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Aproveitamento do bezerro leiteiro mestiço para produção de carne, após a desmama, em pastagens de capim pangola

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Seçilu: Zootecnia

APROVEITAMENTO DO BEZERRO LEITEIRO MESTIÇO PARA

PRODUÇÃO DE CARNE, APÓS A DESMAMA, EM PASTAGENS

DE CAPIM PANGOLA 1

SALOMÃO ARONOVICIP, ARYNO SERPA 5 e hÉLIO RIBE1RO

Sinopse

Foram estudadas 53 carcaças de mestiços leiteiros machos, criados, da desmarna ao abate, em 3 tipos diferentes de pastagens de capim pangola, dos quais um era adubado com fertilizante ni-trogenado e Outro consorciado com a leguminosa Centrosema pubescens Benth.

Os valores médios encontrados em 3 anos foram: a) pêso vivo (após 24 horas de jejum) - 398,5 kg; b) pôso da carcaça - 201,9 kg o) rendimento - 50,6%; d) idade de abate - 32,5 meses; e) ganho diário por animal - 402 g.

Qcanto à influência dos tratamentos das pastagens sôbre os rendimentos de carcaça, houve ape-nas diferença significativa (P = 0,05) entre o adubo nitrogenado (51,3%) e a testemunha, sem adubo e sem leguminosa (50,0%), ficando a leguminosa com valor intermediário (50,3%), embora sem haver significância em relação aos demais.

Valores relativos à composição da carcaça são apresentados, quanto aos tratamentos e à média. O estudo demonstra ser possível obter o pêso de abate (400 a 450 kg de pêso vivo) dos mesti-ços leiteiros usados, dentro de 32 meses, em pastoreio, tornando racional o aproveitamento do bezerro em nosso meio.

INTRODUÇÃO

O bezerro macho leiteiro, no Brasil, é freqüente-mente eliminado nos primeiros dias de vida, por ser considerado anti-econômico seu aproveitamento.

O primeiro problema com que se deparam os cria-dores é o período de aleitamento, em que a alimen-tação do bezerro fica excessivamente cara. A cles-mama precoce, em que se substitui o leite por outros alimentos, especialmente pelo uso de pastagens de boa qualidade, é, ao que tudo indica, a forma de resolver o problema.

Brownlee (1950), Preston (1957), Nnller et ai. (1959), Kesler (1962) e vários outros pesquisadores estudaram essa questão no estrangeiro. No Brasil, encontramos trabalhos de Ferreira e Faria (1957), de Garcia e Mattoso (1969) e de Lima et ai. (1971), havendo atualmente alguns trabalhos em andamento, procurando encontrar um sistema mais barato de cria-ção do bezerro na fase em que, normalmente, estaria em aleitamento.

Recebido 12 mal. 1071, aceito 21 jun. 1971. 2 Pesquisador em Agricultura do Departamento Nacional de Pesquise Agropeculria.

Pesqtiisador em Agricultura do Instituto de Pesquisa

Agropecuária do Centro-Sul (IPEACS) Km 47, Campo

Grande, GB, ZC-26 e bolsista do Conselho Nacional de

Pes-quisas.

' Pesquisador em Agricultura do IPEACS.

Entretanto, os sistemas até agora preconizados, mesmo sendo bem mais baratos do que o uso do leite, ainda produzem um bezerro muito caro.

Resolvido o problema do custo da criação do be-zerro leiteiro do nascimento à desniama, falta equa-cionar o sistema zootécnico e a alimentação a utilizar para obter, em bases mais econômicas, o maior pêso de abate em menor tempo, em nossas condiçSes, para o aproveitamento dêsse animal como produtor de carne.

Êste estudo teve como objetivo conhecer o bezerro leiteiro mestiço, como produtor de carne, em regime de pasto.

MATERIAL E MÉTODOS

No presente trabalho foram utilizados 53 boviuos do experimento sôbre influência do nitrogênio e le-guminosas na produção de pastagens de capim pan-gola, cujos resultados dos primeiros quatro anos fo-ram publicados por Aronovich et ai. (1970).

O trabalho foi realizado no Instituto de Pesquisa Agropecuária do Centro-Sul (IPEACS), no 1Cm 47 da antiga Rodovia Rio—São Paulo, a uma altitude de aproximadamente 50 metros acima do nivel do mar.

Pesq. 4zgroJec. bras., Sír. Vet., 45151-156. 1971 11

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152 S. ARONOVICIE, A. SERVA e II. RIBEIRO

A região apresenta duas estações distintas: uma quente e úmida, durando de Sete a oito meses, geral-mente de outubro a abril, e a Outra fresca e sêca. Dados dos últimos 20 anos mostram uma precipita-ção média anual de 1.304 mm, dos quais cêrca de 80% ocorrem na estação quente e úmida. O período de dezembro a março é geralmente o de maiores chuvas, enquanto em julho e agôsto raramente elas acontecem. As temperaturas máximas variam de 20 a 27°C entre maio e setembro e entre 30 e 37°C de outubro a abril.

As pastagens do experimento eram constituídas bà-sicamente de capim pangola, sendo os seguintes os tratamentos:

A) pastos sômente de capim, adubados com nitrogenio' B) pastos de capim consorciado com uma leguminosa

(Centrosema pubescens Ben(h);

C) pastou sbmente de capim, sem adubaçao nitrogenasla,

Todos os pastos receberam, no início do período de 3 anos, calagem na base de 1 tonelada de calcário dolomítico e adubação com 100 kg/ha de KCI e 600 kg/ha de uma mistura de superfosfato simples e fosfato de Araxá a 1:1. Os do tratamento A tiveram ainda aplicação de 100 kg/ha de nitrogênio (sob a forma de nitrocálcio) em cada ano, no início do pe-ríodo sêco.

O delineamento foi o de blocos ao acaso, com 3 repetições. A área de cada pasto foi de 2 hectares, divididos em 3 unidades para rotação.

A técnica usada para a manutenção da intensidade de pastoreio desejada foi a de "put-and-take" (Mott & Lucas 192), ficando sempre 3 animais "testers" em cada parcela. A lotação média foi de 2,8 animais por hectare.

Os bezerros eram colocados nas pastagens do expe-rimento com idade variando de 6 a 12 meses e pêso em tôrno dc 100 kg.

Os animais experimentais eram resultantes de cruzamento múltiplo para obtenção de um tipo de gado leiteiro para climas quentes, com o grau de sangue correspondente a 1/2 holandês, 114 zebu, 1/8 guernesey e 1/8 comum (gado leiteiro mestiço, sem conhecimento do grau de sangue).

Os animais eram pesados de 28 em 28 dias, Quan-do atingiam o pêso de 400 a 40 quilos (Ffg. 1), eram encaminhados ao matadouro para obtenção dos dados referentes à carcaça. O talho adotado para separação dos componentes da carcaça foi o comu-mente usado pelos açougues do Estado da Guana-bara. Consideram-se carne d'de primeira" as peças filé "mignon", filé, alcatra, patinho, chá de dentro e lagarto e "de segunda" as peças acém, peito, pá, costelas e músculos da chá.

W

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F1G. 1. Apcto da borino mestiço lciteiro no ponto de abate com a idade de 32 mes's e 400 kg de pdso vivo.

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APROVEITAMENTO DO BEZERRO LEITEIRO PARA PRODIJÇÂO DE CARNE 153

Após 24 horas de refrigeração, as carcaças eram separadas em dianteiros e trazeiros, na altura da quin-ta costela e em seguida complequin-tamente desossadas. Os animais foram mantidos exclusivamente a pas-to, não havendo nem mesmo fornecimento de cloreto do sódio.

A profilaxia do rebanho Consistiu de vacinação con-tra aftosa e combate sistemático ao berne e carra-patos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO. O Quadro 1 apresenta os valores médios, por tra-tamento, para pêso vivo ao alcançar o ponto de abate, pêso após 24 horas de jejum, pêso da carcaça, ren-dimento de carcaça e idade de abate.

QUADRO 1. Influência da adubaçclo nitrogenada e de

Ceutrosema pubescens Eenth sóbre o piso vivo e da carcaça ao alcançar o ponto de abafe (média de 8 anos)

Piso apís Piso da

Pisovivo Rendimento Idade

Tratamen5os 24 li. de jejum carraça

% (meses) (kg) (kg) (kg) Adubo 432,3 410,7 212,1 51,6 31,7 Leguminosa 410,6 306.8 199,5 50,3 32,3 Testemunha 410,4 388,1 194,0 50.0 33,5 Média geral 419,8 398,5 201,9 50,6 32,5 Idade de «bate

No Brasil, apenas 10% do rebanho é abatido por ano. Essa pequena taxa se deve à baixa percentagem de nascimentos e à avançada idade em que os ani-mais são levados para o abate (54 meses). Ambas são conseqüência do baixo nível de nutrição, que retarda a reprodução e o ganho de pêso dos no-vilhos.

A diminuição da idade de abate no Brasil é, pois, fator muito importante para o aumento cia produtivi-dade do gado de corte.

Diversos trabalhos têm evidenciado a possibilida-de possibilida-de chegar ao pêso possibilida-de abate com menor idapossibilida-de. Tundisi (1901) verificou que animais zebuínos cria-dos exclusivamente a pasto estavam em condições de abate aos 36 meses (498,1 kg de pêso Vivo). Tra-balhando com animais Nelore, demonstrou êle ainda a possibilidade de atingir 400 kg de pêso vivo aos 23 meses de idade, desde que recebessem comple-mentação de concentrados, na primeira estação sêca após a desmama, o que permitiria a continuidade do crescimento.

No presente trabalho, com mestiços leiteiros, os novilhos atingiram o ponto de abate aos 32,5 meses (Quadro 1), não havendo diferenças entre os três tratamentos testados. esses resultados são inferiores aos obtidos por llibbs ei ai. (1957) Com machos das raças Holandesa, Schwiz e JerseI,, porém êstes foram alcançados em condições de clima frio.

Nas condições do Brasil tropical e com alimenta-ção exclusivamente a pasto, a idade de abate de 32,5 meses pode ser considerada ótima. É menor quase dois anos do que a média do país e compete com resultados obtidos, em condições semelhantes, com gado de corte.

Os dados do Quadro 2 permitem verificar a in-fluência do manêjo e de condições anihientais sôbre a idade de abate.

QUADRO 2. Diferenças entre os remitodos obtidas era

1968 e 1969 (influenciados pelo manijo e condiçiJes ambientais)

Piso vivo apis Pion da Rendimento Idade Anus Tratometps 24 1,. jejum carraça % (meses)

(kg) (kg) 1058 Adubo 384,2 201,3 52,4 [ 3 Leguminosa 390,7 197,0 90,4 37 Testemunha SOlO 101,0 48,0 37 Média 388,6 198,4 50,5 39 1960 Adubo 410,3 220,3 55,0 31 Leguminosa 189,3 200,7 53,9 30 Testemunha 387,7 204,7 52.8 31 Média 315,8 214,2 54,4 30,5

Em 1969, animais quase 6 meses mais novos apre-sentaram maior pêso e carcaças melhores do que as obtidas em 1968. As causas identificadas como res-ponsáveis pelos resultados inferiores de 1968 foram: a) um pequeno surto de aftosa no início do ano; b) ataque de cochonilhas; c) superestimação da capaci-dade de carga das pastagens.

A variação geral entre 26 e 38 meses na idade do abate, observada no experimento, indica que, em me-lhores condições de manêjo, pode-se admitir que se alcance o ponto de abate em idade menor ainda, mes-mo em criação a pasto. Observe-se que os animais não receberam qualquer suplemento, nem mesmo elo-reto de sódio, que se julgou desnecessário por obser-vações prévias (talvez êsse fato se deva a estar o local do experimento muito próximo do litoral), o que, aliás, confirmaria os resultados obtidos por Imai

et ai. (1965, 1967),

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154 S. ARONOVICII, A. SERPA e 11. RIBEIRO

Ganho di4rio

Verifica-se no Quadro 3 que as pastagens mistas com leguminosas proporcionaram o maior ganho diá-rio por animal, seguidas daquelas que receberam adubaç5o nitrogenada. As diferenças, porém, náo fo-ram significativas.

QUADRO 3, Ganho diório por animal (mé4ia de 2 unos)

dos bovinos do experfrnCnto

Tsstamentos Ganho diério (g)

Adubo 402

Leguruinesa 424

Testemunha 381

Média 402

O ganho médio de 402 g pode ser considerado muito bom. Rocha et ai. (1962) obtiveram 319 g, com novillos zebu em pastagens de capim pangola e Quinn et ai. (1961, 1968), em pastagens de capim colonião, registraram os ganhos de 513 g no primeiro trabalho e 411 g no segundo, também com novilhos zebu.

Observe-se que na parte dêste estudo referente aos anos de 1964 a 1967 (Aronovich et ai. 1970), o ga-nho diário médio por animal foi de 428 g, sendo de 478 g nas pastagens com leguminosas. No presen-te estudo, so apresentados resultados do período 1968/1970. Nele, as pastagens com leguminosas pro-porcionaram um ganho de 424 g por dia.

Rendimento de carcaça

No Quadro 1 vemos que o rendimento médio foi do 50,6%. Os animais mantidos nas pastagens do trata-

QUADRO 4. An411.ce dos componentes da carcaça dos mestiços lciteiros no ponto de nbqte

Adubo Leguminosa Testemunha

Componentes

kg carcaça kg carcaça lvg carcaça

Acém 2600 12,20 24,75 12,41 22,42 11,56 Peito 9,06 4,55 10,00 5,40 10,49 4,41 P3 26,13 12,32 24,17 12,12 23,17 11,04 O,,os 17,33 8,17 16,37 8,20 15,79 8,14 Dianteiros (Soma) 70,12 37,30 76,19 38,10 71,87 37,05 Mignon 3,08 1,88 3,83 1,92 3,00 2,01 Filé 15,09 7.11 14,42 7,23 14,14 7,44 Ossos filé 13,02 3,20 6,35 3,28 6,35 3,27 Alcatra 12,62 5,95 11,72 5,87 11,50 5,93 CM 16,02 7,33 14,44 7,24 14,46 7,45 Patinho 0,10 4,33 8,43 4,23 8,27 4,26 Lagarto 12,43 5,80 12,40 0,21 11,36 5,813 MOsmilos 6,04 3,27 6,13 3,07 6,28 3,24 Capa filé 3,68 1,74 2,30 1,15 2,72 1,40 Osuos quarto 11,59 6,41 13,18 6,61 13,66 7,04 Costelas 22,50 10,65 21,10 10,58 22,57 11.63 Ossos costela 3,71 1,75 4,00 2,05 4,30 2,22 Traseiros (Soma) 126,75 50,76 118,59 59,44 119,81 81,75 Carne 1.' 69,32 32,08 05,24 32,70 63,93 32,05 Carne 2.' 95,00 44,79 89,35 44,29 87,65 45,18 Ossos 41,53 19,59 40,19 20,14 40,10 20,07 Perdas 6,23 2.94 4,72 2,37 2.32 1,20 Carcaça (Total) 212,10 100,00 109,50 100,00 194,00 100,00

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APROVEITAMENTO DO BEZERRO LEITEIRO PARA 1'RODUÇXO DE CARNE 135

inento A (adubação nitrogenada) apresentaram o mais alto rendimento, sendo a diferença para a testemunha (tratamento C) significativa ao nível de P = 0,05.

O fato do não haver efeito dos tratamentos sôbre o pêso médio do animal evidencia que o adubo nitro-genado teve realmente ação positiva sôbre o rendi-mento de carcaça.

O resultado obtido com êsses animais de origem leiteira foi de 50,6%, em média com amplitude de 46 a 56%. Os dados para o Brasil Central (Santiago 1970) dão a média de 50 a 56%. É verdade que, na mesma publicação, encontram-se dados de até 60% para novilhos zebu, porém, com animais que receberam alimentação de concentrados.

No encontramos na literatura brasileira trabalhos tendo o macho leiteiro corno produtor de carne. Em Outros países, Cerlaugh et ai. (1954), confrontan-do carcaças de animais flereford e holandês encon-traram rendimentos de 57,4% e 54,4%, respectivamen. te. Posteriormente, Kunlde e Cabul (1957) encon-traram rendimentos de 57,5% para animais da raça Holandesa e 55,1% para os da Jersey. Deve-se levar em conta que o sistema brasileiro de avaliação de carcaças é diferente do americano, em que é incluí-da a gordura do rim, diafragma e lombo. Quinn et ai. (1966), calculando o rendimentà de carcaças de ze-buínos Nelore pelos dois sistemas, encontrou 51,1% pelo americano e 54,7% pelo brasileiro. No mesmo trabalho, o rendimento médio encontrado para ani-mais criados a pasto foi de 52,5% para aniani-mais cas-trados e 52,1% para os não cascas-trados.

Composição da carcoça

Os dados obtidos e apresentados no Quadro 4, re-presentam a primeira contribuição para o conheci-mento da carcaça do novilho leiteiro no Brasil. O ni'i-mero de animais estudados é bastante significativo (53), podendo-se, dessa forma, utilizar os dados como bastante representativos do tipo de animal estudado, especialmente porque a criação foi feita a pasto, do modo bastante semelhante ao que usam os cria-dores de gado leiteiro que aproveitam os bezerros machos para produção de carne.

Em virtude do sistema empregado no Brasil, onde a carcaça não é comercializada com base em classifi-cação, no presente trabalho as earcaças foram divi-didas em "dianteiros" e 'trazeiros" e, em seguida, separadas as diferentes peças constituintes daquelas duas partes.

Os dados obtidos são bastante semelhantes aos men-cionados por Santiago (1970), embora a compara-ção não possa ser completa, pois a divisão pelos "cor-tes" foi um pouco diferente nos dois casos. A se-

melhança foi muito grande em relação à percenta- gem de carne de primeira, carne de segunda e ossos. Não houve influência dos tratamentos, pois em to-dos os casos os dato-dos são quase idénticos.

A quebra resultante da refrigeração foi de 1,8%. Êste valor está próximo ao encontrado por Peacock e Kirk (1958) em mestiços Shorton-BralTiman (2,5%).

CONCLUSÕES

1. A média da idade em que os animais atingi-ram o ponto de abate foi de 32 meses e meio, va-riando, de acôrclo com o ano, de 30,6 a 36 meses.

2. O rendimento de carcaça médio foi de 50,6%, variando entre 48 e 56%.

3. O nitrogênio teve efeito positivo sôbre o péso e rendimento da carcaça.

4. As condições ambientes em conjunto com o manêjo tiveram grande influência no pêso vivo e rendimento de carne.

5. O estudo permitiu verificar que o macho lei-teiro mestiço, criado em pastagem de capim pango-Ia, pode ser aproveitado como produtor de carne. Os resultados ohtidos são semelhantes à média do gado (lo corte no Pais e poderão ser ainda melhorados em um sistema mais intensivo de criação.

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USE OF CROSS-BREED DAIRY CALVES FOR MEAT PRODUCTION ÃFTER WEANING, ON PANGOLA GRASS PASTURE

Abstract

53 carcasses of mixed-breed male dairy calves grown on pastures from weaning to slaughter (400-450 lcg live weight) were studied. The calves were used ia a grazing trial to compare comercial fertilizer and a legume (Centroserna pubescens Benth) as• sources of ni.trogeii for fertilization of pangolagrass pastures.

Average annual results for three years .were as foliows: (a) live weight (after24 hours of fast), 398,5 kg; (b) carcass weight, 201,9 lcg; (e) carcass yield, 50,6%; (d) slaughter age, 32,5 montbs; (e) daily gain

per animal, 402 g.

Carcass yield ou grass pastures that received nitrogen fertilizer (51,3%) was significantiy bether than the control (500%) (P = 0,05) while grass legume rnixed pastures were intermediate (50,3%).

Carcass composition values are presented for each treatment and as general averages.

The study shows very clearly that the dairy calf cmi be utilized to produce meat, being a new income te the dairy farmer and inereasing Brasil's nieat production.

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PESQUISA ACROPECUARIA BRASILEIRA

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reproduzidos, mesmo parcialinente, sem o con-sentimento expresso da revista Pesquisa Agro-pecuria Brasileira (PAB), A seqüência da pu-blieação dos trabalhos é dada pela conclusão de sua preparação e remessa à oficina gráfica. 3. São de exclusiva resp9nsabilidadc dos aut6res as opiniões e conceitos emitidos nos trabalhos. Contudo, o Corpo Editorial, com a assistência da Assessoria Científica, reserva-se õ direito de sugerir ou solicitar modificações aconselháveis ou necessárias..

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b) a redação dos trabalhos deve ser a mais concisa possível, com a linguagem, tanto quanto possível no passado e impessoal, seguindo o estilo do último vo-lume publicado; no texto, os sinais de chamada para not5s de rodapé serão números arábicos colocados um pouco acima (Ia linha de escrita, apús a palavra ou frase que motivou a nota; a ms.useração será urna só e seguida; aS notas serão lançadas ao pé da página em que estiver o respectivo sinal de chamada; todos os quadros e tódas as figuras serão mencionados no texto; estas remissões serão feitas pelos respectivos números e, sempre que possível, na ordem crescente dêstes; os

SrNopsE e APSTRACT será evitado o número excessivo de parágrafos, a apresentação de dados crus colunas ou elo, quadros, e a inclusão de citações bibliográficas. e) no rodapé da primeira página deverão constar a qusalificaçitu profissional e endereço postal, completos, do(s) autor(es);

si) siglas e abreviações dos nomes de instituições, ao aparecerem pela primeira vez no trabalho, serão colo-cadas entre parênteses e precedidas do nome por ex-tenso; isto vale separadamente, para SUSOP5E, Ans-rsiAc'r e o restante do trabalho;

e) citações biblicugrilficas serão feitas pelo sistema "nome e, ano"; trabalhos dc dois autores serão citados pelos nomes de ambos, e de três ou mais, pelo nome do primeiro seguido de "ei ai.", mais o ano; se dois trabalhos não se distingsuirem por êsse elementos, a diferenciação será feita pelo acréscimo de letras mi-núscislas ao ano; todos os trabalhos citados terão suas referáncisa completas inluidas na lista própria (Ex-FauséNcias), Inclusive os que tenham sido consultados indiretamente; no texto não se fará menção do tra-balho que tenha servido como fonte; êste esclareci-niento será acrescentado apenas ao final (I5 respectiva referência, na fu,rma "(Citado por . . . 19.. )"; a re-freência do trabalha que tenha servido de fonte será isicluida na lista unia só vez;

1) será evitada a dupIicidde de apresentação de da-dos, isto é, a apreentção airnultànea em quadros e gráficos, cabendo ao autor optar por uma delas.

5. As figures (gráficos, desenhos, mapas ou foto-grafias) deverão ser apresentadas prontas para confecção de clichês, em tamanho maior do que aquêle em que devam ser impressas; para assegurar a nitidez após a redução para o ta-manho de uma página (20,8 x 15,3 cm) ou tamanhos menores, todos os elementos tia fi-gura serão calculados em escala adequada; par-te alguma da figura será datilografada; a chave

das convenções adotadas será incluída na área tia figura; evitar-se-á a colocação de titulo na figura, quando êste possa fazer parte da legen-da; os desenhos deverão ser feitos com tinta nanquim preta em papel vegeta!; cada figura será identificada na margem ou no verso, a tra-ço leve de lápis, pelo respectivo número e o nome do autor; havendo possibilidade de dsi-vida, deve ser indicada a parte superior da fi-gura; na remessa dos trabalhos deverá ser pre-ferido o uso de envelopes, para não danificar as figuras com grampos. Fotografias não devem ser montadas, mas apenas colocadas em enve-lopes.

8. , As legendas explicativas das figuras conterão informações suficientes para que estas sejam compreensíveis e serão datilografadas em fôlha separada, que se iniciará com o título do tra-'balho.

7. Os quadros deverão ser explicativos por si mes-mos e serão datilografados em fâlhas separadas, usando-se, se necessário, papel deitado ou fô-lha duplo-ofício; cada um terá, no alto, seu tí tulo completo e será caracterizado por dois tra-ços longos, um acima e outro abaixo do cabe-çalho (garganta); entre êsses dois traços, po-derá haver outros mais curtos, para grupamen-to de colunas; não há traços verticais; os sinais de chamada serão alfabéticos, recomeçando de a em cada quadro, e as notas serão lançadas logo abaixo cio quadro respectivo.

8. Os trabalhos devem ser organizados, sempre que possí-vel, eia TiTuLo, SINoPsE, INTisorsução, MArEalAL E

MáT000S, RESULTADOS, Discussão, CONCLUSóES (ou combinações dêstes três últimos) ACBADECu,SENTO5, lIs-FERáNC.IAS e ASsSTISACT.

9 O Tírvio do artigo deve ser conciso e indicar o con-teúdo do trabalho.

10 A SINOPSE deve apresentar, de forma direta e no pas-sado, o que foi feito e estudado, dando os mais im-portantes resultados e conclusões.

li. A INTRoDução deve ser breve, com citação bibliográ-fica especíbibliográ-fica sem que a mesma asasinsa importãncia principal,' e finalizar com a indicação do objetívo do trabalho.

12. Em MATE5SIAL E MáT000S devem ser reunidos os da-dos que permitam a repetição do trabalho por outros pesquisadores.

13. O capítulo RESULTADOS deve conter sima apresentação concisa dos dados obtidos. Quadros devem ser pre-parados seus dados supérfluos, apresentando, sempre que indicado, médias de várias repetições. É conve-niente, às vêzes, expressar dados complexos por gráfi-cos, ao invés de apresentá-los eia quadros extenSos. 14. Na DiscussÃo os resultados devem ser discutidos diante

da literatura, mas sem introdução de novos dados. Não convém mencionar trabalhos eia desenvolvimento ou planos futuros, de modo a evitar uma 'obrigação do autor e da revista de publicá-los.

15. As ConcLusõEs devem basear-se sõmente nos dados apresentados no trabalho.

16. AoEADEC;MENTOS devem ser sucintos e ssão devem apa-secar no texto ou em notas de rodapé.

17. A lista de REFEISáNCIAS, que só incluirá os trabalhos citados no texto ou nos quadros e os que tenham ser-vido como fonte para consulta indireta, deverá ser ordenada alfabèticamente, registrando os nomes de to-dos os autores e o titulo de cada publicsçãa, e apre-sentada conforme o mais recente - volume desta revista. As abreviações de nomes de revistas devem ser feitas de acôrdo com as usadas pelos "abstractirug fournala" como dos Comznonwealth Agricultural Bureans, Em ca-so de dúvida, é preferível dar a referência por ex-tenso, encarregando-se, nesses casos, o corpo editorial da PAB de abreviá-las. -

18. . ASSTISACT, uma sinopse em inglês, deverá Incluir a

tradução do título do trabalho.

19. Outeos pormenores para eossfecção de trabalhos a se-rem enviados à PAB são fornecidos na, "Instruções, e modêlo para datilografar", distribuídas por esta

re-vista. - -

20, Por ocasião da remessa do original o autor poderá in-

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