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Relatório integrador da atividade profissional. 25 anos de atividade na vitivinicultura.

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Academic year: 2021

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25 ANOS DE ATIVIDADE NA VITIVINICULTURA

Relatório Integrador da Actividade Profissional

Nuno Miguel Sousa Falcão Freire Rodrigues

Relatório Integrador para obtenção do grau de Mestre em

Viticultura e Enologia

Orientador: Professor Doutor Jorge Manuel Rodrigues Ricardo da Silva

Júri:

Presidente: Doutor Carlos Manuel Antunes Lopes, Professor Associado com agregação do

Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa.

Vogais: Doutor Jorge Manuel Rodrigues Ricardo da Silva, Professor Catedrático do

Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa;

Doutor Manuel José de Carvalho Pimenta Malfeito Ferreira, Professor Auxiliar com agregação do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa.

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Resumo

O relatório apresentado procura mostrar o percurso académico e profissional do autor. A decisão de seguir a área da Viticultura e Enologia ocorreu em 1989 enquanto frequentava o Bacharelato em Produção Agrícola na Escola Superior Agrária de Castelo Branco. Realizou o Trabalho Final de Curso na Estation Experimentale de Pech-Rouge - França, com o tema “Estudo de Membranas Minerais e Orgânicas de Microfiltração Tangencial adaptadas à Enologia, em vinhos com tratamento enzimático”. Concluído o curso, o autor inicia funções de Enólogo-Residente na empresa familiar Centro Agrícola de Tramagal, e ingressa no Instituto Superior de Agronomia, em Engenharia Agro-Industrial. O Trabalho Final de Curso foi desenvolvido neste Instituto, com o tema “Leveduras do género Dekkera: despiste rápido em vinhos e capacidade de produção de 4-etil-fenol” e deu origem ao registo de uma Patente de Invenção Nacional, posteriormente comercializada a nível internacional. Em 1997 assume a Enologia da empresa. Em 2000 passa a dedicar-se em exclusivo à empresa, acumulando responsabilidades, levando o autor a desenvolver novas capacidades, tais como Enoturismo, Marketing, Gestão e Relações Comerciais. A sua empresa tem os seus vinhos presentes em 17 países e já conquistou várias dezenas de prémios nos mais prestigiados concursos nacionais e internacionais.

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Abstract

The presented report intends to show the academic and professional course of the author. The decision to follow Viticulture and Oenology area occurred in 1989 while attending the bachelor’s degree in Agricultural Production in Agrarian High School in Castelo Branco. The final coursework was carried out in Estation Experimentale de Pech-Rouge – France, under the subject “Study of Organic and Mineral Crosssflow Microfiltration Membranes adapted to Winemaking, in wines with enzymatic treatment”. After having finished the course, the author started working as a Resident Winemaker in the family company Centro Agrícola de Tramagal and entered the Instituto Superior de Agronomia, coursing Engenharia Agro-Industrial. The final coursework was developed in this school under the subject “Yeasts of Dekkera types: quick screening in wines and production capacity of 4-ethyl-phenol” and originated the register of a National Invention Patent, which was later internationally commercialized. In 1997 he undertook the Oenology of the company. Since 2000 he has been completely dedicated to the company, gathering responsibilities and leading himself to develop new capacities, such as Winetourism, Marketing, Management and Commercial Relations. His company has its wines in 17 countries and has already won several prizes in the most prestigious national and international contests.

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Extended Abstract

The presented report intends to show the academic and professional course of the author. The decision to follow Viticulture and Oenology area occurred in 1989 when the author and his parents acquired a farm close to another one they already owned, in which the vineyard crop was dominant. At that time the author was already attending the Bachelor’s Degree in Produção Agricola in Escola Superior Agrária in Castelo Branco, having the opportunity to carry out his final coursework in Estation Experimentale de Pech-Rouge (INRA/IPV) – Narbonne/France (September 1991 to March 1992), under the subject “Study of Organic and Mineral Crossflow Microfiltration Membranes adapted to Winemaking, in wines with enzymatic treatment”. At the time it was an innovative work, once the research team he belonged to took part in the validation of this practice application in winemaking by Organisation Intenationale de la Vigne et du Vin. After having finished the course, the author started working as a Resident Winemaker in the family company Centro Agrícola de Tramagal and entered the Instituto Superior de Agronomia, where he got a degree in Engenharia Agro-Industrial. In 1997 he took over the whole Oenology of the company as Chief Winemaker. The Final Coursework was developed in the Laboratório de Microbiologia do Departamento de Botânica e Engenharia Biológica in Instituto Superior de Agronomia, in Universidade Técnica de Lisboa, under the subject “Yeasts of Dekkera type: quick screening in wines and capacity of production of 4- ethyl –phenol”. The author kept on researching in this area for about 18 months. Besides having developed a more efficient and expeditious method than the ones existing at the time to find out and quantify the yeasts of Dekkera type, this work allowed the register of a National Invention Patent, later internationally sold and commercially explored by STABVIDA company. At the beginning of 2000 he left research and since then has entirely devoted himself to the company where he works as a manager partner. Besides winemaking, he has been taking responsibilities in other areas of the company, mainly in the trade of the produced wines. These new responsibilities led the author to develop capacities in different areas connected with his main activity of viticulture and winemaking, such as winetourism, marketing, management and commercial relations. Under his tutelage, the company has its wines in 17 countries and has already won several prizes in the most prestigious national and international contests. It is well known and distinguished by the specialized media as being a quality reference within and outside its region. At the same time, the author has had an active participation in associations, brotherhoods, tasting chambers, contests jury and council consultative groups.

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ÍNDICE 1- INTRODUÇÃO...3 2- PERCURSO ACADÉMICO...3 2.1- HABILITAÇÕES ACADÉMICAS...3 2.2- FORMAÇÃO PROFISSIONAL...5 3- ACTIVIDADE CIENTÍFICA...6 4- ACTIVIDADE PROFISSIONAL...8 4.1- ENQUADRAMENTO...8

4.2- ESTRATÉGIA – FASE 1 - REQUALIFICAÇÃO...9

4.3- ESTRATÉGIA – FASE 2 – ENTRADA NO MERCADO...10

4.4- DEDICAÇÃO EXCLUSIVAÀ EMPRESA...12

4.4.1- VITICULTURA...12

4.4.2- ENOLOGIA...14

4.4.3- CONTROLO DA QUALIDADE...17

4.4.4- MEDIDAS AGRO-AMBIENTAIS...18

4.4.5- RELAÇÕES COMERCIAISE MARKETING...18

4.4.5.1-MERCADO NACIONAL...18

4.4.5.2- MERCADO EXTERNO...20

4.5 ATIVIDADES PARALELAS...23

5- CONCLUSÕES...23

6-ESTRATÉGIAS PARAO FUTURO...24

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ÍNDICEDE FIGURAS

Figura 1 – Pátio da adega (fotografia atual)...9

Figura 2 – Cubas de cimento requalificadas...10

Figura 3 – Plantação jovem de Touriga Nacional em primeiro plano e Alicante Bouchet em segundo plano...11

Figura 4 – Enrelvamento natural parcial...13

Figura 5 – Vista geral dos lagares...15

Figura 6 – Detalhe das pás do pisador...15

Figura 7 – Investimentos mais recentes...16

Figura 8 – Detalhe do laboratório...17

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1- INTRODUÇÃO

O presente Relatório foi elaborado de acordo com o estipulado nas Normas apresentadas pelo Conselho Cientifico do Instituto Superior de Agronomia, da Universidade de Lisboa, para Elaboração do Relatório Integrador da Atividade Profissional nos termos do nº 3 do art. 3º do Regulamento Geral dos Segundos Ciclos de Estudo Conducentes ao Grau de Mestre, aprovado pelo Despacho (extrato) n.º 10544/2011, publicado no Diário da República, 2.ª Série, N.º 160 de 22 de agosto de 2011, para Licenciaturas “Pré-Bolonha”, para o efeito de obtenção do grau de Mestre em Viticultura e Enologia.

Através deste relatório procura-se comprovar a experiência profissional adquirida pelo autor na área da Viticultura e Enologia.

À medida que este relatório foi sendo desenvolvido, o autor procurou refletir sobre o caminho percorrido e traçar linhas de orientação futuras.

O relatório irá assim abordar as várias áreas de actividade desenvolvidas pelo autor, nomeadamente a formação académica, a investigação científica, actividade enológica, actividade empresarial e outras actividades paralelas.

2- PERCURSO ACADÉMICO

2.1- HABILITAÇÕES ACADÉMICAS

O Bacharelato em Produção Agrícola foi obtido na Escola Superior Agrária (ESA), no Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), em Julho de 1992, com a classificação final de 15 valores.

O Trabalho de fim de Curso foi desenvolvido na Estation Experimentale de Pech-Rouge (INRA/IPV) - Narbonne/França (Setembro de 1991 a Março de 1992)- com o tema “Estudo de Membranas Minerais e Orgânicas de Microfiltração Tangencial adaptadas à Enologia, em vinhos com tratamento enzimático”, sob a orientação dos Investigadores J.L. Escudier e M. Moutounet (INRA/IPV) e da Engenheira Fátima Peres (ESA/IPCB), cujo resumo se reproduz abaixo:

¨A Microfiltração Tangencial em Enologia tem sido objecto de numerosos estudos nos últimos anos.

Neste trabalho estudou-se a influência desta técnica em vinhos tintos da casta Carignan. Para além da Microfiltração Tangencial foi também estudado o efeito da aplicação de duas

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enzimas pectolíticas da empresa Gist Brocades, com os códigos de desenvolvimento 9117 e 9118. Foram testadas seis membranas pertencentes a três fabricantes: Le Carbone Lorraine (0,1 µm e 0,2 µm fabricadas em 1991 e 0,2 µm fabricada em 1992), Romicon (0,05 µm) e Ceramem (0,2 µm e 0,5 µm). As membranas Le Carbone Lorraine (0,2µm) e Ceramem (0,2 µm e 0,5 µm) foram excluídas deste trabalho, visto não terem suportado a sua regeneração após os primeiros testes.

Relativamente aos débitos, a Le Carbone Lorraine 0,1 µm revelou bons resultados, mas pouco consistentes (débitos e turvações muito díspares). Pelo contrário, a Romicon, com débitos bastante reduzidos (máximo de 26,9 lts/h/m2) conduziu a turvações muito baixas (máximo 0,7 NTU) conseguindo, simultaneamente, uma estabilização microbiológica perfeita (100% de retenção). Com características intermédias encontra-se a Le Carbone Lorraine 0,2 µm de 1991 com débitos (entre 82,78 e 129,93 lts/h/m2) e níveis de turvação (entre 10,5 e 12NTU) entre as outras duas membranas. É ainda de destacar a deficiente retenção microbiológica desta última membrana (82% em leveduras e 91% em bactérias).

Segundo a análise sensorial efectuada, não há evidência estatística que permita afastar a hipótese de os vinhos filtrados pelas três membranas serem considerados idênticos.

A utilização de enzimas pectolíticas conduziu a aumentos significativos de débitos nas duas membranas de diâmetro de poro mais elevado (0,1 µm e 0,2 µm), chegando a atingir uma melhoria de 63,7%. Estes resultados eram expectáveis tendo em conta o aumento significativo (no mínimo 19%) do Índice de Filtrabilidade dos vinhos sujeitos a tratamento enzimático.¨

Este trabalho integrava-se num grupo de investigação que procurava a aprovação da microfiltração tangencial como prática enológica pela Organisation Internationale de la Vigne e du Vin.

A Licenciatura em Engenharia Agro-Industrial foi concluída no Instituto Superior de Agronomia, na Universidade Técnica de Lisboa, em 1998, com a classificação final de 14 valores.

O Trabalho de Fim de Curso foi desenvolvido no Laboratório de Microbiologia do Departamento de Botânica e Engenharia Biológica no Instituto Superior de Agronomia, na Universidade Técnica de Lisboa com o tema “Leveduras do género Dekkera: despiste rápido em vinhos e capacidade de produção de 4-etil-fenol” tendo sido orientado pelo Prof. Virgílio Loureiro, cujo resumo se reproduz abaixo:

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“As leveduras do género Dekkera constituem uma grande preocupação na enologia moderna, não só pelos elevados teores de ácido acético que produzem, mas principalmente pelos fenóis voláteis que formam em meios contento ácidos cinâmicos, originando aromas desagradáveis a “estrebaria”, “suor de cavalo”, “remédio” e “rato”, que muito depreciam a qualidade dos vinhos.

Um trabalho prévio, no nosso laboratório, permitiu desenvolver um meio de cultura parcialmente selectivo e totalmente diferencial, para as espécies do género Dekkera. Neste trabalho desenvolveu-se um novo meio de cultura para Dekkera spp., com maior selectividade que o inicial. O crescimento de estirpes de Dekkera é evidenciado pela mudança de cor do meio, de azul a amarelo, e pelo aparecimento do cheiro característico a 4-etil-fenol, surgindo colónias no prazo máximo de nove dias de incubação. Neste meio é possível inibir o crescimento das leveduras mais frequentemente isoladas de vinhos, tais como Pichia spp, Kloeckera apiculata, Sacharomyces cerevisiae, Torulaspora delbrueckii e Zygosaccharomyces spp..

Neste trabalho procedeu-se, ainda, a um rastreio da capacidade de produção de fenóis voláteis em 30 estirpes do género Dekkera. As estirpes D.bruxellensis e D. Anomala mostraram capacidade para produzir elevadas quantidades de 4-etil-fenol. As estirpes da espécies D. Naardenensis, pelo contrário, produziram quantidades vestigiais de 4-etil-fenol.”

2.2- FORMAÇÃO PROFISSIONAL

O autor procurou, ao longo do seu período de formação académica, enriquecer os seu conhecimentos, participando em várias ações de formação:

 NOV 1995 - Seminário “O Estágio de Vinhos em Barricas de Carvalho” organizado pelo Instituto Superior de Agronomia e ministrado pelo Investigador Pascal Chatonnet da tanoaria Séguin Moreau, França

 JAN 1996 - Seminário “Sistemas de Condução da Vinha” incluído no Mestrado de Viticultura e Enologia, organizado pelo Instituto Superior de Agronomia sob a orientação do Prof. Rogério de Castro

 JAN 1996 - “Curso Avançado Sobre Filtração de Vinhos” organizado pelo INIA/EVN em Dois Portos

 MAR 1996 - Curso “VINHOS DE PORTUGAL - Iniciação ao seu Conhecimento e Apreciação”, organizado pela empresa J.P.Vinhos, S.A.

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 MAI 1996 - “1º Fórum Produção e Distribuição do Sector do Vinho” ” incluído no Mestrado de Viticultura e Enologia, organizado pela Confederação dos Agricultores de Portugal e com a colaboração da APED

 JUN 1996 - Seminário “A Importância das Leveduras na Qualidade dos Vinhos”, ” incluído no Mestrado de Viticultura e Enologia, organizado pelo Instituto Superior de Agronomia e com a participação do Prof. Virgílio Loureiro e do Investigador Paul Henschke do Australian Wine Research Institute

 NOV 1996 - “2º Fórum Produção e Distribuição do Sector do Vinho” organizado pela Confederação dos Agricultores de Portugal e com a colaboração da APED

 OUT 1996 - Seminário “Uma Estratégia de Qualidade para os Vinhos Portugueses” organizado pelo “Correio Agrícola” no Centro Cultural de Belém

 1997 – Seminário “Técnicas modernas de Vinificação” ” incluído no Mestrado de Viticultura e Enologia, organizado pelo Instituto Superior de Agronomia

 1998 – Seminário “Vinhos com Defeitos de Prova” ” incluído no Mestrado de Viticultura e Enologia, organizado pelo Instituto Superior de Agronomia e com a participação dos investigadores da Universidade de Bordéus Denis Dubourdieu e Gilles De Revel.

 NOV 2005 – Ação de Formação “Comercialização e Promoção de Vinhos no Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha e Países Nórdicos”, organizado pela Viniportugal  NOV 2013-JUN 2014 – PROGRAMA MOVE PME- Formação e Consultoria em

Gestão Estratégica – organizado pelo NERSANT

3- ACTIVIDADE CIENTÍFICA

Na sequência do Trabalho de Fim de Curso da Licenciatura em Engenharia Agro-Industrial, o autor foi convidado pelo Prof. Virgílio Loureiro a dar continuidade ao trabalho de investigação desenvolvido para a obtenção da tese de Licenciatura em Engenharia Agro-Industrial.

As leveduras de alteração do género Dekkera tomaram, na enologia moderna, uma importância enorme pelo desconhecimento das fontes de contaminação, mas principalmente pelo desconhecimento da forma de evitar e eliminar as contaminações.

O trabalho desenvolvido pelo autor procurou encontrar novas ferramentas que permitissem auxiliar o estudo mais aprofundado deste microrganismo de contaminação, mas ao mesmo tempo dotar o setor produtivo de formas mais expeditas de deteção das contaminações. Com alguns anos de trabalho foi possível desenvolver um método rápido de deteção e

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contagem das leveduras do género Dekkera no ambiente vitivinícola. Este método, de implementação relativamente fácil em adega, veio permitir detetar precocemente as contaminações e agir antes de se dar a alteração do produto.

Desse período de investigação que decorreu entre o início do Trabalho de Fim de Curso (1997) e final de 2000, foram publicados vários trabalhos científicos dos quais o candidato foi co-autor:

Artigo em revista científica com avaliação por pares, Comité Científico (com “refereés”): Rodrigues, N., Gonçalves, G., Pereira-da-Silva, S., Malfeito-Ferreira, M. and Loureiro, V. (2001). Development and use of a new medium to detect yeasts of the genera Dekkera/Brettanomyces spp. Journal of Applied Microbiology, 90, 588-599. http://hdl.handle.net/10400.5/494.

Artigo publicado em revista técnica:

Malfeito-Ferreira, M., Rodrigues, N. and Loureiro, V. (2001). The influence of oxygen on the “horse sweat taint” in red wines. Italian Food & Beverage Technology, 24, 34-38.

Artigo publicado em livro de actas de Simpósio:

Malfeito-Ferreira, M., Pereira-da-Silva, S., Rodrigues, N., Agostinho, M. A., Sá-Almeida, L., Fialho, L., Gato, O., Laureano, P. e Loureiro, V. (2001). Incidência de 4-etil-fenol e de leveduras do género Dekkera em vinhos portugueses. Actas do 5º Simpósio de Vitivinicultura do Alentejo. Évora.

Participação em reuniões científicas:

 6as Jornadas de Biologia de Leveduras, Santarém, 17 e 18 de Abril de 1998 (comunicação oral):

Rodrigues, N., Gonçalves, G., Malfeito-Ferreira, M., e Loureiro, V. (1998). Detecção expedita e capacidade de produção de fenóis voláteis em espécies do género Dekkera.

 19th International Specialised Symposium on Yeasts, Braga, 30 de Agosto a 3 de Setembro de 1998 (painel):

Rodrigues, N., Gonçalves, G., Malfeito-Ferreira, M., e Loureiro, V. (1998). Volatile phenols: detection in wines and production among strains of the genus Dekkera sp.

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 7as Jornadas de Biologia de Leveduras, Lisboa, 21 e 22 de Maio de 1999 (comunicações orais):

Rodrigues, N., Malfeito-Ferreira, M., e Loureiro, V. (1999). Estudos preliminares sobre o comportamento de Dekkera bruxellensis em vinhos.

Pereira-da-Silva, S., Rodrigues, N., Malfeito-Ferreira, M., e Loureiro, V. (1999). Influência de vários factores ambientais na produção de 4-etilfenol por Dekkera bruxellensis.

 7th International Enology Symposium, de 1 a 2 de Junho de 2000, Pavia, Itália (comunicação oral):

Malfeito-Ferreira, M., Rodrigues, N. and Loureiro, V. (2000). The influence of oxygen on the “horse sweat taint” in red wines.

 5º Simpósio de Vitivinicultura do Alentejo, Évora, 23 a 25 de Maio de 2001 (comunicações orais):

Malfeito-Ferreira, M., Pereira-da-Silva, S., Rodrigues, N., Agostinho, M. A., Sá-Almeida, L., Fialho, L., Gato, O., Laureano, P. e Loureiro, V. (2001). Incidência de 4-etil-fenol e de leveduras do género Dekkera em vinhos portugueses.

Paralelamente, os resultados da sua atividade de investigação permitiram a criação da Patente de Invenção Nacional com o número de registo no INPI nº102306 em nome do Instituto Superior de Agronomia da qual foi co-autor. Os direitos da referida patente foram posteriormente negociados pela ADISA à empresa STABVIDA que a está a explorar comercialmente com vendas efetuadas para diversos países produtores de vinho em vários continentes (tais como Austrália, Estados Unidos da América, França, Espanha, Portugal, Itália).

4- ACTIVIDADE PROFISSIONAL

4.1- ENQUADRAMENTO

O autor descende de uma família tradicionalmente dedicada à atividade agrícola no Ribatejo e Alentejo. No entanto, nas explorações familiares nunca tinha sido desenvolvida a atividade vitivinícola.

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Em 1986, após a venda de uma exploração agrícola e florestal ao Ministério de Defesa, os pais do autor adquiriram uma exploração agrícola situada na freguesia de Tramagal, Concelho de Abrantes, no nordeste do Ribatejo. Esta exploração tinha especial vocação para as culturas intensivas de regadio (milho e trigo) mas possuía uma pequena área (aprox. 3 hectares) de vinha plantada em terrenos férteis com elevadas produções e baixa qualidade; as uvas eram vinificadas numa adega vizinha. Esta vinha viria a ser objecto de arranque em 1987.

Em 1989, a exploração foi alargada com a aquisição de vinhas e uma adega (Figura 1) que confinavam com a exploração existente. Foi nessa altura que o autor, já estando a estudar na Escola Superior Agrária de Castelo Branco, decidiu redireccionar o seu interesse na agricultura para a área específica da viticultura e enologia. Em 1991, o autor e seus pais conseguiram prosseguir com o emparcelamento, adquirindo mais duas parcelas confinantes, com a área de 25 hectares, o que veio permitir a expansão da vinha existente.

Figura 1 – Pátio da adega (fotografia atual)

4.2- ESTRATÉGIA – FASE 1 - REQUALIFICAÇÃO

A adega existente não engarrafava os vinhos produzidos na exploração, sendo estes comercializados na íntegra a armazenistas, a “tascas”, cafés e consumidores locais em vasilhames de capacidade não inferior a 5 litros. Na época, poucos eram os produtores que engarrafavam a sua produção – vivia-se ainda no período do “branco ou tinto? Cheio!”. A capacidade de visão do pai do autor permitiu rapidamente antever um futuro obrigatoriamente diferente. Pais e filho diagnosticaram o presente e procuraram prever as necessidades futuras. Os vinhos brancos, já de reconhecida qualidade na altura, não tinham

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equivalente nos tintos. Com o pouco conhecimento na época sobre as castas portuguesas, a aposta vitivinícola recaiu, numa primeira fase, nas castas francesas para combinar com as tradicionais Periquita (hoje Castelão), Castelão Nacional (Camarate), Grand Noir e Fernão Pires. Ao mesmo tempo foi necessário deslocar as vinhas para terrenos mais apropriados – solos arenosos de produtividade mais baixa.

A adega, por seu lado, limitava-se a um bom e bonito conjunto de cubas argelinas alimentadas por um esmagador centrífugo e uma bomba de massas de “piston”.

A um primeiro investimento na vinha, com a reconversão de uma parte significativa da área, seguiu-se a modernização da adega.

Regressado de França, e após a conclusão do Bacharelato em Produção Agrícola, o autor decidiu instalar-se como Jovem Agricultor, recorrendo a fundos da União Europeia que possibilitaram a aquisição do equipamento básico para uma adega que procurava entrar no mercado de vinhos de qualidade – desengaçador horizontal, esmagador de rolos, prensa horizontal hidráulica, sistema de frio, revestimento a resina “epoxy” de todas a cubas de betão existentes na adega (Figura 2) e instalação de um pequeno laboratório capaz de proceder às análises elementares no quotidiano de uma adega.

Esta adega servia para vinificar as uvas provenientes das vinhas do autor e das vinhas dos pais do autor – na altura, dois produtores-engarrafadores independentes.

Figura 2 – Cubas de cimento requalificadas

4.3- ESTRATÉGIA – FASE 2 – ENTRADA NO MERCADO

Em 1991 foi contratado o Enólogo Paolo Nigra para colaborar com os dois produtores neste processo de reconversão das vinhas e vinhos. Coordenando com as suas actividades lectivas, primeiro na Escola Superior Agrária de Castelo Branco e mais tarde no Instituto Superior de Agronomia, o autor trabalhou, em estreita colaboração com o Enólogo,

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funcionando como Enólogo-Residente. Nesse ano o autor iniciou o engarrafamento de vinho em pequenas quantidades – foram cheias não mais de 1000 garrafas.

Em 1993 e 1994 a autor conquistou, em ambos os anos, o prémio de “O Melhor Vinho Branco na Produção”, a distinção mais elevada no concurso mais prestigiado em Portugal na altura (não havia concursos de vinhos engarrafados) e organizado pelo Instituto da Vinha e do Vinho.

Comercialmente, os dois produtores (o autor e seu pai) tinham ambições comedidas – procuravam essencialmente escoar as suas produções na restauração e consumidores locais. Por outro lado, acabavam por ser concorrentes entre si, pois os vinhos situavam-se no mesmo patamar de preço e qualidade e com perfis semelhantes. De forma a evitar este tipo de situações e ao mesmo tempo conjugar esforços e recursos, foi decida a criação de uma sociedade entre o autor e os seus pais denominada Centro Agrícola de Tramagal tendo sido incorporadas nesta as marcas Casal da Coelheira e Terraços do Tejo, pertenças dos sócios.

Com a conclusão da parte lectiva da licenciatura, em 1997, o autor assume a responsabilidade total da enologia da empresa. Nessa altura procura dar continuidade ao processo de reconversão das vinhas, mas incidindo agora a sua principal aposta nas castas nacionais Touriga Nacional, Touriga Franca, a “naturalizada” Alicante Bouchet, Aragonês e uma nova experiência com a casta francesa Syrah (Figura 3).

Figura 3 – Plantação jovem de Touriga Nacional em primeiro plano e Alicante Bouchet em segundo plano

No período decorrente entre 1997 e início de 2001, o autor conjuga a sua atividade de investigação do Instituto Superior de Agronomia com as funções de Enólogo na sua empresa.

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Neste período a empresa dedicou os seus principais esforços na procura do alargamento do seu mercado nacional criando parcerias pontuais com distribuidores regionais mas ao mesmo tempo entrando na moderna distribuição com uma relação de exclusividade com os super e hipermercados Modelo e Continente.

O mercado externo é praticamente inexistente para a empresa; limita-se a pequenas e pontuais solicitações feitas à mesma.

4.4- DEDICAÇÃO EXCLUSIVAÀ EMPRESA

Nos finais de 2000, decorrente de um problema de saúde por parte do pai do autor, este vê-se na necessidade de abandonar a atividade de investigação que devê-senvolvia até então no Instituto Superior de Agronomia para se dedicar ao seu projecto empresarial, partilhando agora responsabilidades com os restantes sócios.

Assim, em Janeiro de 2001 passou a ser responsável pelas seguintes áreas:

- Viticultura

- Enologia

- Controlo da Qualidade

- Cumprimento das Medidas Agro-Ambientais

- Gestão comercial

- Marketing/Desenvolvimento de Produto

4.4.1- VITICULTURA

As reconversões efetuadas na década anterior estavam já a dar os seus frutos. A qualidade dos vinhos tintos começava a aproximar-se da qualidade reconhecida nos vinhos brancos.

No entanto, as vinhas de castas portuguesas introduzidas na empresa eram ainda muito jovens e não tinham ainda atingido a maturidade necessária para que os vinhos apresentassem uma qualidade consistente.

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Apesar de ter o tempo mais dedicado à Enologia e Gestão da empresa o autor procurou, paralelamente, implementar na exploração algumas medidas com o objetivo de conseguir assegurar a consistência dos vinhos, melhorando o controlo da cultura:

- controlo da produção – apesar da baixa fertilidade da maioria dos solos e do baixo vigor de grande parte das vinhas, algumas castas/clones apresentam uma tendência natural para produções mais elevadas que por vezes conduziam a problemas de maturação e de qualidade final da uva; o autor introduziu a monda de cachos nas parcelas mais problemáticas com resultados efetivos e visíveis nos vinhos produzidos

- introdução do enrelvamento parcial (Figura 4) – tradicionalmente, as vinhas locais eram sistematicamente mobilizadas, conduzindo por um lado à degradação progressiva da estrutura do solo, mas por outro à propagação de infestantes de difícil controlo como é o caso da grama que estava constantemente a ganhar domínio. O autor procurou, numa primeira fase, efetuar o controlo da infestante com a utilização de herbicida em toda a área, durante 3 a 4 anos, conforme o grau de infestação. Controlada a infestante, implementou-se o sistema de enrelvamento parcial sem sementeira (aproveitando as emergências espontâneas), com aplicação de herbicida na linha; hoje verificamos uma redução significativa da erosão durante os meses chuvosos. Simultaneamente conseguiu-se promover uma diversidade ecológica na vinha deixando que a vegetação espontânea sirva de abrigo e alimento a animais importantes para o ecossistema – insectos, roedores, etc.

Figura 4 – Enrelvamento natural parcial

Com o progressivo aumento de responsabilidades dentro da empresa e por consequência a redução da sua disponibilidade de tempo, o autor entendeu delegar num técnico externo a gestão fitossanitária da vinha.

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4.4.2- ENOLOGIA

Desde que começou a contactar com este sector, o autor tem dedicado grande parte do seu tempo a esta atividade.

Apesar de consciente que é na vinha que se faz o trabalho mais importante e decisivo para a qualidade final dos vinhos, o autor tem procurado ao longo da sua carreira manter-se a par de novos produtos enológicos, novas técnicas e novos equipamentos, mas também de novas tendências de mercado.

Ao mesmo tempo tem procurado que a evolução tecnológica não colida com a personalidade e identidade dos vinhos da empresa, permitindo que a casta, o clima e o solo se manifestem de uma forma evidente no resultado final.

As tradicionais ânforas argelinas acabaram por ser abandonadas, como cubas de fermentação, devido à dificuldade de se conseguir um controlo efetivo do processo de vinificação – controlo de temperatura, controlo de remontagens, etc.; foram convertidas em simples depósitos de armazenamento.

Foram introduzidas as versáteis cubas de fermentação em inox com sistema de controlo de temperatura e automatização das remontagens com o sistema de bomba/torniquete– a experiência do autor nas castas, nas parcelas e na versatilidade do sistema de vinificação, permite obter nestas cubas desde o vinho fácil e aromático para um consumo diário até aos vinhos concentrados e estruturados para estágio posterior em barricas destinadas às marcas mais exclusivas da empresa.

Em 1995 foram instalados dois protótipos de um lagar que procuravam simular a tradicional pisa-a-pé, mas ao mesmo tempo tirar partido das evoluções tecnológicas – controlo de temperatura e programação automática. Tratam-se de simples cubas cilíndricas de inox, abertas no topo, onde foi instalada uma pá articulada accionada por um sistema pneumático que imerge a manta; à medida que vai imergindo, a pá fecha sobre si própria exercendo uma função de esmagamento nas uvas que por ela são atingidas. Após alguns anos de ensaios com diferentes castas, verificou-se que existiam melhorias a desenvolver – o efeito de esmagamento da pá articulada era demasiado violento conduzindo a vinhos que apresentavam uma elevada secura e dureza com taninos agressivos; o curso efetuado pela pá era também demasiado curto. Mais tarde desenvolveu-se um novo sistema com pá rígida e com um maior curso de imersão, quase até ao fundo da cuba, com o auxílio de dois pneumáticos adicionais. Este sistema permitiu obter vinhos mais equilibrados e simultaneamente mais concentrados e estruturados; é um sistema muito bem adaptado a uvas com elevada concentração. Concluiu-se que se tratou de uma evolução significativa do

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sistema anterior, mas que a elevada capacidade da cuba/lagar era um elemento limitante para potenciar as suas características. Estes sistemas mantêm-se em funcionamento na empresa juntamente com outros lagares de dimensões semelhantes aos tradicionais lagares de pedra ou cimento (Figuras 5 e 6).

Figura 5 – Vista geral dos lagares Figura 6 – Detalhe das pás do pisador

Quando assumiu a enologia da empresa era vulgar ter cerca de 20% dos vinhos com dificuldades fermentativas, conduzindo muitas vezes à paragem precoce da fermentação; o autor procurou analisar os fatores que poderiam levar a esta dimensão do problema – inoculações mal desenvolvidas e/ou deficiente nutrição das leveduras. Foi desenvolvida uma formação específica junto dos colaboradores da adega no sentido de melhorar a forma de preparação e implantação do inóculo no mosto; foi implementado um procedimento sistemático de análise do teor de azoto assimilável em todos os mostos e efetuada a eventual correção; os problemas foram reduzidos significativamente sendo hoje em dia muito rara a existência de uma paragem de fermentação.

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Os vinhos tintos obtidos a partir da prensagem das uvas após fermentação são normalmente um problema para muitas adegas, mesmo que essa prensagem seja feita em prensa pneumática. A sua carga coloidal impede uma clarificação natural rápida levando a que estes vinhos acabem por desenvolver, frequentemente, desvios aromáticos por reações de redução, alterações microbianas indesejáveis e quebra significativa da intensidade corante. A empresa utilizava de uma forma regular o filtro de vácuo para filtração das borras de mostos brancos após decantação; o autor ensaiou esta técnica nos vinhos tintos de espremas; os resultados superaram as expectativas iniciais – a filtração efetuada nos dias seguintes à prensagem permite uma clarificação rápida, removendo do vinho um conjunto de compostos que contribuem para a sua alteração. Os vinhos clarificados por este processo têm sido muitas vezes preferidos aos vinhos obtidos por sangria das mesmas uvas, visto apresentarem normalmente uma maior concentração e volume de boca.

Assim que o sistema de microxigenação foi introduzido em Portugal, o autor decidiu testar a técnica adquirindo um equipamento básico de microxigenação. Teve o apoio e aconselhamento de um Enólogo que estava ligado à empresa fornecedora do equipamento. Com análise sensorial periódica e utilização de algumas variantes (castas, doses, duração do processo, utilização de alternativos às barricas), concluiu-se da mais valia do processo na preservação da intensidade corante e no afinamento, atenuando significativamente os taninos mais “verdes” e agressivos e, ao mesmo tempo, na prevenção de redução em algumas castas específicas. Dois anos mais tarde o autor generalizou a utilização desta técnica aos vinhos tintos da empresa adquirindo um novo equipamento que lhe permite controlar quatro depósitos simultaneamente.

O último investimento de montantes mais significativos foi concluído em finais de 2012, com a construção de um novo armazém de produto acabado, ampliação da cave de estágio, ampliação da capacidade de vinificação e construção de loja e “showroom” (Figura 7)

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Figura 7 – Investimentos mais recentes

Tem sido na atividade de Enologia que as responsabilidades do autor têm tido mais visibilidade externa. A empresa conquistou nos últimos 9 anos mais de 7 dezenas de prémios em concursos nacionais, mas principalmente em concursos internacionais de reconhecido mérito (ver Anexo I). A principal distinção foi obtida em 2010 no concurso Concours Mondial du Vin em Bruxelas, onde a empresa conquistou, com o vinho Casal da Coelheira Rosé 2009, a distinção de BEST WINE TROPHY, que na prática traduz o reconhecimento do melhor vinho a concurso na sua categoria (neste caso rosés). Na medida em que foi possível apurar, até à data da realização deste relatório, só houve 4 vinhos portugueses que atingiram esta classificação em concursos internacionais.

Em 2011, o autor foi distinguido pela Comissão Vitivinícola do Tejo como “Enólogo do Ano”, como reconhecimento do seu trabalho e dos muitos prémios alcançados internacionalmente, que naturalmente contribuem também para o prestígio dos vinhos da região.

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A atividade de Enólogo dificilmente se dissocia do controlo da qualidade. A empresa realiza, em laboratório próprio (Figura 8), as análises químicas elementares durante as várias etapas da vinificação e estágio dos vinhos. Como Enólogo, o autor é o responsável pela análise sensorial em todas as fases do processo. No entanto, hoje em dia com as regras em vigor para a defesa do consumidor e da qualidade alimentar é necessário também implementar diversas normas, entre as quais o HACCP. O autor, apesar não ter sido o responsável pela implementação deste procedimento, é o responsável pela sua manutenção e gestão.

Figura 8 – Detalhe do laboratório

4.4.4- MEDIDAS AGRO-AMBIENTAIS

A aplicação das Medidas Agro-Ambientais criam obrigações aos agricultores e empresas agrícolas no sentido de cumprirem regras de proteção do meio ambiente e de quem trabalha na exploração.

O autor é responsável pela implementação das regras associadas a esta medida:

- criação e manutenção de um espaço de armazenamento de produtos fitofármacos que cumpra uma série de regras

- aplicadores de produtos fitofármacos com formação adequada e seguindo princípios básicos de proteção (fatos, luvas, máscara)

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- criação e manutenção dos cadernos de campo com registo da aplicação de produtos fertilizantes e fitofármacos

- realização periódica de análises de solo e águas

- entrega para eliminação, em local devidamente aprovado, das embalagens vazias dos produtos fitofármacos

Existem, contudo, outras regras que, no âmbito deste relatório, não parece fazer sentido enumerar.

4.4.5- RELAÇÕES COMERCIAISE MARKETING

A acumulação das áreas comercial, marketing e produção, apesar de maior responsabilidade para o autor, acaba por ser positiva pois permite uma reação mais rápida e eficaz da empresa às exigências e solicitações do mercado.

O autor passou a assumir a relação com a moderna distribuição, com alguns distribuidores regionais, a pesquisa de novos parceiros nacionais e expansão dos mercados de exportação.

4.4.5.1-MERCADO NACIONAL

Na época em que o autor assumiu a enologia da empresa vivia-se alguma euforia no “mundo” dos vinhos com o aparecimento quase diário de novas marcas, especialmente a sul, onde o Alentejo, com grande dinamismo, conseguia uma grande mediatização da região e dos seus vinhos. Por seu lado, o Ribatejo e os seus produtores lutavam para que os seus esforços de reconversão de vinhas, modernização de adegas e melhorias significativas na qualidade dos seus vinhos fosse reconhecida pelos meios de comunicação especializados e especialmente pelos consumidores. Foram arrancados muitos hectares de vinha que estavam plantados em terrenos de aluvião, onde dificilmente se conseguiria matéria prima de elevada qualidade. Por outro lado, realizaram-se novas plantações em zonas de solos mais pobres, especialmente nas zonas conhecidas como Charneca (solos arenosos) e Bairro (solos argilo-calcários), A exploração vitícola do autor está localizada na zona da Charneca.

Paralelamente, a região viu o seu encepamento modificar-se de uma forma profunda, especialmente nas castas tintas. Enquanto nas uvas brancas a tradicional casta Fernão

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Pires continua a ser uma das mais privilegiadas, nas uvas tintas as dominadoras Castelão e Trincadeira têm visto o seu espaço a ser progressivamente ocupado por Touriga Nacional, Alicante Bouchet, entre outras.

O passado dos vinhos do Ribatejo não era motivo de grande orgulho – produções em grande volume para abastecer as tascas de Lisboa, vinhos destinados a destilação para produção de aguardente vínica e também situações fraudulentas de produção de vinho.

Esta luta de consolidação de imagem e criação de confiança perdura até aos dias de hoje, apesar de o mercado mais conhecedor já reconhecer a excelente relação qualidade/preço dos vinhos da região. A Comissão Vitivinícola Regional tem também desenvolvido inúmeras iniciativas de promoção e consolidação da imagem dos vinhos, já com resultados efectivos ao nível da quota de mercado dos vinhos do Tejo no mercado nacional.

A aproximação ao grupo SONAE – ModeloContinente, e o reconhecimento por parte destes das qualidades técnicas do autor, levou a que este fosse convidado para desenvolver, implementar e ministrar formação a nível nacional para as equipas do grupo ligadas à área dos vinhos. Estas ações decorreram durante cerca de 9 meses (2002).

A empresa manteve com o grupo SONAE um acordo de exclusividade de fornecimento ao nível da Moderna Distribuição. O fornecimento exclusivo às lojas deste grupo tinha para a empresa, como compensação, vários privilégios comerciais. A limitada produção da empresa (incapacidade de fornecimento a outras cadeias a nível nacional) e essa relação comercial privilegiada fizeram com que este acordo se mantivesse durante mais de uma década. A mudança das chefias comerciais do grupo SONAE veio trazer mudanças ao nível da relação comercial com a empresa. Ao mesmo tempo a produção foi crescendo. Foi desfeito o acordo de exclusividade e procurou-se alargar a presença dos vinhos para outras cadeias. O fornecimento ao grupo Jerónimo Martins (lojas Pingo Doce) iniciou-se em 2010, o que veio contribuir para um crescimento das vendas para o mercado nacional.

Paralelamente a empresa tem procurado reforçar a sua presença no canal HORECA. Foram desenvolvidas parcerias com distribuidores regionais que têm permitido cobrir as principais regiões. Neste momento a empresa tem distribuidores em Lisboa, Algarve, Ribatejo e parte do distrito de Leiria.

A crise económica que se vive em Portugal nos últimos anos trouxe dificuldades acrescidas no mercado nacional, principalmente no canal HORECA. Confrontada com quebras de vendas no mercado nacional, a empresa reforçou a sua estratégia de alargamento dos mercados externos.

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4.4.5.2- MERCADO EXTERNO

Como foi referido atrás, os poucos clientes existentes no estrangeiro surgiram por iniciativa destes. Não havia uma aposta na internacionalização da empresa. A produção era insuficiente para as solicitações do mercado nacional.

A empresa estava a passar por um período longo e quase contínuo de reconversão de vinhas. Em 2005 explorava uma área de aproximadamente 45 hectares, mais 20 do que os existentes em 1992. No entanto, parte dessa área era ocupada por vinhas muito jovens, algumas das quais ainda sem produção com interesse comercial e enológico.

No entanto havia que pensar no futuro e no crescimento da empresa. Assim, esta teve que começar a definir uma estratégia de internacionalização. Em função da sua reduzida capacidade produtiva na altura deu-se prioridade aos mercados mais próximos. A aposta recaiu essencialmente na Europa.

O autor entendeu que a conquista de prémios em concursos internacionais de vinhos poderia ser uma boa ferramenta promocional dos vinhos da empresa. Fez-se uma primeira análise no sentido de perceber quais os concursos que teriam mais expressão nos mercados internacionais. Numa primeira fase foram destacados os concursos Vinalies Internacionales e o Challenge Internacional du Vin, ambos em França.

Rapidamente começou a ganhar notoriedade conquistando prémios importantes para uma empresa que dava os primeiros passos pelos caminhos da internacionalização (ver Anexo I).

O autor participou em 1996, pela primeira vez em representação da empresa, numa delegação comercial ao estrangeiro, organizada pela Região de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, a Copenhaga (Dinamarca). O principal objectivo desta participação foi entender a mecânica destas ações e ganhar experiência na postura e metodologia de abordagem aos mercados internacionais.

A Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo estava a iniciar projetos de promoção internacional, apoiando os produtores a participar em ações comerciais conjuntas.

Dada a dimensão da empresa e os escassos recursos, entendeu-se que a participação conjunta em delegações de produtores na prospeção de mercados internacionais seria a estratégia mais equilibrada.

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Uma das primeiras iniciativas foi a organização de uma Prova de vinhos do Ribatejo em Varsóvia, que se repetiu no ano seguinte. Nesta última ação foi obtido o primeiro fruto destas iniciativas para a empresa.

Paralelamente o autor procurou a abordagem à distância (por email ou telefone) a importadores localizados em diversos países europeus. Começavam a ser dados os primeiros passos na concretização da internacionalização.

A Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo alargou as suas iniciativas a outros mercados europeus, tendo a empresa aproveitado todas as oportunidades para participar e procurar alargar mercados.

Polónia, Suíça e Bélgica vieram juntar-se à Holanda e Brasil para onde a exportação se tinha iniciado alguns anos antes.

Em 2009 a Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo decide, numa estratégia de comunicação, procurando passar a mensagem para o público de que a região estava a rejuvenescer, mudar o nome para Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo. A designação dos vinhos com Denominação de Origem passaram a ser DO do Tejo e os vinhos com Indicação de Proveniência Geográfica passaram a ser designados Vinho Regional Tejo.

Em paralelo, a Direção da Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo decide levar a cabo diversas ações promocionais no mercado nacional e em mercados internacionais para comunicar a mudança e dar mais visibilidade e notoriedade aos vinhos da região.

Entretanto a empresa vai expandindo as suas vinhas chegando aos atuais 55 hectares. O aumento da produção, bem como o início do declínio das vendas no mercado nacional decorrente da crise económica que começava a dar os seus primeiros sinais, levou o autor a reforçar a sua estratégia de internacionalização, procurando novos mercados,

Com a participação em iniciativas da CVRT e da Viniportugal a empresa, através do autor, aborda mercados mais longínquos – China, Rússia, Estados Unidos da América e Brasil (Figura 9). O Brasil assume-se como principal mercado de exportação, tendo três importadores a representar os vinhos da empresa, cobrindo o canal Horeca e um grupo da distribuição grossista.

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Figura 9 – Participação em feiras e provas internacionais

Em 2012, o autor chega a acordo com um importador russo para começar a distribuir alguns vinhos. No mesmo ano surge Taiwan, com um foco nos vinhos de gama alta, e Angola, através de um distribuidor na zona sul do país.

Em 2013, um importador da Flórida (EUA) começa a importar e a distribuir o vinho mais acessível. Decorrem contatos e negociações com outros importadores para procurar alargar a presença no mercado.

Atualmente a empresa exporta aproximadamente 40% da sua produção e está presente em 16 países (por ordem cronológica): Portugal, Holanda, Brasil, Suíça, Polónia, Bélgica, Espanha, Canadá, Letónia, Alemanha, França, China (Macau, Taiwan e Hong Kong), Rússia, Angola, Estados Unidos da América e Reino Unido. No momento da elaboração deste relatório desenvolviam-se negociações com importadores dos Estados Unidos da América, Moçambique, Dinamarca, Suécia, Republica Checa, Japão, Bélgica, Holanda e Alemanha.

4.5 ATIVIDADES PARALELAS

Durante o período em que estudou no Instituto Superior de Agronomia, foi co-fundador e dinamizador da Associação Portuguesa de Jovens Enófilos.

O sucesso da atividade empresarial e de enologia permitiu ao autor conquistar alguma visibilidade e notoriedade no setor. Disso resultaram convites para desempenhar algumas funções paralelas:

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- membro efetivo e vice-presidente da Câmara de Provadores da Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo (designação da época) entre 2002 e 2009

- membro de Júri em várias edições no Concurso de Vinhos de Portugal e no Concurso de Vinhos do Tejo

- membro do Conselho Geral da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo, em representação da Associação de Agricultores do Ribatejo (2014 – ao presente)

- membro de comissões técnicas consultivas da Direção da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (2007;2010-2012)

- membro da Associação Portuguesa de Enologia

- vogal da Direção da Associação da Rota da Vinha e do Vinho do Tejo (2008-2009)

- Confrade-Fundador da Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo

- Confrade da Colegiada dos Enófilos de São Vicente

- membro do Conselho Consultivo para o Plano Estratégico da Câmara Municipal de Abrantes (2014 – ao presente)

5- CONCLUSÕES

Desde 1997 (momento em que o autor assume a responsabilidade exclusiva da área da Enologia da empresa) até aos dias de hoje, o autor teve a capacidade de desenvolver, aprofundar e aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo da sua formação académica nas diversas valências que abrangem a realidade de uma empresa vitivinícola dos dias de hoje. Mantendo a sua dedicação inicial à área da Enologia, o autor foi confrontado com a necessidade de desenvolver novas capacidades na área comercial e de gestão. Como responsável de mercados da empresa, função acumulada com a área da Enologia, o autor consegue acompanhar mais de perto as alterações nas tendências de mercado e assim adquirir uma maior sensibilidade para a adaptação dos estilos dos vinhos produzidos à realidade do consumidor moderno.

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A experiência vitícola, enológica e comercial adquirida pelo autor em diversas castas na empresa permite-lhe projectar com alguma clareza as apostas a curto e médio prazo.

Segundo o entendimento do autor, a valorização dos vinhos portugueses nos mercados externos é feita através do seu carácter diferenciador, assente num grande património de castas autóctones. A competição baseada no fator preço parece ser uma guerra perdida.

A nível vitícola, a estratégia futura da empresa passará incontornavelmente pela aposta nas castas portuguesas. A presença de algumas castas estrangeiras poderá, no entanto, ter alguma importância em mercados ainda algo inexperientes no consumo de vinho de qualidade. Assim, a empresa irá prosseguir com a renovação de algumas vinhas.

A estratégia comercial da empresa deverá assentar num reforço da sua presença nos mercados internacionais, elegendo os mercados do Brasil, Estados Unidos da América e a Ásia como mercados prioritários para os próximos anos.

Internamente, a empresa e o autor deverão reforçar a presença dos seus vinhos no canal HORECA, procurando desenvolver e estimular as relações com distribuidores regionais. A utilização de um único grande distribuidor exclusivo nacional tem sido rejeitada pelo autor e deverá seguir a mesma estratégia para os próximos anos.

Ainda no mercado nacional, mas mais a nível regional, o autor entende que há ainda margem de expansão para o vinho de entrada de gama embalado em bag-in-box. Este canal, que está já a ser explorado comercialmente pela empresa junto da restauração e de outros pontos de venda locais, deverá continuar a ser promovido.

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ANEXOS ANEXO I PRÉMIOS (2005-2014)

ENÓLOGO DO ANO 2011 – GALA VINHOS DO TEJO

CASAL DA COELHEIRA BRANCO

2005 - Medalha de Prata -Vinalies Internationales – Paris, França 2007 - Medalha de Prata -Vinalies Internationales – Paris, França 2007 - Medalha de Prata – Challenge International du Vin – França 2009 - Medalha de Prata Vinalies Internationales – Paris

2011 - Medalha de Prata – Concurso de Vinhos do Tejo,-Portugal 2013 - Medalha de Prata – Concurso de Vinhos do Tejo - Portugal

2013 - Medalha de Prata – Concours Mondial de Bruxelles - Bruxelas,Bélgica 2014 - Commended – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido

QUINTA ESSÊNCIA PRESTIGE BRANCO

2014- Medalha de Bronze – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido

CASAL DA COELHEIRA RESERVA BRANCO

2009 - Medalha de Prata – Concurso Nacional de Vinhos – Santarém, Portugal 2010 - Commended – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2011 - Medalha de Prata – Concurso de Vinhos do Tejo - Portugal

2012 - Medalha de Prata – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2013 - Medalha de Prata – Mundus Vini – Alemanha

CASAL DA COELHEIRA ROSÉ

2010 - Grande Medalha de Ouro – Concours Mondial de Bruxelles, - Bruxelas,Bélgica 2010 - Best Wine Trophy – Concours Mondial de Bruxelles, - Bruxelas,Bélgica

2010 - Commended – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2011 - Medalha de Ouro -Vinalies Internationales – Paris, França

2012 - Medalha de Prata -Vinalies Internationales – Paris, França

2012 - Medalha de Bronze – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido

TERRAÇOS DO TEJO TINTO

2008 - Medalha de Ouro -Vinalies Internationales – Paris, França

2008 - Medalha de Bronze – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2010 - Commended – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2011 - Commended – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2011 - Commended – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2013 - Commended – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2014 - Medalha de Ouro – Prodexpo – Moscovo, Rússia

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CASAL DA COELHEIRA TINTO

2008 - Medalha de Bronze – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2009 - Medalha de Bronze – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2009 - Medalha de Prata – Concours Mondial de Bruxelles - Bruxelas, Bélgica 2011 - Medalha de Prata – Concurso Nacional de Vinhos – Portugal

2012 - Commended – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido

QUINTA ESSÊNCIA RESERVA TINTO

2014 - Commended – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2014 - Medalha de Bronze – Challenge International du Vin – França

CASAL DA COELHEIRA RESERVA TINTO

2006 - Medalha de Prata -Vinalies Internationales – Paris, França 2009 - Medalha de Prata -Vinalies Internationales – Paris, França

2010 - Medalha de Prata – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2010 - Medalha de Ouro – Concurso Nacional de Vinhos – Santarém, Portugal 2011 - Medalha de Prata – Concurso de Vinhos do Tejo - Portugal

2011 - Medalha de Prata – Concours Mondial de Bruxelles - Bruxelas,Bélgica 2011 - Medalha de Bronze – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2011 - Medalha de Ouro – Concurso Nacional de Vinhos – Santarém,Portugal 2011 - Medalha de Prata – Mundus Vini – Alemanha

2012 - Medalha de Prata -Vinalies Internationales – Paris, França

2012 - Medalha de Prata – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2013 - Medalha de Prata – Concurso de Vinhos do Tejo – Portugal

2014 - Prémio Região - Concurso Uva d’Ouro – Portugal

2014 - Commended – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2014 - Medalha de Prata - Mundus Vini – Alemanha

2014 - Medalha de Prata - Concours Mondial de Bruxelles - Bruxelas, Bélgica 2014 - Medalha de Ouro - Concurso de Vinhos do Tejo – Portugal

2014 - Medalha de Ouro - Vinalies Internationales - Paris, França

MYTHOS

2006 - Medalha de Ouro -Vinalies Internationales – Paris, França

2006 - Medalha de Prata – Concours Mondial de Bruxelles- Bruxelas,Bélgica 2008 - Commended – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2009 - Medalha de Prata -Vinalies Internationales – Paris, França

2010 - Commended – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2010 - Medalha de Prata – Concours Mondial de Bruxelles- Bruxelas,Bélgica 2011 - Medalha de Ouro – Concurso de Vinhos do Tejo - Portugal

2011 - Medalha de Prata – Concours Mondial de Bruxelles- Bruxelas,Bélgica 2011 - Medalha de Prata – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2011 - Medalha de Ouro – Concurso Nacional de Vinhos – Portugal

2011 - Medalha de Ouro – Mundus Vini – Alemanha

2012 - Commended – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2012 - Medalha de Bronze – Challenge International du Vin – França

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MYTHOS (continuação)

2012 - Medalha de Bronze – Decanter World Wine Awards – Londres, Reino Unido 2013 - Medalha de Bronze- International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2013 - Medalha de Ouro – Mundus Vini – Alemanha

2013 - Medalha de Ouro – Concurso de Vinhos do Tejo – Portugal 2013 - Medalha de Ouro – Concurso de Vinhos do Tejo – Portugal

2013 - Medalha de Ouro – Concours Mondial de Bruxelles- Bruxelas,Bélgica 2014 - Medalha de Bronze – International Wine Challenge – Londres, Reino Unido 2014 - Medalha de Ouro – Concurso de Vinhos do Tejo - Portugal

Imagem

Figura 1 – Pátio da adega (fotografia atual)
Figura 2 – Cubas de cimento requalificadas
Figura 4 – Enrelvamento natural parcial
Figura 7 – Investimentos mais recentes
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