Universidade
Federal
de Santa
Catarina
Programa
de
Pós-Graduação
em
Engenharia
de Produção
A
SAÚDE
COMO
FERRAMENTA
EDUCACIONAL
ESTRATÉGICA
NA
FORMAÇAO
DE
CIDADAOS
COM
ESPECIALIDADE
NA
AREA
TECNOLOGICA
Nicolau
Afonso
Barth
Dissertação
apresentada ao
Programa de Pós-Graduação
em
Engenharia
de Produção
da
Universidade
Federal
de
Santa
Catarina
como
requisito parcial
para
a
obtenção
do
títuloMestre
em
Engenharia da
Produção
Florianópolis
A
SAÚDEICOMO
FERRAMENTA
EDUCAC|O_NAL
ESTRATEGICA NA
FORMAÇAO
DE
CIDAQAOS
COM
ESPECIALIDADE
NA
AREA
TECNOLOGICA
Esta
dissertação
foijulgada
e aprovada
para a
obtenção
do
título
de Mestre
em
Engenharia
de Produção
no
Programa de Pós-Graduação
em
Engenharia
de Produção da
Universidade
Federal
de
Santa
Catarina
Florianópolis,
25
de
jun/ho
de
2001.
l
Prof.
Ricar
` iraa
garcia,
Ph.D.
ACo
rde-.nado0
Curso
= ^ ri
CA
EXAMINADORA
E
Prof.
Glaycon
Mi
els,Dr.
Orientador
A AY
fl
`
Prof.
silsée
in
Regis
Filho,
Dr.
E
Para Margareth, minha esposa, permanente apoio na busca
do
saber.Para
Daniele, Tatiane e Taciany,
minhas filhas, desafios permanentes do aprender da vida.
Para Alfons
e
Laura,meus
pais,que
me
iniciaram nos caminhosdo
saber.Agradecimentos
A
todosque
direta ou indiretamente, contribuíram para a realização edivulgaçao deste trabalho, entre os quais destacamos:
I
Os
docentesda
UFSC
que
atuaram conosco durante toda formação;
I
Os
parceiros (organizaçõese pessoas)
que
conjuntamenteviabilizaram nosso estudo
de
caso-
o curso piloto;I
Os
professoresque assumiram
o desafio
de
atuar no curso piloto;I
Os
voluntáriosque
atuaram nocurso piloto;
I
Os
paisque
nos confiaramsuas filhas
como
sujeitasdo
curso piloto;I
A
monitora de nosso cursojunto
ao
LED;I
A
UFSC/CEFET-PR/TECPAR
pela oportunidade
de
realização dapresente formação;
I
Ao meu
orientadorProf. Dr. Glaycon Michels, por todo incentivo
e
confiança depositada na realização
do
presente trabalho, extensivoao
seu auxiliar Maurício;I
Ao meu
Pai(in memorian), a minha Mãe, pelos valores éticos
que
herdei e pelos exemplos
de
empenho
e dedicação;I
A
minha Esposa
eFilhas, pela inspiração e pelos
momentos
de
privação
de
minha atençãoque nunca
foi questionado nos últimosdois anos, muito pelo contrário, incentivo constante na realização
do
presente trabalho;
I Por fim, a Deus, pela
V
Sumário
confinua
Listade
figuras
... ._ p.viiiLista
de anexos
... ._ p.ixLista
de reduções
... _. p_xResumo
... ._ p.ס Abstract ... _. p_xii 1INTRODUÇÃO
... _. p.1 1.1Contexto
... ._ p.1 1.2 Objetivo geral ... _. p.2 1.3 Objetivosespecíficos
... ._ p.2 1.4 Justificativa ... ._ p.2 1.5 Metodologia ... .. p.4 1.6 Limitações ... _. p_6 1.7 Estruturado
trabalho ... _. p.7 2REvisÃo
B|BL|oGRÁi=|cA
... _. p.8 2.1Considerações
iniciais ... ._ p.82.2
Uma
reflexão,os
ciclosda informação
eda saúde
... _. p.92.2.1 Considerações iniciais ... _. p.9
2.2.2
Os
sintomasda
transição ... _. p.102.2.3
E
agora, qual será oamanhã?
... _. p.162.2.4 Considerações finais ... ._ p.20
2.3
A
importânciade
um
forte sentimentode
auto-estima dianteda
agenda contemporânea
... ._ p.222.3.1
A
auto-estima ... _. p.222.3.2
A
auto-estimae
a globalização ... ._ p.262.3.3
O
riscoe
a auto-estima ... ._ p.302.3.4
A
alta modernidade e a auto-estima ..._. p.33
2.4
O
relacionamento positivocom
o
própriocorpo
... _. p.352.5
A
capacidade
de
fazeramizades e
estabelecer relacionamentossociais variados ... _. p.38
2.6
O
meio
ambiente
intacto ... __ p.442.7
O
trabalho expressivo econdições
de
trabalho saudáveis ...continuação
2.8
O
conhecimento
sobresaúde
eacesso
aatendimento
médico
p.532.9
Uma
vidaque
valha apena
no
presente e naesperança
bem
fundada de
uma
vidaque
valha apena no
futuro ... _. p.583
ESTUDO
DE
CASO
... _. p.663.1
Pesquisa
desenvolvida junto àcomunidade
acadêmica
... ._ p.663.1.1 Considerações iniciais ... ._ p.66
3.1.2 Desenvolvimento da pesquisa ... _. p.66
3.1.3 Questionário utilizado ... _. p.68
3.1.4 Resultados e discussão ... ._ p.71
3.2 Proposta
de
um
novo enfoque
no
ensino profissionalizante ... ._ p.793.2.1 Considerações iniciais ... _. p.79
3.2.2 Enfoque quanto ao forte sentimento de auto-estima ... _. p.8O
3.2.3 Enfoque quanto ao relacionamento positivo
com
o próprio corpo p.813.2.4 Enfoque quanto à capacidade
de
fazer amizades e estabelecerrelacionamentos sociais variados ... ._ p.83
3.2.5 Enfoque quanto ao meio ambiente intacto _______________________________________ _. p.84
3.2.6 Enfoque quanto ao trabalho expressivo e condições de trabalho
saudáveis ... _. p.86
3.2.7 Enfoque quanto ao conhecimento sobre saúde e acesso ao atendimento
médico ... _; ... _. p_89
3.2.8 Enfoque quanto a
uma
vidaque
valha a pena no presente e na esperançabem
fundada deuma
vidaque
valha apena
no futuro ... _. p.913.3
Curso
piloto ... _. p.933.3.1 Comentários iniciais ... ._ p.93
3.3.2 Proposta
de
um
curso profissionalizanteenvolvendo os aspectos
fundamentais de saúde
... _. p_943.3.3 Realização do curso piloto ...
._ p_96
3.3.3.1 Considerações iniciais ... _. p_96
3.3.3.2 implantação dos ambientes necessários ... ._ p.97
3.3.3.3 Desenvolvimento do processo seletivo ...
._ p.98
3.3.3.4 Controle
de acompanhamento
... _. p.983.3.3.5 Desenvolvimento das atividades didático-pedagógicas ...
3.3.36 Desenvolvimento de atividades extraordinárias 3.3.3.7 Cerimonial
de
certificação ... ._3.3..3_8 Considerações finais ...
_.
3.3.4 Resultados
de
validaçãodo
curso ... ._3.3.4.1 Considerações iniciais ...
._
3.3.4.2 Relação
de
inscritas versus vagas disponíveis3.3.4.3
Mudanças
na empresa
parceira ..._.
3.3.4.4 Respostas
do mercado
... _.3.3.4.4.1 Ofertas
de emprego
às formadas ..._.
3.3.4.4_2
Lançamento da
primeira turma ...._ 3_3.4.4.3 Premiação
do
projeto ... _. ... ._ p.105 p.105 vii conclusão p_102 ..._.p.103 ____.p.104 p.105 _._..p.105 p.106 p_107 p_107 ... ._ p.108 3_3_4.4.4 Comentários na mídia ... _. p.108 3_3.4.4.5 Ampliaçãodo
projeto ... _.3.3.4.5
Acompanhamento
das egressas _____________________________________________._ 3.3.4.6 Dificuldades encontradas ________________________________ _. p_109 p_109 p.11O
4
CONCLUSÕES
... ._ p 112REFERENCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ._ANEXOS
... _. p_115 ... ._ p_121Figura O1 Figura O2 Figura O3: Figura 04: Figura 05: Figura 06 Figura O7 Figura
O8
Figura09
Figura 10 Figura 11 Listade
figuras
Indicativo dos
educandos
saudáveis-
Paraná-
2000
... ..p.71Indicativo dos aspectos para ser saudável
segundo educandos
-
Paraná
-
2000
... ._ p.72Indicativo da vivência de situações positivas pelos
educandos
no meio escolar-
Paraná-
2000
... ..p.73 Indicativoda
vivência no meio escolardo
relacionamentopositivo
com
o próprio corpo Paraná-
2000
... _. p.74Indicativo das oportunidades para o desenvolvimento efetivo
da
capacidade
de
fazer amizades e estabelecer relacionamentos sociais variados-
Paraná-
2000
... ..p.74 Indicativodo
meio escolarcomo
ambiente intacto Paraná-
2000
... ..p.75 Indicativo da vivência no meio escolarda
busca da rupturado
paradigma “tripalium”
~
Paraná-
2000
... ..... p.76
Indicativo da contribuição escolar na análise das condições
adequadas ao
trabalho-
Paraná-
2000
... .. p.76Indicativo
do
envolvimento no meio escolarcom
odesafio da
saúde do
ponto de vista clínico-
Paraná-
2000
... _. p.77Indicativo
da abordagem no
meio escolar quanto à vida presentee futura
do educando
-
Paraná-
2000
... .. p.78
Indicativo
da
análiseadequada
no meio escolardo tema saúde
-
Paraná
-
2000
...Anexo
01Anexo
O2Anexo O3
Anexo O4
Anexo O5
Anexo 06
Anexo O7
Anexo
O8:Anexo
09:Anexo
10:Anexo
11 Listade anexos
Proposta
de
um
cursode
qualificaçãoem
atividadesDomésticas ... ..
Ficha
de
inscrição ... ._ Relaçãode número de
inscrições por município ... ._ Prova aplicada no teste seletivo ... _.Ficha
de
visitação domiciliar ... ._Formatação das apostilas ... ._
Conteúdo da
disciplina ... ..Modelo do
certificado ... ..Fotografia
da
sala organizadacom
kit ... ._Matéria
do
jornal mulhersempre
mulher ... ..Matéria
do
jornal mulhersempre
mulher ... ..IX p.122 p.141 p.142 p.143 p.145 p.146 p.148 .p.149 .p.150 p.151 p.152
Siglas
ACESME
AIDS
APP
CEASA
CEFET-PR
CIC
COMFOMI
DAMEC
E. P. I. ETTibag¡FAT
FUNCEFET-PR
GTZ
ISO
NBR
OMS
RH
SIMOV
SINDIMETAL
WWW
Associação dos Comerciantes Estabelecidos no
Mercado
Municipal
de
CuritibaSíndrome
de
Imunodeficiência AdquiridaAssociação
de
Pais e ProfessoresCentrais
de
Abastecimentodo
Paraná S/ACentro Federal
de Educação
Tecnológica do ParanáCidade Industrial de Curitiba
Associação
de
Aposentados e Funcionários doBanco do
Brasil para o
Combate
àFome
e à Miséria no Paraná DepartamentoAcadêmico de
MecânicaEquipamento
de
Proteção IndividualEscola Técnica Tibagi
Fundo de
Amparo
ao
TrabalhadorFundação de
Apoio à Educação, Pesquisa eDesenvolvimento Científico e Tecnológico
do
CEF
ET-PR
Deutsche Gesellschaft für TechnischeZusammenarbeit
GmbH
International Standard Organization
Norma
Brasileira de ReferênciaOrganização Mundial
de Saúde
Recursos
Humanos
Sindicato
da
Indústriado
Mobiliário e Marcenariado
Estado
do
ParanáSindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânica e
de
Material Elétrico do Estado
do
Paranáxi
Resumo
BARTH,
Nicolau Afonso.A
saúde
como
ferramenta estratégicana
formação de cidadãos
com
especialidadena
área tecnológica.Florianópolis, 2001. 152f. Dissertação (Mestrado
em
Engenhariade
Produção)-
Programade Pós-Graduação
em
Engenharia
de
Produção, Universidade Federal de Santa Catarina.O
trabalho, partindo da consideração dos ciclos econômicos da humanidade,os discute e,
de
forma mais incisiva, omomento
atual, considerando-ocomo
transitório entre dois destes ciclos.
Sob
esta ótica busca evidenciar qual seja opróximo elemento
capaz de mover
a economia mundial, identificandoassim o
possível próximo ciclo, o da saúde. Por outro lado não descarta o
ciclo
econômico
alicerçado na informação,mas
todo o desenvolvido ocorrido nesteseguimento continuará
em
uso, agoracomo
ferramenta a serviço da saúde.Assumindo
este eixo, háuma
discussão acerca da saúde,na
qualcada
um
deseus sete requisitos
é
abordado pelo pontode
vista pessoal e organizacional,pois a economia possui este caráter abrangente. Durante toda esta discussão
fica evidente o papel
da educação no
contexto. Dai surge todo o estudorealizado no foco educacional, alma deste trabalho. Inicialmente
há
uma
verificação nos meios escolares, quanto
ao
conhecimentopleno
da
saúde, enão apenas
o conhecimento,mas
a efetiva vivência desta. Isto ocorre mediantea aplicação
de
um
questionário desenvolvido para tanto. Segue-seuma
análisedas respostas obtidas no qual, nota-se algumas lacunas no meio educacional pesquisado, o profissionalizante. Desta forma realiza-se a proposta
de
um
novoenfoque no ensino profissionalizante, considerando para tanto cada
um
dossete requisitos fundamentais
de
saúde. Propõe-seuma
formação piloto
que
utilize este novo enfoqueno
seu desenvolvimento.Descreve-se a implantação
e realização da formação piloto
do
Curso deQualificação
em
AtividadesDomésticas, destinado a meninas provenientes
de
comunidades carentese,
analisa-a criticamente visando identificar as oportunidades
de
melhorias para
as turmas futuras e para outras formações.
Abstract
BARTH,
Nicolau Afonso.A
saúde
como
ferramenta estratégicana
formação de cidadãos
com
especialidadena
área tecnológica.Florianópolis, 2001. 152f. Dissertação (Mestrado
em
Engenharia de Produção)-
Programa de Pós-Graduação
em
Engenhariade
Produção, Universidade Federal
de
Santa Catarina.This dissertation, starting from the consideration of the humanity economical
cycles, discusses them and, in a
way
more
incisive, it also discusses the currentmoment
considerating it like a transitoryone
between two of thesecycles.
Under
this optics it searches toshow
the next element thatis able to
move
theworld economy. Identifying in this
way
the probable next health cycle.On
theother hand, this study does not reject the
economic
cycle based on the
information, but the whole development occured in this
segment
continuesin
use,
now
like a toolon
health service. There is a discussion about healthassuming this orientation, in which each
one
of its seven requisites is treatedby
personal
and
organizational point of view, because theeconomy
hasthis wide
character.
Over
this discussion the educational role is clear in thecontext.
From
this point all the studydone
in the educational focusthat is the essence of this
study. lnitially a verification
was
done
in scholar setting aboutthe full knowledge
of health,
and
not only knowledge, but the effective health living. This occurswith the application of a questionary developed to that. Attached there is
an
analysis of the answers got,
where one
canfind
some
gaps in the professionalformation surveyed.
On
thisway
a proposal of anew
focus in the teaching ofprofessional formation is done, considering to this each
one
of the sevenhealth
fundamental requisites. This dissertation proposes a pilot formation that uses
this
new
focus in its development. lt describes the implantationand
therealizing of a pilot formation of the Domestic Activity Qualification Course devoted to
young women,
coming from destitute communityand makes
a critical analysisabout the formation to identify the improvement opportunity for the future
classes
and
for other programs.Key
words: Economical Cycles; Health; Health Living;1
1
iNTRoouçAo
1.1
Contexto
Recentemente, o governo federal modificou todo
o
sistema educacionalbrasileiro no tocante
ao
ensino tecnológico, extinguindo osegundo
grautécnico nos
moldes
até então existentes, abrindoespaço
aos cursossuperiores de tecnologia, os quais serão ministrados, dentre outros, pelo
CEFET-PR
(Centro Federal deEducação
Tecnológica do Paraná).A
questão a discutir-se é o alcancede
tais modificaçõesno
tocante à saúde, conforme termos daOMS
(Organização Mundialde
Saúde).De
fato,especialmente
no
Brasil, as pessoassabem
oque
é tersaúde
e,podem
desfrutar
do
privilégiode
vivercom
saúde?
A
respostapode
ser trágica e aomesmo
tempo
uma
surpresa. Muitas vezes no cotidiano, o verdadeirosignificado da
saúde não
é percebido pelos cidadãos e sim, as mazelas doshospitais, as quais constituem
um
item de faltade saúde
da populaçãodo
Brasil.Assim, a verdadeira
saúde
e, sobretudo, as formas para alcançá-Ia econservá-Ia,
devem
ser discutidas e vivenciadascom
muita intensidadeem
toda a
educação dos
cidadãos. Isso ocorre?Agora, os futuros técnicos, tecnólogos e demais profissionais, além
de
pessoalmente desfrutarem desta saúde,
também
terão a difícil missãode
fazê-Ia presente na empresa, seja qual for a sua especialidade. Estes profissionais
estarão preparados para tanto?
Finalmente, os educadores e as instituições
de
ensino;possuem
uma
tarefadescrita.
Pois bem, sintetizando todas as questões anteriores, cabe perguntar:
Como
será possível formarum
profissional capazde
desenvolversuas
atividades específicas
de
forma saudável?1.2
Objetivo geral
Propor
um
enfoque no ensino profissionalizanteque
utilize, amplamente, a
saúde
como
ferramentade
ensinoem
toda a sua abrangência, possibilitandoao
discente a vivência plena damesma
em
sua formação.1.3
Objetivos específicos
1. Verificar o real nível
de
conhecimento e envolvimentocom
asaúde
no meio escolar, evidenciando a possível necessidadede
açõesvoltadas às
mudanças
dos paradigmas e metodologias atualmente existentes. f2. Elaborar
uma
propostade
novo enfoque no ensinoprofissionalizante
consoante
com
anova
perspectiva social e mercadológica.3. Estabelecer
um
planejamento estratégico parao desenvolvimento
de
uma
formação pilotocom
o novo enfoque, avaliando os seus resultados.1.4
Justificativa
Nefiodow (1999, 2000) aponta a
saúde
como
responsável pelo próximo grande ciclo econômico. Tal afirmativa é respaldada nos
ciclos
de
Kondratieff3
pela primeira vez
em
1926 os ciclos econômicosde
longo prazo. Esses ciclossão provocados por invenções significativas, conhecidas
como
tecnologias-chaves ou inovações básicas.
Numa
retrospectivada
história, aeconomia
nunca
pára: cada surtode
prosperidade é seguidode
uma
recessão,cada
recessão termina
com
um
surtode
prosperidade.Atualmente, a
humanidade
está no quinto ciclode
Kondratieff,segundo
Nefiodow (1999, 2000).
Nos
anos setenta, a tecnologia decomputação
lançoua era
da
informática, possibilitando assimque
a informação, ao invésdo
material, fosse utilizada economicamente. Esse ciclo já passou
de
seu pico naEuropa,
no Japão
eno
sudesteda
Ásia.O
resultado: recessãocom
alto indicede desemprego
ou colapso das moedas.Segundo
Nefiodow (1999, 2000), ainovação básica
capaz
de
reverter esta situação e, portanto, fazer aeconomia
avançar
no
futuro, é aampla
melhoria da saúde.Poucas
pessoas,segundo
Nefiodow (1999, 2000), têm a felicidadede
serem
sadias no sentidoamplo da
OMS
(Organização Mundialde
Saúde), aqual relaciona sete critérios para tanto: ~
o Forte sentimento
de
auto-estima;o Relacionamento positivo
com
o próprio corpo;o Capacidade
de
fazer amizades e estabelecer relacionamentos sociaisvariados;
o Meio ambiente intacto;
o Trabalho expressivo e condições
de
trabalho saudáveis; 0 Conhecimento sobresaúde e
acesso a atendimento médico;uma
vidaque
valha apena
no futuro.Assim, resumidamente, ser sadio
não
significaapenas o
bem-estardo
corpo,
mas também
da mente,do
espirito,do
bolso edo
ambiente.Por outro lado, para Nefiodow (1999, 2000) existem evidências apontando a
saúde
como
o próximo, ou seja: o sexto ciclode
Kondratieff:ø
Segundo
o prognósticode empregos
emitido pelo governo dos EstadosUnidos, há
um
crescimento acima da média nas profissões relativas àsaúde
eao
atendimento,bem
como
à biotecnologia médica.o
Há
um
interesse crescente das indústriasem
pesquisa etecnologia
relacionadas
com
o meio ambiente (algoem
tornode
7%
ao
ano) e,percebe-se a necessidade crescente
de
implantação dasnormas
NBR
ISO
14001:1996 nesse meio (Barth e Michels,1999a).o Já
despontam
seminários importantes destinados a gerentescom
novas
disciplinas,
como
por exemplo: desenvolvimento da personalidade,treinamento
da
criatividadee
motivação de pessoal.A
sobrevivência das instituições,num
futuro próximo, inclusive asde
ensino, pesquisa e extensão
(como
é o casoCEF
ET-PR
-
Centro Federalde
Educação
Tecnológicado
Paraná) está associada dentre outros fatores, auma
convivência
com
asaúde
nos termosda
OMS
(Organização Mundialde
Saúde), na plenitude
de
suas ações. Fato esse,que
motivou oencaminhamento
da pesquisa nesta direção.1.5
Metodologia
5
seguintes açoes:
Os
primeiros clientesde
uma
Instituiçãode
Ensino são os próprioseducandos.
Um
rol piloto destes responderá aum
questionárioonde
oescopo será a obsen/ação
do
conhecimentodo educando
em
relação àsaúde
edo
nivelde
vivência desta no meio escolar.Esse
rol seráconstituído
de
acadêmicos ede
alunosno
final do ensinomédio
pertencentes a cursos profissionalizantes;
Todas
as informações até aqui obtidas receberão o devido tratamentoestatístico,
quando
finalmente existirãodados
suficientes para configuração da necessidadede
ações voltadas àmudança
de
paradigmas e metodologias (enfoques) atualmente aplicadas.
O
trabalhoaté aqui realizado, envolveu
uma
estratégiade
verificaçãoda
situaçãoatual e
da
expectativanum
futuro próximo, quanto àsaúde
nos termosda
OMS
(Organização Mundialde
Saúde) seja do pontode
vistaeducacional, empresarial e
da
própria pessoa;H
Após
todos estesdados
interpretados euma
cuidadosa revisãobibliográfica (literatura e internet) realizada; será possível
a execução de
uma
análise e posterior elaboraçãode
uma
propostade
um
enfoquealternativo no ensino profissionalizante
que
utilizeamplamente
a saúde,em
toda a sua abrangência,como
ferramentade
ensino;A
partir desta proposta, ocorreráum
planejamento estratégico para odesenvolvimento
de
uma
formação piloto, a qual preferencialmentedeverá ser efetivada junto a
uma
empresa, por razõesde tempo
e necessidadede
retorno. Neste ponto, por tratar-sede
pesquisa, éprimordial a verificaçao dos resultados alcançados nos diversos níveis,
os quais permitirão obter conclusões palpáveis (evidências objetivas) e a
validação
do
trabalho.1.6
Limitaçoes
No
desenvolvimentodo
presente trabalho, ocorreram limitaçõesde
ordem
temporal e financeiraquando da
implementação das instalações para odesenvolvimento dos conteúdos específicos do curso utilizado no estudo
de
caso. Temporal pelo fato de estabelecer-se
uma
parceria internacional ecom
empresa não
se constituiruma
tarefa simples,onde
ostempos de
respostaforam maiores
que
os previstos inicialmente. Financeira, pelas dificuldadesde
recursos para obter-se
uma
instalação ideal,com
todos os equipamentosprevistos. Aliás, isto
não
está totalmente superado até hoje.Na
situação particularda
pesquisa realizada junto a instituiçõesde
ensino,
o
trabalho foi conduzido sobreum
número
restrito dasmesmas. Apesar
de
constituir-seuma
amostragem
válida da situação no tocantea vivência
plena da
saúde
em
seus cursos profissionalizantes, nesta situação cursosde
graduação
ede
ensino médio, deixa escaparum
universo considerávelde
cursos
de menor
duração e profissionalizantes realizados por outrasinstituições
de
ensino. Este universode
instituiçõestambém
merece
ser considerado
num
aprofundamento futuro desse trabalho.7
1
7
Estrutura
do
trabalho
No
presente trabalho evidenciam-se as seguintes etapas:Uma
revisão bibliográficacom
vistasao
estado atualda
arte quanto aotema
proposto,com
atenção a cadaum
dos aspectos fundamentais parauma
pessoa ser julgada saudávelsegundo
aOMS
(OrganizaçãoMundial
de
Saúde);A
realizaçãode
pesquisa junto a estudantesde
ensinomédio e
superiorvisando confrontar o estado atual
da
artecom
a realidade atual notocante à saúde;
O
desenvolvimentode
uma
propostade
um
novo
enfoqueno
ensinoprofissionalizante envolvendo os aspectos fundamentais
de saúde
e arealização desta formação piloto para efeito
de
validaçãoda
propostacom
os respectivos resultados;2
REv|sÃo
B|B|.|oGRÁF|cA
~
2.1
Consideraçoes
iniciaisNesse
capitulo busca-se Iocar o tema, a saúde,no
contexto mundial, e,posteriormente, conceituá-la adequadamente, assumindo-se
como
eixode
pesquisa cada
um
dos sete requisitos fundamentais daOMS
(OrganizaçãoMundial
de
Saúde) abordados por Nefiodow (1999, 2000):o Forte sentimento
de
auto-estima;o Relacionamento positivo
com
o próprio corpo;o Capacidade
de
fazer amizades e estabelecer relacionamentossociais variados;
o Meio ambiente intacto;
ø Trabalho expressivo
e
condiçõesde
trabalho saudáveis; o Conhecimento sobresaúde e
acesso a atendimento médico;o
Uma
vidaque
valha apena no
presente e na esperançabem
fundada
de
uma
vidaque
valha apena no
futuro.Naturalmente,
no
desenvolvimento desta pesquisa,houve
atençãoconstante aos aspectos formativos associados à saúde,
uma
vezque
oescopo
9
2.2
Uma
reflexão,os
ciclosda
informação
e
da
saúde
2.2.1
Considerações
iniciaisAqui, há
um
confronto, entre os dois ciclos econômicos; o atual e possívelpróximo ciclo.
Também,
a questãode
transição entre esses ciclos,merece
uma
discussão.Segundo
Toffler (1997) ahumanidade
já viveu sua primeiraonda
econômica
(PrimeiraOnda
de Toffler), a da agricultura. Atualmente está nofinal
de
suasegunda onda econômica (Segunda
Onda
de
Toffler), a
da
industrialização e, portanto, na eminência
de
iniciar sua terceiraonda
econômica
(TerceiraOnda
de
Toffler), ade
um
futuro praticável edescentemente
humano.
HPor outro lado, para Nefiodow (1999, 2000)
que
utiliza os ciclos econômicosde
Kondratieff, os quais, individualmente sãomarcados
por grandesinvenções, conhecidas
como
tecnologias chavesou
inovações básicas.Segundo
Nefiodow ( 1999, 2000), se está vivendo o quinto ciclode
Kondratieff.Este surgiu na
década de
1970com
a tecnologiade computação que
lançou aera da informática, possibilitando assim
que
a informaçãoao
invésdo
material,fosse utilizada economicamente.
Para Nefiodow (1999, 2000),
ao
se realizaruma
retrospectiva da história,nota-se
que
aeconomia nunca
pára: cada surto da prosperidade é seguido deuma
recessão,cada
recessão terminaem um
ciclode
prosperidade.Da
mesma
forma; respaldadoem
uma
sériede
fatos, aliás,também
norteadoresmomento como
transitório. Nefiodow (1999, 2000) afirmaque
o quinto cicloeconômico
de Kondratieff estáem
seu fim eque
o próximo, possivelmente seráo
da
Saúde, referindo-seao
sentido amploda
Saúde.Quando
Nefiodow (1999)aborda a saúde, trata
da mesma,
nos termos daOMS
(Organização Mundialde
Saúde), para a qualuma
pessoa para ser sadia deve atender a setecritérios fundamentais, conforme destacado no primeiro capítulo.
Também,
Nóbrega
(1999)que
utiliza asondas de
Schumpeter, algo muitopróximo dos ciclos
de
Kondratieff, realizauma
abordagem do
momento
atual euma
visão até oano
2020; tratandode
redes digitais, softwares e novasmídias.
Finalmente, artigos publicados em:
A
organizaçãodo
futuroda
Peter F.Drucker Foundation,
complementam
esta reflexão. Muitos desses estão relacionados ou a informação ou a saúde, alémde
aspectos tratados nadisciplina de Mídia e Comunicação, provenientes
de
distintos autores.Afinal,
em
qual ciclo ahumamidade
encontra-se, e paraonde
vai?2.2.2
Os
sintomas
da
transiçãoSegundo
Nefiodow (1999, 2000) eNóbrega
(1999); vive-se o quinto ciclode
Kondratieff e a quintaonda de
Schumpeter, respectivamente. Por outro ladoToffler (1997)
em
suas três grandes ondas, afirma estar-seno
final
da segunda
e início da terceira onda. Nefiodow ( 1999, 2000), observando o
mundo com
osolhos críticos e
economicamente
falando, afirma estar-senuma
recessão, aqual iniciou-se na Europa,
Japão
eno
sudesteda
Ásia,onde
hádesemprego
e11
económicos ocorridos
com
o Brasil, decorrentes das crises na Rússia e naÁsia e mais recentemente, dos problemas ocorridos na Argentina (Barth e
Michels, 1999a, p.2):
“(...)
Em
todos estes fatos, os meiosde
comunicação, desenvolvidos aponto
de
tornarem otempo
linear (segundaonda de
Toffler), permitiramas reações extremamente rápidas e trágicas para alguns países. Para
ilustrar esta conotação, cita os investidores
que
mediante qualquer evidência negativa, resgatamon
line seus investimentos, oque
só épossível
com
a
evolução dos meiosde
comunicação, especialmente, asredes
de
comunicação, as quais são capazesde
permitir tal ação”.Por outro lado,
Thompson
(1998) falade
“simultaneidadenão
espacial”(aquela
que não
pressupõe localidade), frutode
avanços tecnológicosrecentes dos
meios de
comunicação. Respaldado nesse novo conceitoThompson
(1998, p.40) destacaque
a experiênciado
fluxode tempo pode
estar
mudando.
“À
medida que
o passoda
vida se acelera, aterra prometida para o futuro
não
se torna mais próxima.Os
horizontes das expectativassempre
incertascomeçam
a desmoronar, àmedida que
vão encontrandocom
um
futuroque
continuamente ficaaquém
das expectativasdo
passado
edo
presente. Torna-se cada vez mais difícil persistirnuma
concepção
linear da históriacomo
progresso.A
idéia de progresso éum
modo
de
colonizar o futuro, éuma
maneirade
subordinar o futuro aosnossos planos e expectativas presentes.
Mas
àmedida que
asfuturo repetidamente confunde nossos planos e expectativas, a idéia de progresso
começa
a perder força entre nós”.Thompson
(1998) ainda destacaque não
pretende discutir as conseqüências desta afirmação.No
sentido de conduzir a reflexão, há grande valia, especialmente, quanto à auto-estima das pessoas envolvidas neste contexto (Barthe
Michels, 1999a). Este cenário, descrito porThompson
(1998)aliado as considerações
de
Nefiodow (1999, 2000), o qualmenciona
um
momento
de recessãocomo
característico no finalde
cada ciclo econômico,caracteriza o final
do
quinto ciclode
Kondratieff (Barth e Michels, 1999a).Lembrando-se
que
na transiçãoda
Primeira para aSegunda
Onda, aconteceram profundas alterações no mundo, na verdadeuma
explosãoem
todos os sentidos, demolindo sociedades antigas e criando
uma
civilizaçãointeiramente nova, essa explosão, a revolução industrial
que
colidiucom
todasas instituições
do passado
e modificou omodo
de
vidade
milhões. Issoaconteceu entre
1650 e
1750. Essa transiçãonão
foi pacífica, a disputa pelopoder entre os representantes da Primeira
eida Segunda
Onda
promoveu
guerras
como
a guerra civil iniciadaem
1861 nos Estados Unidos,no Japão
aRestauração Meiji iniciada
em
1868, a revoluçãoRussa de
1917, consolidarama
Segunda Onda
(Tofler, 1997).Assim, apesar
de
distintas divisões notempo
entre cadaum
dos ciclosde
Kondratieff e as
Ondas
de
Toffler, identifica-seem
ambos, omomento
atualcomo
transitório paraum
novo ciclo (Barth e Michels, 1999a).Considerando-se a questão da informação, Toffler (1997, p.45) descreve
13
"Todas as civilizações exigem
uma
“infosfera” para produzir e distribuirinformações,
e
aquitambém
asmudanças
trazidas pelaSegunda
Onda
foram notáveis.
Todos
os grupos humanos, dostempos
primitivos atéhoje,
dependem
da
comunicação face a face e pessoa a pessoa.Mas
eram
igualmente necessários sistemas para enviarmensagens
atravésdo tempo e do
espaço.Dizem que
os antigos persas construíam torres,ou “postes
de
chamada”, colocando no alto delashomens
com
vozesaltas e estridentes para retransmitir
mensagens,
gritandode
uma
torrepara o seguinte.
Os
romanos,que operavam
um
vasto serviçode
mensageiros,chamados
cursos pub/icus. Entre 1305 eno
princípiode
1800 aCasa de
Táxis
manteve
uma
formade
serviço expresso a cavalo atravésde
toda a Europa. Por voltade
1628empregava 20
mil homens".Toffler (1997) destaca
que
durante a civilizaçãoda
Primeira Onda, todos estes canaiseram
reservados para ricos e poderosos.As
pessoascomuns
não
tinham acesso a eles. ,-
Para Toffler (1997), a
Segunda
Onda
avançando
de-paísem
pais, destruiuesse monopólio
de
comunicações,não
por altruismo dos poderosos,mas
sim por efetiva necessidade e os serviços postais multiplicaram-se pelomundo
faceao
crescentevolume de
informaçõesque
passou o circular. Toffler ( 1997)exemplifica,
em
1837, o correio inglês transportou88
milhõesde
unidadesde
correspondências, algo surpreendente para a época.
O
número de
informações internas
(memorandos)
nasempresas
também
era crescente.Ai, tem-se o surgimento
do
telégrafo e do telefone, os quais logo estavamcongestionados.
Segundo
Toffler (1997),em
1960, os americanos estavamdando 256
(duzentos e cinquenta e seis) milhõesde chamadas
telefônicas pordia. Estes sistemas
dependiam de
um
transmissor e receptor,mas uma
sociedade
que
desenvolve produçãoem
massa
econsumo
em
massa
precisade
modos
de enviarmensagens
em
massa
também,de
um
transmissor para muitos receptoresao
mesmo
tempo.Os
meios até entãonão
atendiam a estademanda.
Segundo
Toffler (1997),aparecem
os jornais e as revistas (necessitamdo
desenvolvimento
de
trens para transportar as publicações atravésde
um
paísde
extensão européia,de
prensas rotativas para produzirdezenas de
milhõesem
algumas horas,de
uma
redede
telégrafos e telefones e acimade
tudo,um
público ensinado a ler por
educação
obrigatória, alémde
indústriasque
precisam da distribuição
de
seus produtosem
massa). Para Toffler (1997), nosveículos de
comunicação de
massa, jornais, rádios, cinema, televisão dispõe-se
de
um
vastoe
poderoso sistema para canalizar informação,sem
o qual acivilização industrial
não
funcionariacom
segurança.Agora
a mídia já estápresente através
de
vários meios.Em
tomo
de1955
fala-sedo
computador,em
1970, já estãoalém da
ficção, para Toffler (1997),em
1960 inicia-se aTerceira Onda.
Já nos ciclos
de
Kondratieff,segundo
Nefiodow (1999, 2000)em
tornode
1970, ocorreu
o
iníciodo
quinto ciclo,com
oavanço
da tecnologiada
computação, lançando a era
da
informáticae
possibilitando, desse modo,que
15
economicamente.
Os
ciclos anteriores,em
ordem
decrescenteno
tempo,corresponderam respectivamente
aos
ciclosda
mobilidade individual,consumo
de
massa, transporte e roupas;marcados
respectivamente pelas seguintesinovações tecnológicas: petroquímica e automobilística; engenharia elétrica e
química; aço
e
estrada de ferro; finalmente:máquina
a vapor e algodão.Nóbrega
(1999) utilizando asondas
de Schumpeter, afirma se estar no finalquarta
onda
(petroquímica, eletrônica e aeronáutica) eno
início da quintaonda
(redes digitais, softwares e novas mídias).
As
ondas
anteriores,em
ordem
decrescente
no
tempo, são delineadas pelas seguintes inovaçõestecnológicas: eletricidade, química e motor
de combustão
interna; vapor;estrada
de
ferro e aço; finalmente: energia hidráulica; têxteise
ferro.Para Toffler (1997) a grande diferença
da
TerceiraOnda
em
relação à
Segunda
estáno
fatoque
a “infosfera” fornecia até então, os meios paracomunicação
entre os sereshumanos
e agora estes meios estão multiplicados.Além de
proporcionar poderosas facilidades, pela primeira vezna
história,para
comunicação de máquina
para máquina, ainda mais espantoso, paraconversa entre seres
humanos
e o
ambiente inteligenteao
seu redor.O
trabalho
de
construçãode
uma
nova
civilização corre para frenteem
muitosníveis
ao
mesmo
tempo. ParaNóbrega
(1999), conforme mencionado, se vivea quinta
onda de
Schumpeter,uma
onda
caracterizadaem
seu início (décadade
90) poruma
fase irracionalda
internet, na qual tudo foi experimentado,uma
fase maluca.
Assim,
não
ocorre atualmenteum
cicloou onda
especificamente,mas
sim,humanidade
estápassando
pelo críticomomento
de
transição entre dois ciclosou
ondas, o qual interfere intensamente nas vidasde
todos os cidadãos (Barthe Michels,1999a).
2.2.3
E
agora, qualserá
o
amanhã?
Nefiodow
(1999, 2000) responde a questão, afirmandoque
o próximo cicloeconômico
dahumanidade
seráo da
Saúde, abordando-a conforme aOMS
(Organização Mundial
de
Saúde) e considera-seque
os indícios para tanto são os seguintes fatos, os quaisembora
destacadosem
nosso primeiro capitulo,merecem
ser relembrados:o
Segundo o
prognósticode empregos
emitido pelo governo dos EstadosUnidos, há
um
crescimento acima da média nas profissões relativas àsaúde
eao
atendimento,bem
como
a biotecnologia médica;ø
Há
um
interesse crescente das indústriasem
pesquisa e tecnologiarelacionadas
ao
meio ambiente (algoem
tornode
7%
ao ano) e, anecessidade
da
implantaçãode norma
NBR
ISO
1400111996também
écrescente neste meio (Barth
e
Michels, 1999a);¢ Já
despontam
seminários destinados a gerentescom
novas disciplinas,como
por exemplo: desenvolvimentoda
personalidade, treinamentoda
criatividade e motivação
de
pessoal.Já,
Nóbrega
(1999), responde: vive-se, conforme já ilustrado na quintaonda
deSchumpeter
iniciadaem
1990 eque
se está saindo da fase irracionalda
internet.Nóbrega
(1999) afirmaque
o fato centralda
quintaonda
é aWeb,
17
de
computadores, e, juntocom
eles, almas, cérebros e vontades humanas. Algonão
é novo,mas
vale apena
comentar-se, o motor dessasmudanças
entre
uma
onda
e outra é o empreendedor, é ele o fermento da destruiçãocriativa, permitindo a renovação, e o início de
um
novo
ciclo. Neste sentido,Nóbrega
(1999, p.92) destaca:“A lógica
da
quintaonda
dizque
aWeb
não
éapenas
maisum
lugar para se fazer asmesmas
velhas coisasde
modo
um
pouquinhodiferente.
Não
é isso.É
um
espaço
em
outra dimensão,que
permite as pessoas exercitarem, a seu modo, sua individualidade e seu direitode
ser elas mesmas”.
Nóbrega
(1999, p.94) ainda, cita a frasede
Louis Gerstner, dirigenteda
IBM, escrita na Economist
de
26/6/99:A
“A tempestade está
chegando
- a verdadeira força - vai se manifestarquando
milharese
milharesde
instituiçõesque
existem hojeaproveitarem a poderosa infra-estrutura global
de comunicação
ecomputação, e o
usarem
para transformar a si próprias. Esta é averdadeira revolução”.
Para
Nóbrega
(1999), o desafio realdo
homem
da
quintaonda
é ser feliz.Para tanto o
homem
deverá saber lidar melhorcom
os seguintes paradigmas: ‹O
senso concreto de progresso na vida passa a ser abstrato;o
Não
seremos
mais atoresdo
enredoque
tecermos;o
A
identidadecomo
ohomem
emerge da
unidadede
uma
vida.Agora
muda: a vida profissional é excitante por
uma
interminável variação;o
As
pessoas deverao assumir a responsabilidade porsua vida
profissional e pessoal.
Segundo
Gristock (1998), na organização virtualdo
trabalho existembarreiras: falta
de
compartilhamento demesmo
contexto, tempo,espaço
ecomunidade.
Embora com
uma
terminologia distintada de Nóbrega
(1999),
estas barreiras coincidem
com
os paradigmasque
ohomem
deverá superar para ser feliz (Barth e Michels, 1999a). Gristock (1998) ainda destacaque
ainovação das equipes virtuais (as quais
não
estarão mais nas empresas,mas
interligadas
numa
rede) dar-se-á mediante a recriaçãode
conceitos relativos atudo aquilo
que não pode
ser compartilhado.Nesta direção, Toffler (1997) considerando suas ondas, destaca alguns
aspectos:
o
A
TerceiraOnda
teráuma
mudança
nosespaços
reaisem
que
se vive,
talvez dispersando mais a população
que
concentrando;o
Há uma
tendência para a clivagemde
paises continentais; oHá
de
fato,uma
maior preocupaçãocom
anatureza, as fontes
de
energia
usadas
naSegunda
Onda
estarão esgotadas, será necessário buscar energia renovável e limpa.A
água
potável senão
recebercuidados terá suas fontes exauridas.
A
agricultura será reestruturada, jáexistem sintomas: os alimentos orgânicos e por outro lado os
transgênicos, já estão
em
discussão (Barth e Michels, 1999a);ø
A
civilizaçãoda
TerceiraOnda
dependeráde
uma
base tecnológica
mais diversificada, oriunda
de
biologia, genética, eletrônica, ciênciasde
19
A
matéria-prima mais básicade
todas eque não
poderá ser exaurida será a informação, inclusive a imaginação. Assim, a nova civilização,redefinirá a pesquisa científica e reorganizará os veículos
de
comunicação, os quais deverão ser interativos e desmassificados;
O
lar assumiráuma
nova e surpreendente importância nessacivilização.
O
adventodo
prossumidor, a difusão dacabana
eletrônica, a invençãode
novas estruturas organizacionais no comércio, naautomação
ena
desmassificação
da
produção, tudo aponta parao
reaparecimentodo
larcomo
a unidade centralna
sociedadede amanhã,
uma
unidadecom
funções econômicas, médicas, educacionais
e
sociais, mais ampliadasdo que
diminuídas.Contudo
é improvávelque
qualquer instituição,mesmo
o larvenha
a representar papel tão centralcomo
a catedralou
a fábrica representou no passado. Pois a sociedade, provavelmente, seráconstituída
em
voltade
uma
redee não
em
volta deuma
hierarquiade
novas instituições.
Ainda, do ponto
de
vista organizacional, realiza-se as seguintesponderações:
Fala-se
de
novosmétodos
para estimulardesempenho
maior epromover comprometimento.
As
politicasde
RH
(RecursosHumanos)
deverão se concentrar nos assuntos valorizados pelas pessoas,
que
as ajudam a construir seus próprios futuros e a colherrecompensas
porsuas contribuições. Assim, o velho jogo
de
ferramentas motivacionais, jáestá superado (Kanter,1997); V