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Estudo da reprodutibilidade da frequência cardíaca e perceção subjetiva do esforço no Power Jump

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

ESTUDO DA REPRODUTIBILIDADE DA FREQUÊNCIA

CARDÍACA E PERCEÇÃO SUBJETIVA DO ESFORÇO NO

POWER JUMP

Mestrado em Ciências do Desporto

Especialização em Avaliação e Prescrição nas Atividades Físicas Desportivas

IDAMÉLIA OLIOTA RIBEIRO DE MACÊDO

Orientador Prof. Dr. Victor Reis

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

ESTUDO DA REPRODUTIBILIDADE DA FREQUÊNCIA

CARDÍACA E PERCEÇÃO SUBJETIVA DO ESFORÇO NO

POWER JUMP

Mestrado em Ciências do Desporto

Especialização em Avaliação e Prescrição nas Atividades Físicas Desportivas

Dissertação apresentada com vista à obtenção do grau de Mestre Ciências do Desporto, Especialização em Avaliação e Prescrição nas Atividades Físicas Desportivas, cumprindo o estipulado no Decreto-Lei 107/2008, de 25 de Junho.

Orientador: Prof. Dr. Victor Reis

UTAD Vila Real, 2015

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III

AGRADECIMENTOS

Sem sonhos, as perdas se tornam insuportáveis, as pedras no caminho se tornam montanhas. Sem sonhos a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais.”

Augusto Cury

Primeiramente а Deus, único merecedor de toda honra e glória, de onde vem toda minha força, permitindo tudo o que vem acontecendo, realmente pudesse ser concretizado no tempo certo. Ele me capacitou, não somente nestes anos como aluna do mestrado, mas em todas as áreas da minha vida, é o maior mestre qυе alguém pode conhecer.

A esta universidade pela oportunidade de fazer o curso, sеυ corpo docente, direção е administração qυе oportunizaram а janela qυе hoje vislumbro dm horizonte superior, eivado pela acendrada confiança nо mérito е ética aqui presentes.

Ao Professor Doutor Victor Machado de Ribeiro dos Reis, orientador científico deste trabalho, quero expressar toda minha gratidão pelo acolhimento e elucidação, por todo o apoio e paciência concedido a nível científico e pedagógico, pelo estímulo e interesse manifestado mesmo quando tive que recomeçar, depois de alguns anos, com uma nova abordagem na minha pesquisa.

Ao Professor Mestre José Onaldo Ribeiro de Macêdo pelo extraordinário apoio e incentivo ao longo de toda minha vida, bem como por todo amor inquestionável em todas as áreas da minha vida, pela disponibilidade, carinho, compreensão e incentivo, especialmente neste último moroso processo.

Ao Professor Leandro Sávio Oliota Ribeiro pelo grande auxílio na construção deste estudo, ensinamentos, empenho, amabilidade constante e interesse manifestado.

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Aos meus filhos, Leandro, Laerte e Laisa por toda compreensão e amor incondicional, pelas horas que estive ausente, por tudo que vocês representam na minha vida, pelo carinho mais especial importante durante esta longa cruzada.

Aos meus queridos alunos da Faculdade Integradas de Patos (FIP) que voluntariamente participaram na coleta deste estudo, agradeço pela amizade e carinho e empenho que se revelaram de capital importância do ponto de vista científico, sem os quais, não seria possível a realização deste trabalho.

Os meus agradecimentos aos amigos e amigas (Priscila, Thaiwana, Joelly, Ozineide, Michel, Savio, Márcia, Danilo, Júnior, Rosa de Lourdes) pelo apoio nas horas difíceis, companheiros nos trabalhos, irmãos nа amizade qυе fizeram parte da minha formação е qυе vão continuar presentes em minha vida com certeza.

Aos queridos colegas de profissão por todas as contribuições valiosas ao longo desta longa jornada, pelo ombro cedido, pelos horários incertos, incentivo e motivação.

As minhas maravilhosas irmãs Rubia e Juliana pelo apoio imensurável, pelo carinho e dedicação, pelas orações preciosas, por todo amor direcionado ao meu crescimento pessoal, profissional e acadêmico. Muito Obrigada!

Agradeço a minha preciosa mãe, pelos ensinamentos constantes, por todo amor desde o início e durante todo processo da minha criação, por todo esforço e dificuldade na minha formação de vida, por tudo que sou e pelo que me tornei. Eternamente Grata!

Meus sentimentos de gratidão e carinho a todos quantos prestaram direta ou indiretamente sua contribuição ajudando a criar condições necessárias à realização deste presente estudo.

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V

Índice Geral

AGRADECIMENTO……… III

ÍNDICE GERAL……….. V

ÍNDICE DE TABELAS……… VII ÍNDICE DE FIGURAS……… VIII LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS………... IX

RESUMO………. X ABSTRACT……….. XI AGRADECIMENTOS ... III 1.INTRODUÇÃO ... 2 1.1. Apresentação do problema... 2 1.2. Objetivos ... 5

1.3. Identificação das variáveis... 5

2.REVISÃO DE LITERATURA ... 7

2.1 Programa de Power Jump ... 7

2.2 Parâmetros Fisiológicos... 9

3.MATERIAL E MÉTODO ... 19

3.1 Participantes ... 19

3.2 Procedimento para coleta dos dados ... 20

3.3 Protocolo e instrumentos ... 21

3.3.1 Medidas antropométricas ... 21

3.3.2 Frequência Cardíaca ( FC ) ... 21

3.3.3 Escala de Perceção de Esforço OMNI ... 22

3.3.4 Aula de Power Jump ... 22

3.4 Análise estatística ... 23

4.APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ... 26

4.1Estudo da normalidade ... 26

4.2Análise descritiva ... 27

4.3Análise comparativa da Frequência cardíaca (FC) e Perceção subjetiva do esforço de OMNI (PSE) entre as aulas do Power Jump Mix 43 por faixa musical. . 28

4.4Análise de correlação entre a Frequência cardíaca (FC) e Perceção subjetiva do esforço de OMNI (PSE) ... 31

5.DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ... 33

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7.REFERÊNCIAS ... 41 8. ANEXOS……….47 ANEXO 1 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

ANEXO 2 – MODELO DA FICHA DE COLETA DA PSE E FC NAS AULAS DE POWER JUMP

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VII

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Estrutura de uma aula padrão de Power Jump ... 8

Tabela 2: Caracterização dos participantes ... 20

Tabela 3: Estudo da normalidade para a caracterização dos participantes... 26

Tabela 4: Análise de normalidade da PSE por aula e faixa musical (n= 9) ... 27

Tabela 5: Análise de normalidade da FC por aula e faixa musical (n=10) ... 27

Tabela 6: Análise descritiva da FC nas três aulas (n=10) ... 28

Tabela 7: Análise descritiva da PSE nas três aulas (n=10) ... 28

Tabela 8: Comparação da FC entre PJ1, PJ2 e PJ3 por faixa musical (n=10) ... 29

Tabela 9: Comparação da PSE entre PJ1, PJ2 e PJ3 por faixa musical (n=9) ... 29

Tabela 10: Correlação entre a FC e PSE por aula ... 31

(8)

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Escala de OMNI-BS ... 22

Figura 2: Fotografia em um dos momentos da aula de Power Jump. ... 23

Figura 3: Comportamento da FC e PSE. ... 30

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IX

LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS

ACSM American College of Sports Medicine

BP Body Pump

Bpm Batimentos por minuto CO2 Dióxido de Carbono

D Teste d de Cohen

CE Custo Energético

FC Frequência Cardíaca

IMC Índice de Massa Corporal JF Jump Fit

LTF1 Primeiro Limiar de Transição Fisiológica LTF2 Segundo Limiar de Transição Fisiológica η2

Eta Quadrado

PDFC Ponto de Deflexão da Frequência Cardíaca PJ Power Jump

PSE Perceção Subjetiva de Esforço QR Razão da troca respiratória SW

TI

Shapiro Wilk

Teste Incremental

VCO2 Produção do Gás Carbónico VO2 Consumo de Oxigênio

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RESUMO

A procura pela prática de exercícios físicos em academias tem crescido a cada dia em busca da estética e saúde. Os programas em academia de ginástica têm oferecido diferentes metodologias inovadoras como forma de estratégia na motivação e adesão dos seus praticantes. O objetivo deste estudo foi Investigar a reprodutibilidade da frequência cardíaca (FC) e perceção subjetiva de esforço (PSE) durante três aulas idênticas de Power Jump. Participaram 10 mulheres voluntárias com 32 ± 6,9 de idade, massa corporal de 66,8 ± 9,4, índice de massa corporal de 24,6 ±2,3, % de gordura de 29,1 ± 2,8 e 164,3 ± 5,5 de estatura, fisicamente ativas, praticantes de Power Jump com mais de seis meses de prática. As voluntárias foram submetidas a três sessões idênticas de aula de Power Jump. Foram monitoradas pelo cardiofrequêncímetro e a PSE pela escala de OMNI-BS. Para as comparações da FC e da PSE foi realizada Anova de medidas repetidas. O eta quadrado e o d de Cohen foram usados como quantificadores do tamanho dos efeitos. Na resposta da FC os valores médios foram: 168,0 ± 12,2 bpm, 163,5 ± 14,2 bpm e 166,4 ± 13,9 bpm e para a PSE os valores médios foram: 4,4 ± 2,1; 4,7 ± 2,0 e 4,5 ± 2,2 nas aulas de PJ1, PJ2 e PJ3, respetivamente. O efeito momento mostrou que não houve diferença entre aulas. Houve efeito significativo do momento da FC com os valores do η2

= 0,588, 0,567 e 0,711 nas aulas de Power Jump 1, Power Jump 2 e Power Jump 3, respectivamente. O efeito momento da PSE calculado pelo teste d Cohen (d) foram: 0,776, 0,757 e 0,740 confirmando que não houve diferenças entre aulas PJ1, PJ2 e PJ3, respectivamente. Foi encontrado correlação positiva e significativa entre a FC e PSE em cada aula, Power Jump 1 (r = 0,536, p<0,001), Power Jump 2 (r = 0,359, p<0,001) e Power Jump 3 (r = 0,351, p<0,001). Conclui-se que os valores da FC e PSE na metodologia das três aulas de Power Jump apresentaram similaridade. Este estudo demonstra que a reprodutibilidade dos dois indicadores fisiológicos permitem a utilização de qualquer um deles nas metodologias das aulas de Power Jumpcontribuindo na melhora e manutenção da aptidão cardiorrespiratória.

Palavras-chave: Frequência Cardíaca, Perceção Subjetiva de Esforço, Minitrampolim, Power Jump.

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XI

ABSTRACT

The search for physical exercise at gyms has grown every day in search of aesthetics and health. The programs in the health club has offered various innovative methodologies as a form strategy motivation and adherence of its practitioners. The purpose of this study was to investigate the reproducibility of heart rate (HR) and exertion perception (EP) for three identical classes of

Power Jump. Participated 10 female volunteers with 32 ± 6.9 age, body weight

66.8 ± 9.4, body mass index 24.6 ± 2.3, 29.1% fat and 164 ± 2.8 3 ± 5.5 stature, physically active, Power Jump practitioners over six months of practice. The volunteers were submitted to three identical sessions of Power Jump class. They were monitored by heart rate monitor and PSE by OMNI-BS scale. For comparisons HR and PSE was performed ANOVA for repeated measures. The Eta squared of the d Cohen quantizers were used as the size of detected effects. The HR response in the mean values were: 168.0 ± 12.2 bpm, 163.5 ± 14.2 bpm and 166.4 ± 13.9 bpm and the PSE mean values were 4.4 ± 2 1; 4.7 ± 2.0 and 4.5 ± 2.2 in the classes of Power Jump 1, Power Jump 2 and Power Jump 3 respectively. There was no significant difference in HR and PSE between the three classes. It was found positive and significant correlation between two variables for each class, Power Jump 1 (r = 0.536, p <0.001), Power Jump 2 (r = 0.359, p <0.001) and Power Jump 3 (r = 0.351, p <0.001) and in general correlation in the set of class 3 (r = 0.401, p <0.001). It concludes that the values of HR and PSE methodology of the three Power Jump classes showed similarity. This study demonstrates that the reproducibility of two physiological indicators allow the use of either of them in the methodologies of Power Jump classes contributing to the improvement and maintain of cardiorespiratory capacity.

Key Words: Heart Rate, Subjective Perception of Effort, Mini Springboard, Power Jump.

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2

1.INTRODUÇÃO

1.1. Apresentação do problema

A utilização dos programas de exercícios em academias de ginástica tem proporcionado diversas opções de atividades aeróbicas com diferentes metodologias. Estas estratégias com métodos inovadores visam atender seus praticantes como forma de motivação e adesão, onde os mesmos sentem a necessidade de buscar a estética e saúde (de Mello, Boscolo, Esteves, & Tufik, 2005). Nesta perspectiva, as academias passaram a ver a ginástica em grupo como uma máquina propulsora de um negócio buscando assim uma melhor qualidade de serviço.

A procura pela prática em ambos os gêneros por exercícios físicos nas academias tem crescido atualmente por razão dos diferentes tipos de aulas desde os mais tradicionais como: localizada, ginástica aeróbica, musculação até as mais recentes que funcionam em forma de franquia como: Body Pump (BP) e Power Jump (PJ) (Pfitzinger & Lythe, 2003). Devido a esses programas serem realizados em grupos têm proporcionado uma disposição, motivação, prazer e principalmente inúmeros benefícios no condicionamento físico geral (Furtado, Simão, & Lemos, 2004).

A sociedade tem observado que o caminho mais saudável é praticar de forma regular uma atividade física evitando o sedentarismo que tem contribuído de forma absurda para o aumento da obesidade e consequentemente a mortalidade devido às complicações cardiovasculares. Desta forma, estudos epidemiológicos têm evidenciado que a prática regular de atividade física tem relação com a diminuição das causas da mortalidade influenciadas pelos principais fatores de risco que comprometem a saúde dos indivíduos (Lee & Skerrett, 2001).

Tanto para saúde como para desempenho é necessária a correta aplicação dos princípios do treinamento respeitando a sobrecarga (intensidade, volume, frequência semanal) de acordo com a capacidade funcional do individuo (Grossl, Guglielmo, Carminatti, & Silva, 2008a). Os exercícios de baixa intensidade sempre foram recomendados para a saúde, porém, hás

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evidências recentes de que os exercícios de alta intensidade também produzem efeitos significativos e importantes proporcionando um maior dispêndio energético diário (Almeida & Araújo, 2003).

O Power Jump é um programa de exercícios ritmados sobre um mini trampolim caracterizados por movimentos pré-coreografados e sincronizados ao ritmo da música, sendo seus benefícios considerados os mesmos que alcançados pela prática regular dos exercícios aeróbios (da Silva, de Lima, & Agostini, 2011). Apesar dos exercícios moderados contribuírem positivamente para a saúde, evidências mostram que os exercícios praticados com intensidades elevadas são mais eficientes para a melhora do (VO2max)

sugerindo que os exercícios de alta intensidade para a melhoram o componente cardiorrespiratório (O'Donovan et al., 2005). O Power Jump é composto por nove músicas totalizando uma duração de 50 a 55 minutos, sendo classificado como um treinamento intervalado sendo controlada por meio de uma sequência progressiva dos movimentos apresentando desta forma esforços de diferentes intensidades.

O American College of Sports Medicine (ACSM, 2013) recomenda a realização de exercícios físicos de três a cinco vezes por semana, com duração de 20 a 60 minutos contínuo ou intervalados variando entre 50% e 85% do consumo máximo de oxigênio (VO2max) e entre 64% e 94% da frequência

cardíaca máxima (FCmax) para a melhora da aptidão cardiorrespiratória. Neste

contexto de modelo de prescrição de exercícios físicos voltados para a saúde as aulas de ginástica realizadas em grupos deveriam contemplar esses fatores que interferem nas variáveis cardiorrespiratórias recomendadas.

Segundo Furtado et al. (2004) e Pantoja, Vendrusculo, Coertjens, Petkowizs, and Tartaruga (2004), a frequência cardíaca, o consumo de oxigênio, a perceção subjetiva de esforço e a concentração de lactato são indicadores fisiológicos que são utilizados como marcadores das adaptações agudas sofridas pelo corpo, devido ao estresse e ao esforço, durante a prática de diferentes protocolos de Jump. Os estudos de Furtado et al. (2004) e Alonso, Anjos, Leite, Gonçalves, and Padovani (2007) verificaram essas respostas fisiológicas durante a prática de vários protocolos de Jump resultando assim, numa melhoria da capacidade cardiorrespiratória.

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4

A proposta dessa prática estimula as variáveis hemodinâmicas, metabólicas por meio de exercícios aeróbios, resistência de força com ações musculares priorizando os membros inferiores e do abdómen por causa dos vários estímulos que são incrementados na duração, intensidade e frequência estabelecidas durante a metodologia dessas aulas (Alonso, Anjos, Leite, Gonçalves, & Padovani, 2005; Alonso et al., 2007; Faccin et al., 2012; Grossl et al., 2008a; Perantoni, de Assis Lauria, Deresz, de Lima, & da Silva Novaes, 2010; Perantoni, Deresz, de Assis Lauria, de Lima, & da Silva Novaes, 2009).

A literatura relata que para modificar a intensidade podem ser: empurrar a lona do minitrampolim para aumentar o vigor, uso de movimentos que utilizem maiores grupamentos musculares, maior intensidade do movimento de pernas e braços, variação na cadência musical e mudanças nas sequências da coreografia (Furtado et al., 2004; Grier, Lloyd, Walker, & Murray, 2002; Pinto et al., 2010; Vianna et al., 2005).

No estudo de Faccin et al. (2012) verificaram na aula de Power Jump a frequência cardíaca média e o custo energético médio foram de 146,08 bpm e 377,63 kcal, respectivamente. O custo energético (CE) e a frequência cardíaca (FC) pós-exercício são intensos mesmo levando em consideração o tempo da aula. O custo energético após os exercícios de contra resistência, o consumo de oxigênio permanece acima dos níveis de repouso por um determinado período (Meirelles & Gomes, 2004). Esses valores do custo energético obtidos nas aulas estão de acordo com o recomendado do ACSM (2013), que sugerem um CE de 150-400 kcal em atividade física programada por dia com o objetivo de uma média de 1000 kcal por semana para a manutenção da saúde.

A frequência cardíaca (FC) entre os vários parâmetros utilizados para um programa de treinamento físico é um dado fundamental para aumentar a intensidade dessas aulas aeróbicas oferecidas pelas academias de ginástica. Este parâmetro fisiológico avalia o grau de condicionamento cardiorrespiratório de uma pessoa e auxilia na prescrição de exercício durante um esforço físico (da Silva et al., 2011).

A prática do Power Jump vem crescendo a cada dia nas academias de ginásticas e pouco se sabe sobre o comportamento da frequência cardíaca, do consumo de oxigênio e suas demandas energéticas, bem como os anteriores

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se relacionam com a perceção de esforço. Sendo assim, buscou com este estudo avaliar a reprodutibilidade da frequência cardíaca e perceção subjetiva de esforço no de Power Jump.

1.2. Objetivos

Objetivo Geral

Investigar a reprodutibilidade da frequência cardíaca e perceção subjetiva de esforço durante três aulas idênticas de Power Jump;

Objetivos Específicos

 Comparar a frequência cardíaca e a percepção subjetiva de esforço entre as aulas de Power Jump;

 Verificar a correlação da frequência cardíaca e perceção subjetiva de esforço durante as aulas de Power Jump.

1.3. Identificação das variáveis

Variáveis independentes

I. Coreografia de Power Jump no Mix 43

Variáveis dependentes

I. Frequência Cardíaca

II. Perceção Subjetiva de Esforço

Variáveis de controle

I. Professor II. Música

III. Ambiente (temperatura e humidade) IV. Hora de coleta

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2.REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Programa de Power Jump

O Power Jump é um programa de ginástica em grupo onde são realizados exercícios ritmados em um minitrampolim que permite uma maior segurança devido a sua superfície elástica, promovendo a redução do impacto nas articulações. Este recurso foi criado por Albert Earl Carter na década de 70, o minitrampolim é hoje muito utilizado para combater o sedentarismo e uma evolução da ginástica em grupo nas salas de academia espalhadas por todo mundo. Esta aula pré-coreografa é caracterizada por movimentos simples, cada uma, com seu objetivo específico propiciando aos seus praticantes uma aula prazerosa, divertida e intensa (da Silva, C. C., de Lima, C., & Agostini, S. M. 2008).

Vários programas podem ser encontrados com esses equipamentos de trampolim no mercado, contudo, o nome do programa muda a consoante por causa da empresa que detém os direitos autorais da marca. O Jump Fit (empresa FitPro®), o Power Jump (empresa Body Systmes®), Jump Plus (empresa Fitnessbeat®), Jump Rebook (empresa Rebbok®) entre outros nomes de coreografias próprias dos professores não filiados a empresas, denominadas por “aulas de Jump”.

Este programa foi criado por empresas como a Les Mills International como método de treinamento para professores, o Body Training Systems e estão distribuídos por mais de 55 países. No Brasil foi criada a Body Systems

Latin American com a finalidade de trazer para o mercado interno um padrão

internacional para centenas de academias credenciadas/ licenciadas para a utilização de tais programas. Este programa de Power Jump é uma das atividades mais procuradas nas academias brasileiras com aulas coreografadas com duração aproximada de uma hora, basicamente composta por saltos e corridas, visando à realização de um trabalho cardiorrespiratório e neuromuscular (Junior & Doimo, 2007).

O Power Jump pode ser classificado como um treinamento intervalado, exigindo a execução repetitiva de um determinado exercício, separados por um

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8

período de recuperação ativa ou passiva (Robergs & Roberts, 2002). Este trabalho intermitente retarda a fadiga devido à diminuição da taxa glicolítica na fase de recuperação, permitindo o aumento da intensidade durante os períodos de carga (Beneke, Hutler, von Duvillard, Sellens, & Leithauser, 2003).

Esta modalidade é composta por nove músicas pré-coreografadas, no formato de treinamento aeróbico intervalado, conforme a Tabela 1, sendo divididas em três fases que sempre a mesma sequência. A fase I é composta por um aquecimento que tem uma única música para membros inferiores e superiores com uma variedade de exercícios aeróbios de baixa intensidade objetivando o aumento da temperatura corporal. A fase II é composta de quatro músicas com intensidades alternadas. A fase III é composta por quatro músicas, sendo duas músicas com aumento da FC, uma música para os abdominais e uma última música para alongamentos numa duração total de 50 a 55 minutos. A velocidade das músicas para as aulas de PJ está entre 138 – 145 batimentos por minuto (da Silva et al., 2008)

Tabela 1: Estrutura de uma aula padrão de Power Jump

MÚSICA DURAÇÃO

(min)

%FCmax

(limite inferior e superior)

1 5:30 - 6:00 Do repouso até 70% 2 5:30 70 – 80% 3 5:20 80 – 85% 4 5:00 85 – 90% 5 4:50 70 – 80% 6 4:20 80 – 85% 7 5:20 85% - 95% 8 4:55 Abaixo de 70% 9 4:45 Abaixo de 50 %

FCmax = frequência cardíaca máxima

O sucesso deste programa está relacionado, principalmente ao prazer e motivação que esta atividade proporciona com o emprego das diferentes metodologias nas aulas visando atender as necessidades de seus adeptos em relação à estética e a saúde (de Mello et al., 2005).

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Os benefícios do Jump Fit são considerados os mesmos que os alcançados pela prática regular dos exercícios aeróbios, na obtenção ou manutenção dos níveis de condicionamento físico para a realização das tarefas do quotidiano (Furtado et al., 2004).

Os exercícios aeróbios sempre foram recomendados para o aprimoramento da saúde, porém, estudos recentes evidenciaram que exercícios de alta intensidade ou vigorosos também produzem efeitos significativos proporcionando um maior custo enrgético diário (Donnelly et al., 2009). Além desses exercícios de alta intensidade contribuir para a saúde, proporcionar um maior custo energético, ainda auxilia no aumento da massa corporal magra, aumento do dispêndio de energia pós-exercício e na redução do perfil lipídico (de Almeida, 2007; Hardman, 2001).

Alguns estudos verificaram o comportamento das variáveis cardiorrespiratórias, metabólicas, percepção subjetiva de esforço nestes tipos de programas com diferentes metodologias (Alonso et al., 2005; Alonso et al., 2007; Faccin et al., 2012; Furtado et al., 2004; Grossl et al., 2008a; Lemos, Simão, Miranda, & Novaes, 2008; Moraes et al., 2012; Perantoni et al., 2010; Perantoni et al., 2009; A. C. Silva et al., 2011).

2.2 Parâmetros Fisiológicos

Frequência Cardíaca (FC)

A frequência cardíaca é a quantidade de vezes que o coração bate por minuto, sendo usada como uma das principais variáveis fisiológicas relacionadas à prescrição e controle do exercício físico (Allsen, Harrison, & Vance, 2001). No exercício existe uma predominância dos nervos cardio-reguladores simpáticos sobre o nervo vago, fazendo com a FC aumente acima dos níveis de repouso (Almeida & Araújo, 2003). Os hormônios produzidos pelas glândulas suprarrenais, a adrenalina e noradrenalina, na corrente sanguínea exercem forte influência sobre o ritmo cardíaco. Basicamente, a FC é modulada por uma ação conjunta, embora independentes, dos ramos simpático e parassimpático do sistema nervoso autônomo (Foss, Keteyian, & Taranto, 2000).

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10

A FC aumenta linearmente ao esforço físico ocorrendo um aumento do consumo de oxigênio, volume sistólico, débito cardíaco e esta relação linear pode ser utilizada para predizer a capacidade cardiorrespiratória de um indivíduo. Durante ao esforço ocorrem essas alterações fisiológicas que são consideradas as adaptações cardiovasculares agudas e as adaptações crônicas vão ocorrer decorrente do treinamento regular (Brum, Forjaz, Tinucci, & Negrão, 2004). O aumento da FC está relacionado com a condição física do indivíduo e neste caso a frequência cardíaca máxima (FCmax) não sofrerá

grande elevação, já em indivíduos não condicionados a FCmax pode chegar a

valores extremos. Na FC de repouso terá uma diminuição significativa em respostas ao treino devido ao aumento do retorno venoso, do volume de sistólico, da contrabilidade miocárdica (Perini & Veicsteinas, 2003).

Entre os indicadores fisiológicos utilizados para o controle da intensidade de treinamento destaca-se o VO2max, Lactato sanguíneo, este

último tem sido reconhecido como o mais confiável para o controle das cargas de treinamento (Denadai, 2012). Embora, bastante fidedignas essas mensurações torna-se dispendiosa em termos de tempo e recursos financeiros, sendo utilizados em laboratório em condições controladas. Estes indicadores fisiológicos e as respostas dessas adaptações são objetos de investigação científica, da mais simples á mais sofisticada, sendo necessário verificar a validade, praticidade e aplicabilidade de tais instrumentos.

A frequência cardíaca é normalmente utilizada como forma de controlar a intensidade das atividades de academia. Segundo Denadai (2012), seu uso nas atividades cíclicas demonstra excelentes resultados nos usuários, comprovados pelos estudos que relacionam o % VO2max com o % FCmax em

diferentes tipos de exercícios com esteira, ciclismo, ergômetro de braço e remo.

A utilização do duplo produto da frequência cardíaca pela pressão arterial sistólica é indicada como melhor método não invasivo de avaliação do trabalho cardíaco, durante o repouso ou nos exercícios aeróbios, pois apresenta uma forte correlação com o consumo de oxigênio, podendo ser utilizado como monitor e controlador de segurança na atividade física, principalmente em academias de ginásticas, por ser um método viável tanto no

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que diz respeito a fácil aplicabilidade de mensuração quantos os baixos custos de sua utilização (Polipo & Farinatti, 2003).

Segundo Furtado et al. (2004), a frequência cardíaca é um indicador fisiológico que pode ser utilizado como marcador das alterações orgânicas sofridas pelo corpo, sendo uma forma indireta para a estimativa da intensidade do exercício e da utilização de oxigênio pelo corpo (Foss et al., 2000). Alguns estudos têm verificado uma forma linear entre a FC e o consumo de oxigênio VO2 nas intensidades submáximas do exercício (Achten & Jeukendrup, 2003).

A utilização de regressão linear entre os percentuais de FCmax e o VO2max

parece ser bastante mais aplicável e prático que a utilização do VO2. Desta

forma basta monitorar a frequência cardíaca do indivíduo para poder estimar o VO2 da atividade.

No estudo de Furtado et al. (2004), analisaram o comportamento das variáveis fisiológicas e metabólicas em mulheres jovens durante a execução de uma aula de Jump Fit, através da mensuração por ergoespirometria. Este grupo avaliado apresentou boa aptidão física geral, considerando o VO2máx

médio de 2,61lmin-1 e a FCmáx de 183,9 bpm e um custo energético total na aula

de 386,4 kcal. Compararam os valores médios do VO2 de todas as etapas da

aula com o VO2pico médio alcançado no teste ergoespirométrico (2,61lmin-1),

afirmaram que as voluntárias realizaram a aula do Jump Fit a 81,2% VO2pico.

Tais resultados demonstraram que as avaliadas fizeram uma atividade física com intensidade moderada a intensa. Considerando 183,9 bpm a média da FCmáx obtida pelas voluntárias no teste ergoespirométrico constataram que a

intensidade do trabalho físico médio, relacionado a FC durante toda a aula de

Jump Fit, representou 87,1% da média da FCmáx alcançada pelas voluntárias,

reforçando a característica de uma atividade física vigorosa. Este resultado alcançado está de acordo com as recomendações científicas do ACSM (2013) em relação à zona ideal de treinamento de um exercício físico (60 a 90% da FC

máx e 50 a 85% do VO2máx) e um CE de 300-500 kcal nas sessões de exercícios.

Este estudo concluiu que estes resultados proporcionam um aumento da resistência cardiorrespiratória podendo este programa de Jump Fit nas aulas de academias serem indicados com o objetivo de melhorar a condição aeróbia e manutenção de forma efetiva para a melhora da aptidão física e da saúde.

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12

Pinto et al. (2010) estudaram os efeitos agudos de uma coreografia de

Slide realizada em diferentes ritmos cujo objetivo foi determinar os efeitos

agudos nas variáveis da FC, VO2 e CE. Constatou que não houve diferença

estatisticamente significativa entre essas variáveis analisadas em uma sessão de Slide a ritmos musicais distintos (130 e 145 bpm). No ritmo de 145 bpm verificaram valores superiores da FC, VO2, R, CE. Esses valores médios da FC

foram de 91% da FCmáx e do VO2 entre 37 e 40 ml/kg.min-1 correspondendo a

um dispêndio energético entre 10 e 11kcal/min. No ritmo de 130 bpm observou-se oxidação predominantemente de lipídeos enquanto a 145 bpm obobservou-servou-observou-se oxidação predominantemente de hidratos de carbono.

A intensidade e a duração do esforço durante o exercício são determinadas pela combinação de substratos energéticos e o estado nutricional do indivíduo. Os valores da troca respiratória (R) variam de acordo a mistura específica a ser oxidada. A medida que a intensidade aumenta, a necessidade de energia proveniente dos hidratos de carbono também aumenta (Wilmore & Costill, 1994).

No estudo de (Grossl, Guglielmo, Carminatti, & Silva, 2008b) teve como objetivo a determinação da intensidade da aula de Power Jump por meio da FC em uma academia de ginástica. Os sujeitos foram primeiramente submetidos a um teste incremental em uma esteira ergométrica (TI), obtendo os valores de VO2, FCmáx, ponto de deflexão da FC e CE. Realizaram duas aulas

coreografadas idênticas e compararam os valores obtidos em cada delas. Verificaram diferenças significativas da primeira para a segunda, comprovando que houve adaptações e melhorias cardiorrespiratórias. Sugeriram que essas aulas pré-coreografadas apresentam diferenças em termos de intensidade mesmo dentro de um mesmo protocolo. A FC média foi de 161 ± 11 bpm e 156 ± 10 bpm (1ª aula e 2ª aula respetivamente) o que corresponde a 82,8 ± 6% e 80 ± 5 bpm em relação a FCmáx obtida no teste máximo. Concluíram que a

intensidade foi adequada na maior parte das aulas de PJ sendo adequada para o aprimoramento da capacidade aeróbia.

No estudo de Perantoni et al. (2009) verificaram a intensidade de uma sessão de Jump numa cadência musical de 135 bpm, com uma coreografia de 10 minutos usando apenas membros inferiores em 11 mulheres saudáveis com

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idade de 23,2 ± 2,2 anos, massa corporal 61,7 ± 8,3, estatura 165,3 ± 6,1 cm. As voluntárias foram submetidas a um teste máximo usando o protocolo de Bruce em esteira rolante e um outro teste no minitrampolim para verificar o VO2máx. Os valores médios da FC foram: 151,7 bpm e o VO2 médio de 23,86

ml/kg/min, que correspondem percentualmente a 81 % e 64 %, respetivamente com relação aos valores máximos obtidos nos testes. Concluíram que em uma sessão de Jump em uma cadência musical de 135 bpm com uma coreografia usando isolando os membros inferiores, está de acordo com as recomendações do ACSM (2013).

No estudo de Perantoni et al. (2010) compararam o efeito agudo da cadência musical e da utilização dos membros superiores em uma coreografia de Jump Training nas variáveis FC, VO2,CE e PSE. A amostra foi composta

por 11 mulheres saudáveis com idade de 23,2 ± 2,2 anos, massa corporal 61,7 ± 8,3, estatura 165,3 ± 6,1 cm, praticantes da modalidade de Jump, onde foram submetidas a quatro testes. A FCmáx e o VO2máx. foram verificadas em dois

testes máximos em esteira rolante usando o protocolo de Bruce. Os valores médios no protocolo de Bruce para a FCmáx e o VO2máx foram de 189+ 11,6

bpm e 38,14+6,6 ml.kg.min-1 respectivamente. Posteriormente três protocolos de Jump foram realizados com cadências musicais diferentes e com a utilização dos membros superiores. O protocolo do Jump 1 (protocolo de controle) utilização somente dos membros inferiores com uma cadência musical de 135 bpm. Os protocolos do Jump 2 conjugaram os membros superiores com a mesma cadência e o protocolo de Jump 3 igual ao Jump 1, porém numa cadência de 145 bpm. Os três tiveram a duração de 10 minutos. Os valores médios encontrados para as variáveis deste estudo nos protocolos

Jump 1, Jump 2 e Jump 3 foram, respetivamente: FC (155 ± 1,4 bpm, 160 ± 1,5

bpm; 165 ± 1,4 bpm); VO2 (25,16 ± 4,3 ml/kg/min; 28,17 ± 4,9 ml/kg/min, 28,83

± 6,1 ml/kg/min); CE (7,75 ± 1,6 kcal/min; 8,67 ± 1,8 kcal/min; 8,87 ± 2,1 kcal/min) e PSE (13 ± 2,5; 14 ± 2,3; 14 ± 2,9). Não houve diferenças significativas para FC, VO2, CE e PSE. Os resultados em percentuais médios

obtidos para a FC e para o VO2 do presente estudo foram: Jump 1 de 82 % da

FCmáx, e 67 % do VO2max no Jump 2 de 85% da FCmáx e 75 % do VO2max e

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resultados concluíram que está de acordo com as recomendações do ACSM (Pollock et al., 1998) e a intensidade desta atividade cardiorrespiratória contribui para a melhora do condicionamento aeróbio.

No estudo de Da Silva et al., (2008) estudaram o comportamento das variáveis fisiológicas em mulheres submetidas a 12 semanas de treinamento do programa de Power Jump. Os resultados apontaram melhora significativa nos valores de FC de repouso, da capacidade cardiorrespiratória VO2máx, além

de outras variáveis neuromusculares. Diante destes achados concluíram principalmente uma melhora das variáveis cardiovasculares e isso se deve por suas características predominantemente aeróbias.

No estudo de Faccin et al. (2012) verificaram o gasto calórico nas aulas de Bory Pump (BP) e no Power Jump (PJ). Mediram continuamente o VO2 e a

FC durante toda a aula de BP e PJ e 30 minutos pós-exercício. O CE, a FC permaneceram maiores durante a aula de PJ quando comparado com a aula de BP (PJ = 377,63 kcal; 146 bpm. BP = 182,72 kcal; 117 bpm). Concluíram que a aula de PJ foi mais intensa do que a aula de BP mesmo levando em consideração o tempo da aula de BP de 52 minutos e na aula de PJ de 57 minutos, sendo instruídas a realizar todas as duas aulas numa intensidade alta.

Recentemente no estudo de Moraes et al. (2012) compararam os efeitos agudos da FC, PSE, e da concentração de lactato (LA) nas aulas de Jump Fit e hidro Jump utilizando um mesmo protocolo. Observaram que não houve diferenças significativas nos valores das médias da FC nas duas aulas de

Jump Fit e hidro Jump. À medida que a atividade aumentava, o tempo de

duração em resposta tinha uma PSE mais elevada, mas comparando as duas aulas também não houve diferenças significativas nos valores médios da PSE. Em todas as fases a PSE apresentou maiores pontuações no protocolo da aula de hidro Jump. Nos valores das médias de LA verificaram que também não houve diferenças significativas no protocolo das duas aulas, entretanto, as diferenças intra grupos só ocorreram quando foram comparados os tempos de 20 e 40 minutos a medida realizada em repouso.

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Perceção subjetiva de esforço (PSE)

A Perceção subjetiva de Esforço (PSE) é uma variável psicofísica que pode ser utilizado para se verificar a intensidade de uma atividade física levando em conta fatores físicos e psicológicos sofridos pelo corpo diante de uma situação de stress (Furtado et al., 2004; Graef & Kruel, 2006; Pantoja et al., 2004). Esta percepção é um indicador válido e confiável que resulta dos sinais periféricos e centrais interpretados pelo córtex sensorial e produzem a perceção geral ou local do empenho para a realização de uma determinada tarefa.

Segundo Borg (2000) a perceção subjetiva de esforço pode ser aferida em conjunto com um instrumento de mensuração com as escalas de Perceção. A Escala de Perceção subjetiva de Borg (6-20) é comumente utilizada para medir percepção de esforço ou a intensidade do exercício, além desta, existem outras escalas que medem esse esforço percebido relacionando com outras variáveis fisiológicas como: a frequência cardíaca, consumo de oxigênio e lactato sanguíneo.

Esta variável psicofísica tem sido usada com frequência durante a realização de testes de esforço progressivo e correlaciona-se altamente com a frequência cardíaca e com a intensidade do exercício (Balady et al., 2003). Essa PSE medida após o período de exercício pode ser definida como a resposta psicofísica gerada e memorizada no sistema nervoso central, decorrente dos impulsos neurais eferentes provenientes do córtex motor (Foster et al., 2001).

O método de PSE vem sendo estudado em diversas modalidades esportivas e até o presente momento as pesquisas sugerem que é uma estratégia de baixo custo, simples e confiável para o monitoramento das cargas de treinamento. Os resultados das pesquisas também indicam que outras ferramentas simples, como os testes de desempenho devem ser implementadas em associação ao método da PSE fornecendo uma ampla visão do processo de treinamento (Coutts, Gomes, Viveiros, & Aoki, 2010).

Atualmente outra escala que tem sido utilizada como um instrumento de fácil aplicabilidade na Perceção de Esforço é a Escala de OMNI, devido seus

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descritores visuais e verbais, constituídas com menos categorias que vão a escalas de 0 a 10. As ilustrações representam um ciclista, cuja postura se modifica a medida que as categorias da escala aumentam, transmitindo a impressão de maior esforço para pedalar. Este instrumento teve sua validade estudada tanto em crianças, quanto em adultos, na realização de diferentes tipos de atividades, tais como: exercício em ciclo ergômetro, exercício contra resistência, caminhada e subida em escada (Robertson et al., 2005).

No estudo para validação da escala OMNI, Robertson et al. (2004) utilizaram modelos de validação para identificar a correlação entre a Escala de Borg (6-20), a Escala OMNI e as variáveis fisiológicas consumo de oxigênio e frequência cardíaca. A perceção de esforço central, periférica e total, derivadas da OMNI-Ciclismo, distribuíram-se como função linear positiva para as duas variáveis fisiológicas (r = 0,81 a 0,95; p < 0,01) e as correlações encontradas entre as duas escalas foram de r = 0,92 a 0,97 (p < 0,01). Esses resultados demonstram que as duas escalas podem ser utilizadas para prescrição e autorregulação da intensidade do esforço. Essas validações por constructo vêm demonstrando que a PSE derivada das duas Escalas OMNI possuem alta correlação como o PSE da Escala de Borg, apontando as Escalas de OMNI como alternativa para controle da intensidade do treinamento (Calil et al., 2011).

Uma pesquisa recente desenvolvida por Krause et al. (2012) para validar a escala de OMNI para a PSE durante o exercício no banco de Step (OMNI-BS). Trinta mulheres (idade: 19,8 ± 1,8 anos) realizaram dois testes experimentais, separadas por 7 dias. A validade concorrente foi estabelecida através da análise da relação entre variáveis fisiológicas, consumo de oxigênio (VO2) e frequência cardíaca (FC), com a variável concorrente, PSE de OMNI-BS, durante dois testes nos quais a intensidade aumentou linearmente (teste 1) e intermitentemente (teste 2). O primeiro teste consistiu num estágio de 3 minutos. Os sujeitos subiam e desciam do banco num ritmo de 120 bpm. O teste era interrompido quando os sujeitos fadigavam. A intensidade do exercício e a altura do banco aumentavam a cada 3 minutos. O segundo teste consistiu de três blocos de exercício de 3 minutos que reproduziam estágio de exercício 1 (baixa intensidade), a fase 3 (intensidade moderada) e fase 5 (alta

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intensidade), realizado no primeiro teste. A ordem desses três blocos de exercício foi estabelecida. A correlação entre essas variáveis analisadas dos testes experimentais indicaram uma forte associação positiva entre PSE e VO2 (r = 0,96 e r = 0,95) e FC (r = 0,95 e r = 0,95). Foi estabelecida uma correlação desta escala OMNI-BS na PSE para mulheres que executam exercício no banco de Step.

O sucesso dos programas de treinamento depende do monitoramento das cargas externas quanto das internas utilizando diversos parâmetros para avaliar estas sobrecargas, como por exemplo: o perfil hormonal, a concentração de metabólicos, o comportamento da frequência cardíaca, perceção subjetiva de esforço e outras variáveis fisiológicas. Neste contexto diversos estudos utilizam PSE utilizando a escala de OMNI (Brito, Alves, Silva, & Silva, 2011; Calil et al., 2011; Faccin et al., 2011; Fernandes & Navarro, 2014; Panza, 2014; H. F. P. M. Pinto, 2014; Rodrigues et al., 2010; G Rosa et al., 2012; Silva, Silva, Mota, Damasceno, & da Silva, 2011; Sousa et al., 2013).

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3.MATERIAL E MÉTODO

Este estudo trata-se de uma pesquisa descritiva com delineamento transversal e abordagem quantitativa (Thomas & Nelson, 2012).

Foram estabelecidos os seguintes critérios de inclusão e exclusão para seleção da amostra:

Critérios de inclusão:

(i) Prática regular de no mínimo seis meses no programa de Power Jump; (ii) Frequência mínima de três vezes por semana;

(iii) Matriculadas na referida academia,

(iv) Faixa etária entre 19 e 40 anos.

Critérios de exclusão:

(i) Não assinassem o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE);

(ii) Problemas osteomioarticulares

(iii) Usuárias de medicamentos como hipertensivos, ansiolíticos e beta bloqueadores que poderiam influenciar no comportamento das respostas funcionais, principalmente sobre a frequência cardíaca.

3.1 Participantes

Participaram 10 indivíduos voluntários do sexo feminino, alunas treinadas da academia A da cidade de João Pessoa – PB, aparente saudáveis, com idades compreendidas entre os 19 e 40 anos, fisicamente ativas, praticantes de Power Jump com mais de seis meses de prática. Os dados relativos à caracterização geral da amostra constam na tabela 2.

A amostragem ocorreu de maneira não probabilística e por conveniência a partir do acesso do pesquisador a academia e ao grupo investigado, por utilizar o programa da Body Systems do Brasil.

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Tabela 2: Caracterização dos participantes

Amostra Idade Estatura

(m) Massa Corporal (kg) IMC %G FCmáx 1 19 1,60 58,0 22,7 23,2 194,7 2 40 1,56 52,0 21,4 31,5 180,0 3 39 1,68 73,0 25,9 28,8 180,7 4 34 1,63 68,0 25,6 29,6 184,2 5 32 1,69 75,0 26,3 28,2 185,6 6 36 1,65 78,0 28,7 28,8 182,8 7 37 1,75 76,0 24,8 33,8 182,1 8 26 1,63 60,0 22,6 29,0 189,8 9 33 1,65 72,0 26,5 30,9 184,9 10 24 1,59 56,0 22,2 27,0 191,2 Média ± DP 32 ± 6,9 164,3 ± 5,5 66,8 ± 9,4 24,6 ± 2,3 29,1 ± 2,8 185,6 ± 4,8

IMC= índice de massa corporal; %G= percentual de gordura; FCmáx = Frequência cardíaca máxima predita pela equação de Tanaka (2001).

3.2 Procedimento para coleta dos dados

Os dados foram coletados em duas etapas no estabelecimento da academia A da cidade João Pessoa - PB. As voluntárias ficaram cientes da intenção de realização deste estudo.

Primeira etapa

A primeira etapa constou de duas visitas nas instalações da referida academia A, onde no primeiro momento foi esclarecer a proposta da pesquisa numa reunião com a direção da academia. Em seguida, os sujeitos foram submetidos a uma sessão de esclarecimentos a respeito do estudo, dos procedimentos que seriam realizados na coleta de dados e em seguida assinaram o TCLE. Para esta segunda visita foi solicitado antecipadamente dos procedimentos da coleta com cumprimento das normas definidas para cada instrumento para aferição das medidas antropométricas com a finalidade de caracterizar os participantes.

Segunda etapa

A segunda etapa foi composta de três visitas para a realização das aulas coreografadas de Power Jump utilizando o mix 43, por ser o mais atual (maio

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2015). Todos os sujeitos avaliados realizaram três aulas idênticas de Power

Jump em três sessões consecutivos com intervalos entre as aulas de 72 horas

na referida academia de ginástica.

Para o acompanhamento da aula, e para seguir um padrão com todas as alunas, o monitoramento da FC e do PSE iniciou na primeira faixa (aquecimento) e finalizando no final da sétima faixa musical. Após a sétima faixa ocorreu um momento de hidratação, onde cada voluntária ingeriu a quantidade de água individual. Todas as aulas foram conduzidas pelo mesmo professor e no mesmo horário. A temperatura ambiente permaneceu entre 18º e 22º C e estimulou-se a humidade relativa do ar de 60 a 70%.

3.3 Protocolo e instrumentos 3.3.1 Medidas antropométricas

Para aferição das medidas antropométricas, foi utilizado uma balança para aferir a massa corporal em quilogramas (Kg), com precisão de 0,1 kg com estadiómetro fixo (Filizola, Brasil). Posteriormente foi calculado o índice de massa corpórea pela razão peso (kg)/estatura2(m). O percentual de gordura foi avaliado através de bioimpedância tetrapolar da modelo (Maltron BF 906) (Rossi & Tirapegui, 2001).

3.3.2 Frequência Cardíaca ( FC )

A frequência cardíaca foi monitorada por meio de um cardiofrequêncímetro da marca Polar, modelo Accurex Plus (USA) com interface. A FC foi mensurada durante toda a aula PJ no final de cada faixa musical, descartando a oitava e nona faixa musical que se refere aos exercícios abdominais e os alongamentos, respectivamente. Para a mensuração da frequência cardíaca máxima não foi utilizado nenhum teste cardiorrespiratório, sendo calculado a frequência cardíaca máxima predita (FCMAXpred ) utilizando a equação de Tanaka, Monahan, and Seals (2001).

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3.3.3 Escala de Perceção de Esforço OMNI

A intensidade de esforço durante as sessões consecutivas de PJ foi medida no final de cada faixa musical pela PSE descartando a oitava e nona faixa musical. Foi utilizada a Escala de OMNI-BS (figura 1) com valores de 0 a 10 (Krause et al., 2012).

Figura 1: Escala de OMNI-BS

3.3.4 Aula de Power Jump

Na aula foi utilizado minitrampolim profissional da marca Olympikus com as seguintes dimensões: 20 cm de altura, 97 cm de diâmetro e 60 cm a área de atuação do praticante (figura 2). Todas as voluntárias realizaram três aulas idênticas utilizando o mix 43, sendo o mais atual (maio 2015) da Body Systems do Brasil.

A aula seguiu a estrutura de uma aula padrão de Power Jump, sendo composta por nove faixas musicais, com duração de aproximadamente cinco minutos cada faixa, que compreendem três fases.

A primeira fase é composta por um aquecimento que tem uma única faixa musical para membros inferiores e superiores com uma variedade de exercícios aeróbios de baixa intensidade objetivando o aumento da temperatura corporal.

A segunda fase foi composta por quatro faixas musicais com intensidades alternadas.

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A terceira e última fase foram compostas por quatro faixas musicais, sendo as duas primeiras faixas musicais com aumento da cadência musical, uma faixa musical para os abdominais e uma última faixa musical para alongamentos numa duração total de 50 a 55 minutos. A velocidade das músicas para as aulas de PJ está entre 138 – 145 batimentos. A aula foi conduzida pelo mesmo professor e respeitado o tempo utilizado nas coreografias.

Para este estudo, foram mantidas as características das etapas de aquecimento, a segunda fase composta por quatro faixas musicais e na terceira fase foram descartadas as duas últimas faixas referente aos exercícios abdominais e alongamentos.

Figura 2: Fotografia em um dos momentos da aula de Power Jump.

3.4 Análise estatística

Para a análise dos dados foi utilizado o programa estatístico Statistical

Package for Social Sciences (SPSS 20.0 for Windows®). A estatística

descritiva foi apresentada em mínimo, máximo, média e desvio padrão. A priori da análise inferencial foi utilizado o teste de normalidade de Shapiro-Wilk, tendo em vista o tamanho da amostra. A partir disso, foi aplicado o teste

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ANOVA de medidas repetidas, seguida do Post Hoc de Tukey para os dados paramétricos e para os não paramétricos foi utilizado o teste de Friedman, em que foi comparada as diferenças entre as médias da Frequência Cardíaca e perceção subjetiva. O teste ANOVA seguiu o pressuposto de esfericidade dos dados (averiguado com o teste de Mauchly). Quando violado o pressuposto de esfericidade foi usado a correção de Greenhouse-Geisser. O tamanho do efeito foi avaliado com o Eta quadrado e com o d de Cohen, respetivamente na análise paramétrica e não paramétrica. Para a correlação foi utilizado o

Pearson para dados paramétricos e Spearman para os não paramétricos com

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4.APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

A apresentação dos resultados foi estruturada de acordo com a ordem dos procedimentos estatísticos utilizados. Assim apresentaremos inicialmente os resultados obtidos na análise exploratória dos testes de Shapiro-Wilk, posteriormente apresentado a análise descritiva, através dos valores mínimos, máximos, média e desvio padrão e a análise inferencial dos dados pelo teste ANOVA multifatorial e não paramétrico correspondente Friedman, para comparação das variáveis. Posteriormente, apresentaremos a correlação bi variável de Pearson e não paramétrica correspondente Spearman.

4.1Estudo da normalidade

O estudo da normalidade das variáveis foi efetuado para as características dos participantes, para a perceção subjetiva do esforço e frequência cardíaca, no Power Jump Mix 43, utilizando o teste de Shapiro-Wilk.

Na Tabela 3 apresenta as características dos participantes (n=10) com relação a idade, estatura, massa corporal, índice de massa corporal, percentual de gordura e frequência cardíaca máxima com valores dentro da normalidade. Tabela 3: Estudo da normalidade para a caracterização dos participantes

Idade Estatura MC IMC %G FCmax

N 10 10 10 10 10 10

SK 0,923 0,975 0,900 0,936 0,950 0,923

P 0,379 0,935 0,220 0,507 0,674 0,379

n = amostra, SK = Shapiro-Wilk, p = significância, MC = massa corporal, IMC = índice de massa corporal, %G = percentual de gordura, FCmax= frequência cardíaca máxima.

Os valores das tabelas 4 e 5 são referentes aos valores da PSE e FC por aula e faixa musical. Na Tabela 4 apresenta a normalidade para a PSE, sendo que nesta análise foi removida uma das praticantes porque a mesma não soube interpretar a escala de esforço, sendo assim com um (n=9) a PSE apresenta a normalidade nas faixas 5 e 6 para as três aulas, entretanto as faixas 1, 2, 3, 4 e 7 apresentaram distribuição não normal em uma ou mais aulas (p>0,05).

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Tabela 4: Análise de normalidade da PSE por aula e faixa musical (n= 9)

Aula 1 PSE 1 PSE 2 PSE 3 PSE 4 PSE 5 PSE 6 PSE 7

N 9 9 9 9 9 9 9

SK 0,638 0,961 0,917 0,93 0,859 0,899 0,81

P 0,000* 0,805 0,364 0,486 0,093 0,246 0,026*

Aula 2 PSE 1 PSE 2 PSE 3 PSE 4 PSE 5 PSE 6 PSE 7

N 9 9 9 9 9 9 9

SK 0,808 0,785 0,79 0,808 0,917 0,889 0,78

P 0,025* 0,014* 0,016* 0,025* 0,368 0,194 0,012*

Aula 3 PSE 1 PSE 2 PSE 3 PSE 4 PSE 5 PSE 6 PSE 7

N 9 9 9 9 9 9 9

SK 0,903 0,971 0,972 0,846 0,854 0,865 0,906

P 0,273 0,906 0,915 0,067 0,083 0,108 0,290

* = distribuição não normal

A Tabela 5 apresenta a normalidade para a FC nas faixas 1, 4, 5, 6 e 7 para as 3 aulas, entretanto as faixas 2 e 3 apresentaram distribuição não normal apenas na aula 1 (p>0,05).

Tabela 5: Análise de normalidade da FC por aula e faixa musical (n=10)

Aula 1 FC 1 FC 2 FC 3 FC 4 FC 5 FC 6 FC 7 N 10 10 10 10 10 10 10 SK 0,935 0,735 0,760 0,958 0,920 0,918 0,972 P 0,5 0,002* 0,005* 0,76 0,357 0,341 0,909 Aula 2 FC 1 FC 2 FC 3 FC 4 FC 5 FC 6 FC 7 N 10 10 10 10 10 10 10 SK 0,848 0,989 0,930 0,911 0,927 0,931 0,893 P 0,054 0,995 0,443 0,286 0,418 0,458 0,182 Aula 3 FC 1 FC 2 FC 3 FC 4 FC 5 FC 6 FC 7 N 10 10 10 10 10 10 10 SK 0,901 0,867 0,909 0,905 0,902 0,958 0,914 P 0,225 0,092 0,277 0,249 0,228 0,766 0,308

* = distribuição não normal

4.2Análise descritiva

Os valores das variáveis analisadas dentro das características inerentes das aulas de Power Jump, o comportamento médio das variáveis (FC e PSE)

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de cada aluna durante as três aulas estão apresentados nas Tabelas 6 e 7 por indivíduo.

Tabela 6: Análise descritiva da FC nas três aulas (n=10) Power Jump 1 FC Power Jump 2 FC Power Jump 3 FC

Média DP Média DP Média DP

ALUNA 1 176,43 9,69 169,14 16,04 179,14 9,62 ALUNA 2 156,43 14,84 162,29 11,84 168,86 12,42 ALUNA 3 159,29 16,43 142,86 15,88 153,71 16,31 ALUNA 4 166,14 8,30 160,57 5,86 162,14 9,30 ALUNA 5 172,29 14,4 166,43 21,38 179,14 10,06 ALUNA 6 165,86 13,8 163,29 7,93 161,71 6,07 ALUNA 7 170,14 7,24 170,29 6,34 163,43 10,00 ALUNA 8 166,43 9,00 163,29 7,93 167,71 14,61 ALUNA 9 174,71 7,59 174,86 14,06 169,43 16,39 ALUNA 10 172,00 6,63 161,86 6,77 158,86 14,21

FC = Frequência cardíaca; DP = Desvio padrão.

Tabela 7: Análise descritiva da PSE nas três aulas (n=10) Power Jump 1 PSE Power Jump 2 PSE Power Jump 3 PSE

Média DP Média DP Média DP

ALUNA 1 5,00 2,31 4,71 2,50 5,57 1,99 ALUNA 2 2,14 0,38 2,00 0,00 2,14 0,38 ALUNA 3 4,71 2,29 5,57 1,62 5,43 2,51 ALUNA 4 3,29 1,11 4,86 1,35 3,86 1,35 ALUNA 5 4,57 2,30 5,86 2,27 4,86 1,77 ALUNA 6 5,71 1,38 5,29 1,11 5,71 1,11 ALUNA 7 4,43 1,99 4,43 2,15 5,57 1,90 ALUNA 8 3,86 1,77 5,29 1,11 2,29 1,11 ALUNA 9 5,57 2,44 4,43 2,07 4,57 2,51 ALUNA 10 5,00 3,16 4,86 2,67 5,71 2,56

PSE = Percepção subjetiva do esforço; DP = Desvio padrão.

4.3Análise comparativa da Frequência cardíaca (FC) e Perceção subjetiva do esforço de OMNI (PSE) entre as aulas do Power Jump Mix 43 por faixa musical.

Na análise comparativa da FC para as 3 aulas por faixa musical não houve diferença significativa entre as mesmas, confirmando a similaridade dos

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valores da FC (Tabela 8). Não obstante a comparação da PSE para as 3 aulas por faixa musical não houve diferença significativa, o que confirma a similaridade da percepção ao esforço nas três aulas (Tabela 9).

Após a análise inferencial das variáveis mostrando o índice de significância foram ainda calculados o tamanho do efeito momento pelo Eta quadrado (η2

) para confirmar as diferenças encontradas entre as variáveis estudadas. Os resultados do efeito momento (ƒ(6,162) = 45,580; p <0,0001; η p 2

= 0,612) da FC mostraram que não houve interação momento x grupo e não houve diferença entre aulas. Houve efeito significativo do momento e os valores do η2

nas três aulas estão na Tabela 8. Não se observou nenhum efeito aula e em nenhuma interação momento x grupo. O efeito momento da PSE foi calculado pelo teste d Cohen (d) como o valor de ƒ(6,144) = 74,441; p <0,0001;

ηp 2 = 0,756. Não houve diferenças entre aulas e os valores do efeito momento

em cada aula estão apresentados na Tabela 9.

Tabela 8: Comparação da FC entre PJ1, PJ2 e PJ3 por faixa musical (n=10)

Música 1 FC (Média±DP) Música 2 FC (Média±DP) Música 3 FC (Média±DP) Música 4 FC (Média±DP) Música 5 FC (Média±DP) Música 6 FC (Média±DP) Música 7 FC (Média±DP) η2 PJ1 151,2±10,3 170,1±14,8 173,5±11,1 171,5±7,3 162,6±10,3 170,9±4,8 176,0±5,8 0,558 PJ2 144,4±13,4 165,2±7,2 171,0±6,6 167,7±15,2 158,5±13,2 167,2±8,9 170,4±13,8 0,567 PJ3 145,2±10,8 167,1±9,3 172,6±11,6 171,4±12,4 161,6±12,1 171,1±7,3 175,9±8,2 0,711 p= 0,368 0,172 0,823 0,633 0,566 0,229 0,436 0,612

PJ1 = Power Jump Mix 43 primeiro dia, PJ2 = Power Jump Mix 43 segundo dia, PJ3 = Power Jump Mix 43 terceiro dia, DP = desvio padrão, p= índice de significância, η2 = Eta quadrado.

Tabela 9: Comparação da PSE entre PJ1, PJ2 e PJ3 por faixa musical (n=9)

Música 1 PSE (Média±DP) Música 2 PSE (Média±DP) Música 3 PSE (Média±DP) Música 4 PSE (Média±DP) Música 5 PSE (Média±DP) Música 6 PSE (Média±DP) Música 7 PSE (Média±DP) η2 PJ1 2,11 ± 0,7 3,44 ± 1,5 4,33 ± 1,0 5,44 ± 1,4 3,44 ± 1,3 6,44 ± 1,4 7,56 ± 1,1 0,776 PJ2 2,78 ± 0,8 3,78 ± 1,1 4,67 ± 1,3 5,78 ± 1,3 4,22 ± 0,8 6,11 ± 1,0 7,89 ± 0,9 0,757 PJ3 2,22 ± 0,9 3,67 ± 1,5 4,56 ± 1,5 5,67 ± 1,7 4,33 ± 1,2 6,22 ± 1,7 7,22 ± 1,5 0,740 p= 0,094 0,618 0,908 0,862 0,130 0,791 0,244 0,756

PJ1 = Power Jump Mix 43 primeiro dia, PJ2 = Power Jump Mix 43 segundo dia, PJ3 = Power Jump Mix 43 terceiro dia, DP = desvio padrão, p= índice de significância, η2

=Eta quadrado.

O comportamento da FC e PSE de acordo com a metodologia das aulas podemos observar; a FCmédia durante as três aulas (PJ1, PJ2 e PJ3) variou

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30

entre 151 e 176,0 bpm no PJ1; 144,4 e 170,4 no PJ2 e entre 145,2 e 175,9 bpm no PJ3 nas sete faixas musicais. Na média da PSE os valores variaram entre 2,11 e 7,56; 2,78 e 7,89; 2,22 e 7,22 três aulas (PJ1, PJ2 e PJ3), respetivamente. Os valores dessas variáveis analisadas mostrando que houve uma similaridade nas três aulas estão ilustrados na figura 3.

Figura 3: Comportamento da FC e PSE.

Conforme a estrutura de uma aula padrão de PJ preconizadas pela Body

Systems do Brasil, o percentual médio da frequência cardíaca (%FCmédia) dos

indivíduos por faixa musical com o limite inferior e superior da estrutura da aula padrão de PJ. Observamos que em todos os momentos, aula 1, 2, 3 e média das 3 aulas, a FC é crescente da música 1 a 3 e 5 a 7, o que se assemelha a estrutura da aula de PJ, contudo na música 4 a FC decresce em relação a terceira, diferentemente da estrutura do PJ (Figura 4).

(42)

4.4Análise de correlação entre a Frequência cardíaca (FC) e Perceção subjetiva do esforço de OMNI (PSE)

Para a análise de correlação foi respeitado a normalidade, utilizando a correlação de Pearson para os dados paramétricos e a correlação de

Spearman entre os dados não paramétricos. Na análise por faixa musical e por

sessão de Power Jump, não foi encontrado correlação entre a FC e PSE, apena na faixa musical 1 na terceira sessão de PJ (r = 0,805, p<0,01). Na análise por faixa musical durante todas as sessões (n = 30), não foi encontrado correlação significativa entre a FC e PSE, entretanto quando analisamos as sessões separadamente, sem levar em consideração a divisão por faixa musical (n = 70), foi encontrado correlação positiva e significativa da FC e PSE para todas as sessões de Power Jump, PJ1 (r = 0,536, p<0,001), PJ2 (r = 0,359, p<0,001) e PJ3 (r = 0,351, p<0,001) (Tabela 10). Bem como na análise de correlação geral, cada FC com sua PSE correspondente (n = 210), os resultados apresentaram correlação positiva e significativa (r = 0,401, p<0,001) (Tabela 11).

Tabela 10: Correlação entre a FC e PSE por aula

PSE aula 1 PSE aula 2 PSE aula 3

Spearman n=70 FC aula 1 R 0,536** P 0,000 N 70 FC aula 2 R 0,359** P 0,002 N 70 FC aula 3 R 0,351** P 0,003 N 70 ** p< 0.01.

Tabela 11: Correlação entre a FC e PSE geral

PSE FC Spearman n=210 PSE R 1,000 0,401** P . 0,000 N 210 210 FC R 0,401** 1,000 P 0,000 . N 210 210 ** p< 0.01.

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5.DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O objetivo principal deste estudo foi analisar a reprodutibilidade da frequência cardíaca e perceção subjetiva de esforço em três aulas idênticas com coreografias padrão do Power Jump, utilizando o Mix 43, onde foi avaliado a FC e a PSE nas sete faixas musicais. Sendo assim, o principal achado deste estudo foi a similaridade da FC e PSE durante as 3 aulas por faixa musical. Todavia não houve correlação entre a FC e PSE por faixa musical. Entretanto na análise das FC e PSE por aula, foi encontrada uma correlação positiva e significativa, PJ1 (r = 0,536, p<0,001), PJ2 (r = 0,359, p<0,001) e PJ3 (r = 0,351, p<0,001).

Estudos anteriores com o Power Jump, verificaram variáveis tais como: consumo de oxigênio, lactato sanguíneo, composição corporal, custo energético, frequência cardíaca e percepção subjetiva do esforço (Alonso et al., 2005; Alonso et al., 2007; da Silva et al., 2011; Faccin et al., 2012; Furtado et al., 2004; Grossl et al., 2008a; Lemos et al., 2008; Moraes et al., 2012; Perantoni et al., 2010; Perantoni et al., 2009). Contudo, não há relatos na literatura sobre estudos que objetivassem estudar a reprodutibilidade da FC e a PSE em três aulas idênticas do Power Jump e estudos que analisassem a intensidade de esforço pela PSE utilizando a escala de OMNI-BS (Krause et al., 2012). Robertson et al. (2004) apresentaram entre essas duas escalas uma alta correlação r = 0,92 a 0,97 (p < 0,01). Esta variável psicofísica (PSE) tem sido usada com frequência durante a realização de testes de esforço progressivo e correlaciona-se altamente com a frequência cardíaca e com a intensidade do exercício (Balady et al., 2003). Entretanto, outras pesquisas envolvendo modalidades de ciclismo, corridas, treinamento resistido, através das escalas de OMNI específicas para as modalidades (Brito et al., 2011; Calil et al., 2011; Faccin et al., 2011; Fernandes & Navarro, 2014; Panza, 2014; H. F. P. M. Pinto, 2014; Rodrigues et al., 2010; Rosa, Mello, & Dantas, 2012; M. S. Silva et al., 2011; Sousa et al., 2013; Tibana et al., 2011).

O estudo de Grossl et al. (2008) tiveram como objetivo determinar a intensidade da aula de PJ por meio da FC delimitando os domínios fisiológicos de acordo com a proposta de Carminatti (2006). Sendo definido como domínio

Imagem

Tabela 1: Estrutura de uma aula padrão de Power Jump
Figura 1: Escala de OMNI-BS
Figura 2: Fotografia em um dos momentos da aula de Power Jump.
Tabela 3: Estudo da normalidade para a caracterização dos participantes
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Referências

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