O
IMPACTO
DAS
NOVAS
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO
IE
DA
INTERNET
NAS
EMPRESAS
Monografia submetida
ao
Departamentode
CiênciasEconômicas
para obtençãode
carga horária na disciplinaCNM
5420
- Monografia.Por
GEISA
CUNHA
GAMA
Orientador: Prof.
EDVALDO
ALVES
SANTANA
M
Florianópolis, junho
de
1996. A/íy”-Í
'¶P
.F ¡'.,z
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE
SANTACATARINÁ
cuRso
oE(oRÃouAÇÃo
EM
c|ÊNÓ|As
EcoNÓM|cAs
z
.Z
A
Banca
Examinadora resolveu atribuir a nota ... ..ao
alunoGeisa
Cunha
Gama
na disciplinaCNM
5420
- Monografia, pela apresentação deste trabalho; z . . ~aBanca
Examinadora; .› ' E ‹ prof íx 19¿>
. - _ Presidente li* -V: Pmf.Fgzmswóa
*§zacz‹â
V `Membro
z Prof.Rx
É
"`/Z
Mn/J
OA/pMembro
rc
Agradeço
primeiramente à minha mãe, Sátika,que
me
possibilitou o acesso às melhores instituições de ensino, àminha grande
amiga
Vânia,que
me
apoiou sempre, eespecialmente ao, Prof. Edvaldo* Alves Santana,
que
me
orientou
com
seus conhecimentos“e experiência na 'confecçãodeste trabaiho. `
,ii-»,
SUMÁRIO
LISTA
DE
FIGURAS
... ..vRESUMO
... ..v¡CAPÍTULO
I 1O PROBLEMA
... ..1 1.1INTRODUÇÃO
... ..1 1.2FORMULAÇÃO DA
SITUAÇÃO-PROBLEMA
... .. 2 1.3OBJETIVOS
... ._ 2 1.3.1 Geral ... ... ..2
1.3.2 Específicos ... ... _.2
1.4METODOLOGIA
... .. 3CAPÍTULO
1/ Ç2
FONTES
E
T|POS
DE
VANTAGEM
cOMPET|T|vA
E
AS
MUDANÇAS
DE
PARAD|GMA
... ... ._. ... ..42.1
VANTAGEM
DE
cuSTO
... ._e
2.2
D|FERENc|AÇÃO
... ... ... .. 92.3
O
PAPEL
DA TEÇNOLOGTA NA
VANTAGEM
ÇOMPET|T|vA
... .... ._ 1o2.4
MUDANÇAS
DE
PARADTGMA
... ... .. 122.4.1
A
GLOBALTZAÇÃO
... ..13. 2.4.2
MUDANÇA
DE
PARADIGMA
NA
ERA
DA INFORMAÇÃO
...._ 14
á
CAPÍTULO
//13
O
IMPACTO
DA ERA
IIDA INFORMAÇÃO NAS
EMPRESAS
... .. 18 3.1A
NOvA
ORGANIZAÇÃO TNTEGRÀDA
... .I ... .. 183.2
EQUIPES
DE
TRABALHO
DE ALTA
PERFORMANCE
... ..1 ... ._ 213.3.
REFORMULAÇÃO DOS
RELACIONAMENTOS
EXTERNOS
... ._23
.3.4.
DESCRIÇÃO DE
ALGUNS CASOS
... .I ... .... ..26III
4.1
os
NÚMEROS
DA
INTERNET
... ..so
4.2
OS
MICROCOMPUTADORES
INVADEM
OS
LARES
... _.34
cAPíTuLo
v
5
O
IMPACTO
DA
INTERNET
NAS
EMPRESAS
... __ 375.1
O
IMPACTO
DA
INTERNET
NAS
RELAÇÕES ENTRE
EMPRESA
E
CLIENTE
... ___ ... _.37
5.1.1
O
INTERMARKETING
(Marketingƒpesquisade
mercado, suporte efeedback) ... _.
38
5.1.2
O
Perfil daGeração
X
e a necessidadede
um
novo
Marketing ... _.38
5.1.3.
Os
Componentes do
lntermarketing: Informação e Interação ... _. 415.1.4
O
Enfoque no Cliente ... ._43
'
5.1.5
A
Internetcomo
.canalde
vendas ede
distribuição ... ._45
5.2
O
IMPACTO DA
INTERNET
NAS
OPERAÇÕES
INTERNAS
DA
EMPRESA
... ... _.47
5.2.1 Conectividade Global ... ._
47
5.2.2 Compartilhamento e coordenação
de
atividadesde
valor... ... __48
5.3
O
IMPACTO
DA
INTERNET
NO
RELACIONAMENTO
DA
EMPRESA
COM
DISTRIBUIDORES
E
FORNECEDORES
... _.49
cAPíTuLo
vl6
CONCLUSÕES
E
RECOMENDAÇÕES
... ._ A 1REFERENCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ._ iv 655\
LISTA
DE
FIGURAS
FIGURA
1 - Cadeiade
valores genérica ... ..6
FIGURA
2 -As
tecnologias representadasna
cadeia de valores genérica. ... ._ 11FIGURA
3
-O
crescimentoda
Web
de
junhode 1993
a 1995 ... .. 32FIGURA
4
-O
crescimentode
endereçosWeb
no Brasil noano de
1995 ... .;*32FIGURA
5 -A
presença dasempresas
com
sedeno
Brasilcom
home-pages na
Internet ... ... _.33
F
IGURA
6 -A
evoluçãodo mercado
brasileirode
microcomputadores. ... ..34
F
GURA
7 -A
queda do
preço dos microcomputadoresde
1993 a 1995 ... _. ... .. 35F
GURA
8 - Cadeiade
valor da lntemet: relaçõescom
os clientes. ... .. 38F
GURA
9 -A
adequação
ao ambientede
rede. ... ..42
FIGURA
10 - Cadeiade
valor da Internet: operações internas. ... ..47
F
GURA
11 - Cadeia de valor da Internet: entradasde dados
dos fornecedores.50
i _›¬-r///,ñ__A
_` ..«"\\
tm/
_\\
\ V. À'
O
objetivo do- presente trabalhoé
avaliar quais as perspectivasde
impacto das novas tecnologias de informaçãoueda
Internet nas empresas.O
método
utilizado é o analítico descritivo, a partirda
leitura e interpretação dasbibliografias referenciadas.
Os
vários exemplos neste trabalhonão
foram coletadosem
pesquisa direta e sim retirados dos livrosque
tratamdo
assunto.Os
resultados obtidosqgmoütram
que
as novas tecnologiaszde
informação são capazesde
adequar as e presas ao ambiente competiñivo globale, principalmente,
que
são capazesde
fornecer às empresas vantagenscompetitivas duradouras.
_` ` I
CAPITULO
I w,¡t\ ' É À1o PÉÓBLEMA
1.1INTRODUÇÃO
A
globalização e a era da informaçãotêm causado
muitasmudanças no
ambiente competitivo.
As
rápidas transformaçõesque acontecem
globalmente exigemque
asempresas
desenvolvam estratégias -competitivas paraadequar
suaestrutura a esta nova realidade mundial. '
z
Adequar-se à nova realidade mundial é imperativo para as
empresas que
têm
como
objetivo central a competitividade, ou seja, a obtenção devantagem
competitiva frente seus concorrentes.
As
novas tecnologias da informação são alguns dos instrumentos maisadequados
para asempresas
enfrentarem osdesafios dos anos
90 e
prepararem-se para o século XXI.-No
presente trabalho pretende-se, a partirda abordagem
das vantagenscompetitivas
de
Porter, monstrar as perspectivasde
impacto das novas tecnologiasde
informação, incluindo a Internet, nas empresas.O
estudo está organizadoda
seguinte forma.No
capitulo |l_¬.apresenta-se os principais conceitos davantagem
competitivade
Porter, procurando explicitar a articulação entre avantagem
competitiva e a tecnologiada
informação etambém
discorre sobre a globalizaçãoe
sobre amudança
de
paradigmada
tecnologiada
informação.fO capítulo IV analisa o impacto das tecnologiasda
informação nas empresas, citando alguns exemplosde empresas
bem
sucedidas.O
capítuloV
trata da evolução da Internet, e seusprincipais números, para mostrar a abrangência
da
Internetno
mundo, incluindoo
Brasil.
O
capitulo Vl,_complementa
oV
e
apresenta as perspectivas de impactoda
Internet nos relacionamentos externos
da
empresa, no atendimentoao
cliente,inclusive no marketing, e
também
nas suas operações internas. *1.2
FORMULAÇÃO
DA
SITUAÇÃO-PROBLEMA
A
globalização impõe àsempresas
uma
concorrência intensaem
termosmundiais, enquanto a transição
da
era industrial para a erada
informação impõe ainformação diferenciada entre as
empresas
como
maisum
fator determinanteda
sua competitividade.As
empresas que têm
como
objetivo a competitividade, precisam se adequar a esta nova realidade mundial. Para tanto, é imprescindível novas estratégias competitivas capazesde
fornecer àsempresas
vantagens competitivas.1.3
OBJETIVOS
F
1.3.1 eéra/
'Es .
j
A
Monografia
temcomo
objetivo principal analisar,com
baseem um
número
limitado de textos disponíveis, as perspectivasde
impacto dasnovas
tecnologiasde
informação eda
Internet nasempresas
e sua importância para a obtenção de vantagens competitivas.1.3.2 Específicos
`
3
a) analisar os conceitos teóricos
da vantagem
competitiva,b) avaliar preliminarmente
como
as novas tecnologiasde
informaçãopromovem
uma
integração entre as todas as áreas das empresas, possibilitandoum
trabalhoem
equipede
alta performancee
também
como
amplia e otimiza osrelacionamentos externos, e
n
c) avaliar
também
preliminarmente as perspectivasde
impactoda
Internet no relacionamentoda
empresa
com
os clientes (lntermarketing)e
com
osfornecedores. '
1.4
METODOLOGIA
Para a
consecução
dos objetivos acima,algumas
etapas foramexecutadas.
Em
primeiro lugar procurou-se analisar as questões teóricasassociadas
ao
conceitode vantagem
competitiva e,em
seguida, buscou-se asrelações entre a evolução das tecnologias
de
informaçãoe
as estratégias competitivas das empresas. Para esta partedo
trabalho,o
texto básico foio
livrode
Porter“Vantagem
Competitiva. Criando e Sustentandoum
Desempenho
Superior”. Para alcançar osegundo
objetivo buscou-se as relações entreo
uso das novas tecnologiasde
informação eo
impactoque
estascausam
nasempresas
na busca pela
vantagem
competitiva,com
base
no livrode
Tapscott e Caston“Mudança de
Paradigma.A
Nova Promessa da
Tecnologiade
Informação".Com
base no livro
de
Cronin “Fazendo Business via lnfërnet “, procurou-se avaliar asrw
relações entre o impacto
da
Internet nasempresas
e as vantagens competitivasque
estas proporcionam (Terceiro objetivo). .à
I
2
FONTES
E
TIPOS
DE VANTAGEM
COMPETITIVA
E AS
MUDANÇAS DE
PARADIGMA
Segundo
M.PORTER
(1992, p. 9)_, “Avantagem
competitiva está noâmago
de
qualquer estratégia.” Então, as estratégias competitivas são implementadas naempresa
com
o objetivode
obter e sustentar avantagem
competitiva.A
vantagem
competitiva sustentávelé
abase
do
desempenho
acima damédia
a longo prazo. _Para o
mesmo
autor (1992, p. 2), “Avantagem
competitiva surge fundamentalmentedo
valorque
uma
empresa consegue
criar para seuscompradores e
que
ultrapassa o custode
fabricação pela empresa.O
valoré
aquiloque
os compradores estão dispostos a pagar, e o valor superiorprovém da
oferta
de
preços mais baixodo que
osda
concorrência por benefícios singularesque
maisdo que
compensam
um
preço mais alto”.Assim, para
que
uma
empresa
identifique as suas fontes devantagem
competitiva é indispensávelque conheça
sua cadeiade
valores para analisar a fundo suas atividadesde
valor.A
vantagem
competitiva nãopode
sercompreendida observando-se a
empresa
como
um
todo. Elatem
origem nas inúmeras atividades distintasque
uma
empresa
executano
projeto, na produção,no
marketing, na entrega eno
suportede
seus produto(PORTER,
1992, p. 31).Á
'
5
Cada
atividadede
valorpode
contribuir parauma
vantagem competitiva.Mas,
como
não
é possível observar aempresa
como
um
todo para encontrar aspossiveis vantagens competitivas, Porter dividiu a
empresa
nas suas atividadesde
relevância estratégica paraque
se possacompreender
o comportamento dasfontes da
vantagem
competitiva.A
cadeiade
valor é, desse modo,o
instrumentocapaz de
examinar as atividades executadas pelaempresa e
também
omodo como
elas interagem e, portanto, o instrumento
capaz de
diagnosticar avantagem
competitiva e encontrar maneiras de intensificá-la
(PORTER,
1992, p. 31).A
cadeiade
valor consiste em:*
Margem:
diferença entre o valor totale
o custo coletivo da execução das. atividades
de
valor;*Atividades
de
valor: atividades físicas e tecnologicamente distintas,_ através das quais
uma
empresa
criaum
produto valioso para seuscompradores.
São
os blocosde
construçãoda vantagem
competitiva.'
As
atividadesde
valor sãode
dois tipos:* Atividades primárias: atividades envolvidas na criação física
do
produtoA
e na sua
venda
e transferência para o comprador,bem como
naassistência após venda.
Pode
ser divididaem
cinco categorias: logística internae
externa, operações, marketing evendas
e serviço;* Atividades
de
apoio: sustentam as atividades primárias e asi
mesmas,
H
fornecendo insumos adquiridos, tecnologia, recursos
humanos
e
váriasfunções
na
empresa.Pode
ser divididaem
quatro categorias: aquisição,desenvolvimento
de
tecnologia, gerênciade
recursoshumanos
e infra-estrutura
da
empresa.A
figura 1 abaixo mostra a cadeiade
valor genéricacom
todas as atividadesde
valor e categorias.FIGURA
1 - Cadeiade
valores genéricalNF|lA~EST`RL"íUi(A DA EMPRESA
____`_..__.l...
l l
‹;|zi‹izx‹;i.\ mà Rlecunsos iiu›|z\.\'o.~'
.mvimnzs oi .woio nizsiém-1›u=iMEN1o uz mcuomcià l l _ . I I | r\QUlS¡Ç.Í\0 ¡
|1XilS`l`I(l \ ()Pl~.l(i-\(_lÚl›;\' LOGÍSTICA MARKEUNG 81
|.\"I`ERf\`A EX TERNÀ VENDAS
1
.\_ _ Y V
.mvnmnzs |›n|uÁ|uAs
Fonte: PORTER, Michael E. Vantagem Competitiva. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
p. 35.
As
diferenças entre cadeiasde
valoresde empresas
concorrentes sãouma
fontede vantagem
competitiva. Por isto, é muito importanteque
asempresas
conheçam
a fundo a configuraçãode
suas cadeiasde
valores, procurandoencontrar
em
cada atividadede
valoruma
possibilidadede
obtervantagem
competitiva.Dentro da cadeia
de
valores as atividadesde
valor estão relacionadas por meiode
elos,que
são as relações entre omodo
como
uma
atividadede
valor zéexecutada
e o
custoou
odesempenho
de
uma
outra atividade. Isto ocorre porque acadeia
de
valores éum
sistemade
atividades interdependentes enão
independentes
(PORTER,
1992, p. 44).'
A
vantagem
competitivatambém
provém'de
elos dentro da cadeiade
valores.
Os
elospodem
resultarem
vantagem
competitivade
duas formas:-
'*
Otimização; '
'-
7
Também
existem os elos verticaisque
são osque
estão entre a cadeiade
valoresda empresa e
a cadeia de valores dos fornecedores e dos canaisde
distribuição. Isto porque a cadeia
de
valordo fomecedor
e/ou do canalde
distribuição
pode
influenciar a cadeiade
valor da empresa.Os
elos verticaistambém
são fonte devantagem
competitiva, porquepodem
reduzir o custo ouintensificar a diferenciação
(PORTER,
1992, p. 47). _Da
mesma
formaque
as cadeias de valoresdo
fornecedor edo
canalpodem
influenciar avantagem
competitiva, a cadeiade
valores docomprador
também,
jáque
existem 'muitos pontos de contato entreambas
as cadeiasde
valores
(PORTER,
1992, p. 48).Devido à capacidade
de
traçar a configuração e aeconomia
da cadeiade
valores, o escopo competitivo (escopo das atividades)
também
éuma
fontede
vantagem
competitiva. Existem quatro dimensões doescopo que
afetama
cadeiade
valores: Vl
i
*
Escopo do
Segmento: variedades de produtose
de
compradores;*
Escopo
Vertical: atividades produzidas internamente ao invésde
produzidas por
empresas
independentes;A
*
Escopo
Geográfico: variedade
de
regiões, países ou gruposde
paísesem
que
uma
empresa
compete;*
Escopo
daIndústria: variedade
de
indústrias afinsem
que
aempresa
compete.-O escopo
amplo
permiteque
aempresa
explore os benefíciosda
execução
interna deuma
maiornúmero
de atividades.Também
pode
permitirque
aempresa
explore inter-relações entre cadeiasde
valoresque atendem
diferentessegmentos, áreas geográficas
ou
indústrias afins.,O escopo estreito
pode
permitir o ajusteda
cadeiade
valores para atenderum
segmento-alvo particular,uma
área geográfica ouuma
indústriaobjetivando reduzir o custo
ou
atender o alvode
uma
forma particular(PORTER,
1992, p.49).
¬
Existem dois tipos
de vantagem
competitiva: liderança de custo ediferenciação
(PORTER,
1992, p.2).A
2.1
VANTAGEM DE
CUSTO
Uma
empresa
sóobtém
uma
vantagem
de custo se seu custo cumulativoda execução
de
todas as atividadesde
valor for mais baixodo que
os custos dosconcorrentes.
A
vantagem de
custo só é sustentável sea
sua fonte for difícilde
ser imitada ou replicada e só leva aum
desempenho
acima da média caso aempresa
ofereçaum
nível aceitávelde
valorao
comprador,de
modo
que
suavantagem de
custonão
seja anulada pela necessidadede
cobrarum
preço inferiorao da
concorrência.
A
posição dos custosde
uma
empresa
éuma
função da(PORTER,
1992, p. 89): -
-I
*
composição
de
sua cadeiade
valoresem
relação àda
concorrência; * sua posiçãoem
relação aos condutores dos custos de cada atividade.Existem
duas
formas deuma
empresa
obtervantagem de
custos:* Controlar condutores dos custos
de
uma
forma melhorque do que
osconcorrentes; .
* Reconfigurar
a
cadeiade
valores: cadeiade
valores diferenteda
cadeiados concorrentes.
V
A
reconfiguração da cadeiade
valorespode
resultarem
vantagem de
custo porque é capaz
de
forneceruma
cadeia de valores mais eficiente,com
custosmenores
etambém
porquepode
alterar a base da concorrência para favorecer os pontos fortes daempresa
(PORTER,
1992, p. 100). Aindasegundo
M.PORTER
(1992, p. 104), “A criaçãode
uma
cadeiade
valores novae
reconfiguradaconstitui
uma
última fonte de sustentabilidadeem
vantagem
de custo.Os
concorrentes
quase
inevitavelmente sedeparam
com
um
alto custo para9
2.2
D/FERENCIAÇÃO
A
diferenciaçãoé
um
dos dois tiposde vantagem
competitiva..Uma
empresa
diferencia-seda
concorrência se puder ser singularem
alguma
coisa valiosa para os compradores, alémde
simplesmente oferecerum
preço baixo.A
diferenciação permite
que
aempresa peça
um
preço-prémio, vendaum
maiorvolume do
seu produto ou obtenhauma
maior lealdade do comprador.A
diferenciação resultaem
desempenho
superior se o preço-prêmio alcançadoultrapassar o custo do produto, incluindo o custo adicional para diferenciar o
produto.
(PQRTER,
1992, p. 113).A
diferenciaçãoprovém
das atividades específicasque
uma
empresa
executa edo
modo
elascomo
afetam o comprador; por isto,é
da cadeiade
valoresque
surge a diferenciação(PORTER,
1992, p.114).De
nada
resolveuma
empresa
desenvolver fontesde
diferenciação seestas singularidades
não
agradarem o consumidor.É
preciso criar valor, criarvantagem
competitiva parao
comprador, alémde
vender-lhes porum
preço mais baixo, paraque
aempresa
obtenhaum
preço-prêmio superiorao
custo extra.Uma
empresa
cria valor paraum
comprador
atravésdedois mecanismos
(PORTER,
1992, p. 121):* Reduzindo o custo
do
comprador; * Elevando odesempenho
do
comprador, satisfazer suas necessidades
da
melhor forma. `Então, a
empresa consegue
obteruma
diferenciação para seus produtosquanto
consegue
criar valor para o comprador,ou
seja, as oportunidades para aempresa
diferenciar os seus produtos encontram-se,também,
na cadeiade
valoresUma
empresa pode
intensificar sua diferenciaçãode
duas maneiras(PORTER,
1992, p. 142): -* Executar suas atividades
de
valor já existentes «manipulando oscondutores da singularidade
de
forma a ser mais singular;* Reconfigurar a cadeia
de
valores.
As
oportunidades para atingir níveis altosde
diferenciaçãoem
geral resultamde
uma
nova cadeiade
valores(PORTER,
1992, p. 146).2.3
O
PAPEL
DA
TECNOLOGIA
NA
VANTAGEM
COMPETITIVA
A
transformação tecnológicatem
grande importância competitiva para asempresas
porque participade
todas as atividadesde
valorda
empresa.De
acordocom
M.PORTER
(1992, p.154),“Uma
empresa, na qualidadede
um
conjuntode
atividades, é
um
conjuntode
tecnologias.A
tecnologia está contidaem
toda atividadede
valorem
uma
empresa,e
a transformação tecnológicapode
afetar aconcorrência por seu impacto sobre
quase
todas as atividades."Como
a tecnologia participa ativamente das atividades de valorde
uma
empresa, ela
pode
terum
papel significativo sobre -o custoe
sobre a diferenciação,influenciando os condutores
de
custosou
os condutoresda
singularidade dasatividades
de
valor. Por isto, a tecnologia écapaz
de
afetar avantagem
competitiva.
(PQRTER,
1992, p.157).Como
mostra a figura 2, a tecnologiade
sistemasde
informação e atecnologia
de
sistemasde comunicação
participam ativamente da cadeiade
valoresde
uma
empresa."11
FIGURA
2
-As
tecnologias representadas na cadeiade
valores genérica.INFRA-_BS'l'llfl'UlA DA EIHIESA
cmmcm
na _ ucunsos mnwmos DESENVOIYlMEN'l'O DE TECNOIDGIA AQu|s1çÃo 'imn¡q'ia‹Ie,§¡n:nsd:InÍn|nnflø ' 'kmnh¡iudePhnfl'=fl=nw=0mm==w :az-›c.z¡aúzzn¡ú_â_z .-__.-._-. Tbøøbgíldcfleinllnto Pnqnindellotivnfio 1ëmn|ø¡ildt5í:‹!&|delnÍflflaçIn n 'I› gw . _-_... .À I~“
ndcmu am Isuunnronpun Denuudvimmxodeío/mm """'° .kghmuu 'rzmmgàasim-zp¢z|z:«z¡»_ | n ' wi” Bnnhgin de Trampone 'imahqüdcluudøde ¡Inda! nazúzazúé Annamnamuwe 'I`øu¢I|›|iad:S'neim¡‹h Cflflflflíflfifl fimuhghkfim 'lhndngíadeíinemudc hlvmnciø loctsncàMumâ
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-
Campus, 1992. p. 155.
Como
mostra a figura 2 acima, a tecnologiade
informação é bastanteparticipativa na cadeia
de
valores. Isto ocorre porque cada atividadede
valorda
empresa
necessita da informaçãoe ao
mesmo
tempo
cria informações.A
importânciada
informação faz da tecnologiade
informaçãoum
instrumentocapaz
de
exercerum
impacto profundo nas cadeiasde
valores e, consequentemente nasvantagens competitivas, já
que
cadeiasde
valores diferentes dos concorrentes sãofontes
de
vantagens competitivas.Quando
uma
tecnologiade
informaçõesempregada
em
uma
atividadede
valor torna-se difundida, elapode
afetar potencialmente cadauma
das cinco forças competitivas. Desta forma, a transformação tecnológica écapaz
de
afetar estruturaindustrial geral
(PORTER,
1992, p. 160). 'As
cinco forças competitivasde
PORTER
(1992, p. 4) são: a entradade
novos concorrentes, a
ameaça
de
substitutos, o poderde
negociação dos compradores, o poderde
negociação dos fornecedores e a rivalidade entre osconcorrentes existentes.
'
A
transformação tecnológicapode
afetara
entradade novos
concorrentes, ou seja,pode
se constituircomo
barreirade
entrada, porque afetaeconomias
de
escalaem
qualquer atividade de valor etambém
écapaz de
influenciar o padrão de diferenciação.
Além
disso, a transformação tecnológicapode
determinar o poderde
negociaçãodo
comprador,ou
seja,pode
transformaras relações
de
negociação entre aempresa
e seus compradores.Também
pode
afetar a relação
de
negociação entre aempresa e
seus fornecedores.(PORTER,
1992, p. 160-161).-
A
rivalidade entre os concorrentes existentes
pode
se modificarcom
adifusão
de
uma
transformação tecnológica, já as modificações nos custos ena
diferenciação causadas pela nova tecnologia, obrigam os concorrentes atomarem
novas decisões.
As
transformações tecnológicas'também
causam
impactona
substituição, já
que pode
criar produtos novos ou novos usos para produtos jáeסâtemes
(PQRTER,
1992, p. 162). .Então, a transformação tecnológica
quando
difundida tem o poderde
modificar a estrutura industrial e avantagem
competitiva e, por isto,uma
estratégiade
tecnologia é essencialnuma
estratégia competitiva geral(PORTER,
1992, p.164). z
' i
2.4
MUDANÇAS
DE
PARADIGMA
.O
meio ambienteem
que
asempresas atuam
tem grande influência sobreas decisões estratégicas.
Na
luta pelavantagem
competitiva asempresas
precisam modelar suas estratégias competitivasao
cenárioem
que
estão inseridas._ _ 13
Este capítulo analisa as
mudanças de
paradigmaque
influenciamsignificativamente as empresas, os quais estão ocorrendo hoje
no
meio ambiente.Duas
mudanças de
paradigmatêm
impacto sobre asempresas
nos dias atuais:›
'"“ * a globalização,
que
impõeuma
nova realidade mundial e* a nova tecnologia:
computação
em
rede, aberta e centrada no usuário.Então, “A abertura dos
mercados
mundiais tem resultadonuma
maciçareestruturação
em
todos os setores industriais, impulsionada por avançosem
tecnologia
da
informação(TAPSCOTT
eCASTON,
1995, p.7)ÇA
agressiva concorrência internacionale
. os 'grandes avançostecnológicos
têm
causado"transformações nas empresas,necessárias à adaptação a esta nova realidade mundial.Não
exitem outrá/saltemativas viáveis(D_AVlDOW
e
MALoNE,
1993, p.t14). A ,. _ 1 4 . z ' 2.4.1A
G¡_oBAuzAçÃo
. . '_ t ø/. . _/ _ ,_ _ /VA
globalização é a unificaçãodo espaço
econômico e dosmercados
em, escala planetária, eliminando ou reduzindo barreiras regionais ou nacionais.Os
componentes
da globalização são: liberalização comercial (abertura àsr×
-v ~ ~ "
exportaçoes), transnacionalizaçao dos investimentos e a exp_Iosao dos fluxos financeiros
(RICUPERO,
1996, p. 2'-2). ~ ›\
A
globalização suprime osmecanismos que
antes inibiam a competiçãoou a
mantinha dentrode
limites toleráveis, ou seja, intensifica a concorrênciaem
escala mundial.Segundo
TAPSCOTT
eCASTON
(1995, p. 6),“Uma
preocupanterealidade
do
novomundo
global é o surgimentode
uma
nova eraem
termosde
competição._A competição está surgindode
qualquer lugar enão apenas
a partirde
concorrentestradicionaisou
a partirde
novos entrantesem
determinados "\0
"' !¶
Assim, o processo
de
globalização exige dasempresas
uma
eficiênciamaior para conseguir competir
no
mercado
global,onde
a concorrênciatambém
é
global; o
mercado
impõeum
imperativo globaldo
qualnão
hácomo
escapar.A
integraçãoeconômica
global exigeuma
resposta global.A
A
globalização exige dasempresas
uma
adaptação,uma
nova estruturamais dinâmica, aberta e competitiva capaz
de
respondercom
rapidez àsmudanças, para obtenção do sucesso neste novo ambiente competitivo,
que
é aberto, dinâmico emarcado
pela concorrência.V
A
informação e atecnologia da informação encontram-se, juntas,
no
centro
da
abertura das nações.A
adaptaçãoda
empresa ao
ambiente competitivo global é possibilitada pela tecnologiada
informação.A
abertura dosmercados
mundiaistem
resultadonuma
maciça reestruturaçãoem
todos os setoresindustriais, impulsionada por avanços
em
tecnologiada
informação(TAPSCOTF
e
CASTON,
1995, p. 7).'
'
à
2.4.2
MUDANÇA
DE
PARADIGMA
NA ERA DA INFORMAÇÃO
Na
erada
informação as atividades informacionais,que têm no
conhecimento sua maior riqueza, ultrapassam as atividades industriais.
Em
junhode
1994, a revista BusinessWeek
publicouuma
pesquisa constatandoque o
investimento privadoem
tecnologiada
informação é hoje o dobro daquele voltado paramáquinas
industriais.Em
1975 a relação era inversa(GONÇALVES
e FILHO,1995, p. 22) ~
z
Para
que
asempresas
possam
competir nomundo
globalizado éimprescindível
que
se adapteao
novo paradigma técnico-econômico,que tem
noaumento
extraordinário do conteúdoda
informação dos produtos a sua principal característica(GONÇALVES,
1994, p. 15-18).Na
erado
computador, a informação éum
recurso estratégico indispensável.A
tecnologia da informação estásendo
aplicada a todos os aspectos15
da
produção e por isto a informação transformou-senum
bem
de capital. Ela estáse tornando semelhante
em
termosde
valor àmão
de; obra, às matérias -primas, e aos recursos financeiros(TAPSCOTT
eCASTON,
1995, p. 7).'
`
Por força da concorrência, cada vez mais intensa as
empresas que não
se adaptarem à era do computador tornar-se-ão vulneráveis, ultrapassadas e
deixarão
de
existir. Por isto, é essencial o uso da tecnologiada
informação naobtenção
de vantagem
competitiva temporário oumesmo
paridadede
competitividade.Segundo
DAVIDOW
eMALONE`(1993,
p.'61), “No finaldo
século20, na quarta
década da
erado
computador, fica cada vez mais óbvioque
a própria natureza dos negócios está nas informações”.A
necessidadeda
tecnologiade
informaçãoem
se adaptar ao ambientecompetitivo global 'ocasionou
uma
mudança
de
paradigma. Estamudança
foinecessária porque a tecnologia
baseada
em
computação
centralizadanão
respondia mais favoravelmente às necessidadesda
realidade mundial.A
introduçãoda
tecnologiade
informaçãobaseada
nacomputação
em
rede foi atransformação tecnológica capaz
de
adequar asempresas
ao novo ambientecompetitivo. Desta forma, a
mudança
de
paradigmaé
amudança
da computação
centralizada, para a
computação baseada
em
rede.O
periodo anterior àmudança
de
paradigmaé
chamado
de
era I e o período posterior échamado
de
era ll. Então,era I é o periodo caracterizado, principalmente, pelo uso
da computação
centralizada
que
corresponde aos anosde 1950
até o finalde
1_980.A
era lltem
início logo após o término
da
era I e é caracterizado pelo uso dacomputação
em
rede.
(TAPSCOTT
eCASTON,
1995, p. 162).As
limitações tecnológicasda
era I,como
por exemplo, o usoda
tradicional tecnologia
do
semicondutor e o sistemabaseado
em
computador
central, ocasionaram os respectivos problemas: - `
* sistemas
de computação
centralizados,
que
tinhamum
computadorem
seu centro, estando todos os terminaise
outros periféricos ligados a elena condição
de
escravos. Estes terminais tinham pouca ounenhuma
memória,sendo
portanto dependentes totaisdo
computador central'k
seu propósito era auxiliar no gerenciamento e controle
de
custosde
trêsrecursos: ativos físicos, ativos financeiros e recursos humanos.
Os
sistemas
que
davam
suporte a estes três recursoseram
isolados, separados uns dos outros. Isto resultou na criação de unidades isoladas, altamente fragmentadas, ou seja,um
sistemade computação
não
integrado(TAPSCOTT
eCASTON,
1995, p. 77). Esta faltade
integração ocasionava erros de comunicação e perdas
de
oportunidades; .›
,
'k
a incapacidade
de
comunicação interna efetiva obrigava auma
-
computação
pessoal,onde
cada funcionário operavacom
seuPC
isolado,sem
perspectivade
um
trabalhoem
equipe,de
cooperação ecompartilhamento
de
informações(TAPSCOTT
eCASTON,
1995, p.19). Por isto, existiam grandes barreiras físicas e organizacionais entre
os departamentos da empresa; as informações
eram
limitadas aosusuários
que
estavam conectadosao
computador central;*os
sistemasde
informação eraum
recurso interno da empresa,sem
alcance externo.
Não
existiaum
padrão para os sistemas e, por isto,sistemas
de
diferentes fabricantes,e
atédo
mesmo
fabricante,não
eram
capazesde
comunicar-se ente si. Portanto, os sistemasde
computação
desta eranão
interagiamcom
seus fornecedores, canaisde
distribuição e clientes(TAPSCOTT
eCASTON,
1995, p. 23).Principalmente as áreas
de
operações e serviços aos clienteseram
restritas. '
›
Todas
estas características
da
era l limitavam a capacidadede
inserçãodas
empresas
nomercado
global. Paraque
asempresas
seadaptem
à competitividade global estas barreiras da tecnologia da era l estãosendo
desmanteladas. Antigas arquiteturas
de computação
centralizadas estãosendo
deixadas
de
lado, a natureza e o propósito dacomputação
estão sendo alterados, devido às suas limitaçõesem
se adaptar à nova realidade mundial(TAPSCOTF
e
17
As
exigências dos novos ambientes competitivos forçam asempresas
a funcionaremcomo
uma
nova empresa, totalmente integrada, e atuandocom
estratégias e arquiteturas computacionais globais.
É
a tecnologia da informaçãoda
era ll o fator que-torna possível aexistência
da
novaempresa
integrada, ou seja, a transformaçãoem
toda aempresa
é viabilizada pelo novo paradigmada
tecnologiada
informação.Para satisfazer as exigências dos novos
tempos
a tecnologia computacional evoluiu consideravelmente: a tradicional tecnologia do semicondutorfoi substituída pelo microprocessador; infra-estrutura computacional
baseada
em
padrões (sistema aberto); o sistema
é
baseado
em
rede; as informações sãomultimídia (integração
de
dados, texto, voz e imagem); interfacede
usuário gráfica.Nasce
um
novo
estilode
computação,em
rede, aberta e centradano
usuário(TAPSCOTT
eCASTON,
1995, p. 25).O
conjuntode
todas essas novastecnologias possibilitou a'
mudança
de paradigma na erada
informação.O
sistemade computação da
era ll possibilitou às empresas:*transformação
da
organização fragmentada para organização integrada (sistemas integrados);* redesenho
do
processo empresarial para equipesde
trabalho
de
alta performance (computação para gruposde
trabalho) e* reformulação dos relacionamentos
externos (computação interempresarial).
"
O
conjuntode
todas estasmudanças
fez surgiruma
nova empresa: aberta, -atuandoem
rede e fundamentadana
informação.A
Nova empresa
também
é
chamada
de
Organização Abertaem
Rede. Para esta empresa, atuandoem
cenário caracterizado pelo elevado índice
de
competição - a velocidadeda
informação, para interligar-se mais rapidamente a fornecedores e clientes, atravésdos seus respectivos elos na cadeia
de
valores - parece.serum
fator fundamental para a buscade
vantagens competitivas.É
este aspectoque
se procura mostrarnos próximos capítulos.
3
O
IMPACTO
DA
ERA
IIDA
INFORMAÇÃO
NAS EMPRESAS
Este capítulo mostra
como
as novas tecnologiasda
era ll da informaçãoinfluenciam as empresas, transformando-as
numa
novaempresa
aberta, atuandoem_ rede e fundamentada
na
informação. Esta novaempresa
também
é chamada,
porTAPSCOTT
eCASTON
(1995), de Organização Abertaem
Rede.3.1
A NovA
oRGANlzAçÃo
INTEGRADA.
Na
nova realidade mundial háuma
crescente necessidade deconexões
diretas entre as fontes
de
informações e as pessoasque
as utilizam dentroda
empresa,
bem
como
de
formasde
compartilhar as informaçõesem
todas as partesda
organização. ._
A
nova tecnologiada
erada
informação possibilita esta conexão direta,uma
empresa
integrada.Na
empresa
integrada, as informações fluem tanto dentrocomo
entre as três áreasde
recursos (fisicos, financeiros ehumanos)
(TAPSCOTT
e
CASTON,
1995, p. 82). _Através dos sistemas
de
informação asempresas têm
condiçõesde
criar19
como
um
sistema integradode
atividades,desde
a produção à comercialização dos seus produtos.H
Segundo
M.PORTER
(1992, p. 55),A
necessidade de integração entre unidades organizacionais éuma
manifestação de elos.A
exploração de elos exige informações oufluxos de informações que permitam a ocorrência da otimização ou
coordenação. Assim, sistemas de infonnação são normalmente vitais para
a obtenção de vantagem competitiva a partir de elos. Recentes
desenvolvimentos
em
tecnologia de sistemas de informação estão criandonovos elos e aumentando a habilidade para a obtenção de elos antigos.
Através da tecnologia
de
informaçãoda
era ll, as informações deixamde
ser
um
recursode
alguns poucos funcionáriosque acessavam
os terminais, paratransformar-se
num
recursoamplamente
disponível a todos os funcionáriosda
empresa.
A
ferramenta mais utilizada é o intercâmbio eletrônicode
informações(EDI).
O
sistemade
informaçãoda
era ll tem interface direta, ou seja, possibilitaum
contato direto entre o usuáriodo
sistema e a fonte da informação. Por isto, osistema é
um
depósitode
informaçõesque dão
suporte à todas as atividades etomadas de
decisão dentro daempresa
(TAPSCOTT
eCASTON,
1995, p. 84).Os
objetivosda
integração são(TAPSCOTT
eCASTON,
1995, p. 85):* simplificação dos procedimentos
organizacionais e obtenção
de
sinergia por meiode
integração lógica das aplicações;* criação
de
novas oportunidades de negócios;.
* estabelecimento
de
novos niveispara a prestação
de
serviços visando obter maior satisfaçãoe
lealdade dos clientes;*compartilhamento
de
arquiteturae de
sistemasde
fomecimentode
informações para redução dos, custos unitários dos sistemasde
computação
ede
comunicação;20
* desenvolvimento de infra-estrutura
para dar suporte
ao
crescente nívelde
descentralização e autonomia;*estabelecimento
de
uma
baseque
permita reagircom
rapidez às variações ocorridas nas exigências dos clientes eno
desenvolvimento dos negócios e*utilizar a experiência existente
em
todas as áreas para tratarde
necessidades comuns.
O
intercâmbiode
informaçõesbaseado
em
computação
em
rede (sistemas integrados) substitui o tradicional fluxo da informação manual, afetando a natureza física das operações, da seguinte forma(TAPSCOTT
eCASTON,
1995,p. 125):
*o
correio eletrônico e o intercâmbio eletrônicode
informações (EDI)reduz a utilização do correio postal, melhorando a capacidade
de
resposta e diminuindo os custos;
*sistemas on-line de consultas e distribuição eletrônica
ampliam
a disponibilidade e melhorando o acesso;*diversas formas
de
teleconferência substituem viagens de negóciose
reuniões face a face, melhorando a utilização dotempo
eproporcionando interações mais oportunas;
Ú o trabalho realizado nos escritórios e o
tempo de
ida evolta gasto
no
transporte até eles será diminuído por meio
do
aumento da
utilizaçãode
workstations residenciais e portáteis, diminuindo a necessidade
de
instalações para escritórios
e
reduzindo despesascom
viagens;* as funções de
serviço ao cliente faz mais uso
do
acesso on-line parafins
de
consultas rotineiras e obtenção de negócios;*os
canais de distribuição são reestruturados e as interligaçõescom
distribuidores são eletrônicas, à
medida que
foremsendo
obtidos novos.J `
21
Segundo
TAPSCOTT
eCASTON
(1995, p. 84),“Quando
uma
empresa
alcança a integração apropriada entre as três categorias
de
sistemas, elapode
obter melhorias significativasem
termosde
sinergia organizacional, qualidadede
produtos e serviços, resposta ao mercado,tomada de
decisões gerenciais e diversas outras variáveisque
estão ligadas à competitividade e à produtividade??A
Procter&
Gamble Company
(P&G)
éum
ótimo exemplo decomo
a integraçãode
unidadespode
afetaruma
empresa. Para melhorar as programaçõesde
produção, obter reduções significativasde
estoques, melhorar os custosde
produção e aumentar a capacidade de reagir
com
maior rapidez às interrupçõesde
produção e às variações repentinas na
demanda,
aempresa
está utilizandoo
sistema otimizado
de
programação de produçãoem
conjuntocom
o sistemade
controlede
estoque e outros bancosde dados
corporativos. Esta integração éum
passo estratégico daempresa
para garantir sua competitividade(TAPSCOTT
ecAsToN,
1995, p. 85). çA
Travellers Insurance e a Federal Express(FEDEX)
são dois exemplosmuito importantes
de empresas que
tornaram-se eficazes,ao
ponto dedominarem
o setor
onde
estão_inseridas, através do uso dos sistemas integrados na tecnologiada
informação da Era II.3.2
EQUIPES
DE
TRABALHO
DE
ALTA
PERFORMANCE
-
A
formatradicional de organização, predominante na primeira era
da
informação, possui as seguintes características(TAPSCOTT
eCASTON,
1995, p.41):
*fluxo
de
-informações centralizado;* múltiplas
camadas
gerenciais; '* altamente
*unidades isoladas
que
inibem o trabalhoem
equipe e a cooperaçãoentre as atividades.
Esta organização tradicional
não
é mais eficiente devido à realidade globalna
qual aempresa
está inserida hoje. Por isto, estão ocorrendotransformações na forma pela qual as funções empresariais são executadas e
também
na estrutura das organizações..
O
aparato tecnológicoda
Era llda
tecnologiada
informação, descritas nocapítulo ll, permitiu o desenvolvimento da
computação de
grupos de trabalho(work-group computing),
que
ébaseada
em
workstations multifuncionais atuandoem
rede. Estacomputação de
grupos de trabalho possibilitou àsempresas
uma
reestruturação organizacionalcom
novas formas de trabalho,que
transpõe as fronteiras organizacionais tradicionais, atravésda
(TAPSCOTT
eCASTON,
1995):* eliminação da hierarquia
burocrática;
'k
redução das
camadas
gerenciais intermediárias;* as
empresas
operam
como
uma
organização coesa; * equipes de trabalho multidisciplinarese
cooperativas;
* equipes
de
trabalho autogerenciáveis,com
autonomia. ~Desta forma, ocorre
uma
reengenhariado
sistemade
trabalho.Nasce
um
time
de
negóciosde
alta performance.Cada
um
dos participantesda
equipe recebeuma
“workstation”de
múltiplas funções, interligadaem
redecom
o restanteda
tecnologia de informação da infra-estrutura da organização.Segundo
TAPSCOTT
eCASTON
(1995, p. 39),Com
uma
equipe de trabalho de alta perfomiance, o tempo do ciclo completo denegociação de cada contrato apresenta
uma
redução de 80%. Muitas atividadessão eliminadas, automatizadas, ou passam a ser realizadas de fomwa
.. mecanizada por meio do sistema do grupo de trabalho. As colocações
funcionais do pessoal administrativo vão sendo transformadas à medida que
estes passam a assumir muitas das atividades anterionnente executadas por
profissionais.
Os
profissionais seniores passam a economizar 3 horas por dia,23
Consequentemente, as vendas apresentam
um
aumento superior a200%
ao longo do período deum
ano que se segue à reengenharia.Í
O
sistemade
trabalhoem
equipe,baseado
na “workstation", fornece as condições necessárias àtomada de
decisões ágeis e flexiveis, tão importantesno
ambiente competitivo global de
mudanças
freqüentes e exigênciascada
vez maiores dos clientes.Também
capacita aempresa a
estar mais próximase
tirarproveito
de
desenvolvimentos locais,de
novas oportunidades e demercados
selecionados. Estimula a flexibilidade, a inovação, e a capacidade
de
respostaem
tempo
real(TAPSCOTT
eCASTON,
1995, p. 43).A
“workstation" interligadaem
rede possibilitao
acesso a instrumentos,que
auxiliam muito natomada de
decisões otimizadas, taiscomo
(TAPSCOTT
e
CASTON,
1995, p. 20): * informações eletrônicas instantâneas; * suporte decisório on-line; * processamento integrado de transações; * intercâmbio eletrônicode
dados; * sistemaem
tempo
real, o
que
reduz a dependênciade tempo e
espaço.Qi
REFORMULAÇÃO DOS
RELACIONAMENTOS B(TERNOS
O
processode
globalização induz asempresas
a desenvolverem novos mecanismos, capazesde
lhe fornecer competitividade, como: aexpansão
dosesquemas
de
cooperação e desenvolvimentode
redes-e estruturas integradas(GONÇALVES,
1994, p. 9).O
sistema decomputação baseado
em
rededa
Era ll, permiteque
asentre fornecedores, distribuidores, clientes e até concorrentes, criando elos, e
também
amplia o alcance externo da empresa, oque
leva auma
reformulaçãode
relacionamentos externos. ~ '
As
novas tecnologiasda
informaçãopermitem'uma
integração das,___ _
operações interempresariais.
As empresas
utilizamcomo
meiode
interligação,como
intercâmbiode
correspondência, os seguintes aplicativos: bancode dados
inter-empresariais, intercâmbio eletrônico
de
mensagens
(EDI - Eletronic data interchange), Email e outros (TAPSCO'l`l' eCASTON,
1995, p. 114)Os
sistemasde
informação proporciona àsempresas
novas formasde
cooperar
umas com
as outras,de
formar parcerias e alianças estratégicascom
opropósito
de
atingir metas comuns.Segundo
TAPSCOTI'
eCASTON
(1995, p.115), “A cadeia
de
valor estásendo
transformadanuma
rede de valor àmedida
que
asempresas
ampliam seu alcance externo por meioda
tecnologiachegando
aos seus clientes, fomecedores, grupos
de
afinidades e atémesmo
concorrentes.”Um
bom
inicio para a parceria entre aempresa
e seusfomecedores
seriao
_ compartilhamento damesma
redede
computadores, o
que
possibilita a distribuiçãode
custos e riscos envolvidos na criação dos sistemasde
computação.A
cooperação e compartilhamentode dados
entre asempresas e
seusfornecedores são fatores muito importantes para o sucesso porque contribui para
que
asempresas
sejam mais eficazes e estáveis. 5Além
do alcance externo e da proximidade, a facilidade de intercâmbiode
dados, texto, voz eimagem
com
fornecedorespode
produzir importantes resultadosem
termosde
obtençãode economias de
custos, melhoramento dostempos de
preparo e fornecimentodeprodutos
e serviços, reduçãode
errose
melhoramento
de
qualidade(TAPSCO`lT
eCASTON,
1995, p. 119). .A
integração das operações interempresariais possibilitadas pela tecnologia resultanuma
economia
nos custos das operações administrativasdo
dia-a-dia, devido a redução do
tempo
necessário paraque
as transações sejam completadas (movimentação mais rápidano
recebimento e transmissãode
dados).Algumas empresas obtém
economias ainda maioresquando estendem
a25
responsabilidade pela colocaçãode
pedidos e preparação das faturas comerciais para fornecedores e clientes(TAPSCOTT
eCASTON,
1995, p. 128).Segundo
TAPSCOTI'
eCASTON
(1995, p. 128), “As organizaçõesque
adicionam valor por meio da tecnologiapodem
ganharvantagem
competitiva pelomenos
temporariamente.A
criaçãode
interligações eletrônicascom
clientes jáse
tomou
um
requisito básico para a preservação da competitividade, paranão
falar da
vantagem
competitiva." »Todas
as empresas, independentementede
quais sejam seus produtose
serviços,
têm de
servirbem
a seus clientes se pretendem poder competir eprosperar.
Em
um
número
cada vez maiorde
empresas, a tecnologia estásendo
utilizada para proporcionar melhor serviço aocliente por meio
de
integração dasoperações
da
empresa
edo aumento
da eficácia dos negócios. Atravésdas
novastecnologias
da
Era ll, principalmente asque
podem
integrar dados, texto, voz eimagens (multimídia), as
empresas
podem
criar contatos diretoscom
os clientes,fornecer-lhes suporte e serviços
de
melhor qualidade.Além
disso, aempresa pode
atender
um
número
maiorde
clientes aomesmo
tempo.As
novas tecnologiasde
informaçãoé
um
-instrumento devantagem
competitiva porque:_
* Adapta as
empresas ao
ambiente competitivo global,* permite a formação
de
uma
empresa
coesa, integrada, atravésdo acesso indiscriminado às informações,
*facilita a obtenção
de
eloscom
fornecedorese
distribuidores,*fornece suporte à
tomada de
decisões,* melhora a capacidade
de
resposta, porque permite reagircom
rapidez e flexibilidade às
mudanças
no ambiente competitivo,'
s *
reduz o
tempo
gasto na realização do trabalho e nastransações,
* reduz custos relacionados
ao
sistemade
computação, custosadministrativos, custos
com
correio, faz, telefone, V* possibilita _a formação
de
equipesde
trabalhode
altaperformance,
que
são multidisciplinares, cooperativas e autônomas,* reduz
camadas
gerenciais intermediárias, e por isto aburocracia, V
'k
amplia
oalcance
externoda empresa
através de. eloscom
fornecedores, distribuidores e clientes, '*favorece a integração das operações interempresarias
como
parcerias e alianças estratégicas,* possibilita contatos diretos
com
clientes, melhorando os
serviços
e
o suporte aos clientes.gil
DESCRIÇÃO
DE ALGUNS
CASOS
A
American.Home
Shield (AHS) conseguiu, atravésdo
uso de workstationmultimídia, reduzir o
tempo médio
gasto nomanuseio
dechamadas
telefônicas, oque
fez aumentar significativamente aschamadas
adicionais por dia por meiode
um
ambiente interativo(TAPSCOTT
e
CASTON,
1995, p. 89).,
A
Hertz,empresa de
locaçãode
automóveis, éum bom
exemplode
como
a integração
pode
melhorar o atendimentoao
cliente e a competitividadeda
empresa.
A
empresa
prestaum
excelente atendimento através Smart Cards(cartões inteligentes)
que
torna possíveluma
locação mais rápida e fácil,eliminando o longo
e
demorado
contrato de locação manual.As
informações dos clientes são codificadas e gravadasnum
smart carde
todas as transaçõessubsequentes são registradas
num
banco de dados
corporativo, criando assimuma
poderosa ferramenta
de
marketing(TAPSCOTT
eCASTON,
1995, p. 90). Então, ossmarts cards
fazem
partede
uma
estratégia integradada
empresa.A
American Express (AMEX),empresa de
cartãode
crédito, utilizaum
sistema especialista