• Nenhum resultado encontrado

A tecnologia como ferramenta no desenvolvimento auditivo dos alunos de formação musical

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A tecnologia como ferramenta no desenvolvimento auditivo dos alunos de formação musical"

Copied!
174
0
0

Texto

(1)

A Tecnologia como ferramenta no desenvolvimento

auditivo dos alunos de Formação Musical

Filipe André Almeida Vicente

Orientadora

Professora Doutora Maria Luísa Faria de Sousa Cerqueira Correia Castilho

Relatório de Estágio apresentado à Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ensino de Música, opção de Formação Musical e Música de Conjunto, realizada sob a orientação científica da Professora Adjunta Doutora Maria Luísa Faria de Sousa Cerqueira Correia Castilho, do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

(2)
(3)

iii Presidente do júri

Doutor José Filomeno Martins Raimundo

Professor Coordenador na Escola Superior de Artes Aplicadas - IPCB

Vogais

Doutora Maria Luísa Faria de Sousa Cerqueira Correia Castilho Professora Adjunta na Escola Superior de Artes Aplicadas - IPCB

Doutor Carlos Humberto Nobre dos Santos Luiz

Professor Adjunto na Escola Superior de Educação de Coimbra – Instituto Politécnico de Coimbra

(4)
(5)

v

transmitiram, e por me terem dado a oportunidade de seguir o meu sonho.

À minha namorada, Raquel Antunes, por me saber fazer feliz, e por ter sido o meu suporte, fonte de força e apoio incondicional.

A toda a minha família, em especial às minhas primas Ana Brito e Francisca Brito, à minha tia Luísa Alves e à minha madrinha Maria da Conceição Brito (São), por todos os conselhos que me deram, e me fizeram crescer.

Ao Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense, instituição onde aprendi a amar a música.

(6)
(7)

vii

Professora Cooperante Ana Leão pelos seus conselhos, disponibilidade demonstrada, orientações, partilha de experiências e motivação ao longo de todo este processo de aprendizagem.

Ao amigo Nuno Pinheiro por toda a amizade e disponibilidade para ajudar. Ao pai e irmão da minha namorada, Manuel Antunes e Filipe Antunes, por toda a motivação que me deram.

Ao Conservatório Regional de Castelo Branco, professores, alunos e funcionários. Aos músicos das filarmónicas por onde passei e com os quais tanto aprendi, em especial aos “meus” músicos do Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense.

(8)
(9)

ix

Supervisionada do Mestrado em Ensino de Música, opção de Formação Musical e Música de Conjunto, nas turmas de Coro G e de Formação Musical do sexto grau, no Conservatório Regional de Castelo Branco, durante o ano letivo de 2018/2019. O Relatório integra um estudo de investigação desenvolvido com base num projeto construído na unidade curricular de Projeto de Ensino Artístico, o qual reflete a aplicação dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso.

Numa primeira parte do Relatório, centramo-nos no conhecimento do contexto da escola e do ensino. São apresentadas descrições reflexivas das nossas aulas, enquanto estagiário, nas disciplinas de Coro e de Formação Musical, assim como são disponibilizadas as planificações, reflexões, e o material didático utilizado para a avaliação do desempenho dos alunos no contexto escolar.

Na segunda parte, apresentamos um Estudo de Investigação enquadrado na Prática de Ensino Supervisionada sendo abordado o tema: “A Tecnologia como ferramenta no desenvolvimento auditivo dos alunos de Formação Musical”.

As questões de investigação orientadoras do estudo foram as seguintes:

(1) Em que medida a tecnologia contribui para a motivação da aprendizagem na Formação Musical?

(2) Como implementar estratégias, utilizando a tecnologia como recurso para o desenvolvimento de competências musicais na Formação Musical?

Foi desenvolvida uma estratégia pedagógico-didática, através da utilização de uma aplicação tecnológica chamada “Ouvido Perfeito”, com o objetivo de desenvolver a aprendizagem de competências musicais, mais especificamente o ouvido intervalar e harmónico, o desenvolvimento da motivação e do interesse dos alunos pela formação musical.

A investigação baseou-se na análise do resultado da utilização da aplicação “Ouvido Perfeito” no Ensino da Formação Musical no Ensino Especializado. Os procedimentos utilizados foram planificação e lecionação das aulas, e registos de observação; fichas/testes de avaliação; realização de dois inquéritos por questionário; análise de dados; e reflexões produzidas com vista à elaboração e divulgação dos resultados finais.

Palavras chave

(10)
(11)

xi

Master in Music Teaching, option of Musical Formation and Ensemble Music, in the classes of Choir G and Musical Formation of the sixth degree, at the Regional Conservatory of Castelo Branco, during the academic year 2018/2019. The Report integrates a research study developed based on a project built in the curricular unit of Artistic Teaching Project, which reflects the application of the knowledge acquired during the course.

In a first part of the Report, we focus on knowledge of the school and teaching context. Reflective descriptions of our classes are presented, as an intern, in the disciplines of Choir and Musical Formation, as well as the plans, reflections, and didactic material used to evaluate the performance of students in the school context. In the second part, we present an Investigation Study framed in the Supervised Teaching Practice, being addressed the theme: “Technology as a tool in the auditory development of Music Education students”.

The research questions guiding the study were as follows:

(1) To what extent does technology contribute to the motivation of learning in Music Education?

(2) How to implement strategies, using technology as a resource for the development of musical skills in Music Education?

A pedagogical-didactic strategy was developed, through the use of a technological application called “Perfect Ear”, with the objective of developing the learning of musical skills, more specifically the interval and harmonic ear, the development of the motivation and the interest of students for musical formation.

The investigation was based on an analysis in regards to the use of “Ear Perfect” application in the area of teaching Musical Education in Artistic Education. The methods used included lessons planning and teaching, observation records, evaluation sheets/tests; two surveys; data collection and analysis; and reflections with the purpose of developing and promoting the final results.

Keywords

(12)
(13)

xiii

Agradecimentos ... vii

Resumo ... ix

Abstract ... xi

Índice geral ... xiii

Índice de figuras ... xvi

Índice de gráficos ... xvii

Lista de tabelas ... xix

Introdução ... 1

Parte I - A Prática de Ensino Supervisionada... 2

1. Contextualização da Prática de Ensino Supervisionada ... 3

2. Caracterização do Meio, da Escola e das Turmas ... 4

2.1. Castelo Branco ... 4

2.2. Conservatório Regional de Castelo Branco... 4

2.2.1. Espaço Físico ... 7

2.3. Caracterização da Turma do Sexto Grau de Formação Musical... 7

2.3.1. Os Alunos ... 7

2.3.2. Instrumentos Praticados na Turma ... 8

2.3.3. O Aluno e o Conservatório ... 9

2.3.4. O aluno e a Formação Musical ... 11

2.4. Caracterização da Turma do Coro G... 12

2.4.1. Os Alunos ... 12

2.4.2. Instrumentos Praticados na Turma ... 15

3. O Desenvolvimento da Prática de Ensino Supervisionada ... 16

3.1. Planificações e Reflexões de Formação Musical do Sexto Grau ... 24

3.2. Planificações e Reflexões do Coro G ... 51

4. Reflexão Final Sobre a Prática de Ensino Supervisionada ... 70

Parte II – Projeto de Investigação: “A tecnologia como ferramenta no desenvolvimento auditivo dos alunos de Formação Musical” ... 73

1. Introdução ... 74

2. Problemática e Objetivos do Estudo ... 75

(14)

xiv

3.1.2. Geração “Baby Boomers” (1946 a 1964)... 76

3.1.3. Geração X (1965 a 1981)... 77 3.1.4. Geração Y (1982 a 1994)... 77 3.1.5. Geração Z (1995 -2010)... 77 3.1.6. Geração “Alpha” ... 78 3.2. Nativos Digitais ... 78 3.3. Tecnologia e Música ... 79

3.4. Utilização das TIC como estratégia promotora da motivação dos alunos ... 81

3.5. Motivação ... 83

3.5.1. Motivação Intrínseca ... 84

3.5.2. Motivação Extrínseca ... 84

3.5.3. Motivação Para a Aprendizagem ... 85

3.5.4. A Motivação Para a Aprendizagem Musical ... 87

3.6. Perceção Auditiva e Perceção Musical ... 89

3.6.1. Intervalos ... 92

3.6.2. Acordes ... 93

3.6.3. Escalas/Modos ... 94

4. Metodologia ... 99

4.1. Caracterização do Tipo de Investigação ... 100

4.1.1. Investigação-Acão ... 100

4.1.2. Estudo de Caso ... 102

4.3. Instrumentos de Recolha de Dados ... 105

4.3.1. Inquéritos por Questionário ... 105

4.3.2. Observação Direta e Participativa ... 108

4.3.3. Fichas/testes de avaliação... 109

5. Apresentação e Discussão dos Resultados ... 113

5.1. Inquéritos por Questionário ... 113

5.1.1. Discussão dos Inquéritos por Questionário ... 118

5.2. Resumos Reflexivos ... 119

5.2.1. Discussão dos Resumos Reflexivos ... 121

5.3. Fichas/Testes de Avaliação ... 122

(15)

xv

6.2. Limitações do Estudo e Recomendações Futuras ... 127

6.3. Notas Finais... 128

7. Referências ... 129

8. Anexos ... 138

Anexo A – Inquéritos por Questionário ... 139

Anexo B – Fichas de Avaliação ... 143

(16)

xvi

Figura 1 - As notas musicais como fundamentais de acordes ... 93

Figura 2 - Inversões do acorde de Dó Maior ... 94

Figura 3 - Escala de Dó Maior ... 95

Figura 4 - Escala de Lá menor natural ... 95

Figura 5 - Escala de Lá menor harmónica ... 96

Figura 6 - Escala de Lá menor melódica... 96

Figura 7 - Modos eclesiásticos ... 97

(17)

xvii

Branco ... 5

Gráfico 2 - Número de alunos por regime no Conservatório Regional de Castelo

Branco ... 5

Gráfico 3 - Número de alunos por grau no Conservatório Regional de Castelo

Branco ... 6

Gráfico 4 - Número de alunos por instrumento no Conservatório Regional de

Castelo Branco ... 6

Gráfico 5 - Composição da turma do sexto grau de Formação Musical do

Conservatório Regional de Castelo Branco. ... 7

Gráfico 6 - Instrumentos praticados na turma do sexto grau de Formação

Musical. ... 8

Gráfico 7 - Gosto dos alunos do sexto grau de Formação Musical em frequentar

o Conservatório Regional de Castelo Branco. ... 9

Gráfico 8 - Preferências dos alunos de sexto grau no Conservatório. ... 9 Gráfico 9 - Motivos pelos quais os alunos do sexto grau escolheram o

Conservatório para aprender música. ... 10

Gráfico 10 - Atividades preferidas dos alunos do sexto grau nas aulas de

Formação Musical ... 11

Gráfico 11 - Atividades menos preferidas dos alunos de sexto grau nas aulas de

Formação Musical ... 11

Gráfico 12 - Composição do Coro C do Conservatório Regional de Castelo Branco

... 12

Gráfico 13 - Relação de alunos por grau do Coro G ... 14 Gráfico 14 - Instrumentos praticados no Coro G do Conservatório Regional de

Castelo Branco ... 15

Gráfico 15 - Opinião dos alunos de sexto grau em relação à tecnologia como uma

mais-valia na aprendizagem da Formação Musical ... 113

Gráfico 16 - Frequência com que os alunos do sexto grau utilizaram aplicações

como o "Ouvido Perfeito" ... 114

Gráfico 17 - Motivação para o estudo da Formação Musical dos alunos de sexto

grau recorrendo a aplicações como o "Ouvido Perfeito" ... 114

Gráfico 18 - Opinião dos alunos de sexto grau acerca da importância de

aplicações como o "Ouvido Perfeito" no desenvolvimento auditivo ... 115

Gráfico 19 - Importância do uso da tecnologia na aprendizagem da Formação

Musical ... 115

Gráfico 20 - Frequência da utilização da aplicação "Ouvido Perfeito" ... 116 Gráfico 21 - Motivação dos alunos de sexto grau para o estudo da Formação

Musical recorrendo à aplicação "Ouvido Perfeito" ... 116

Gráfico 22 - Evolução dos alunos no desenvolvimento auditivo utilizando a

(18)

xviii

(19)

xix

Conservatório Regional de Castelo Branco. ... 8

Tabela 2 - Composição do Coro G do Conservatório Regional de Castelo Branco ... 12

Tabela 3 - Síntese de todas as aulas assistidas, práticas e supervisionadas na disciplina de Formação Musical (6º grau), durante o ano letivo 2018/2019 ... 16

Tabela 4 - Síntese de todas as aulas assistidas, práticas e supervisionadas na disciplina de Classe de Conjunto (Coro G) durante o ano letivo 2018/2019 ... 20

Tabela 5 - Planificação e reflexão da 8ª aula de Formação Musical, lecionada a 7/11/2018 ... 25

Tabela 6 - Planificação e reflexão da 14ª aula de Formação Musical, lecionada a 9/1/2019 ... 30

Tabela 7 - Planificação e reflexão da 15ª aula de Formação Musical, lecionada a 16/1/2019 ... 34

Tabela 8 - Planificação e reflexão da 20ª aula de Formação Musical, lecionada a 20/2/2019 ... 38

Tabela 9 - Planificação e reflexão da 27ª aula de Formação Musical, lecionada a 8/5/2019 ... 42

Tabela 10 - Planificação e reflexão da 29ª aula de Formação Musical, lecionada a 22/5/2019 ... 46

Tabela 11 - Planificação e reflexão da 9ª aula de Coro, lecionada a 13/11/2018 ... 52

Tabela 12 - Planificação e reflexão da 21ª aula de Coro, lecionada a 26/2/2019 ... 59

Tabela 13 - Planificação e reflexão da 32ª aula de Coro, lecionada a 11/6/2019 ... 65

Tabela 14 - Denominação dos intervalos ... 93

Tabela 15 - Temáticas e Exercícios da Aplicação "Ouvido Perfeito" ... 104

Tabela 16 - Guião do primeiro inquérito por questionário ... 106

Tabela 17 - Guião do segundo inquérito por questionário... 107

Tabela 18 - Guião da primeira ficha de avaliação ... 110

Tabela 19 - Guião da segunda ficha de avaliação ... 110

Tabela 20 - Guião da terceira ficha de avaliação ... 110

Tabela 21 - Guião da quarta ficha de avaliação ... 111

Tabela 22 - Guião do teste de avaliação anterior ao estudo ... 111

Tabela 23 - Guião do teste de avaliação posterior ao estudo ... 112

Tabela 24 - Evidências nos resumos reflexivos ... 119

Tabela 25 - Resultados do reconhecimento auditivo de intervalos nas fichas elaboradas pelos alunos de Formação Musical ... 122

Tabela 26 - Resultados do reconhecimento auditivo de escalas/modos nas fichas elaboradas pelos alunos de Formação Musical ... 123

(20)

xx

Tabela 28 - Resultados do reconhecimento auditivo de intervalos,

escalas/modos e acordes nas fichas elaboradas pelos alunos de Formação Musical ... 125

(21)

1

Introdução

O presente Relatório de Estágio foi realizado no âmbito da Unidade Curricular de Prática de Ensino Supervisionada do Mestrado em Ensino de Música, opção de Formação Musical e Música de Conjunto, desenvolvido na Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

O Relatório de Estágio encontra-se estruturado em duas partes distintas: a primeira evidencia o desenvolvimento da própria Prática de Ensino Supervisionada (Estágio), onde se inclui a caracterização do meio (da cidade de Castelo Branco e do Conservatório Regional de Castelo Branco), a caracterização das turmas de Coro G e de Formação Musical do sexto grau onde o Estágio decorreu, as planificações e os resumos reflexivos das aulas de Coro e Formação Musical que foram objeto de investigação do Relatório Final. Esta primeira parte culmina com a Reflexão Final sobre a Prática de Ensino Supervisionada.

A segunda parte do Relatório apresenta a investigação desenvolvida ao longo do Estágio, com o tema: “A Tecnologia como ferramenta no desenvolvimento auditivo dos alunos de Formação Musical”. A temática surgiu no sentido de procurar construir um conjunto de estratégias pedagógico-didáticas, com recurso à tecnologia, que permitissem desenvolver nos alunos um maior interesse pela disciplina de Formação Musical e, ao mesmo tempo, utilizar a tecnologia para desenvolver auditivamente os alunos, tendo como objetivo central a promoção do sucesso da aprendizagem e da motivação.

A problemática que se pretendeu estudar está relacionada com a constatação de que os alunos, na generalidade, revelam um fraco desenvolvimento auditivo. Saltam à vista muitas dificuldades em reconhecer auditivamente intervalos, escalas e acordes. Uma vez que estamos num mundo cada vez mais tecnológico, mundo este onde os jovens estão submersos, cabe aos professores adaptarem-se a esta realidade. Porque não usar a tecnologia nas aulas, permitindo assim que os alunos aprendam de uma forma mais intuitiva? O uso da tecnologia pode ser um passo muito importante na sua motivação, esta que é essencial para a continuidade dos estudos musicais.

O objetivo central deste projeto de investigação é compreender se a tecnologia é um recurso didático privilegiado no processo de ensino e aprendizagem da Formação Musical, através da construção e implementação, in loco, de estratégias pedagógico-didáticas, onde a tecnologia se revela um recurso central para a promoção e o desenvolvimento de competências musicais.

(22)

2

(23)

3

1. Contextualização da Prática de Ensino Supervisionada

A Prática de Ensino Supervisionada decorreu entre o dia 2 de outubro de 2018 e o dia 12 de junho de 2019 no Conservatório Regional de Castelo Branco. O Estágio teve a supervisão da professora Doutora Luísa Correia e a cooperação da professora Ana Leão e do professor José Carlos Oliveira. Depois de uma reunião, procedeu-se à seleção das turmas, e ficou decidido que a Prática Supervisionada fosse desenvolvida na Classe de Conjunto,Coro G – 3º a 8º grau e na turma de Formação Musical - 6º grau.

As aulas de Coro realizaram-se às terças-feiras às 16h45 horas, no auditório Liszt do Conservatório Regional de Castelo Branco, com a duração de 45 minutos. As aulas de Formação Musical decorreram quartas-feiras às 15 horas na sala Bach do Conservatório, com a duração de 90 minutos.

No início do ano letivo, os professores cooperantes transmitiram aos alunos que o mestrando iria realizar o Estágio no Conservatório e, paralelamente, na disciplina de Formação Musical, um estudo de investigação onde seriam abordadas algumas estratégias diferentes nas aulas de Formação Musical.

Foi realizado um inquérito por questionário na disciplina de Formação Musical, com o objetivo de conhecer os gostos e preferências dos adolescentes, pois trata-se de uma mais-valia quando o docente conhece verdadeiramente os seus alunos. Através do conhecimento dos estudantes, o professor pode ir ao encontro dos seus interesses e, desta forma, tornar a aprendizagem da Formação Musical uma experiência mais positiva.

Em articulação com a professora cooperante, decidimos desenvolver as aulas de Formação Musical tendo em conta as informações recolhidas no primeiro inquérito realizado aos alunos. Deste modo, consideraram-se também os dados recolhidos nas diferentes aulas e construiu-se um conjunto de estratégias diversificadas para os conteúdos em que os alunos evidenciaram maiores dificuldades de aprendizagem. Assim, construíram-se fichas de trabalho com exercícios que englobavam os mais diversos conteúdos, tendo sempre presente o programa de sexto grau de Formação Musical e os objetivos do nosso estudo de investigação. As fichas de trabalho permitiram tornar as aulas mais ricas ao nível das aprendizagens para os alunos.

Conscientes de que a disciplina de Formação Musical não é, para a maior parte dos alunos, a disciplina preferida e onde o insucesso é mais frequente, tentámos, em conjunto com a professora cooperante, delinear estratégias de modo a que os jovens estivessem no centro do processo de aprendizagem, com o objetivo de tornar as aulas de Formação Musical num ambiente mais rico e estimulante.

Nesse sentido, consideramos que a tecnologia, mais concretamente o uso de aplicações tecnológicas, pode ser uma mais valia. Também no desenvolvimento auditivo dos alunos, o uso deste tipo de aplicações pode ter uma contribuição preponderante.

(24)

4

A aplicação tecnológica utilizada no nosso estudo foi a aplicação “Ouvido Perfeito”. Inicialmente, esta seria utilizada na sala de aula como parte integrante de algumas aulas lecionadas pelo estagiário. Foi assim no primeiro e segundo períodos. No entanto, a estratégia para o terceiro período mudou, em virtude de uma melhor preparação dos alunos para a prova final.

2. Caracterização do Meio, da Escola e das Turmas

2.1. Castelo Branco

O município de Castelo Branco alberga cerca de 56000 habitantes, localizando-se na região Centro, integrando a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa. É o maior município da região Centro e um dos maiores municípios portugueses, com uma área de cerca de 1440 km2. Geograficamente, é delimitado a Norte pelo concelho do Fundão; a Sul encontra-se o rio Tejo; a Este localiza-se o concelho de Idanha-a-Nova; a Sudoeste o concelho de Vila Velha de Ródão e a Oeste os concelhos de Proença-a-Nova e Oleiros. Castelo Branco integra-se no agrupamento de concelhos da sub-região Beira Interior Sul, encontrando-se numa zona de planaltos (IPCB, 2016).

A nível de acessibilidades, a A23 assume-se como o principal acesso. Esta liga Guarda a Torres Novas passando por Castelo Branco. Em Torres Novas existe a possibilidade de ligação à A1 (Lisboa - Porto). Na Guarda existe a hipótese de ligação à A25 (Guarda - Aveiro). Também existe o IC8 que oferece ligação à A13 (Coimbra - Tomar), favorecendo assim o acesso a Coimbra. A nível ferroviário, Castelo Branco está servido com a linha da Beira Baixa. De realçar também a existência de um aeródromo moderno com uma pista de 1.600 metros, que tem associada uma estrutura de proteção civil licenciada pelo Instituto Nacional de Aviação Civil.

A cidade de Castelo Branco foi alvo de uma requalificação urbana, transformando-se numa cidade moderna e bastante agradável para se viver. O concelho é servido por grandes infraestruturas de energia, como o caso das subestações da EDP e da REN. Também é munida de redes de gás natural e de fibra ótica (CMCB, s.d.).

2.2. Conservatório Regional de Castelo Branco

O Conservatório Regional de Castelo Branco (CRCB) é uma Associação Cultural de utilidade pública e sem fins lucrativos. Está sediada no Largo da Sé nº 20, na cidade, freguesia e concelho de Castelo Branco. Iniciou as suas atividades em 6 de dezembro de 1971, após fundação por iniciativa do professor Carlos Gama. O CRCB é uma escola do Ensino Artístico Especializado de Música, com autonomia pedagógica. Atualmente, o Conservatório abarca quase todos os Cursos de Instrumento, Canto, Composição e Formação Musical, desde a iniciação até ao

(25)

5

secundário. Conta com um corpo docente formado na sua maioria por professores que iniciaram a sua formação nesta Escola e que detêm, hoje, habilitação de grau superior, bem como a profissionalização no ensino especializado de música.

O Conservatório apresentava, no ano letivo de 2018/2019, 401 alunos. O gráfico 1 indica-nos a distribuição do número de alunos por curso.

Analisando o gráfico 1, podemos verificar que a esmagadora maioria dos alunos se encontra no ensino básico. Este é um sinal claro de que a grande maioria dos alunos só frequenta o conservatório até, no máximo, ao 5º grau. Este facto indica também que muito poucos alunos seguem música num âmbito profissional, pois muito poucos prosseguem os seus estudos para o ensino secundário, este que é um ensino preparatório para o ensino superior.

24 308 26 43 0 50 100 150 200 250 300 350

Iniciação Básico Secundário Livre

Número de alunos por curso

24 321 13 43 0 50 100 150 200 250 300 350

Iniciação Articulado Supletivo Livre

Número de alunos por regime

Gráfico 2 - Número de alunos por regime no Conservatório Regional de Castelo Branco Gráfico 1 - Número de alunos por curso do Conservatório Regional de Castelo Branco

(26)

6

Através da análise ao gráfico 2, podemos verificar que a esmagadora maioria dos alunos estão inseridos no regime articulado.

O gráfico 3 indica-nos que o grau onde estão mais alunos inscritos é o 1º grau. Também é possível verificar um decréscimo progressivo de alunos dentro do ensino básico (1º ao 5º grau), exceto do 4º para o 5º grau, onde existe um aumento, mas pouco significativo.

Gráfico 3 - Número de alunos por grau no Conservatório Regional de Castelo Branco 24 93 73 57 41 44 10 6 10 43 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Número de alunos por grau

2 2 3 3 5 6 6 8 9 12 16 19 22 23 28 69 70 79 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Número de alunos por instrumento

(27)

7

Analisando o gráfico 4, podemos aferir que o instrumento mais praticado no conservatório é o piano. Também é possível verificar uma grande discrepância entre os três instrumentos mais praticados (piano, violino e guitarra) e os restantes. Uma última nota para a importância do acordeão, uma vez que consegue ser o quarto instrumento mais praticado no Conservatório, mantendo assim a tradição albicastrense, terra que sempre teve muitos e bons alunos de acordeão.

2.2.1. Espaço Físico

O Conservatório Regional de Castelo Branco foi alvo de uma requalificação, que teve a sua inauguração no dia 24 de novembro de 2008, e veio oferecer à escola outras condições para o correto funcionamento. Foi incrementado o número de salas de aula, assim como foram criados espaços dignos para o funcionamento dos serviços administrativos e pedagógicos. O edifício contém três pisos, treze salas de aula, dois auditórios, sótão, sala de direção, gabinete de apoio à direção, secretaria, reprografia, sala de professores, biblioteca, bar e sala de arquivo. Para além do edifício central, o Conservatório também alberga um outro edifício (antigos CTT), localizado perto do edifício sede. Este segundo edifício contém sete salas de aula e um auditório. O Conservatório Regional de Castelo Branco está dotado dos equipamentos pedagógicos adequados ao ensino artístico nas diversas vertentes (CRCB, 2017).

2.3. Caracterização da Turma do Sexto Grau de Formação

Musical

2.3.1. Os Alunos

A turma de Formação Musical, do sexto grau do Conservatório Regional de Castelo Branco, era constituída por 11 alunos que frequentam o ensino secundário na Escola Secundária Nuno Álvares e na Escola Secundária Amato Lusitano. A maioria dos alunos são raparigas (73%), como se pode constatar no gráfico 5.

3; 27%

8; 73%

Composição da Turma

Rapazes Raparigas

Gráfico 5 - Composição da turma do sexto grau de Formação Musical do Conservatório

(28)

8

De seguida, é apresentada a lista dos alunos desta turma por data de nascimento e regime de inscrição (supletivo, articulado ou livre).

Tabela 1 - Composição da turma do sexto grau de Formação Musical do Conservatório Regional

de Castelo Branco.

Ao analisarmos a tabela 1, podemos concluir que o aluno 7 repetiu um ano escolar. O aluno 10 está em regime livre, sendo assim justificada a disparidade de idade para com os colegas. Nota ainda para o aluno 6 que, embora tenha idade para estar em regime articulado, encontra-se inscrito em regime supletivo.

2.3.2. Instrumentos Praticados na Turma

Aluno Data de nascimento Regime Aluno 1 15/10/2003 Articulado Aluno 2 15/10/2003 Articulado Aluno 3 01/03/2003 Articulado Aluno 4 23/06/2003 Articulado Aluno 5 03/09/2003 Articulado Aluno 6 26/05/2003 Supletivo Aluno 7 03/04/2002 Articulado Aluno 8 28/08/2003 Articulado Aluno 9 29/07/2003 Articulado Aluno 10 05/06/2000 Livre Aluno 11 12/06/2003 Articulado 5; 46% 2; 18% 3; 27% 1; 9%

Instrumentos praticados na turma

Violino Piano Canto Viola d' arco

(29)

9

Através do gráfico 6, podemos verificar a homogeneidade de instrumentos praticados na turma, pois em 11 alunos apenas existem quatro instrumentos diferentes, sendo eles o violino, piano, canto e viola d’arco. A preferência dos alunos recai sobre o violino (cinco alunos), tendo o canto um papel especial nesta turma, uma vez que estão inscritos três alunos, superando o número de alunos de piano, este que é um dos instrumentos mais tocados no conservatório.

2.3.3. O Aluno e o Conservatório

Gráfico 7 - Gosto dos alunos do sexto grau de Formação Musical em frequentar o Conservatório

Regional de Castelo Branco.

Através do gráfico 7, podemos verificar que o mesmo número de alunos (cinco) respondeu que “gosta muito” e “gosta” de frequentar o Conservatório. Houve ainda um aluno que respondeu que “gosta mais ou menos” de frequentar o Conservatório. Este gráfico permite-nos concluir que todos os jovens gostam de frequentar o Conservatório, ainda que uns mais e outros menos.

Gráfico 8 - Preferências dos alunos de sexto grau no Conservatório. 5; 46% 5; 45%

1; 9%

Gosto em frequentar o Conservatório Regional de Castelo Branco

Gosto muito Gosto Gosto mais ou menos

2 0 3 0 4 1 1 0 1 2 3 4 5

Professores Amigos/Turma Aulas Auxiliares Espaço Físico (escola) /Ambiente

escolar

Disciplinas Tudo

Preferências no Conservatório

(30)

10

O gráfico 8 mostra os motivos pelos quais os alunos do sexto grau gostam de frequentar o Conservatório Regional de Castelo Branco. No que respeita aos resultados, verificamos que a preferência maior dos alunos é a própria escola, que engloba a organização, o espaço físico e tudo o que a envolve. De realçar também que nenhum dos alunos tem preferência pelos amigos/turma, o que deixa transparecer que nenhum dos alunos está no conservatório “só porque o amigo também anda”.

Gráfico 9 - Motivos pelos quais os alunos do sexto grau escolheram o Conservatório para

aprender música.

Analisando o gráfico 9, chega-se à conclusão que o que os alunos menos apreciam no conservatório é o espaço físico (instalações da escola), tendo sido esta a opinião de 4 alunos. É curioso que esta também é a razão pela qual os alunos mais gostam de frequentar o conservatório. Isto revela alguma dualidade de opinião nos alunos, pois enquanto que para uns o que mais gostam é a escola, o que engloba o ambiente, o espaço físico, e tudo o que a envolve, para outros isso é o que menos gostam. Também há três alunos que gostam de tudo, não apontando quaisquer problemas no conservatório. Nota ainda para dois alunos que, no campo “outra resposta”, responderam que o que menos gostam é a falta de salas de estudo. Esta resposta pode estar relacionada com a do espaço físico (escola), podendo os alunos ter feito uma associação entre o espaço físico e a falta de salas de estudo.

0 1 2 3 4 5

Professores Amigos/Turma Aulas Auxiliares Espaço físico (escola)

Gosto de tudo Falta de salas de estudo

O que os alunos menos apreciam no Conservatório

(31)

11

2.3.4. O aluno e a Formação Musical

Nesta questão, os alunos puderam escolher até duas opções. Analisando o gráfico 10, podemos concluir que as atividades que os alunos mais gostam são a teoria musical e o canto. Três alunos referiram também a leitura solfejada e rítmica como uma das atividades preferenciais. Os ditados melódicos e/ou rítmicos não foram mencionados por nenhum dos alunos como sendo uma das atividades preferenciais.

Gráfico 11 - Atividades menos preferidas dos alunos de sexto grau nas aulas de Formação

Musical

Esta questão também poderia ter até duas opções de resposta. Através do gráfico 11, podemos concluir que as atividades menos preferidas dos alunos de Formação Musical nas aulas são a leitura solfejada e/ou rítmica, e também os ditados

0 1 2 3 4 5 6 7 8

Atividades preferidas em Formação Musical

0 1 2 3 4 5 6 Leitura (solfejo, ritmo) Ditados (melódicos, rítmicos)

Cantar Teoria Musical Outra

Atividades menos preferidas em Formação

musical

(32)

12

melódicos e/ou rítmicos. Em relação aos ditados não há qualquer surpresa, visto que não foram mencionados nas atividades preferidas, pelo que era suposto serem referenciados substancialmente nas atividades menos preferidas. No que concerne à leitura solfejada e /ou rítmica as opiniões são um pouco divergentes, pois esta tanto é referenciada nas atividades preferidas como nas menos preferidas, ainda que com mais ênfase nas menos preferidas. A mesma divergência também aconteceu com o canto e a teoria musical, porém em menor escala.

2.4. Caracterização da Turma do Coro G

2.4.1. Os Alunos

A turma do Coro G do Conservatório Regional de Castelo Branco, é constituída por 45 alunos. A maioria são raparigas (62%), como se pode constatar no gráfico 12. Tabela 2 - Composição do Coro G do Conservatório Regional de Castelo Branco

Aluno Data de

nascimento Regime Grau

Aluno 1 05/03/2005 Articulado 4º Aluno 2 07/02/2005 Articulado 4º Aluno 3 27/09/2006 Articulado 3º Aluno 4 26/07/2001 Articulado 8º Aluno 5 20/05/2004 Articulado 5º Aluno 6 23/06/2003 Articulado 6º Aluno 7 19/12/2001 Articulado 7º 28; 62% 17; 38%

Composição da Turma

Raparigas Rapazes

(33)

13 Aluno 8 19/11/2001 Articulado 8º Aluno 9 25/02/2004 Articulado 5º Aluno 10 22/04/2006 Articulado 3º Aluno 11 03/09/2003 Articulado 6º Aluno 12 05/09/2001 Articulado 8º Aluno 13 27/02/2006 Articulado 3º Aluno 14 19/08/2004 Articulado 5º Aluno 15 26/12/2004 Articulado 5º Aluno 16 23/04/2004 Articulado 5º Aluno 17 27/11/2005 Articulado 4º Aluno 18 27/09/2001 Articulado 7º Aluno 19 15/03/2006 Articulado 3º Aluno 20 09/01/2004 Articulado 5º Aluno 21 27/11/2004 Articulado 5º Aluno 22 26/01/2001 Articulado 8º Aluno 23 22/11/2005 Articulado 4º Aluno 24 20/05/2004 Articulado 5º Aluno 25 12/10/2006 Articulado 3º Aluno 26 30/03/2006 Articulado 3º Aluno 27 05/04/2004 Articulado 5º Aluno 28 01/04/2005 Articulado 4º Aluno 29 13/10/2004 Articulado 5º Aluno 30 12/06/2003 Articulado 6º Aluno 31 19/10/2006 Articulado 3º Aluno 32 19/07/2006 Articulado 3º Aluno 33 09/02/2004 Articulado 5º Aluno 34 16/04/2004 Articulado 5º Aluno 35 07/04/2005 Articulado 4º Aluno 36 18/03/2006 Articulado 3º Aluno 37 12/06/2006 Articulado 3º Aluno 38 09/02/2004 Articulado 5º Aluno 39 19/04/2006 Articulado 3º Aluno 40 15/05/2005 Articulado 4º

(34)

14

Aluno 41 26/03/2004 Articulado 5º

Aluno 42 29/01/2001 Articulado 8º

Aluno 43 15/03/2005 Articulado 4º

Aluno 44 27/08/2002 Articulado 7º

Ao analisarmos a tabela 2, podemos concluir que todos os alunos se encontram no regime articulado. Também podemos aferir que esta é uma turma que abrange um elevado intervalo de idades, entre os 13 e os 18 anos.

O gráfico 13 indica-nos que o Coro G é constituído por alunos do 3º ao 8º grau. Também podemos aferir que o grau mais representado na turma é o 5º grau, com 31% dos alunos. 11; 24% 8; 18% 14; 31% 3; 7% 3; 7% 6; 13%

Alunos por Grau

3º 4º 5º 6º 7º 8º

(35)

15

2.4.2. Instrumentos Praticados na Turma

Gráfico 14 - Instrumentos praticados no Coro G do Conservatório Regional de Castelo Branco Através do gráfico 14, podemos verificar que um terço dos alunos (15) toca violino. De realçar que o segundo instrumento mais tocado é o clarinete, com 6 alunos. O piano, embora seja o instrumento mais tocado no conservatório, apenas conta com 3 alunos nesta turma de Coro. Nota-se também uma disparidade entre o instrumento mais tocado, o violino (15 alunos), e o segundo mais tocado, o clarinete (6 alunos). 2 1 3 1 2 2 3 3 3 6 15 2 2 0 2 4 6 8 10 12 14 16

(36)

16

3. O

Desenvolvimento

da

Prática

de

Ensino

Supervisionada

De forma a dar a conhecer o trabalho elaborado durante o ano letivo 2018/2019, é apresentada a tabela 3 com os sumários de todas as aulas assistidas, lecionadas, e supervisionadas de Formação Musical durante o ano letivo. Os sumários expõem, de forma sucinta, os conteúdos programáticos abordados nas aulas. De salientar que os sumários apresentados foram redigidos pela professora cooperante. Na tabela 3 encontram-se ainda, destacadas, as aulas que contribuíram para o estudo de investigação.

Tabela 3 - Síntese de todas as aulas assistidas, práticas e supervisionadas na disciplina de

Formação Musical (6º grau), durante o ano letivo 2018/2019

Prática de Ensino Supervisionada – Formação Musical – 6º grau 1º Período

Aula nº Teor da aula Data Sumário

1 Assistida 19-09-2018 Recolha dos horários de instrumento. Material a usar na aula. Treino auditivo com transposição da canção "os parabéns " com nome das notas. Leituras rítmicas em alternância e solfejo.

2 Assistida 26-09-2018 Treino auditivo- intervalos e ordenações. Leituras pág. 1 e 2. Memorização auditiva de um cânone em fá menor, com o nome das notas e escrita do mesmo. Entoação em cânone de memória. Início do trabalho com canção "Concone n.13" em clave de sol.

3 Assistida 03-10-2018 Entrega das sebentas. Leituras rítmicas, solfejo e claves, pág. 3. Treino auditivo - os acordes de 7a -entoação no e.f. e na 1a inversão. Ordenações. Entoação de escalas e modos a partir de nota dada. Cânone em fá menor. Canção n.1 (Concone 13).

4 Prática 10-10-2018 Aula de estágio - treino auditivo de intervalos e acordes de 7a da dominante na 2a inversão. Entoação de 1 melodia tonal e 1 melodia atonal da sebenta. Apresentação e demonstração da aplicação "ouvido perfeito" para futuro trabalho individual.

(37)

17

5 Assistida 17-10-2018 Trabalho rítmico a 1 e duas vozes - memorização lida e auditiva. Leituras. Treino auditivo - intervalos 2ª a 6ª Maior. Cânone nº1 - entoação à 1ª vista. Trabalho em cânone. Transposição lida. Canção (Concone nº13).

6 Prática 24-10-2018 Treino auditivo em ré menor. Improvisação melódica. Ditado melódico. Entoação do ditado. Canção de Schubert- leitura nas 3 claves da 1ª parte. Leitura de intervalos. Entoação da canção- 1a página.

7 Assistida 31-10-2018 Prova oral 8 Prática/Objeto

de estudo 07-11-2018 Prática pedagógica- Leituras em tempo composto com mudanças de compasso- página 5 da sebenta. Memorização lida - 4 compassos em 6/8. Prática pedagógica- Treino auditivo de intervalos. Leituras atonais pág. 15- pautas 2 e 3. Canção de Schubert- pág. 43 - 2ª página. 9 Assistida 14-11-2018 Treino auditivo de intervalos.

Entoação de sequência harmónica em Fá maior. Pág. 12 -leitura melódico-rítmica. Pág. 15 leitura atonal. Análise auditiva do compasso de um excerto musical. DRND desse excerto - pág. 21. 10 Assistida 21-11-2018 Treino auditivo do ouvido harmónico. Entoação de acordes em Mi bemol maior. Reconhecimento auditivo de funções tonais. Página 13- leitura melódico-rítmica. Página 5 -solfejo nas 3 claves. Canção de Schubert. 11 Assistida 28-11-2018 Teste escrito.

12 Supervisionada 05-12-2018 Ritmo composto a duas partes. Leitura de claves e solfejo com mudança de compasso- pág. 6. Treino auditivo harmónico e ditado harmónico. Cânone em Si bemol maior. Transposição de cor 2a abaixo. Entoação em cânone na tonalidade escrita e transposta.

13 Assistida 12-12-2018 Entrega dos testes. Leituras em tempo composto. Ditado rítmico a duas

(38)

18

partes em tempo composto. Cânones pág. 19 e 20 e canções já trabalhadas. Autoavaliação.

2º Período Aula nº Teor da aula Data Sumário 14 Prática/Objeto

de estudo 09-01-2019 Aula de estágio- os modos -revisão teórica, transposição e identificação auditiva. Pág. 7 leitura nas 4 claves. Solfejo com mudança de compasso e tempo. Treino auditivo harmónico. Ditado de funções tonais.

15 Prática/Objeto

de estudo 16-01-2019

Leituras de intervalos -classificação sem e com pulsação-página 17. Reconhecimento e entoação de intervalos (até 5p). Pág. 15 leitura atonal. Treino auditivo em Fá maior. Hindmith pág. 13 - leitura melódico-rítmica em Fá maior. Canção da pág. 41 e 42.

16 Assistida 23-01-2019 Leitura de claves página 10. Leitura vertical lida e entoada. Pág. 12 e 13-melódico-rítmicas. Transposição lida 2a acima, página 13. Modus novus pág. 15. Pág. 16 - excerto de coral de Bach - análise, leitura vertical, horizontal e entoação a 4 vozes.

17 Prática 30-01-2019 Leituras rítmicas a duas partes -Hindmith pág. 33. Ditado rítmico a 2 partes. Solfejo - leitura em diferentes claves - Fontaine pág. 9. Página 31 da sebenta- ditado melódico.

18 Assistida 06-02-2019 Modo dórico - pág. 32. Transposição modal entoada. Leitura a vozes. Pág. 30 - ditado rítmico com notas dadas. Canção da página 41 e 42 da sebenta do 6º grau.

19 Assistida 13-02-2019 Teste escrito. 20 Supervisionada

/Objeto de estudo

20-02-2019 Leituras solfejadas -Fontaine (em clave de dó na 3a linha, sol e fá). Leitura rítmica a 2 partes à 1a vista. Treino auditivo - 6as M e m-Entoação e Reconhecimento. Modo frígio - entoação e leituras em modo frígio. 21 Assistida 27-02-2019 Prova oral.

(39)

19

22 Assistida 13-03-2019 Ditado melódico- Schubert. Leitura solfejada com ostinato rítmico. Solfejo em diferentes claves -pág. 6. Leitura melódico-rítmica da pág. 12 - nova. Pág. 18 e 11 da sebenta.

23 Assistida 20-03-2019 Solfejo. Pág. 3, em diferentes claves. Intervalos de 6a e 7a -Entoação e reconhecimento. Treino auditivo. Ditado harmónico. Leitura melódica (excerto da missa em si menor de Bach)

24 Assistida 27-03-2019 Modo Lídio - pág. 33. Solfejo em claves diferentes pág. 11. Leitura melódico-rítmica da pág. 12. Canção "Deep River".

25 Assistida 03-04-2019 Preenchimento de um inquérito para tese de mestrado do mestrando Filipe Vicente. Os modos -entoação e reconhecimento. Ficha de reconhecimento auditivo de escalas e modos. Balanço do 2º período. Autoavaliação.

3º Período Aula nº Teor da aula Data Sumário

26 Assistida 24-04-2019 Memória auditiva e rítmica- exercícios. Leituras a duas partes - Hindmith. Leituras melódico-rítmicas com transposição- Hindmith. Treino auditivo de acordes e funções tonais. Ditado de acordes coral de Bach n.29. Inicio do trabalho com uma canção -Concone.

27 Supervisionada /Objeto de estudo

08-05-2019 Aula pratica supervisionada dada pelo estagiário. Entoação de acordes a partir de som dado. Ficha de reconhecimento de acordes. Treino ouvido harmónico em Si bemol maior. Entoação de encadeamento harmónico. Ditado harmónico. Análise harmónica da canção do Concone em clave de fá. Entoação da mesma. 28 Assistida 15-05-2019 Preenchimento de um inquérito

inserido na tese de mestrado da aluna Maria Inês Pires. Ditado rítmico em tempo simples. Trabalho de leitura e

(40)

20

interiorização de células rítmicas com fusas.

29 Prática/Objeto

de estudo 22-05-2019 Aula de estagio -treino auditivo de intervalos, escalas e modos – entoação e reconhecimento. Revisão das cadências. Ditado rítmico a partir de uma gravação e correção do mesmo. 30 Assistida 29-05-2019 Prova final- componente escrita. 31 Assistida 05-06-2019 Prova final - componente oral.

32 Assistida 12-06-2019 Entrega das provas e balanço das mesmas. Preenchimento de uma ficha de reconhecimento auditivo - intervalos, acordes, escalas e modos. Preenchimento do inquérito final da tese de mestrado do aluno Filipe Vicente, sobre o trabalho que aplicou nas aulas. Autoavaliação e balanço do ano.

Apresentamos, de seguida, a tabela 4 com os sumários de todas as aulas assistidas, lecionadas e supervisionadas do Coro G, durante o ano letivo 2018/2019. Os sumários expõem, de forma sucinta, os conteúdos programáticos abordados nas aulas. De salientar que os sumários apresentados foram redigidos pelo professor cooperante.

Tabela 4 - Síntese de todas as aulas assistidas, práticas e supervisionadas na disciplina de Classe

de Conjunto (Coro G) durante o ano letivo 2018/2019

Prática de Ensino Supervisionada – Coro G – 3º a 8º grau 1º Período

Aula nº Teor da aula Data Sumário

1 Assistida 18-09-2018 Técnica Vocal. Primeira leitura da obra "Love divine" de Howard Goodall.

2 Assistida 25-09-2018 Técnica Vocal. Início de trabalho nas obras "Love divine" e "The Lord is my shepherd" de Howard Goodall.

3 Assistida 02-10-2018 Técnica Vocal. Continuação do trabalho no repertório para o Concerto de Natal: "The Lord is my shepherd" e "Love divine" de Howard Goodall.

(41)

21

4 Assistida 09-10-2018 Técnica Vocal. Ensaio do Carol "Hark! The Herald-angels sing”. Indicações de metodologia de estudo para Coro a aplicar em casa. 5 Prática/Assistida 16-10-2018 Técnica Vocal. Trabalho de pormenor nas obras de Howard Goodall constantes do programa de Natal.

6 Prática/Assistida 23-10-2018 Técnica Vocal. Continuação do trabalho de pormenor no repertório para o Concerto de Natal.

7 Assistida 30-10-2018 Técnica Vocal. Continuação do trabalho de pormenor no repertório para o Concerto de Natal: "Love divine" e "The Lord is my shepherd" de Howard Goodall e "Hark! The Herald-angels sing" de Mendelssohn (arr. Hickox).

8 Assistida 06-11-2018 Técnica Vocal. Continuação do trabalho de pormenor no repertório para o concerto de Natal. 9 Supervisionada 13-11-2018 [Ensaio realizado pelo estagiário Filipe Vicente com a presença da orientadora Luísa Maria Correia] Técnica Vocal. Ensaio das obras "The Lord is my shepherd" de Howard Goodall e "Hark! The Herald-angels sing" de Felix Mendelssohn.

10 Assistida 20-11-2018 Técnica Vocal. Continuação da preparação de repertório para o Concerto de Natal: "The Lord is my shepherd" e "Love Divine" de Howard Goodall e "Hark! The Herald-angels sing" de Felix Mendelssohn.

11 Assistida 27-11-2018 Técnica Vocal. Ensaio de pormenor no repertório para o Concerto de Natal.

12 Assistida 04-12-2018 Técnica Vocal. Recapitulação de todo o repertório abordado ao longo do período.

(42)

22

13 Assistida 11-12-2018 Técnica Vocal. Ensaio geral do repertório para o Concerto de Natal.

2º Período

Aula nº Teor da aula Data Sumário

14 Assistida 08-01-2019 Técnica Vocal. Início da abordagem do novo repertório. "Odi et amo" de Carl Orff.

15 Assistida 15-01-2019 Técnica Vocal. Primeira abordagem da obra "Três Esconjuros" de Lopes-Graça. Revisão das obras estudadas na aula anterior.

16 Assistida 22-01-2019 Técnica Vocal. Continuação do trabalho no repertório do 2.º período. Prova de Avaliação.

17 Assistida 29-01-2019 Técnica Vocal. Ensaio de pormenor nos "Três Esconjuros" de Lopes-Graça e na obra "Odi et amo" de Carl Orff.

18 Assistida 05-02-2019 Técnica Vocal.Revisão do trabalho realizado até ao momento, através de Prova de Avaliação.

19 Assistida 12-02-2019 Técnica Vocal. Continuação do trabalho de pormenor no repertório abordado até ao momento.

20 Assistida 19-02-2019 Técnica Vocal. Continuação do trabalho de pormenor no repertório abordado até ao momento.

21 Supervisionada 26-02-2019 Técnica Vocal. Continuação do trabalho de pormenor no repertório abordado até ao momento [Aula de Prática Pedagógica Supervisionada - Filipe Vicente].

22 Assistida 12-03-2019 Técnica Vocal. Continuação da primeira abordagem às Cinco Canções de Amor Hebraicas de Eric Whitacare.

(43)

23

23 Assistida 19-03-2019 Técnica Vocal. Continuação do trabalho de pormenor no repertório.

24 Assistida 26-03-2019 Técnica Vocal. Continuação do trabalho de pormenor no repertório.

25 Assistida 02-04-2019 Prova de avaliação. 3º Período

Aula nº Teor da aula Data Sumário

26 Assistida 23-04-2019 Técnica Vocal. Revisão do repertório abordado no período anterior. Trabalho de pormenor nas obras.

27 Assistida 30-04-2019 Técnica Vocal. Trabalho de pormenor nas 5 Canções de Whitacre e na Pavane de Fauré. 28 Assistida 14-05-2019 Técnica Vocal. Trabalho de

pormenor nas obras do repertório abordado até ao momento.

29 Assistida 21-05-2019 Técnica Vocal. Trabalho de pormenor nas obras "a capella" do repertório.

30 Assistida 28-05-2019 Técnica Vocal. Trabalho de pormenor no repertório para o dia 8 de junho de 2019.

31 Assistida 04-06-2019 Técnica Vocal. Ensaio geral para o concerto final de dia 8 de junho de 2019.

32 Supervisionada 11-06-2019 Técnica Vocal. Aula de Prática de Ensino Supervisionada do estagiário Filipe Vicente.

(44)

24

3.1. Planificações e Reflexões de Formação Musical do Sexto Grau

De modo a evidenciar a concretização da nossa Prática de Ensino Supervisionada (Estágio), selecionámos, neste ponto do Relatório, todas as aulas que foram objeto do estudo de investigação na disciplina de Formação Musical do sexto grau. As planificações e reflexões de Formação Musical serão apresentadas por ordem cronológica.

(45)

25 Tabela 5 - Planificação e reflexão da 8ª aula de Formação Musical, lecionada a 7/11/2018

Plano de Aula

Recurso

Pedagógico

Conteúdos Objetivos Estratégias/Atividades Recursos/

Materiais Avaliação Tempo Sebenta – pág. 5 ex. 1 Compasso composto • Desenvolver a leitura rítmica em compasso composto • Fortalecer a leitura solfejada em compasso composto

• Revisão do que é um compasso composto e dos termos qualidade/quantidade

• Efetuar a leitura rítmica do exercício (se necessário dividir em pequenos grupos)

• Reprodução da leitura solfejada do exercício sem dinâmicas nem articulações (se necessário dividir em pequenos grupos)

• Reprodução da leitura solfejada do exercício com dinâmicas e articulações (se necessário dividir em pequenos grupos) • Piano • Sebenta • Smartphone com a aplicação “Ouvido Perfeito” • Colunas Avaliação por 30 min __________ Memorização rítmica • Solidificar a memorização rítmica no compasso composto

• Memorização rítmica de uma leitura de quatro compassos em 6/8, escritos no quadro pelo estagiário

• Reprodução da leitura rítmica depois do estagiário apagar alguns ritmos (se necessário dividir em pequenos grupos)

(46)

26 Sebenta –

pág. 15, compassos 4 a 12

Ouvido intervalar • Potencializar o reconheciment o auditivo de intervalos de 2ªm, 2ªM, 3ªM, 3ªm, 4ªP, 4ªA e 5ªP • Desenvolver a entoação de intervalos de 2ªm, 2ªM, 3ªM, 3ªm, 4ªP, 4ªA e 5ªP

• Reconhecimento auditivo de intervalos de 2ªM, 2ªm e 4ªP através da aplicação “Ouvido Perfeito”. O estagiário coloca um exercício de “Identificação de Intervalos” na aplicação e os alunos dizem oralmente qual o intervalo tocado (se necessário, individualizar)

• Entoação de intervalos de 2ªM, 2ªm e 4ªP através da aplicação “Ouvido Perfeito”. O estagiário coloca um exercício de “Cantar Intervalos” na aplicação e os alunos cantam a nota originária do respetivo intervalo (se necessário, individualizar)

• Reprodução do exercício da sebenta

observaçã o direta 20 min Sebenta – canção da pág. 43, do Acordes • Potencializar a leitura harmónica

• Leitura dos acordes de baixo para cima do compasso 24 ao 29

• Entoação dos acordes de baixo para cima do compasso 24 ao 29

10 min

Intervalos • Fortalecer a leitura de intervalos

• Reconhecimento dos intervalos, com uma pulsação definida moderada

(47)

27 compasso 24 até ao fim Canção • Desenvolver a leitura melódica • Potencializar a musicalidade dos alunos • Fortalecer o ouvido harmónico • Elucidar os alunos para a agógica da canção

• Reprodução da canção ao piano, pelo estagiário, e os alunos cantam, com a respetiva agógica, exemplificada pelo estagiário

(48)

28 Resumo reflexivo:

A aula foi lecionada pelo estagiário. Começou com um esclarecimento da unidade de tempo e unidade de compasso nos compassos compostos. No quadro foram escritos todos os compassos que apareciam na leitura 1 da página 5, e foi pedido aos alunos que indicassem a unidade de tempo e unidade de compasso. Acontece que a maioria dos alunos teve dificuldades neste exercício, tendo este que lhes ser explicado pelo estagiário com auxílio da professora titular, pois o estagiário não estava a conseguir passar a mensagem. Foi explicada a quantidade e qualidade de um compasso composto. Depois desta explicação, os alunos ficaram mais elucidados e prontos para começarem a leitura 1 da página 5. Começaram por dizer o ritmo em “pan” e marcar a pulsação com a mão na mesa. Revelaram algumas dificuldades particularmente nas passagens do 9/8 para o 6/4 e do 9/8 para o 12/16. O estagiário exemplificou essas passagens e os alunos conseguiram ultrapassar as dificuldades. Posteriormente passou-se ao solfejo da mesma leitura, ainda sem dinâmicas nem articulações. Esta procedeu sem grandes dificuldades demonstradas pelos alunos. Por fim, realizou-se a mesma leitura, mas com dinâmicas e articulações. Os alunos esqueciam-se, por vezes, de algumas dinâmicas e articulações, porém depois de chamados à atenção conseguiram dominar o exercício.

A aula continuou com uma memorização rítmica de oito pulsações em compasso composto. O professor escreveu o ritmo no quadro e os alunos tiveram tempo para memorizar. Passado este tempo, o professor foi apagando alguns ritmos e os alunos tinham que percutir o exercício completo. Foi assim sucessivamente até ficar o exercício todo apagado, tendo os alunos que percutir o exercício completo de cor. A maioria dos alunos demonstrou uma boa memorização. No entanto, houve três alunos que demonstraram uma fraca memorização, não conseguindo memorizar mais do que 2/3 das pulsações. Foi-lhes sugerido que, no futuro, tentassem tirar uma fotografia mental ao exercício e pensassem nos ritmos por compasso.

Posteriormente, o estagiário recorreu à aplicação de smartphone “Ouvido Perfeito”, para trabalhar o reconhecimento auditivo e a entoação de intervalos de 2ªM, 2ªm e 4ªP. O objetivo foi preparar a leitura melódica atonal da sebenta (página 15, compassos 4 a 12), que se baseia nestes mesmos intervalos. De um modo geral os alunos foram acertando tanto no reconhecimento como na entoação de intervalos, porém alguns demonstraram pouco à vontade na última. Também trocavam frequentemente a 2ªm com a 2ªM. O estagiário não só recomendou que cantassem sem medo, porque estavam a cantar bem, apenas estavam receosos sem razão para tal, mas também deu exemplos de músicas que começam com uma 2ªm e 2ªM, de modo a que se lembrassem delas quando entoassem o intervalo. Depois desta explicação, os alunos conseguiram melhorar as suas dificuldades. Finda a preparação, foi então efetuada a leitura melódica atonal. Os alunos tiveram bons resultados, tendo em conta a dificuldade do exercício.

(49)

29

A aula terminou com a abordagem à 2ª parte (compassos 24 ao fim) da canção da página 43 da sebenta. Foram questionados acerca das diferenças entre a primeira parte da canção e a segunda. Prontamente uma aluna respondeu acertadamente, dizendo que a primeira parte está em Ré menor e a segunda em Ré Maior. O estagiário exemplificou as diferenças harmónicas ao piano tocando as harmonias “V, I” de Ré menor e “V, I” de Ré Maior. Depois de contextualizados na tonalidade, os alunos cantaram muito bem a segunda parte da canção à primeira vista. Houve alguns pormenores por acertar, porém não passaram disso mesmo em relação a tudo o que de bom foi feito.

(50)

30 Tabela 6 - Planificação e reflexão da 14ª aula de Formação Musical, lecionada a 9/1/2019

Plano de Aula

Recurso

Pedagógico

Conteúdos Objetivos Estratégias/Atividades Recursos/M

ateriais Avaliação Tempo Sebenta – pág. 7 Leitura em claves (sol, fá, dó na 3ª linha, dó na 4ª linha e dó na 1ª linha) Leitura solfejada com alternância de compassos (3/8, 2/4 e 9/8) • Desenvolver a leitura de claves • Potencializar a leitura solfejada com alternância de compassos

• Com base numa pulsação de 60 ppm, os alunos vão identificar e ler as notas nas várias claves • É repetida a mesma metodologia com a pulsação

cada vez mais rápida até às 100 ppm

• Os alunos efetuam a leitura solfejada com alternância de compassos • Piano • Sebenta • Colunas • Smartphone com a aplicação “Ouvido Perfeito” 20 min Sebenta – pág. 13 ex. (b) Leitura harmónica Leitura melódica Leitura rítmica Coordenação • Desenvolver o ouvido harmónico • Potencializar a leitura melódica • Fortalecer a leitura rítmica

• Reconhecimento auditivo dos graus da tonalidade de FáM tocados pelo estagiário recorrendo ao piano. O estagiário escreve as notas do baixo no quadro e os alunos escrevem as hipóteses de harmonia para cada nota. Depois os alunos circulam qual a harmonia correta • Ainda dentro da tonalidade de FáM, o estagiário

pede notas e os alunos entoam • Entoação da melodia sem ritmo

(51)

31

• Desenvolver a coordenação

• Percussão do ritmo isoladamente • Junção da melodia com ritmo

Avaliação por observaçã o direta Sebenta – pág. 15, exercícios 19 a 22 Identificação e entoação de Intervalos de 2ªm, 2ªM, 3ªM, 3ªm, 4ªP, 4ªA e 5ªP • Potencializar o reconheciment o auditivo de intervalos de 2ªm, 2ªM, 3ªM, 3ªm, 4ªP, 4ªA e 5ªP • Desenvolver a entoação de intervalos de 2ªm, 2ªM, 3ªM, 3ªm, 4ªP, 4ªA e 5ªP

• Reconhecimento auditivo de intervalos de 2ªm, 2ªM, 3ªM, 3ªm, 4ªP, 4ªA e 5ªP através da aplicação “Ouvido Perfeito”. O estagiário coloca um exercício de “Identificação de Intervalos” na aplicação e os alunos dizem oralmente qual o intervalo tocado (se necessário, individualizar) • Entoação de intervalos de 2ªm, 2ªM, 3ªM, 3ªm,

4ªP, 4ªA e 5ªP através da aplicação “Ouvido Perfeito”. O estagiário coloca um exercício de “Cantar Intervalos” na aplicação, e esta toca a nota de referência e indica qual o intervalo que os alunos têm de cantar, ascendente ou descendente. Os alunos cantam a nota originária do respetivo intervalo (se necessário, individualizar)

• Reprodução do exercício da sebenta

25 min

Reconhecimento auditivo dos modos eclesiásticos jónio, dórico, frígio, lídio,

• Potencializar o reconheciment o auditivo dos modos

eclesiásticos

• Explicação teórica das características de cada modo

• Através da aplicação “Ouvido Perfeito”, os alunos reconhecem auditivamente os modos atrás

(52)

32 mixolídio, eólio e lócrio jónio, dórico, frígio, lídio, mixolídio, eólio e lócrio

mencionados. O estagiário coloca um exercício de “Identificação de Escalas” na aplicação, e esta toca o modo que os alunos têm que identificar

(53)

33 Resumo reflexivo:

Ao contrário do que consta na planificação, e por sugestão da professora titular, a aula começou com a revisão dos modos eclesiásticos: jónio, dórico, frígio, lídio, mixolídio, eólio e lócrio. Começou por ser efetuada a relação entre o nome do modo e a nota a que é associado (ex. jónio – modo de dó). Posteriormente, foi feita a revisão de um exercício com base no modo dórico, no qual os alunos tiveram que identificar a modalidade do modo a começar numa outra nota (ex. modo dórico a começar na nota Sol). Não se revelaram problemas neste tipo de exercício. Seguidamente, o estagiário referiu algumas características dos modos, de forma a que se consigam distinguir auditivamente. Os alunos apenas demonstraram algumas dificuldades na distinção entre os modos frígio e lócrio, devido ao facto de começarem ambos com meio tom. O estagiário sugeriu assim que se concentrassem no final do modo, pois o lócrio termina com três tons, enquanto o frígio termina apenas com dois. Depois desta explicação os alunos ficaram mais elucidados e conseguiram identificar mais facilmente estes dois modos.

A aula continuou com a leitura de notas e solfejada da página 7 da sebenta. Os alunos não revelaram particulares dificuldades nestes exercícios, tendo até mostrado uma melhoria na leitura solfejada particularmente.

Por fim, os alunos entoaram a escala de Fá Maior, de modo a serem preparados para o exercício da sebenta (pág. 13 ex. b). Também lhes foi pedido que cantassem arpejos no estado fundamental, tocados ao piano pelo estagiário. Os alunos tiveram também de identificar os graus da tonalidade, tocados ao piano pelo estagiário. O último exercício consistiu em identificarem os graus de Fá Maior, com um baixo dado pelo estagiário. Os alunos escreveram as hipóteses de grau para cada nota, e seguidamente escolheram o grau que achavam ser mais adequado. Estes revelaram muitas dificuldades neste tipo de exercício, sendo necessário treinar este tipo de exercício mais vezes em aulas futuras.

(54)

34

Tabela 7 - Planificação e reflexão da 15ª aula de Formação Musical, lecionada a 16/1/2019

Plano de Aula

Recurso

Pedagógico

Conteúdos Objetivos Estratégias/Atividades Recursos/M

ateriais Avaliação Tempo Sebenta – pág. 17 Leitura de sequências de intervalos • Potencializar o reconheciment o de intervalos • Desenvolver a rapidez de pensamento

• Os alunos identificam os intervalos escritos, um a um, com uma pulsação de 60 p.p.m.

• Piano • Sebenta • Colunas • Smartphone com a aplicação “Ouvido Perfeito” 10 min Sebenta – pág. 13 ex. (b) Leitura harmónica Leitura melódica Leitura rítmica Coordenação • Desenvolver o ouvido harmónico • Potencializar a leitura melódica • Fortalecer a leitura rítmica • Desenvolver a coordenação

• Com base na sequência harmónica (I, II, V, I64, IV,

I) em Fá M, dividir os alunos em três grupos, sendo que cada grupo canta uma nota das harmonias. Exemplificando, um grupo canta as tónicas, outro as terceiras e outro as quintas (se necessário escrever os acordes no quadro) • Ainda dentro da tonalidade de FáM, o estagiário

pede notas e os alunos entoam • Entoação da melodia sem ritmo

(55)

35

• Percussão do ritmo isoladamente • Junção da melodia com ritmo

Avaliação por observaçã o direta Sebenta – pág. 15, exercícios 19 a 22 Identificação e entoação de Intervalos de 2ªm, 2ªM, 3ªM, 3ªm, 4ªP, 4ªA e 5ªP • Potencializar o reconheciment o auditivo de intervalos de 2ªm, 2ªM, 3ªM, 3ªm, 4ªP, 4ªA e 5ªP • Desenvolver a entoação de intervalos de 2ªm, 2ªM, 3ªM, 3ªm, 4ªP, 4ªA e 5ªP

• Reconhecimento auditivo de intervalos de 2ªm, 2ªM, 3ªM, 3ªm, 4ªP, 4ªA e 5ªP através da aplicação “Ouvido Perfeito”. O estagiário coloca um exercício de “Identificação de Intervalos” na aplicação e os alunos dizem oralmente qual o intervalo tocado (se necessário, individualizar) • Entoação de intervalos de 2ªm, 2ªM, 3ªM, 3ªm,

4ªP, 4ªA e 5ªP através da aplicação “Ouvido Perfeito”. O estagiário coloca um exercício de “Cantar Intervalos” na aplicação, e esta toca a nota de referência e indica qual o intervalo que os alunos têm de cantar, ascendente ou descendente. Os alunos cantam a nota originária do respetivo intervalo (se necessário, individualizar)

• Reprodução do exercício da sebenta

30 min Sebenta – pág. 11 e 41 (canção nº 2) Leitura melódica Musicalidade • Desenvolver a leitura melódica

• Leitura solfejada da página 11 (clave de fá) • Reprodução da canção ao piano, pelo estagiário,

e os alunos cantam

(56)

36 Ouvido harmónico Leitura solfejada em clave de fá • Potencializar a musicalidade dos alunos • Fortalecer o ouvido harmónico • Desenvolver a leitura solfejada em clave de fá

(57)

37 Resumo reflexivo:

A aula obedeceu à planificação efetuada pelo estagiário, tendo os alunos revelado poucas ou nenhumas dificuldades na quase totalidade dos exercícios propostos. Apenas no exercício da identificação de sequências de intervalos, os alunos revelaram mais dificuldades, tendo sido necessário abrandar o andamento, de modo a que tivessem tempo de reconhecer os intervalos. Torna-se assim necessário que os alunos desenvolvam a sua velocidade de raciocínio, sendo fulcral a realização deste tipo de exercícios em aulas futuras, pois só com treino se pode melhorar este aspeto.

No que concerne ao comportamento dos alunos, estes revelaram alguma agitação anormal durante a aula, tendo sido repreendidos algumas vezes tanto pelo estagiário como pela professora titular. Foi-lhes recomendado que melhorassem o comportamento em aulas futuras.

Imagem

Gráfico 2 - Número de alunos por regime no Conservatório Regional de Castelo Branco Gráfico 1 - Número de alunos por curso do Conservatório Regional de Castelo Branco
Gráfico 4 - Número de alunos por instrumento no Conservatório Regional de Castelo Branco
Gráfico  5  -  Composição  da  turma  do  sexto  grau  de  Formação  Musical  do  Conservatório  Regional de Castelo Branco
Gráfico 6 - Instrumentos praticados na turma do sexto grau de Formação Musical.
+7

Referências

Documentos relacionados

The lagrangian particle tracking model was used to stu- dy the dispersion of particles released in different lagoon channels, the advection of particles released

Este trabalho teve como objetivo demonstrar os resultados quanto aos quesitos força muscular e amplitude de movimento antes e após o período de 3 meses de

c) No final do 1.º e do 2.º período, a avaliação assume carácter descritivo. No 1.º período dos 5.º e 7.º anos de escolaridade a avaliação sumativa interna poderá, por

Aos professores titulares de grupo ou turma, compete agora efectuar a supervisão pedagógica e o acompanhamento da execução das actividades de enriquecimento curricular e de apoio

Portanto, mesmo percebendo a presença da música em diferentes situações no ambiente de educação infantil, percebe-se que as atividades relacionadas ao fazer musical ainda são

A despeito dos avanços na legislação e no reconhecimento dos direitos, persistem situações como:  Escolas particulares que negam matrícula e cobram taxa adicionais, apesar de

We approached this by (i) identifying gene expression profiles and enrichment terms, and by searching for transcription factors in the derived regulatory pathways; and (ii)

As metodologias empregadas para a análise de malwares são duas: a metodologia de análise dinâmica, onde são empregadas várias ferramentas capazes de executar o arquivo malicioso de