• Nenhum resultado encontrado

Processamento de argila da região de Itaporanga-PB, visando obter produtos de cerâmica vermelha.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Processamento de argila da região de Itaporanga-PB, visando obter produtos de cerâmica vermelha."

Copied!
109
0
0

Texto

(1)

CURSO D E M E S T R A D O E M E N G E N H A R I A Q U I M I C A

Josileido Gomes

PROCESSAMENTO DE ARGILA DA REGlAO DE ITAPORANGA-PB, VISANDO OBTER PRODUTOS DE CERAMICA VERMELHA

O R I E N T A D O R E S :

Dr. Helio de Lucena Lira e Dra. Lisiane Navarro de Lima Santana

Campina Grande - Pb Dezembro -2005

(2)

Josileido Gomes

Dissertacao apresentada ao programa de Pos -graduacao em Engenharia Quimica da Universidade Federal de Campina Grande, em cumprimento as exigencias para a obtencao do grau de Mestre.

Area de concentracao: Tecnologia de Materias Nao Metalicos

Orientadores: Dr. Helio de Lucena Lira e Dra. Lisiane Navarro de Lima Santana

Campina Grande - Pb Dezembro -2005

(3)
(4)

Josileido Gomes

Dissertacao d e f e n d i d a e a p r o v a d a , e m 0 7 / 1 2 / 2 0 0 5 , pela b a n c a e x a m i n a d o r a constituida pelos professores:

_

Prof. Helio d e L u c e n a Lira, Dr. Orientador

D E M a / U F C G

5 c 4 i

P r o f . Lisiane Navarro d e Lima S a n t a n a , Orientadora

D r a , D E M a / U F C G

ICQ

. Djane d e Fatima Oliveir E x i m i n a d o r Extefno^

Dr. G e l m i r e s d e / A r a u i p Neve E x a m i n a d o / Interne

( U F C G )

(5)

• Agradeco principaCmente a Dens, que com sen infinite poder sempre me deu sabedoria, discernimento eforca para enfrentar mais um desafio em minha vida.

• A toda minha familia

• J4os professores orientadores, Dr Jfedo de Lucena Lira e a (Dra. Lisiane Navarro de Lima Santana, peCa orientacdo, e compreensdo.

• Jio professor Dr. geCmires dejlraujo Neves, peia atencdo e informacoes prestadas.

• JA (professora Dra. VUma Maria Suderio de flraujo, peCa a orientacdo e peCa coCaboracdo.

• J?o professor Dr. <ReginaCdb Severn de Macedo, peta coCaboracdo,

• J? JCeberSivino Terreira, pelo apoio dado para a reaRzacdo de atguns ensaios de caracterizacao.

• Jio Sr. Carlos Mangueira, peCofornecimento da materia prima. • coordenacdo do mestrado em 'Engenttaria Quimica.

• Ji sociedade brasiteira que, atraves da CJ&PES, contribuiu financeiramente para o desenvoCvimento desse trabatho.

(6)

dens

JAos mens pais JLos mens irmaos JLos mens amigos

(7)

"<Faca as coisas o mats simples que voce puder, porem nao as mais simpCes."

(8)

A industria ceramica Brasileira tern grande importancia para o pais tendo uma participagao no PIB (produto interno bruto) e m torno de 1 % , sendo a ceramica estrutural vermelha a que mais e m p r e g a no Brasil, atividade esta q u e e observada de forma acentuada no estado da Paraiba. Situada no sertao da Paraiba as m a r g e n s d o rio pianco, o municipio de Itaporanga-PB possui uma grande quantidade de jazidas de argilas, materia-prima esta que nao e explorada de forma a d e q u a d a , j a que as poucas industrias existentes na regiao sao de pequeno porte (olarias). Portanto o objetivo desse trabalho e estudar uma argila do municipio de Itaporanga-PB, visando a sua aplicacao na fabricacao de produtos de ceramica vermelha, atraves dos processos de conformacao c o m o : p r e n s a g e m , extrusao e laminagao. O presente trabalho analisou quimica e mineralogicamente a argila de Itaporanga-PB, f o r a m realizados analise quimica (AQ), difracao de raios-x (DRX), analise termica diferencial (ATD), e analise termica gravimetrica (ATG). A analise preliminar ceramica foi realizada adotando a metodologia proposta por S o u s a Santos (1992). Para os ensaios completos, prevendo uma possivel aplicacao da argila e m ceramica vermelha estrutural (blocos ceramicos e telhas) f o r a m adotados os limites m a x i m o s propostos por Barzaghi e Salge (1982). Os corpos de prova foram submetidos a q u e i m a lenta, nas temperaturas 800°C, 900°C, 1000°C, 1100°C. Para uma possivel aplicagao da argila, usando a m a s s a natural e uma massa formulada na producao de placas ceramicas foram adotadas as normas da ISO 1 0 5 4 5 / A B N T 13818. Os corpos de prova f o r a m submetidos a queima rapida a 1000°C, 1100°C e 1150°C. Foram d e t e r m i n a d o s modulo de ruptura a flexao, absorgao de agua, porosidade aparente e retragao linear de q u e i m a , apos sinterizagao. Os resultados confirmaram q u e a argila do municipio d e Itaporanga-PB e a d e q u a d a para ser utilizada na industria de produtos da ceramica vermelha e (blocos ceramicos e telhas) e m p r e g a n d o - s e o processo de extrusao e p r e n s a g e m . E placas ceramicas por meios dos processos de laminagao e p r e n s a g e m .

Palavras chaves: Ceramica v e r m e l h a , Materia-Prima Ceramica, P r o c e s s a m e n t o - Ceramico.

(9)

T h e Brazilian ceramics industry has great importance for the country. It has a participation in the GIP (gross d o m e s t i c product) around 1 % , and t h e red structural c e r a m i c s are the one that m o r e provides j o b s for the Brazilian people. This specific activity is specially o b s e r v e d in P a r a i b a . Situated in the hinterland of P a r a i b a , on the e d g e s of the Pianco river, t h e city of Itaporanga has a large a m o u n t of clay deposits. This raw material is not very m u c h explored at this area, that is b e c a u s e of the small size of the industries f r o m the area (potteries). T h e r e f o r e the objective of this research work is to study the clay f r o m the city of Itaporanga, to find applications in the m a n u f a c t u r e of red ceramics products, t h r o u g h the conformation p r o c e s s e s as: pressing, extrusion, lamination. This research work analyzed Itaporanga's clay f r o m a chemistry and ore points of views. It w a s d o n g chemical analyses (AQ), x-ray diffraction (DRX), and t h e r m a l analysis ( A T D ) . T h e ceramics preliminary analysis w a s carried t h r o u g h adopting t h e m e t h o d o l o g y proposal by S o u s a Santos (1992). For the c o m p l e t e assays, f o r e s e e i n g a possible application of the clay in structural red ceramics (ceramic blocks and roofing tiles) the Barzaghi & Salge (1982) considered m a x i m u m limits had b e e n a d o p t e d . T h e test bodies had b e e n submitted to the slow burning, at t h e t e m p e r a t u r e s 800°C, 900°C, 1000°C, 1100°C. For a possible application of the clay, using t h e natural m a s s and a m a s s f o r m u l a t e d in t h e production of ceramic plates had b e e n a d o p t e d the n o r m s of ISO 1 0 5 4 5 / A B N T 13818. T h e test bodies had been submitted to the fast burning in t e m p e r a t u r e s of 1000°C, 1100°C e 1150°C. Flexural strength, w a t e r a b s o r p t i o n , apparent porosity and linear shrinkage of burning had b e e n d e t e r m i n e d , after sintering. T h e results had confirmed that the Itaporanga's clay is adjusted to be used in the industry of products of red ceramics e (ceramic blocks and roofing tiles) using the extrusion and pressing process and ceramic plates t h r o u g h processes of lamination and pressing.

(10)

A B N T - A s s o c i a c a o Brasileira d e N o r m a s T e c n i c a s A A - A b s o r c a o d e A g u a A Q - A n a l i s e Q u i m i c a A S T M - A m e r i c a n C e r a m i c Society A T D - A n a l i s e T e r m i c a Diferencial A T G - A n a l i s e T e r m o g r a v i m e t r i c a C C T - C e n t r a d e Ciencia e T e c n o l o g i a D E M a - D e p a r t a m e n t o d e E n g e n h a r i a d e Materiais D R X - Difracao d e Raios X L|_ - limite d e liquidez LP- limite plastico IP - Indice d e plasticidade d e A t t e r b e r g ; N B R - N o r m a Brasileira M E A - M a s s a Especifica A p a r e n t e M E V - Microscopia Eletranica d e V a r r e d u r a PA - P o r o s i d a d e a p a r e n t e PF - P e r d a a o Fogo PL - Placa L a m i n a d a P P - Placa P r e n s a d a R L - Retragao Linear T R F - T e n s a o d e Ruptura a Flexao U F C G - Universidade d e C a m p i n a G r a n d e pD - D e n s i d a d e d e p r e e n c h i m e n t o d o material Pf - p r e s s a o d e fluencia Pf - P r e s s a o a p a r e n t e d e fluencia pD - grau d e c o m p a c t a g a o d o c o r p o s e iguala a o d o g r a n u l e

Cg, - Eliminacao d o s poros intergranulares

Cp. - E l i m i n a c a o d o s p o r o s intragranular p - C o m p a c i d a d e d a m a s s a

(11)

Figura 2.1 - D i a g r a m a triaxial d e W i n k e r 26 Figura 2.2 - Corte transversal d e u m a extrusora 32

Figura 2.3 - M o l d e d e c o m p r e s s a o uniaxial 36 Figura 2.4 - M e c a n i s m o d e L a m i n a c a o 43 Figura 3.1 - F l u x o g r a m a d a c a r a c t e r i z a c a o f i s i c a e m i n e r a l o g i c a da argila 52

Figura 3.2 - M o i n h o d e G a l g a 33 Figura 3.3 - Peneira vibratoria 53

Figura 3.4 - A p a r e l h a g e m d e analises t e r m i c a s 54

Figura 3.5 - Difratometro d e raios-X 56 Figura 3.6 - Forno d e q u e i m a rapida 58

Figura 3.7 - F l u x o g r a m a d o s e n s a i o s p r e l i m i n a r e s 59

Figura 3.8a - F l u x o g r a m a da c a r a c t e r i z a c a o t e c n o l o g i c a c o m p l e t a u s a n d o m a s s a

natural 60 Figura 3.8b - F l u x o g r a m a d o e s t u d o c o m p a r a t i v o e n t r e placas laminadas

p r e n s a d a s u s a n d o m a s s a natural 61 Figura 4.1 - A n a l i s e g r a n u l o m e t r i c a d a argila e s t u d a d a 63

Figura 4 . 2 - Difracao d e raios-X d a argila s e c a a 110°C e sinterizada a 800, 900,

1000, 1100°C 65 Figura 4.3 - A n a l i s e termodiferencial e t e r m o g r a v i m e t r i c a d a argila 66

Figura 4.4 - Retragao linear e m f u n c a o d a t e m p e r a t u r a 68 Figura 4.5 - A b s o r c a o d e a g u a e m f u n c a o d a t e m p e r a t u r a 69 Figura 4 . 6 - P o r o s i d a d e a p a r e n t e e m f u n c a o d a t e m p e r a t u r a 70 Figura 4.7 - M a s s a especifica a p a r e n t e e m f u n c a o d a t e m p e r a t u r a 71 Figura 4.8 - M o d u l o d e ruptura a f l e x a o e m f u n c a o da t e m p e r a t u r a 71 Figura 4 . 9 a e 4.9b - C o r p o s d e prova sinterizados a 8 0 0 , 9 0 0 , 1000 e 1100°C

e x t r u d a d o s (A), p r e n s a d o s (B)) 72 Figuras 4 . 1 0 a e 4 . 1 0 b - Retragao linear e m f u n c a o d a t e m p e r a t u r a (extrudados

(A), p r e n s a d o s ( B ) ) 73 Figura 4 . 1 1 a e 4 . 1 1 b - A b s o r c a o d e a g u a e m f u n g a o d a t e m p e r a t u r a (extrudados

(12)

Figuras 4.13a e 4.13b - M a s s a e s p e c i f i c a a p a r e n t e e m f u n c a o d a t e m p e r a t u r a

(extrudados (A), p r e n s a d o s (B)) 76 Figura 4.14a e 4.14b - M o d u l o d e ruptura a flexao e m f u n c a o d a t e m p e r a t u r a

m a s s a natural (extrudados (A), p r e n s a d o s (B)) 77 Figura 4.15 - Defeitos nos c o r p o s d e prova p r e n s a d o s e l a m i n a d o s (Sinterizados a

1100°C) 79 Figura 4.16 - Corpos d e prova l a m i n a d o s secos a 110°C e sinterizados a 1000°C

80 Figura 4.17 - Efeito d o teor d e u m i d a d e no m o d u l o de ruptura a flexao d e placas

l a m i n a d a s usando m a s s a natural, a p o s s e c a g e m 110°C 81 Figura 4.18 - Retracao d e q u e i m a e m f u n c a o d o t e o r d e u m i d a d e , placas

l a m i n a d a s usando m a s s a natural 82 Figura 4 . 1 9 - A b s o r c a o d e a g u a e m f u n c a o do teor d e u m i d a d e , placas l a m i n a d a s

u s a n d o m a s s a natural 82 Figura 4.20 - Porosidade a p a r e n t e e m f u n c a o d o teor d e u m i d a d e , placas

laminadas usando m a s s a natural 83 Figura 4 . 2 1 - M a s s a especifica a p a r e n t e e m f u n c a o d o teor d e u m i d a d e , placas

laminadas usando m a s s a natural 84 Figura 4.22 - Modulo d e ruptura a flexao e m f u n c a o d o t e o r d e u m i d a d e , placas

l a m i n a d a s usando m a s s a natural 85 Figuras 4.23a e 4.23b - Retragao linear e m f u n c a o d a t e m p e r a t u r a , u s a n d o m a s s a

f o r m u l a d a (laminadas (A), p e n s a d o s (B)) 88 Figura 4 . 2 4 a e 4.24b - A b s o r c a o d e a g u a e m f u n c a o da t e m p e r a t u r a , u s a n d o

m a s s a f o r m u l a d a (laminados (A), p r e n s a d o s (B)) 89 Figuras 4.25a e 4.25b - P o r o s i d a d e aparente e m f u n c a o da t e m p e r a t u r a , u s a n d o

m a s s a formulada (laminados (A), prensados(B)) 90 Figuras 4 . 2 6 a e 4 . 2 6 b - M a s s a e s p e c i f i c a a p a r e n t e e m f u n c a o d a t e m p e r a t u r a ,

u s a n d o m a s s a f o r m u l a d a ( l a m i n a d o s (A), prensada (B)) 91

(13)

T a b e l a 3 . 1 - C o m p o s i c a o da m a s s a f o r m u l a d a 56 T a b e l a 4.1 - Limite de liquidez, limite d e plasticidade e indice de plasticidade 62

T a b e l a 4.2 - C o m p o s i c a o q u i m i c a d a argila 63 T a b e l a 4.3 - Cor dos c o r p o s c e r a m i c o s a p o s a q u e i m a 68

T a b e l a 4.4 - P r o p r i e d a d e s f i s i c o - m e c a n i c a s d e placas prensadas e laminadas

sinterizadas a 1000°C 87 T a b e l a A . 1 - Ensaios preliminares, p r o p r i e d a d e s f i s i c o - m e c a n i c a s a 1 1 0 ° C 104

T a b e l a A . 2 - Caracterizacao t e c n o l o g i c a c o m p l e t a , c o r p o s de prova extrudados

p r o p r i e d a d e s f i s i c o - m e c a n i c a s a 110°C 104 T a b e l a A . 3 - Caracterizacao t e c n o l o g i c a c o m p l e t a , propriedades fisico-mecanicas

110°C 104 T a b e l a A . 4 - Ensaios preliminares nas t e m p e r a t u r a s 8 0 0 , 900, 1000, 110°C

105 T a b e l a A . 5 - Caracterizacao t e c n o l o g i c a c o m p l e t a , c o r p o s d e prova extrudados e

sinterizadas nas t e m p e r a t u r a s 8 0 0 , 9 0 0 , 1000, 1100°C 106 T a b e l a A . 6 - C a r a c t e r i z a c a o t e c n o l o g i c a c o m p l e t a placas prensadas e sinterizadas

nas t e m p e r a t u r a s 8 0 0 , 9 0 0 , 1000, 1100°C 107 T a b e l a A . 7 - Placas l a m i n a d a s c o m 1 8 % d e u m i d a d e , usando massa natural

p r o p r i e d a d e s f i s i c o - m e c a n i c a s a 110°C 108

T a b e l a A . 8 - Placas l a m i n a d a s c o m 1 8 % d e u m i d a d e , usando massa natural

sinterizadas a 1 0 0 0 o C , q u e i m a rapida 108 T a b e l a A . 9 - Placas l a m i n a d a s c o m 1 9 % d e u m i d a d e , usando massa natural

p r o p r i e d a d e s f i s i c o - m e c a n i c a s a 110°C 108 T a b e l a A. 10 - Placas l a m i n a d a s c o m 1 9 % d e u m i d a d e , usando massa natural

sinterizadas a 1000°C q u e i m a rapida .109 T a b e l a A . 1 1 - Placas l a m i n a d a s c o m 2 0 % d e u m i d a d e , usando massa natural

p r o p r i e d a d e s f i s i c o - m e c a n i c a s a 110°C 109 T a b e l a A . 1 2 - Placas l a m i n a d a s c o m 2 0 % d e u m i d a d e , u s a n d o massa natural

sinterizadas a 1000°C, q u e i m a rapida 1.09 T a b e l a A . 1 3 - Placas l a m i n a d a s c o m 2 1 % d e u m i d a d e , usando massa natural

(14)

Tabela A. 15 - Placas p r e n s a d a s u s a n d o m a s s a natural, propriedades

fisico-m e c a n i c a s a 110°C 110 Tabela A. 16 - Placas p r e n s a d a s u s a n d o m a s s a natural, sinterizadas na

temperatura d e 1000°C, q u e i m a rapida I l l Tabela A . 1 7 - P l a c a s l a m i n a d a s c o m 2 0 % d e u m i d a d e u s a n d o m a s s a f o r m u l a d a

propriedades f i s i c o - m e c a n i c a s a 110°C ...1.1.1. Tabela A. 18- Placas l a m i n a d a s c o m 2 0 % d e u m i d a d e , u s a n d o m a s s a f o r m u l a d a

sinterizados nas t e m p e r a t u r a s 1000, 1 1 0 0 , 1 1 5 0 ° C , q u e i m a rapida 112 Tabela A. 19 - Placas P r e n s a d a s , u s a n d o m a s s a f o r m u l a d a p r o p r i e d a d e s

fisico-m e c a n i c a s a 110°C 1.13 Tabela A . 2 0 - Placas P r e n s a d a s u s a n d o m a s s a f o r m u l a d a e sinterizados nas

(15)

1.0 I N T R O D U C A O 17 1.1 Objetivos 19 1.1.1 Objetivo geral 19 1.1.2 Objetivo especifico 19 2.0 R E V I S A O B I B L I O G R A F I C A 20 2.1 Argilas para c e r a m i c a v e r m e l h a 20 2.2 M a s s a c e r a m i c a para r e v e s t i m e n t o 23 2.3 Beneficiamento de argila 23 2.4 M e t o d o s de c a r a c t e r i z a c a o 2 5 2.4.1 A n a l i s e g r a n u l o m e t r i c a 25 2.4.2 Influencia da g r a n u l o m e t r i a n a s p r o p r i e d a d e s ceramicas 26 2.4.3 Limites de Atterberg 27 2.4.4 A n a l i s e q u i m i c a 28 2.4.5 A n a l i s e termica d i f e r e n c i a l ( A T D ) 29 2.4.6 A n a l i s e termica g r a v i m e t r i c a ( A T G ) 29

2.4.7 Difracao por raios-X 30 2.5 M e t o d o s de c o n f o r m a c a o 30 2.5.1 Preparagao da m a s s a 30 2.5.2 M e t o d o de c o n f o r m a c a o por e x t r u s a o 31. 2.5.3 Defeitos nos p r o d u t o s e x t r u d a d o s 34 2.6 M e t o d o d e c o n f o r m a c a o por p r e n s a g e m 35 2.6.1 M e t o d o de c o n f o r m a c a o por p r e n s a g e m uniaxial 35 2.6.2 Etapas da c o m p a c t a c a o 38 2.6.3 Etapa d e extracao d a p e c a .38 2.6.4 Defeitos e p r o b l e m a s a s s o c i a d o s a p r e n s a g e m uniaxial 3.9 2.7 M e t o d o d e c o n f o r m a c a o por l a m i n a c a o 41 2.7.1 M e c a n i s m o s d e l a m i n a g a o 42 2.7.2 Efeito d o teor d e u m i d a d e 44 2.8 P r o c e s s o s temnicos 45 2.8.1 P r o c e s s o de s e c a g e m 45 2.8.2 Fatores q u e i n f l u e n c i a m na v e l o c i d a d e d e e v a p o r a c a o : 4.6

(16)

3.0 M A T E R I A I S E M E T O D O S 51. 3.1 Materials 51 3.2 M e t o d o s 51 3.2.1 B e n e f i c i a m e n t o 52 3.2.2 A c a r a c t e r i z a c a o 5.3 3.2.3 A n a l i s e g r a n u l o m e t r i c a 53. 3.2.4 Limites d e A t t e r b e r g 5.3. 3.2.5 A n a l i s e q u i m i c a .54 3.2.6 A n a l i s e s t e r m i c a s 54 3.2.7 Difragao d e raios - X .55. 3.2.8 Preparagao da m a s s a para os e n s a i o s t e c n o l o g i c o s c o m p l e t o s .55

3.2.9 Preparagao da m a s s a para r e v e s t i m e n t o ceramico. 5.6

3.2.10 C o n f o r m a g a o dos c o r p o s de prova 5.6 3.2.11 S e c a g e m .5.7 3.2.12 Q u e i m a 58 3.2.13 D e t e r m i n a g a o d a s p r o p r i e d a d e s f i s i c o - m e c a n i c a s d o s c o r p o s ceramico... 5.8 3.2.14 E n s a i o s preliminares .5.9 3.2.15 F l u x o g r a m a d o d e s e n v o l v i m e n t o e x p e r i m e n t a l .6.0 4.0 resultados E D I S C U S S A O .62

4.1 Caracterizagao fisica e mineralogica d a argila 6.2

4.2 A n a l i s e q u i m i c a 63 4.3 Difragao d e raios X .6.4 4.4 A n a l i s e termica diferencial ( A T D ) e analise t e r m o g r a v i m e t r i c a ( A T G ) 66

4.5 A caracterizagao t e c n o l o g i c a preliminar. .6.7 4.6 A caracterizagao t e c n o l o g i c a c o m p l e t a 71. 4.6.1 E s t u d o c o m p a r a t i v o e n t r e os c o r p o s d e p r o v a e x t r u d a d o s e p r e n s a d o s 71

4.7. Placas c e r a m i c a s para revestimento l a m i n a d a s e p r e n s a d a 79 4.7.1 Efeito d o teor d e u m i d a d e nas p r o p r i e d a d e s f i s i c o - m e c a n i c a s de placas

(17)

c o n c l u s o e s 9 3 referencias bibliograficas .96

(18)

1.0 I N T R O D U C A O

O Brasil e u m g r a n d e produtor d e materials c e r a m i c o s p o s s u i n d o urn grande n u m e r o d e j a z i d a s d e argilas. E s s a s argilas s a o d e g r a n d e importancia na f a b r i c a g a o d e g r e s sanitarios, porcelanas, c e r a m i c a s d e revestimento, b e m c o m o tijolos e telhas. A industria c e r a m i c a Brasileira tern g r a n d e importancia para o p a i s , t e n d o participagao no PIB - Produto Interno Bruto - da o r d e m d e 1 % .

N o Brasil c o n v e n c i o n o u definir o setor c e r a m i c o e m s e g m e n t o s q u e se d i f e r e n c i a m pelos produtos obtidos e m a i s p r e c i s a m e n t e pelo m e r c a d o que esta inserido. S e n d o a c e r a m i c a estrutural v e r m e l h a a de m a i o r p r o d u g a o e a que mais e m p r e g a n o Brasil Este s e g m e n t o p r o d u z tijolos f u r a d o s , tijolos macicos. lajotas, b l o c o s d e v e d a c a o , telhas e pisos rusticos ( B U S T A M A N T E , 2 0 0 0 ) .

Na regiao n o r d e s t e e principalmente no e s t a d o da Paraiba e observada u m a a c e n t u a d a atividade industrial n e s s a a r e a . Ha e m t o d o e s t a d o , cerca d e 60 f a b r i c a s d e produtos d e ceramica v e r m e l h a e m atividade distribuida e m pelo m e n o s 3 0 m u n i c i p i o s , o f e r e c e n d o cerca d e 3.000 e m p r e g o s diretos ( M A C E D O , 2 0 0 5 ) .

U m o u t r o s e g m e n t o d e g r a n d e importancia para o p a i s e o da ceramica de r e v e s t i m e n t o . R e p r e s e n t a d o por 94 e m p r e s a s d e r e v e s t i m e n t o c e r a m i c o , c o m 117 f a b r i c a s e m o p e r a g a o q u e e m p r e g a m 2 5 . 4 8 6 t r a b a l h a d o r e s , o Brasil possui u m lugar d e d e s t a q u e na industria d e r e v e s t i m e n t o c e r a m i c o m u n d i a l . O quarto pais e m p r o d u g a o , o Brasil r e s p o n d e ao lado d e Italia, E s p a n h a e China por 7 1 % , da p r o d u g a o d e c e r a m i c a para revestimento f a b r i c a d a e m t o d o m u n d o ( A N F A C E R , 2 0 0 5 ) .

O c r e s c i m e n t o d e s s e setor no Brasil foi a c o m p a n h a d o e e m certos casos g a r a n t i d o pela industria de e q u i p a m e n t o s , q u e tern a c o m p a n h a d o a tendencia m u n d i a l . N o v o s materials c e r a m i c o s e novos p r o c e s s o s e e q u i p a m e n t o s e s t a o s e n d o d e s e n v o l v i d o s e p e s q u i s a d o s . S e n d o o m e t o d o d e laminagao u m processo d e c o n f o r m a g a o q u e v e m s e n d o e s t u d a d o c o m o alternativa para a fabricagao de p l a c a s c e r a m i c a s de finas e s p e s s u r a s , c o m o objetivo d e alcangar u m produto s e m alteragoes nas s u a s p r o p r i e d a d e s , redugao d e materia-prima e c o n s u m o de e n e r g i a .

(19)

O e s t a d o d a P a r a i b a encorrtra-se s e g m e n t a d o e m quatro m e s o r e g i o e s :

S e r t a o , B o r b o r e m a , A g r e s t e e a M a t a P a r a i b a n a (que c o r r e s p o n d e o Litoral). P e s q u i s a s feitas r e c e n t e m e n t e , reaiizadas n o e s t a d o v i s a n d o prever u s o s c e r a m i c o s e u m m a p e a m e n t o reatizado n o e s t a d o d o E s t a d o d a P a r a i b a q u a n t o a s regioes g e o g r a f i c a s e bacias hidrograficas, mostra q u e os e s t u d o s e s t a o c o n c e n t r a d o s e m a l g u m a s regioes e s p e c i f t c a s d o e s t a d o , principalmente o Litoral e o A g r e s t e . Por o u t r o lado e x i s t e m varias regioes s e m e s t u d o sistematico e q u e e x i s t e u m a g r a n d e c o n c e n t r a c a o d e j a z i d a s p o t e n c i a l m e n t e utilizaveis. Estudos m o s t r a m q u e 1 0 0 % d a s argilas e s t u d a d a s no sertao f o r a m indicadas para a p l i c a c a o n a c e r a m i c a v e r m e l h a ( M E N E Z E S , 2 0 0 1 ) .

A c i d a d e d e I t a p o r a n g a - P B e n c o n t r a - s e situada n o Sertao da P a r a i b a , possui u m a b o a perspectiva d e c r e s c i m e n t o e c o n o m i c o e social, por c o n t a d o expressivo i n v e s t i m e n t o d o capital interne e e x t e r n o n o c o m e r c i o e nas industrias locais. D e v i d o a s u a p o s i c a o g e o g r a f i c a , s i t u a d a a s m a r g e n s d o rio p i a n c o e regiao de v a r z e a , o m u n i c i p i o d e I t a p o r a n g a - P B p o s s u i u m a g r a n d e q u a n t i d a d e de jazidas d e argila para c e r a m i c a . m a t e r i a - p r i m a e s t a , q u e nao e e x p l o r a d a d e f o r m a a d e q u a d a , j a q u e as p o u c a s industrias existentes na regiao s a o d e p e q u e n o p o r t e , (olarias d e f o r m a a r t e s a n a l ) , q u e f u n c i o n a p r e c a r i a m e n t e d e f o n n a i n a d e q u a d a e c o m baixa produtividade.

Portanto, c o m b a s e n o c o n t e x t o a c i m a , f a z - s e necessario o e s t u d o detalhado d o p r o c e s s a m e n t o d e s s a s argilas, v i s a n d o a o b t e n c a o d e produtos d e ceramica v e r m e l h a (telhas, tijolos e pisos c e r a m i c o s ) , por m e i o dos p r o c e s s o s c o m o : e x t r u s a o , p r e n s a g e m e l a m i n a c a o , c o m o f o r m a d e contribuir para a e x p l o r a c a o de f o r m a a d e q u a d a d a s j a z i d a s d e argilas d a regiao e para o d e s e n v o l v i m e n t o regional.

(20)

1 . 1 0 B J E T I V O S

1.1.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo d e s t e t r a b a l h o e analisar a s c a r a c t e r i s t i c a s d e u m a argila proveniente da regiao d e I t a p o r a n g a - P B , v i s a n d o o b t e r p r o d u t o s c e r a m i c o s (blocos c e r a m i c o s , telhas e pisos c e r a m i c o s ) , p o r m e i o d o s p r o c e s s o s c o m o : extrusao, l a m i n a c a o e p r e n s a g e m .

1.1.2 OBJETIVO ESPECiFICO

• Caracterizar q u i m i c a e m i n e r a l o g i c a m e n t e u m a argila d e I t a p o r a n g a - P B . • Classificar p r e l i m i n a r m e n t e q u a n t o a o s e n s a i o s c e r a m i c o s , d e a c o r d o c o m

a sistematica p r o p o s t a por S o u z a S a n t o s .

• Classificar atraves d e e n s a i o s c o m p l e t o s , (os c o r p o s d e prova e x t r u d a d o s e p r e n s a d o s ) v i s a n d o a aplicagao na c o n f e c c a o d e t e l h a s e blocos c e r a m i c o s .

• C o n f o r m a r por l a m i n a c a o e p r e n s a g e m u s a n d o m a s s a n a t u r a l , e classificar v i s a n d o o uso da m e s m a na p r o d u g a o d e placas c e r a m i c a s .

• Formular u m a m a s s a e c o n f o r m a r por l a m i n a g a o e p r e n s a g e m , e classificar v i s a n d o o uso na p r o d u g a o d e p l a c a s c e r a m i c a s .

(21)

2.0 R E V I S A O B 1 B L I O G R A F 1 C A

2.1 ARGILAS PARA CERAMICA VERMELHA

A principal m a t e r i a - p r i m a p a r a a c o m p o s i c a o d e m a s s a s p a r a c e r a m i c a v e r m e l h a s a o a s argilas. C o m o a industria d e c e r a m i c a v e r m e l h a c a r a c t e r i z a - s e p o r p r o c e s s a r g r a n d e s v o l u m e s d e m a t e r i a s - p r i m a s , e n e c e s s a r i o q u e o c u s t o d e p r o d u g a o seja compefrtivo n o m e r c a d o c o n s u m i d o r . P o r isso as argilas d e v e m ter a s caracteristicas n e c e s s a r i a s para a t e n d e r o m e r c a d o a o m e n o r c u s t o p o s s i v e l ( G A S P A R , 2 0 0 1 ) .

A s argilas p r o p r i a m e n t e ditas s a o c o n s t i t u i d a s p o r c o m p o s t o s c o m p l e x e s d e silica, a l u m i n a e a g u a . A s argilas s a o r e s p o n s a v e i s p e l a s c a r a c t e r i s t i c a s tipicas d o s materials c e r a m i c o s , isto e, c o e s a o , p l a s t i c i d a d e s , t r a b a l h a b i l i d a d e e a resistencia m e c a n i c a a s e c o e a p o s q u e i m a . E s a o c a r a c t e r i z a d a s por a p r e s e n t a r e m g r a n u l o m e t r i a e x t r e m a m e n t e f i n a , n u n c a s u p e r i o r a 2 0 urn. E m g e r a l a fragao g r a n u l o m e t r i c a a c u m u l a d a , m a i s r e p r e s e n t a t i v e s d a s argilas, c o r r e s p o n d e as p a r t i c u l a s m e n o r e s q u e 2 p m ( O L I V E I R A , 2 0 0 4 ) .

N o Brasil, a s argilas utilizadas p a r a a f a b r i c a c a o d e c e r a m i c a v e r m e l h a , s a o n o r m a l m e n t e argilas s e d i m e n t a r e s , q u a t e m a r i a s , d e d e p o s i c a o r e c e n t e e m v a r z e a s e m a r g e n s d e rios ( N O R T O N , 1 9 7 3 ) .

E s s a s argilas s a o u s a d a s na f a b r i c a c a o d e m a t e r i a l s d e c o n s t r u c a o , tais c o m o tijolos d e a l v e n a r i a e f u r a d o s , t e l h a s , ladrilhos d e p i s o , o b j e t o s d e a d o r n o ( e l e m e n t o s v a z a d o s e o u t r o s ) , lajes c e r a m i c a s , e o u t r o s . A industria c e r a m i c a oleira n o Brasil u s a p r o c e s s o s d e m o l d a g e m m a n u a i s , p o r e x t r u s a o e por p r e n s a g e m . A s t e m p e r a t u r a s d e q u e i m a o s c i l a m e n t r e 9 5 0 ° C e 1 1 5 0 ° C , c o n f o r m e a natureza d a argila, d o p r o d u t o c e r a m i c o e d o f o m o utilizado, e a s c o n d i c o e s e c o n o m i c a s locais. P a r a t e r e m e m p r e g o s na f a b r i c a c a o d e tijolos, d e v e m p o d e r ser m o l d a d a s f a c i l m e n t e t e r valor m e d i o o u e l e v a d o p a r a a t e n s a o o u m o d u l o d e ruptura a f l e x a o , a n t e s e a p o s q u e i m a ; c o s t u m a m a p r e s e n t a r cor v e r m e l h a a p o s q u e i m a e m baixas t e m p e r a t u r a s ( g e r a l m e n t e 9 5 0 ° C , q u e e a t e m p e r a t u r a u s u a l d e q u e i m a para e s s e tipo d e p r o d u t o ) , c o m u m m i n i m o d e t r i n c a s e e m p e n a m e n t o s . P a r a a p r o d u g a o d e tijolos, a s q u a n t i d a d e s d e argila c o r r e s p o n d e n t e s a m a t e r i a

(22)

prima e m p r e g a d a p o d e variar d a seguinte m a n e i r a : a fragao argila d e 15 a 4 5 % , e o p e r c e n t u a l d e areia d e silica p o d e variar d e 15 a 3 0 % e m p e s o ( S O U Z A S A N T O S , 1992).

A s argilas n o r m a l m e n t e e m p r e g a d a s na fabricacao d e tijolos p o s s u e m e m s u a c o m p o s i c a o c a r b o n a t e s d e calcio e m maior q u a n t i d a d e , e c a r b o n a t o de m a g n e s i o e m m e n o r e s proporgoes, e m m e d i a os teores d e c a r b o n a t o s nos materials argilosos v a r i a m d e 5 a 2 5 % ( O L I V E I R A , 2004).

D e a c o r d o c o m S o u z a S a n t o s , (1992), as argilas para s e r e m u s a d a s na fabricagao d e telhas, d e v e m possuir plasticidade a d e q u a d a para a m o l d a g e m , t e n s a o o u m o d u l o d e ruptura a flexao elevada q u a n d o s e c a s para permitir o m a n u s e i o d u r a n t e a fabricagao e a p o s a s e c a g e m , p o r o s i d a d e a p a r e n t e e a b s o r g a o d e a g u a baixa para nao permitir a p e r m e a g a o d e agua e nao d e v e m a p r e s e n t a r trincas e e m p e n a m e n t o s apos s e c a g e m e q u e i m a . C o s t u m a a p r e s e n t a r cor v e r m e l h a a p o s q u e i m a a cerca d e 950°C, u m a t e n s a o de ruptura e l e v a d a d e 6 , 5 M P a a p o s q u e i m a ( B A R Z A G H I E S A L G E , 1982).

Argilas s e d i m e n t a r e s recentes e antigas s a o usadas para a fabricagao de telhas, sao argilas plasticas e f o l h e l h o s argilosos, d e facil m o l d a g e m , c o m e l e v a d o s t e o r e s e m ferro e d e materials alcalinos, q u e vitrificam a t e m p e r a t u r a s relativamente baixas, s e m t e n d e n c i a a e m p e n a r . A cor "vermelho-viva", s e m m a n c h a s e s c u r a s , entre 950°C e 1000°C, q u e e a faixa d e t e m p e r a t u r a s d e q u e i m a usual, e u m a caracteristica d e s e j a v e l , a l e m d o s valores baixos da a b s o r g a o d e a g u a e p o r o s i d a d e a p a r e n t e , devido ao e l e v a d o grau d e vitrificagao atingido, o qual d a u m a e l e v a d a resistencia a a b r a s a o . ( S O U Z A S A N T O S , 1992).

2.2 M A S S A S C E R A M I C A S P A R A R E V E S T I M E N T O S

S e g u n d o Motta (2002), d e a c o r d o c o m as materias-primas utilizadas, as m a s s a s c e r a m i c a s p o d e m ser classificadas d e m a s s a simples o u natural, c o m p o s t a o u artificial.

M a s s a c e r a m i c a natural: refere-se a m a s s a f o r m a d a por u m a s o

(23)

m a s s a s para a f a b r i c a c a o d e telhas, tijolos e revestimentos por via seca.Trata-se d a s m a s s a s f o r m a d a s s o d e argila, p o d e m confer, as v e z e s , a mistura d e mats d e u m a argila, o u d e m a t e r i a i s argilo-arenosos.

M a s s a c e r a m i c a artificial: e d e n o m i n a d a q u a n d o ocorre mistura d e

d i v e r s a s m a t e r i a s - p r i m a s na m a s s a . Trata-se, por e x e m p l o , d a s m a s s a s triaxiais d e p o r c e l a n a , d a s m a s s a s d e louca sanitaria e d e revestimentos por v i a - u m i d a .

Q u a n t o as m a t e r i a s - p r i m a s u s a d a s na c o m p o s i c a o d e s s a s m a s s a s elas p o d e m s e n

Argila - q u e tern c o m o f u n c a o na m a s s a ceramica dar plasticidade a m a s s a e m e l h o r a r a s p r o p r i e d a d e s m e c a n i c a s a v e r d e .

Caulins - tern c o m o f u n c a o na m a s s a c e r a m i c a diminuir a plasticidade e reduzir a retracao. O c a u l i m e u m a argila constituida p r i n c i p a l m e n t e por caulin'ita e/ou haloisita, q u e q u e i m a e m cores b r a n c a s o u claras a 1250°C. Dois tipos de caulim s a o c o m u m e n t e c o n s i d e r a d o s para aplicacoes tecnologicas: os residuais e os s e d i m e n t a r e s . E d e c o n h e c i m e n t o geral q u e os caulins a p r e s e n t e m j u n t a m e n t e c o m o s e u argilomineral const'rtuinte, a l g u n s minerals acessorios c o m o o quartzo a m i c a e os m i n e r a i s d e f e r r o .

Quartzo - tern c o m o f u n c a o na m a s s a c e r a m i c a reduzir a retracao d e s e c a g e m e q u e i m a .

F e l d s p a t o - e u s a d o f u n c a o na m a s s a c e r a m i c a c o m o f u n d e n t e reduzindo a t e m p e r a t u r a d e sinterizacao d o corpo c e r a m i c o .

Calcita - tern c o m o f u n c a o na m a s s a c e r a m i c a reduzir a e x p a n s a o termica do c o r p o c e r a m i c o a p o s q u e i m a .

S e g u n d o M a r i n o ( 1 9 9 8 ) , e m u m a m a s s a c e r a m i c a c o n t e n d o calcita, a partir d e a p r o x i m a d a m e n t e 9 0 0 ° C , ocorre u m a a b r u p t a retracao p r o v o c a d a pelo inicio d a sinterizacao c o m f o r m a c a o d e f a s e Uquida e densificacao. C o m 5 % d e calcita a d i c i o n a d a t e m - s e inicialmente u m a m a i o r e x p a n s a o e u m m e n o r gradiente de retracao na faixa d e d e c o m p o s i c a o d a caulin'ita. A c e r c a d e 1 0 0 0 ° C ocorre a e x p a n s a o q u e a u m e n t a c o n s i d e r a v e l m e n t e c o m o a u m e n t o d a q u a n t i d a d e d e calcita utilizada, c o n s e q u e n c i a d a cristalizagao d e f a s e s c o m o a anort'rta q u e , ate certo p o n t o , c o m p e n s a m a retracao d e q u e i m a o c a s i o n a n d o u m a dilatacao d o c o r p o .

(24)

D e a c o r d o c o m M o t t a , ( 2 0 0 2 ) , s a o dois o s p r o b l e m a s r e i a c i o n a d o s c o m as materias p r i m a s q u e a t u a l m e n t e e x e r c e m a i o r influencia n a s c a r a c t e r i s t i c a s d a s c o m p o s i c o e s e m p r e g a d a s na f a b r i c a c a o d e p a v i m e n t o s e r e v e s t i m e n t o s : 1. Falta d e h o m o g e n e i d a d e , n o r m a l m e n t e d e v i d o a falta d e c o n s t a n c i a n a s p r o p r i e d a d e s d a s argilas; 2. A p r e s e n c a d e i m p u r e z a s n a o d e s e j a d a s , D e a c o r d o S a n c h e z (1996) a s p r o p r i e d a d e s d a s argilas v e r m e i h a s e m p r e g a d a s na f a b r i c a g a o d e p l a c a s c e r a m i c a s a p r e s e n t a m g r a n d e s variagoes, m o t i v a d a s f u n d a m e n t a l m e n t e por:

• a propria caracteristica d a j a z i d a , o n d e e x i s t e m c a m a d a s estreitas de argilas d e d i f e r e n t e s c o m p o s i g o e s , q u e t a m b e m se e n c o n t r a m a l t e r n a d a m e n t e c o m o u t r a s d e a r e i a s ;

• o p r o c e d i m e n t o d e e x p l o r a g a o , q u e n o r m a l m e n t e n a o existe na maioria d o s c a n t e i r o s u m plana d e t r a b a l h o , d e v i d o a e x p l o r a g a o ser n o r m a l m e n t e f u n g a o d a d e m a n d a . C o m o c o n s e q i i e n c i a d i s s o , n a o se realizada a mistura s i m u l t a n e a das c a m a d a s d e caracteristicas d i f e r e n t e s ; • as c a m a d a s d e argila p o d e m ir e v o l u i n d o e m s u a s p r o p r i e d a d e s c o m o t e m p o d e c o n s u m o , o u t a m b e m e m p r e e n d e r a e x p l o r a g a o e m outra z o n a d e u m a m e s m a m i n a o u e m n o v a s j a z i d a s ; 2.3 B E N E F I C I A M E N T O D E A R G I L A O objetivo d e q u a l q u e r p r o c e s s o d e m o a g e m e a d i m i n u i c a o d o t a m a n h o d a s particulas d e u m material solido, t e n d o e m vista o a u m e n t o d a superficie especifica para m e l h o r a r a v e l o c i d a d e d e reagao d e d e t e r m i n a d a materia prima (por e x e m p l o , d u r a n t e a q u e i m a ) , misturar d e u m m o d o m a i s u n i f o r m e varios materials ( d u r a n t e o p r o c e s s o d e p r e p a r a g a o d e u m a pasta) e permitir a o b t e n g a o de u m po c o m as c a r a c t e r i s t i c a s ideais d e utilizagao ( R I B E I R O , 2 0 0 3 ) .

(25)

N a industria d e c e r a m i c a v e r m e l h a a p r e p a r a g a o d a m a s s a consiste n u m a serie d e o p e r a g o e s distintas e n t r e s i , a d e q u a d a s a levar a m a t e r i a - p r i m a , d e s d e d o e s t a d o e m q u e s e e n c o n t r a m a p o s a e x t r a g a o , a u m a c o n d i g a o final.

U m e q u i p a m e n t o b a s t a n t e u s a d o na industria d e c e r a m i c a v e r m e l h o sao os britadores. T a i s m a q u i n a s s a o i m p o r t a n t e s c o m o trituradores primarios, r e c e b e n d o u m a a l i m e n t a g a o d e f r a g m e n t o s d e 3 0 c m d e d i a m e t r o ou m a i s , r e d u z i n d o - o s a 2,5 - 7 , 5 c m d e d i a m e t r o . O material d e a l i m e n t a g a o p o d e ser d u r o o u s e m i d u r o ( N O R T O N , 1 9 7 3 ) . U m outro e q u i p a m e n t o s e m p r e p r e s e n t e n a s linhas d e p r e p a r a g a o d e m a s s a a u m i d o s a o o s l a m i n a d o r e s . A agao d o l a m i n a d o r e d e e s m a g a m e n t o , impacto e e s t i r a m e n t o . E m f u n g a o d o e s p a g o d e p a s s a g e m e n t r e o s cilindros, a laminagao se divide e m d e s e n g r o s s a m e n t o d e 3 a 4 m m e a c a b a m e n t o d e 0,8 a 1,5mm. O s l a m i n a d o r e s , e m s e u f u n c i o n a m e n t o , p r o d u z e m p o , m e s m o se tratando d e material u m i d o , visto q u e os cilindros s e a q u e c e m d e v i d o ao atrito d o s r a s p a d o r e s e d o m a t e r i a l ( A C I M A C , 2 0 0 0 ) . S a b e - s e t a m b e m q u e o t a m a n h o d a s p a r t i c u l a s e x e r c e u m a influencia d e t e r m i n a n t e nas p r o p r i e d a d e s e c o m p o r t a m e n t o d o s m a t e r i a l s ao longo d o p r o c e s s o d e f a b r i c a g a o , c o m o por e x e m p l o : n o c o m p o r t a m e n t o reologico, na c o n f o r m a g a o , na q u e i m a e nas caracteristicas f i n a i s d o p r o d u t o ( P E R E I R A , 2 0 0 2 ) . D e u m m o d o g e r a l , o r e n d i m e n t o d a m o a g e m e influenciado pelas caracteristicas da propria m a t e r i a - p r i m a , n o m e a d a m e n t e : • d i m e n s a o e f o r m a i n i t i a l d a s p a r t i c u l a s ; • d u r e z a d o m a t e r i a l (resistencia a c o m p r e s s a o , a o c h o q u e e a a b r a s a o ) ; • e s t r u t u r a h o m o g e n e a o u h e t e r o g e n e a ; • u m i d a d e o u h i g r o s c o p i c i d a d e ; • s e n s i b i l i d a d e a v a r i a g a o d a t e m p e r a t u r a ; • t e n d e n c i a a a g l o m e r a g a o ;

S e g u n d o Ribeiro ( 2 0 0 3 ) , e x i s t e m dois f a t o r e s q u e d e t e r m i n a m a evolugao d o g r a u d e m o a g e m d o s d i f e r e n t e s m a t e r i a i s . O primeiro e s t a r e l a c i o n a d o c o m a propria g r a n u l o m e t r i a d e partida d e c a d a m a t e r i a - p r i m a , q u e condiciona a

(26)

e v o i u g a o inicial d a m o a g e m . O s e g u n d o fator, e por ventura o m a i s importante, tern a v e r c o m a d u r e z a d e c a d a materia-prima e, c o m o seria d e esperar, materials m a i s d u r o s s a o m a i s dificeis d e moer.

2.4 M E T O D O S D E C A R A C T E R I Z A C A O

2.4.1 . A N A L I S E G R A N U L O M E T R I C A

A s principals caracteristicas das argilas, q u e influenciam na fabricagao d e c e r a m i c a v e r m e l h a d i z e m respeito a sua granulometria, f u n d e n c i a e plasticidade A t r a v e s d a g r a n u l o m e t r i a d e uma argila, pode-se aferir s u a trabalhabilidade e as t e c n i c a s d e p r o c e s s a m e n t o mais a d e q u a d o ( M A S , 2 0 0 2 ) .

Para S o u s a S a n t o s (1992), o t e r m o mais utilizado e m analise granulometrica e a fragao argila, a qual e a fragao a c u m u l a d a que c o n t e m as particulas d e d i a m e t r o s , g e r a l m e n t e inferiores a 2 p m . A maior d i m e n s a o d a s particulas d a fragao argila e definida d e maneira diferente e m diferentes r a m o s da ciencia. E m e s t u d o d e solos, a t e n d e n c i a usual e de usar 2 p m c o m o limite superior d e d i m e n s o e s da fragao argila.

A t r a v e s d o d i a g r a m a d e W i n k e r e possivel selecionar u m a materia-prima e m f u n g a o d a fragao g r a n u l o m e t r i c a para u m a d a d a aplicagao. O ponto representative e indicado e m f u n g a o d o percentual da fragao granulometrica ( O L I V E I R A , 2 0 0 4 ) .

• argila fragao inferior a 2 m p ; • silte fragao e n t r e 2 e 20 m p ; • areia f r a g a o superior a 2 0 m p ;

D e a c o r d o c o m o d i a g r a m a d e W i n k e r m o s t r a d o na (Figura 2.1), e possivel atraves d a g r a n u l o m e t r i a , prever a utilizagao d a s argilas para a fabricagao d e p r o d u t o s d e c e r a m i c a v e r m e l h a c o m o : telhas, tijolos f u r a d o s e tijolos macigos ( A C I M A C , 2 0 0 0 ) .

(27)

••2un!CafD«a) 100 . IOC. too 2 a Mum mt| w •20um (area) Figura 2 . 1 - D i a g r a m a triaxial d e W i n k e r A C I M A C (2000)

? 4 2 INFLUENCIA DA GRANULOMETRIA NAS PROPRIEDADES CERAMICAS

N o e s t a d o s e c o a p o r o s i d a d e d e u m c o r p o c e r a m i c o d e p e n d e d a distribuicao g r a n u l o m e t r i c a d o s c o m p o n e n t e s d a s m a t e r i a s - p r i m a s e d o m o d o c o m o q u e estas f o r a m m i s t u r a d o s . A m a x i m a d e n s i f i c a c a o e a m i n i m a p o r o s i d a d e s a o o b t i d a s q u a n d o a distribuicao g r a n u l o m e t r i c a e b a s t a n t e aberta tal q u e permite q u e as particulas m e n o r e s o c u p e m os intersticios entre as particulas m a i o r e s ( O L I V E I R A , 2 0 0 4 ) . A p o r o s i d a d e final d o p r o d u t o q u e i m a d o e influenciada pela:

• p o r o s i d a d e inicial a v e r d e o u a s e c o ; • f o r m a c a o d e f a s e liquida;

• rearranjo d a s f a s e s cristalinas f o r m a d a s .

A t r a v e s d o controle d a distribuicao g r a n u l o m e t r i c a e p o s s i v e l otimizar a d e n s i d a d e d e e m p a c o t a m e n t o s , g e r a l m e n t e s e eleva c o m o valor d o q u o c i e n t e e n t r e o s t a m a n h o s "diametro" d a s particulas m a i o r e s e o s d a s m e n o r e s .

U m fator q u e p o d e alterar a c o n d i c a o d e e m p a c o t a m e n t o d a s particulas e a s u a morfologia . Q u a n t o m a i s a f a s t a d o d o f o r m a t o esferico for a particula, m e n o r e a d e n s i d a d e d e e m p a c o t a m e n t o . Isso o c o r r e d e v i d o a friccao interparticular, q u e s u r g e p e l o c o n t a t o d a s superficies irregulares d a s m e s m a s . Q u a n t o m e n o r o

(28)

t a m a n h o d a s particulas irregulares, maior e s s e efeito, e m f u n c a o d a m a i o r area superficial e s p e c i f i c a ( O L I V E I R A et al 2 0 0 0 ) .

2.4.3 L I M I T E S D E A T T E R B E R G

A plasticidade e n o r m a l m e n t e definida c o m o u m a p r o p r i e d a d e d o s solos, q u e consiste na m a i o r ou m e n o r c a p a c i d a d e d e s e r e m eles m o l d a d o s , sob certas c o n d i c o e s d e u m i d a d e , s e m variacao d e v o l u m e ( C A P U T O , 1994).

S e n d o a u m i d a d e d e u m solo muito e l e v a d a , e l e se a p r e s e n t a c o m o u m fluido d e n s o e se diz no estado liquido. A m e d i d a q u e a a g u a e v a p o r a - s e ele vai se t o r n a n d o m a i s duro (limite de liquidez), e perde sua c a p a c i d a d e d e fluir, p o r e m p o d e ser m o l d a d o f a c i l m e n t e , c o n s e r v a n d o sua f o r m a (estado plastico).

A continuar a perda de u m i d a d e , o e s t a d o plastico d e s a p a r e c e (limite de plasticidade), o solo se d e s m a n c h a ao ser t r a b a l h a d o , este e o estado s e m i -solido. E m b o r a f u n d a m e n t a d a s e m e x t e n s a s investigagoes e x p e r i m e n t a i s , as d e f i n i c o e s d e s s e s limites sao convencionais, ainda a s s i m eles p e r m i t e m , d e u m a m a n e i r a s i m p l e s e rapida, dar u m a ideia bastante clara d o tipo d e solo e s u a s p r o p r i e d a d e s .

Por definicao, o limite d e liquidez ( LL) e o teor d e u m i d a d e para o q u a l o

sulco se f e c h a c o m 25 g o l p e s , e a resistencia q u e o solo oferece a o f e c h a m e n t o d o sulco, m e d i d o pelo n u m e r o de golpes requeridos, p r o v e m d a sua resistencia a o c i z a l h a m e n t o c o r r e s p o n d e n t e a u m i d a d e q u e a p r e s e n t a .

O limite de plasticidade ( LP) e d e t e r m i n a d o pelo p e r c e n t u a l de u m i d a d e para

o qual o solo c o m e c a a fratura-se q u a n d o se tenta moldar u m cilindro de 3 m m d e d i a m e t r o e cerca d e 10 c m d e c o m p r i m e n t o .

O indice d e plasticidade d e Atterberg ( lP) e d a d o pela seguinte e q u a c a o :

lp = L u - LP ( E q u a g a o l )

O n d e :

(29)

LP- limite plastico;

U - e o limite d e liquidez;

S e g u n d o Vieira e t al ( 2 0 0 0 ) , para q u e u m a m a s s a c e r a m i c a p o s s a ser c o n s i d e r a d a a p r o p r i a d a p a r a e x t r u s a o d e v e a p r e s e n t a r limite d e plasticidade na faixa d e 1 5 % - 2 5 % e i n d i c e d e plasticidade e n t r e 1 0 % - 3 5 % .

2.4.4 A N A L I S E Q U I M I C A

A c o m p o s i c a o q u i m i c a d e a l g u n s m a t e r i a i s argilosos a p r e s e n t a g r a n d e s v a r i a c o e s relativas a o s t e o r e s d e silica, a l u m i n a , ferro, calcio, s o d i o , potassio, etc. m e d i a n t e a c o m p o s i c a o q u i m i c a a s m a t e r i a s - p r i m a s a s s u m e m u m significado limitado a u m e l e n c o d e o x i d o s , q u e na realidade p o d e m estar entre si c o m b i n a d o s e, p o r t a n t o m i n e r a l o g i c a m e n t e distintos.

S e g u n d o Oliveira ( 2 0 0 4 ) , o c o n h e c i m e n t o d a c o m p o s i c a o q u i m i c a , m a s e m particular d o r e s u l t a d o d e a n a l i s e q u i m i c a e f e t u a d a e m a m o s t r a s provenientes de c a d a e t a p a d o p r o c e s s o p r o d u t i v o na industria c e r a m i c a , e muito importante e d e g r a n d e interesse pratico para verificagao d o s s e g u i n t e s f a t o r e s :

• influencia d o s v a r i o s e l e m e n t o s s o b r e a resistencia m e c a n i c a d o s p r o d u t o s , c o m a f o r m a c a o d e f a s e liquida e rearranjo, por efeitos d o s o x i d o s d e s o d i o , potassio, calcio e f e r r o ;

• influencia s o b r e o c o m p o r t a m e n t o d o s materiais (tijolos) c o m a t e m p e r a t u r a , d e v i d o a p e r d a d e s u b s t a n c i a s d u r a n t e as f a s e s d e pre-a q u e c i m e n t o e q u e i m pre-a .

D e a c o r d o c o m B a r b a ( 1 9 9 7 ) , d o r e s u l t a d o d a analise q u i m i c a , p o d e s e o b t e r as s e g u i n t e s i n f o r m a c o e s

% S i 02 - s e u v a l o r e indicativo d o p e r c e n t u a l d e silica livre, silica c o m b i n a d a o u

q u a r t z o q u e p o s s u i a argila.

%AI2C>3 - n o r m a l m e n t e s e u valor e s t a i n t i m a m e n t e relacionado c o m a

p r o p o r c a o d e m i n e r a l argiloso e f e l d s p a t o .

(30)

% C a O - o calcio n o r m a l m e n t e se e n c o n t r a e m f o r m a d e c a r b o n a t o s alcalinos t e r r o s o s (calcita e dolom'rta).

% M g O - e s t e o x i d o a s s o c i a a p r e s e n c a d e d o l o m i t a e clorita.

% K20 - a p r e s e n c a d e s s e o x i d o indica a p r e s e n c a d e ilita, m i c a e feldspato

potassico. % N a20 - indica a p r e s e n c a d e f e l d s p a t o s o d i c o . % P . F - a p e r d a a o f o g o n o r m a l m e n t e se d e v e a d e c o m p o s i c a o d o s minerais argilosos, os c a r b o n a t o s , e a c o m b u s t a o d e m a t e r i a o r g a n i c a . 2.4.5 A N A L I S E T E R M I C A D I F E R E N C I A L ( A T D ) A n a l i s e t e r m i c a d i f e r e n c i a l j u n t a m e n t e c o m a n a l i s e q u i m i c a e difragao d e raios-x, permite u m a identificagao b a s t a n t e precisa d e argilominerais puros e m i n e r a i s c o n h e c i d o s , c o n t u d o , a a n a l i s e t e r m i c a diferencial e d e uso restrito no c a s o d e m i s t u r a s d e a r g i l o m i n e r a i s , d e v i d o a o f a t o d a intensidade d o s picos e n d o t e r m i c o s e e x o t e r m i c o s s e r e m a l t e r a d o s p e l a s m i s t u r a s . O m e t o d o c o n s i s t e n o a q u e c i m e n t o , e m v e l o c i d a d e c o n s t a n t e , d e u m a argila j u n t a m e n t e c o m u m a s u b s t a n c i a t e r m i c a m e n t e inerte, ( g e r a l m e n t e o oxido d e a l u m i n i o - a l f a o u c o r i n d o n ) , r e g i s t r a n d o as d i f e r e n c a s d e t e m p e r a t u r a entre o p a d r a o inerte e a argila e m e s t u d o , e m f u n g a o d a t e m p e r a t u r a ; q u a n d o o c o r r e m t r a n s f o r m a g o e s e n d o o u e x o t e r m i c a ; e s t a s a p a r e c e m c o m o d e f l e x o e s e m sentidos o p o s t o s na curva t e r m o d i f e r e n c i a l ( S O U Z A S A N T O S , 1992). 2.4.6 A N A L I S E T E R M I C A G R A V I M E T R I C A ( A T G ) A analise t e r m i c a g r a v i m e t r i c a c o n s i s t e no a q u e c i m e n t o d a argila e m v e l o c i d a d e c o n s t a n t e e m ligagao c o m u m a b a l a n g a , o q u e p e r m i t e u m registro d a s variagoes d e m a s s a e m f u n g a o d a t e m p e r a t u r a , tern valor m e n o r q u e a analise t e r m i c a diferencial, ja q u e a n a l i s e diferencial registra t a m b e m as t r a n s f o r m a g o e s e n e r g e t i c a s , tais c o m o t r a n s f o r m a g o e s p o l i m o r f i c a s c o m o a d o quartzo-alfa e m

(31)

q u a r t z o - b e t a , q u e n a o e n v o l v e m variagoes d e m a s s a s . E u m i n s t r u m e n t o d e p e s q u i s a util t r a b a l h a n d o e m paralelo c o m a analise termica diferencial.

A s curvas de analise termica dos argilominerais n a o s a o suficientes d e u m a m a n e i r a geral, u s a d o s i s o l a d a m e n t e , para a identificagao da e s p e c i e m i n e r a l o g i c a , m a s p e r m i t e m a classificagao geral d o s principals a r g i l o m i n e r a i s , e s p e c i a l m e n t e e m argilas m o n o m i n e r a l i c a s c o m o : caulinita, m o n t m o r i l o n i t a , ilita, clorita, etc, ( S O U S A S A N T O S , 1992).

2.4.7 D I F R A C A O P O R R A I O S - X

A identificagao de argilas puras ou misturas p o d e ser feita atraves d e raios-X. O s raios-X sao radiagoes eletromagneticas da m e s m a natureza q u e as radiagoes q u e c o m p o e m a luz branca visivel ao olho h u m a n o .

O m e t o d o de difragao de raios-X e m relagao aos outros m e t o d o s , c o m o a analise termica diferencial, ou analise q u i m i c a , o f e r e c e v a n t a g e m , pois o d i f r a t o g r a m a apresenta u m g r a n d e n u m e r o de picos, o q u e facilita a identificagao, p r i n c i p a l m e n t e e m c a s o s d e misturas, o n d e p o d e haver s u p o s i g a o d e a l g u n s picos, m a i s nunca d e t o d o s .

N o c a s o de mistura, o e m p r e g o de todos os m e t o d o s e r e c o m e n d a v e l , pois c a d a u m p o d e f o r n e c e r u m d a d o , d e cujo conjunto a c o m p o s i g a o m i n e r a l o g i c a p o d e ser d e t e r m i n a d a c o m maior precisao ( S O U S A S A N T O S , 1992).

2.5 M E T O D O S D E C O N F O R M A C A O

2.5.1 P R E P A R A C A O D A M A S S A

S e g u n d o Ribeiro ( 2 0 0 3 ) , a primeira condigao para atingir b o n s r e s u l t a d o s na c o n f e c g a o d e p r o d u t o s c e r a m i c o s e ter uma m a s s a q u e a p r e s e n t e as m e n o r e s variagoes possiveis, e m t e r m o s de:

• c o m p o s i g a o ; • grau d e m o a g e m ;

(32)

• t e o r d e u m i d a d e ;

A t u a l m e n t e s a b e - s e q u e o g r a u d e m o a g e m d a s m a s s a s e u m d o s f a t o r e s q u e p o d e influenciar a plasticidade d a s m a s s a s v e r m e i h a s . A s s i m u m a m o a g e m m a i s f m a tern c o m o c o n s e q u e n c i a u m a u m e n t o da superficie especifica d a s particulas d a m a s s a , o q u e provoca u m a u m e n t o da plasticidade.

D e a c o r d o c o m A l b a r o (2000b), a preparagao da m a s s a tern c o m o objetivos:

• p r o p o r c i o n a r u m a mistura intima e h o m o g e n e a d a s materias-primas e aditivos;

• a d e q u a r a m a s s a para a etapa d e p r o c e s s a m e n t o ;

Para q u e a o p e r a g a o d e p r e n s a g e m se d e s e n v o l v a d e maneira a d e q u a d a e n e c e s s a r i o q u e a m a s s a possua, dentre outras, as seguintes caracteristicas: u m a e l e v a d a fluidez, para q u e durante a f a s e d e p r e e n c h i m e n t o das c a v i d a d e s d o m o l d e , cuja d o s a g e m se realize por m e d i d a de v o l u m e a m a s s a e s c o e r a p i d a m e n t e e p r e e n c h a o molde d e m a n e i r a h o m o g e n e a e reprodutivel.

2.5.2 M E T O D O S D E C O N F O R M A C A O P O R E X T R U S A O

A e x t r u s a o e u s a d a para o p r o c e s s a m e n t o d e p r o d u t o s c e r a m i c o s ha m a i s d e 150 a n o s , t e n d o a tecnologia sofrido p e q u e n a s alteragoes a partir da d e c a d a d e 50 d o seculo p a s s a d o . N o entanto, e s s e p r o c e s s o d e c o n f o r m a c a o industrial tern se revelado essencial na industria c e r a m i c a estrutural v e r m e l h a (teinas e tijolos). E u m a t e c n i c a d e produgao a s s o c i a d a a u m a elevada produtividade, p r i n c i p a l m e n t e para p r o d u t o s d e segao transversal c o n s t a n t e (tijolos) e muito i m p o r t a n t e e m t e r m o s d e h o m o g e n e i z a g a o e retirada d o ar da m a s s a ( R I B E I R O , 2 0 0 3 ) .

A primeira c o n d i g a o para atingir b o n s resultados na extrusao d e produtos c e r a m i c o s e ter u m a m a s s a para e x t r u s a o q u e a p r e s e n t e as m e n o r e s variagoes p o s s i v e i s , e m t e r m o s d e : c o m p o s i g a o , g r a u d e m o a g e m e teor d e u m i d a d e ( M A S , 2 0 0 2 ) .

(33)

pungoes rigidos, (Figura 2.3). E utilizada para conformar p e c a s que nao apresentem relevo superficial na direcao de prensagem. S e a e s p e s s u r a da p e c a que d e s e j a obter e pequena e s u a geometria e simples, a carga pode s e r apiicada e m a p e n a s um sentido. Por outro lado, para conseguir p e c a s de grande e s p e s s u r a e geometria complexa, com uniformidade de compactaeao, e indispensavel que a prensagem s e j a feita nos dois sentidos (dupla a g i o ) , ou que s e empregue um molde complexo com muftiplos puncdes ( A L B A R O , 2 0 0 0 b ) .

A friccao entre a s particulas do po e tambem a friccao entre e l a s e a superficie do molde impedem que a p r e s s a o apiicada a uma ou mais d a s superficies d a p e c a , s e j a integralmente transmitida e de forma uniforme a todas a s regioes da p e c a , o que provoca existencia de gradientes de densidade nos corpos conformados.

Segundo Albaro (2000a), tanto a selegao e dosagem d a s materias-primas a s e r e m empregadas como a s condicoes de operacao envolvidas e m todas a s etapas do processo de fabricacao devem s e r consideradas como uma

(34)

c o n s e q u e n c i a d e e t a p a s integradas, q u e d e l i b e r a m e n t e e d e f o r m a sistematica t r a n s f o r m a m u m a d e t e r m i n a d a f o r m u l a c a o e m u m p r o d u t o a c a b a d o , p a s s a n d o por diversos p r o d u t o s intermediaries. A s caracteristicas m e c a n i c a s d o s g r a n u l o s , tais c o m o d u r e z a , resistencia m e c a n i c a e plasticidade d e v e m ser a d e q u a d a s . O s g r a n u l o s d e v e m ser s u f i c i e n t e m e n t e m o l e s e d e f o r m a v e i s , para q u e d u r a n t e a f a s e d e c o m p a c t a e a o , e m p r e s s a o m o d e r a d a , se d e f o r m e m p l a s t i c a m e n t e , facilitando o d e s l i z a m e n t o d a s particulas q u e o c o m p o e . Por outro lado, os g r a n u l o s nao p o d e m ser frageis, m o l e s e d e f o r m a v e i s a ponto d e r o m p e r e m , d e f o r m a r e m o u a g l o m e r a r e m uns sobre os outros d u r a n t e as o p e r a c o e s d e a r m a z e n a g e m e t r a n s p o r t e q u e a n t e c e d e m a e t a p a d e p r e n s a g e m .

Por s u a vez, as caracteristicas microestruturais d a peca a v e r d e n a o so d e t e r m i n a m s u a s p r o p r i e d a d e s m e c a n i c a s , m a s t a m b e m e x e r c e m influencia nas e t a p a s posteriores d o p r o c e s s a m e n t o ( A L B A R O , 2 0 0 0 a ) .

C o m o c o n s e q u e n c i a , as variaveis d e o p e r a g a o envolvidas nas e t a p a s d e p r e n s a g e m d e v e r a o ser d e t e r m i n a d a s , d e f o r m a q u e a s s e g u r e a p e c a c o n f o r m a d a os s e g u i n t e s e l e m e n t o s :

• p r o p o r c i o n e a peca a v e r d e e a p o s s e c a g e m u m a resistencia m e c a n i c a suficiente para suportar as diversas solicitacoes a o longo d o p r o c e s s o produtivo;

• confira a peca u m a p e r m e a b i l i d a d e suficiente para q u e t o d o s as r e a c o e s q u e e n v o l v a m troca d e g a s e s d u r a n t e a e t a p a d e a q u e c i m e n t o se c o m p l e t e m no t e m p o a d e q u a d o ;

• permita q u e o produto final a p r e s e n t e as caracteristicas microestruturais d e s e j a d a s ( p o r o s i d a d e , distribuicao d e t a m a n h o d e poros, t a m a n h o s de g r a o , etc.), q u e irao d e t e r m i n a r as caracteristicas t e c n i c a s d a p e c a : resistencia m e c a n i c a , a b s o r c a o d e a g u a , etc.

(35)

2.6.2 ETAPAS DA COMPACTAQAO

Na fase de c o m p a c t a e a o o material g r a n u l a d o c o n t i d o no interior d e u m a matriz (rigida o u flexivel) e s u b m e t i d o a u m a t e n s a o d e c o m p r e s s a o e l e v a d a unidirecional.

S e g u n d o A l b a r o ( 2 0 0 1 a ) , na c o m p a c t a e a o d e u m material g r a n u l a r ( m a s s a ) a d i m i n u i c a o do v o l u m e d o s poros e d e seus t a m a n h o s s e d a atraves d o s tres m e c a n i s m o s seguintes:

1° M e c a n i s m o : n e s s e m e c a n i s m o o c o r r e a r e d u c a o d o v o l u m e o c u p a d o

pelos poros intergranulares e d e s e u v o l u m e a t r a v e s d o d e s l o c a m e n t o e r e o r d e n a c a o d o s g r a n u l o s .

2° M e c a n i s m o : o c o r r e r e d u c a o d o v o l u m e e t a m a n h o d o s e s p a g o s

intergranulares por d e f o r m a c a o plastica el ou d e s t r u i c a o d o s g r a n u l o s , d e p e n d e n d o d a s caracteristicas m e c a n i c a s d o g r a n u l o (dureza, d e f o r m a b i l i d a d e , resistencia m e c a n i c a ) . N e s t e m e c a n i s m o s e inclui o e s m a g a m e n t o d e g r a n u l o s ocos, g e r a l m e n t e p r e s e n t e s na m a s s a c e r a m i c a .

3° M e c a n i s m o : n e s s e m e c a n i s m o o c o r r e d i m i n u i c a o d e v o l u m e e

t a m a n h o d o s poros intragranular pelo d e s l i z a m e n t o e r e o r d e n a g a o d a s particulas b u s c a n d o alcangar u m e m p a c o t a m e n t o m a i s d e n s o .

2.6.3 ETAPA DE EXTRAQAO DA PEQA

S e g u n d o A l b a r o ( 2 0 0 1 b ) , n e s s a etapa a e n e r g i a e l a s t i c a , q u e p e r m a n e c e a r m a z e n a d a na p e c a d u r a n t e a f a s e d e c o m p a c t a e a o c o m e c a a ser d i s s i p a d a a m e d i d a q u e a carga e retirada, e extrai - se a p e c a , p r o v o c a n d o u m a u m e n t o e m s u a s d i m e n s o e s . Esta e x p a n s a o a p o s a p r e n s a g e m , c h a m a d a d e e x p a n s a o d e e x t r a c a o , se da tanto na d i r e c a o e m q u e s e a p l i c o u a carga d u r a n t e a c o m p a c t a e a o c o m o t a m b e m na d i r e c a o p e r p e n d i c u l a r a a p l i c a g a o d a c a r g a .

A e x p a n s a o d e extragao s e m p r e a u m e n t a c o m a p r e s s a o d e p r e n s a g e m , u m a v e z q u e c o m o a u m e n t o d a pressao, a u m e n t a o n u m e r o d e p o n t o s d e

(36)

c o n t a t o s e n t r e as particulas por u n i d a d e s d e v o l u m e e o valor d a d e f o r m a c a o elastica e m c a d a u m d o s p o n t o s d e c o n t a t o .

A e x p a n s a o de extragao diminui a m e d i d a q u e se a u m e n t a a p l a s t i c i d a d e o u ductilidade d o s granulos, pelo a u m e n t o d o teor d e agua o u q u a l q u e r o u t r o tipo d e plastificante. O b s e r v a - s e t a m b e m u m a diminuicao da e x p a n s a o d e e x t r a g a o a m e d i d a q u e s e reduz a v e l o c i d a d e d e aplicagao da carga o u a u m e n t a o t e m p o d e aplicagao d a p r e s s a o m a x i m a ou d o ciclo d e p r e n s a g e m .

Q u a n t o mais se a u m e n t a o ciclo d e p r e n s a g e m , f a v o r e c e o r e o r d e n a m e n t o das particulas, q u e a l c a n g a m posigoes mais estaveis, e por lado r e d u z - s e a q u a n t i d a d e d e ar a p r i s i o n a d o no interior d o corpo. Na p r e n s a g e m uniaxial esta f a s e e e s p e c i a l m e n t e critica, ja q u e q u a n d o se anula a p r e s s a o d e p r e n s a g e m , a e n e r g i a elastica a r m a z e n a d a na pega p a s s a a exercer u m a forga n o r m a l s o b r e a p a r e d e d o m o l d e . A fricgao entre as superficies do m o l d e e da pega d e t e r m i n a u m a t e n s a o d e c i z a l h a m e n t o , T, a q u a l a pega estara s u b m e t i d a d u r a n t e a e t a p a d e extragao.

O teor d e u m i d a d e d o s granulos, a o atuar c o m o plastificante, q u e r e d u z a energia elastica a r m a z e n a d a na pega, e t a m b e m c o m o lubrificante, q u e r e d u z a fricgao na interface p e g a / m o l d e , e x e r c e u m efeito m a r c a n t e s o b r e a t e n s a o d e c i z a l h a m e n t o a q u e fica s u b m e t i d a a pega d u r a n t e a etapa de extragao ( A L B A R O , 2 0 0 1 b ) .

2.6.4 DEFEITOS E PROBLEfMS ASSOCIADOS A PRENSAGEM UNIAXIAL

A l g u n s d o s p r o b l e m a s e defeitos mais freqiientes q u e a p a r e c e m a o l o n g o d o p r o c e s s o d e fabricagao d e pegas ceramicas c o n f o r m a d a s p o r p r e n s a g e m

'niaxiai d e v i d o s u m a i n a d e q u a d a realizagao desta operagao ( A L B A R O , 2 0 0 1 c ) , s a o :

• c o m p a c i d a d e i n a d e q u a d a d a pega: este defeito p o d e estar r e l a c i o n a d o a u m a falta d e controle na preparagao da m a s s a . A variagao no t e o r d e u m i d a d e da m a s s a modifica s e n s i v e l m e n t e a c o m p a c i d a d e da pega p r e n s a d a ;

(37)

superficial;

• f o r m a c a o d e trincas: o s u r g i m e n t o d e trincas p o d e ter diferentes m o t i v o s , o s m a i s f r e q u e n t e s sao: d e s e n h o i n a d e q u a d o d o m o l d e , e x c e s s o d e ar a p r i s i o n a d o d u r a n t e a f a s e d e c o m p a c t a g a o , excessiva e x p a n s a o da pega durante a s u a e x t r a g a o d o m o l d e , fricgao e i e v a d a entre a pega e a p a r e d e d o m o i d e d u r a n t e a extragao, etc.

S e g u n d o A l b a r o (2001c), as trincas g e r a i m e n t e c o m e g a m nas bordas s u p e r i o r e s d a pega o u d u r a n t e a extragao d a pega d o m o l d e . N o primeiro caso a regiao central d a f a c e superior, se e x p a n d e a x i a l m e n t e , e n q u a n t o este e retirado. P o r o u t r o lado, n a s b o r d a s superiores, esta e x p a n s a o esta impedida pela fricgao e n t r e as p a r e d e s da matriz e a superficie da pega.

A f o r m a c a o d e trincas p o d e ser evitada atraves de a l g u m a s das seguintes agoes:

• r e d u c a o d o coeficiente d e fricgao d o sistema p e g a / m o l d e , atraves do e m p r e g o d e u m lubrificante a d e q u a d o ;

• r e d u g a o d a e x p a n s a o de extragao;

• retirada d o p u n g a o superior s e m a eliminagao c o m p l e t a da carga, para evitar a e x p a n s a o uniaxial da pega d a pega d u r a n t e sua extragao.

A falta d e u n i f o r m i d a d e da c o m p a c i d a d e no interior da pega ou entre as p e g a s c a u s a m d e f o r m a g o e s e distorgoes nas pegas, inclusive c o m q u e b r a de p e g a s d u r a n t e a q u e i m a . Por outro lado, se e s t a s alteragoes s a o entre pegas, p r o v o c a m u m a falta d e u n i f o r m i d a d e entre os p r o d u t o s q u e i m a d o s .

U m a d a s c a u s a s d a variagao d e d e n s i d a d e no interior d e u m a pega e a fricgao e n t r e as particulas e entre e s t a s e a matriz. G e r a i m e n t e a principal c a u s a d e s t e tipo d e defeitos e u m p r e e n c h i m e n t o n a o - u n i f o r m e d a s c a v i d a d e s d o m o i d e . A regiao d a c a v i d a d e d o m o l d e q u e contiver m a i s m a s s a no final da e t a p a de p r e e n c h i m e n t o sera a d e maior c o m p a c i d a d e a p o s a e t a p a d e c o m p a c t a g a o . Para reduzir o u e i i m i n a r e s t e s defeitos d e v e ser otimizado o p r o g r a m a d e o p e r a g a o do p r e e n c h i m e n t o d o m o l d e e a u m e n t a a fluidez d a m a s s a .

(38)

2.7.METODO DE CONFORMAGAO POR LAM IN AC AO

A t e c n o l o g i a utiiizada na f a b r i c a g a o d e placas c e r a m i c a s v e m s e n d o g r a d a t i v a m e n t e a m p l i a d a e a p e r f e i g o a d a , resultando e m u m a m a i o r a u t o m a t i z a g a o d o p r o c e s s o e u m a m e l h o r q u a i i d a d e d o p r o d u t o . Isto tern sido feito c o m o c o n t r o l e d o s p a r a m e t r o s d e p r o c e s s a m e n t o .

T o d o s o s m a t e r i a l s c e r a m i c o s p a s s a m por u m p r o c e s s o d e c o n f o r m a g a o , pelo q u a l o s m e s m o s a d q u i r e m u m a f o r m a externa d e d i m e n s o e s definidas. A s principais t e c n i c a s utilizadas na c o n f e c c a o d e revestimentos c e r a m i c o s s a o : p r e n s a g e m , e x t r u s a o e c o l a g e m . A e x t r u s a o e a p r e n s a g e m a p r e s e n t a m limitagoes q u a n t o a e s p e s s u r a d a s pegas c e r a m i c a s p l a n a s . U m a outra tecnica, q u e e o p r o c e s s o d e c o n f o r m a g a o por rolos (laminagao), visa a possibilidade de f a b r i c a g a o d e p e g a s c o m e s p e s s u r a reduzida s e m c o m p r o m e t e r o d e s e m p e n h o d o s p r o d u t o s ( N U N E S a p u d B A L Z E R E I T , 2 0 0 3 ) .

O p r o c e s s o p o r l a m i n a g a o c o n s i s t e na c o n f o r m a g a o m e c a n i c a na q u a l o m a t e r i a l p a s s a e n t r e rolos. O p r o c e s s o d e laminagao c o m p a c t a c o n t i n u a m e n t e o p o g r a n u l a d o e n t r e rolos d e ago. A p o s a c o m p a c t a g a o a pega p o d e ser cortada ou m a n u s e a d a . P e g a s c o m d i f e r e n t e s e s p e s s u r a s , d e n t r o d e u m a faixa estreita, p o d e m s e r p r o d u z i d a s c o m o m e s m o c o n j u n t o d e rolos v a r i a n d o - s e a t a x a d e a l i m e n t a g a o e o e s p a g a m e n t o entre os rolos ( S A N T A N A a p u d G O E R E N Z , 2 0 0 0 ) .

O p r o c e s s o p o r l a m i n a g a o o f e r e c e v a n t a g e n s e c o n o m i c a s c o m relagao a o s d e m a i s tais c o m o : o s cilindros e m p r e g a d o s sao m u t u a m e n t e ajustaveis atraves de m o d i f i c a g a o d a a b e r t u r a e n t r e os rolos, redugao no c o n s u m o d e e n e r g i a , d e v i d o a r e d u g a o da e s p e s s u r a d a pega, e e c o n o m i a d e m a t e r i a - p r i m a ( S A N T A N A a p u d L I P I N S K , 2 0 0 0 ) . O p r o c e s s o p e r m i t e , t a m b e m , u m m o d o d e o p e r a g a o e m varios e s t a g i o s , d e m a n e i r a q u e varias e t a p a s d e l a m i n a g a o s a o p r o g r a m a d a s , u m a s a p o s a o u t r a , a u m e n t a n d o o g r a u d e densificagao.

S e g u n d o Balzereit ( 1 9 9 8 ) , neste p r o c e s s o e n c o n t r a m o s a possibilidade d e s e l e c i o n a r e ajustar a l g u n s p a r a m e t r o s c o m o : mistura d o s c o m p o n e n t e s , ajustes no a l i m e n t a d o r e e s c o l h a d o s p a r a m e t r o s o t i m o s para os rolos. Este p r o c e s s o e c a r a c t e r i z a d o pelas s e g u i n t e s p r o p r i e d a d e s :

Referências

Documentos relacionados

O Design Thinking Canvas para jogos veio mostrar que é possível pensar em competitividade na concepção de artefatos, sem abrir mão da simplicidade, da

For additional support to design options the structural analysis of the Vila Fria bridge was carried out using a 3D structural numerical model using the finite element method by

Nosso ponto de partida metodológico é observar e descrever a interação do individuo desde sua infância mais imatura com seu contexto social, cultural, econômico, político com

Triagem da infecção pelo HCV por meio de testes rápidos em indivíduos maiores de 18 meses.. Fonte: Manual Técnico para o Diagnóstico das

De maneira geral, o apoio, a valorização e os investimentos são os fatores que mais contribuem para o crescimento e desenvolvimento do paradesporto nacional,

Capitalismo Sindical” e consiste basicamente em dizer que processos políticos podem ter o seu princípio alterado em detrimento de uma outra classe social. No caso das Primaveras

Tabela 3 - Duração do ciclo após a germinação, produtividade, eficiência no uso da água em cenários climáticos futuros RCP4.5 para o milho semeado em 10 de outubro.. Já para

‒ Médicos reunidos Congresso na cidade do Porto, acerca disposições projeto Código Administrativo em discussão e recentes emendas propostas pela respetiva co- missão, pedem