses acervos pessoais

viriam uma decada mais tarde, com a Internet.

Mais do que acrescentar suas bibliotecas e acervos pessoais ao grande e

acessivel centro de inforrna.yao mundial, com a Internet, hoje, cada usuario - o computador

pode estar em casa, no trabalho, na escola e ser de uso pessoal ou coletivo -tern hoje, alem

desse irnenso acervo, facilidades para a difusao: na Internet qualquer pessoa passa a ter a

sua propria emissora de radio ou canal de televisao, apenas com a incorpora<;ao de alguns perifericos.

Ninguem tern condi.yoes de abarcar toda a informa.yao disponivel. Estabelecer mecanismos que possibilitem a redu.yao do universo de escolha entre alternativas consistentes, ao que se chama de "estabelecirnento de filtros de qualidade" para a informa.yao disponivel, continua sendo urn problema.

(27)

A facilidade de tornar todo tipo de infonnac;:iio disponivel na rede, agregada

a

possibilidade de que cada individuo, grupo, associac;:iio ou departamento tenha a sua propria publicac;:iio - em texto, som e imagem -, dramatizou bastante o traballio de enfrentar o

problema. Da explosiio do acesso

a

infonnac;:iio.

No mesmo sentido, o crescimento do nllinero de cursos de graduac;:iio, a exigencia das instituic;:oes de ensino superior com relac;:iio a produtividade dos docentes medida em publicac;:oes, os traballios de p6s-graduac;:iio e as recentes exigencias quanto aos traballios monograficos na graduac;:iio, aumentaram muito a quantidade de infonnac;:iio disponivel, ou por disponibilizar.

A soluc;:iio adotada na construc;:iio deste projeto viabiliza-se atraves de duas vertentes:

I) Reforc;:a a ideia de exaustiio na quantidade de infonnac;:iio disponivel: toda infonnac;:iio deve estar ao alcance do usufui.o, com o acesso facilitado pelas redes eletronicas e com a possibilidade de interac;:iio;

2) Os filtros de qualidade siio estabelecidos pelos "pares", pelos especialistas de cada area, resguardadas as diferenc;:as de concepc;:iio, atraves da media9iio dos colegios

invisiveis e das associa9oes cientificas.

Para a adoc;:iio da proposta referente a este estudo, e preciso buscar o "estado da arte" da disseminayiio da informac;:iio em Educac;:iio Fisica e Esportes.

1.2 A Informayiio na Educa9iio Fisica e Esportes (EFE)

Embora a necessidade de organiza9iio da informac;:iio em EFE tenha perpassado muitos dos documentos oficiais no Brasil (PELLEGRINI, 1986), em especial ap6s o ultimo diagn6stico elaborado oficialmente (PEREIRA DA COSTA, 1970), o impacto maior da falta de infonnac;:iio deu-se com os desdobramentos da Resoluyiio 3/87 (BRASIL, CFE, 1987), que abriu o leque de possibilidades e os horizontes de infonnayiio na prepara9iio profissional da area. Tambem, o fato da Reso!uyiio ter sido promulgada 18 anos ap6s a implantac;:iio do curriculo minimo em Educa9iio Fisica, pode servir como exemplo de morosidade do fluxo de infonnayiio na area.

(28)

As instituivoes tern, a partir de entao, liberdade para buscar e organizar inforrna9oes para a constru91io e irnplementavao dos curriculos.

Novamente, a falta de inforrnavao tecnica e cientifica na area sugeria urn horizonte de grandes dificuldades a serem trabalhadas.

Em urn levantarnento feito no CataJ.ogo Coletivo Nacional de Publicayoes Peri6dicas, do Instituto Brasileiro de Inforrnavao em Ciencia e Tecnologia (IBICT) (PEREIRA, 1988), mostrava que nenhuma escola de Educavao Fisica no Brasil tinha a colevao completa da Revista Brasileira de Educavao Fisica e Desportos, distribuida pelo

Ministerio da Educayao e Cultura, e que chegou a ter edivoes de 50 mil exemplares. Se a

revista mais difimdida da area nao chegava

as

Esco las de Educavao F isica, e facil inferir a

qualidade dos suportes de inforrnavao para as decisoes sobre os novos curriculos e a sua irnplementavao.

Para enfrentar o problema, o govemo brasileiro assinou urn convenio com a UNESCO e instalou, na UFMG, a sede do Sistema Brasileiro de Inforrnayao e Docurnentavao Desportiva, com urn minicomputador HP3000 (igual ao do Centro de Documentavao da Organizayao Panamericana de Saiide e ao da Editora Abril, na epoca) com 22 terminais espalhados em escolas de Educavao Fisica e centros de pesquisa pelo

pais.

Problemas na administravao federal e a inexistencia de urn plano para a inforrnavao cientifica em EFEL estacionaram o processo do SIBRADID, que s6 foi

retomado quase dez anos mais tarde, mas ainda carente da participayao significativa da

comunidade universitaria para a sua expansao.

Desde a irnplantavao do SIBRADID - 1987 - a comunicayao na ciencia

caminhou a passos largos. 0 maior foi a entrada do Brasil na Internet em 1990. A rede

internacional deu novo alento

a

antiga proposta. 0 possivel - 22 terminais de linhas

discadas - passa a ser a dispombilidade do uso do sistema para quem tenha urn computador de 16 bits- desde urn 486, portanto - e urn telefone acoplado a urn modem, na escola, no trabalho ou em casa.

Entretanto, falta, ainda uma ayao mrus contundente. MIRANDA (1980), durante seus estudos de p6s-graduavao sobre bibliotecas de universidades brasileiras,

(29)

cunhou uma expressao emblematica sobre bibliotecas e servivos de informaviio, perfeito para a

area

de EFEL:

"Em volta de uma biblioteca pobre circulam pesquisadores mediocres".

Por enquanto, essa afirrnativa ainda vale para as redes, poderiarnos acrescentar. Elas possibilitam a comunicaviio ( e, portanto, a arullise da informavao disponivel) entre os especialistas de forma instantilnea, inclusive propiciando trabalhos em parceria, independentemente da localizaviio geografica dos interlocutores, o que vai ser determinante para a supera<;iio do estagio atual.

Flagrada em situa<;iio critica, no que concerne it disponibilidade de informaviio, a Educaviio Fisica no Brasil pode queimar etapas ao sobrepujar o impasse.

Ao liberar o professor de ser uma especie de biblioteca ambulante (THORNBURG, 1991) e apresentar as ferramentas multimidia (CHA VES,1991) para o professor "ajudar o aluno a aprender" (LIMA, 1969), o novo momento se apresenta como urn desafio interessante a ser enfrentado pela chamada comunidade esco1ar.

E

preciso admitir a constatayiio de que a passagem pe1o sistema escolar niio se restringe it aquisiviio de uma certa quantidade - ou urn "pacote" - de informavoes, mas de fuvorecer a participa<;iio de todos no processo de construviio dos repert6rios de informa<;iio, como parte de apoio its atividades de aprendizagem e pesquisa.

Trabalhos sobre o uso da multimidia e telematica comevam a ser temas obrigat6rios das revistas tecnicas: os prospectivos (TAYLOR, SAVERANCE, 1990); os que chamam a atenviio para a importilncia e desdobramentos do uso do correio eletronico em educayiio (UPDEGROVE, 1991); os que ensinam os passos e as armadilhas dos bancos de dados remotos de acesso on line (DILER, CLEVER, 1993), os que alertam e mostram os passos basicos para urn melhor proveito no uso da Internet (KEY, 1994; MORENO, GARCIA, 1997; HARICHAU:X, 1997; HARICHAU:X, TOURDONET, CANDELLIER, 1997) fazem parte desse novo rol de temas trabalhados atualmente

No Brasil, a Educayiio Fisica deu os primeiros passos com livros de programas para computadores (MOREIRA, 1991) e cursos paralelos aos Congressos Brasileiros de Ciencias do Esporte (PEREIRA, MUNOZ PALAFOX, 1985). A Rede Nacional de Pesquisas entrou ''para valer" no circuito da Internet (HENING, 1993). PEREIRA (1994)

(30)

encontrando campo de atividade para relatar os percalyos na impiantayiio de um jomal

eletronico em ciencias do esporte, na Reuniiio Anual da SBPC.

Os profissionais de Educayiio Fisica e Esportes atuantes ou em cursos preparayiio necessitam, com urgencia, integrar-se a processos de reciclagem e treinamento para o uso dos canais formais e informais de informayao, utilizando os recursos das redes de computadores.

As novas propostas para a implementayiio dos currfculos de todas as areas, especialmente a expansiio dos conceitos de PBL- Problem Based Learning (UEL, 1994) e Case Based Learning- CBL (FERNANDES-BALBOA, 1997) deveriio facilitar muito essa atualizayiio, pois privilegiam a informayao e a comunicayiio como insumos basicos da aprendizagem

Urn dos pesquisadores e, ao mesmo tempo, o principal protagonista das

iniciativas em docurnentayiio e informayiio da Educayiio Fisica no Brasil, Alfredo Gomes de Faria JUnior, escolheu o seu trabalho de p6s-doutoramento realizado na Inglaterra,

"T endencias da Pesquisa em Educayiio F isica na Inglaterra, Pais de Gales e Brasil ( 197

4-1984): urn estudo comparativo", para descrever de forma exaustiva e ''transforrrui-lo nurn

acervo 'bist6rico/factual' que cobrisse o periodo" os marcos da !uta pela considerayao da

area de docurnentaviio e Informayao em Educayao Fisica no Brasil. (FARIA JUNIOR, 1988)

0 autor inicia o relato pelos considerandos da Carta de Belo Horizonte: " ... considerando

'- que o progresso cientifico e a atual sociedade de massas em que vivemos exige um aumento crescente dos mecanismos de informaviio e docurnentayiio;

- que a Educaviio Fisica Brasileira tern, como urn dos fatores de desaceleraviio, justamente o atraso no set or de docurnentayiio e informayiio;

- que a dimensiio geognifica do nosso pais e os diferentes estagios de desenvolvimento da Educayao Fisica nas regioes exigem uma melhoria substancial no sistema de docurnentayiio e informayiio'(pp 7-8)".

A seguir, lembra que a preocupayao com a docurnenta'(iio cientifica esta presente desde a criaviio da primeira institui<;iio superior de Educa<;iio Fisica, a Escola Nacional de Educa<;iio Fisica e Esportes no Rio de Janeiro, cujo decreto de cria<;iio (1212,

(31)

de 17 de abril de 1939) exigia uma revista " ... destinada

a

divulga'<iio dos resultados de sua realiza'<ao no terreno do ensino e da pesquisa".

Em extenso capitulo comenta os eventos que considera relevantes na luta pela ado'<ao de uma politica para a area, que vai aqui resumida, em forma de t6picos, para ampliar a proposta do autor em torrui-la parte de urn acervo "hist6rico/factual":

1939- Decreto Lei 1212, que criava a Escola Nacional de Educa~o Fisica;

1958 - A Campanha Nacional de Educa'<ao Fisica, que insistia na importilncia da

divulga9ao de resultados de estudos e pesquisas "mediante publica9ao das conclusoes obtidas";

1961 - Publica9iio do "Indices Gerais dos Arquivos da Escola Nacional de Educ~ao Fisica

e Desportos".

1968 - Por iniciativa de Lamartine Pereira da Costa, que era o responsavel pelos estudos

sobre o acesso

a

informa9ao cientifica no Ministerio da Educ~ao, Alfredo Faria Jr. e

designado para estudar, junto ao Instituto Brasileiro de Bibliografia e Docurnenta'<iio (IBBD) - hoje Instituto Brasileiro de Informa9ao Cientifica e Tecnol6gica (IBICT) - a viabilidade de urn convenio para a "organiza9ao e publica9iio da bibliografia brasileira de Educa'<iio Fisica". As sugestoes do relator nao foram acatadas. A iniciativa e retomada, sem sucesso, pelo Colegio Brasileiro de Ciencias do Esporte, e acaba recebendo alguma aten9iio

com a public~ao, pelo govemo federal, da "Terrninologia da Educa9iio Fisica e

Desportos", de autoria de Otavio Fanalli (1981).

1970 - Public~ao do "Diagn6stico da Educa9iio Fisica/Desportos no Brasil", coordenado

por Lamartine Pereira da Costa e Unico trabalho do genero realizado ate hoje.

1976- Jayr Jordao Ramos publicava, no Bo1etim de Educa9ao Fisica, extenso repert6rio de

peri6dicos em Educa9iio Fisica

0

mesmo autor publicara "Orgaos de Educa9iio Fisica

(1967), e "Museus do Esporte" (1968), alem de defender a cria9iio de wn gloss:lrio de Educa9iio Fisica.

1978 - "no VI Simp6sio de Ciencias do Esporte, Laercio Elias Pereira apresentou, como

terna livre, uma proposta de organiza~o da informa~o em microfichas... montou urn

estande com visores e efetuou demonstra9iies apresentando os Anais do Simp6sio

microfihnados, mas, segundo ele 'ninguem se interessou'. A ideia foi retornada em 1982 com a cria9iio do Micro Esporte Clube".

(32)

Na epoca, a padronizac;:ao da microficha com 90 quadros por unidade mostrava

ser uma grande oportunidade de acesso

a

informac;:ao, atraves da microfilmagem de livros,

revistas e anais de congresso. Dizia-se que a NASA comprava urn exemplar de cada titulo e os microfilmava para todas as bibliotecas do sistema. A CAPES havia mandado microfilmar todas as teses de mestrado em educa<yao disponiveis e havia distribuido

miiquinas leitoras para as principais bibliotecas do pais. A ideia, que dava fon;a

a

iniciativa,

era a de que as bibliotecas jii estariam preparadas para receber as publicayoes de Educac;:ao Fisica e Esportes. A segunda iniciativa, a da criac;:ao do Micro Esporte Clube, foi a reunilio de trinta profissionais de Educac;:ao Fisica, consumidores de informac;:ao, que costumavam viajar e participar de congressos. A estrategia era a de que esses viajantes trouxessem

publicac;:oes recentes de outros paises. 0 Clube microfilmaria, montaria as microfichas e

furia a distribuic;:ao entre os s6cios. A contribuic;:ao semestral de cinco d6lares dava direito a

cinco microfichas. Foram distribuidas as microfichas dos trabalhos do Congresso Olimpico de Los Angeles, alguns anos antes da publicac;:ao chegar cara e encadernada em papel. A iniciativa nlio prosperou porque os participantes estavam mais na expectativa de uma central de servic;:os de reproduc;:ao, do que realmente numa rede cooperativa de busca e di:fusao de informac;:ao.

1978 - Criac;:ao do Co!egio Brasileiro de Ciencias do Esporte, que desde entao publica com regularidade, a Revista Brasileira de Ciencias do Esporte e o Boletirn Brasileiro de Ciencias do Esporte.

0 Colegio Brasileiro de Ciencias do Esporte foi uma ideia do medico Victor

Matsudo. A ata de fundac;:ao foi assinada pelos trinta fundadores na casa do idealizador, na cidade de Sao Sebastilio, litoral do Estado de Sao Paulo. Dois motivos desencadearam a

criac;:lio do CBCE: l. A impossibilidade de aceitayao de professores de Educac;:ao Fisica

como s6cios plenos da Federac;:ao Brasileira de Medicina Desportiva, apesar deles serem os maiores apresentadores de trabalhos nos congressos da Federac;:ao, e 2. A lentidao da USP em multiplicar o impacto atraves do recem irnplantado curso de mestrado. Os estrangeiros

que vinham para ministrar aulas obrigat6rias no curso de mestrado achavam que o curso era

no Laborat6rio de Aptidao Fisica de Sao Caetano do Sui - LAFISCS. Aliiis, muitos deles passavam rnais tempo no Centro de Estudos do Laborat6rio - CELAFISCS, do que na USP, no periodo que estavam no Brasil para os cursos.

(33)

1980 - Participa9ao brasileira na 1 Conferencia Latinoamericana de Documentacion e

Informacion Deportiva, realizada em Medellin, Colombia. Maria Licia Bastos (da UFMG) e Laercio Elias Pereira ( da Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhlio) apresentaram traballios e foram eleitos para compor a diretoria da Comision Directiva del Comite de

Informacion y Documentacion Deportiva de Latinoamerica y del Carybe, para o periodo 1981-1982.

Nao prosperou a proposta de realiza9ao da IT Conferencia em Sao Luis do

Maranhlio, devido a mudan9as administrativas na Secretaria de Desportos e Lazer, que

bavia se comprometido com a promo9ao. 0 fim do convenio Brasil-Alemanba de

intercfunbio, que tinba sede na SEED-MEC, tambem teve as suas influencias. A mesrna organiza9ao - Convenio Colombo-Alemao - e que realizou a I Conferencia, em Medellin. 1983 - Publica9iio, pela SEED-MEC, do "Indice da Revista Brasileira de Educayao Fisica e Desportos" de Laercio Elias Pereira e o traballio "Abreviatura de peri6dicos", publicado

por Maria de Fatima Duarte na Revista Brasileira de Ciencias do Esporte. Public~ao,

tambem, dos traballios da Comissao de Pesquisa em Educa9ao Fisica e Desportos, do MEC:

"Quem-e-quem na Educ~ao Fisica Brasileira" e "Resumos de pesquisas em Educa9ao

Fisica e Desportos".

1984 - Divulga9iio da "Carta de Belo Horizonte".

0 objetivo da reuniao do "grupo de notaveis" era a edi9ao da Carta Brasileira

de Educ~ao Fisica, nos moldes do "Manifesto Mundial de Educa9ao Fisica".

E

falsa a noticia corrente de que por "press5es da sociedade organizada"( sic) o titulo tenha sido reduzido. Essa foi urna delibera9ao da propria comissao, durante os traballios.

1986- Implanta9iio do Sistema Brasileiro de Documenta9iio Desportiva- SIBRADID, com

sede da Universidade Federal de Minas Gerais. Publica9iio de "Produ9iio Cientifica

Brasileira- Disserta9oes de mestrado: listagem e resumos", de Alfredo Faria Jr. No mesmo

ano, Mario Cantarino Filho tambem publicava urn repert6rio de teses pela Universidade de

Brasilia.

1988 - " ... no I Encontro Nacional de P6s-Gradua9ao em Educa9ao Fisica, realizado na

Unicamp, o documento do Grupo de Estudos constituido para estudar os aspectos

relacionados

as

bibliotecas (Alfredo Faria, Ieda Folegatt~ Dulce Leocadio, Antonia

(34)

Esta breve apresenta<;ao de t6picos, extraida da obra de Faria Jr., refor<;a a

urgencia na busca de novas forrnas de acesso

a

informa<;iio.

Para avan<;ar na cronologia, podemos citar, em 1995, a ressurrei<;ao do Sistema Brasileiro de Documenta<;iio e Inforrnayao Desportiva - SIBRADID - inanirnado por Iongo periodo e vitirna de desencontros e descaso administrativos.

Tambem no periodo citado, iniciativas individuais e, principalmente, ligadas aos recem criados cursos de P6s Gradua<;iio, trouxeram urna nova demanda na area de Documenta<;iio e Informa<;iio Esportiva.

Em julho de 1996, teve inicio a fase experimental do Centro Esportivo Virtual, como atividade do Prograrna de P6s-Gradua<;ao da Faculdade de Educa<;ao Fisica da Unicamp, suporte do Nucleo de Infonru\.tica Biomedica da mesrna Universidade e apoio do Instituto Nacional para o Desenvolvimento dos Desportos - INDESP, como objetivo de marcar urn momento de integra<;ao dos modemos meios de difusiio da informayao na Educayao Ffsica e nos Esportes.

1.3 Redes eletronicas

0 computador pessoal, criado no contexto "onde institui<;oes cientificas e universitarias, industrias eletronicas, todos os tipos de movimentos hippies e de

contestayao" (LEVY, 1991) faziam confluir urn caldo de cultura que tinha como objetivo

levar os recursos de infonru\.tica "a todos", isto e, socializar os beneficios que no tempo em que s6 existiam computadores de grande porte beneficiavam apenas as grandes empresas e as corporayoes, trouxe urn novo conceito sobre a utiliza<;ao e beneficios dos avan<;os do conhecimento na infonru\.tica

No inicio, os computadores eram, basicamente, circuitos integrados que serviam para ca!culos. Niio tinham monitor nem teclado. Ao acrescentar equipamentos

complementares (interfaces) em busca de urna comunica<;iio mais natural como usuario, o

computador pessoal - PC; popularizou a sigla inicial de Personal Computer - iniciando urna nova era. A partir de entao (meados da decada de setenta) haveria urn movimento de aproximayao e intera<;ao com os usuarios.

(35)

Com a chegada da Internet, os PCs receberiam urn impacto definitivo. 0 computador passava a ser uma extensao do Homem, urn instrumento de comunicayilo com outras pessoas, com bancos de dados, com os sistemas de educayao e segmentos do comercio.

Era a materializayao dos objetivos dos desbravadores da contracultura 0 mundo passaria a se beneficiar, atraves dos computadores, das possibilidades ainda inexp1oradas das redes e1etr6nicas.

Redes e1etr6nicas silo constituidas pe1o compartilhamento do uso de recursos de

computador, que podem ser de hardware (o meio fisico: computadores, perifericos,

impressoras, alto-falantes, cameras, CDRom. .. ), software ( aplicativos, programas ), fontes

informacionais (base de dados, arquivos, cat:ilogos, som, imagens ... ) e recursos hurnanos atraves do conhecimento, tanto dos especialistas como dos participantes das redes em geral (FERREIRA, 1995).

Para que exista uma rede

e

necessario que dois ou mais computadores estejam

aptos a trocar informayilo entre si (FREEMAN e ALLON, 1986), o que significa, na pnitica, que eles conseguem "conversar", ou seja, adotam os mesmos protoco1os.

0 inicio do compartilhamento de recursos entre computadores e possive1 a partir da criayao da "comutayilo de pacotes", urn procedimento que fragmenta as mensagens em partes menores (pacotes), detennina o endereyo para cada pacote e, finalmente, reagrupa essas partes, antes da entrega ao destinatario da mensagem. A

National Physical Laboratories, do Reino Unido, e a pioneira no uso dessa tecnologia no

inicio de 1968. Os franceses da Societe Internationale de Telecommunications

Aeronautiques tambem fizeram uma experiencia de tres anos nesse periodo.

Urn recurso desse tipo - comunicayilo assincrona, barata e com pontos de

conexilo independentes - despertou o interesse da area militar. Afinal, centros de

informavilo que continuassem a se comunicar, mesmo perdendo urna parte dos participantes

(nurn bombardeio ou ato terrorista), teria grande utilidade. Foi o caso da ARPA (US

Defense Department's Advanced Research Projects Agency). 0 interesse culminou, em

1967, com a instalayao do projeto ARPANET, que comeyaria a operar em 1969.

Historiadores costumam a ambientar a trajet6ria da criavilo da Internet na corrida militar do periodo cbarnado de Guerra Fria, marcando seus avanvos com os passos

(36)

da informatica e seu inicio com a "provoca9iio" sovietica ao lan9ar o Sputnik. Para fins de contextualiza9iio, segue uma cronologia preparada por PEDREIRA e CAMPOS (1997): 1957 - URSS lan9a o Sputnik, o primeiro satelite artificial da Terra

- EEUU criarn a ARPA

1962 - Come9am os estudos para a comut~ao de pacotes para redes de computadores

1967 - Inicio do Projeto ARPANET

1969 - A rede ARPANET come9a a operar com apenas 4 computadores. - Homem na Lua

1971 - Calculadoras eletronicas chegam ao mercado

- E

criado o programa de Correio Eletronico (E-Mail)

1972 -

E

enviado o primeiro e-mail na rede ARPANET

1973 - Prirneira conexiio internacional da ARPANET: Londres Noruega - A ARPA inicia pesquisas sobre a cria9iio da Internet

Vinton Cerf e Bob Kahn apresentam em urn congresso a ideia basica da Internet (FTP RFC 454)

1974 - Cerf e Kahn especificam o protocolo de transmissiio (TCP- Transmission Contro 1 Protoco 1)

1975 - Surge o primeiro kit de PC - Altair 800. Bill Gates e Paul Allen desistem dos estudos em Harvard

1976 - 0 primeiro processador de texto e criado. Surge o primeiro videogame

1977 - Especifica9iio do Mail (RFC 733)

Primeira liga9iio entre redes heterogeneas (ARPANET, Packet Radio, SATNET) via protocolos da Internet

1979 - Nasce a USENET

- As primeiras escolas se conectam

a

ARPANET

- Surge o primeiro MUD

1981 -A IBM apresenta o seu Personal Computer- PC

- Primeiro lan9amento do Onibus Espacial

- Nasce a Bitnet -Because Its's Time NETwork

1982 - A revista Time elege o computador pessoal como rniiquina do ano

Referências

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